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Curso Avançado de Reabilitação Funcional
31

Doente Cirurgico

Jul 03, 2015

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Sandra Silva
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Page 1: Doente Cirurgico

Curso Avançado de Reabilitação Funcional

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Cinesiterapia Respiratória no Doente Cirúrgico

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Cinesiterapia Respiratória em Situações Cirúrgicas

A reeducação funcional respiratória desempenha um papel importante nos doentes de foro cirúrgico, tendo por finallidade:

preparar o doente para a intervenção; prevenir e corrigir as complicações

broncopulmonares, pleurais, circulatórias e posturais do pós-operatório;

obter uma recuperação funcional o mais rápida e completa possível.

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Indicações

Em todas as operações com anestesia geral em particular: Cirurgia torácica Cirurgia abdominal Doentes de alto risco (fumadores, obesos, idosos,

DPOC)

Em qualquer destas cirurgias existem factores comuns que favorecem o aparecimento de complicações respiratórias, circulatórias e posturais.

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Cirurgia Toráxica

Temos a considerar dois tipos de doentes

Pulmonares Cardíacos

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O Doente Pulmonar em Cirurgia Toráxica

Preparação Pré-Operatória ao Doente Pulmonar

Dois tipos de preparação pré-operatória:

A preparação do doente que ainda não tem alteração da dinâmica ventilatória;

A preparação do doente que já tem alteração da dinâmica ventilatória.

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No 1º caso pretende-se que o doente fique com conhecimento claro do tipo de intervenção a que vai ser submetido e a importância fundamental da sua colaboração com a Enfermeira de Reabilitação.

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Princípios a que devemos atender neste grupo de doentes

1. Assegurar a permeabilidade das vias aéreas

• Ensino da tosse– Tosse dirigida– Tosse assistida

• Drenagem postural

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2. Exercícios preventivos de incorrecções futuras pós-operatórias

• Para o Pescoço:– Flexão e extensão– Flexão lateral– Rotação

• Para o Tronco: – Flexão e extensão– Flexão e extensão lateral

• Para o Membro Superior:– Elevação e rotação dos ombros– Elevação anterior dos cotovelos– Elevação dos braços– Rotação lateral dos antebraços

• Relaxamento da Musculatura

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3. Ensino e automatismo da respiração diafragmática

• Aquisição da consciência respiratória• Intervenção da respiração assistida• Tosse e expectoração assistida

Ensinar o doente como tossir imobilizando o hemitórax que vai ser operado e como amparar a sutura

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No 2º caso, além dos princípios apontados há que cumprir um esquema específico de cada situação que vise aumentar a capacidade de respiração, de forma a permitir ao doente ser submetido à intervenção.

o tempo de duração e o esquema estabelecido está sempre em função do tipo de patologia.

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Preparação Pré-Operatória

• Maior relaxamento do doente• Consciencialização do tipo de respiração que

pretendemos – localizada do lado doente

do lado são

• Limpeza das vias aéreas doentes broncorreicos

• Evitar complicações broncopulmonares• Manter e aumentar a capacidade respiratória• Manter posições correctas• Prevenir problemas circulatórios e articulares

Pretende-se

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Cinesiterapia no Período Pós-Operatório

O período pós-operatório começa logo que o doente acorde e esteja consciente.

Independentemente da intervenção a que foi submetido é sempre necessário:

• Drenagem de secreções• Posicionamento correcto – ombros e ancas

alinhadas• Mobilização dos membros superiores e inferiores• Vigilância dos drenos• Observação do frasco de drenagem – quantidade,

bolhas de ar

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Depois do doente ter nebulizado e tomado analgésicos prescritos, procede-se à drenagem de secreções.

As técnicas destinadas a auxiliar a mobilização das secreções até à traqueia são:

• Exercícios respiratórios da base do tórax e abdómen

• Manobras de percussão e vibração• Drenagem postural• Fluidificar secreções Bronco dilatadores

Nebulizações

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Cinesiterapia no Pós-Operatório Imediato em Situações Específicas

1. Doente Lobectomizado

• Manter o esquema anterior• Insistir na drenagem de secreções pelo perigo de

atelectasia e suas complicações – infecção

Sabemos da sua existência pela auscultação e pela radiografia pulmonar que o doente faz diariamente.

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2. Doente Pneumectomizado

• Posicionamento semi-sentado para melhor cicatrização do côto brônquico

• Drenagem do pulmão são• Observação da drenagem

3. Doente Descorticado

Apresenta com frequência “fugas de ar”

Estas vêm-se através do borbulhar do frasco de drenagem

Nesta situação deve haver cuidado com a drenagem de secreções que provocam aumento da rotura do parênquima pulmonar

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Caso este incidente não surja, dever-se-à iniciar os exercícios respiratórios o mais precocemente possível, a fim de reexpandir o pulmão, evitando-se, desta forma, uma carapaça dura, sem elasticidade, que o volta a encapsular.

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NOTA:

As nebulizações desempenham, nestes casos, um papel fundamental pelo que não podem ser omitidas no pós-operatório imediato, nomeadamente enquanto o doente tiver secreções.

É ainda fundamental, neste período, a mentalização do doente para conseguirmos a sua colaboração. Sem esta, a reeducação redunda em fracasso.

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Período Pós-Operatório Tardio

• Vigilância da sutura – se necessário massagem de descolamento

• Manutenção de postura correcta• Respiração selectiva – localizada costo-diafragmática

para reexpansão do pulmão operado (lobectomia, segmentectomia e descorticação)

Todos os exercícios destinados a tonificar os

músculos respiratórios que intervêm do lado afectado• Insistir na correcção postural nos doentes

pneumectomizados ou nas toracoplastias (pouco frequentes)

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O Doente Cardíaco em Cirurgia Toráxica

A Cinesiterapia no período pré-operotório é igual à do doente pulmonar.

Período Pós-Operatório

Pretende-se com a CinesiterapiaEvitar a acumulação de secreções, intensificando

exercícios destinados à sua expulsão

Também nestes doentes são importantes as nebulizações

Impedir todas as complicações provenientes da imobilidade

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O pós-operatório nestes doentes está limitado ao período de internamento – 5 a 7 dias aproximadamente.

Se surgirem complicações bronco-pulmonares haverá necessidade de prolongar o tratamento.

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OBJECTIVOS

Preparação do doente para a intervenção

Prevenção e tratamento das complicações broncopulmonares, pleurais, circulatórias e

posturais do pós-operatório

Obter uma recuperação funcional o mais rápida e completa possível

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Indicações Todas as operações com anestesia geral em particular em

Cirurgia Torácica

Cirurgia Abdominal

Doentes de alto risco

Alteração da mecânica ventilatória

• Portadores de patologia pneumológica (ex.: DPCO)• Fumadores• Obesos• Idosos

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Factores que Favorecem as Complicações Pneumológicas,

Circulatórias e Posturais no Pós-Operatório

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Retenção dassecreções

Alt. da distribuição

e de ventilação

alveolar

Flebotromboses

Defeitos posturais

Hipersecreçãobrônquica e inibição

ciliar

Limitação da tosse

Infecção broncopulmonar e

atelectasia

Limitação dos movimentos respiratórios

Insuficiênciarespiratória

Imobilização do doente

Embolias pulmonares

Posição antiálgica defeituosa

Profilaxia TratamentoCR

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Actuação nos Doentes Cirúrgicos

Pré-operatório

Colheita de Dados

Dados pessoais.Antecedentes pessoais.O que sabe sobre a doença.Gravidade da doença.Cirurgia a que vai ser submetido.Tipo de incisão cirúrgica.Explicação, ensino e execução de técnicas.

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Doente em ventilação controlada.Doente em ventilação espontânea.Dados importantes a avaliar:

•SPO2, •Frequência Cardíaca•Respiratória.

Drenagens•qualidade•quantidade.

Execução de técnicas.Levante.

Actuação nos Doentes Cirúrgicos

Pós-operatório imediato

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Doente na Enfermaria

Preparação para Alta

Hospitalar.

Incentivo à auto reeducação.

Ensino.

Actuação nos Doentes Cirúrgicos

Pós-operatório tardio

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Insuficiência Cárdio – Respiratória Atlectasias extensas. Infecções. Derrame pleural que necessite de drenagem.Pneumotórax com ou sem pneumomediastino e enfisema subcutâneo extenso.

Complicações que Prolongam o Internamento

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Atlectasias de um lobo pulmonar ou segmento, habitualmente nos lobos inferiores, junto ao diafragma. Derrame pleural de pequeno e médio volume que não condicionam a insuficiência cárdio – respiratória.Pneumotórax – habitualmente os apicais.

Complicações com o Doente em Ambulatório

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A Reabilitação Respiratória é imprescindível em todos os doentes cirurgicos, não só para evitar complicações, mas para que a sua recuperação seja rápida e completa.