1 Doença Arterial Coronariana Profa. Dra. Karlla Greick Batista Dias Penna [email protected] Março 2012 I Curso Introdutório da Liga Acadêmica de Anátomo-Fisiologia.
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Doença Arterial Coronariana
Profa. Dra. Karlla Greick Batista Dias Penna
Março 2012
I Curso Introdutório da Liga Acadêmica de Anátomo-Fisiologia.
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DAC – Considerações iniciais
260.555
120.493 118.367
47.278
44.496
Causas externas
Neoplasias
Infecciosas
Endócrinas
Principais Causas de MortalidadePrincipais Causas de Mortalidade
Doenças Cardiovasculares
DATASUS 2000
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DAC – Considerações iniciaisCoração - bomba que propulsiona o sangue constantemente
Miocárdio - necessita de um suprimento sanguineo adequado e contínuo
Ateromas = depósitos de placas de gordura na parede de uma artéria
Aterosclerose = crescimento progressivo dos ateromas levam a um prejuízo do fluxo de sangue até o miocárdio - ISQUEMIA MIOCÁRDICA CRÔNICA.
Aterosclerose = sofrimento do músculo cardíaco - CARDIOPATIA ISQUÊMICA - dilatação e enfraquecimento do coração CARDIOMIOPATIA DILATADA ISQUÊMICA.
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DAC – Considerações iniciais Aterosclerose = ruptura da placa de ateroma, libera fragmentos que caem na corrente sangüínea , podendo levar a formação de coágulos sangüíneos (trombose), obstruindo a luz da artéria de forma abrupta e intensa .
Este processo é chamado de acidente da placa de ateroma. Neta situação, ocorre um isquemia miocárdica aguda podendo levar a um quadro de ANGINA DO PEITO INSTÁVEL ou INFARTO DO MIOCÁRDIO, sendo ambos, potencialmente fatais.
A DAC é a principal causa de morte em todo o mundo e, afeta indivíduos de todas as raças.
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DAC - Definição• Resulta do estreitamento das artérias coronárias devido a depósitosde gordura nas suas paredes internas.
• O estreitamento reduz o fluxo sanguineo para o coração e aumentaos riscos de bloqueio da artéria por um coágulo, podendo resultarem um IAM.
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DAC - Causasconseqüência direta da aterosclerose nas artérias coronáriasassocia-se com a presença de fatores de risco cardiovascular:
hipertensão arterial, níveis sangüíneos elevados de “colesterol ruim” (LDL), níveis baixos de “colesterol bom” (HDL), tabagismo, diabete melito , obesidade (principalmente da cintura para cima ou abdominal) , sedentarismo , estresse psícossocial, envelhecimento,predisposição genética.
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DAC – Formas de apresentação Isquemia miocárdica crônica: leva a CARDIOPATIA ISQUÊMICA , podendo evoluir para uma dilatação cardíaca (cardiomiopatia dilatada isquêmica).
-angina (dor torácica) do peito estável, insuficiência cardíaca e morte súbita.
Isquemia miocárdica aguda ou acidente da placa de ateroma:- angina do peito instável, IAM, insuficiência cardíaca
aguda e a morte súbita.
Arritmias cardíacas e distúrbios da condução elétrica do coração
Doenças das válvulas cardíacas (insuficiência mitral)
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DAC – PrevençãoPrevenção primária: em pacientes sem manifestações de DAC ou de aterosclerose em outras artérias do organismo.
Combater os fatores de risco cardiovascular-dislipidemias,- hipertensão arterial, - tabagismo, - diabete melito , - obesidade, - sedentarismo e estresse psicossocial.
Poderão ainda ser necessários uso de medicamentos.
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DAC – PrevençãoPrevenção secundária: em pacientes COM manifestações de DAC ou naqueles com evidências de aterosclerose em outras artérias do organismo.
Combater os fatores de risco cardiovascular
Certos medicamentos: estatinas (redutores de colesterol), inibidores da ECA (diminuem a pressão arterial), betabloqueadores (diminuem a PA e a freq. cardíaca) antiplaquetários como o AAS, ticlopidina ou clopidogrel
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DAC – Tratamento
Além de adotar as medidas de prevenção secundária , o tratamento da DAC será individualizado, de acordo com as manifestações clínicas (crônicas ou agudas) e gravidade de cada paciente.
O uso de medicamentos, angioplastia coronariana, cirurgia de ponte de safena, entre outras opções de tratamento.
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DAC - Sintomas1. Dor opressiva ou sensação de pressão
2. Localização não é bem definida (precórdio).
3. Piora se inicia um esforço.
4. Melhora com repouso ou é necessário o uso de medicamentos (nitratos)
5. As crises são intermitentes, com duração geralmente superior a 2 minutos e chegando até 10 – 20 minutos.
6. Crises de dor com tempo superior a 20 minutos ou são devido a ANGINA INSTÁVEL / IAM ou não são coronarianas.
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Irradiação típica Irradiações menos comuns
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DAC - Tratamento
Conservador – Medicamentoso
Cirúrgico
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Angioplastia com balão
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Cirurgia de revascularização
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DAC-AterogêneseDAC-Aterogênese
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DAC-AterogêneseDAC-Aterogênese
1. Depósito de LDL Colesterol no endotélio vascular + Disfunção endotelial causada por fatores de risco;
2. Expressão de moléculas de adesão e entrada de monócitos no espaço intimal;
3. Englobamento de LDL oxidadas: formação de células espumosas;
4. Liberação de mediadores inflamatórios, com amplificação do processo;
5. Formação da placa de ateroma.
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As partículas de LDL se depositam entre as células endoteliais e a camada de lâmina elástica do endotélio vascular. Uma parte dos lipídios das LDLs se oxidam atraindo os macrófagos. Estes as fagocitam, originando as células esponjosas.
DAC-AterogêneseDAC-Aterogênese
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Formação da Placa
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Estágios de desenvolvimento da placa aterosclerótica
DAC é a principal causa da DAC é a principal causa da insuficiência insuficiência coronarianacoronariana
Evolução e anatomia patológica da aterosclerose.
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As células endoteliais da parede da artéria são injuriadas, ou mecanicamente ou por citotoxicidade pelas LDLs oxidadas ou pelas células esponjosas, causando exposição da área afetada e agregação plaquetária. Ocorre proliferação e migração das células musculares lisas.
DAC-AterogêneseDAC-Aterogênese
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Os tracilgliceróis e colesterol intracelular são liberados e se acumulam. Ocorre a secreção de material fibroso que forma uma capa. As células começam a morrer.
DAC-AterogêneseDAC-Aterogênese
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Com o avanço da lesão, o tecido morre. Ocorre calcificação. A ruptura e a hemorragia da placa nos vasos coronários, causam a formação do trombo, que reduzem o calibre dos vasos criando a estenose. A oclusão dos vasos provoca o infarto ou derrame.
DAC-AterogêneseDAC-Aterogênese
“O principal e o mais bem estudado fator de risco para a aterogênese é a presença de dislipidemias”.
Colesterol total > 240 mg/dl = maior incidência de DAC, de maneira exponencial, quanto maior o nível.
Colesterol total > 200 mg/dl = incidência aumentada, de pequena a moderada.
A fração LDL é a principal fração aterogênica conhecida e níveis acima de 160 mg/dl conferem risco aumentado de DAC.
HDL > 35-40 mg/dl confere redução da incidência de DAC.
Aterosclerose se desenvolve devido a uma combinação variável entre fatores genéticos e condições ambientais (alimentação) precipitantes.
Os fatores genéticos se revelam na expressão de receptores hepáticos de LDL = receptores responsáveis pela remoção da LDL do plasma.
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Placa de AteromaPlaca de AteromaAcumulo de lipídios modificados
Ativação das células endoteliais
Migração das células inflamatórias
Ativação das células inflamatórias
Recrutamento das células musculares lisas
Proliferação e síntese da matriz
Formação da capa fibrosa
Ruptura da placa
Agregação das plaquetas
Trombose
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Placa de AteromaPlaca de Ateroma
• Fatores que desestabilizam a placa
– Cigarro– Álcool– Radicais Livres– Pressão Arterial elevada
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Conseqüências da AteroscleroseConseqüências da Aterosclerose
Doença Arterial Coronária (DAC)
• Angina de peito
• Insuficiência Cardíaca
• Arritmias
• Infarto agudo do miocárdio (IAM)
Acidente Vascular Cerebral (AVC)
Doença Vascular Periférica
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Relação: Colesterol x MortalidadeRelação: Colesterol x Mortalidade
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Fumo
Doença Arterial Coronariana Fatores de Risco Coronariano Clássicos
LDL elevado Hipertensão
Diabetes
FatoresTrombogênicos
Aterosclerose
DAC
TG elevados
Obesidade
HDL baixo
Evento Coronariano
Hist. Familiar Idade Dieta gordurosa
Novos Fatores e
Marcadores de Risco
Homocisteína / Lp(a)
Fibrinogênio / PCR(as)
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• FRANCONE, CA; JACOB, SW; LOSSON, WJ. Anatomia e Fisiologia Humana. 5.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1990.
• GUYTON, AC; HALL, JE. Fisiologia humana e mecanismos das doenças. 6.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1998.
• GUYTON, AC; HALL, JE. Tratado de Fisiologia Médica. 9.ed. Rio de Janeiro: Elservier, 1997.
• TORTORA. Princípios de anatomia e fisiologia. Guanabara Koogan.
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Referências BibliográficasReferências Bibliográficas
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Hoje é sexta!!