UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU AVM FACULDADE INTEGRADA Atuação do Orientador Educacional na contribuição da orientação de jovens para a escolha de cursos profissionalizantes. Por: Taís de Paula Santos Vidal Orientador Prof. Vilson Sérgio Rio de Janeiro 2013 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL
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DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL · instrumentos de coleta de informações questionário e roteiro de entrevista. ... FAETEC de Marechal Hermes e uma instituição
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
AVM FACULDADE INTEGRADA
Atuação do Orientador Educacional na contribuição da
orientação de jovens para a escolha de cursos
profissionalizantes.
Por: Taís de Paula Santos Vidal
Orientador
Prof. Vilson Sérgio
Rio de Janeiro
2013
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
AVM FACULDADE INTEGRADA
Atuação do Orientador Educacional na contribuição da
orientação de jovens para a escolha de cursos
profissionalizantes.
Apresentação de monografia à AVM Faculdade
Integrada como requisito parcial para obtenção do
grau de especialista em Orientação Educacional
Por: . Taís de Paula Santos Vidal
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AGRADECIMENTOS
A Deus, a família e aos amigos.
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DEDICATÓRIA
Ao meu pai, de quem herdei a paixão pela
educação.
À minha mãe, por fazer companhia nas
horas mais difíceis.
À minha irmã, pois sem dúvida eu não
chegaria até aqui se não fosse por ela.
Ao Felipe, meu marido, pela sua
paciência e por me encorajar sempre que
o mundo me desafiava.
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RESUMO
Esta pesquisa, mantendo o compromisso maior em difundir e manter a
perspectiva de estudo , tem por objeto a Orientação Vocacional, buscou
resposta para a seguinte questão de estudo: Como proporcionar orientação
aos jovens na escolha de cursos profissionalizantes. Articulado a essa
questão o objetivo norteador do estudo foi: Compreender com a orientação
vocacional tem sido discutida no âmbito do ensino profissionalizante, com a
literatura correlata ao assunto, no sentido de verificar pontos de convergência
e distanciamento entre eles, tendo no horizonte a reflexão sobre o papel do
Orientador Educacional . Do ponto de vista teórico, o estudo aliançou com
autores que mantêm uma concepção crítico-reflexiva em relação ao estudo.
Teórico-metodologicamente, trata-se de uma pesquisa do tipo quanti-
qualitativo, que utilizou como instrumentos de coleta de informações o
questionário e o roteiro de entrevista. Nela foram contempladas os olhares de
representantes de segmentos diretamente envolvidos com a temática,
assumidos como sujeitos do estudo, quais sejam: duas orientadoras
educacionais e 60 alunos recém ingressos em cursos profissionalizantes. A
análise das informações coletadas foi mediada por processos quanti-
qualitativos de onde resultaram informações que convergem para dizer que,
sob a óptica dos sujeitos envolvidos, ainda existe muita dificuldade da
orientação educacional desenvolver a orientação vocacional que diante das
demandas atuais se encontra dispersa.
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METODOLOGIA
Trata-se de uma pesquisa do tipo quanti-qualitativo, que utilizará como
instrumentos de coleta de informações questionário e roteiro de entrevista.
Nela serão contemplados os olhares de representantes de segmentos
diretamente envolvidos com a temática, assumidos como sujeitos do estudo,
quais sejam: alunos de cursos profissionalizantes e profissionais da área. A
análise das informações coletadas será mediada por processos quanti-
qualitativos de onde resultarão informações que convergem para dizer que,
sob a óptica dos sujeitos envolvidos, como são realizados os processos de
orientação vocacional. A pesquisa bibliográfica será subsidiada por livros,
artigos e textos da internet.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I - ORIGEM, QUESTÃO,
OBJETIVO E RELEVÂNCIA DA PESQUISA 10
CAPÍTULO II - REFERENCIAL TEÓRICO 15
CAPÍTULO III – ENCAMINHAMENTO
TEÓRICO-METODOLÓGICO 21
CAPÍTULO IV – ANÁLISE DOS RESULTADOS 25 CONCLUSÃO 31
ANEXOS 33
BIBLIOGRAFIA 43
ÍNDICE 45
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INTRODUÇÃO
A presente pesquisa propõe uma reflexão sobre o papel do Orientador
Educacional no que se refere a Orientação Vocacional, principalmente para
atender a uma demanda que se apresenta cada vez mais forte que é a
Educação profissional . A problemática original do estudo surgiu relacionada à
experiências pessoais marcantes com a ausência do Orientador Educacional,
ao longo de toda uma vida estudantil, principalmente na fase de acesso ao
Ensino Médio/ profissionalizante. O estudo buscou resposta para a seguinte
questão básica: Como proporcionar orientação aos jovens na escolha de um
curso profissionalizante
A pesquisa teve por objetivo confrontar manifestações de
representantes de distintos segmentos envolvidos com o processo de
orientação vocacional, com a literatura correlata ao assunto, no sentido de
verificar pontos de convergência e distanciamento entre eles.
Os aportes teóricos do estudo efetuaram interações dialógica com
autores que mantêm uma concepção crítico-reflexiva em relação aos
mecanismos a Orientação Educacional, a Orientação Vocacional e ao Ensino
profissionalizante.
Do ponto de vista Teórico-metodológico, trata-se de uma pesquisa do
tipo quanti-qualitativo, como instrumentos de coleta de informações foram
utilizados o questionário e um roteiro de entrevista. No conjunto da
investigação foram contemplados os olhares de representantes de segmentos
diretamente envolvidos com a temática, assumidos como sujeitos do estudo,
quais sejam: duas Orientadoras Educacionais atuantes e 60 alunos recém
ingressos no ensino profissionalizante.
As informações coletadas convergiram no sentido de comparar a
literatura corrente com os olhares de O.E.s e alunos – recém ingressos em
cursos profissionalizantes.
O estudo foi relatado com a mediação de quatro capítulos. O primeiro
deles focaliza os elementos estruturantes da investigação, incluídos a origem,
questão, os objetivo e a relevância da pesquisa que, em suas relações,
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acabaram direcionando o processo de realização da mesma. O segundo
capítulo aborda os seus encaminhamentos teóricos, com os quais dialogamos
em um momento concentrado, ainda que os diálogos com os referenciais
teóricos tenham sido constantes. O terceiro concerne ao referenciais teórico-
metodológicos adotados, incluídas as sinalizações de tempo e lugar dos
acontecimentos que estruturaram o estudo. O quarto capítulo concentra-se nos
resultados. Finalmente, seguem as conclusões abstraídas desse
empreendimento.
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CAPÍTULO I
ORIGEM, QUESTÃO, OBJETIVO E RELEVÂNCIA DA
PESQUISA
O Orientador Educacional é um profissional que exerce relevante
função no âmbito escolar, no trato com aluno, família, comunidade e corpo
docente, embora muitas vezes esquecido, este profissional surgiu para atender
a uma demanda que surgiu no Brasil na década de 1940 com o principal
objetivo de orientar jovens na sua escolha profissional. Porém, hoje dispõe de
diversas atribuições, buscando entender o aluno de uma forma mais global.
Segundo Olívia Porto:
(...) a Orientação Educacional fundamenta-se no
reconhecimento das diferenças individuais e no
reconhecimento do que o ser humano, em qualquer
momento de sua vida, pode apresentar carências e
dificuldades, necessitando, pois, de compreensão ajuda e
orientação. (Porto, 2009:48)
1.1 – Determinantes da pesquisa
A orientação profissional é um tema que a muito desperta meu
interesse, pois a escolha de uma profissão é um fenômeno com o qual se
depara qualquer cidadão. Parto de uma experiência pessoal, ao sair do ensino
fundamental fiz a opção pelo curso técnico concomitante, que de pouco ou
nada adiantou para minha vida profissional. Ao término do curso percebi que
não tinha a menor vocação pelo que havia estudado 3 anos. Com a conclusão
do ensino médio, me deparei com mais uma confusão, a escolha do curso que
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seguiria no ensino superior. Dormia querendo ser engenheira e acordava
sonhando em ser historiadora.
A opção que fiz, teve uma orientação e ajuda familiar. Muito pouco
posso atribuir a ações relaciona as escolas que passei. Fui fruto de parte do
ensino público e parte do ensino privado. E em nenhum deles pude recordar
da presença do orientador educacional e da orientação profissional. Talvez, se
eu tivesse ao longo do período escolar me deparado com este profissional,
possivelmente, já teria identificado minhas inclinações, ou pelo menos saber
aquilo que não tinha vocação nenhuma.
Partindo da experiência que tive, percebo que esta não é uma
realidade só minha e que isto acontece com muitos jovens, que sonham com
uma profissão mais não possuem uma orientação e informações adequadas
sobre o mundo do trabalho.
Tendo em vista o que diz a LDB em seu artigo
A Educação, dever da família e do Estado, inspirada nos
princípios de liberdade e nos ideiais de solidariedade
humana tem por finalidade o pleno desenvolvimento do
educando, seu preparo para o exercício da cidadania e
sua qualificação para o trabalho. (LDB, art 2°).
Corrobora com a importância de que o mundo do trabalho deve estar
presente no contexto escolar. De maneira adequada e vinculada com a vida
dos educandos. Neste sentindo, proporcionando meios que os indivíduos
possam ter acesso a informações que levem a reflexão e autoconhecimento,
para que no futuro tenham pouca dificuldade na escolha profissional.
1.2 – Questão e Objetivo de Estudo
Já que o tema é social e politicamente relevante e foi extremamente
marcante em minhas experiências pessoais, decidi nele investir. Tendo o foco
em motivos de ordem prática, que compelem ao compromisso em responder
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nesta pesquisa a seguinte questão de estudo: Como proporcionar orientação
aos jovens na escolha de um curso profissionalizante? De modo articulado a
essa questão o objetivo norteador da pesquisa foi: Compreender como a
orientação vocacional tem sido discutida no âmbito do ensino profissionalizante
para jovens.
Este estudo buscar delimitar sua análise com alunos que buscam o
curso profissionalizante em busca de um acesso mais rápido ao mercado de
trabalho. Porém, não encontram informações ou desconhecem espaços que
proporcionam estas discussões. Em meio a este problema, onde está o
orientador educacional, exercendo seu trabalho também com estes alunos e
que ações este profissional está proporcionando para minimizar a dificuldade
destes alunos.
Este trabalho, estará permeado por outros pontos tais como: entender
como os jovens tem feito a escolha por cursos profissionalizantes e perceber
as ações que escola, família e sociedade proporcionam para contribuir com a
escolha profissional.
1.3 – Relevância Social e Acadêmica
Este trabalho busca evidenciar a necessidade do Orientador
Educacional em todos os segmentos do ensino sendo público ou privado.
Como a presença do OE é peça fundamental para a contribuição do
desenvolvimento de indivíduos mais completos.
Ainda que pareça óbvio enfatizar a importância deste profissional e seu
conhecimento para a escola, tomo como exemplo o munícipio do Rio de
Janeiro que em suas escolas públicas de ensino fundamental não contamos
com a presença deste profissional nas unidades escolares.
1.4 – Indicações Teóricas e Teórico-Metodológicas
Do ponto de vista teórico, os conceitos que emergiram, inicialmente,
das preocupações e objetivo do estudo foram: (a) orientação educacional; (b)
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orientação vocacional e (c) educação profissional, sobre os quais se detém
este tópico da presente seção.
Orientação Educacional. A orientação Educacional tem o seu olhar para o
aluno e seu desenvolvimento global, não é somente com as dificuldades que o
OE precisa ficar atento, mas além disso como nos fala Olívia Porto:
[...]Fundamenta-se no reconhecimento das diferenças
individuais e no reconhecimento de que o ser humano,
em qualquer momento de sua vida, pode apresentar
carências e dificuldades, necessitando, pois de
compreensão, ajuda e orientação. (Porto, 2009)
Orientação Vocacional. A orientação vocacional busca auxiliar, dar suporte
aos indivíduos para encontrarem suas inclinações. Thais Oliveira de Almeida e
Tatiana Tavares de Araujo destacam em seu artigo sobre a “Importância da
Orientação vocacional e profissional”
(...) a Orientação Vocacional (OV) assume a sua
importância: por meio do autoconhecimento, a OV auxilia
o sujeito na resolu-ção desses conflitos e na decisão pela
profissão considerando-se um contexto mais amplo, o da
construção de um projeto de vida. ( Almeida & Araujo
apud Andrade; Meire; Vanconcelos, 2002).
Educação Profissional. Segundo Marcos Bragança “É missão da educação
profissional ser a ação educativa que desenvolve competências para o
trabalho. Assim, os jovens profissionais estarão preparados para suprir as
necessidades das empresas e da sociedade (...)”. Ou seja, a preparação para
o mercado de trabalho e para a construção de uma carreira que pode ter inicio
em níveis de aprendizagem e levar a uma formação superior.
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No que concerne aos delineamentos teórico-metodológicos, as
indicações são de que se trata de uma pesquisa do tipo quanti-qualitativo, uma
vez que trabalhará com informações provenientes de pesquisa qualitativas e
quantitativas, numa perspectiva de síntese dialética. Segundo Gamboa (1995:
89) é importante superar o falso dualismo entre quantidade - qualidade, e
nesta direção “é necessário relativizar a dimensão técnica inserindo-a num
todo maior que lhe dá sentido, tomando-a como parte constituída do processo
de pesquisa”, ou seja, quando verificarmos a dimensão da pesquisa como um
todo epistemologicamente constituído.
Trabalhamos dois grupos de sujeitos no estudo: O primeiro deles alunos
que acabaram de acessar o ensino profissional de duas instituições uma
pública – FAETEC de Marechal Hermes e uma instituição privada – SENAI de
Santa Cruz. O segundo grupo de sujeitos serão Orientadores Educacionais.
Como instrumentos foram utilizados questionário e roteiro de entrevista.
Os grupos de alunos participaram fornecendo informações por meio de
questionário e a dupla de Orientadores Educacionais foram abordadas por
meio de entrevista. Tais instrumentos foram elaborados pela pesquisadora.
CAPÍTULO II
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REFERENCIAL TEÓRICO
O presente capítulo tem por objetivo focalizar o debate sobre a
Orientação Educacional, as atribuições que permeiam este profissional e como
este profissional pode contribuir para a orientação de jovens em suas carreiras.
Foi organizado em três seções: a primeira delas constitui um diálogo com
autores que discutem o papel do Orientador Educacional . A segunda seção
aborda a temática pelas vozes de autores que focalizam a discorrem sobre a
Orientação Vocacional. A terceira seção discute a educação profissional.
2.1 O Orientador Educacional
O orientador educacional surgiu com demanda de orientar jovens para a
escolha de uma profissão, com o passar do tempo esta função foi sendo
ampliada, mas tendo sempre o aluno como seu foco. Seu início foi nos
Estados Unidos como destaca Porto (2009):
Ela surgiu no inicio do século XX, nos Estados Unidos,
com o objetivo primeiro de orientar os estudantes para
uma escolha profissional adequada à inserção no
mercado de trabalho, isto é, como direcionamento para a
orientação profissional. O contato com o educando foi
deixado transparecer suas dificuldades, ampliando-se seu
campo de ação para uma assistência mais ampla e
completa, com o objetivo de melhor orientá-lo para a vida
pessoal e social. (Porto, 2009:48)
É importante destacar ainda quando Porto (2009) diz “O advento da
Orientação Educacional representa uma tomada de consciência em relação à
realidade do educando e à complexidade da vida social.” Ou seja, o Orientador
passa a não se preocupar somente com o futuro deste aluno, mas a entender
seu universo. Pascoal, Honorato & Alburqueque complementam quando
destacam que “ o papel do orientador educacional deve ser o de mediador
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entre o aluno, as situações de caráter didático-pedagógico e as situações
socioculturais.” É entender os alunos em todas as suas dimensões.
Para entender as atribuições do Orientador Educacional é necessário
observar o Decreto nº 72.846, de 26 de setembro de 1973, artigo 8° e 9°, são
elas:
Art. 8º São atribuições privativas do Orientador Educacional:
a) Planejar e coordenar a implantação e funcionamento do Serviço de Orientação Educacional em nível de:
1 - Escola;
2 - Comunidade.
b) Planejar e coordenar a implantação e funcionamento do Serviço de Orientação Educacional dos órgãos do Serviço Público Federal, Municipal e Autárquico; das Sociedades de Economia Mista Empresas Estatais, Paraestatais e Privadas.
c) Coordenar a orientação vocacional do educando, incorporando-o ao processo educativo global.
d) Coordenar o processo de sondagem de interesses, aptidões e habilidades do educando.
e) Coordenar o processo de informação educacional e profissional com vista à orientação vocacional.
f) Sistematizar o processo de intercâmbio das informações necessárias ao conhecimento global do educando.
g) Sistematizar o processo de acompanhamento dos alunos, encaminhando a outros especialistas aqueles que exigirem assistência especial.
h) Coordenar o acompanhamento pós-escolar.
i) Ministrar disciplinas de Teoria e Prática da Orientação Educacional, satisfeitas as exigências da legislação específica do ensino.
j) Supervisionar estágios na área da Orientação Educacional.
l) Emitir pareceres sobre matéria concernente à Orientação Educacional.
Art. 9º Compete, ainda, ao Orientador Educacional as seguintes atribuições:
a) Participar no processo de identificação das características básicas da comunidade;
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b) Participar no processo de caracterização da clientela escolar;
c) Participar no processo de elaboração do currículo pleno da escola;
d) Participar na composição caracterização e acompanhamento de turmas e grupos;
e) Participar do processo de avaliação e recuperação dos alunos;
f) Participar do processo de encaminhamento dos alunos estagiários;
g) Participar no processo de integração escola-família-comunidade;
h) Realizar estudos e pesquisas na área da Orientação Educacional.
Dispostos este artigos fica bem claro a relevância do Orientador na
escola e até mesmo na comunidade. Embora, nem sempre conseguimos
observar este profissional dentro de todos os espaços escolares que entramos
ao longo da vida. Quantos alunos poderiam ter encontrado outro rumo se
tivessem se deparado com este profissional. Quanto fracasso escolar poderia
ter sido evitado através de orientações e aconselhamento do SOE. E falando
em aconselhamento, cabe enfatizar o que Giacaglia diz:
(...) aconselhar não significa ministrar conselhos ou
recomendar determinadas atitudes, opções ou
comportamentos em detrimento de outros. Aconselhar é
assistir a pessoa, levando-a a refletir sobre determinada
situação, problema ou dificuldade; sobre as implicações e
consequências de diferentes alternativas disponíveis, no
caso, para que possa discernir e decidi-se por uma ou
outra, conforme seu arbítrio, suas possibilidades e sua
conveniência.(Giacaglia, 2006)
Orientador Educacional deve ser visto com um profissional completo que
parte do aluno/ indivíduo para trabalhar o todo e com todos, professor; família;
comunidade. O que percebemos através da literatura que discorre sobre OE é
que hora ele era somente o Orientador Vocacional, depois ele era que o tinha
que lidar com os alunos “desajustados”. Minimizar suas atribuições e
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desperdiçar um profissional que trabalha com o que deveria ser o foco da
escola. Aliás, se no centro da escola está o aluno, como pode faltar o
Orientador Educacional? A educação brasileira precisa superar suas
contradições. Pensar em escolar é pensar em um corpo de gestores
completos, professores qualificados, estrutura e material didático-pedagógico.
2.2. Orientação Vocacional
A orientação Vocacional assume papel importante, pois todo individuo
tem a necessidade de fazer a escolha profissional e isto envolve diversos
conflitos. Almeida e Araujo destacam que:
O momento da escolha profissional é um momento
complexo na vida de uma pessoa. Ao optar por uma
carreira, o sujeito busca conciliar suas idealizações
pessoais com as demandas do mercado e as
expectativas das pessoas que compõem o seu universo
representacional. Entretanto, nem sempre essas três
perspectivas convergem em uma mesma direção e
muitos conflitos surgem no momento decisório. (Almeida
& Araujo, 2011)
Neste sentido, a orientação vocacional quando não está presente no
ambiente escolar cria uma lacuna, os indivíduos precisam de informação e
nem sempre conseguem fazer uma ligação do que são suas aptidões, qual a
demanda do mercado de trabalho e do seu universo representacional.
O Orientador Educacional no trabalho de Orientação Vocacional precisar
construir momento de autoconhecimento, de informação e conhecimento das
possibilidades existentes. Mostrando para os alunos possíveis caminhos a
serem percorridos. Desta forma, procede a fala de Andrade destacada no
trabalho de Almeida e Araujo (2011) segundo a qual:
Durante a OV, os indivíduos se conhecem melhor como
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sujeitos reais, percebendo suas identificações, suas
características e suas singularidades e,
consequentemente, adquirindo melhores condições de
organizar seus projetos de vida e de fazer sua escolha
profissional sem muitas fantasias sobre ela e sobre si
mesmo (Almeida & Araujo apud ANDRADE et. al, 2002).
Podemos concluir que esta é uma grande responsabilidade e um
trabalho que precisa ser desenvolvido das escolas e se analisarmos o Decreto
nº 72.846, de 26 de setembro de 1973 no artigo 8°, temos três alineas que
falam sobre a orientação vocacional : c) Coordenar a orientação vocacional do
educando, incorporando-o ao processo educativo global; d) Coordenar o
processo de sondagem de interesses, aptidões e habilidades do educando; e)
Coordenar o processo de informação educacional e profissional com vista à
orientação vocacional. O que nos mostra que é papel do Orientador
Educacional proporcionar momentos de diálogos, de descoberta e de
informações aos alunos sobre a orientação vocacional.
2.3. Educação profissional
A educação profissional que se apresenta em diversos níveis, é
possibilidade mais rápida de inserção no mercado de trabalho. Com os
avanços tecnológicos, a cada ano que passa são criados novos cursos para
atenderem as novas demandas. O que acontece muita das vezes são alunos
que por algum despreparo e falta de conhecimento sobre o mercado acabam
entrando em cursos que não possuem a menor aptidão.
É importante que muitos preconceitos sejam desmistificados quanto ao
ensino profissional, ele não é um fim em sim mesmo. O aluno que conclui o 9°
ano e faz um curso de aprendizagem pode chegar a uma universidade. Berger
Filho (1999) afirma que:
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A educação profissional tem por objetivo não só a
formação de técnicos de nível médio, mas a qualificação,
a requalificação, a reprofissionalização para
trabalhadores com qualquer escolaridade, a atualização
tecnológica permanente e a habilitação nos níveis médio
e superior. A educação profissional deve levar ao
permanente desenvolvimento de aptidões para a vida
produtiva. (Berger Filho, 1999)
Passamos por um momento em que o ensino profissional está em
evidência, podemos destacar o programa do governo federal criado em 2011 o
PRONATEC em que diz: “O Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico
e Emprego (Pronatec) foi criado pelo Governo Federal, em 2011, com o
objetivo de ampliar a oferta de cursos de educação profissional e tecnológica.”(
QUESTIONÁRIO PARA PESQUISA SOBRE ORIENTAÇÃO VOCACIONAL / PROFISSIONAL Prezado(a) Estudante! Estou realizando uma pesquisa – que resultará em minha Monografia de Conclusão do Curso de Pós – graduação em Orientação Educacional, intitulada “Atuação do Orientador Educacional na contribuição da orientação de jovens para a escolha de cursos profissionalizantes.”, com a colaboração de estudantes de escolas profissionalizantes. Neste sentido, gostaria de contar com a sua colaboração, preenchendo o questionário seguinte, com a sinceridade possível. O questionário tem por objetivo captar o posicionamento - de sujeitos recém-ingressos, sobre as escolhas profissionais. Desta forma, peço e desde já agradeço a sua colaboração ao meu estudo, assinalando, conforme o seu caso, e/ou escrevendo, sucintamente, o que você pensa sobre cada item proposto. Atenciosamente, Taís Vidal Primeira parte: conhecer o jovem: 1) Qual é sua idade? _______________________________________________________________________ 2) Qual é o nível de escolaridade dos seus Pais? _______________________________________________________________________ 3) Estuda em Escola pública ou particular? _______________________________________________________________________ 4) Qual o curso profissionalizante está cursando? _______________________________________________________________________ 5) Teve dúvidas na hora da escolha? _______________________________________________________________________ Segunda parte: perceber seu nível de conhecimento sobre orientação vocacional / profissional: 6) Você já esteve com um Orientador Educacional? ( ) sim ( ) não 7) Você sabe o que é “Orientação vocacional”? ( ) sim ( ) não 8) Na(s) escola (as) em que cursou o ensino fundamental foi oferecido momentos de discussão sobre profissões/mercado de trabalho? ( ) sim ( ) não 9) Já conversou com seus Pais ou outras pessoas sobre profissões e mercado de trabalho?
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( ) sim ( ) não 10) Sua família influenciou na escolha do curso? ( ) sim ( ) não 11) Já assistiu alguma palestra sobre orientação vocacional ou profissional? ( ) sim ( ) não 12) Gostaria de assistir? ( ) sim ( ) não 13) Sabe onde existe alguma? ( ) sim ( ) não 14) Como fez para escolher a instituição de ensino que está estudando?_______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 15) Conhece outras instituições de ensino profissionalizante? ( ) sim ( ) não 16) Quais?___________________________________________________________________________________ 17) Você acredita que assistir uma palestra sobre orientação vocacional ou profissional poderia te ajudar a escolher sua profissão? ( ) sim ( ) não 18) Conhece alguma Instituição Educacional que ofereça este tipo de palestra? ( ) sim ( ) não Por favor, Não deixe nenhum item em branco, escreva nem que seja uma palavra. Não assine, nem rubrique! Grata, mais uma vez! Boa sorte no seu Curso! Taís Vidal
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ANEXO 2
Roteiro da Entrevista • Existe um elevado número de jovens que chegam a uma instituição de ensino profissionalizante sem saber do que exatamente se trata o curso na qual estão inseridos, levando posteriormente a evasão ou a conclusão de um curso que não irão atuar na área. Que ações você considera que precisam ser realizadas para minimizar o erro na escolha da profissão? • Uma das atribuições do Orientador Educacional é atuar na orientação vocacional. Que dificuldades você acredita que este profissional encontra para exercer esta atribuição? • Orientador Educacional não é um profissional encontrado em todas as escolas, por exemplo, nas escolas municipais do Rio de Janeiro. Como você avalia a ausência destes profissionais?
Um olhar sobre o conceito e prática de educação profissional A educação ergueu-se, a princípio, como um produto para um pequeno segmento da sociedade, com um currículo limitado e, no Brasil, só passou a abranger a todas as pessoas quando se percebeu a necessidade de aprimorar a classe trabalhadora, no início do século XX. O intuito real era de se obter, por meio dessa instrução, uma maior produtividade. Foi neste cenário que surgiu o que chamamos hoje de educação profissional.
Na década de 20, o ensino profissional passou a ser atribuição do Ministério da Agricultura, Indústria e Comércio o que fomentou o desenvolvimento do ensino industrial, comercial e agrícola. Nos anos 30, foi intensa a instalação de escolas comerciais e foi também nesta época que as escolas profissionalizantes foram tratadas como um dever do Estado em benefício das classes menos favorecidas, mas deveriam receber o apoio das indústrias e sindicatos. Em 1942 são regulamentas as Leis Orgânicas da Educação Nacional e surgem o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – SENAI e, em 1946 o SENAC, Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial. Ainda neste ano, o governo Vargas criou o conceito de menor Aprendiz que, agregado aos fatores já descritos, consolidou o ensino profissional no Brasil.
Durante todo o seu percurso, o surgimento de novas tecnologias e as consequentes mudanças no setor produtivo faz com que a área educacional tenha de estar sintonizada com as necessidades das empresas e as supra com profissionais bem capacitados. É a ampliação do escopo de atuação do ensino profissional imposta pela realidade e evolução do mercado. Com este novo desafio, a educação profissional bem conduzida tem suma importância. Para acompanhar esta necessidade de adequação faz-se necessária a reinvenção dos conceitos e a busca por ferramentas que propiciem eficiência ao ofício da educação profissional. Neste contexto, levando-se em conta a constante atualização, existem alguns aspectos a ser considerados ao ensinar algo ou ao promover desenvolvimento de competências e habilidades a alguém, principalmente quando falamos de Aprendizes. São eles:
1. verificar se o que vai ser ensinado e aprendido é necessário para sua inserção naquele mercado de trabalho;
2. ampliar, no que for viável, o escopo de ensinamentos visando a formação mais global do Aprendiz;
3. confirmar se os Aprendizes conhecem o assunto que se pretende ensinar;
4. especificar de forma clara os resultados que se quer alcançar;
5. selecionar e organizar experiências de Aprendizagem;
6. avaliar o desempenho dos Aprendizes de acordo com os resultados esperados.
A análise e resolução destes aspectos incidem na construção estratégica do modo de ensinar. Assim, para ter a educação profissional como uma estrutura fundamentada, é primordial responder às seguintes questões:
1. Para onde vou? Determinação do objetivo que se quer atingir, onde se quer chegar.
2. O que ou quem estamos formando? Analisar o público que recebe esta informação para utilizar a melhor forma de falar com ele.
3. Como chegarei lá? De que forma vou atingir o meu objetivo? Planejamento: ferramentas e métodos que serão utilizados para atingir o objetivo determinado.
4. Como saber se cheguei? Qual o resultado do meu trabalho? Monitoração das ações. Critérios para mensuração de resultados.
A própria definição de educação profissional auxilia na composição destas respostas: a educação profissional busca integrar escola e trabalho levando-se em conta técnicas de produção e critérios de produtividade e requer, além do domínio operacional de um determinado fazer, a compreensão global do processo produtivo, a compreensão do saber tecnológico, a valorização da cultura do trabalho e a mobilização dos valores necessários à tomada de decisões. É um processo educacional planejado para obtenção de Aprendizagem aproveitável nos processos produtivos. Para iniciar a abordagem estratégica da educação profissional é necessário que esta definição seja desmembrada em ações que possibilitem cumprir cada um de seus aspectos.
Uma das possibilidades de melhor traduzir este conceito para um aspecto prático e que funcione, é também um grande desafio das entidades de ensino profissional – aqui contemplamos escolas técnicas e ONGs – e que está, inclusive, sendo praticado pelo Espro: transformar o ensino de conteúdos em competências para o trabalho. O conhecimento é entendido como simplesmente saber. A habilidade refere-se ao saber fazer relacionado com a prática do trabalho. É aí que entra a competência como um conjunto de recursos cognitivos, afetivos e psicomotores que a constituem. É usado como sinônimo de capacidades.
Competência pode ainda ser definida como um conjunto de capacidades e conhecimentos organizados para realizar uma tarefa ou um conjunto de tarefas, satisfazendo exigências sociais precisas. Essas capacidades são transversais; exprimindo as potencialidades de uma pessoa, independentemente dos conteúdos específicos de determinada área. As capacidades não são atitudes inerentes ou dons; elas se
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manifestam e se desenvolvem para favorecer a Aprendizagem. As capacidades não são diretamente observáveis, nem avaliáveis e nunca são totalmente dominadas, uma vez que se desenvolvem ao longo da vida.
A educação profissional realizada por competência desenvolve no jovem a percepção “do quê e do por quê?” dos fatos. Faz com que ele aprenda “como fazer” e ainda estimula o “querer, a determinação” em realizar. Assim, aqui temos a prática do famoso CHA: Conhecimento, Habilidade e Atitudes.
Nos nossos programas de Pré-Qualificação Profissional e de Aprendizagem, adotamos como primordiais, as questões postural e comportamental com destaque para a responsabilidade, saber trabalhar em equipe, ser colaborativo e organizado, ter proatividade, bom relacionamento interpessoal, adaptabilidade, dentre outras tantas competências e habilidades. Dessa forma, o desenvolvimento de competências e habilidades tem sido estruturado onde a prioridade é “o fazer”, e não “o saber”. Os programas são estruturados como “estudos de caso”, em dinâmicas comportamentais que auxiliam o Aprendiz a romper com o modelo mental de relacionamento familiar e passar ao modelo de relacionamento profissional, baseado na observação da realidade, reflexão e ação.
O propósito é que com esta prática, o jovem venha assumir em sua vida profissional uma postura de protagonista, buscando constante profissionalização, responsabilize-se por suas ações, trabalhe pelo sucesso coletivo e se proponha a agir, resolver e fazer acontecer. Quem tem competência profissional está aberto à soluções criativas e à inovação.
Portanto, é missão da educação profissional ser a ação educativa que desenvolve competências para o trabalho. Assim, os jovens profissionais estarão preparados para suprir as necessidades das empresas e da sociedade, que necessita de trabalhadores capacitados e engajados no crescimento pessoal e também do nosso país.
Marcos Bragança é gerente de Educação Profissional do Espro, bacharel em História pela FAHUPE – Rio de Janeiro. Tem licenciatura em Geografia pela UERJ – Rio de Janeiro e formação em Psicanálise pelo Instituto de Psicanálise Aplicada da Escola Brasileira de Psicanálise – Rio de Janeiro. É especialista em Gestão da Educação pela Universidade São Marcos – São Paulo.
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Este texto não substitui o original publicado no Diário Oficial.
decreto nº 72.846, de 26 de setembro de 1973.
Regulamenta a Lei nº 5.564, de 21 de dezembro de 1968, que provê sobre o exercício da profissão de orientador educacional.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, usando da atribuição que lhe confere o artigo 81, item III, da Constituição,
decreta:
Art. 1º Constitui o objeto da Orientação Educacional a assistência ao educando, individualmente ou em grupo, no âmbito do ensino de 1º e 2º graus, visando o desenvolvimento integral e harmonioso de sua personalidade, ordenando e integrando os elementos que exercem influência em sua formação e preparando-o para o exercício das opções básicas.
Art. 2º O exercício da profissão de Orientador Educacional é privativo:
I - Dos licenciados em pedagogia, habilitados em orientação educacional, possuidores de diplomas expedidos por estabelecimentos de ensino superior oficiais ou reconhecidos.
II - Dos portadores de diplomas ou certificados de orientador educacional obtidos em cursos de pós-graduação, ministrados por estabelecimentos oficiais ou reconhecidos, devidamente credenciados pelo Conselho Federal de Educação.
III - Dos diplomados em orientação educacional por escolas estrangeiras, cujos títulos sejam revalidados na forma da legislação em vigor.
Art. 3º É assegurado ainda o direito de exercer a profissão de Orientador Educacional:
I - Aos formados que tenham ingressado no curso antes da vigência da Lei nº 5.692-71, na forma do art. 63, da Lei nº 4.024-61, em todo o ensino 1º e 2º graus.
II - Aos formados que tenham ingressado no curso antes da vigência da Lei nº 5.692-71 na forma do artigo 64, da Lei nº 4.024, de 20 de dezembro de 1961, até a 4º série do ensino de 1º grau.
Art. 4º Os profissionais, de que tratam os artigos anteriores, somente poderão exercer a profissão após satisfazerem os seguintes requisitos:
I - Registro dos diplomas ou certificados no Ministério da Educação e Cultura;
II - Registro profissional no órgão competente do Ministério da Educação e Cultura.
Art. 5º A Profissão de Orientador Educacional, observadas as condições previstas neste regulamento, se exerce na órbita pública ou privada, por meio de planejamento, coordenação, supervisão, execução, aconselhamento e acompanhamento relativos às atividades de orientação educacional, bem como por meio de estudos, pesquisas, análises, pareceres compreendidos no seu campo profissional.
Art. 6º Os documentos referentes ao campo de ação profissional de que trata o artigo anterior só terão validade quando assinados por Orientador Educacional, devidamente registrado na forma desse regulamento.
Art. 7º É obrigatório a citação do número do registro de Orientador Educacional em todos os documentos que levam sua assinatura.
Art. 8º São atribuições privativas do Orientador Educacional:
a) Planejar e coordenar a implantação e funcionamento do Serviço de Orientação Educacional em nível de:
1 - Escola;
2 - Comunidade.
b) Planejar e coordenar a implantação e funcionamento do Serviço de Orientação Educacional dos órgãos do Serviço Público Federal, Municipal e Autárquico; das Sociedades de Economia Mista Empresas Estatais, Paraestatais e Privadas.
c) Coordenar a orientação vocacional do educando, incorporando-o ao processo educativo global.
d) Coordenar o processo de sondagem de interesses, aptidões e habilidades do educando.
e) Coordenar o processo de informação educacional e profissional com vista à orientação vocacional.
f) Sistematizar o processo de intercâmbio das informações necessárias ao conhecimento global do educando.
g) Sistematizar o processo de acompanhamento dos alunos, encaminhando a outros especialistas aqueles que exigirem assistência especial.
h) Coordenar o acompanhamento pós-escolar.
i) Ministrar disciplinas de Teoria e Prática da Orientação Educacional, satisfeitas as exigências da legislação específica do ensino.
j) Supervisionar estágios na área da Orientação Educacional.
l) Emitir pareceres sobre matéria concernente à Orientação Educacional.
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Art. 9º Compete, ainda, ao Orientador Educacional as seguintes atribuições:
a) Participar no processo de identificação das características básicas da comunidade;
b) Participar no processo de caracterização da clientela escolar;
c) Participar no processo de elaboração do currículo pleno da escola;
d) Participar na composição caracterização e acompanhamento de turmas e grupos;
e) Participar do processo de avaliação e recuperação dos alunos;
f) Participar do processo de encaminhamento dos alunos estagiários;
g) Participar no processo de integração escola-família-comunidade;
h) Realizar estudos e pesquisas na área da Orientação Educacional.
Art. 10. No preenchimento de cargos públicos, para os quais se faz mister qualificação de Orientador Educacional, requer-se, como condição essencial, que os candidatos hajam satisfeito, previamente, as exigências da Lei nº 5.564, de 21 de dezembro de 1968 e deste regulamento.
Art. 11. Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
Brasília, 26 de setembro de 1973; 152º da Independência e 85º da República.
emílio G. médici
Confúcio Pamplona
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ANEXO 5
Influência da família e amigos Pesquisas Aptidão/interesse relacionada a área de escolha
Comodidade (perto de casa, fez prova e passou, mercado de trabalho e etc.)
Ouvindo a opinião de pessoas que já estudaram e a opinião dos meus pais.
Foi por influencia dos pais.
Ouvindo a opinião de meus pais e de pessoas que já estudaram.
Meu pai me deu algumas opções.
Ouvi sobre o curso de mecânica do Senai pelo meu tio.
*Pela televisão, internet e alguns familiares já conheciam o ensino do SENAI.
Minha mãe me informou sobre essa escola.
Anúncios e familiares.*
Orientação dos meus familiares, etc..
Com a orientação dos meus pais e por conhece a valorização que o Senai tem.
Eu queria ir para um bom colégio profissionalizante e meu amigo que já estudava aqui me indicou.
Alguns dos meus familiares fizeram curso aqui e me indicaram.
Fui recomendado por parentes.
Foi o mais indicado por amigos e familiares.
Meu tio já estudou aqui e ele fez o mesmo curso que estou fazendo e ele falou para eu estudar aqui.
Ouvi pessoas que estudaram no SENAI e eles me indicaram como uma excelente instituição.
O meu pai é professor do SENAI e dois professores que eu conheço me indicaram este curso.
Por que meu primo estuda nesta instituição ele que me indicou para eu vim.
Eu vi os cursos que me interessaram e por influencias dos meus pais.
Por meio de pesquisas buscando o melhor ensino técnico.
Pesquisei a s instituições que ofereciam os cursos no qual eu me interessaria.
Pesquisei na internet.
*Pela televisão, internet e alguns familiares já conheciam o ensino do SENAI.
Anúncios e familiares.*
Sempre quis fazer algo com relação a cálculo e achei na FAETEC este curso (Contabilidade).
Pois nesta instituição existe o curso técnico que mais me interessa cursar.
Escolhi a área que melhor me identifico.
Fiz provas para diversas escolas públicas e técnicas e me inscrevendo em cursos técnicos que me interessam.
Eu sempre gostei de informática então fiz a prova para técnico de informática e consegui.
Escolhi pois havia matéria sobre o que já estou trabalhando e começando na empresa.
Devido eu gostar de matérias que predomina o meu curso e só encontrei nesta instituição.
Eu sempre gostei de mecânica, quando vi a oportunidade da vaga, entrei no curso.
Eu sempre gostei de Mecânica.
Escolhi por que gosto.
Primeiro eu escolhi o curso que eu queria e depois eu escolhi a escola.
A localização mais próxima e o curso que eu mais tenho conhecimento.*
Era uma área que já me interessava então tive a oportunidade e fui.
Pelo curso técnico que eu pretendia fazer.
Procurando o curso que queria fazer.
Proximidade, existência de um curso que me interesse, e batata de Marechal Hermes.
Fui observando as oportunidades.
Eu não escolhi a FAETEC, a FAETEC me escolheu.
Fiz concurso para a FAETEC e CEFET, mas fui fazer a prova com confiança demais pois estudava em uma escola com alunos muito abaixo da média.
Me parecia a melhor opção.
Eu tinha outras opções, mas, de difícil acesso, deixando o curso como última opção.
Fiz uma prova e passei, pois só aqui tinha técnico que eu queria fazer.
A localização mais próxima e o curso que eu mais tenho conhecimento.*
Pelo curso que é oferecido e pelo lugar ser mas perto de casa.
Por causa do curso.
Através de concurso.
Fiz uma prova, e passei como tinha a opção de escolher a unidade escolar técnica, eu escolhi.
Era a única que oferecia o curso de contabilidade.
Não escolhi, fiz provas para cursar meu ensino médio e a FAETEC foi a única que passei.
Pelo ótimo ensino do Sistema FIRJAN, pelo salário futuramente.
Escolhi a instituição onde tô estudando, pois tem um ensino avançado na área que quero trabalhar.
Porque é integral.
Após tentativas sem êxito em escolas técnicas decidi vir para o SENAI.
Escolhi pelo fato que o SENAI e um grande instituição de ensino e é um grande nome pro mercado de trabalho.
Procurei o melhor colégio técnico para sair do colégio empregado, por isso escolhi o Senai.
Procurei uma instituição de qualidade que fosse apta para minha escolha profissional.
Após começar um técnico de ett, acabei desistindo e me reprovei para vir para o SENAI, pois o técnico hoje em dia é fundamental.
Por ser uma grande instituição com profissionais qualificados e próximo de casa.
Vi que o SENAI é um curso profissionalizante, e que muitos jovens estão saindo empregados para o mercado de trabalho.
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BIBLIOGRAFIA
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Orientação Vocacional e Profissional. Disponível em
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princípios, técnicas, instrumentos. 5ª Ed. rev. atual. São Paulo: Thomposon
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Brasília:MEC, 1996
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PORTO, Olívia. Orientação Educacional: teoria, prática e ação. Rio de janeiro:
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RICHARDSON, Roberto Jarry. Pesquisa social: Métodos e técnicas. São Paulo, Atlas, (1989)’ 2008 . SANTOS FILHO, José Camilo dos. Pesquisa quantitativa versus pesquisa qualitativa: o desafio paradigmático. In: José Camilo dos Santos Filho e Sílvio Sanches Gamboa (Org.). Pesquisa educacional: quantidade-qualidade. São Paulo; Cortez, 1995. SENADO FEDERAL, Subsecretaria de Informações, decreto nº 72.846, de 26 de setembro de 1973. Disponível em http://legis.senado.gov.br/legislacao/ListaNormas.action?numero=72846&tipo_norma=DEC&data=19730926&link=s Acessado em 7 de julho de 2013