Você sabe o que é Libras? A Lei nº 10.436 de 24 de abril de 2002, reconheceu como meio legal de comunicação e expressão a Língua Brasileira de Sinais - Libras, utilizada pela comunidade surda de nosso país, para se comunicar com pessoas surdas ou ouvintes. A Libras é uma língua de modalidade gestual – visual que utiliza como meio de comunicação, movimentos gestuais e expressões faciais/ou corporais que são percebidas pela visão. Ao contrário do que todos pensam, a Libras não é universal, ela se constitui em um sistema linguístico de transmissão de ideias e fatos, oriundos das comunidades de pessoas surdas do Brasil. (BRASIL, 2002). Por ser uma língua ela possui gramática própria, sendo estruturada a partir de alguns parâmetros: - Configuração de Mãos – são as formas que mãos ficam para a execução de um sinal. Estas podem ser da datilologia (alfabeto manual) ou outras formas realizadas pelas mãos predominantes (mão direita para os destros); - Ponto de Articulação: é o lugar onde incide a mão predominante configurada, podendo esta tocar alguma parte do corpo ou estar em um espaço neutro vertical (do meio do corpo até à cabeça) e horizontal (à frente do emissor); -Movimentos: são os movimentos que as mãos fazem na execução de um sinal. Alguns sinais possuem movimento, outros não; - Orientação/Direcionalidade: os sinais possuem uma direcionalidade com a palavra que se origina. Assim para executar os sinais de “subir “e “descer”, “abrir” e “fechar”, “acender” e “apagar” é necessário que as mãos se direcionem considerando a palavra que deverá ser sinalizada e -Expressão Facial/Corporal – a expressão facial é a forma mais básica e comum de demonstrar as emoções. Fisiologistas estimaram que o rosto humano seria capaz de gerar cerca de 20.000 expressões diferentes. Juntamente com o olhar, a expressão facial é o meio mais rico e importante, para transparecer nossos estados de ânimo e emoções, ela é essencial para regular a interação e reforçar a nossa mensagem enviada junto ao receptor. Todos os parâmetros citados acima, servem para reconhecer a Libras, enquanto uma língua real e efetiva, além de posicionar o surdo como membro de uma comunidade linguística diferenciada.