DIVERSIFICAÇÃO DA MATRIZ ENERGÉTICA E SEUS IMPACTOS NO ESTADO DA PARAÍBA FRAZÃO, Bianca Olímpio,Universidade Federal da Paraíba ( Co autora); FERREIRA, Denise de Sousa, Universidade Federal da Paraíba (Co autora); MOREIRA, Emilia de Rodat Fernandes,Universidade Federal da Paraíba(Orientadora); SILVA, Maria Israelita Cecília Alexandre, Universidade Federal da Paraíba (Autora). INTRODUÇÃO A matriz energética brasileira diferencia-se da dos países desenvolvidos por contemplar um significativo percentual de fontes energéticas renováveis (44,9%). Nos países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), não obstante todo o esforço que foi feito para reduzir a dependência do petróleo e do carvão mineral, ainda é muito elevada à dependência das fontes energéticas não renováveis (86,8%). Esses dados mostram a fragilidade dos países desenvolvidos face às alterações do mercado internacional do petróleo e de seus derivados. O preço do barril do petróleo que se apresentou decrescente durante a maior parte da década de 1990 reverteu esta tendência em 1999 tendo oscilado entre 2000 e 2003 entre 20 e 30 dólares. A partir de então, observa-se uma constante elevação do preço do barril. Para isso concorreram, entre outros fatores, a alta taxa de crescimento econômico, particularmente, de países como China e Índia, a escalada da tensão entre Irã e Estados Unidos, o prolongamento do conflito no Iraque. A situação conflituosa no Oriente Médio tem dificultado o controle do mercado de petróleo pelas firmas multinacionais, de um lado, e tem contribuído para a elevação do custo de extração e refino do petróleo (CAPELA, 2007). Esses fatores são responsáveis tanto pelo aumento da demanda pelo produto como pela desestabilização da oferta mundial do petróleo. A ação desses fatores acentuou-se durante o ano de 2007, tendo o preço do barril de petróleo alcançado a barreira dos U$100, o mais alto em toda a história. Esse novo cenário traz à tona, mais
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DIVERSIFICAÇÃO DA MATRIZ ENERGÉTICA E SEUS IMPACTOS NO ESTADO DA PARAÍBA
FRAZÃO, Bianca Olímpio,Universidade Federal da Paraíba ( Co autora);
FERREIRA, Denise de Sousa, Universidade Federal da Paraíba (Co autora);
MOREIRA, Emilia de Rodat Fernandes,Universidade Federal da Paraíba(Orientadora);
SILVA, Maria Israelita Cecília Alexandre, Universidade Federal da Paraíba (Autora).
INTRODUÇÃO
A matriz energética brasileira diferencia-se da dos países desenvolvidos por
contemplar um significativo percentual de fontes energéticas renováveis (44,9%). Nos
países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), não
obstante todo o esforço que foi feito para reduzir a dependência do petróleo e do carvão
mineral, ainda é muito elevada à dependência das fontes energéticas não renováveis
(86,8%). Esses dados mostram a fragilidade dos países desenvolvidos face às alterações
do mercado internacional do petróleo e de seus derivados.
O preço do barril do petróleo que se apresentou decrescente durante a maior
parte da década de 1990 reverteu esta tendência em 1999 tendo oscilado entre 2000 e
2003 entre 20 e 30 dólares. A partir de então, observa-se uma constante elevação do
preço do barril. Para isso concorreram, entre outros fatores, a alta taxa de crescimento
econômico, particularmente, de países como China e Índia, a escalada da tensão entre
Irã e Estados Unidos, o prolongamento do conflito no Iraque. A situação conflituosa no
Oriente Médio tem dificultado o controle do mercado de petróleo pelas firmas
multinacionais, de um lado, e tem contribuído para a elevação do custo de extração e
refino do petróleo (CAPELA, 2007).
Esses fatores são responsáveis tanto pelo aumento da demanda pelo produto
como pela desestabilização da oferta mundial do petróleo. A ação desses fatores
acentuou-se durante o ano de 2007, tendo o preço do barril de petróleo alcançado a
barreira dos U$100, o mais alto em toda a história. Esse novo cenário traz à tona, mais
uma vez, a dificuldade de se manter uma matriz energética baseada, fundamentalmente,
em fontes não renováveis.
No caso brasileiro, embora a situação seja menos desconfortável do que para os
países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e para
o mundo como um todo, o novo panorama não deixa de ser problemático.
Interessa a este trabalho apresentar duas formas alternativas de energia que vêm
se expandindo na Paraíba: a energia eólica e a energia solar. Ele baseia-se na pesquisa
bibliográfica e numa pesquisa preliminar de campo. Convém esclarecer que a pesquisa
está em fase inicial e que este artigo trás alguns aspectos do problema que deverá ser
melhor trabalhado. Trata-se neste caso de uma pesquisa descritiva. A discussão teórica
sobre fontes alternativas de energia, a estrangeirização de sua produção e mudanças na
paisagem ainda são preliminares não sendo ainda possível apresentá-lo no momento.
1. A ENERGIA EÓLICA NA PARAIBA
Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) denomina-se energia
eólica “a energia cinética contida nas massas de ar em movimento (vento). Seu
aproveitamento ocorre por meio da conversão da energia cinética de translação em
energia cinética de rotação, com o emprego de turbinas eólicas, também denominadas
aerogeradores, para a geração de eletricidade, ou cataventos (e moinhos), para trabalhos
mecânicos como bombeamento d’água”. A figura 1 mostra todo o processo de captação
do vento e de distribuição para uma central elétrica. Este é o processo utilizado na
porção litorânea da Paraíba utilizando os ventos alíseos de Sudeste.
Figura 1: Processo de produção da energia eólica. Fonte: