J. M. MOTA CARDOSO DIRECÇÃO DE OBRA
J. M. MOTA CARDOSO
DIRECÇÃO DE OBRA
AECOPSA 5 S O C 1 A Ç Ã ODE E M P R E S A SDÊ CONSTRUÇÃOC5'" ;-:- PÚBL CASE S E R V I C O S
J. M. MOTA CARDOSO
DIRECÇÃO DE OBRA> ORGANIZAÇÃO E CONTROLO
> 3a Edição
Biblioteca AECOPSN°1 l Lisboa 2007
TítuloDIRECÇÃO DE OBRA (3a Edição)Organização e Controlo
AutorJ.M. Mota Cardoso
AECOPS - Associação de Empresas de Construção.Obras Públicas e Serviços
Design e maquetizaçãoÁrea Tripla Design e Publicidade, Lda
Execução gráficaClássica Artes Gráficas
ISBN: 978-972-8197-13-1Depósito Legal: 269710/08Tiragem : 5 000 exemplares
ÍNDICE ///////////////y
Pág.
Nota à 3a Edição 5Prefácio à 2a Edição 7Prefácio à 1a Edição 11
INTRODUÇÃONota Prévia 15
Objectivo 15Tipo de Obra Exemplificativa 16
DOCUMENTAÇÃO BÁSICAProjecto Orçamento 19
Planeamento 31Mapa de Produção 37
Codificação 39
ORGANIZAÇÃO DO ESTALEIROGeneralidades 47Mão de Obra 47
Materiais 66Máquinas 86
Subempreitadas 101Meios de Apoio e instalações Fixas 101
Serviços a Instalar 118
CONTROLO DOS CUSTOSRecolha dos Elementos 121
Distribuição dos Elementos 121Valorização dos Elementos 126
Comparação de Custos 129
EXEMPLOS SUBSIDIÁRIOSExemplo l 133Exemplo 2 140
NOTA A 3A EDIÇÃO
Esgotadas há vários anos as duas anteriores edições do livro "Direcção de Obra— Organização e Controlo", da autoria do Eng° JoséManuel Mota Cardoso,tomou a AECOPS conhecimento de que esta obra continua a circularprofusamente, em volumes policopiados, em diversos estabelecimentos de ensinosuperior portugueses, sendo indicada como bibliografia recomendada em váriascadeiras dos cursos de Engenharia Civil.
Na verdade, se bem que a maior parte das empresas de construção recorra jáactualmente aferramentas informáticas especialmente desenvolvidas para gestãode obras, o certo é que a utilização competente de tais programas pressupõe oconhecimento das realidades que lhe estão subjacentes. E é disso que trata estelivro.
Por tal motivo, de acordo com o respectivo Autor e tendo consciência de que setrata de um trabalho publicado originalmente em 1985, ou seja, há mais de 20anos, decidiu a AECOPS editar esta terceira edição do livro "Direcção de Obra— Organização e Controlo", do Eng°Mota Cardoso.
PREFACIO A 2A EDIÇÃO
Torna-se desnecessário realçar o elevado interesse da obra elaborada peloEng° J. M. Mota Cardoso. A necessidade de fazer uma nova edição é o melhorrealce. Trata-se, com efeito, de uma publicação de base no domínio da "Gestãode Obras", que constitui j á uma referência obrigatória no meio da construção nonosso país, neste domínio do conhecimento.
O livro é de leitura obrigatória quer para quadros superiores e médios deempresas de construção e gestores de empreendimentos, quer para os alunos dasescolas superiores de engenharia, a nível de graduação e de pós-graduação.
O interesse do tema da "Gestão de Obras" é manifesto. Este tema, que se integrano domínio da "Gestão da Construção", poderá ser susceptível de abordagemsegundo duas vias:
- como área componente da "Gestão da Empresa de Construção", coincidindoou fazendo parte da "Gestão da Produção";
- como capítulo da "Gestão do Empreendimento", de acordo com a subdivisãoclássica deste em fases (Concepção, Projecto, Execução da Obra e Utilização).
A publicação que se apresenta é importante como suporte de qualquer dasduas abordagens. O interesse do texto, em termos de utilidade, poderá serobservado em correspondência directa com as duas vias atrás referidas:
- no primeiro caso, contribuindo para a melhoria da produtividade e daorganização das empresas de construção, através da melhoria dofuncionamento da função e do aperfeiçoamento da inter-relação desta com asvárias outras funções da empresa;
- no segundo caso, permitindo a melhoria da relação economia/qualidade dasobras, através da racionalização da execução desta e da influência exercidaa montante, obrigando à elaboração de orçamentos e de projectos decomunicação à obra adequados e devidamente pormenorizados.Explicitando atrás, deforma breve, o interesse do tema e do livro, apontam--se a seguir alguns pontos relativos ao enquadramento da matéria tratada.
A Gestão das Obras inclui, para além da gestão dos objectivos ou indicadoresglobais estabelecidos para menção das obras, e de funções ou procedimentos
integrados diversos (planeamento e controlo, gestão do risco, gestão de contratos,gestão de recursos humanos e outros), inclui, fundamentalmente, 3 funçõescomponentes de base:
- a Gestão dos Prazos ou Tempos;- a Gestão dos Custos e/ou Recursos;- a Gestão da Qualidade.
O livro do Eng° Mota Cardoso não só trata de modo cabal, e de uma formasimples e natural, as duas primeiras funções, como, implicitamente, ao exigiruma gestão técnica eficiente, abre caminho a uma implantação posterior dagestão da qualidade.
Saliente-se ainda, como aspecto importante, que o texto abrange todos os níveisda Gestão da Obra:
- a Gestão Estratégica;- a Gestão Táctica;- a Gestão Operacional.
Estes níveis são sobretudo tratados através de prodecimentos de planeamento ede controlo, utilizando não só os conceitos teóricos como, sobretudo, um vastoconjunto de diagramas, mapas e fichas.
Refira-se também que, ainda que o livro tenha optado por um certo modelo deDirecção ou Gestão de Obra, tal facto não o limita - poderão, com efeito seremfeitas as adaptações necessárias para modelos diferentes, mais ou menos complexosde uma forma fácil.
O Autor trata, ainda, a ligação da Gestão da Obra à organização do estaleiroe refere, deforma breve e natural, as ligações às diferentes funções da empresaenvolventes - orçamentação, aprovisionamentos, "stocks" e outros.
E de salientar, finalmente, que embora não seja referida a questão dainformatização, o estudo das matérias do texto é essencial para quem utilize,como hoje é corrente, "software" de gestão de obras. Os múltiplos "packages"existentes actualmente no mercado baseiam-se, todos eles, em maior ou menorgrau, na teoria e prática expostas.
Apresentado o interesse do tema, e avaliado, deforma geral, o conteúdo daobra, é de salientar que o Autor é uma das poucas personalidades da prática daconstrução que aliam, ao mesmo tempo, uma experiência conseguida em
várias empresas e numerosas obras, e de uma elevada capacidade pedagógicae interesse pela divulgação dos conhecimentos e experiência adquiridos.
Nos últimos anos o Autor tem exercido, em suplemento da sua intensa actividadeprática, alguma actividade pedagógica, muito apreciada, através da realizaçãode Seminários e Palestras no âmbito do Curso de Mestrado e Construção -"Tecnologia e Economia de edifícios", e de cursos de pós-graduação em "Economiae Tecnologia de Construção", no Instituto Superior Técnico da UniversidadeTécnica de Lisboa.
Finalmente, fazem-se votos para que este texto possa contribuir para oaparecimento breve de um conjunto de outros textos sobre temas que nele são,implícita ou explicitamente, referidos:
- contabilidade analítica e controlo de custos;
- ligação do orçamento ao planeamento de obras;
- organização de estaleiros (para diferentes tipos de dimensões das obras edas empresas);
- segurança e saúde nos estaleiros (em ligação com a Directiva da CEE empreparação);
- gestão económico-financeira de empreitadas;
- gestão de empresas de construção (para diferentes tipos e dimensões dasempresas).
Artur A. Alves BezelgaProfessor do Instituto Superior Técnico
PREFACIO A1A EDIÇÃO
O grande interesse do assunto tratado pelo Eng. J. M. Mota Cardoso e apobreza da bibliografia em língua portuguesa sobre a matéria, justificamsobejamente a publicação do trabalho de muito mérito que temos a honra deapresentar.
A pobreza da bibliografia em língua portuguesa, quer sobre problemas degestão geral, quer relativa à gestão dos estaleiros da construção, é facto de quequalquer estudioso facilmente se poderá dar conta. E acontece ainda que, nasescolas superiores de engenharia, ao assunto não é dado o desenvolvimento queseria de desejar. Como justificação desta afirmação bastará referir que naFaculdade de Engenharia da Universidade do Porto, do plano de estudos do cursode engenharia civil, desta área de conhecimentos unicamente f azem parte duasdisciplinas semestrais, Organização e Gestão, obrigatória, e Processos deConstrução, de opção livre.
No que respeita à importância do assunto, duas vertentes principais podemser consideradas, a relativa à economia, por um lado, e a relativa à penosidadedo trabalho, incluída a sinistralidade, por outro.
Quanto à economia no campo das estruturas da engenharia civil, aceita-sehoje, pacificamente que, das três origens donde podem resultar reduções de custos,a saber, materiais, projecto e processos construtivos, só esta última pode ser,ainda, fonte de economias significativas.
As melhorias de qualidade dos materiais estruturais têm sido, efectivamente,muito lentas e materiais novos aparecem raramente.
Em relação à lentidão do processo de melhoria de qualidade dos materiais,note-se, por exemplo, que o fabrico de aço a baixo custo data de 1856 (convertidorde Bessemer) e o fabrico de cimento de qualidade de 1824-25 (data das patentesde J. Aspdin para o fabrico de cimento portland) e que desde então, osmelhoramentos verificados têm sido fundamentalmente de pormenor.Relativamente a materiais novos, nos últimos cento e cinquenta anos unicamentehá a registar o betão armado, que deu origem a uma verdadeira revolução nocampo das estruturas de engenharia civil. A ideia de associar ao betão fios,barras ou varões de ferro e aço, com o objectivo de obter um material com novascaracterísticas, data efectivamente, de meados do século passado, (barco deLambot -1849); primeira patente de Monierpara tubos, vasos e depósitos -1867);
e a ideia de utilizar armaduras activas (betão pré-esforçado), embora sem sucessonas primeiras tentativas, é contemporânea do rodar do século (Doering -1888;Koessen -1907).
Relativamente às economias ligadas à melhoria de projecto, verificaram-seprogressos muito importantes no período que vai do fim do século passado atétempos recentes. Neste momento admite-se, porém, que serão muito reduzidasas economias que com esta origem poderão ser ainda obtidas. Não deixa de sersintomático verificar, a este respeito, o facto de as atenções de grande número deinvestigadores ligados às estruturas se terem dirigido, de ha alguns anos a estaparte, para problemas de segurança e, mais recentemente, para problemas defiabilidade.
É, pois, nos processos construtivos que economias significativas poderão aindaser obtidas, quer directamente através da escolha, em cada caso, do método maisadequado à execução da obra, quer indirectamente através do aumento deprodutividade.
No que se refere às condições de trabalho, facilmente se pode compreender quea conveniente organização e gestão dos estaleiros, além de conduzir a umaredução substancial da sinistralidade, tem incidência muito positiva sobre apenosidade do trabalho em geral.
Justificado o interesse da obra, façamos a seguir uma breve referência ao seuconteúdo. Trata-se duma obra eminentemente prática, recheada de exemplos deaplicação, modelos de fichas e mapas para variados fins, plantas de instalaçõesde diversas naturezas, etc., mas em que há sempre uma justificação cuidada,embora por vezes curta, de todas as operações. Deste bem conseguido equilíbrioresulta ser esta publicação útil, quer para técnicos deformação média, quer paratécnicos deformação superior.
A apresentação das matérias tratadas é feita pelo autor em ligação com o casoconcreto duma obra realizada, o que tem a indiscutível vantagem de facilitar oseguimento do texto que, em abstraio, seria em muitos casos árido. Além daintrodução e dos exemplos finais, o trabalho reparte-se por três grandes capítulosdedicados, sucessivamente, à documentação básica, à organização do estaleiroe ao controlo dos custos. Nestes três capítulos são tratadas, com desenvolvimentoadequado, as diferentes matérias. Em particular no capítulo relativo à organizaçãodo estaleiro é dado relevo aos problemas da mão-de-obra, dos materiais e dasmáquinas.
12
Um assunto que, por sair do âmbito do trabalho, não é expressamente tratado,é o que diz respeito às relações com a fiscalização e, em particular, ao pagamentodos trabalhos da empreitada. Não queremos, no entanto, deixar de aproveitara oportunidade para fazer uma chamada de atenção para as vantagens quepoderiam resultar do facto de serem os elementos referentes à produção elaboradosde modo a poderem servir de base, nas empreitadas em regime de medição, àliquidação dos trabalhos.
Conhecidas as dificuldades e as demoras que, neste tipo de empreitadas,habitualmente se verificam no pagamento dos trabalhos, e os prejuízos que,particularmente em períodos inflacionários, dai resultam para os construtores,parece que valia a pena fazer um esforço no sentido de se poder aproveitar, dagestão do adjudicatário, o que para o efeito pudesse ser útil.
A. DE CAMPOS E MATOSProf. Catedrático da Fac. de Engenharia da U. P.
13
l - INTRODUÇÃO
1.1 - NOTA PREVIA
O presente trabalho resulta de uma reflexão crítica sobre conhecimentosrecolhidos e aplicados ao longo de alguns anos, os quais, naturalmente,foram complementados com o estudo e análise de bibliografia disponível.
Sem pretensões de natureza científica, está orientado, no essencial, comum objectivo eminentemente prático.
1.2. - OBJECTIVO
O responsável pela execução de uma obra de construção terá de disporde meios que lhe permitam realizar e controlar rapidamente e de formaeficaz a produção prevista para determinado momento. Daí a importânciade que se reveste o estudo da organização e controlo de estaleiros, os quaisdevem ser entendidos como "o conjunto de pessoas, de materiais, de máquinase equipamentos, de instalações e de serviços, organizados e estruturados deformaa permitir a concretização do projecto com elevado nível técnico, em termos deeconomia, de racionalidade de processos, de prazo e de segurança".
O dimensionamento correcto dos meios relativamente ao número deunidades a executar em cada actividade, assume, assim, carácter de extremaimportância; a comparação, no decurso da obra, através de processos simplese rápidos, entre os custos orçamentalmente previstos e os reais, constitui oprocesso mais adequado de controlo e análise de resultados, já que se traduzno aferímetro único da justeza do dimensionamento e funcionamento doestaleiro. Só assim poderão ser corrigidas e ultrapassadas, no momentooportuno, dificuldades e deficiências surgidas, evitando-se não só os resultadosnegativos e incumprimento de prazos - consequentemente o encarecimentoda obra - mas permitindo também a percepção da viabilidade, tantas vezespossível, de melhorar um resultado positivo.
15
Por outro lado, a obtenção dos custos reais, estudados com pormenor nodecurso das obras, permite às empresas possuir elementos de valorextraordinário para o estudo de novos empreendimentos, o que é tanto maisimportante quanto é certo que a indústria da construção tem uma naturezabem distinta das outras, especialmente na perspectiva das variações, emtermos de custos, a que os materiais e a mão de obra estão sujeitos.
Uma vigilância apertada e rigorosa dos resultados económicos, ou sejadum controlo de previsões, metódico e eficaz, nomeadamente de custos,constitui o complemento obrigatório de todo o processo.
O principal objectivo deste trabalho é, precisamente, propor soluçõessimples que, depois de meditadas e se consideradas oportunas, permitam aotécnico a sua implementação para conseguir dar satisfação ao enunciadomas sem interferir com estruturas internas da empresa muitas vezes enraizadaem métodos pouco evoluídos.
1.3 - TIPO DE OBRA EXEMPLIFICATIVA
Para uma melhor esquematização, vamos imaginar uma obra do tipodaquela que a empresa Construções Técnicas, S.A.R.L., tem vindo a projectare construir no Porto de Leixões, embora, para facilidade de exposição, asimplifiquemos em alguns aspectos nomeadamente na sua dimensão ecomplexidade.
Consideremos, então, uma obra já adjudicada, que foi entregue a umresponsável para a preparar e executar e que, na sua essência (Ver página17) se resume a um troço de cais de uma doca, estruturalmente projectadaem dois módulos iguais, cada um com quatro pórticos transversais, em queos pilares são estacas de grande diâmetro, sendo as duas de trás inclinadasformando cavalete e a frontal vertical, ligadas superiormente por duas vigasde secção rectangular de betão armado uma de coroamento outra de tardoz.As travessas dos pórticos estão também em parte travadas por vigotas pré-fabricadas que servem de apoio aos terraplenos superiores. No tardoz daviga longitudinal de coroamento apoia-se uma cortina de estacas pranchametálicas que irá suportar os terrenos de tardoz depois de escavados segundoum determinado talude conveniente e sobre os quais apoiarão enrocamentosde protecção dispostos também em taludes convenientes.
No pé do paramento será executada uma dragagem.
16
PLANTA
CORTE A-B
CORTE C-D
'//////////////// Fig. 1 - Planta e cortes da obra exemplificativa
17
\X - >í>
V5;*>
II - DOCUMENTAÇÃO BÁSICA
2.1 - PROJECTO E ORÇAMENTO
2.1.1 - Dos documentos básicos à realização de uma obra salientam-seo projecto e o orçamento; há que, portanto, adaptar estes convenientementeàs necessidades daquela.
Consideramos que adaptar o projecto à obra é, para além da óbviaeliminação de dúvidas, erros e omissões, decompô-lo nos seus diferentesaspectos escritos e desenhados, definindo fases e métodos de execução,preparando desenhos distintos de fabricação e colocação (de cofragens e dearmaduras, por exemplo), desenhando pormenores de execução, enfim, éprepará-lo por forma a que fique perfeitamente legível e adequado àsresponsabilidades e conhecimentos de quem vai executar os diferentestrabalhos de gabinete e de campo.
E também medir ou rectificar as quantidades de trabalho a executar decada tarefa e elaborar memória daqueles aspectos escritos que sejamparticulares, específicos, pouco usuais ou desconhecidos.
Adaptar um orçamento à obra e transformá-lo naquilo a que chamamostipo ideal de orçamento e que não é mais do que aquele que resulta numaperfeita divisão das actividades a executar e a controlar, e em que os custosprevistos dessas actividades estão convenientemente demarcados em, pelomenos, Mão de Obra, Materiais, Máquinas e Subempreitadas. Esta divisãoé importante, já que sob o ponto de vista de execução e de controlo, as obrasestão divididas em unidades de produção, com resultados distintos, cadauma das quais tem de ser vigiada como se de trabalhos independentes setratassem.
2.1.2 - Assim, e para o exemplo da obra atrás referida, vamos admitirque, depois do estudo pormenorizado sob o ponto de vista de projecto e de
19
MO
Obr
Mês
3 N.° X
ACTIVIDADES
N°
1
2
2.1
2.2
2.3
2.4
2.5
2.6
2.7
3
4
5
6
6.1
6,2
6.3
7
7.1
7.2
7.3
8
8.1
8.2
DESIGNAÇÃO
ESCAV. P. PLAT. TRABALHO
EXEC. ESTACAS MOLD, TERRENO
FURACÃO E REMOÇÃO
EXECUÇÃO DE ARMADURAS
TRANSPORTE DE ARMADURAS
COLOCAÇÃO DE ARMADURAS
FABRICO DE BETÃO
TRANSPORTE DE BETÃO
COLOCAÇÃO DE BETÃO
ESCAV. P. EXECUT. SUPERESTRUT.
CRAVAÇÃO DE ESTACAS PRANCHA
PREP. DE CAB. ESTACAS B, ARM.
BETÃO DE LIMPEZA
FABRICO
TRANSPORTE
COLOCAÇÃO
ARMADURAS NASUPERESTRUT.
CORTE E MOLDAGEM
TRANSPORTE
MONTAGEM
COFRAGEM EM SUPERESTRUT
EXECUÇÃO
MONTAGEM E DESMONTAGEM
Subtotais a transportar
MAPA ORÇAMENTAL ADAPTADO
Quant.
2500
800
60
60
60
800
800
800
6.000
1200
36
50
50
50
60
60
60
700
2.100
D
t
t
t
m3
m3
m3
m2
un
ma
m3
m3
t
t
m2
m2
MÃO-DE-OBRA
Unitário
0,85 €
84,00 €
342,72 €
47,04 €
16,80€
23,52€
40,32 €
51,10€
1,70 e
13,44€
1.024, 80 €
3,36€
1,70 €
10,00€
477,12 €
218,40 €
1.176,00 €
67,20 €
57,1 2 €
Total
2.125,00€
67. 200, 00 €
20. 563, 20 €
2.822,40 €
1. 008,00 €
18.816,00 €
32.256, 00 €
40.880,00€
10.200, 00 €
16.128,00 €
36.892,80 €
1 68,00 €
85,00 €
500 €
28.627,20 €
13.104, 00 €
70.560,00 €
47.040,00 €
119.952,00 €
528. 927, 60 €
MATERIAIS
Unitário
23,50 €
1. 626,40 €
2,10€
0,43 €
72,50€
1,00 €
o.eoe
0,20€
2,00 €
72,36€
40,00€
0,106
0,20 €
1.628,40 €
3,00 €
14,00 €
16,00 €
0,60 €
Total
18, 800, 00 €
97.704,00 €
126, 00 €
25,80€
58. 000, 00 €
800,00 €
480, 00€
1. 200,00 €
2, 400, 00 €
2.604, 96 €
2.000,00 €
5,00€
10,00€
97.704,00 €
180,00€
840,00 €
11. 200,00 €
1. 260,00 €
295. 339, 76 €
MÁQUINAS
Unitário
146,50 €
3,40 €
8,40 €
3,00 €
8,40 €
4,20 €
11,36 €
0,20 €
12, 00 €
221, 00 €
1,20 €
0,10€
0,20€
6,72 €
7,22 €
2,00 €
1,00€
3,10€
Total
117. 200, 00 €
204,00 €
504,00 €
180,00 €
6.720,00 €
3. 360, 00 €
9.080,00€
1.200, 00 €
14.400,00 €
7.956,00 €
60,00 €
5,00 €
10,00 €
403,20 €
433,20 €
120,00 €
700, 00 €
6. 510, 00 €
169.045,40 €
SUBEMPREIT.
Unitário
3,00 €
Total
7. 500, 00 €
7. 500, 00 €
Folha N.° 1
TOTAIS
Unitário
3,85€
254,00 €
1.974, 52 €
57,54€
20,23€
1 04,42 €
45,52€
63,05€
2,10€
27,44 €
1 .318,16 €
44,56 €
1,90 €
10,40€
2.112,24 €
228.62 €
1. 192,00 €
84,20€
60,82€
Total
9.625,00 €
203.200,00 €
11 8.471 ,20 €
3.452740 €
1.213,80 €
83.536,00 €
36.416, 00 €
50.440,00 €
12. 600,00 €
32.928,00 €
47.453,76 €
2.228,00 €
95,00 €
520,00 €
126.734,40 €
13.717,20 €
71. 520, 00 €
58. 940, 00 €
127. 722, 00 €
1.000. 812, 76 €
Obra N.° x
Mês
ACTIVIDADES
N°
9
9.1
9.2
10
10.1
10.2
10.3
1D.4
10.5
10.6
10.7
10,6
10.9
10.10
10.11
11
12
13
14
15
DESIGNAÇÃO
Subtotais transportados f. 1
BETÃO EM SUPERESTRUTURA
FORNECIMENTO
COLOCAÇÃO
VIGOTAS PRÉ FABRICADAS
PREPARAÇÃO ESTALEIRO
EXECUÇÃO DE COFRAGEM
CORTE E MOLDAGEM ARMADURAS
MONTAGEM DE ARMADURAS
COFRAGEM (MONTAG. E DESMONT,}
FABRICO DE BETÃO
TRANSPORTE DE BETÃO
COLOCAÇÃO DÊ BETÃO
ARRUMAÇÃO DE VIGOTAS ESTALEI.
TRANSP. VIGOTAS P. APLICAÇÃO
POSICIONAMENTO DE VIGOTAS
ESCAV. INTERIOR ESTAC. PRANCHA
COLOCAÇÃO ENROCAMENTO
ATERRO FINAL
DRAGAGEM
ACABAMENTO
TOTAL DE CUSTOS DIRECTOS
MAPA ORÇAMENTAL ADAPTADO
Quanl.
1700
1700
1
50
15
16
1.500
195
195
195
276
276
276
6.000
3.000
3.000
10,000
1
B=>
m3
m3
un
m2
tm2"
m:t
un
m3
t
m3
m'
un
MAO-DE-OBRA
Unitário
68,14 €
6.814,00 €
68,14 €
477,12€
1.176,00€
20,16 €
23,52 €
10.08€
68,14€
23,52€
10,08€
15,12*
4,03€
11,76 €
33,600,00 €
Total
528. 927, 60 €
115.838, 00 €
6. 814,00 €
3.407,00 €
7.156,80€
1 7.640, 00€
30. 240, 00 €
4. 586, 40 €
1.965, 60 €
13. 287, 30 €
6.491, 52 €
2, 782, 08 €
4.173,12 €
24. 180, 00 €
35.280.00 €
33.600,00 €
836.369,42 €
MATERIAIS
Unitário
79,20 €
6,03 €
288, 00 €
14,20€
1,628,70€
14,00€
0,60€
64,80€
0,80 €
1,00€
2, oo e
0,60€
1,00€
0,80€
38,20 €
Total
295.339, 76 €
134. 640, 00 €
10.251,00€
288,00 €
710, ooe24.430, 50€
210,00€
900, 00 €
12.636, 00 €
156,00€
195, 00 €
552, 00 €
165, 60 €
276,00 í
4.800,00 €
114,600,00€
600. 149,86 €
MÁQUINAS
Unitário
30.60 €
360,00 €
1,00€
7,20€
7,20 €
9,00 €
4,50 €
1,80€
4.50 €
1,804
5,40 €
3,60 €
0,20€
900, 00 €
Total
169.045,40 €
52.020,00 €
360, 00 €
50,00€
108, 00€
108,00€
1. 755,00 €
877, 50 €
351, 00 €
1.242, 00 €
496, 80 €
1. 490,40 €
21. 600,00 €
600, 00 €
900,00 €
251.004,10 €
SUBEMPREIT.
Unitário
7,00 €
8, oo e
3,80€
Total
7. 500, 00 €
42. 000, 00 €
24. 000,00 €
38, 000, 00 €
111.500,00€
Folha N.° 2
TOTAIS
Unitário
79,20€
1 04,77 €
7.462,00 €
83,34€
2. 113, 02 €
1. 197,20 €
20,76€
97,32 €
15,38 €
70,94€
30,02 €
12,48€
21,52€
15,43 €
50,16€
8,00 €
3,80€
34. 500, 00 €
Total
1.000. 812, 76€
134.640,00 €
178.1 09,00 €
7.462, 00€
4. 167, 00 €
31. 695,30 €
17. 958,00 €
31.140,00€
1 8.977,40 €
2. 999, 10 €
13.833, 30 €
8. 285, 52 €
3.444,48 €
5. 939, 52 €
92, 580, 00 €
1 50.480,00 €
24.000,00 €
38.000,00 €
34. 500, 00 €
1. 799.023,38 €
execução, o responsávei já trabalhou o orçamento por forma a que no iníciodo trabalho aquele se encontre dentro do esquema ideal, ou seja:
— Esteja elaborado um mapa orçamental com todas as actividadesperfeitamente definidas, bem assim como as respectivas quantidades ecustos unitários; estes deverão cncontrar-se subdivididos em Mão deObra, Materiais, Máquinas e Subempreitadas (ver página 32 ).
- Este mapa fornece todas as informações sobre os custos directos, istoé, sobre "aqueles gastos e consumos que podem ser claramente aplicadosa uma actividade por ser possível uma determinação real, em quantidadee valorização, de consumo de materiais, de trabalho de mão de obra ede maquinaria".
— Os custos indirectos, isto é, "aqueles que não se podem levar a uma sóactividade por faltar a determinação precisa da parte consumida ouempregue em cada trabalho", estejam claramente diferenciados dosanteriores e convenientemente divididos em:
a) Encargos com o Estaleirob) Conservação de Equipamento,c) Gastos gerais da Obrad) Serviços administrativos da Obrae) Serviços técnicos
cada um dos quais ainda convenientemente subdivididos, por exemploda forma indicada na páginas 23 a 26.
Para tanto, contudo, é necessário ficar o projecto devidamente conhecidoe convenientemente esclarecido, com todos os seus elementos elaboradosde tal forma que constituam meios de consulta precisos e claros, sem omissõesou incompatibilidades, e coerente para que modificações e ou alterações nãoapareçam durante a execução dos trabalhos; e, para a execução, escalonar edefinir as diferentes fases de trabalho (esquematizadas nos desenhos daspáginas 27 a 31), fases de trabalho estas consideradas principais e que serão,por sua vez, objecto de estudo a fim de se escalonar e definir também asdiferentes sub-fases.
2.1.3 - A necessidade deste trabalhar do orçamento resulta do facto deo enviado à obra pelos Serviços Centrais de Orçamentação daempresa não estar, na generalidade dos casos, adequado, porquanto:
22
Obra n.° X1 - ENCARGOS COM O ESTALEIRO
Designação
1 - Condução dos Trabalhos
Encarregados de
Arvorados/Chefe de Equipa
2 - Manobradores n/ Incluídos no fabrico
De
3 - Diversos
Ferramenteiros
Guardas
Descargas e Arr
Geral
Estacas
Cofragens
Armaduras
Escavações
Tractor Normal
Grua Fuchs 301
jmações
Per odo(Meses)
10
2
5
5
8
Saláro(Médio)
Totais(Pardas
€
€
€
€
€
€
€
€
€
€
8
8
€
€
€
€
8
3x8
2x8
€
€
€
€
€
€
A Transportar
Total
€
€
€
€
Obra n.° XENCARGOS COM O ESTALEIRO
Designação
Transporte
4 - Máquinas não inc. no Fabrico
5 - Ferramentas
6 - Mont. e Desm. De Máquinas
7 - Instalações
Inst. Sanitárias
Escritórios
Armazém
Camaratas
Rede água, elect. e telef.
8 - EPI (Equip. Prot. Indiv.)
Vestimenta de trabalho
Total
Total Geral
Mão deObra
€
€
€
€
€
€
€
€
a€
Materiais
€
€
€
€
€
€
€
b€
Máquinas
€
€
€
€
€
€
€
€
€
c€
SubEmpreitadas
€
€
d€
Total
€
€
A€
'//////////////// Mapa n° 2 - Custos Indirectos: Encargos com o Estaleiro
23
Obra n.° X2 - CONSERVAÇÃO DO EQUIPAMENTO
Designação
Chefe de Oficina1x8 MesesxC
Mecânicos1x8 Mesesx€
Serralheiros1x8 Mesesx€
Soldador1x8 Mesesx€
Electricistas1x8 MesesxC
Materiais e Acessórios
Equipamento de Oficina
Total Geral
Mão deObra
€
€
€
€
€
a1 €
Materiais
€
b1 €
Máquinas
€
c1€
Total
A1€
X/////////////// Mapa n° 3 - Custos Indirectos Conservação do Equipamento
ou, muito simplesmente e no caso extremo, indica que para realizar a obrase prevê gastar X milhares de euros, não separando sequer os custosdirectos dos indirectos;
ou afirma que prevê gastar X milhares de euros em mão de obra, Y emmateriais, Z em máquinas e um outro valor em subempreitadas;
ou apresenta as actividades um pouco mais divididas, como Escavações,Cofragens, Armaduras, Betão e Despesas Gerais, mas sem distinguir, porexemplo dentro da rubrica Armaduras, o Fornecimento, Corte e Moldagem,do Transporte para o local de montagem e da sua Montagem, ou, dentrodas Despesas Gerais, as suas importantes subdivisões;
ou, para cada actividade, apresenta um custo global, não diferenciandoa mão de obra dos materiais, das máquinas e das subempreitadas;tal impediria, desde logo, a elaboração de quaisquer cargas previsionaisem consonância com o orçamento e o estudo prévio realizado peloresponsável correria o risco da subjectividade e da sua maior ou menorexperiência, dado não possuir meios comparativos orçamentados.
24
Obra n.° X3 - GASTOS GERAIS DA OBRA
Designação
1 - Correio/Fax/Telefone
2 - Encargos das Instalaçõeslluminação/AVAC
Limpeza/Conservação
3 - Expediente de Escrit. e Material de Desenho4 - Seguros
De Viatura
Da Obra
De Equipamento
5 - Despesas com ensaiosDe Betão
De Material
De
Total Geral
Parciais
€
€
€
€
€
a2€
Totais
€
€
€
€
€
A2€
'//////////////// Mapa n° 4 - Custos Indirectos: Gastos Gerais
Obra n.° X4 - SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS DA OBRA
Designação
Chefe de Serviços
Escriturários
Dactilógrafos
Apontadores
Fiel de Armazém
Total Geral
Período
8
8
8
3x8
8
SalárioMédio
e
€
€
€
€
TotaisParciais
€
€
€
€
€
Totais
A3€
'//////////////// Mapa n° 5 - Custos Indirectos: Serviços Administrativos
25
5 - SERVIÇOS TÉCNICOS
Designação
Pessoal Permanente
Engenheiro
Técnico de Obra
Técnico de Desenho
Técnico de Topografia
Técnico de Segurança
Total Geral
Período
0,5x10
10
6
8
8
SalárioMédio
€
€
€
€
€
Transp.Desloc.
€
€
€
€
€
Obra
TotaisParciais
€
€
€
€
€
n.° X
Totais
A4€
//////////////// MaPa n° 6 " Custos Indirectos: Serviços Técnicos
Por outro lado, será de toda a importância que, se por exemplo na actividadeBetão, se constatar a existência de desvios em determinado elemento decusto, se possa saber se eles provêm do Fabrico, do Transporte para o localde aplicação ou da Colocação, para desse conhecimento se poder actuarracional e convenientemente. Da mesma forma, é necessário conhecer aprevisão dos Custos Indirectos e, durante a obra, quais os que estão a sofrerdesvios relativamente ao inicialmente previsto e porquê.
Por fim o técnico, ao proceder a este estudo, detecta possíveis erros deorçamentação ficando para eles imediatamente alertado.
2.1.4 - Daqui que insistamos na adaptação do orçamento.
Veja-se, para o exemplo que vimos apresentando, a diferença entre oorçamento inicial e o adaptado, nas páginas 32 e 20 respectivamente.
Enquanto, por exemplo, no primeiro a actividade "Vigotas pré-fabricadas"apresenta custos englobando as diferentes sub-actividades, no segundo estájá convenientemente subdividida em 11 tarefas distintas, cada uma delasapresentando as suas previsões orçamentais próprias.
26
//////////////// Fig. 2 " l a Fase de Execução: Escavação para plataforma de trabalho
'///////////////, Fig. 3 - 2a Fase de Execução: Estacas moldadas no terreno
27
'//////////////// Fig. 4 - 3a Fase de Execução: Escavação para execução de superestrutura
'//////////X///// f ig. 5 - 4a Fase de Execução: Cravação de estacas prancha
28
'//////////////// Fig. 6 - 5a Fase de Execução: Superestrutura
'//////////////// FÍ9- 7 • 6a Fase de Execução: Escavação interior e dragagem exterior
29
'//////////////// Fig. 8 - 7a Fase de Execução: Colocação de enrocamento
'//////////////// FÍQ- 9 - 8a Fase de Execução: Colocação de vigotas
30
'//////////////// Fig. 10 - 9a Fase de Execução: Aterro e dragagem finais
2.2 - PLANEAMENTO
2.2.1 - Necessariamente que todo o orçamento é elaborado com basenum programa de trabalhos. Poderemos então afirmar que o plano detrabalhos é também um documento básico à execução da obra e ao seucontrolo.
Na realidade o planeamento do trabalho, isto é, o definir a ordem e aforma como se vai executar e em que tempo, constitui uma das principaispreocupações de um responsável por uma obra, para evitar interrupções,repetições, custos agravados e outras deficiências; daí o ser-lhe indispensávelproceder a um estudo metódico, organizado e aprofundado aos pormenoresna procura de soluções que, adoptadas, conduzam a uma execução racionaldos diferentes trabalhos.
O programa que deu origem, em grande parte, ao orçamento inicial,deverá também, por conseguinte, ser convenientemente estruturado, de talforma a que, de fácil e rápida análise, se possa dele retirar dados importantesà gestão do estaleiro e à concretização da obra.
Interessa que o plano de trabalhos esteja detalhado nas mesmas actividadesconsideradas no orçamento ideal, nos mostre as interligações entre as diversasactividades, a duração destas, e nos permita, em qualquer momento, saberse determinada ou determinadas actividades estão a ser realizadas nomomento oportuno e programado.
31
coM
•oS"
Obra N.° x
Mês
ACTIVIDADES
N°
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
DESIGNAÇÃO
ESCAV. P. PLAT. TRABALHO
EXEC. ESTACAS MOLD. TERRENO
ESCAV. P. EXECUT. SUPERESTRUT.
CRAVAÇÃO DE ESTACAS PRANCHA
PREP. DE CAB. ESTACAS B. ARM.
BETÃO DE LIMPEZA
ARMADURAS NA SUPERESTRUT.
COFRAGEM EM SUPERESTRUT.
BETÃO EM SUPERESTRUT.
VIGOTAS PRÉ FABRICADAS
ESCAV. INTERIOR ESTAC, PRANCHA
COLOCAÇÃO ENROCAMENTO
ATERRO FINAL
DRAGAGEM
ACABAMENTO
TOTAIS CUSTOS DIRECTOS
MAPA ORÇAMENTAL
Quant.
2500
800
6000
1200
36
50
60
2,100
1700
276
6.000
3.000
3.000
10.000
1
1m3
ml
m3
m2
un
m3
t
m2
m3
m3
t
m3
un
MÃO-DE-OBRA
Unitário
0.85€
0,00 €
1,70€
13,44€
1. 024,80 €
0,00 €
0,00€
0,00 e
0,00 €
0,00€
4,03 €
11,76 e
33, 600,00 €
Total
2.125,00€
514, 08 €
10, 200,00 €
16.128, 00 €
36. 892, 80 €
3,36€
477, 12 €
0,00€
0,00 e
8, 680, 68 €
24.1 80,00 €
35280,00 €
33.600,00 €
168.061,04 €
MATERIAIS
Unitário
110.409, 60 €
0,20€
2,00 €
72,36€
168,00€
28.627, 20 €
0,00 €
0,00 €n
91. 588,62 €
0,80 €
38,20 €
Total
1.726,936
1. 200,00 €
2.400,00 €
2.604,96 €
40,00 €
1. 628,40 €
0,00 €
0,00€
2.014,10€
4,800,00 €
114.600,00 €
131.014,39€
MÁQUINAS
Unitário
174.655,80 €
0,20 €
12,00 €
221 ,00 €
2.000, 00 €
97. 704,00 €
0,00 €
0,00 €
40. 077,50 €
3,60 €
0,20 €
900,00 €
Total
1 69,70 €
1. 200,00 €
14.400,00 €
7.956,00 €
1,20 €
6,72€
0,00€
0,00 €
395,20 €
21. 600,00 €
600,00 e
900,00 €
47.228,826
SUBEMPREIT.
Unitário
3,00 €
7,00 e
8,00 €
3,80 €
Total
7. 500,00 €
42. 000, 00 €
24, 000, 00 €
38. 000,00 €
111. 500,00 €
Folha N.°
TOTAIS
Unitário
3,85€
0,00 €
2,10€
27,44€
1.318,16€
0,006
126. 331 ,20 €
0,00 €
0,00 €
0,00 €
15,43€
50,16 €
8,00 €
3,80 €
34. 500, 00 €
Total
9. 625,00 €
2.410,71 €
12.600,00 €
32.928,00 €
47.453,76 €
44,56 €
7, 579.872,00 €
0,00 €
0,00 €
11. 089,98 €
92. 580, 00 €
150.480,00 €
24. 000, 00 €
38, 000, 00 €
34. 500, 00 €
8.035.584,01 €
Além disso, o plano de trabalhos deve permitir dar uma resposta imediataa outras questões que surgam na mente do responsável pela obra e que fazemparte integrante das suas preocupações, nomeadamente:
- que materiais devem adquirir-se, em que quantidade e em que datas?
— quais e quantos operários e máquinas são necessários nas diferentesfases de execução?
— quais as quantidades de trabalho que devem ser realizadas porum operário, equipa ou máquina durante um dia ou vários dias?
- que outros recursos de ordem técnica e administrativa deverá mobilizare quando, para a realização do trabalho?
- quais as actividades que só podem iniciar-se depois da conclusão dasprecedentes?
- quais as actividades que se podem iniciar simultaneamente com aexecução de outras e, exactamente, em que fase destas se poderãoprocessar?
— quais as folgas de início ou de conclusão das diversas actividades tendoem vista o cumprimento dos prazos contractuais?
— qual o momento em que as instalações, as obras acessórias ou osacabamentos poderão ou deverão ser iniciados?
— qual o dimensionamento a dar a essas instalações e obras?
— qual o calendário de cargas de mão de obra e maquinaria?
— quais os serviços a montar?
— qual o calendário de custos?
- qual o cronograma financeiro?
- qual o plano de recebimentos?
33
(t)Q.
rorn;D
Consideramos que a execução da obra e o seu controlo deve acompanharo planeamento dos trabalhos nos diversos aspectos acima focados, pelo quedeve ser profundamente escalpelizada por forma a permitir a elaboraçãocorrecta e sensata dum plano de trabalhos que responda às necessidadesenunciadas.
Para tal não poderemos também perder de vista a data de início da obra,já que, sendo a indústria de construção profundamente influenciada peloestado do tempo, o planeamento será diferente conforme a época do anoem que os trabalhos se vão executando.
Possuindo um Plano bem elaborado, não há mais do que dele retirar asrespostas às questões levantadas, acompanhá-lo de muito perto e, emboranunca um plano de trabalhos deva ditar a um responsável a decisão que elepróprio tem de tomar, deve, no entanto, dar-lhe todos os elementos que lhepermitam conduzi-lo à decisão correcta no momento exacto. De outro modopoderia acontecer que, por exemplo, convocasse meios para uma determinadadata que, por fortes razões, fora antecipada ou retardada, com todos osinconvenientes daí decorrentes e que provocariam natural desconfiançarelativamente ao seu trabalho.
Daí ser indispensável estudar todas as situações de desvio, examinando--se as consequências dos atrasos ou as repercussões de avanços, para setomarem as tais decisões: reforço ou transferência de pessoal ou equipamento,maior dispêndio de materiais auxiliares, interrupções de frentes, reformulaçãodo plano, etc.
2.2.2 - No caso do exemplo que temos vindo a seguir foi aplicado ométodo conhecido pelo nome de "método P.E.R.T " (Programa Evaluationand Review Technique), o qual, aperfeiçoado pela Marinha dos EstadosUnidos da América do Norte, ter-lhe-ia permitido diminuir em dois anosa execução do projecto Polaris.
Estudado que foi o projecto, definidas as tarefas a executar e as diferentesfases de trabalho, o passo seguinte para a organização necessária traduz-seno encadeamento das actividades, na concretização das dependências e nocálculo dos tempos óptimos, péssimos e médios.
E evidente que nesta fase de preparação do trabalho entra grandementea prática e experiência do responsável e de toda a sua equipa, as quais vãoditar desde logo opções.
35
PLANO PERT
ACTIVIDADES
MONTAGEM DO ESTALEIRO
ESCAVAÇÃO PARA PLATAFORMA DE TRAB.
EXECUÇÃO DE ESTACAS MOLD. NO TERR. M,
IDEM M2
ESCAVAÇÃO P/EXEC. DA SUPERESTRT. M,
IDEM M2
CRAVAÇÃO ESTACAS PRANCHA METAL. M,
IDEM Mz
PREP. DAS CABEÇAS DAS ESTACAS B.A. M,
IDEM M2
BETÃO DE LIMPEZA NO M,
IDEM M2
CORTE E MOLD. DE FERRO P/SUPEREST. M,
IDEM M2
MONTAG. DEARMAD. DASUPERESTR. M,
IDEM M2
EXEC. DE COFRAGENS P/SUPERESTR.
MONTAGEM DE COFRAGENS M,
IDEM M2
BETONAGEM DA SUPERESTRUTURA M,
IDEM M2
CURA DO BETÃO PI DESCOFRAGEM M,
IDEM DE 28 DIAS M.
IDEM DE 28 DIAS M2
PREPAR. DO ESTAL. DE VIGOT. PRÉ FABRIC.
EXECUÇÃO DE COFRAGENS P/VIGOTAS
EXECUÇÃO DE VIGOTÃS M,
IDEM M2
CURA DE 8 DIAS DO BETÃO DE VIGOTÃS M,
IDEM M2
IDEM DE 28 DIAS M,
IDEM M2
ESCAVAÇÃO PI ALÍVIO DA CORTINA M,
IDEM M2
ENROCAMENTO DE PROTECÇÃO M,
IDEM M2
COLOCAÇÃO DE VIGOTÃS M,
IDEM M2
ATERRO FINAL M,
IDEM M2
DRAGAGENS M,
IDEMM2
ACABAMENTOS M
IDEM M2
Desig.
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
Dependec.
1/2, 1
2
3
4
5
5
6,7
7
8,9
9
10,11
1
13
11,13
12,14,15
1
1/215,17
1/2 16,18,22
15,18
16,19,20
20
20
21
1
17
25,26
27
27
28
27
28
23
24,33
33
34,35
29,35
30,36,37
31,38
32.39
40
41
37
38,43
Duraç.
30
15
19
19
5
5
10
10
5
5
3
3
3
3
10
10
15
10
10
1
1
3
28
28
10
5
8
8
8
8
28
28
5
5
7
7
2
2
10
10
15
15
8
8
lnicio+cedo
0
15
30
49
68
73
73
83
83
93
88
98
30
33
91
101
30
96
110
106
120
107
107
121
30
45
50
58
58
66
58
66
135
149
140
154
147
161
163
173
183
198
149
157
lnício+tarde
0
15
30
49
68
87
73
92
83
102
88
107
88
107
91
110
81
96
110
106
120
107
116
121
117
122
127
137
151
153
135
145
144
149
147
154
159
161
163
173
183
198
197
205
Fim+cedo
30
30
49
68 ^
73
78
83
93
88
98
91
101
33
36
101
111
45
106
120
107
121
110
135
149
40
50
58
66
66
74
86
94
140
154
147
161
149
164
173
183
198
213
157
165
Fim+tarde
30
30
49
68
73
92
83
102
88
107
91
110
91
110
101
120
96
106
120
107
121
110
144
149
127
127
135
145
159
161
163
173
140
154
154
161
151
164
173
183
198
213
205
213
Marg
0
0
0
0
0
14
0
9
0
9
0
9
58
74
0
9
51
0
0
0
0
0
9
0
87
77
77
79
93
87
77
79
9
0
7
0
12
0
0
0
0
0
48
48
'//////////////// Mapa n° 8 - Plano P.E.R.T.
36
O resultado encontra-se no mapa da página 36a partir da análise do qualpoderemos conhecer as dependências, as durações, os inícios e os fins maiscedo, os inícios e os fins mais tarde e as margens de cada actividade.
Podemos verificar, por exemplo e analisando também a rede Pertrepresentada na página 34, que a actividade Betão de limpeza do Módulo 2só poderá iniciar-se ao dia 98, depois de concluídas as actividades Preparaçãoda cabeça das estacas do módulo 2 e Betão de limpeza do Módulo 1. Verificamostambém que, embora pudesse iniciar-se nesse dia, para cumprimento dosprazos estabelecidos poderia só efectivar-se no dia 107 já que constatamosuma folga de 9 dias.
Seguindo a linha mais grossa da rede, obtemos o chamado caminhoinclinado, isto é, o que engloba as actividades cuja execução mais condicionao prazo de entrega (neste caso com folga ou margem de zero dias) e quefacilita o estudo das decisões, levando, por exemplo, a reduzir os prazos àcusta de certas despesas, como aquisição de novos materiais, etc., ou aoabrandamento de outras actividades não críticas se o problema puder serresolvido com mais mão de obra ou equipamento.
2.2.3 - É evidente que a partir deste plano geral — o qual poderá seradaptado ao cálculo em computador permitindo efectuar as correcçõesnecessárias num curto espaço de tempo — se forjam os planos parcelares(p.e. para montagem do estaleiro) e os mensais e semanais os quais, bastantedetalhados, vão permitir ser possível, mais sobre o acontecimento, não sóindicar ou confirmar aos diversos departamentos em que dia ou hora têmde responder às solicitações da produção, mas também afinar a distribuiçãoda mão de obra e da maquinaria por forma a poderem trabalhar em plenorendimento; geralmente são esquematizados em gráficos de barras,constituindo os chamados gráficos de Gantt, e são para orientação sobretudodos encarregados.
2.3 - MAPA DE PRODUÇÃO
2.3.1 - A partir do mapa orçamental ideial, que já possuimos, vamoselaborar o mapa de controlo de produção.
Este conforme poderemos verificar pelo extracto representado na página38, resulta daquele pela introdução de uma coluna designada por código epela ampliação de uma para três linhas consignadas a cada uma das actividades:a primeira que indica os custos de fabrico a preços do orçamento, a segunda
37
OJ00
ai-a
Obra N.° x
Mês
ACTIVIDADES
N°
9
9 1
9.2
10
10.1
10.2
10.3
10.4
10.5
10.6
DESIGNAÇÃO
BETÃO EM SUPERESTRUTURA
FORNECIMENTO
COLOCAÇÃO
VIGOTAS PRÉ FABRICADAS
PREPARAÇÃO ESTALEIRO
EXECUÇÃO DE COFRAGEM
CORTE E MOLDAGEM ARMADURAS
MONTAGEM DE ARMADURAS
COFRAGEM (MONTAG. E DESMONT.)
FABRICO DE BETÃO
MAPA DE PRODUÇÃO Folh£
QUANTIDAD.
PREV MENS ACUM1
MÃO-DE-OBRA
Unitário
68,14 €
6.814, 00 €
68,14€
477,12 €
1.1 76,00 €
20,16€
23,52 €
ASS. TOTAIS
MENS ACUM
MATERIAIS
Unitário
79,20 €
6,03€
288, 00 €
14, 20 €
1 .628,70 €
14,00 €
0,60 €
64,80 €
MENS ACUM
MAQUINAS
Unitário
30,60 €
360,00 €
1,00€
7,20 €
7,20€
9,00 €
MENS ACUM
SUBEMPREIT.
Unitário MENS ACUM
N.° 4
TOTAIS
Unitário
79, 20 €
104,77 €
7.462, 00 €
83,34 €
2, 113, 02 €
1.197,20€
20,76 €
97,32 €
MENS ACUM
COD
OQ.C
*OQJ!O
os custos reais das actividades e a terceira os possíveis desvios positivos ounegativos; permite ainda inscrever valores mensais e acumulados e deverátambém incluir todas as rubricas consideradas nos custos indirectos.
Reparemos, antes de mais, que cada uma das actividades nele referidasjá o foram no planeamento efectuado, havendo assim possibilidades de ascontrolar simultaneamente em termos de custos e de tempo, como nãopoderia deixar de ser.
E o preenchimento correcto deste mapa que nos vai permitir, em qualquermomento e a partir duma correlação custos reais na produção efectuada (istoé, gastos dispendidos para a realização de determinadas quantidades de trabalhodas diversas actividades) e custos previsionais (ou a preços de orçamento) paraas mesmas quantidades, atingir o controlo desejado por uma simples comparaçãoentre o que se poderia ou deveria ter gasto e o que na realidade se gastou.
É evidente que a única dificuldade que nos pode surgir é o preenchimentoda segunda linha, ou seja, dos custos reais; a primeira, a dos custos orçamentados,facilmente se preenche multiplicando as quantidades efectuadas (Produção)pelos preços unitários de mão de obra, materiais, máquinas e subempreitadasretirados do mapa orçamental.
2.3.2 - Se tivermos toda uma máquina organizada que nos forneça, coma realidade possível, os gastos verdadeiros, as segunda e terceira linhas nãoterão também qualquer dificuldade.
Esta máquina, que nos vai permitir organizar o serviço de controlo, terá derecolher, agrupar, codificar e valorizar todos os elementos necessários a essaverificação. Assim aparece um dos Serviços a implantar e a organizar: oControlo de Produção. Não é por acaso que é o primeiro Serviço explicitamentecitado aqui, pois consideramos que sem Controlo não é possível executar bem.
2.4 - CODIFICAÇÃO
2.4.1 - Focamos pela primeira vez, e no item anterior as palavras código ecodificação.
A codificação é um elemento básico do controlo, pelo que necessariamentenos merece algumas considerações.
Codificar é referenciar as diferentes actividades por um processo quesatisfaça, minimamente, a dois requisitos: fácil memorização e difícil confusão.
39
Assim, se por exemplo, agruparmos os custos indirectos numa codificaçãocom o emprego de um só número (vestimenta de trabalho - código 14) e osdirectos com dois números (colocação de Betão em superestruturas - código4.6) estamos, desde logo, facilitando a memorização e a não confusão.
Se por outro lado, todos os trabalhos da mesma zona tiverem o primeironúmero igual
Execução de cofragens para superestruturas - código 4.1Montagem de cofragens em superestruturas - código 4.2Montagem de armaduras em superestruturas - código 4.5
e procurarmos que trabalhos do mesmo tipo, mas em zonas diferentes, tenhamo segundo número igual
Colocação de armaduras em estacas - código 1.5Montagem de armaduras em pré-fabricados - código 5.5
estamos fazendo uma modificação de fácil processamento.
2.4.2 - Após a elaboração do mapa de produção, vamos codificar as diferentesactividades tendo em linha de conta o que atrás se disse.
Para o exemplo que temos vindo a seguir poderíamos possuir uma lista decodificação da do tipo que se apresenta seguidamente.
Se conseguirmos que todos os gastos, nomeadamente os de mão de obra,de materiais, de máquinas ou de subempreitadas, sejam perfeitamente definidosnas diversas actividades que, na realidade, se executam na obra, mais não bastaque codificá-los, agrupá-los e contabilizá-los.
2.4.3 - PLANO DE CODIFICAÇÃO
A. CUSTOS INDIRECTOS
1. Condução de trabalhos2. Manobradores não incluídos no fabrico3. Ferramenteiros, guardas e plantões4. Cargas, descargas e arrumações
40
5. Máquinas não incluídas no fabrico6. Ferramentas diversas7. Montagem e desmontagem de máquinas8. Montagem dos escritórios9. Montagem dos armazéns10. Montagem de telheiros11. Montagem de camaratas12. Montagem das redes de água, eléctrica e telefónica13. Conservação das instalações14. Vestimenta de trabalho15. Conservação do equipamento16. Correio, telégrafo e telefone17. Encargos com as instalações18. Expediente de escritório19. Material de desenho20. Ensaios de betão21. Ensaios de materiais22. Serviços administrativos23. Serviços técnicos24. Topografia
B - CUSTOS DIRECTOS
0 — Escavações
0.1 Escavação para plataforma de trabalho0.2 Escavação para execução da superestrutura0.3 Escavação para alívio da cortina de estacas prancha
1 — Estacas moldadas no terreno
1.1 Furacão1.2 Remoção1.3 Execução de armaduras1.4 Transporte de armaduras1.5 Colocação de armaduras1.6 Transporte de betão
41
1.7 Colocação de betão1.8 Corte e preparação das cabeças das estacas
2 — Cortina de estacai prancha metálicas
2.1 Descarga2. Preparação e transporte2.3 Cravação2.4 Cortes e remates
3 — Betão de limpeza
3.1 Preparação do terreno3.2 Regularização3.33.43.53.6 Transporte de betão3.7 Colocação de betão
4 — Superestruturas
4.1 Execução de cofragem4.2 Montagem e desmontagem de cofragem4.3 Corte e moldagem de armaduras4.4 Transporte de armaduras4.5 Colocação de armaduras4.6 Transporte de betão4.7 Colocação de betão
5 — Pré-fabricados
5.1 Execução de cofragem5.2 Montagem e desmontagem de cofragem5.3 Corte e moldagem de armaduras5.4 Transporte de armaduras
42
5.5 Colocação de armaduras5.6 Transporte de betão5.7 Colocação de betão5.8 Arrumação em estaleiro5.9 Transporte para o local de aplicação5.10 Posicionamento5.11 Preparação do estaleiro de pré-fabricação
6 — Diversos
6. l Enrocamentos6.2 Aterros finais6.3 Dragagens6.4 Acabamentos
7 — Fabrico de betão
7.1 Para estacas7.2 Para diversos7.3 Para betão de limpeza7.4 Para superestruturas7.5 Para pré-fabricados
8 — Máquinas
818 Máquina automática de moldar ferro819 Idem de cortar ferro820 Central de betonagem822 Grua torre de 40 txm825 Bomba de 6"830 Grua Fuchs 301834 Bomba de 8"836 Grua torre de 45 txm837 Grua Pennine838 Máquina de cortar ferro840 Compressor VT5
43
841 Serra de fita842 Dragline Elba .844 Rectro escavadora Ford com pá frontal849 Grua Fuchs 400850 Grua Andes851 Garlopa858 Pá carregadora CAT 933862 Máquina para desentubamento, entubamento e furacão de estacas863 Máquina executora de estacas Benoto EDF super864 Compressor VT6865 Tractor normal866 Martelos demolidores *867 Bombas submersíveis *868 Máquinas de soldar *869 Vibradores*871 Dumper872 Dumper873 Dumper874 Dumper890 Pilão D 30891 Mesa rotativa892 Rollerbits893 Tubos c/ l,10m de diâmetro894 Guia de cravação de estacas prancha895 Tubos tremie910 Draga de baldes911 Batelões*912 Rebocador950 Equipamento de furacão de rocha964 Equipamentos de topografia
Algumas das máquinas, como poderemos verificar (*), foram agrupadas numsó código para simplificação; na prática tal não sucede pelos motivos queveremos quando tratarmos do elemento de custo Máquinas.
44
2.4.4 - Estamos agora em condições de planear e organizar o nosso estaleiroentendido em toda a sua dimensão, isto é, como o conjunto de pessoas, demateriais, de máquinas e equipamentos de instalações e de serviços necessários àexecução da obra, devidamente implantados.
Como, é do que trataremos no capítulo seguinte.
45
- ORGANIZAÇÃO DO ESTALEIRO
3.1 - GENERALIDADES
"O estaleiro deve ser planeado e organizado por forma a responderinequivocamente a todas as situações surgidas ou criadas com o desenvolvimentodos trabalhos."
"Boa organização é aquela que possibilita a utilização dos meios disponíveisda maneira mais conveniente, de acordo com a importância, os custos e osprazos estipulados para as tarefas a realizar, dispondo aqueles meios de talforma a conseguirem-se os maiores rendimentos".
"A organização existe se facilita a determinação dos meios mais apropriadospara os trabalhos em causa e a utilização intensiva dos mesmos".
"Procura-se com a organização obter a melhor disposição para as diversasinstalações, equipamentos e outros meios auxiliares".
"A economia, considerando o prazo de execução e as características da obra,só é possível obter-se com organização porque só esta permite reduzir aomínimo possível as perdas e os desperdícios de qualquer natureza".
" Serão sempre sobre ele que se irão reflectir todas as virtudes ou defeitosda organização do Estaleiro".
3.2-MÃO DE OBRA
3.2.1 - Só o facto de a mão de obra representar uma percentagem sempreelevada, relativamente ao gasto total de uma obra de construção, é razão
47
í í
s l g9 S Q
48 '//////////////// Gráfico n° 1 - Plano de trabalhos em gráfico de barras
bastante para evidenciar o cuidado que deve haver no estudo das suasnecessidades, ao longo das diversas fases do trabalho, e no seu controlopermanente.
Sabemos ainda que neste tipo de indústria, sobretudo devido ao caráctertemporal das obras, a mão de obra é muito variada e predominantementeeventual e flutuante, logo altamente instável. O cálculo prévio de um custoem função de um salário a pagar e de um determinado rendimento resulta,geralmente, muito alterado na prática; e resulta ainda porque "todo o rendimentoé muito variável quando depende essencialmente do elemento humano. Nesteo factor moral é o mais importante, pois para se poder dar pleno rendimentoé necessário que toda a nossa atenção esteja aplicada no trabalho e para issonecessitamos de serenidade. Esta não pode existir se nos sentirmos instáveisno emprego e inseguros relativamente ao futuro em caso de despedimento,acidente ou doença".
Por outro lado, as condições ambientais, como a estação do ano e o estado dotempo, influenciam consideravelmente o rendimento do trabalhador. Aindaa idade e até o ambiente familiar dos operários são factores importantes nosrendimentos que se obtêm.
Daí a mão de obra dever ser ainda mais cuidadosamente calculada, organizadae controlada de uma maneira sistemática e de muito perto.
3.2.2 - De posse do orçamento e do plano de trabalhos há que determinaras cargas de mão de obra, isto é, o número e a composição das diferentes equipasnecessárias à execução das várias tarefas ao ritmo planeado.
A maneira mais prática consiste em passarmos o planeamento a gráfico debarras com a indicação das eventuais folgas. Permite a sobreposição das diversastarefas, às quais se fazem corresponder as cargas parciais respectivas retiradasdo orçamento já adaptado, suas simultaneidades e desfazamentos possíveis.
A adição de cargas definitivas, por colunas, dá-nos a variação das cargasao longo do tempo, isto é, a curva da mão de obra.
Assim, para o nosso exemplo, obteríamos um gráfico de barras como orepresentado no Gráfico n° l, e no qual a cheio se indicava o períodocompreendido entre o início e o fim mais cedo de cada actividade, a tracejadoa folga e a zebrado o período mais vantajoso, se pensássemos unicamente emtermos de economia de mão de obra, para a execução das diversas tarefas.
49
SERVENTES
CARPINTEIROS
CONDUTORES MANOBRADORES
ARMADORES DE FERRO
SOLDADORES
O 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 84 91 98 105 112 119 126 133 t40 147 154 161 168 175 182 189 196 203 210 213
'//////////////// Gráfico n° 2 - Cargas de mão-de-obra irregulares
50
Na realidade se aplicássemos as cargas parciais de cada actividade, isto é,as quantidades unitárias de mão de obra previstas como necessárias, ao prazode tempo do Pert sem folgas, era inevitável a obtenção de curvas com traçadomuito irregular, o que significaria ocupação e desocupação de pessoal e deequipamento, em períodos curtos, o que seria manifestamente prejudicial sobtodos os aspectos e até impraticável em muitos casos.
Para obviar a estes inconvenientes e conseguir-se evitar uma curva de mãode obra como a representada no gráfico n° 2, é normal adaptar-se um dosseguintes processos:
a) actuar sobre algumas das actividades adiantando-as ou atrasando-as(por exemplo, iniciando-se as tarefas números 13 e 14, de corte emoldagem de ferro para as superestruturas, não no dia 30 a quecorresponderia o dia 36 como o da conclusão mais cedo, mas simsomente no dia 85 por forma a termintar no dia 90, sendo assim possívelutilizar esse pessoal especializado — moldadores e montadores de ferro— imediatamente nas operações seguintes de montagem de armadurasnas superestruturas, primeira tarefa das quais é a número 15 com inícioprevisto para o dia 91); podemos acompanhar este exemplo pelo desenhodo Gráfico n°3 ( página 52 );
b) dilatar propositadamente o tempo de execução de algumas das actividadescom folga, utilizando recursos menores correspondentes (para o mesmoexemplo, supondo que seriam necessários 20 armadores de ferro e 10serventes para executarem as armaduras nos 6 dias programados,bastariam 2 oficiais e l servente para executar a mesma quantidade detrabalho nos 60 dias que mediavam entre os dias 30 e 90);
c) aplicar simultaneamente os dois conceitos anteriores para tarefasdistintas.
3.2.3 - Dissemos já que as condições previstas de início raramente secumprem completamente. Na indústria da construção surgem variadíssimoscondicionalismos que há que ter em consideração: atrasos nos fornecimentosoriginando dificuldades nos abastecimentos dos materiais; avarias mecânicasimplicando paragens na execução dos trabalhos; mau tempo, sobretudo ofora de época, provocando paralizações mais ou menos acentuadas e atéestragos nos próprios trabalhos, que há que refazer; o absentismo com todasas suas consequências, etc.
51
DIASACTIVIDADE?
SUPEREST M1
IDEM M2
MONT. ARAMAD.SUPEREST. M1
IDEM M2
l l l l l l l l l l l l l l 1 l l l l l l l l l l l l l l l
_
— 4 -i
^ ii'//////////////// Gráfico n° 3 - Plano de trabalhos (parcial) optimizado
Daí que nos pareça demasiado optimista considerar-se como aceitável autilização do método indicado na alínea a) do item anterior, já quecorrer-se-ia o risco de, por qualquer das razões citadas, cairmos em situaçõesde atraso já sem folga da mesma dimensão, o que implicaria custos nãoprevistos.
Somos defensores da modificação intencional da duração base dasactividades, beneficiando-as da quase totalidade das suas folgas, sobretudose estas são significativas. E isto porque estamos utilizando só mão de obraprevista e estamos sempre em condições de reforçar essa mão de obra senecessário, pois existem folgas de tempo e de recursos.
3.2.4 - Vejam, então agora, como determinar as cargas de mão de obradepois de termos escolhido o gráfico mais aconselhável de programação.
Para cada actividade, vamos verificar qual a quantidade e a especialidadede mão de obra prevista no orçamento, consultando a respectiva folha deCustos de Operações, elaborada a quando do orçamento ou da sua adaptação,como as indicadas nas páginas 53 a 56, relativas à Execução de EstacasMoldadas no terreno.
Para esta actividade retiramos os seguintes elementos:
l - Para Furacão e Remoção:
\r Manobrador de Benoto todo o período de execução.l Condutor Manobrador de Grua Andes todo o período de execução.6 Serventes durante todo o período de execução.
52
CUSTO DE OPERAÇÕES
CÓDIGO: 2 OPERAÇÃO: EXECUÇÃO DE ESTACAS 0110 MOLD NO TERR QUANT. PREVISTA: 800ml
DESIGNAÇÃO
2.1 FURACÃO E REMOÇÃO
CONSID. QUE ESTE TRABALHO SE EFECTUA EM 38 DIAS
MÃO-DE-OBRA
2 MANOBRADORES (38d x 9M : SOOml)
6 SERVENTES (38d X 9h-6 : SOOml)
MÁQUINAS
APLICANDO REND. NORM. PI ESTE TIPO DE EST. E TERR.
BENOTO: 046 (-e€ + d€)
ANDES: 006 (-+b€ + a€)
REMOÇÃO DE PRODUTOS
MÁQUINAS ALUGADAS
TOTAL
2.2 2.3 2.4 ARMADURAS
2.2 2.3 FORNECIMENTO E TRANSPORTE(ver folha de código 1A
2.4 COLOCAÇÃO
MÃO-DE-OBRA
2 SERVENTES ( 38d x 9h-€ : SOOml)
2 SOLDADORES ( 38d x 9M : SOOml)
0.06Í1 DE CONDUTOR MANOBRADOR
MATERIAIS
ELÉCTRODOS: 4X €
MÁQUINAS
ANDES: 0,06 X (-+b€ + a€)
SOLDAR: 0,07 (-+z,€ + Zj€
TOTAL
M. Obra
h',€
h'2€
(h',-i-h'2)€
L'€
"fh'4€
h'5€
h'€
M ate ri.
i'i€
i'2€
(i'/i'2)«
n'€
i'3«
i'4ei'5€
i'€
Máqui.
í',€
ff
íf
(i',+i'2)€
g'€
ífiffj'€
Fabrico Subemp
'//////////////// Mapa n° 10 - Custo da operação "1 ml de estaca"
53
CUSTO DE OPERAÇÕES
CÓDIGO: 2 OPERAÇÃO: 1 m3 (= 1ml) DE BETÃO EM ESTACAS QUANT. PREVISTA: 800M3
DESIGNAÇÃO
BETÃO 1 ml DE ESTACA 1m3 DE BETÃO
2.5 FABRICO
MÃO-DE-OBRA
1 CONDUTOR MANOBRADOR x 38d x 9h x € : 800 m3
2 SERVENTES x 38d X 9h x € : 800m3
MATERIAIS
1 ,05 x 300 kg DE CIMENTO x €
1,05X1 000 m3 DE BRITA X €
1 ,05 x 0,500 m3 DE AREIA x €
MÁQUINAS
CENTRAL x 38d x € : 800m3
2.6 TRANSPORTE
MÃO-DE-OBRA
0,9 CONDUTOR MANOBRADOR x €
MÁQUINAS
0,3 DUMPER ( +g€ + f€)
2.7 COLOCAÇÃO
MÃO-DE-OBRA
1 ,5 SERVENTE x €
0,2 CONDUTOR MANOBRADOR x €
MATERIAIS
0,5 Kg DE MASSA
MÁQUINAS
0,18LlBEHERR(+-c€ + m€
0,08 ENTUBADORA (-+J€ + _2€)
TOTAL
M. Obra
h'7€
h'B€
h'9€
h',0*
h'ii€
h'12€
h'€
M ate ri.
i',€
i'8€
r£
>\f
i'n€
i',2*
i',3*
i'€
Máqui.
J'7«
J'e«
J'9€
J',o«
)'€
Fabrico
(h'+i'+j')€ 0
Subemp
'///////l///////! Mapa n° 11 - Custo da operação "1 m3 de betão em estacas"
54
CUSTO DE OPERAÇÕES
CÓDIGO: 1 A OPERAÇÃO: 1 TONELADA DE AÇO A24 EM ESTACAS QUANT. PREVISTA: 60 ton.
DESIGNAÇÃO
VAMOS CONSIDERAR OS RENDIMENTOS ACTUAIS
a) EXECUÇÃO
MÃO-DE-OBRA
ARMADOR DE FERRO x 20h x €
SERVENTE x 6h x €
SOLDADOR x 6 h x €
MATERIAIS
VARÃO A24 11 Ton. x €
ELÉCTRODOS 60 x €
ARAME 4kg x €
MÁQUINAS
4h SOLDAR (-+z1€ + z2€)
b) TRANSPORTE
MÃO-DE-OBRA
08 SERVENTE x €
14 ARMADOR DE FERRO x €
MAQUINAS
3h FUCHS (K1€ + K2€ + k3€)
PREÇO/ml DE ARMADURA EM ESTACA
0,064 Ton. x (l€ + h€ + g€ )
M. Obra
|lf
I2€
!3€
U6
'5«
'6€
ie
i'€
Materi.
h,€
h2€
h2€
h4€
h5€
h€
h'€
Máqui.
9l€
g2€
g€
g'€
Fabrico
(H-h+g)€
<r+h'+g')€
Subemp
'///////////////, Mapa n° 12 - Custo da operação "11 de aço em estacas"
55
CUSTO DE OPERAÇÕES
CÓDIGO: 1M OPERAÇÃO: 1h DE FUNCIONAMENTO DE BENOTO SUPER N°803 QUANT. PREVISTA: 60 ton.
DESIGNAÇÃO
1. TRANSPORTE
(INCLUÍDO NOS ENCARGOS)
2. PERMANÊNCIA
54 d x p3€: (38x9h)
2. FUNCIONAMENTO
3.1 MÃO-DE-OBRA {incluída nas operações principais)
3.2 MATERIAIS
GASÓLEO: 141 X €
LUBRIFICANTE: 2,5 x €
MASSAS: 0,4Kg x €
DIVERSOS (Cabos, Manilhas, Estropos, Tranquetas, etc)
3.2 MÁQUINAS
(SALÁRIO HORA)
TOTAL
M. Obra Materi.
!1€
>2«
'3€
!4«
l€
Máqui.
d1€
d2€
d€
Fabrico
(i + d)€
Subemp
'//////////////// MaPa n° 13 ' Custo da operação "1 h de benoto
56
2 - Para execução de Armaduras:
20 horas de Armador de Ferro/tonelada6 horas de Servente/tonelada4 horas de Soldador/tonelada
3 - Para Transporte de Armaduras:
1,4 horas de Armador de Ferro/tonelada0,8 horas de Servente/tonelada3,0 horas de Condutor Manobrador de Fuchs/tonelada
4 - Para colocação de armaduras:
2 Serventes durante todo o período2 Soldadores durante todo o período0,06 horas de Condutor Manobrador de Grua Andes/tonelada
5 - Para Fabrico de Betão:
1 Manobrador de Central durante todo o período2 Serventes durante todo o período
6 - Para Tranporte de Betão:
0,9 horas de Condutor Manobrador/m^
7 - Para Colocação de Betão:
l, 5 horas de Servente/m-^0,2 horas de Condutor Manobrador de Grua/m-^
Aplicando estes às quantidades previstas, e tendo em consideração a duraçãodas actividades números 3 e 4, obtem-se respectivamente:
l - 2,0 Condutores Manobradores + 6.0 Serventes/dia, durante 38 dias
57
2- 60 toneladas x 20 horas = 1.200 horas de Armador de Ferro60 toneladas x 06 horas = 360 horas de Servente60 toneladas x 04 horas = 240 horas de Soldador
Para os 38 dias, ou seja, do dia 30 ao dia 68 teremos então:1.200 horas: 9 horas: 38 dias = 3,5 Armador de Ferro/dia
360 horas: 9 horas: 38 dias = 1.0 Serventes/dia240 horas: 9 horas: 38 dias = 0,7 Soldadores/dia
3- 60 t x 1,4 h60 t x 0,8 h60 t x 3,0 h
9 h : 38 d = 0,3 Armadores de Ferro/dia9 h : 38 d = 0,2 Serventes/dia9 h : 38 d = 0,5 Condutores Manobradores/dia
4 - 2,0 serventes + 2,0 Soldadores por dia60 t x 0,06 h: 9 h: 38 d = 0,01 Condutores Manobradores/dia
5 - 1,0 Condutor Manobrador + 2,0 Serventes por dia
6 - 800 m3 x 0,9 h: 9h: 38 d = 2,1 Condutores Manobradores/dia
7 - 800 m3 x 1,5 h: 9h: 38 d = 3,5 Serventes/dia800 m3 x 0,2 h: 9h: 38 d = 0,5 Condutores Manobradores/dia
Para o conjunto destas subactividades teríamos, portanto, a seguinte carga demão de obra diária:
6,11 ~ 6,0 Condutores Manobradores3,80 ~ 4,0 Armadores de Ferro2,70 ~ 3,0 Soldadores
12,70 x 13,0 Serventes
informação que inscrevemos sob as barras do gráfico correspondentes àExecução de Estacas:
6 Cm + 4 Ac + 3 Sd + 13 St
Procedendo de igual modo para todas as restantes actividades e somandocoluna a coluna (veja-se cálculo parcial na página 59) obteríamos os valoresque nos permitem desenhar a curva teórica das cargas de mão de obra previstapara a execução da empreitada a qual, com pequenos ajustamentos destinados
58
'///////////////, Gráfico n° 4 - Plano parcial adaptado
59
a evitar reduções intermédias por períodos curtos de tempo, se transforma nacurva real, como a indicada na página 61.
A partir dela se elaboram as cargas por especialidades como, por exemplo,as representadas na página 62 para Armadores de Ferro e Serventes.
3.2.5 - Estamos agora em condições de calcular a totalidade de mão deobra activa a fim de serem dimensionadas as instalações para pessoal,nomeadamente dormitórios, sanitários, vestiários e refeitórios.
Trataremos deste assunto mais adiante, no capítulo destinado às InstalaçõesFixas.
Resta-nos determinar um dado importante para os Serviços Financeirosda empresa: a previsão mensal dos custos com pessoal. Esta informação — cujaexactidão deverá ser uma preocupação do responsável pela obra pois delapoderá depender o pagamento salarial com ou sem atrasos e, consequentemente,a existência ou não de conflitos laborais — obtem-se multiplicando os custoshora de cada profissão pelo número de operários dessa mesma profissão e oseu resultado pelo número de horas previsto, em cada mês, para a realizaçãode cada tarefa. Adicionando todos estes resultados por colunas mensais seobtém as previsões em questão.
A totalidade deverá ser, no máximo, igual ao custo acumulado previstoorçamentalmente e a partir dela, se retiram conclusões quanto à correctadeterminação das cargas.
Para o caso que vimos seguindo poder-se-ia apresentar essa previsão numgráfico do tipo indicado na página 76.
3.2.6 - O responsável distribui, então, convenientemente a mão de obranecessária pelos diferentes trabalhos decompondo-a, ao mesmo tempo, emgrupos homogéneos chamados equipas. Estas deverão ser tanto quanto possívelhomogéneas, pois está provado que na prática e com uma equipa constituídapor trabalhadores com graus de rendimento muito diversos, nem a médiadesses rendimentos é atingida, ficando-se por valores bastante inferiores.
A frente de cada uma destas equipas, com o número de componentes jáanteriormente determinado, é colocado o Arvorado ou Chefe de Equipa, elementohumano da maior influência não só no comando das mesmas mas tambémno grau de exactidão do controlo da mão de obra. E isto porque, para além
60
SERVENTES
1
CARPINTEIROS
1
CONDUTORES MANOBRADORES
' 1
ARMADORES DE FERRO
SOLDADORES
J U 'PEDREIROS
MARÍTIMOS
O 7 14 21 28 35 42 49 lê &3 70 Í4 § 1 § 8 105 1Í2 119 126 133140 147 154 161 168175 182 18*9 196 203 210 2fi
— Dias
'//////////////// Fig. 12 - Curvas de mão-de-Obra
61
UNIDADES
6 _
4 _
2 _
0
/
UNIDADES
20
18 _
16 _
14 _
12 _
10 _
8
6 _
4 _
2 _
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 lMeses
V////////////// FÍ9- 13 " Curva para Armadores de Ferro
1 2 3
~111
4 5 6 7 8 9 1 0 iMeses
'//////////////// FÍ9-14 ' Curva para serventes
62
da experiência e capacidade profissional que lhe é exigida na orientação dasua equipa, a fim de obter os rendimentos adequados com uma técnica perfeita,ele terá de fornecer, diariamente, alguns elementos de mão de obra fundamentais,como:
- a indicação da tarefa ou tarefas que a sua equipa realiza em cada dia detrabalho;
- a indicação exacta — e por isso não pode ter um número exagerado depessoas a orientar - do tempo ocupado por cada um dos componentes dessaequipa, não necessariamente incluídos nas actividades directamenteprodutivas;
- a indicação, sempre que conveniente e possível, das quantidades de trabalhoexecutadas diariamente;
— a indicação de anomalias que possam ter influenciado os rendimentosobtidos.
Estes elementos são fornecidos com o preenchimento da Parte Diária demão de obra ou, da também chamada, Ficha de trabalho de mão de obra, do tipoda indicada na página 65, que se resume em distribuir no tempo o pessoal dosdiversos ofícios pelas diferentes tarefas que executou nesse dia. Assim, epor ela, constatamos que a equipa realizou as seguintes tarefas:
- Corte e moldagem de armaduras para vigotas;- Transporte de armaduras para o muro frontal do Módulo 1;- Montagem de armaduras no muro frontal do Módulo 1;- Descarga de materiais no Armazém.
Mais verificamos, por exemplo, que o operário n.° 101, com a categoria dearmador de ferro, trabalhou 2 horas em transporte de armaduras para o murofrontal e 7 horas na correspondente montagem, e que o operário n.° 150,servente, esteve durante todo o dia a auxiliar os Serviços de Armazém nadescarga de materiais.
Notamos também a indicação de algumas quantidades de trabalho as quaisnos permitem verificar de imediato os rendimentos obtidos e compará-loscom os previstos usuais:
63
09 horas de Armador de Ferro: 0,5 toneladas de ferro moldado= 18 horas/tonelada de ferro moldado.
36 horas de Armadores de Ferro: 1,0 toneladas de ferro montado= 36 horas/tonelada de ferro montado.
3.2.7 - Esta parte diária deverá ter duas verificações: a do Encarregado dafrente como é lógico, e a dos Serviços de Apontadoria. Estes, possuidores domapa de presenças diário elaborado a partir de um sistema de eficaz controlode ponto, comprovam a totalidade das horas de presença, comprovaçãoimprescindível e de grande interesse no controlo efectivo do emprego da mãode obra, pois evita não só duplicação de imputação a uma ou mais actividadesdas mesmas horas empregues por um operário, mas também omissões nopreenchimento da ficha de trabalho.
Comprovada, segue para o responsável pela frente de trabalho ou da obra— conforme a sua dimensão — o qual, depois de a analisar convenientemente,a codifica.
Assim, para o exemplo da página 65 comparando as actividades nelaindicadas com a lista de codificação a que nos referimos em páginasanteriores,não terá mais do que colocar os códigos 5.3, 5.3, 4.4., 4.5 e 4, noespaço consignado ao código e nas respectivas colunas:
- código 5.3 a 9 horas de Armador de ferro- código 5.3 a 9 horas de Armador de ferro- código 4.4 a 4 horas de Armador de ferro e 11 horas de Servente- código 4.5 a 32 horas de Armador de ferro e 7 horas de Servente- código 4 a 9 horas de Servente
64
PARTE DIÁRIA DE MÃO - DE - OBRA
OBRANS_X_
QUANTIDADES
<eto0LU
<O
ARVORADO OUCHEFE DE EQUIPA
ARMAD. DE FERRO
»
»
"
"
»
SERVENTE
"
»
NU
ME
RO
4
101
102
103
104
105
106
132
150
165
TOTAL
CÓDIGO
A C T I V I D A D E
0,5 t
>
"o.
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t:
O
9
9
5.3
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Desc
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9
9
4
DATA 29/2/84
Tempo
Turno
TO
TA
L D
E H
OR
AS
9
9
9
9
9
9
9
9
9
9
90
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RIF
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O P
ON
TO
visto
O Chefe de Equipa O Encarregado
'//////////////// Mapa n° 14 - Parte diária de Mão-de-Obra
65
3.3 - MATERIAIS
3.3.1 - Regra Geral os Materiais representam, tal como a mão de obra,valores importantes no custo de uma construção.
Por outro lado, se é certo que as chamadas grandes obras de engenhariatêm consumos profundamente maioritários de matérias elementares e derelativo fácil controlo e previsão, a construção civil pura utiliza uma talvariedade de materiais que impõe, naturalmente, um estudo muito maispormenorizado e aprofundado.
Tal como fizemos relativamente à mão de obra, vamos procurar determinaros elementos necessários à organização do estaleiro em termos de materiais.
3.3.2 - E sabido que, genericamente, se define materiais como sendoartigos, isto é, produtos, mercadorias ou objectos. No entanto para o casoespecífico da construção, e sobretudo sob o ponto de vista de controlo, estadefinição deverá ser completada:
"Os produtos, incluindo as matérias primas, as mercadorias e os objectos,só deverão ser considerados como materiais — tal como estão entendidos nosmapas orçamental e de produção — até ao momento em que a mão de obra,ou a maquinaria existente nesta, não os modifica, os transforma ou produza,a partir deles, novos produtos".
E isto porque, no momento em que tal acontecer, estamos criando umanova unidade de produção a qual, como já dissemos, deverá ser encaradaindependentemente das outras e, obviamente, estudada e controlada emMão de Obra, Materiais, Máquinas e até Subempreitadas se estas existirem.
Atentemos nos seguintes exemplos:
- O Betão pode ser directamente adquirido no mercado e, neste caso, deveráser considerado como um material, razão pelo qual o seu custo entraráintegralmente na coluna de Materiais (Ver actividade número 9.1 noMapa de Produção).
No entanto o Betão pode ser fabricado na própria obra, e então o que háa considerar são o cimento, a areia, as britas, a água e os aditivos comomateriais directos e, por exemplo, a energia eléctrica, as peças sobressalentes
66
dispendidas nas reparações da central de betonagem e outros produtosnecessários à manutenção e conservação desta, como materiais indirectos;mas evidentemente que a mão de obra e as máquinas necessárias ao fabricodo Betão não podem ser consideradas materiais porque o não são.
Aparece-nos, assim, o mesmo produto - Betão - mas cujo custo se encontraagora sub-dividido em custos de Mão de Obra, de Materiais e de Máquinas(ver actividade número 10.6 no Mapa de Produção).
- As Britas, necessárias ao fabrico do betão na obra, como foi focado noexemplo anterior, podem dar entrada no estaleiro através de fornecedoresdeste tipo de materiais; acontece algumas vezes todavia que é a própriaobra que explora a pedreira; teremos então e também um mesmo produto,cujo custo, conforme cada um dos casos focados, entrará numa só rubrica(Materiais) ou em várias (Mão de Obra, Materiais e Máquinas). Enquantono primeiro caso não há mais do que um controlo de qualidade e quantidade,no segundo há todo um controlo de produção.
— Uma Máquina precisa de sobressalentes e estes são, evidentemente, materiais.No entanto enquanto que um pneu é um material, um veio que teve de sertorneado na oficina da obra é uma unidade de produção, embora nãonecessariamente prevista. O pneu tem de existir e ser de boa qualidade; oveio teve de ser adaptado, e esta adaptação impõe requesitos não só dequalidade mas também de tempo e custos da sua modificação; ele custoux euros aquando da sua aquisição e é esse valor que encontraremos na suaficha de Armazém; mas se o fossemos imputar à máquina a esse preço,estávamos cometendo um erro que iria influenciar o custo das operaçõesem que essa máquina interviesse: para esta, o veio entra com um valor nãodos x euros da compra, mas de a euros de mão de obra, (x + y) euros demateriais e z euros de máquinas, sendo y o custo dos materiais gastosdirectamente no seu torneamento ou nas máquinas que o tornearam, e zo custo dessas mesmas máquinas.
Com estes três exemplos pretendemos mostrar que:
l-Os materiais são encarados de maneiras diferentes conforme a suaclassificação:
> Para materiais adquiridos no exterior e directamente aplicados semqualquer interveniência das oficinas da obra de que resulte um outro tipo de
67
material, interessa-nos a qualidade, a quantidade e os custos para postosna obra;
> Para materiais adquiridos no exterior e posteriormente transformados naobra, interessa-nos a qualidade, a quantidade, os custos postos na obrae os custos de transformação.
> Para materiais produzidos na obra, interessa-nos a qualidade, a quantidadee os custos de produção.
2- Os materiais entrados na obra dificilmente poderão ser como tal considerados,já que obrigam geralmente a um controlo dos outros elementos da fabricação,isto é, da mão de obra e da maquinaria.
3- O presente item é reservado exclusivamente ao estudo do elemento materialda produção, considerando esta como unidade de produção.
3.3.3 - Vamos agora tratar da forma como o responsável poderá determinaros diversos materiais de que vai necessitar, suas quantidades, datas nas quaiseles deverão estar disponíveis para consumo, etc.
3.3.3.1 - Logo após o estudo do projecto e do orçamento, isto é, quandoambos os documentos estão adaptados à obra, as quantidades totais dos materiaisde consumo directo estão definidas, assim como as suas especificações. Entãoe de imediato deverão ser essas informações transmitidas aos Serviços deAprovisionamento dos quais nos ocuparemos adiante.
No exemplo do Cais que vimos seguindo saberíamos, imediatamente apósa elaboração do Mapa Orçamental Adaptado e sua análise, que:
a) Seriam necessárias 60 toneladas de varão de aço para executar as armadurasdas estacas moldadas no terreno, mais 60 toneladas para o betão armadodas superestruturas e ainda 15 toneladas para se executarem as vigotaspré-fabricadas, ou seja, um total de 135 toneladas de varão de aço.Com a ajuda do projecto já adaptado (neste caso com a pormenorizaçãodas armaduras) estas toneladas são divididas pelos diversos diâmetroscomerciáveis.Para outros materiais, como o arame recozido e os eléctrodos de soldadura,as suas quantidades são retiradas a partir dos consumos orçamentados eindicados nas respectivas folhas de custo de operações: 4 kg de arame e60 eléctrodos por tonelada de aço em armaduras para estacas, por exemplo.
b) Estavam previstos fabricar na obra 800 m3 de betão para estacas, 50 m3
para betão de limpeza e 195 m3 para vigotas pré-fabricadas. Destesnúmeros retiravam-se as quantidades de britas ou godos, areias e aditivos,a partir das classes e dosagens dos betões.Teríamos, por exemplo, se considerássemos um betão D150 para o desaneamento e um C20/25 para o restante:
- Betão D150Dosagem: 150 kg de cimento
0,800 m3 de britas0,500 m3 de areia
Quantidades, incluindo 5% de perdas:50m3 x 150 kg/m3 x 1,05 = 7875 kg de cimento50m3 x 0,800 m3/m3 x 1,05 = 42 m3 de brita50m3 x 0,500 mVm3 x 1,05 = 27 m3 de areia
• Betão C20/25Dosagem: 310 kg de cimento
1,000 m3 de britas0,500 m3 de areia
Quantidades, incluindo 5%. de perdas:995 m3 x 310 kg/ m3 x 1,05 = 323 873 kg de cimento995 m3 x 1,000 m3/m3 x 1,05 = l 045 m3 de britas995 m3 x 0,500 m3/m3 x 1,05 = 523 m3 de areia
Quantidades totais previstas:331 748 kg de cimento
l 087 m2 de britas550 m2 de areia
c) Se previa a aplicação de 1200 m2 de estacas prancha metálicas.Os tipos e os comprimentos seriam retirados dos elementos de projecto.
69
d) Se calculara executar na carpintaria 700 m2 de cofragem para seremutilizados como moldes do betão em superestruturas e 50 m2 do betãoem vigotas pré-fabricadas.
A partir dos dados fornecidos pelos pormenores dos desenhos depreparação, já focados anteriormente no subcapítulo destinado ao Projecto,se determinavam quais os tipos de madeira necessários à execução ecorrespondentes quantidades.
Considerando, por exemplo, que para cada m2 seriam necessários 1,20m2 de solho aparelhado, 0,013 m3 de barrotes de 10 x 7, 0,018 m3 devigas de 16 x 8 cm e 0,30 kg de pregos, teríamos então: 750 m2 x (1,2 desolho + 0,013 de barrotes + 0,018 de vigas + 0,3 de pregos), ou seja:
900 m2 de solho aparelhado10 m3 de barrotes de 10 x 7 cm14 m3 de vigas de 16 x 8 cm
225 kg de pregos
e) Se iriam comprar l 700 m3 de"betão pronto" da classe C20/25 para seremaplicados nas peças constituintes da superestrutura dos módulos.
f) Seriam necessários 3 000 toneladas de enrocamento e 3 000 metroscúbicos de saibro para aterros, enrocamento e saibro com as característicasdefinidas nos elementos de projecto.
Estaríamos, portanto, em condições de entregar nos Serviços de Compras,e com a antecedência conveniente a uma procura vantajosa nos mercadoscorrespondentes, uma primeira relação de necessidades.
3.3.3.2- Se, deste modo e imediatamente após a adaptação dos primeirosdocumentos base, foi possível determinar as quantidades totais dos materiaisde consumo mais importantes, estamos agora em condições de dar a conheceras cargas correspondentes, isto é, as previsões de consumo para períodosbem definidos no tempo.
De um modo semelhante ao adoptado anteriormente para a determinaçãodas de mão de obra, poderemos calcular as cargas de materiais necessáriasà execução da empreitada. Baseando-nos no planeamento e nos consumosunitários retirados das folhas de orçamentação (ver página 53), e aplicandoos resultados ao gráfico de barras, isto é, fazendo corresponder as quantidades
70
previstas de materiais ao período de tempo tomado como referência, vamosobter as necessidades desses recursos multiplicando as unidades de produçãoa realizar nesse período, pelas quantidades unitárias de consumo.
Assim, para o mesmo exemplo da página 53, e tomando também emconsideração os elementos fornecidos através das folhas de operações relativasàs máquinas de apoio (as quais nos dariam, de forma idêntica ao código 1Me relativamente à Benoto, no mapa n° 13 as quantidades de materiaisdispendidos com o seu funcionamento e ou conservação, por hora detrabalho), teríamos:
l "Por cada metro linear de furacão e remoção:0,46 x (141 de gasóleo + 2,5 l de lubrificante + 0,4 kg de massa) da Benoto+ 0,06 x (111 de gasóleo + 0,1 kg de massa) da grua Andes = 7,11 degasóleo +1,15 l de lubrificante + 0,19 kg de massa.
2-Por cada tonelada de armadura executada:1,11 de varão A24 + 60 eléctrodos de soldadura + 4 kg de arame recozido+ 4 x 1 terminal (isto relativo à máquina de soldar)
3-Por cada tonelada de armadura transportada:3 x (l l de gasóleo + 0,2 l de óleo) da grua automóvel Fuchs = 3 l degasóleo + 0,6 l de óleo
4-Por cada tonelada de armadura colocada:4 eléctrodos + 0,06 x (11 l de gasóleo + 0,1 kg de massa) da grua Andes+ 0,07 x l terminal da máquina de soldar = 4 eléctrodos + 0,66 l de gasóleo+ 0,006 kg de massa + 0,07 terminais.
5-Por cada metro cúbico de betão fabricado:1,05 x (300 kg de cimento + 1,000 m3 de brita + 0,500 m3 de areia) =325,5 kg de cimento + 1,050 m3 de brita + 0,525 m3 de areia.
6-Por cada metro cúbico de betão transportado:0,3 x (1,3 l de gasóleo + 0,3 l de óleo) do Dumper = 0,39 l de gasóleo +0,09 l de óleo.
7-Por cada metro cúbico de betão colocado:0,5 kg de massa lubrificante + 0,18 x (0,05 de lubrificante + 0,04 defusíveis) da Grua Torre + 0,08 x (10 l de gasóleo + l l de óleo) daEntubadora = 0,15 kg de massa + 0,007 fusíveis + 0,8 l de gasóleo +0,08 l de óleo.
71
Aplicando estes valores às quantidades previstas, e tendo em devida notaas 8 semanas de duração das actividades, obter-se-ia:
1- 800 ml x (7,1 l de gasóleo + 1,15 l de lubrificante + 0,19 kg de massa):8 semanas, ou seja:
710 l de gasóleo/semana115 l de lubrificante/semana19 kg de massa/semana
2- 60 t x (1,1 t de varão + 60 eléctrodos + 4 kg de arame + 4 terminais):8 semanas, ou seja:
9 t de varão A24/Semana450 eléctrodos/semana
30 kg de arame/semana30 terminais/semana
3-60 t x (3 l de gasóleo + 0,6 l de óleo): 8 semanas, ou seja:
23 l de gasóleo/semana5 l de óleo/semana
4- 60 t x (4 eléctrodos + 0,66 l de gasóleo + 0,006 kg de massa + 0,07terminais): 8 semanas, ou seja:
30 eléctrodos/semana5 l gasóleo/semana0,05 kg massa/semana0,60 terminais/semana
5-800 m3 x (325,5 kg de cimento + 1,050 m3 de brita + 0,525 m3 de areia):8 semanas, ou seja:
32 550 kg de cimento/semana105 m3 de brita/semana53 m3 de areia/semana
72
6- 800 m3 x (0,39 l de gasóleo + 0,09 l de óleo): 8 semanas, ou seja:
39 l gasóleo/semana9 l óleo/semana
7- 800 m3 x (0,15 kg de massa + 0,007 de fusíveis + 0,8 l de gasóleo +0,08 l de óleo): 8 semanas, ou seja:
15 kg de massa/semanal fusível/semana
80 l de gasóleo/semana8 l de óleo/semana
Para o conjunto destas subactividades teríamos, portanto, a seguinte carga demateriais principais, por semana:
857 l de gasóleo115 l de lubrificante35 kg de massa
9000 kg de varão de aço A400480 eléctrodos
30 kg de arame recozido31 terminais22 l de óleo
32550 kg de cimento105 m3 de brita53 m3 de areial fusível
73
UNIDADE!
22
20 _
18 _
16 _
14 _
12 _
10 _
8
6 _
4 _
2 _
0
i (10 m3)
1 2 3r
4
—
L
5
~l
6 7 8 9 10 lMeses
'//////////////// Fig.15 ' Carga do material "Areia"
Procedendo-se de igual modo para todas as restantes actividades permitir-nos-ia, somando coluna a coluna do gráfico de barras, determinar os consumosde materiais previstos ao longo do tempo de execução dos trabalhos.
Na figura 15 está representado o plano de cargas do material areia.
3.3.4 - Tal como dissemos então a respeito da mão de obra, também agoraestamos conhecedores das necessidades em termos de materiais pelo quepoderemos dimensionar as instalações correspondentes, assunto que trataremosmais adiante.
Finalmente, multiplicando os custos unitários dos materiais pelo númerode unidades a consumir para a realização da produção mensal planeada,
74
obteremos a previsão mensal de custos com aqueles recursos, cuja apresentaçãopoderá ser manifestada através do gráfico já utilizado para a informação decustos salariais.
3.3.5 - Acabamos já de ver que, a partir do Planeamento, o responsável pelaobra fica consciente das quantidades, das qualidades e dos prazos de aquisição,fundamentalmente para os materiais destinados ao consumo directo, dependendojá da sua maior ou menor experiência o que se refere aos restantes.
Mas como a obra é da sua responsabilidade, e não deseja que todo o seutrabalho de organização e planeamento falhe por inexistência sistemáticadesses outros materiais - cujo emprego mais ou menos excepcional não invalidada indispensabilidade de os ter imediatamente à disposição em caso denecessidade, como numa avaria de uma máquina, por exemplo - ele devefornecer o máximo de elementos aos serviços centrais competentes para queestes, utilizando os conhecimentos de toda a sua experiência acumulada,retribuam com informações valiosas relativas aos tipos de materiais e aos níveisde stocks que a obra deve possuir, tendo em consideração as tarefas que vairealizar, as instalações e equipamento que vai utilizar, etc.
Fica então a obra totalmente capaz de actuar adequadamente através de umserviço básico: o Aprovisionamento.
E definido como "o conjunto das operações que permite por à disposição daobra em tempo oportuno, ao menor custo e na quantidade e qualidade desejadas,todos os produtos e materiais necessários ao seu funcionamento", o que lheconfere, desde logo e para além de outras, duas funções principais: a comprae a armazenagem.
Sobre a primeira, que em termos de obra significa aquisição, não necessar-iamente ao exterior, pouco mais há a dizer para além de que as comprasdeverão ser efectuadas ao menor custo possível e em quantidades que permitamsatisfazer continuamente as necessidades da obra.
Isto implica um conhecimento eficaz de gestão económica de stocks, nãosó a nível da obra mas da própria empresa, devendo estar também perfeitamentedefinidos os materiais que poderão ser adquiridos directamente pela obra nomercado exterior, e os que só o deverão ser através dos Serviços de Aprovi-sionamento Central.
75
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'//////////////// Gráfico n° 5 - Previsão de custos
76
Sobre a armazenagem, segunda das principais funções do Aprovisiona-mento da obra, necessitamos de demorar um pouco mais.
Por Armazém, deveremos entender "todo o conjunto de existências emovimento de materiais de consumo, ferramentas e sobressalentes, que seencontram em obra, como meios auxiliares, e estão armazenados em locaisfechados (cobertos e ferramentarias) ou distribuídos pelas diversas zonas dolocal dos trabalhos"; não nos podemos limitar, ao significado restrito dapalavra.
Na verdade é o Armazém que regista as entradas na obra dos materiais(procedentes de fornecedores, do Armazém Central ou de outras obras), e asrespectivas saídas ou consumos para a produção, separando convenientementeos materiais de consumo, das ferramentas e dos sobressalentes. Ao receberprocede, evidentemente, ao primeiro controlo, isto é, verifica medidas e classes,confere pesos e qualidades, pois todos os materiais tiveram, na sua origem,pedidos de compra, elaborados:
— Pelos próprios Serviços de Aprovisionamento, quando para materiais deconsumo perfeitamente definidos em quantidade e no tempo e, portanto,já a eles previamente requisitados a partir do planeamento estabelecido(cimento, aço. etc.), como vimos anteriormente;
Obra N»
PEDIDO DE COMPRA
QUANTIDA
200 ml.
100
150
1001.
300
DESIGNAÇÃO
DE SOALHO A 1/2 FIO
VIGAS DE 16 x 8 COM 6 m
BARROTES DE 12 x 12
ÓLEO DE OESCOFRAGEM
CASTANHAS PARA ESTICADORES
Visto
nnal
Data de entregana obra
Data
/ /
'//////////////// F'g-16 - Pedido de compra de Material
77
O FORNECEDORExmo. Sr.
DESIGNAÇÃO
SOALHO A 1/2 FIO COM 6 m
VIGAS 18 x 8
BARROTES 12 x 12 COM 2,60 m
D
Quaní.
200
100
150
Un.
Guia Ne
Condiçõesr.nnlaVend.
ita / /
Preços
€
€
€
%
Recebi o material constante desta guia
Talão N»
Remessa Ne
DP
ParaLoca!
REF. QUANT.
100 l.
300 un.
SERVIÇO INTERNO
DESIGNAÇÃO
ÓLEO DE DESCOFRAGEM
CASTANHAS PARA ESTICADORES
Data / /rransportado por
PreçosUnitário Total
Elaborado por: Recebido em Visto/ /
//////////X///// Fig-17 - Guias de remessa
- Pelas várias frentes da obra ligadas à produção, quando para outros,nomeadamente materiais furtuitos ou não previamente estimáveis emtempo por não se incorporarem no planeamento pré-estabelecido.
78
Estes pedidos deverão ser sempre visados pelo responsável, o qual por essemeio terá não só oportunidade de um controlo imediato do que se está gastandoe em que quantidades — que eleja tem estimadas — mas também um preciosomeio de verificação para conferência das respectivas facturas.
Estas, quando chegam às mãos do responsável para aprovação de pagamento,faz-se acompanhar dos correspondentes pedidos de compra e das chamadasguias de remessa ou notas de entrega; desse modo ele controla os pedidos, ascompras e as entregas, evitando ou detectando eventuais duplicações, porqueambos os documentos foram por ele devidamente visados.
Nas páginas 77 e 78 estão representados um pedido de compra, uma guiade remessa de um fornecedor e uma guia de remessa interna, respectivamente.
A partir das guias de remessa o Armazém elabora o Registo de Entrada deMateriais, cujo preenchimento o mapa da página 80 explica das suas vantagens,das quais, em termos de controlo, se destaca a possibilidade de conhecermosdiariamente os materiais entrados na obra.
Ao mesmo tempo vão-se preenchendo as Fichas de Movimento de cada umdos materiais (ver página 81). Analisando uma dessas fichas com algumpormenor, verificamos que, para além da indicação da data de entrada ousaída, do número do documento respectivo, do fornecedor ou destinatário, dopreço unitário, das quantidades entradas ou saídas e das existências, há aindicação dos stocks mínimo e máximo e uma coluna para codificação dassaídas.
Como fazer esta codificação?
A regra principal de funcionamento de um armazém é a seguinte: "nadadeve entrar sem guia de remessa, nada deve sair sem requisição".
Aparece-nos assim a requisição ao Armazém. No exemplo figurado na página83 poderemos verificar que, para além das quantidades pedidas e fornecidas(pormenor importante pois pode evidenciar, desde logo e no caso da nãosatisfação integral do pedido, ou uma má gestão de stocks ou um gasto superiorao previsto), dá informações sobre a actividade em que o material requisitadovai ser utilizado ou empregue. Ela, que não será considerada sem o visto doresponsável pelas razões atrás já apontadas, deveria ser entregue no armazémjá codificada o que, infelizmente e na maioria dos casos, não é possível;
79
REGISTO DIÁRIO DE ENTRADA DE MATERIAISOBRA N»
DATAGuia
Remes
1 F
1 Y
2F
FORNECEDOR
0 FORNECEDOR
OBRA n'- Y
0 FORNECEDOR
CIMENT.
DESIGNAÇÃO
SOALHO A 1/2 FIO
VIGAS 16 x 8 COM 6 m
BARROTES 12 x 12
ÓLEO DE DESCOFRAGEM
CASTANHAS PARA ESTICADORES
SACOS DE CIMENTO PORTL
Quant.
200
100
150
100
300
10
P. Unit.
€
€
€
€
€
€
Total
€
€
€
€
€
€
'//////////////// Mapa n° 15 " Registo de Entradas de Materiais
daí ser, depois de lançada na ficha de movimento, reenviada ao responsávelque a analisa convenientemente e a codifica, tal como o fez para a parte diáriade mão de obra.
Assim, para este exemplo, teremos utilizado a lista de codificação já referida
> 5 l de óleo de descofragem código 5.2>100 kg de aço A400 0 6 código 4.2> 0,5 m2 de solho código 13> 5 pares de luvas de borracha código 14> 2 sacos de cimento Portland código 6.4> 2 pás código 6> 20 l de gasóleo código 840
80
FICHA DE MOVIMENTO DE MATERIAISSotcks
rif MENTC, EM SACO ^» SS
Data NsDoc.
Req.N»
G. RN52/f
Fornecedor ouDestinatário
transporte
ACABAMENTOS
O FORNECEDOR CIMENTEIRO
PreçoUnitári.
€
€
€
a transportar
Entrad.
400
10
Saída
350
2
Entrad.
50
48
58
Código
6.4
'///////////////, Mapa n° 16 - Ficha de Movimento de Materiais
Codificadas, as requisições voltam ao Armazém para serem completadasas fichas de materiais com o preenchimento da coluna consignada ao código.
Esta codificação, e sua referência no mapa a que nos vimos referindo, seriao suficiente para a recolha de elementos de controlo no que respeita a materiais,se não existisse, como a prática o tem justificado plenamente, a necessidadede uma contraprova: tal como na Mão de Obra, em que possuíamoscomprovação entre as horas totais indicadas nas partes diárias e no ponto diáriocom as vantagens então enunciadas, também aqui, nos materiais, se justificaessa necessidade.
Consegue-se o objectivo da seguinte forma: as requisições são sempre feitasem original e duplicado, geralmente de cores diferentes: o primeiro destina--se aos serviços de armazém, o segundo aos de controlo. O responsável codificaambas e encaminha cada uma delas, posteriormente, para as respectivas secções,as quais, independentes como o são nesta fase, as lançam às diversas actividades,permitindo assim detectar possíveis anomalias, como veremos adiante.
81
Encontramos mais dois exemplos de requisições codificadas na página 85.Notemos, entretanto, que numa delas não foi totalmente satisfeita uma dasquantidades requisitadas, facto que levará o responsável a actuar imediatamentea fim de se assegurar se os limites de stocks têm sido cumpridos a tempo ouse os gastos têm sido exagerados, neste caso procurará as origens e corrigi-las-á.
3.3.6 - Nos exemplos apontados os materiais foram de possível requisiçãoimediata, isto é, materiais que se compram, se armazenam, se requisitam emquantidades definidas, se gastam e se valorizam, sem existir praticamentequalquer tipo de perdas involuntárias.
Como proceder, no entanto e para efeitos de controlo, para aqueles cujaquantidade, pelo menos, não pode ser definida correctamente aquando da suarequisição e que estão sujeitos a perdas produzidas na obra em consequênciada própria natureza do trabalho?
Para melhor compreensão, consideremos alguns materiais deste tipo taiscomo o cimento, a areia e a brita, por exemplo.
Para o fabrico de betão, o cimento (principalmente o ensilado), as areias eas britas serão controladas em função das dosagens; suponhamos um betãocuja composição por metro cúbico é:
Cimento: 400 k gBrita: 0,760 m3
Areia: 0,520 m3
Água: 160 l
e que a central de betonagem de que dispomos faz amassaduras de 500 1.Possuindo impressos do tipo do indicado na página 83, fácil é dar a conheceros consumos teóricos:
82
REQUISIÇÃO
QUANT.
5 L
100KG
0.5 m2
5
2
2
20 L
AO ARMAZÉM
DESIGNAÇÃO
ÓLEO DE DESCOFRAGEM
AÇO A 24 0 6
SOALHO A 1/2 FIO
PARES LUVAS BORRA.
SACOS CIMENT. NORMAL
PÁS
GASÓLEO
Data / /
APLICAÇÃO
COFR DE VIGOTAS
COFMUHOFRMI(Estc)
REPAR. DE INSTAL.
VIBRADORISTAS
ACABAM. NOMURO M1
DIVERSOS
COMPRESSOR N» 840
O chefe de equipa O Encarregado
OBRA N° X
FOR.
5 L
100KG
0.5 m'
5
2
2
20 L
preçounitári.
e
€
€
e
t
€
e
F. Armazém
REQ. N»
TOTAL
€
€
€
€
€
e
€
CÓD
5.2
4.2
13
14
6.4
6
840
Visto
'//////////////// Fig. 18 - Requisição de Materiais
CENTRAL DE BETÃO - CONSUMOSOBRANS X
AMASSADURAS
VOLUMEdeAMA
TOTAL (m3)
LOC.deAPLICA.
CONSUMOS
CIMENTO
BRITA
AREIA
KG
KG
KG
CÓDIGO
40
0.5
20
estaca n° 411
uníí.
200
311
412
total
8.000
12.440
16.480
7.1
4
0.5
2.0
vig. pré-fab.
unit.
175
612
358
total
700
2.448
1.432
7.5
Data ' /
4
0,5
2.0
betão limp.
unit.
120
400
500
total
520
1.600
2.000
7.3
prepa. do ter.
unií. total
200
3.1
unit. total unit.
ACUMULAD.
9.250
16.448
20.112
Visto
0 chefe de equipa O Encarregado
'//////////////// Mapa n° 17 - Consumo de inertes
83
— Amassaduras = 40~~ Volume de amassadura = 0,5 m3
- Total (m3) = 20~~ Local de aplicação = estaca n.° 411— Consumos:
> Cimento = 200 x 40 = 8 000 kg> Brita =311x40= 12440 kg> Areia = 412 x 40 = 16 480 kg
Código: - 7.1 (já que o betão foi para estacas)
Como este mapa é de preenchimento diário teremos, para cada dia e paraos diferentes betões fabricados ou inertes dispendidos, os consumos teóricosacumulados.
Estes consumos teóricos, depois de convenientemente codificados, sãotransmitidos diariamente ao Armazém e ao Controlo, os quais consideramrequisitados os materiais correspondentes.
Em qualquer momento, mas pelo menos mensalmente, o responsável pelaobra, mediante as medições, os gastos teóricos e os stocks existentes, calculaas perdas e compara-as com as previstas, dando indicação ao Armazém paraas considerar como gastos, e ao controlo para as distribuir em percentagempelas diversas actividades realizadas e que consumiram esse tipo de materiais.
Queremos, finalmente, chamar a atenção para o facto de que, quandoqualquer destes materiais for aplicado em trabalhos a que eles não se destinamespecificamente (por exemplo, madeira gasta na reparação de instalações),serão tratados como qualquer dos outros aqui primeiramente referidos, istoé, utilizando requisição directa ao Armazém. (Veja-se requisição na página83).
84
REQUISIÇÃO
QUANT.
5 Kg
5 L
100 Kg
AO ARMAZÉM
DESIGNAÇÃO
PREGOS GALEOTA
ÓLEO DE DESCOFRAGEM
AÇO A 24 0 6
Data / /
APLICAÇÃO
COFRAGEM MÓDULO 1
O Encarregado O chefe de equipa
OBRA NS_JL
FORN
5
5
100
preçounitári.
€
€
€
F. Armazém
REQ. N2
TOTAL
€
€
€
CÓD
4.2
4.2
4.2
1Visto
'//////////////// Fig. n° 19 - Requisição de Materiais totalmente satisfeita
REQUISIÇÃO
QUANT.
50
1 L
1 Kg
0,5 Kg
AO ARMAZÉM
DESIGNAÇÃO
TRANQUETAS
GASÓLEO
MASSA CONSISTENTE
DESPERDÍCIOS
Data / /
APLICAÇÃO
TUBOS MOLD.DAS ESTAC.
LUBRiF. DAS TRANQUET.
LIMPEZ. DO TUBO "TREM"
O Encarregado O chefe de equipa
OBRA NS_J£_
FORN
30
1
1
0,5
preçouniíárt.
€
€
€
€
F. Armazém
REQ. N5
TOTAL
€
€
€
€
CÓD
1.1
1.1
1.7
1.7
i
Visto
//////////////// Fig. n° 20 - Requisição de Materiais parcialmente satisfeita
85
3.4 - MÁQUINAS
3.4.1 - As razões que impõem um estudo prévio cuidadoso para determinaçãoda maquinaria e do equipamento necessários à boa execução dos trabalhos e,posteriormente durante estes, à de um controlo apertado, são algo diversasdas apontadas para outros elementos já focados nesta exposição:
Primeiro, porque não podemos neste caso afirmar, pelo menos com a mesmacerteza com que o havíamos feito para a Mão de Obra e para os Materiais,que a maquinaria representa sempre uma percentagem importanterelativamente ao custo total de uma obra; na verdade isso depende muitodo tipo de construção que se vai realizar pois que, enquanto nas chamadasgrandes obras de engenharia se empregam numerosas máquinas cuja maioria,classificada como pesada, é capaz de produzir quase autonomamente, naspequenas, se essas existem, são em número muito reduzido e por períodoscurtos, predominando a maquinaria ligeira que não influencia obviamentecom a mesma importância o custo total.
Segundo, porque a mão de obra utilizada na condução deste tipo deequipamento é especializada e geralmente não eventual, permitindo pre-estabelecer rendimentos muito próximos dos reais.
Terceiro, porque os custos não flutuam com frequência, sobretudo se asmáquinas são pertença da empresa.
3.4.2 - Que tipo de estudo prévio deverá então ser processado?
Consideramos necessário realizar três diferentes estudos: o dirigido à perfeitadefinição do equipamento e da maquinaria mais adequada aos objectivos derealização propostos; aquele que vai permitir determinar o número dessasmáquinas e equipamentos e suas permanências; e, como consequência imediata,o que vai fornecer elementos relacionados com consumos, revisões,sobressalentes, conservação, manutenção e funcionamento.
3.4.2.1 - A partir dos elementos fornecidos pelo Projecto e pelo Orçamentoadaptados, fácil será definir o equipamento mais adequado à realização daobra.
86
Na verdade, após essa adaptação, o projecto está:
- perfeitamente identificado— convenientemente esclarecido— sem omissões ou incompatibilidades— coerente
Daí ser possível:
— pensar a obra— definir todas as suas fases de execução— determinar métodos de construção- elaborar desenhos de execução- pormenorizar esses desenhos— rectificar quantidades
o que permite a escolha adequada do equipamento necessário à execução maisracional da obra, tendo em vista os métodos de construção mais apropriados.
Consideramos ser neste aspecto que mais necessidade tem o responsávelde utilizar a experiência e o engenho, não necessariamente só dele.
Um assunto tão importante como a obtenção dos métodos de execução —os quais vão ser determinantes à boa técnica de construção — não pode serdeixado à experiência e engenho de uma única pessoa, mesmo que ela possuajá bastante prática. Esse engenho e essa experiência devem ir beber-se à própriaEmpresa, isto é, ao conjunto dos seus colaboradores.
Não será difícil a uma Construtora habituada concretamente a empreita-das marítimas de grande porte, à execução de obras de fundações de toda avariedade e com curriculum técnico válido, fornecer, tendo em consideraçãoo planeamento efectuado e a quantidades a realizar e para o caso do exemploque vimos seguindo, a indicação de que deverão ser utilizadas na execução daempreitada as máquinas constantes da lista apresentada nas páginas seguintes.
Estaria assim definida a maquinaria principal a utilizar, mantendo-se comoincógnita, contudo, o número de unidades e correspondentes curvas deutilização.
87
Na realidade, tendo em consideração as tarefas a realizar (Ver, por exemplo,o mapa da página 32), a obra deverá possuir como máquinas principais asseguintes:
1. Para a "Escavação Geral":
Máquinas de escavaçãoMáquinas para transporte dos produtos escavados(neste caso foi prevista uma subempreitada razão pelo qual não aparecemreferidas no mapa).
2. Para a "Execução de Estacas tipo Benoto":
Máquinas para moldar as armaduras (818, 819, 868)Máquinas para o transporte das armaduras (830 e 865)Máquinas para a colocação das armaduras (850 e 868)Máquinas para a furacão dos terrenos (850, 862 ou 863, 891, 892, 893 e 950)Máquinas para a lavagem dos furos (825 e 864)
Máquinas para a remoção dos produtos extraídos (844, 858, 874)Máquinas para o fabrico de betão (820 e 842)Máquinas para o transporte do betão (871, 872, 873),Máquinas para a colocação do betão (822, 836. 862. 863 e 895)Máquinas para o corte e regularização das cabeças de estacas (840 e 866)
3. Para a "Escavação cotas de trabalho":
Máquinas de escavaçãoMáquinas para o transporte dos produtos escavadosMáquinas para compactação e regularização das camadas superiores apósescavação (considerada uma subempreitada).
4. Para a "Cortina de Estacas Prancha":
Máquinas para corte e soldagem das estacas metálicas (838 eMáquinas para movimentar as estacas prancha (849)Máquinas para transportar as estacas (865)
88
Guias de cravação (894)Máquinas para cravação das estacas metálicas (850, 868 e 890)
5. Para "Betão Armado":
Máquinas para fabricar o betão (considerada a utilização de betão pronto)Máquinas para o transporte do betão (872 e 873)Máquinas para colocação do betão (822, 836 e 869)Máquinas para execução de cofragens (841 e 851)Máquinas para transporte das cofragens (865)Máquinas para colocação das cofragens (822 e 836)Máquinas para executar as armaduras (818 e 819)Máquinas para transportar as armaduras (865)Máquinas para colocar as armaduras (822 e 836)
6. Para "Alívio da Cortina":
Máquinas para escavação (837)Máquinas para remoção (910, 911 e 912)
7. Para "Colocação de Enrocamento":
Máquinas para colocação (837)
8. Para "Aterros Finais":
Máquinas de terraplenagem e movimentos de terrasMáquinas de compactação(considerada uma subempreitada)
9. Para 'Dragagens":o o
Máquinas de dragagem (910)Máquinas de remoção (911 e 912)
89
Resultaria, se não tivessem em conta o planeamento, as seguintesnecessidades:
Máquina 818-2 unidadesMáquina 819-2 unidadesMáquina 820 - l unidadeMáquina 822 - 4 unidadesMáquina 825 - l unidadeMáquina 830 - l unidadeMáquina 836 - 4 unidadesMáquina 837-2 unidadesMáquina 838-1 unidadeMáquina 840 - l unidadeMáquina 842 - l unidadeMáquina 844 - l unidadeMáquina 850 - 2 unidadesMáquina 851-1 unidadeMáquina 862 ou Máquina 863 - 2 unidadesMáquina 864-1 unidadeMáquina 865-4 unidadesMáquina 866 - l grupoMáquina 868 - 4 gruposMáquina 869 - l grupoMáquina 871 - l unidadeMáquina 872 - 2 unidadesMáquina 873-2 unidadesMáquina 874-1 unidadeMáquina 890 - l unidadeMáquina 891-1 unidadeMáquina 892-1 grupoMáquina 893 - 2 gruposMáquina 894 - l unidadeMáquina 895 - l grupoMáquina 910-2 unidadesMáquina 911-2 unidadesMáquina 912 - 2 unidadesMáquina 950 - l grupo
90
Verificaremos a seguir que, a partir do planeamento, é possível eliminarmuitas destas unidades e atingir-se uma optimação de utilização.
3.4.4.2 - Definimos o equipamento e a maquinaria necessários.
Tal como fizemos para a mão de obra e para os materiais, vamos agoraestabelecer um método de determinação das curvas de utilização de equipamentoprevistas.
Baseando-nos no planeamento efectuado e no orçamento adaptado, eutilizando novamente o gráfico de barras, aplicamos às diversas actividadesos rendimentos de funcionamento previstos obtendo-se, pelo produto dessesrendimentos pelas unidades de produção a executarem-se num dado períodode tempo, os valores teóricos previsionais.
E evidente que para este factor de custo, mais ainda do que para a mão deobra, não é possível considerar fracções de unidades ou de permanência, vistoque as máquinas entram na obra em número certo e terão de lá permanecerpor intervalos de tempo definidos.
Vejamos como proceder num caso concreto, utilizando o exemplo jáconsiderado para os dois recursos anteriormente tratados, isto é, comodeterminar a curva de funcionamento do equipamento necessário à execuçãodos 800 ml de estacas moldadas no terreno durante um período de 8 semanas.
Analisando simultaneamente o plano de trabalhos e as folhas orçamentaisretiraríamos:
l- Para furacão (em aluviões) e remoção:
Máquina Benoto, incluindo tubos benoto:
(0,46 h/ml x 800 ml): (38 d x 9 h) = 1,08 unidadesMáquina Grua Andes:(0,06 h/ml x 800 ml): (38 d x 9 h) = 0,14 unidadesMáquina Rectro escavadora = l unidade por todo o períodoMáquina Pá carregadora = l unidade por todo o períodoMáquina Dumper Super = l unidade por todo o período
91
2- Para execução das armaduras:
Máquina de moldar ferro = não há moldagem visto utilizarem-se varõesinteiros direitosMáquina de cortar ferro = não há corte pela mesma razãoMáquina de soldar: (4 h/t x 60 t) : (38 d x 9 h) = 0,7 unidades
3- Para o transporte de armaduras:
Máquina Grua Fuchs 301: (3 h/t x 60 t): (38 d x 9 h) = 0,53 unidadesMáquina Tractor Normal (cedida pelo cliente gratuitamente porcontrato) = l unidade durante todo o período.
4- Para a colocação das armaduras:
Máquina Grua Andes:
(0,06 h/t x 60 t): (38 d x 9 h) = 0,01 unidadesMáquina de soldar:(0,07 h/t x 60 t): (38 d x 9 h) = 0,01 unidades
5- Para fabricar o betão:
Máquina Central de Betão, incluindo drigline = l unidade durante todoo período.
6- Para transportar o betão:
Máquina Dumper:
(0,3 h/m3 x 800 m3) : (38 d x 9 h) = 0,7 unidades
7- Para colocação do betão:
Máquina Grua Torre Liebherr:(0,18 h/m3 x 800 m3 : (38 d x 9 h) = 0,42 unidadesMáquina Entubadora, incluindo tubos tremie:(0,08 h x 800 m3) : (38 d x 9 h) = 0,18 unidades
Retirávamos então que, teoricamente, seriam necessárias:1,08 unidades de Benoto0,15 unidades de Grua Andes
92
1,00 unidades de Rectro Escavadora1,00 unidades de Pá Carregadora1,00 unidades de Durnper de Alta Capacidade0,71 unidades de Máquina de Soldar0,53 unidades de Grua Fuchs 3011,00 unidades de Tractor Normal1,00 unidades de Central de Betão0,70 unidades de Dumper Normal0,42 unidades de Grua Torre Liebherr0,18 unidades de Entubadora
Desta previsão o responsável concluiria nomeadamente que:
- O rendimento médio da máquina de execução das estacas deveria sermelhorado a fim de ser utilizado somente uma unidade:(0,42 h/ml x 800 ml: 38 d : 9h = 1).
- A máquina Entubadora, embora com pequena previsão de utilização,deveria ser mobilizada pois, para além de ser necessário para as betonagensdas estacas (já que a Benoto estaria plenamente ocupada na furacão),serviria como reserva à própria Benoto em eventuais paragens por avaria.
— Dever-se-ia retardar a montagem da Grua Torre e dar preferência à GruaAndes visto que esta para além de poder executar todas as tarefas previstaspara a Liebherr durante a execução das estacas, teria que serobrigatoriamente utilizada na cravação das estacas prancha metálicas,tarefa anterior às que terão que utilizar a Grua Torre.
- A máquina de soldar poderia ser utilizada também em serviços da oficinamecânica visto ter uma folga de cerca de 30%
— A Grua Fuchs poderia ser dispensada e utilizar-se nesta fase da obra deainda pouco serviço de apoio à prevista nos encargos com o estaleiro.
— Deveria corrigir as previsões de mão de obra e materiais relacionados comas máquinas.
- Teria, relativamente ao orçamentado, um défice de custos da Entubadorada Grua Andes, o qual procuraria compensar durante o desenrolar dostrabalhos.
93
Colocaríamos, então, sobre as barras desta actividade o seguinte equipa-mento principal:
l Benoto + l Grua Andes + l Rectro Escavadora + l Pá Carregadora +l Dumper + l Máquina de Soldar + l Tractor + l Central de Betão +l Dumper Normal + l Entubadora.
Procedendo de igual forma para todas as restantes actividades,determinaríamos as cargas de equipamento previstas.
3.4.3 - Conhecido o equipamento necessário dimensiona-se o respectivoparque e suas instalações de apoio. Trataremos mais adiante deste problema.
Entretanto poderemos determinar os custos mensais previstos com oequipamento próprio e ou alugado, multiplicando os seus salários depermanência, de funcionamento (que definiremos a seguir) e ou de aluguerpelos respectivos períodos de ocupação.
3.4.4 - Consideramos serem duas as razões fundamentais que justificama existência de um controlo para a rubrica Máquinas, para além da decorrentede constituir um elemento de custo:
— influências correlativas Maquinaria/Mão de Obra;
- obtenção de elementos capazes de permitir, para cada caso específico demáquina e de trabalho que realiza, a actualização do seu salário.
Relativamente à primeira, atentemos só em quanto pode variar o custo damão de obra de uma actividade para a qual foi prevista a utilização de umamáquina com um determinado rendimento que não se cumpriu: numabetonagem cujo betão se havia estudado colocar-se por intermédio de umtapete transportador capaz de atingir os 30 mVhora se, por avaria daqueletapete, tiver de utilizar-se uma grua com capacidade não superior a 15 mVhora,logicamente que a betonagem demorará o dobro do tempo e, consequente-mente, a actividade, falando já só em custos de mão de obra, ficará tambémpelo dobro.
Quanto à segunda razão apontada consideramos que se caminha para, numfuturo mais ou menos próximo todas as empresas de construção estaremorganizadas, por forma a que os Serviços de Equipamento Centrais actuem
94
com autonomia funcionando, relativamente ás obras, como uma Empresadentro da própria Empresa e cuja missão principal será alugar equipamentoem boas condições mecânicas e económicas. Para que tal seja possível, aquelesserviços terão de possuir, constantemente renovados, elementos que lhespermitam estabelecer os seus preços de aluguer, os quais deverão cobrir jurosdo capital empregue, amortizações, reparações, revisões, manutenções, arma-zenagens, despesas de funcionamento dos Serviços, etc. Caso contrário poderão,no máximo imputar às obras as amortizações das máquinas e, ou nãocontabilizarão - ficando desse modo sem qualquer possibilidade de conheceremos custos reais das suas máquinas - ou deixarão ao critério unilateral de cadaobra o processo como as restantes despesas são contabilizadas.
Estas razões são suficientes para concluirmos da necessidade de um controloeficaz de cada máquina, nomeadamente em rendimentos, em consumos e emhoras de funcionamento, em paragens, em avarias e até em tempos dedeslocação; isto, evidentemente e sobretudo, para as classificadas como pesadas.Justifica-se assim plenamente que, na grande maioria das obras, existamequipas especializadas na conservação e manutenção do equipamento, mesmoque sejam diminutas, as quais estarão a cargo da obra ou dos Serviços deEquipamento Centrais, conforme o tipo de manutenção ou conservação quese efectue. Falaremos disso mais adiante.
O responsável pela obra sente assim o impacto que o equipamento temsobre a rentabilidade desta e giza um controlo que, ou já se enquadra perfeit-amente na autonomia acima referida, ou permite fornecer à empresa oselementos necessários para se a atingir.
3.4.5 - Para efeitos de controlo todo o equipamento é considerado alugadoe a um determinado preço.
E dividido em duas grandes categorias: uma que engloba tudo aquilo quevulgarmente se designa por maquinaria (gruas, escavadoras, vibradores, martelos,compressores, etc.) e outra que comporta o chamado equipamento auxiliar(cimbres metálicos, projectores, quadros eléctricos, mobiliário, etc.).
Indistintamente cada uma das unidades constituintes paga aos ServiçosCentrais um salário-dia de aluguer. Salário este que, independentemente donúmero de horas de funcionamento ou utilização, terá de cobrir os juros decapital, as amortizações, as manutenções quando em parque — isto é semutilização em qualquer obra - as armazenagens e as despesas de funcionamentodaqueles serviços.
95
BOLETIM DE TRABALHO DE MÁQUINAOBRA N9 X Data / /
MÁQ. 1 -850-
OIA
1
2
3
4
7
8
9
10
11
14
15
16
17
18
21
23
24
25
28
29
FUNC
HORASDIÁRIAS
6,0
3,0
4,0
5,0
5,5
3,5
6,0
6,0
8,5
7,0
5,5
5,5
5,0
6,0
7,0
5,0
6,0
5,5
6,0
6,0
112,0
DESIG. GRUA ANDFS
CONSUMOS
GASOLI.
1
1
GASOLE.
100
100
100
100
400
assin.
visto
ÓLEOS
4
15
19
MASSASENERGIA
XW
Consumo/horas
RELATÓRIO
ESTA MÁQUINA NÃO TEVE AVARIAS
FOI UTILIZADA FUNDAMENTALMENTE
NA CRAVAÇÃO DE ESTACAS PRANCHA
METÁLICAS
gasolina gasóleo óleos massas 3ner kw
1 3.6 0,16 l 1
'//////////////// Mapa n° 18 " Boletim de Funcionamento
96
Para além deste salário diário, cada uma das máquinas do primeiro grupoacima classificado vai pagar um outro salário, este horário, em número igualàs suas horas de funcionamento, que cobrirá as despesas de reparação (quandonão causadas por descuido ou má utilização nas obras e, então, por estassuportadas) e de conservação decorrentes do seu normal funcionamento; asdespesas de manutenção e revisão normais são encargo da própria obra(lubrificações, gasóleo, energia eléctrica, etc).
Por não se justificar o controlo de horas de funcionamento ou utilização,cada uma das máquinas incluídas no segundo grupo não paga salário-hora,pelo que o diário já inclui uma verba que cobre as despesas normais deconservação e reparação.
3.4.6 - Vimos já que, para a obra que temos vindo a utilizar comoexemplificação, a maquinaria mais importante a considerar era indicada nomapa de codificação apresentado no Capítulo II. Todo o equipamento deveráser entregue aos cuidados do Chefe da Oficina da Obra ou, no caso de estenão existir por não o justificar o dimensionamento da mesma, ao Encarregadoque supervisionará o trabalho do mecânico posto à sua disposição.
Para cada uma das máquinas, o chefe da oficina ou encarregado, abre umBoletim de Trabalho de Máquina (ver página 96), mapa mensal no qual vaianotando, diariamente, as horas de funcionamento e os consumos. Este boletimvai fornecer ao responsável pela obra e aos serviços centrais de equipamento,deste modo e mensalmente, não só os consumos diários — para detenção dequalquer anomalia - mas também as horas de funcionamento, as quais tema importância que resulta para o primeiro de lhe permitir verificar a maiorou menor utilização da máquina e, para os segundos, de os informar doquantitativo a debitar à obra em horas de funcionamento; será sempreacompanhado de um relatório que permita analisar o comportamento damáquina.
A eficácia que se pretende obter deste boletim de máquina depende muitode dois elementos humanos: o manobrador e o seguidor da frente para a qualela trabalha. Na verdade, tal como o dissemos já para a Mão de Obra, aexactidão do controlo da maquinaria depende, para além da eficiênciaprofisssional de cada um deles, do fornecimento correcto e diário de algunsdado, tais como:
— a indicação da tarefa ou tarefas que a máquina realiza em cada dia detrabalho;
97
OFICINA DA CARPINTARIA
SAÍDAS DE MADEIRAObra N" X Mí.=:
Data Quant
5 un.
0,5 m2
2 m2
10un.
Tipo de Madeira
VIGAS DE 22x8 C/ 4m
SOALHO 1/2 FIO
BARROTES DE 10x10
Requisição ouLocal da Obra
COF. MURO FRONTAL
REQ. Na 2
COF. MURO FRONTAL
Stock
30
100
88
20
Cód.
4.2
—
4.2
4.2
'//////////////// Fig- 21 - Mapa de Consumo de Madeiras
Obra Ns XPARTE DIÁRIA DE MÁQUINA
Turno — 1enaãrjnafãn - RRI IA TDRRF - N« R?? Data / /
Visto doSeguidor
TRABALHO EFECTUADO
MONT. OOF. MURO FRONT. DO MÓD.1
ARRUM. DE VIGOTAS
TOTAL GERALHORAS
HORAS
trabal.
4
2
6
àord.
1
1
avaria
2
2
CÓD.
4.2
5.8
Condutor
Operário DB
11
categoria:
MANO8RAOOR
Nome
António Manuel da Silva
horas de trabal.
9
Observ. AVAR|ft NQ MOTOR ELÉCTRICO
MOVIMENTODIÁRIO
Conta horas ouConta Km
FINAL 431INICIAL 425
6
Materiais :
GASOLINA
GASÓLEO
ÓLEO
MASSAS
Visto:
'//////////////// Hg- 22 - Parte Diária de Máquinas
98
— a indicação do tempo ocupado pela máquina em cada uma das tarefasrealizadas nesse dia;
— a indicação do número diário de horas no qual a máquina esteve à ordem,isto é, sem ocupação;
— a indicação do número de horas diário em que a máquina se encontrouavariada;
— a indicação dos materiais de consumo gastos;
— a indicação de anomalias que possam ter influenciado o rendimento damáquina.
Pelo preenchimento de uma Parte Diária de Máquina, da do tipo indicadona página 98, o manobrador dá todas estas indicações, posteriormentecomprovadas pelo visto dos vários seguidores para quem a máquina executoutrabalho. Podemos verificar que a máquina Grua Torre n.° 822 realizou asseguintes tarefas, nos seguintes tempos:
- Montagem de cofragem no muro frontal do Módulo 1 = 4 horas— Arrumação de vigotas = 2 horas
Verificamos ainda que esteve l hora à disposição por falta de trabalho,2 horas com uma avaria da parte eléctrica, que iniciou o seu dia de trabalhocom 425 horas e terminou com 431 horas e que não consumiu materiais.
Recolhidos os elementos para o preenchimento do Boletim da Máquina,pelo chefe da oficina, a parte diária segue para o responsável pela frente detrabalho da obra que, depois de analizar convenientemente e tomar asdisposições que eventualmente se impuserem, a codifica. Assim, no exemploindicado anteriormente, teria de colocar, na coluna de código, os númerosrelativos às tarefas executadas:
- Montagem de cofragem no muro frontal - código 4.2.- Arrumação de vigotas - código 5.8.
O manobrador é codificado à máquina por intermédio da parte diária demão de obra de manobradores; os consumos, se existissem, seriam codificadosnas requisições respectivas, como já vimos quando tratamos dos Materiais,dado que a própria oficina trabalha, para este efeito, como um armazém.
99
Obra N»Máquina N9_Ord de RepIniciada em
SERVIÇO DE EQUIPAMENTO822 GRUA TORREar. Na 201
/ / Concluída em / /
MÃO- DE -OBRA
DATA OP. N'
21
HOflAS
2
SALÁR
6,00 €
TOTAL
12,00 €
MATERIAIS
DESIGNAÇÃO
FUSÍVEIS
PORCA SEXTAV
ANILHAS
GOLPILHAS
QUANT
20
30
30
30
3US.UN
0,50 €
0,10€
0,05 €
0,04 €
l
TOTAL
10,00 €
3,00 €
1,50€
1,20€
. _ . _ _ _ _ _. . _
Relatório e Subempreitadas
AVARIA NA PARTE ELÉCTRICA E SUBSTITUIÇÃO DE PEÇAS NOSMONTANTES. NÃO HOUVE SUBEMPREITADAS- AVARIA NORMAL PEIOQUE É ENCARGO DOS SERVIÇOS DE EQUIPAMENTO CENTRAIS
Assinatura
MÁQUINAS
NUME HORA BALAR
5.01 0.5 j 4,50 €
TOTAL
2,25 €
Resumo
M-° 12.00 €MAT 1570€MÁO 2,25 €
29.95 €
ENC 23.98 €53.91 €
SUBFMP — —TOTAL 53 91 €
'//////////////// Fig. 23 - Ordem de Reparação
Para maquinaria ligeira, como vibradores, martelos, etc., que não possuemmanobrador próprio, as partes diárias são preenchidas pelo seguidor, tudo seprocessando, no restante, da mesma maneira.
3.4.7 - Temos assim recolhidos os elementos necessários ao controlo derendimentos, consumos, horas de funcionamento e tempos de deslocação.
Vejamos agora como recolher os referentes a conservação, revisão e reparação.
Para qualquer destes casos a oficina da obra abre sempre a respectiva Ordemde Reparação. Analizando o mapa da figura 23 concluímos que não há maisdo que, desde o início da reparação até ao final da mesma, preencher as colunasde Mão de Obra, Materiais e Máquinas, indicando os custos respectivos; assubempreitadas, se existirem (e pode existir unicamente subempreitadas se otrabalho for totalmente realizado em oficina exterior), são também assinaladas;há que elaborar o indispensável relatório que indica o tipo de reparaçãoexecutado na máquina, o motivo, etc.
100
Valorizadas, são debitadas aos Serviços Centrais de Equipamento ou àObra, conforme se trate de, respectivamente:
— conservação ou reparação decorrentes do desgaste normal dofuncionamento da máquina
- manutenção normal ou reparação devida a uma má utilização da máquina
e, em qualquer dos casos, enviadas àqueles serviços.
Para máquinas verdadeiramente alugadas o controlo restringe-se a rendimentose custos-hora.
3.5 - SUBEMPREITADAS
Consideram-se Subempreitadas todos os trabalhos executados por entidadesnão pertencentes à obra. Assim, para além dos vulgarmente chamadossubempreiteiros ou tarefeiros, das oficinas exteriores, etc., qualquer ServiçoCentral da Empresa que execute trabalho para a obra, a pedido desta, éconsiderado subempreiteiro.
Interessa a qualidade e os rendimentos em termos de prazos e custos.
Para este trabalho importa salientar que as verbas dispendidas nassubempreitadas entram integralmente na coluna de Subempreitadas.
3.6 - MEIOS DE APOIO E INSTALAÇÕES FIXAS
Neste subcapítulo apresentaremos metodologia capaz de conduzir aodimensionamento e à implantação dos parques de equipamento, dos depósitosde materiais, dos armazéns, etc., isto é, indicaremos alguns métodos que,tomados em consideração com o atrás exposto, vão permitir projectarcorrectamente e implantar eficazmente o chamado Canteiro de Serviço.
Efectivamente, para que tal se consiga, as diferentes peças constituintes desteelemento do Estaleiro deverão possuir uma funcionalidade recíproca e interligadaque assegure uma exploração conveniente.
101
Nesta fase possuímos:
- todos os projectos e disposições reunidos
— processos e prazos de execução definidos
- pormenores das várias soluções adoptadas
— população necessária determinada
— materiais mais importantes conhecidos
— curvas de consumos fixadas
— equipamento escolhido
— serviços de apoio encontrados
- planos de desenvolvimento dos trabalhos
Poderemos então afirmar que tudo está planeado para se conseguir aracionalização desejada? Planeado sim, mas o ter-se escolhido o equipamentoe os outros meios auxiliares, calculado as quantidades de materiais e as suascurvas de variação de consumos, distribuída a mão de obra pelas tarefas arealizar, determinado o melhor encadeamento dos trabalhos a executar,estudado as condições particulares em que as actividades se vão processar,procurado atingir os mínimos possíveis em termos de custos, conseguido osmétodos de execução mais indicados, escolhido os meios auxiliares maisconvenientes, elaborado diagramas que permitem obter os equipamentos, osmateriais e a mão de obra nas quantidades necessárias, no local certo e nomomento oportuno, tudo isto não é suficiente, pois os meios de apoio e asinstalações fixas necessitam de uma "dimensão e de uma implantação adequadasao volume da obra e ao prazo fixado para a sua execução", para constituirema entidade lógica de apoio à construção programada.
3.6.1 - Todos nós sabemos que, enquanto o canteiro para apoio à construçãode um edifício urbano é geralmente reduzido, o necessário à realização deuma central hidroeléctrica, por exemplo, é sempre de uma grande complexidade.Se, para o primeiro caso, a situação num centro urbano — com acessos fáceis,utilizando pessoal local sem necessidades de alojamento, com redes públicas
102
de água, energia e telefone e até com as dificuldades decorrentes de falta deespaço — aliada ao tipo e tamanho da obra, reduz imenso as suas necessidades,no segundo caso a envergadura do empreendimento e a sua localização habitual— distante dos centros urbanos e industriais - implica um estudo profundo doprojecto de instalação e montagem de todo o Estaleiro, incluindo forçosamenteo Canteiro de Serviço.
Este depende essencialmente:
- do tipo de obra
> edifícios habitacionais
> edifícios industriais
> pontes
> obras hidráulicas
> obras marítimas
> estradas, etc.
— da envergadura da obra
— da localização da obra
- das condições locais, nomeadamente, geográficas, topográficas e geológicas
- dos métodos de execução
— do plano de trabalhos
— do prazo de execução da obra.
Na verdade, para além de, como dissemos, uma pequena obra não ter asmesmas exigências de uma grande obra de engenharia, é óbvio que:
— quanto mais afastada estiver dos centros vitais (populacionais e industriais)maiores serão as exigências em infraestruturas, alojamentos e armazena-mentos;
— a geologia define a configuração do terreno e portanto as condições deimplantação;
- o clima influencia os rendimentos;
- a área disponível, a facilidade de acessos e de construção influi no tipode instalações e arruamentos a implantar;
103
— dos métodos a utilizar dependem a mão de obra, os materiais e a maquinariaa utilizar;
— prazos apertados ou insuficientes exigem previsões de aumento de mãode obra e de equipamento.
Assim, e tomando em consideração o tipo e a envergadura da obra aconstruir, inicia-se o estudo em questão pela determinação dos diferentescorpos a instalar no canteiro. Referiremos a seguir alguns dos mais generalizados,que serão implantados ou não em função do atrás exposto.
3.6.1.1 - Iniciemos pelos chamados Serviços Auxiliares, isto é, por aquelesque "se destinam a manter o bom estado de funcionamento dos recursos ouà produção de elementos de construções necessárias à obra", tais como:
a) Oficina de Reparações
Nesta oficina procede-se às reparações e manutenções das máquinas edemais equipamento. Justifica-se por permitir actuações mais ou menosimediatas, evitando-se desse modo os atrasos normalmente provocadosquando nos servimos de oficinas estranhas.
Deverá localizar-se em zona de acesso fácil, ter possibilidade de ser atravessadade um lado ao outro, possuir terreno livre para eventual ampliação, pédireito mínimo da ordem dos 6,0 m, boa iluminação, pavimento drenadoe dimensionado para cargas não inferiores a 5 t/m2, e uma fossa de montagem.
Nela se deverá encontrar:
l torno mecânicol limadorl máquina de furarl máquina de cortarl máquina de rectificar bancadas com torno manuall forjal martelo de molal bigornal máquina de afiarl aparelho de soldar eléctrico
104
l aparelho de soldar autogéniol mesa de soldadural aparelho de carga de bateriasl aparelho de elevaçãol compressorl prensal martelo pilão
b) Carpintaria
Embora cada vez mais se tenha generalizado a execução das cofragens emOficinas Centrais, com evidentes vantagens, a carpintaria é sempre necessárianuma obra, de maior ou menor dimensão.Genericamente, quanto maior for o volume de betão armado, maior é aimportância desta instalação de apoio na execução de cofragens e respectivasreparações.
Deverá possuir acesso fácil, ter à sua disposição meios de carga, descargae movimentação, e estar dividida, pelos menos, nas seguintes zonas:
— de depósito de madeiras— de depósito de cofragens- de limpeza e reparação de cofragens- de traçagem e execução de cogragens.
Serão localizadas no conjunto, por forma a que os depósitos sejam acessíveispor camiões a descarregar directamente.
ESCRITÓRIO
! ESTRADODE MADEIRA
OFICINA
TTM jj li
i iLOCAL COBERTO
m?.í-tf DEPÓSITO DEí'íl]|n MADEIRA
•i was
/
DEPÓSITO DECOFRAGENS
'//////////////// FÍ9- 24 - Planta Possível de "Carpintaria"
105
Máquinas a implantar na zona destinada à execução
> serra de disco
> serra circular
> serra de fita
> garlopa
> tupia
> serras manuais
> bancadas
Na figura 24 apresentamos uma planta possível de oficina de carpintaria,a partir do exame da qual se pode verificar a existência de um escritóriopróprio que deverá, sempre que possível, integrar uma sala de desenho paraestudo e preparação de cofragens.
c) Instalação para execução de armaduras
Destina-se a preparar as armaduras projectadas e a incorporar nas peçasestruturais. De acesso fácil a camiões de grande tonelagem, deverá possuirmeios próprios de carga, desdescarga, elevação e movimentação dos varões,e das próprias armaduras quando pré-fabricadas em oficina, e constituiruma instalação totalmente coberta a fim de ser sempre possível trabalharem quaisquer condições atmosféricas.
A sua montagem, sempre junto ao armazém, deverá ser condicionada àsequência das tarefas a executar:
— descarga e empilhamento de varões
— depósito de varões por diâmetros
- corte e depósito de varões cortados
- moldagem de varões
— depósito de varões moldados
— pré-fabricação de armaduras
106
MÁQ. MÓVEL DE CORTEACESSO
o <£83
ss(/) O'
DEP. DEVAR. CORT.
POR0(Profun. 15
cm)
MAQUINA DE DOBRAR
DEPÓSITO DE VARÕESDOBRADOS
ACESSO
//////////////// Fig. 25 - Planta Possível de "Estaleiro de ferro"
d) Armazém
Verificamos as razões pelas quais os materiais têm sempre grande influênciano custo total de uma obra de construção. Daí a atenção que a descarga,o armazenamento, o manuseamento e o transporte para o local de aplicaçãodevem merecer para não influenciar ainda mais esse custo.
Conforme a importância da obra assim se armazena ou não emlocais diferentes os seguintes materiais:
— materiais de construção (cimento, p.e.)— materiais de consumo corrente (prego, p.e.)- ferramentas e utensílios (pás, p.e.)— sobressalentes (pneu, p.e)- material de equipamento (prumos metálicos, p.e.).
Os armazéns deverão localizar-se o mais próximo possível dos serviçosonde os materiais são necessários.
A prática ensina que devem ser cobertos, fechados e de um só piso, possuíremplataformas de descarga, pés direitos inferiores a 2,50 metros e terempossibilidade de se ampliarem.
107
'//////////////// FÍ9- 26 - Corte Possível de "Armazém"
3.6.1.2 - Vejamos agora algumas construções fixas sobre a maioria das quaisse pode afirmar existirem, com maior ou menor dimensão e conforto, emtodas as obras:
a) Escritório da obrab) Vestiários, lavatórios e duchesc) Instalações sanitáriasd) Refeitóriose) Postos de socorrosf) Dormitórios
Cada uma delas, variando embora de obra para obra, tem de satisfazer aum mínimo de requisitos tais como:
~ O escritório deve localizar-se junto da entrada principal do canteiro
~ Os vestiários devem localizar-se nos diferentes locais de trabalho epossuírem em anexo lavatórios e duches
- As instalações sanitárias devem vencer distâncias de, no máximo, 100metros
~ Os refeitórios, com pés direitos mínimos da ordem dos 2,50 m, deverãoter janelas com uma superfície de iluminação equivalente a um décimo
108
da área do pavimento, pelo menos, aberturas essas protegidas por redespara obstar à entrada de insectos
- Os refeitórios deverão possuir depósitos para restos de comida e mesasrevestidas para fácil limpeza
- O posto de socorros deverá estar instalado no centro do canteiro, terpossibilidades de acesso de viaturas e possuir, sempre que possível, águafria e quente
— Os dormitórios deverão satisfazer às normas de higiene e repouso, estarequipados com lavatórios, chuveiros e sanitas, possuírem pés direitosmínimos da ordem dos 3,00 m, permitirem um volume de ar mínimode 6 m3 por cada cama, e terem assegurada ventilação e aquecimento.
3.6.2. - Determinaram-se os elementos de apoio ao estaleiro a instalar.
Fizemos anteriormente considerações de ordem prática, algumas das quaismesmo com indicação de dimensões, mas não determinamos ainda quaisqueráreas.
Como curiosidade apresentamos na página 110, gráficos retirados de entrealguns existentes e elaborados por certos autores que relacionam as áreasnecessárias às diversas instalações com a população trabalhadora directa,considerando esta como o "indicador de referência mais apropriado." Essesgráficos, que reflectem o resultado de observações efectuadas ao longo de anosapresentam em abcissas o número de trabalhadores e em ordenadas as áreasem metros quadrados.
E evidente que os consideramos como curiosidade, mas com valor, poispoderão ser aplicados em alguns casos correntes, embora sempre com algumaprobabilidade de não resultarem, na medida em que as áreas, como sabemosembora dependendo do número de pessoal trabalhador, estão intimamenterelacionadas com as exigências de prazo, com o tipo de materiais a utilizar earmazenar e com as normas de higiene, conforto e segurança.
Por isso o estudo prévio que se realizou, e que nos vai conduzir a projectaressas instalações essencialmente em função das curvas de variação de mão deobra e do consumo dos materiais mais importantes, e ainda do tipo, dapermanência e do funcionamento das máquinas, sempre tudo ao longo dotempo de execução da empreitada.
109
8001
600-
200-
100-
100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000
Trabalhadores
'//////////////// Gráfico n° 6 - Área necessária para "Armazém"
2000'
•c 1500-
1000-
500-
100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000
Trabalhadores
'//////////////// Gráfico n° 7 - Área necessária para "Preparação de Armaduras"
110
Efectivamente:
— "conhecido o número total de operários determina-se com facilidade asáreas necessárias para os dormitórios, refeitórios, etc.; decide-se danecessidade de construção de bairros, de cantinas, de hospital, etc.;
— conhecida a diversidade e os consumos dos materiais, fácil é determinaras dimensões e as características dos armazéns;
— conhecido o tipo de máquinas, a sua permanência e funcionamento,facilmente se dimensionam as oficinas de reparação".
Vejamos alguns dados práticos:
a) Os refeitórios devem possuir áreas de 0,80 a 0,90 m2 por trabalhador eserem calculados para uma capacidade total correspondente a umapercentagem entre 70 a 90% da população trabalhadora.
b) Os vestiários necessitam de cerca de 0,60 m2 por operário e a suacapacidade total é calculaada para a totalidade do pessoal.
c) As sanitas devem ter as dimensões unitárias de 2,50 m2 e os lavabos de1,30 m2. O número de sanitas deve ser, no mínimo, de \r cada 25pessoas; os duches e os lavabos de l por cada grupo de 15.
d) Os dormitórios devem possuir uma área mínima de 3,00 m2 por operárioe são calculados em função das realidades habitacionais da zona e dosoperários empregados.
3.6.3 - Estabelecidas as áreas e conhecidas as características das diversasinstalações, há que projectar uma implantação que distribua os Serviços, osMeios Auxiliares e as Instalações de Apoio da forma mais adequada satisfazendoas necessidades já enunciadas da mão de obra, dos materiais e do equipamentoe que obedeça a determinados requisitos tais como:
— percursos interiores o mais curtos possível;
- fácil acesso aos materiais e aos produtos elaborados em obra, e seustransportes;
111
r\ Fig. 27 - Plantas possíveis de "Dormitório"
- mínimo de dificuldades na movimentação de veículos e maquinarias;
— traçados económicos e funcionais de redes de água, energia eléctrica etelefones;
— melhores condições possíveis de funcionamento, segurança, higiene econforto;
- cumprimento da legislação aplicável
Os elementos constituintes devem ser agrupados em sectores e subsectorese serem, cada um deles, relacionados com os demais por ligações dereciprocidade. Para se atingir esse objectivo elaboram-se as Tabelas de Correlação,que se podem definir como "quadros adequadamente organizados, onde serelacionam cada um dos elementos de um determinado conjunto com osdemais" e nos quais "se indicam os graus de importância das correlaçõesexistentes entre cada par deles (por exemplo, muito importante, importante, aconsiderar e não importante), para posterior valorização" e que nos vão permitir"avaliar da importância da proximidade entre os elementos do conjunto".
112
Existem dois tipos de Tabelas de Correlação:
- dispostas em diagonal- dispostas em quadro
3.6.3.1 - Na página 114 está representada uma tabela disposta em diagonal.
Os elementos do conjunto são inscritos nas diversas linhas horizontais e oslosangos, definidos pelas diagonais, ficam divididos em dois triângulos ondese indicam as correlações existentes (triângulos superiores) e os motivos queos apoiam (triângulos inferiores). A partir destas indicações se determina aimportância da correlação e consequentemente o grau de proximidade dosdiversos elementos.
Normalmente a classificação da importância das correlações, isto é, "o graude necessidade de proximidade ou de atenção a dispensar na coordenação dosdois elementos correspondentes", é a seguinte:
A = absolutamente necessária 100 %E = especialmente importante 75 %I = importante 50 %O = ordinária ou normal 25 %U = sem importância O %
No triângulo superior esquerdo inscreve-se o valor ou importância dacorrelação e no inferior direito o valor correspondente real.
Qualquer que seja a tabela utilizada é sempre conveniente indicar as razõesda classificação e os seus resultados analisados tomando em consideraçãooutros factores de relevância imposta, por exemplo.
113
GRUA DISTRIBUIDORA
CENTRAL DE BETÃO
CARPINTARIA
ESTALEIRO DE FERRO
ARMAZÉM GERAL
ÁREA DE CONSTRUÇÃO
DEPÓSITO DE PEÇAS PRÉ FABRICADAS
DEPÓSITO DE MATERIAIS DIVERSOS
PORTÕES
ESTACIONAMENTO
ESCRITÓRIOS
POSTO MÉDICO
REFEITÓRIOS
SANITÁRIOS
OFICINA DE REPARAÇÕES
VESTIÁRIOS
DORMITÓRIOS
FERRAMENTARIA
FISCALIZAÇÃO
INSTAI AÇÃO Canteiro de Serviço
OBRA
DATA
REF
A
E
1
O
UX
XX
12
3
4
5
6
7
Correlação (prox.)
Absolutam. necessária
Especialm. importante
Importante
Ordinária ou normal
Sem importância
Não recomendável
Prox. indesejável
Motivos
Operacionalidade
Acompanham, obra
Evidente
Facilidade manobra
Produtividade
Recepção de materiais
Utilização do mesmo pess.
'//////////////// F'9- 2S ' Tabela de correlações de um "Canteiro"
114
TABELA DE CORRELAÇÕES EM QUADRO
ELEMENTOS A COORDENAR
DEPÓSITO DE MATERIAIS
INSTALAÇÃO P. MÁQUINAS
PREPARAÇÃO DE COFRAGENS
DEPÔS. DE COFRAGENS NOVAS
DEPÔS DE COFRAGENS USADAS
LIMPEZA DE COFRAGENS
REPARAÇÕES
ESCRITÓRIOS
ÁREA LIVRE
muiío import. \—-/ importanteV-—l
Correspondente a classificação
muiío bom XP bom
s/ interferência
não considerado
INSTALAÇÃO Carpintaria OBRA Ns DATA / /
Um exemplo de uma tabela disposta em quadro é a representada nestapágina e facilmente ficamos elucidados do seu funcionamento através da suaanálise.
'///////////////, Fig. 29 - Tabela de correlações de uma "Carpintaria"
115
3.6.3.2.1 - Algumas correlações importantes a considerar:
a) Instalações de Produção - Gruas Distribuidoras
Os depósitos de materiais, o estaleiro de ferro, a carpintaria e a centralde betão, deverão ficar instalados ao alcance da grua distribuidora, paraassim se reduzirem os transportes das peças ou produtos a utilizar naobra.
b) Gruas distribuidoras - Área de Construção
As gruas distribuidoras devem implantar-se nas proximidades, não sódas instalações de produção, mas também do centro de gravidade daobra (com ou sem caminho de rolamento) para abrangerem a suatotalidade, se possível.
c) Acessos — Instalações Várias
Os acessos devem implantar-se por forma a permitirem fácil circulaçãoaos meios de transporte de pessoal, de materiais a depositar ou armazenar,etc.
3.6.3.2.2 - Algumas tabelas já elaboradas:
a) Para o Canteiro devemos considerar as seguintes unidades
> Área de construção> Grua distribuidora> Central de betão> Carpintaria> Estaleiro de ferro> Armazém> Depósito de peças pré-fabricadas> Depósito de material diverso> Oficina de reparação> Acessos> Portões> Estacionamento> Escritório
116
> Posto médico> Refeitórios> Vestiários> Sanitários> Dormitórios> Ferramentaria> Fiscalização
Na elaboração da tabela figurada na página 114 consideram-se os grausde importância de acordo com os condicionamentos considerados e queimplicaram a representação gráfica indicada.
b) Para a Carpintaria os sectores a considerar são:
> Depósito de madeiras> Instalação para máquinas> Preparação de cofragens> Depósito de cofragens> Depósito de cofragens usadas> Limpeza de cofragens> Reparações> Escritório> Área livre
Encontraremos uma tabela exemplificativa na página 115.
c) Para a Instalação de Armaduras teremos:
> Depósito de varões> Equipamento de corte de varões> Depósito de varões cortados> Equipamento de moldagem de varões> Depósito de varões moldados> Pré-Fabricação> Depósito de armaduras pré-fabricadas> Escritório
Uma tabela correspondente se elaboraria.
117
3.7 - SERVIÇOS A INSTALAR
Analisando o anteriormente descrito resulta de imediato que as obras devempossuir, de uma maneira geral, e com maior ou menor importância, os seguintesserviços, para além dos de Produção propriamente ditos:
a) Direcção da obra
> Secretaria> Arquivo
b) Serviços Técnicos Auxiliares
> Preparação e estudos> Planeamento> Controlo> Topografia> Medições
SALA DE DESENHO PRODUÇÃO S. TÉCNICOS CONTROLO
TOPOGRAFIA
APONTADORA
FL/TIAR M AZ. jARMAZ.I S. ADMINISTRATIVOS
'//////////////// F 'Q- 30 " Planta possível de um "Escritório de Obra"
118
c) Serviços Administrativos
- Pessoal> Apontadoria> Vigilância> Alojamentos> Acção social
- Aprovisionamento> Compras> Conferência> Armazéns e depósitos
- Transportes
— Contabilidade> Facturação> Tesouraria
São instalados de acordo com as correlações vistas e dimensionadas emconformidade.
3.8 - Ao longo deste trabalho procuramos salientar que o Controlo deProdução é algo mais do que Controlo de Fabricação.
Na verdade apresentamos toda uma metodologia que foi permitindo nãosó planear e organizar o Estaleiro, no seu sentido mais lato, mas tambémpreparar e recolher os dados que nos permitam controlar efectivamente aProdução.
Ficaria, no entanto, incompleto este estudo se não nos debruçássemossobre um aspecto importante deste Controlo que é o dos Custos
É deste assunto que nos propomos tratar no capítulo seguinte.
119
IV - CONTROLO DE CUSTOS
4.1 - RECOLHA DOS ELEMENTOS
Vimos como se obtinham e codificavam os elementos necessários ao controlode custos.
Analisamos já os documentos que a obra possui diariamente:
— partes diárias de mão de obra— requisições ao armazém— mapas de consumo de materiais- partes diárias de máquinas- talões de serviços prestados pelo exterior
A recolha desejada está concretizada e completa-se, como vimos, com asordens de reparação e as perdas dos materiais, geralmente aquando do fechomensal.
4.2 - DISTRIBUIÇÃO DOS ELEMENTOS
Recolhidos e codificados, há que agrupar os elementos por forma a permitiremconhecer os custos reais de cada actividade a controlar. Para tal fim existe aFicha de Actividade cuja análise poderemos efectuar observando a páginaseguinte.
Verificamos que:
- conforme o nome indica, é individual, isto é, refere-se a uma só actividadeperfeitamente definida em nome e em código;
"
,— é mensal, mas de preenchimento diário;
— está dividida nos elementos de custo, ou seja, em mão de obra, materiais,máquinas e subempreitadas.
121
[\M
Q.OJ
OQ.
CustosTotais
5.000
2.000
240
50
40
5
110
60
50
110
75
270
6.08
8
1,5
CustoUnitár.
5
4
3
1
0.4
1
5
120
100
10
0,3
9
4,05
4
3
Totais
1000
500
80
50
100
5
22
0,5
0,5
11
250
30
1
1,5
2
0,5
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Mão-de-obra de máquinas
Materiais de máquinas
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180,00
10,00
&
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Í
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8,24
2,27
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10,00
1,00
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•
•
-
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•
•
•
•
0,50
Dias
SEGUIDOR
CARPINTEIRO
AJ. CARPINTEIRO
SERVENTE
^REGO GALEOTA
AÇO A24 0 6
ÓLEO DESCOFR.
SOALHO 1/2 FIO
VIGAS 22x8 C/4m
BARROTES 10x10
CHAPA BG 24
TUBO PB 16
GRUATORR. 822
TRACTOR NORM,
SERRA FITA
GARLOPA
MAQ. SOLDAR
Mao-de-obraMateriaisMáquinasSubemp.
gSig
FICH;
a N" Xs FEV±QO 4.2vidade MONT. COFRAGEM SUPERESTR
í 05 m
q
VIDADE
RESUMO DE CUSTOSMão-de-obra 7.438,24 CMateriais 513,77 €Máquinas 285,58 €Subempreitadas
Necessitamos, portanto, de tantas fichas quantas as tarefas a controlar ou,o que é o mesmo, tantas quantos os diferentes códigos estabelecidos. (Notemosque estes poderão ser em número superior ao das actividades inseridas noMapa de Produção, pelo motivo de ser aconselhável vir a possuir, futuramente,conhecimento sobre custos de operações que, neste momento, podem seragrupadas numa só). De posse delas, vamos preenchendo diariamente asrespectivas colunas com as quantidades de mão de obra, materiais, máquinase subempreitadas dispendidas em cada uma das tarefas realizadas nesse dia.
Assim:
— com as partes diárias de mão de obra codificadas, facilmente se totalizamas horas, por categoria de operário, referentes a cada código ou actividade.
— codificadas as requisições ao armazém e os mapas de consumo, igualmentese totalizam as quantidades dos diferentes materiais gastos em cada tarefa,isto é, materiais levados ao mesmo código;
— pelas partes diárias da máquina, totalizamos as horas de funcionamentode cada uma delas para as diferentes actividades desse dia ;
— dos talões de serviços prestados pelo exterior, igualmente codificados,retiramos também, agrupados e totalizados, os elementos desejados.
Deste modo o seu preenchimento é muito simples: agrupados os elementos,inscrevemos, para cada dia, nas respectivas colunas, as quantidades de Mãode Obra e de Materiais, as horas de funcionamento de Máquinas e os talõesou custos das Subempreitadas.
Consideremos, como exemplo, que no dia 29 do mês de Fevereiro tínhamosagrupado para a actividade Montagem de Cofragem em Superestruturas - a quecorresponde o código 4.2 - os seguintes dados:
- das partes diárias de mão de obra (ver página 124 e considerando que eraa única em que aparecia o código 4.2):
4 h de Arvorado44 h de Carpinteiro16 h de Ajudante de Carpinteiro5 h de Servente
123
PARTE DIÁRIA DE MÃO-DE-OBRA
ObraNa X
QUANTIDADES
<ccOoLU
5o
SEGUIDOR
CARPINTEIRO
"
"
"
•
•
AJ. CARPINTEIRO
•
SERVENTE
NÚ
ME
RO
TOTAL
CÓDIGO
ACTIVIDADES
MO
NT
, D
E C
OF
RA
GE
IM
NA
S V
IGA
S D
O M
OD
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4,0
9.0
9.0
9,0
9.0
4,0
4.0
8,0
8,0
5,0
69,0
4.2
DES
C.
E C
OF.
VIG
OT.
5,0
4,5
5,0
1,0
1,0
4,0
20,5
5.2
NA
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A D
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0,5
0,5
841
íata 2 9 / 2 /84
rempo
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TO
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9
9
9
9
9
9
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M
V
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v
v
\o
O Arvorado O Encarregado
'//////////////// Hg. 32 - Parte diária de Mão-de-Obra
124
Obra N"MêsCódigoAct vida
WcaO
1
2
3
7
8
9
10
14
15
16
17
18
21
22
24
25
28
29
õ
o ^
li0 V
3 °
XFEV841
de SERR
FICHA DE ACTIVIDADE
RESUMO DE CUSTOSMão-de-obra 112,50 €Materiais 30,92 fMáquinas
^ DE FITA Subempreitadas
Mao-de-obra
0ccLUH-zQ-CC<0
4
1
0,5
0.5
8
1
2
1
3
1
0,5
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Materiais
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1
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10
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Máquinas
FU
NC
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4
1
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s
'//////////////// Fig. 33 - Ficha de Actividade "Serra de Fita"
125
- das requisições (ver página 85) e considerando serem as únicas requisiçõescodificadas com 4.2):
5 kg de prego galeota100 kg de aço A400 0 6
5 1 de óleo de descofragem
- dos mapas de consumo (ver página 98):
2 m2 de solho10 barrotes de 10 x 105 vigas de 22 x 8 com 4,00 m
— das partes diárias de máquina (ver página 98 e considerando que outraspartes diárias existiam codificadas com 4.2):
4 h de Grua Torre n ° 822l h de Tractor normal
0,5 h de Serra de fita
Todos estes dados são inscritos, como poderemos verificar na página 122,na respectiva Ficha de Actividade.
Assim e deste modo, dia a dia, se vão agrupando os elementos.
Note-se que, para este efeito, cada máquina possui uma destas fichas cujopreenchimento se processa do mesmo modo. (Ver página 125).
4.3 - VALORIZAÇÃO DOS ELEMENTOS
Já agrupados e perfeitamente diferenciados de actividade para actividade,requere-se a sua valorização.
Esta consegue-se fácil e rapidamente, multiplicando as quantidades totaispelos custos unitários reais. Assim, no exemplo da página 122, se opreenchimento estivesse completo e tivéssemos obtido os totais mensaisindicados, nós teríamos:
126
1000 h de Carpinteiro x 5,00 € = 5.000,00 €500 h Aj. Carpinteiro x 4,00 € = 2.000,00 €
80 h de Servente x 3,00 € = 240,00 €50 kg Prego galeota x 1,00 € = 50,00 €
100 kg Aço A 400 x 0,40 € = 40,00 €5 1 de óleo descofragem x 1,00 € = 5,00 €
22 m2 soalho x 5,00 € = 110,00 €0,5 m3 de vigas. x 120,00 € = 60,00 €0,5 m3 de moldura x 100,00 € = 50,00 €11 m2 de chapa x 10,00 € = 110,00 €
250 ml de tubo PB x 0,30 € = 75,00 €
Aparece-nos agora uma pequena dificuldade: como determinar os custosreais das máquinas, em cada uma das actividades? Nós conhecemos os totaisde horas de funcionamento de cada máquina mas, para completarmos a ficha,necessitamos de saber os respectivos custos/hora. Estes determinam-se a partirdas suas fichas de actividade. Assim, pelo exemplo da página 125, nósconstatamos que a máquina n.° 841 (Serra de Fita) para 20,5 horas defuncionamento durante o mês de Fevereiro, dispendeu:
-Mão de Obra:22,5h de Carpinteiro x 5,00 € = 112,50 €
— Materiais:l lima x 3,00 € = 3,00 €l comutador x 4,00 € = 4,00 €2,5 óleo R 30 x 5,00 € = 15,00 €21gasóleo x 1,05 € = 2,10 €62KWA x 0,11 € = 6,82 €
TOTAL: 30,92 €
- Salário de Permanência:21 dias x 2,00 € = 42,00 €
- Salário de Funcionamento:20,5 horas x 2,00 € = 41,00 €
127
Logo, em qualquer actividade, por cada hora de trabalho que execute, amáquina entrará com os seguintes custos:
- Mão de obra:112,50 € : 20,5 h = 5,49 €
— Materiais:30,92 € : 20,5 h = 1,51 €
- Máquinas:42,00 € : 20,5 h = 2,05 €horas de trabalho x 2,00 € =
Então, na coluna de Máquinas consignada à Serra Fita, só teríamos decolocar na ficha de actividade:
(1,5 x 2,05 €) + (1,5 h x 2,00 €) = 6,08 €
e inscrever nos rectângulos respectivos a mão de obra e os materiais, ou sejam,respectivamente:
1,5 h x 5,49 € = 8,24 €1,5 h x 1,51 € =2,27€
Procedendo de modo idêntico para as outras máquinas utilizadas poderemoscompletar o preenchimento da Ficha de Actividade:
- Mão de Obra:
> Directa:O € + 5.000,00 € + 2.000,00 € + 240,00 € = 7.240,00 €
> Das máquinas:180,00 € + O € + 8,24 € + 10,00 € + O € = 198,24 €
> Total:7.240,00 € + 198,24 € = 7.438,24 €
128
— Materiais:
> 50,00 € + 40,00 € + 5,00 € + 110,00 € + 60,00 € ++ 50,00 € + 110,00 € + 75,00 € = 500,00 €
> Das máquinas:10,00 € + 0,00 € + 2,27 € + 1,00 € + 0,50 € = 13,77 €
> Total:500,00 € + 13,77 € = 513,77 €
- Máquinas:270,00 € + 0,00 € + 6,08 € + 8,00 € + 1,50 € = 285,58 €
No canto superior direito da Ficha de Actividade resumimos os custosobtendo, desta forma, a valorização dos elementos desta actividade.
4.4 - COMPARAÇÃO DE CUSTOS
De posse das despesas mensais gastas em cada uma das actividades em quese produziu trabalho - isto é, valorizadas todas as fichas da forma indicadano item anterior - fácil nos é agora fazer a comparação entre os custosprevisionais e os verdadeiros, pelo preenchimento das segunda e terceira linhasdo Mapa de Produção. O responsável pela obra não terá mais, então do quecomparar valores, estudá-los e actuar convenientemente, já que está ultrapassadaa dificuldade que poderia existir e a que fizemos referência quando tratamosdo Mapa de Produção: o preenchimento da segunda linha de cada uma dasactividades, ou seja, a dos custos reais.
Determinadas as quantidades de trabalho realizadas estamos em condiçõesde preencher todo o mapa:
— à frente de cada uma das actividades inscrevemos, nas colunas respectivas,as quantidades mensais e acumuladas;
— multiplicamos os custos unitários previstos por aquelas quantidadesobtendo-se, dessa forma, as despesas mensais e acumuladas que haviamsido orçamentalmente estimadas;
129
— inscrevemos, na segunda linha de cada actividade, os gastos reais retiradosdas respectivas fichas;
- calculamos as diferenças e inscrevemo-las na terceira linha.
Assim, se consideramos, por exemplo, que para a tarefa Montagem deCofragem em Superestruturas foram executados 800 m2, obteremos para valoresprevisionais os indicados na primeira linha e para reais os indicados na segunda,que não são mais do que os já obtidos na respectiva ficha de actividade. Bastaagora compará-los.
Como esta comparação é estendida às operações consideradas "não directas"o responsável pela obra tem assim um processo muito simpes de controlar asua obra: sabe onde ganha, sabe onde perde e sabe onde as coisas corremconforme o previsto; cabe-lhe agora actuar em conformidade.
130
O)-aCU
13O
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ObrMês
l N.° x
ACTIVIDADES
N°
6.2
6,3
7
7.1
7.2
7.3
8
8.1
8.2
DESIGNAÇÃO
TRANSPORTE
COLOCAÇÃO
ARMADURA EM SUPERESTRU.
CORTE E MOLDAGEM
TRANSPORTE
MONTAGEM
COFRAGEM EM SUPERESTRUT.
EXECUÇÃO
MONTAGEM E DESMONTAGEM
MAPA DE PRODUÇÃO Folha N» 3
QUANT1DAD.
PREV MENS
800
800
ACUM
•d
i
m!
m!
CUSTOS DIRECTOS
MAO-DE-OBRA
Unitário
1,70 €
10,00 e
477, 12 €
21 8,40 €
1.17B.OOÍ
67,20 €
57,12 €
ASS. TOTAIS
MENS
45.696,00 €
7.438, 24 €
ACUM
MATERIAIS
Unitário
0,10€
0,20€
1.628, 40 €
3,00 €
14,00€
16,00 €
o.eo e
MENS
480, 00 €
513, 77 €
ACUM
MAQUINAS
Unitário
0,10€
0,20€
6,72 €
7,22 €
2,00 €
1,00 €
3,10 €
MENS
2,480,00 €
285,58 €
ACUM
SUBEMPREIT.
Unitário MENS ACUM
TOTAIS
Unitário
1,90 €
10,40 €
2. 112,24 €
228,62 €
1.192,00€
84,20€
60,82 €
MENS
48.656,00 €
ACUMCOD
4.2
i :
V - EXEMPLOS SUBSIDIÁRIOS
EXEMPLO l
Consideremos um trabalho a executar que foi entregue a um técnico coma informação de que o custo directo (custo de fabrico) era de 133.500€.
Considerando ainda que:
a) Após estudo do projecto se concluiu existirem as seguintes actividades:
— Escavação para abertura de caboucos— Betão de limpeza em fundações— Betão C20/25 em sapatas- Betão C20/25 em pilares
b) As actividades tinham as seguintes quantidades de trabalho:
— Escavação: 80 m3
— Betão de limpeza: 40 m2
— Betão em sapatas: 400 m3
- Betão em pilares : 200 m3
c) As escavações seriam subempreitadas ao preço de 4,00 €/m3
d) As áreas de cofragem/m3 de betão eram:
- para as sapatas de 2 m2/m3
- para os pilares de 10 m2/m3
e o número de aplicação de cada era:— para as sapatas 4— para os pilares 8
133
e) A densidade de armaduras era:
- para sapatas de 20 kg/m3
- para pilares de 150 kg/m3
f) Os rendimentos normais seriam os seguintes:
De mão de obra:> fabrico de betão:> transporte de betão:> colocação de betão de limpeza:> colocação de betão em sapatas:> colocação de betão em pilares:> execução de cofragem:> colocação de cofragem sapatas:> colocação de cofragem pilares:> corte, moldagem e colocação
de armaduras (0 12):
De máquinas:> fabrico de betão:> transporte de betão:> colocação de betão sapatas:> colocação de betão pilares:> colocação cofragem sapatas:> colocação cofragem pilares:> colocação de aço:
1,00 Mn +1,00 ST/m3
2,00 h Mn/m3
0,50 PD + 1,00 ST/m3
0,40 PD + 0,60 ST + 0,20 Mn/m3
1,60 PD + 3,20 ST + 1,80 Mn/m3
1,60 CP + 0,10 ST/m21,05 CP + 0,45 ST + 0,05 Mn/m2
1,75 CP + 0,75 ST + 0,10 Mn/m2
0,06 Fr + 0,04 ST + 0,008 Mn/kg
0,17 h/m3
0,20 h/m3
0,20 h/m3
1,80 h/m3
0,05 h/m2
0,10 h/m2
0,008 h/kg
da betoneirado dumperda gruada gruada gruada gruada grua
(Máquinas de carpintaria e estaleiro de ferro incluídas nos encargos),
g) Os preços de custo seriam:
De mão de obra:Manobrador de 1a:Manobrador de 2a:Oficial:Servente:
6,00 €/h4,00 €/h5,00 €/h3,00 €/h
134
De materiais:Cimento: 0,10 €/kgBrita: 15,00 €/m3
Areia: 12,00 €/m3
Agua: 0,15 €/m3 de betãoAço(012): 0,40 €/kgSoalho aparelhado: 5,00 €/m2
Barrotes 10x7: 100,00 €/m3
Vigas 16x8: 120,00 €/m3
Pregos: 1,00 €/kgÓleo descofragem: 1,00 €/l
(Das máquinas, incluídos em encargos do estaleiro).
De máquinas:Betoneira: 4,00 €/hDumper: 6,00 €/hGrua: 9,00 €/h
Determinam os custos directos das diversas actividades, subdivididos emMão de Obra, Materiais, Máquinas e Subempreitadas, e elaboram o respectivomapa orçamental.
RESOLUÇÃO:
1 - Escavação para abertura de caboucos (Quantidade Prevista: 80 m3)
1.1 - Subempreitadas: 6,00 €/m3
2 - Betão de limpeza emfundaçães (Quantidade Prevista: 40 m2)
2.1 - Fabrico de betão/m3:2.1.1 - Mão de obra: Ih Cm +1 h ST= 6,00 € + 3,00 € = 9,00 €
135
2.1.2 - Materiais:150 kg cimento x 0,10 € = 15,00 €
l m3 brita x 15,00 € = 15,00 €0,5 m3 areia x 12,00 € = 6,00 €
água = 15,00 €
TOTAL 36,15 €
2.1.3 - Máquinas:
0,17 h betoneira x 4,00 € = 0,68 €
2.2 - Transporte de betão/m3:
2.2.1 - Mão de obra: 2 h Cm x 4,00 € = 8,00 €2.2.2 - Materiais (Incluído em E.E.)2.2.3 - Máquinas: 0,2 h dumper x 6,00 € = 1,20 €
2.3 - Colocação do betão/m3
2.3.1 - Mão de Obra: 0,5 PD + 1,0 ST = 0,5 x 5,00 € + 3,00 € = 5,50 €2.3.2 - Materiais = O €2.3.3 - Máquinas = O €
2.4 - Custos/m2 para 10 cm de espessura e 5%, de perdas:
Mão de obra = 0.10 x 1.05 x (9,00 €+8,00 €+5,50 €) == 0.105 x 22,50 € = 2,36 €
Materiais = 0.10 x 1.05 x 36,15 € = 3,80 €Máquinas = 0.10 x 1.05 x (0,68 €+1,20 €)
= 0.105 x 0,816 € = 0,20 €Custo Betão Limpeza = 2,36 € + 3,80 € + 0,20 € = 6,36 €
3 - Betão em sapatas (Quantidade Prevista: 400 m3)
3.1 - Fabrico do betão/m3
3.1.1 - Mão de obra (ver 2.1.1) = 9,00 €3.1.2 - Materiais:
310 kg cimento x 0,10 € = 31,00 €l m3 de brita x 15,00 € = 15,00 €0,5 m3 areia x 12,00 € = 6,00 €
água = 0,15 €
TOTAL 52,15 €
136
3.1.3 - Máquinas (ver 2.1.3) = 0,68 €
3.2 - Transporte (com grua) e colocação do betão/m3
3.2.1 - Mão de obra: 0,4 PD + 0,6 ST + 0,2 Mn == 0,4 X 5,00 € + 0,6 X 3,00 € + 0,2 X 6,00 € = 5,00 €
3.2.2 - Materiais : = O €3.2.3 - Máquinas: 0,2 h grua x 9,00 € = 1,80 €
3.3 - Custo/m3 de betão simples em sapatas considerando 5% de perdas:
Mão de obra = 1.05 x (9,00 € + 5,00 €) = 14,70 €Materiais = 1.05 x 52,15 € = 54,76 €Máquinas = 1.05 x (0,68 € + 1,8 €) = 2,60 €
3.4 - Cofragem (2 m2/m3)
3.4.1 - Execução/m2
3.4.1.1 - Mão de obra: 1,6 CP + 0,1 ST =1,6 x 5,00 € + 0,1 x 3,00 € = 8,30 €
3.4.1.2 - Materiais:
1,2 m2 soalho x 5,00 € = 6,00 €0,02 m3 barrotes x 100,00 € = 2,00 €0,3 kg pregos x 1,00 € = 0,30 €
TOTAL 16,60 €
3.4.1.3-Máquinas: O €
3.4.2 - Colocação/m2
3.4.2.1 - Mão de obra: 1,05 CP + 0,45 ST + 0,05 Mr ==1,05 x 5,00 € + 0,45 x 3,00 € + 0,05 x 6,00 € = 6,90 €
3.4.2.2 - Materiais:
0,1 Kg pregos x 1,00 € = 0,10 €0,1 l óleodescof. x 1,00 € = 0,10 €0,005 m3 vigas x 120,00 € = 0,60 €
TOTAL 0,80 €
137
3.4.2.3 - Máquinas 0,05 h grua x 9,00 € = 0,45 €
3.5 - Para 2 m2/m3 de betão em sapatas, temos um custo de cofragem porm3, para 4 aplicações de:
Mão de obra = 2 x [(8,30 € : 4) + 6,90 €] =17,95 €Materiais = 2 x [(16,60 € : 4) + 0,80 €] = 9,90 €Máquinas = 2 x 0,45 € = 0,90 €
3.6 - Aço(20kg/m3)/Kg:
3.6.1 - Mão de obra: 0.06 AF + 0,04 ST + 0,008 MR == 0,06 x 5,00 € + 0,04 x 3,00 € + 0,008 x 6,00 € = 0,47 €
3.6.2 - Materiais: 1,10 x 0,40 € = 0,44 €3.6.3 - Máquinas: 0,008 h grua x 9,00 € = 0,07 €
3.7 - Para 20 kg/m3 de betão em sapatas temos um custo de Aço por m3 de:
Mão de obra = 20x0,47 € = 9,40 €Materiais = 20 x 0,44 € = 8,80 €Máquinas = 20 x 0,072 € = 1,44 €
3.8 - Custo/m-^ de betão em sapatas, incluindo armaduras e cofragem:
Mão de obra = 14,70 € + 17,95 € + 9,40 € = 42,05 €Materiais = 54,76 € + 9,90 € + 8,80 € = 73,46 €Máquinas = 2,60 € + 0,90 € + 1,44 € = 4,94 €
Custo do Betão Armado em sapatas: 42,05 € + 73,46 € + 4,94 €
4 - Betão em pilares (Quantidade prevista: 200 m3)
4.1 - Fabrico de betão/m3
4.1.1 - Mão de obra (ver 2.1.1) = 9,00 €4. l .2 - Materiais (ver 3.1.2) = 52,12 €4.1.3 - Máquinas (ver 2.1.3) = 0,68 €
4.2 - Transporte (com grua) e colocação de betão/m3
4.2.1 - Mão de obra: 1,6 PD + 3,2 ST + 1,8 MR ==1,6 x 5,00 € + 3,2 x 3,00 € + 1,8 x 6,00 € = 28,40 €
138
4.2.2 - Materiais: = O €4.2.3 - Máquinas: 1,8 h grua x 9,00 € = 16,20 €
4.3 - Custo/m3 de betão simples em pilares, considerando 5% de perdas:
Mão de obra = 1.05 x (9,00 € + 28,40 €) = 39,27 €Materiais = 1.05 x 52,15 € = 54,76 €Máquinas = 1.05 x (0,68 € + 16,20 €) = 17,72 €
4.4 - Cofragem (10 m2/m3)
4.4.1 - Execução4.4 1.1 - Mão de obra: (Ver 3.4.1.1) = 8,30 €4.4.1.2 - Materiais (Ver 3.4.1.2) = 16,60 €4.4.1.3 - Máquinas (Incluído em E.E.)= O €4.4.2 - Colocação/m2
4.4.2.1 - Mão de obra: 1,75 CP + 0,75 ST + 0,10MR ==1,75 x 5,00 € + 0,75 x 3,00 € + 0,10 x 6,00 € = 11,60 €
4.4.2.2 - Materiais (ver 3.4 2.2) = 0,80 €4.4.2.3 - Máquinas: 0,1 h grua x 9,00 € = 0,90 €
4.5 - Para 10 m2/m3 de betão em pilares temos um custo de cofragempor m3 para 8 aplicações, de:
Mão de obra = 10 x [(8,30 € : 8) + 11,60 €] = 126,37 €Materiais = 10 x [(16,6 € : 8) + 0,80 €] = 28,75 €Máquinas = 10 x 0,90 € = 9,00 €
4.6 - Aço (150Kg/m3)
4.6.1-Mão de obra (Ver 3.6.1) = 0,47 €4.6.2 - Materiais (ver 3.6.2) = 0,44 €4.6.3 - Máquinas (Ver 3.6.3) = 0,07 €
4.7 - Para 150 kg/m3 de betão em pilares temos um custo de Aço por m3
de:
Mão de obra = 150 x 0,47 € = 70,50 €Materiais = 150 x 0,44 € = 66,00 €Máquinas = 150 x 0,07 € = 10,50 €
139
4. 8 - Custo/m3 de betão em pilares, incluindo armaduras e cofragem:
Mão de obra = 39,27 € + 126,37 € + 70,50 € = 236,14 €Materiais = 54,76 € + 28,75 € + 66,00 € = 149,51 €Máquinas = 17,72 € + 9,00 € + 10,50 € = 37,22 €
5 - O mapa orçamental seria, então, o seguinte:
TRABALHOS
DESIGNAÇÃO
ESCAVAÇÃO
BETÃO DE LIMPEZA
B.A- EM SAPATAS
BA EM PILARES
TOTAIS
Quant.
80
40
400
200
U
m3
m2
m3
m3
CUSTOS DE FABRICO
M.O
94,40
16.820,00
47.228,00
64.142,40
M. T. M.Q.
152,00
29.384,00
29.902,00
59.438,00
8,00
1.976,00
7.444,00
9.428,00
TOTAL
254,40
48.180,00
84.574,00
133.008,40
Subernp.
480,00
480,00
Custo doArtigo
254,40
48.180,00
84.574,00
133.008,40
CustoUnitáriodo Artigo
6,00
6,36
120,45
422,87
EXEMPLO 2
Baseado no exemplo anterior calcule os elementos necessários à elaboraçãodo Mapa de Controlo.
RESOLUÇÃO
a) Temos de subdividir as actividades principais nas suas diversas subtarefas.Assim:
l- Escavação para abertura dos caboucos (80 m3)
2 - Betão de limpeza (40 m2)
2.1 - Fabrico (4 m3)2.2 - Transporte (4 m3)2.3 - Colocação (4 m3)
3- Betão Armado em sapatas (400 m3)
3.1 - Fabrico de betão (400 m3)3.2 - Transporte e colocação (400 m3)3.3 - Execução de cofragens (2 m2 x 400 m3: 4 = 200 m2)3.4 - Montagem e desmontagem de cofragens (800 m2 = 2 m2 x 400 m3).3.5 - Armaduras (20 Kg x 400 m3 = 8.000 Kg)
140
TAREFAS
1 ESCAVAÇÃO
2 BETÃO DE LIMPEZA
2.1 FABRICO
2.2 TRANSPORTE
2.3 COLOCAÇÃO
3 BET. ARM. SAPAT.
3.1 FAB. DE BETÃO
3.2 TRANSPOR. COLOC.
3.3 EXEC- DE COFRAG.
3.4 MONT. DE COFRAG.
3.5 ARMADURAS
4 BET. ARM. PILARES
4.1 FABRICO DE BETÃO
4.2 TRANSPOR. COLOC.
4.3 EXEC. DE COFRAG.
4.4 MONT. DE COFRAG.
4.5 ARMADURAS
* d 5% de Perdas
OU
AN
T
80
40
-4,2
"4.2
'4,2
400
•420
*420
200
800
8000
200
*210
-210
250
2000
30000
QZ3
m3
m2
m*
m'1
m3
m3
m3
mj
m?
m2
Kg
m-
nf
ms
m3
m3
Mão-de-obra
9,00 e
8.00 €
5,50 €
9,00 €
5.00 €
8,30 €
6,90 €
0,47 €
9,00 e
28,40 €
8,30 €
11,806
0,47 €
Materiais
36,1 5 €
52,1 5 €
0,00 €
16,60€
0,80 €
0,44 €
52,15 €
16,60 €
0,80 €
0,44 €
Máquinas
0,68 €
1,20€
0,68 €
1,80€
0,45 €
0,07 €
0,68 €
16,20 €
0,00 €
0,90 €
0,07 €
Subemp.
6,00 €
Fabrico
6,00 €
45,83 €
9.20 €
5,50 €
61,83€
6,80 €
24,90 €
8,15€
0,98 €
61,83€
44,60 €
24,90€
13,30€
0.98 €
'//////////////// Mapa n° 21 - Mapa de Controlo
4 - Betão Armado em pilares (200 m3)
4.1 - Fabrico de betão (200 m3)4.2 - Transporte e colocação (200 m3)4.3 - Execução de cofragem (10 m2 x 200 m3 : 8 = 250 m2)4.4 - Montagem e desmontagem de cofragem (10 m2x 200 m3 = 2000 m2)4.5 - Armaduras (150 kg x 200 m3 = 30.000 kg)
b) Teríamos, então o Mapa Orçamental Adaptado indicado nesta página.
141
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
ANDERLÍNI, G.F.M - "Técnica dos Aprovisionamentos" (Pórtico, Lisboa).
ANTIL, J.M., WOODHEAD, R.W. - "C.P.M. Aplicado às Construções"(Livros Técnicos e Científicos, Rio de Janeiro 1968).
BERGAMÍN, I.V. - "Organizacion de Obras" (Dossat, Madrid 1949).
DRESSEL, G; SCHMIDT. J; VOLLMER, H. - "Estudo da Implantaçãoe Organização de Estaleiros"'(L.E.A., Luanda 1972).
FARINHA J.S.B. - "Planificação de Obras" (F.E.U.P., Porto 1972).
FEDERAL ELECTRIC CORPORATION - "La Mértode Peri" (Modeme,Paris 1964).
FÉRON, R. - "Organização da Produção"(Inova., Porto).
GALEAZZI, R. - "Organização de uma Empresa de Construção Civil" (Pórtico,Lisboa 1972).
PEREIRA, E - "Organização de Estaleiros para Obras de Betão Armado e Pré-esforçado"(L.N.E.C., Lisboa 1973).
RAMBAUX, A.. - "Gestão Económica dos Stocks"(Pórtico, Porto)
SANCHEZ, M. - "Contraide Gostos en Ia Construcciõn"(Ceac, Barcelona1974).
WAGNER, G. - "Los Sistemas de Planificação CPMy PERTAplicados a IaConstruction" (Gustavo Gili, S.A., Barcelona 1979).
DESCONHECIDO - "Estaleiros"(Apontamentos da Cadeira de Projectosde Obras e Estaleiros da F.E.U.P.).
Especialista em Direcção e Gestão da Construção pelaOrdem dos Engenheiros, na qual possui a qualificaçãoprofissional de Membro Conselheiro, o Eng° José ManuelMota Cardoso licenciou-se em 1966 em Engenharia Civilpela Universidade do Porto e foi, durante muitos anos,membro da Direcção Geral das Construções Técnicas,responsável pela actividade na zona Norte, bem comoAdministrador de empresas ligadas ao ramo da Construção.
Colaborou ou foi principal responsável por algumasimportantes obras em Portugal, Angola e Venezuela.Publicou vários trabalhos ligados ã função "Produção" etem conduzido uma actividade docente através darealização de Seminários e Palestras, nomeadamente noâmbito de cursos de Mestrado e Construção - "Tecnologiae Economia de Edifícios", e de cursos de pós-graduaçãoem "Economia e Tecnologia da Construção", no InstitutoSuperior Técnico da Universidade Técnica de Lisboa e naUniversidade do Minho.
Também, e a solicitação da Associação de Empresas deConstrução e Obras Públicas, leccionou cursos sobreOrganização de Empresas e de Estaleiros.
Nos últimos anos tem desenvolvido intensa actividade deConsultoria nas áreas da Gestão de Empreendimentos eda Gestão Contratual.
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ISBN 978-972-8197-13-1
9"789728ll19713r