Conservação e Tecnologias para o Desenvolvimento Agrícola e Florestal no Acre 225 Conservação e Tecnologias para o Desenvolvimento Agrícola e Florestal no Acre 225 Dinâmica e estrutura florestal em área explorada sob regime de manejo florestal sustentável na Amazônia Sul Ocidental, Brasil Capítulo 07 Mário Humberto Aravena Acuña, Luís Cláudio de Oliveira, Marcus Vinício Neves D’ Oliveira, Carlos Alberto Franco da Costa e Moisés Barbosa de Souza as pesquisas mais apuradas sobre a estrutura e dinâmica das sustentável (MFS). O conceito básico de sustentabilidade, o qual consis- te em manejar aos recursos naturais de maneira que os des- cendentes possam utilizar os mesmos benefícios e em iguais quantidades que os da geração atual, originou-se, ao parecer, no século XVIII, com Hartig e Cota, no ano de 1804. Todavia, - - bustos de análise (SANQUETTA et al., 1996). O MFS abrange todas as funções da gestão de um em- -
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Dinâmica e estrutura florestal em área explorada
sob regime de manejo florestal sustentável na
Amazônia Sul Ocidental, Brasil
Capítulo 07
Mário Humberto Aravena Acuña, Luís Cláudio de Oliveira, Marcus Vinício Neves D’ Oliveira,
Carlos Alberto Franco da Costa e Moisés Barbosa de Souza
as pesquisas mais apuradas sobre a estrutura e dinâmica das
sustentável (MFS).
O conceito básico de sustentabilidade, o qual consis-
te em manejar aos recursos naturais de maneira que os des-
cendentes possam utilizar os mesmos benefícios e em iguais
quantidades que os da geração atual, originou-se, ao parecer,
no século XVIII, com Hartig e Cota, no ano de 1804. Todavia,
-
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bustos de análise (SANQUETTA et al., 1996).
O MFS abrange todas as funções da gestão de um em-
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nativas na Amazônia. O principal objetivo é a produção cons-
tante de madeira no longo prazo, sendo imprescindíveis para
isso, obter as informações sobre o crescimento, recrutamento
e a mortalidade da densidade arbórea. O conhecimento da es-
espécies é essencial no planejamento estratégico, operacional
e tático na utilização sustentável e conservação dos recursos e
estoques madeireiros (SCHNEIDER, 2004; TEIXEIRA et al.,
2007; D’OLIVEIRA et al., 2013; 2017).
-
ção entre a produção sustentada de madeira e a intensidade de
exploração ou corte. A principal demanda tecnológica é a fal-
-
gimes de intensidade de corte e de tratamentos silviculturais.
-
tos dos fenômenos climáticos atípicos ocorridos nas últimas
fortes tormentas (NELSON et al., 1994; NEGRÓN-JUAREZ
et al., 2010; HIGUCHI et al., 2011). Os efeitos decorrentes
dos eventos climáticos extremos podem diminuir a produção
primária líquida da biodiversidade devido ao aumento da
mortalidade das árvores (NEMANI, et al., 2003; BAKER et
Onde: Cd: classe diamétrica de amplitude de 10 cm, valor central em cm;
f2001: densidade observada no monitoramento de 2001; f2004: densida-
de observada no monitoramento de 2004; f2007: densidade observada no
monitoramento de 2007; densidade observada no monitoramento de 2011;
AB_Obs: área basal observada; AB_bal: área basal balanceada; q_obs: ‘q’
de deLiocourt observado no monitoramento; q_bal ‘q’ de deLiocourt balan-
ceado no monitoramento. Fonte: Autores
O total da área basal observada em cada monitora-
mento apresentou taxas anuais de crescimento líquido de 1,9%
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entre 2001 e 2004; de 3,8% entre 2004 e 2007 e de 0,3% entre
2007 e 2011. Em todo o período estudado, de 2001 a 2011, a
taxa anual de crescimento em área basal foi de 1,8%.
Tabela 2. Total de área basal observada em cada monitoramento
e taxas anuais de crescimento, calculadas com base no saldo do
estoque de cada monitoramento em relação ao estoque de 2001.
Estimativa AB_2001 AB_2004 AB_ 2007 AB_2011
AB total 13,98 14,80 16,56 16,74
% anual 1,9 3,8 0,3 1,8
Onde: AB total: soma da área basal observada nas classes diamétricas nos
monitoramentos de 2001; 2004; 2007 e 2011; % anual: taxa anual de cres-
cimento em área basal; Fonte: Autores
Na Figura 3, são apresentados os quadros dos monito-
ramentos de 2001; 2004; 2007 e 2011, contendo a expressão dos
limites inferior e superior da UPA Tabocal calculado do ajuste
exponencial de Meyer, balanceado pelo ‘q’ de De Liocourt.
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Figura 3. UPA Tabocal. Resultados do ajuste do ‘q’ pela equação
exponencial de Meyer (1952). Abundância observada, em negrito
Determinação do limite inferior em linha em negrito segmentada
e do limite superior em linha em negrito pontilhada.
Fonte: Autores
A densidade arbórea, como esperado, apresentou o
modelo de ‘J’ invertido em todos os monitoramentos. Observa-
se que no ano de 2001, logo após a extração das toras, a distân-
cia entre os limites é menor que as distâncias calculadas em
2004 e 2007. Isso possivelmente acontece nesses anos devido
-
recer, pela abertura de área basal, produto da ação antrópi-
ca no ano de 2000, e pelo efeito de mortalidade, ao parecer,
decorrente do fenômeno climático atípico da seca ocorrida na
Amazônia em 2005 (Figura 2).
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No resultado de 2011, a distância entre os limites in-ferior e superior é menor do que encontrada nos anos de 2004 e 2007, assemelhando-se à distância calculada em 2001. Isso possivelmente evidencia a recuperação dos estoques da densi-dade arbórea entre 2001 e 2011 (Figura 2).
Existe aumento de árvores entre os monitoramentos de 2001 e de 2007. Em 2011, observa-se uma queda na densi-dade arbórea.
O ajuste exponencial de Meyer (1952) permitiu calcular a densidade balanceada pelo ‘q’ de DeLiocourt e estimá-los AGB. As AGB e foram calculadas dos n balanceados pela equação ex-ponencial de Meyer e comparada com as AGB observadas nos
Em negrito, as classes diamétricas onde os valores de biomassa observados são maiores que os balanceados (Tabela 3).
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Tabela 3. UPA Tabocal. Biomassa acima do solo (AGB) observada
e balanceada pelo ajuste do ‘q’ de De Liocourt. Estimativas em
Mega-gramas por hectare (Mg.ha-1).
Cd AGB_o01 AGB_b01 AGB_o04 AGB_b04 AGB_o07 AGB_b07 AGB_o11 AGB_b11
25 30,7 31,8 26,9 25,7 38,2 42,5 37,8 40,6
35 31,9 33 33,6 30,1 34,2 41,4 37,2 40,8
45 27 27,9 30,9 28,7 33,8 32,8 33,3 33,4
55 19,6 20,9 22,2 24,2 21,3 23 19,6 24,1
65 13,6 14,4 15,8 18,9 17 14,9 16,2 16,1
75 6,6 9,4 9 13,9 9,6 9,1 11,4 10,1
85 9 5,8 6,5 9,8 4,9 5,3 4,1 6,1
95 4,3 3,5 7,4 6,6 8,5 3 9,6 3,6
105 5,4 2,1 5,4 4,4 6,8 1,6 4,1 2
115 3,4 1,2 1,7 2,9 1,7 0,9 5,1 1,1
125 2,1 0,7 6,2 1,8 6,2 0,5 6,2 0,6
Total 153,6 150,8 165,6 166,9 182,3 175 184,6 178,6
Onde: AGB_o01: biomassa da densidade arbórea observada em 2001;
AGB_o04: biomassa observada em 2004; AGB_o07: biomassa observada
em 2007; AGB_oi1: biomassa observada em 2011; AGB_b01: biomassa ba-
lanceada em 2001; AGB_b04: biomassa balanceada em 2004; AGB_b07:
biomassa balanceada em 2007; AGB_b11: biomassa balanceada em 2011.
Fonte: Autores
No monitoramento de 2001, só as classes com DAP
maior ou igual a 80 cm apresentaram superávit na AGB aci-
ma do limite superior do balanceamento de Meyer. A classe
diamétrica de valor central de 85 cm apresentou o maior cres-
cimento observado de estoques.
Na medição de 2004, o cenário muda e observa-se
-
cas menores que o DAP de 60 cm e as classes de VC de 95
cm e 105 cm apresentam um maior estoque de biomassa que
o balanceado.
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cm apresentam estoques maiores que o balanceado de Meyer.
e 85 cm.
No ano de 2011, nenhuma classe diamétrica abaixo de
DAP<60 cm, como também a classe de VC de 85 cm, apresen-
-
rior balanceado de Meyer.
Considerando o total dos estoques de AGB, ao longo
ano de 2004, representando o pior período quatro anos após a
não apresentou superávit em nenhum dos monitoramentos
analisados. As classes diamétricas com DAP<40 cm apresen-
taram superávit somente no ano de 2004.
A classe diamétrica de valor central de 85 cm só apre-
senta superávit no estoque observado em relação ao limite su-
perior balanceado no ano de 2001. Nos outros monitoramen-
tos, os estoques não alcançam o limite superior balanceado.
Foi calculada a diferença relativa percentual, ao IC 95%, en-
tre os valores de AGB balanceados e observados em Mg.ha-1 e
divididos em classes diamétricas de 10 cm (Figura 4).
No monitoramento de 2001, as classes menores ou
-
de VC de 75 cm com -29,4%. As classes diamétricas com DAP
-
nores que 5,5%.
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As altas taxas encontradas no grupo de tamanho de
diâmetro existentes nas classes, quando qualquer movimen-
tação apresenta resultados em altas taxas de crescimento.
No monitoramento de 2004, observa-se um superávit
a maior de taxa positiva na classe de VC de 35 cm.
As classes diamétricas entre 50 cm e 90 cm forma de-
rendimento das classes de 105 cm e 115 cm. O mesmo fenôme-
VC de 85 cm e 115 cm.
Na medição de 2007, que compreende o período de
2004 a 2007, as classes diamétricas de VC de 25 cm; 35 cm e
os outros monitoramentos.
As classes diamétricas de VC de 65 cm; 75 cm; 95 cm;
105 cm; e 115 cm recuperam sua performance de 2004, com ta-
xas positivas dos estoques observados em relação aos limites
superiores calculados.
No período entre 2007 e 2011, a classe diamétrica de
-
relação das AGB observadas e balanceadas. Foi considerada
divisão em grupos de classes de tamanho (Tabela 4).
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Figura 4. UPA Tabocal. Diferenças percentuais das taxas anuais
entre as AGB observadas e balanceadas em 2001, 2004, 2007 e 2011
e as balanceadas em Mg.ha-1.
Fonte: Autores
-
sentou uma taxa negativa em 2004. De forma geral, os maiores
índices de superávit de AGB observada em relação à AGB ba-
lanceada são bem maiores nesse grupo de classes diamétricas.
Todos os grupos de tamanho apresentaram um índice
negativo em 2001, menos o grupo das grandes árvores com
-
tários. No ano de 2007, houve uma taxa ao redor de 0 %.
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considerados o total dos monitoramentos. Só o grupo das grandes
-
tos de 2001; 2004; 2007 e 2011 ocorreu no grupo de densidade
-
res que estão potencialmente aptas para um novo corte.
O desempenho do total da densidade arbórea com
monitoramentos, a não ser no ano de 2004, quando atinge
4,3% de taxa acima do balanceado.
Tabela 4. Diferenças relativas da AGB observada sobre a AGB
balanceada dividida em grupos funcionais entre os monitoramentos
dos anos de 2001, 2004, 2007 e 2011. Estimativas em Mega-gramas
por hectare (Mg.ha-1).
Grupo
diamêtrico
(cm)
2001 2004 2007 2011 Total
-3,7 4,9 -10,2 -6,8 -15,8
-3,3 10,2 -11,1 -6,1 -10,4
-8,8 -14,8 0,1 -9,7 -33,1
68,6 -4,5 103,5 72,5 240
-3,3 4,3 -9 -6,2 -14,2
-
Total: diferença percentual acumulada nos monitoramentos, positiva ou
negativa. Fonte: Autores
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A análise determinística da Floresta Balanceada de
Meyer (1952) possibilitou também obter os limites e sua evo-
lução relativa anual ao longo dos monitoramentos compara-
dos com o saldo do estoque. Na Tabela 5, são apresentadas as
taxas anuais de evolução, positiva ou negativa, dos saldos dos
estoques de AGB, dividida em grupos de tamanho ou classes
diamétricas, nos monitoramentos de 2004; 2007 e 2011, em
relação ao saldo do estoque de AGB do ano de 2001.
-1) nos
monitoramentos de 2004, 2007 e 2011 com base no estoque de
biomassa no monitoramento de 2001 na UPA Tabocal.
Estoques de
biomassa (cm)2001-2004 2001-2007 2001-2011
-3,7 3,9 2,3
2,9 2,3 1,7
6,9 3,5 2,2
11,5 4,9 4
1,9 2,9 1,8
-
O único grupo de classe que apresentou índice negativo
cm com taxa negativa de -3,7% ao ano, no período pós-extra-
ção das toras entre 2001 e 2004. Todos os demais índices dos
saldos dos estoques foram positivos. D’Oliveira e Braz (2006)
determinaram uma redução do volume de madeira de -7,2%
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condições similares no estado do Acre, encontraram uma mé-
dia de 215,54 m³.ha-1 de volume antes da exploração, a qual
experimentou uma queda de -5,4% constatados nos anos se-
guintes ao da exploração.
Observa-se uma queda substancial nos índices com-
preendidos entre 2001 e 2011 em relação aos de 2001 e 2007,
em todos os grupos funcionais e no total da densidade arbórea.
A taxa anual de crescimento dos estoques de biomassa nesses
períodos foi de 1,8% e 2,9%.
A melhor taxa de aumento dos estoques de AGB, obser-
vada o total de densidade arbórea, ocorreu no período de 2001 a
2007, com uma média total de 2,9% ao ano. Entre 2001 e 2011.
A taxa cai para 1,8% ao ano, similar a observada entre 2001
e 2004. Teixeira et al. (2007) avaliando o crescimento de AGB
anual média de crescimento dos estoques de 1,7% (c.n.).
O grupo das classes diamétricas com DAP maior ou
igual a 80 cm, consideradas de grandes árvores, apresentou
taxas maiores em todas as relações de comparação de evolu-
ção de estoques de AGB com base nos saldos de 2001.
Mortalidade: A mortalidade foi calculada em taxas
anuais entre os monitoramentos e é apresentada na Figura 5.
e 2004, a maior taxa de mortalidade anual foi apresentada no
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Figura 5. Taxas anuais de mortalidade entre os monitoramentos
analisados divididos em grupos de tamanhos.
Onde: 2001-2004: monitoramento realizado entre 2001 e 2004; 2004-2007:
monitoramento realizado entre 2004 e 2007; 2007-2011: monitoramento
realizado entre 2007 e 2011; 2001-2011: monitoramento realizado entre
2001 e 2011. Fonte: Autores
O total de AGB da densidade arbórea teve uma taxa
cm não teve mortalidade nesse intervalo. Vasconcelos et al.
Acre, entre 1999 e 2001, e encontraram uma taxa de 2,6% ao
-
(testemunha), determinaram uma taxa anual de mortalidade
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de 1,13%. Na mesma áreas e em épocas diferentes, Higuchi et
al. (1997) determinaram uma taxa anual de 1,03%, e Rocha
(2001) concluiu em 0,86% ao ano de mortalidade.
as maiores taxas de mortalidade nos pares de monitoramen-
tos observados entre 2004 e 2007; 2007 e 2011; e 2001 e 2011.
A maior taxa anual de mortalidade ou perda de AGB, foi ob-
servada no intervalo entre 2007 a 2011 com 4%. Essa taxa é
superior a outros estudos na região amazônica, em iguais e
diferentes grupos de classes avaliadas, em áreas manejadas e
não-manejadas e em diferentes tipologias (OLIVEIRA; BRAZ,
1988; TEIXEIRA et al., 2007; AZEVEDO et al., 2008; VAS-
CONCELOS et al., 2009). Nos outros intervalos, a taxa anual
oscila mais próxima das encontradas em outros trabalhos.
-
vores, foi a menos atingido pela mortalidade. A maior taxa
anual ocorreu entre 2004 e 2007 com 1,4%, seguido de 2007 a
2011 com 1,1% ao ano. Vasconcelos et al. (2009) encontraram
taxas anuais de 3,6% nesse estrato em estudos similares na
região do Acre.
Recrutamento: o ingresso de novas árvores ocorreu
entre 2001 e 2011 a uma taxa anual de 4,5% na classe diamé-
é maior que as encontradas em estudos realizados na região
amazônica, em diversas tipologias e em áreas submetidas ao
MFS (D’OLIVEIRA et al., 2017). Vasconcelos et al. (2009),
na região do Acre determinaram uma taxa anual média de
2,5% (c.n.).Teixeira et al. (2007); Higuchi et al. (1997) e Rocha
(2001) avaliaram a mesma área sem perturbação antrópica,
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-
-
caram taxas anuais de recrutamento de 1,65%, 1,1% e 0,9%.
A aplicação do modelo matemático e determinístico da
Floresta Balanceada de Meyer oferece a possibilidade de esti-
-
-
peração, porém, as densidades observadas ainda não superam
as balanceadas, consideradas ótimas para uma nova interven-
A classe de tamanho com diâmetro maior ou igual a
80 cm apresenta maior crescimento e menores taxas de mor-
talidade quando comparado com os outros grupos de classes
diamétricas.
-
cação das taxas anuais para oferecer ferramentas silvicultu-
rais para facilitação da consolidação de espécies com valor de
mercado ou comerciais.
A mortalidade analisada em curtos períodos apresen-
-
tre 2001 e 2011.
-
-
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tal sustentável na Amazônia.
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