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UMA PROPOSTA PARA O DIAGNÓSTICO PRELIMINAR DAS
POTENCIALIDADES REGIONAIS: ANÁLISE DOS MUNICÍPIOS DE JOAÇABA E
CONCÓRDIA NO OESTE CATARINENSE
Cláudio Machado Maia. Unochapecó. [email protected]
Myrian Aldana Vargas Santin. Unochapecó. [email protected]
Taiz Viviane dos Santos. Unochapecó. [email protected]
Andréia Casagrande Begnini. Unochapecó. [email protected]
Área temática: Desenvolvimento regional e urbano
RESUMO
O presente artigo visa sugerir uma abordagem para identificar indicadores relevantes para um
diagnóstico preliminar das potencialidades regionais. Acredita-se que, esclarecidos os
significados dos indicadores aqui, preliminarmente apresentados, o exercício de produção
desses diagnósticos preliminares mostrar-se-á muito simples. Também, busca-se apresentar o
resultado de um estudo sobre a dinâmica regional dos municípios de Concórdia e Joaçaba,
ambos localizados no oeste catarinense, em relação ao estado da Santa Catarina. A
metodologia deste estudo foi através da pesquisa exploratória a partir de estatísticas públicas
disponíveis. Como resultado observa-se que os municípios apresentam população concentrada
na área urbana o que destaca a ocupação no setor de serviços. A expansão da rede de serviços
é “externa” e com vistas a atender a uma demanda que é externa – da periferia de outras
“regiões”. Neste caso, não há caracterização endógena, pois não são suficientemente
potencializadas as economias de escalas internamente, ou sob o controle de agentes internos à
região político-administrativa, pois os fluxos de serviços e receitas tributárias e rendas geradas
são apropriadas externamente. Sugere-se buscar identificar as fontes internas do
desenvolvimento urbano – que, nos municípios e nas regiões rurais, se encontra justamente na
agropecuária –, com vistas à alavancá-lo, o que remete à agricultora familiar como
oportunidade de superação de gargalos e alternativa para um processo de desenvolvimento
mais endógeno.
Palavras-Chaves: Dinâmica Regional. Desenvolvimento. Especialização. Quociente
Locacional
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1 INTRODUÇÃO
O Brasil é um país marcado por desigualdades regionais, existentes desde sua
formação, associadas principalmente a colonização. Ao longo dos anos se observa que essas
discrepâncias se intensificaram.
No Estado de Santa Catarina o processo de ocupação do território resultou em uma
regionalização de setores produtivos. Assim, destaca-se que no Oeste Catarinense há forte
presença do capital agroindustrial em seu processo de formação. Discute-se que no processo
de desenvolvimento das potencialidades o capital agroindustrial ocasionou uma rápida
urbanização que trouxe consequências consideráveis ao desenvolvimento desses municípios,
confirmando a agroindústria como ator exógeno1.
1.1 Entendendo a noção de região
Para Paiva (2005, p.1), “uma região não é uma entidade física, mas uma construção
civil”. O autor também define desenvolvimento endógeno como “o processo de ampliação do
bem-estar da população de um determinado território que se estrutura e se sustenta na
melhoria do padrão de utilização dos recursos controlados (via propriedade e/ou posse) pelos
habitantes do mesmo”.
Sob a perspectiva dos meios inovadores2, o território é a organização que interliga
empresas, instituições e população local, buscando o desenvolvimento. As políticas de
desenvolvimento regional baseadas na inovação devem “aumentar a capacidade de inovação e
adaptação das regiões envolvidas” (BENKO, 1999, p.137), bem como mobilizar esforços e
1 O desenvolvimento exógeno é realizado com recursos externos a região e/ou município, geralmente oriundo de
implantação de indústrias, cuja matriz é de outra região/município. Esse tipo de desenvolvimento contribui para
o crescimento e enriquecimento humano e econômico da região, porém muitas vezes despreza a cultura e
conhecimento local e leva regiões e municípios a dependência deste mercado, o que de certo modo desenha um
desenvolvimento frágil. Por sua vez o desenvolvimento endógeno é realizado com recursos da própria região,
sejam eles recursos matérias, financeiros ou humanos. Esse tipo de desenvolvimento contribui para o
desenvolvimento humano, cultural e financeiro da região aproveitando o máximo de recursos locais, assim a
região/município possui um grau de independência para decisão de investimentos, o que desenha um
desenvolvimento mais concreto. 2 Quanto ao meio inovador, ele é a organização territorial onde nascem os processos de inovação. Podemos,
desde já, definir o meio inovador como um conjunto territorial no qual as interações entre os agentes econômicos
desenvolvem-se não só pela aprendizagem que fazem das transações multilaterais as geradoras de externalidades
específicas à inovação, como pela convergência das aprendizagens para formas cada vez mais aperfeiçoadas de
gestão em comum dos recursos”.
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recursos (humanos, financeiros, tecnológicos e políticos) locais para organizar e coordenar a
acumulação privada.
Por sua vez, Riedl, Maia e Schuster (2008), citando Becker (2002) ensinam que,
“O processo de desenvolvimento regional deixa de ser pura e simplesmente uma
questão quantitativa e adquire crescentes dimensões qualitativas, através do pleno
reconhecimento e do pleno desabrochar das diversidades regionais”. Isso nos remete
a necessidade de se medir e considerar, perfis e produtividades espaciais diferentes
segundo os lugares diferentes, e chegar a processos de desenvolvimento diferentes
(RIEDL, MAIA E SCHUSTER, 2008, p.66).
Quanto ao desenvolvimento local, os mesmos autores entendem que:
Possuir um diagnóstico adequado das especificidades das dinâmicas produtivas é
indispensável para fundamentar projetos e políticas de desenvolvimento local. Tal
fato é justificado, assim, pelo esforço de identificação do grau de especialização e
concentração das atividades produtivas, para qualificar as aglomerações geográficas
e setoriais que podem ser potencializadas por ações conjuntas, ou no sentido de
incrementar a cooperação entre as unidades produtivas, ou no direcionamento das
políticas públicas (RIEDL, MAIA E SCHUSTER, 2008, p 68).
Paiva (2004) destaca:
A pretensão de que a especialização regional seja o principal indicio das
potencialidades de uma região pode causar estranheza. Em particular, àqueles
leitores que associam algo, apressadamente, alta especialização com: (a) baixa
diversidade produtiva e alta suscetibilidade da economia regional à evolução da
demanda sobre alguns poucos produtos e (b) grande e crescente dependência de
mercados externos, que subordinam a dinâmica da economia interna à dinâmica e às
políticas comerciais dos países compradores e dos países concorrentes,
aprofundando nossa vulnerabilidade externa (PAIVA, 2004, p.20).
Conforme, Riedl, Maia e Schuster (2008, p.67) “os estudos sobre concentração e
especialização estão presentes nas discussões em torno do papel que aglomerações, sistemas
locais de produção e clusters desempenham no desenvolvimento local”.
Nesse contexto, busca-se apresentar através desse artigo um estudo que busca uma
perspectiva alternativa para entender a dinâmica regional dos municípios de Joaçaba e
Concórdia na Mesorregião Oeste Catarinense em relação ao Estado de Santa Catarina,
utilizando-se de dados estatísticos secundários referentes a indicadores socioeconômicos, bem
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como, informações que possibilitem estudos futuros, sobretudo, à utilização das medidas de
especialização quociente locacional (QL)3.
2 ASPECTOS HISTÓRICOS DO OESTE CATARINENSE
A História do Estado de Santa Catarina e da Mesorregião Oeste Catarinense é marcada
por intensos conflitos de interesses. A disputa pelo território do contestado levou camponeses
e sertanejos a lutar contra as tropas do Governo que visavam defender as “colonizadoras” para
efetivar o cumprimento do novo plano de colonização e a ferrovia São Paulo – Rio Grande
(QUEIROZ, 1967).
No Oeste Catarinense, as atividades econômicas foram inicialmente marcadas por um
processo que considerava a região apenas como local de passagem para a comercialização que
ocorria entre e o Rio Grande do Sul e São Paulo, primeiro, através do “caminho das tropas” e
depois pela “estrada de ferro.” Ao longo deste caminho foi se dando a ocupação.
O fato de o Oeste Catarinense ser povoado por caboclos e grupos indígenas incomodava
o Governo, que juntamente com a Igreja e as companhias Colonizadoras, formaram um modo
de ocupação em substituição aos grupos existentes. Essa ocupação ocorreu pelos descendentes
de europeus oriundos do Rio Grande do Sul, “chamados colonizadores”, que chegaram
dividindo as terras em lotes e excluíram os grupos já existentes, ignorando cultura, aspectos
sociais e econômicos, bem como, restringindo esse povo a espaços confinados (RENK, 1999).
Assim, a Guerra do Contestado é o divisor de águas de dois modelos de
desenvolvimento econômico da região, pois até o início do Século XX, o que
acontecia nos sertões catarinenses era uma ocupação cabocla originária da
miscigenação de portugueses, índios e negros, que viviam de uma economia voltada
à atenção das necessidades de subsistência. [...] É a partir deste marco que muda o
perfil socioeconômico e cultural da região Oeste de Santa Catarina, pois os
migrantes passam a produzir excedentes para mercado, e assim, se insere no
processo de desenvolvimento socioeconômico do Estado catarinense (AMADOR,
2010, p.31-32).
Com o final dessa disputa e a vitória do Governo de Santa Catarina, a área contestada
deu origem a quatro municípios: Chapecó, Cruzeiro (atualmente Joaçaba), Mafra e Porto
3 O QL “compara a participação percentual de uma região em um setor particular com a participação percentual
da mesma região no total do emprego da economia” (RIEDL, MAIA e SCHUSTER, 2008, p.69), assim, segundo
os autores quanto maior for o valor do QL, maior peso o setor terá na composição produtiva local, comparado ao
peso do setor na região em estudo, apontando a especialização produtiva local.
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União. A emancipação político-administrativa ocorrida em 1917 de Cruzeiro, considerada
“despovoada” beneficiou as concessões de grandes do capital privado (QUEIROZ, 1967).
Devido a esses aspectos históricos, o Oeste Catarinense foi considerado parte da
“dinâmica econômica” somente a partir do século XX. Esse processo pretendia inserir capital
com apoio do Estado e desenvolver um novo modelo de desenvolvimento (QUEIROZ, 1967).
A presença forte das companhias colonizadoras se apropriava de grandes áreas de terras
comercializando-as, uma vez que o poder público estadual alegava falta de recursos
financeiros para estar à frente dessa etapa, misturavam-se os interesses privados e os
interesses públicos. O modo de vida e a presença de grupos indígenas, caboclos, sertanejos,
não interessavam as elites. A forma com que foram divididas as terras pelas companhias
Colonizadoras indicava um modelo minifundiário de estrutura agrária (RADIN, 2006).
De acordo com Mattei (2014):
A mesorregião Oeste, sendo a última área de colonização do estado, com a ocupação
sendo mais expressiva a partir do início do século XX, apresenta Chapecó,
Concórdia, Caçador, Joaçaba e São Miguel do Oeste como as principais cidades.
Registre-se que a madeira foi a principal atividade econômica responsável pelo
povoamento de toda a grande região, processo iniciado pelo Vale do Rio do Peixe
(Joaçaba) e finalizado no Extremo-Oeste (Dionísio Cerqueira), divisa com a
Argentina. Registre-se que essa atividade esteve associada às atividades das
companhias privadas de colonização que operavam na região (MATTEI, 2014, p.11)
Além da madeira, encontrada em abundância, e que atraíra os capitalistas dos Estados
Unidos, nas duas primeiras décadas do século XX o Oeste Catarinense exportou erva-mate, a
qual teve sua queda com a crise do capitalismo em 1929. Por sua vez, a indústria de alimentos
surge com os descendentes de italianos e alemães, a partir dos anos de 1940, em função da
Estrada de Ferro São Paulo – Rio Grande (AMADOR, 2010).
O Estado de Santa Catarina está localizado no sul do país, possui 295 municípios e uma
extensão territorial de 95.736,165 km², ocupando 1,12% do território brasileiro. No ano 2000
a população do estado catarinense representava 3,15% do país. Durante o século 20, o estado
de Santa Catarina passou de um estado basicamente rural para um estado urbano (FILHO,
2006). Embora seja um dos menores territórios, é o 4º maior PIB per capita do país.
O Estado de Santa Catarina é dividido geograficamente em seis mesorregiões, Grande
Florianópolis, Norte Catarinense, Oeste Catarinense, Serrana, Sul Catarinense, Vale do Itajaí.
A região Oeste Catarinense é formada por 118 municípios, correspondendo a 40,27% do
território do Estado. Dentre esses encontram-se Joaçaba e Concórdia que são os municípios
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em analise do presente estudo. A figura 1 mostra a localização dos municípios de Concórdia e
Joaçaba.
Figura 1 – Localização geográfica dos municípios de Concórdia e Joaçaba, no estado de Santa Catarina
Fonte: elaboração própria, 2014.
Atualmente a denominada Mesorregião do Oeste Catarinense, contempla as
microrregiões: Microrregião de Chapecó; Microrregião de Concórdia; Microrregião de
Joaçaba; Microrregião de São Miguel do Oeste; Microrregião de Xanxerê.
A concentração produtiva demarca a Mesorregião Oeste como um território
eminentemente agrícola. Praticamente todos os municípios têm a participação da agricultura
familiar. A incidência de estabelecimentos agropecuários não-familiares neste território é
muito baixa, o que pode ser explicado pelo processo histórico de ocupação das terras. A
agricultura familiar do território se dedica a uma produção diversificada, com destaque para a
produção de milho, soja e fumo e a criação de bovinos de leite, suínos e frangos. A
mesorregião é considerada o pólo das carnes. As maiores empresas na região são a Sadia S/A
(Brazil Foods) e a Cooperativa Aurora, essas visam incentivar a industrialização (SDT, 2010).
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2.1 A origem dos municípios de Joaçaba e Concórdia
2.1.1 Joaçaba
O município de Cruzeiro, atualmente Joaçaba, tornou-se município em 1917, em 1928,
passou a se chamar Cruzeiro do Sul, e através do Decreto-Lei Estadual nº 238 de 1943,
recebeu o nome de Joaçaba (IBGE CIDADES, 2014a). O município de Joaçaba possuía como
atrativos as terras férteis e a facilidade de escoamento da produção, uma vez que sua
localização era a margem direita do rio do Peixe e da ferrovia São Paulo – Rio Grande.
Inicialmente sua extensão territorial era de 7.680 quilômetros quadrados (RADIN, 2006).
Pode-se considerar que a extensão de terras que deu origem ao município foi marcada
primeiramente pela disputa do Brasil e da Argentina, seguida pela disputa envolvendo São
Paulo, Paraná e Santa Catarina, todas pela busca de mais terras e definição de limites. As
companhias responsáveis pelo recrutamento e povoamento, decidiram quem teria o direito de
povoar, ou seja, os descendentes de italianos e alemães que vinham do Rio Grande do Sul e
assim que se instalavam já iniciavam a extração de madeira e o cultivo da erva-mate. A
produção agropecuária começou com produtos que esses descendentes trouxeram, como o
milho, trigo, bem como a criação de suínos e aves para consumo (SANTOS, 1974).
As atividades econômicas desenvolvidas não consideravam o espaço natural, as
nascentes dos rios, a preservação da fauna e flora. O cultivo de subsistência alimentar deixou
de ser considerado essencial e os processos produtivos passaram a incorporar novas dinâmicas
de produção (SANTOS, 1974).
A fim de acelerar a colonização, o município de Joaçaba passou a ser dividido em
colônias, algumas se desenvolveram de forma rápida e logo passaram a ser vilas,
posteriormente distritos, e assim buscaram a emancipação político administrativa. Os
primeiros distritos a se tornarem municípios, na década de 30, destacaram-se pela produção de
produtos alimentícios na pequena propriedade rural, e por “impor” seu ponto de vista
sociocultural, excluindo e dizimando os caboclos (AMADOR, 2010).
O Quadro 1, evidencia os vários municípios que foram desmembrados de Joaçaba ao
longo dos anos.
Década de 1930 Concórdia, Porto União, Seara
Década de 1940 Caçador, Videira, Tangará, Piratuba
Década de 1950 Herval d´Oeste, Itá, Água Doce, Ponte Serrada
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Década de 1960 Arroio Trinta, Salto Veloso, Ibicaré, Pinheiro Preto, Catanduvas, Ipira, Ipumirim, Irani,
Jaborá, Lacerdópolis, Ouro, Peritiba, Presidente Castelo Branco, Treze Tílias, Xavantina
Década de 1990 Luzerna
Quadro 1 - Municípios que foram desmembrados de Joaçaba ao longo de tempo
Fonte: Queiroz (1967).
As propriedades rurais lançavam, em mercados locais e mercados próximos, seus
excedentes de produtos, entre eles, suínos e aves. Com o passar do tempo, os meios de
transportes eram melhorados e o município de Joaçaba intensificava a exportação de produtos
principalmente suínos, banha e salame (QUEIROZ, 1967).
2.1.1 Concórdia
Após a emancipação de Concórdia os migrantes italianos e alemães incentivados pelas
companhias colonizadoras iniciaram a indústria familiar e o excedente se tornou grande
potencial nas mãos de comerciantes capitalistas (AMADOR, 2010).
Conforme Amador (2010)
“É a partir dessas estruturas econômicas, principalmente baseadas na atividade
comercial, que teve origem o modelo de desenvolvimento agroindustrial. Em
Concórdia, desenvolveu-se a indústria Sadia, fruto da associação de capitais locais,
forjados no intercâmbio comercial com São Paulo” (AMADOR, 2010, p.85).
O Quadro 2, identifica os principais frigoríficos que foram estruturados em cada
município.
Ano Cidade Frigorífico
1942 Joaçaba Saulle Pagnocelli
1944 Concórdia Sadia
Quadro 2 - Principais frigoríficos nos municípios de Concórdia e Joaçaba
Fonte: Amador (2010).
Diante desta realidade se desencadeou, não somente para Concórdia e Joaçaba, mas para
todo Oeste Catarinense, um dos maiores parques agroindustriais de suínos e aves da América
Latina, bem como, uma agricultura integrada à agroindústria e uma economia essencialmente
agropecuária (TESTA et al, 1996).
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3 APRESENTAÇÃO DOS DADOS E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
3.1 Área e População
Conforme a Tabela 1, nos anos de 2000 e 2010, observa-se que a população total do
Estado de Santa Catarina e dos municípios de Joaçaba e Concórdia aumentou.
Observa-se ainda que no ano 2000 Joaçaba possuía um percentual de 0,44% da
população do Estado, e no ano 2010 de 0,43%. O município de Concórdia apresentou em
2000 um percentual de 1,18% em relação à ao Estado, sendo que no ano de 2010, esse
percentual passou a ser de 1,10%. Embora seja possível perceber que o município de Joaçaba
aumentou 3.395 habitantes e o de Concórdia, 5.563 habitantes, a participação de ambos em
relação à população estadual reduziu.
Aspecto Ano Joaçaba Concórdia Santa Catarina
Área (Km²)
2000 233,07 799,879 95.736,17
2010 233,07 799,879 95.736,17
População Total
2000 23.625 63.058 5.356.360
2010 27.020 68.621 6.248.436
População Urbana
2000 21.688 54.865 4.217.931
2010 24.924 45.254 5.247.913
População Rural
2000 1.937 13.756 1.138.429
2010 2.096 17.804 1.000.523
Densidade Demográfica
(hab/Km²)
2000 101,36 112,44 55,94
2010 115,97 85,79 65,27
Tabela 1 - População e densidade demográfica dos municípios de Concórdia e Joaçaba e do estado de
Santa Catarina
Fonte: IBGE, 2014b.
Observa-se que à população urbana do estado de Santa Catarina e dos municípios em
análise é expressivamente superior à população rural tanto no ano 2000 quanto no ano de
2010.
Apenas no município de Joaçaba a população rural obteve um pequeno crescimento de
159 habitantes, passando de uma representação de 0,17% no ano 2000, para 0,21% no ano de
2010 em relação ao estado. Em Concórdia ocorreu uma redução de 7.399 pessoas na
população rural de 2000 para 2010, que representava em 2000 um percentual 2,85% passando
a representar 2,50% em 2010.
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3.2 Aspectos Sociais
Para entender a dinâmica de desenvolvimento desses dois municípios é relevante
analisar os aspectos sociais. Com relação ao Índice de Desenvolvimento Humano Municipal
(IDH-M), no ano 2000 Joaçaba apresentava 0,741 e em 2010 passou para 0,827, ou seja, uma
taxa de crescimento de 11,61%. Concórdia apresentava 0,710 em 2000 e passou para 0,800
em 2010, um taxa de crescimento de 12,68%.
Observa-se que os dois municípios estão situados na faixa de desenvolvimento humano
muito alto (IDHM entre 0,8 e 1,00), sendo a educação a dimensão que mais cresceu ao longo
de 10 anos, seguida da renda e da longevidade. Em relação à Santa Catarina os dois
municípios possuem taxa superior, uma vez que o estado está situado na faixa de
desenvolvimento humano alto (IDHM entre 0,7 e 0,799) (ATLAS BRASIL, 2013).
Considerando os 08 objetivos de desenvolvimento do milênio (ODM)4 para 2015,
considerado o IDHM, o município de Joaçaba é 3º no ranking estadual (293 municípios) e 8º
no ranking nacional (5.565 municípios). Por sua vez, o município de Concórdia é 11º ranking
estadual (293 municípios) e 40º no ranking nacional (5.565 municípios) (PNUD, 2010).
3.3 Renda
Quanto à renda é possível observar que a renda per capita dos municípios em análise
está acima da renda per capita do estado de Santa Catarina. Joaçaba em 2000 apresentava uma
renda per capita de R$ 891,50 passou em 2010 para R$ 1.338,50. Concórdia em 2000
apresentava uma renda per capita de R$ 746,42 e passou em 2010 para R$ 1.009,49. Enquanto
o estado que em 2000 apresentava uma renda de R$ 693,82 passou para R$ 983,90 em 2010.
Com relação à concentração de renda, o instrumento usado para medir o grau de
concentração, chamado índice de Gini, aponta a diferença entre os rendimentos dos mais
pobres e dos mais ricos. Numericamente, varia de 0 a 1, sendo que 0 representa a situação de
total igualdade, e 1 desigualdade (ATLAS BRASIL, 2013).
4 O Programa das Nações Unidades para o Desenvolvimento (PNUD) possui 08 objetivos de desenvolvimento
do milênio para 2015, quais sejam: 1) redução da pobreza, 2) atingir o ensino básico universal, 3) igualdade entre
os sexos e a autonomia das mulheres, 4) reduzir a mortalidade na infância, 5) melhorar a saúde materna, 6)
combater o HIV/Aids, a malária e outras doenças, 7) garantir a sustentabilidade ambiental e 8) estabelecer
parceria mundial para o desenvolvimento.
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Nesse indicador tanto os municípios em análise quanto o estado de Santa Catarina
encontram-se numa situação intermediária, ou seja, a renda não está próxima da total
igualdade, mas também não está próxima da completa desigualdade. Joaçaba em 2000 possuía
o índice de 0,57 passando para 0,55 em 2010. Concórdia em 2000 estava com o índice de 0,54
passando para 0,46 em 2010. E Santa Catarina passou de 0,56 em 2000 para 0,49 em 2010.
Assim, tanto os municípios em análise quanto o estado de Santa Catarina encontram-se
numa situação intermediária, ou seja, a renda não está próxima da total igualdade, mas
também não está próxima da completa desigualdade.
Outrossim, considerando os 08 objetivos de desenvolvimento do milênio (ODM) para
2015, considerado o Gini, o município de Joaçaba é 273º no ranking estadual (293
municípios) e 4.059º no ranking nacional (5.565 municípios). Por sua vez, o município de
Concórdia é 191º ranking estadual (293 municípios) e 1637º no ranking nacional (5.565
municípios) (PNUD, 2010).
3.4 Ocupação da População
Com relação a ocupação da população, em 2010, no município de Joaçaba, das pessoas
ocupadas na faixa etária de 18 anos ou mais, 8,99% trabalhavam no setor agropecuário,
0,07% na indústria extrativa, 16,10% na indústria de transformação, 5,84% no setor de
construção, 1,12% nos setores de utilidade pública, 16,06% no comércio e 46,37% no setor de
serviços (ATLAS BRASIL, 2013).
Em 2010, em Concórdia, das pessoas ocupadas na faixa etária de 18 anos ou mais,
18,55% trabalhavam no setor agropecuário, 0,11% na indústria extrativa, 19,31% na indústria
de transformação, 6,96% no setor de construção, 0,66% nos setores de utilidade pública,
13,10% no comércio e 35,85% no setor de serviços (ATLAS BRASIL, 2013).
Assim, observa-se que tanto no município de Joaçaba quanto no município de
Concórdia, destaca-se o trabalho no setor de serviços.
3.5 Estrutura Produtiva
Identificar o “potencial” de uma região é identificar aqueles setores que, uma vez
mobilizados e/ou fomentados, geram o maior benefício por unidade de custo. Isso significa
dizer, em primeiro lugar, que o “potencial de uma região” deve ser pensado como a
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capacidade da mesma em dar início e sustentação a processos de autonomia material e bem-
estar crescentes dos agentes produtivos locais e de seus dependentes com base na mobilização
do maior volume possível de recursos produtivos disponíveis internamente.
Conforme a Tabela 2, a estrutura produtiva dos municípios de Joaçaba e Concórdia,
comparativamente, com o estado de Santa Catarina, apresenta predomínio do setor de serviços
(61,93% em Joaçaba, 59,81% em Concórdia e 59,21% em Santa Catarina), seguido pela
indústria (34,08% em Joaçaba, 34,37% em Concórdia e 34,09%,21 em Santa Catarina) e por
último, pelo de agropecuária com (3,99% em Joaçaba, 5,82% em Concórdia e 6,70 em Santa
Catarina). Quanto à comparação entre municípios, a participação do setor agropecuária
municipal no Valor Adicionado Bruto (VAB) dos respectivos municípios é relativamente
baixa, sobretudo de Joaçaba.
Municípios
População
Urbana (nº
habitantes)
População
Rural (nº
habitantes
)
Pop
urbana/
Pop
Total
(%)
Pop
rural/Po
p Total
(%)
Valor
adicionado
na
Agropecuaria
(R$1000)
Valor
adicionado
na
Industria
(R$1000)
Valor
adicionado
no Serviço
(R$1000)
VAB
Agrop./
VAB Total
- Dados do
Municipal
(%)
VAB
Ind./VAB
Total -
Dados do
Municipal
(%)
VAB
Serv./VAB
Total -
Dados do
Municipal
(%)
Joaçaba 24 924 2 096 92,24 7,76 30 360 259 503 471 564 3,99 34,08 61,93Concórdia 54 865 13 756 79,95 20,05 67 937 400 907 697 702 5,82 34,37 59,81
Santa
Catarina5 247 913 1 000 523
83,99 16,018 753 836 44 527 914 77 336 160 6,70 34,09 59,21
Tabela 2 - Indicadores de população e Macrossetores produtivos de Joaçaba, Concordia e Santa Catarina
Fonte: IBGE (2010).
Tanto na comparação entre os municípios, quanto na sua comparação com o estado de
Santa Catarina, é evidente a elevada participação relativa do setor de serviços no VAB, o que
pode induzir a supor a estruturalidade da crise produtiva da economia regional.
O setor de serviços pode ser considerado um gargalo, pois, além de ter um indicador de
participação relativa um tanto elevada do setor serviços, ocorre que justamente estes
municípios são considerados “mais” urbanizados, e que possuem esse indicador em alto nível,
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sua polarização tem sido por outros municípios5 o que contradiz alguns princípios para que
ocorra um processo de desenvolvimento regional endógeno6.
Municípios
População
Total (nº
habitantes)
VAB Total PIB (R$)PIB Per
Capita (R$)
VAB
Agrop./
VAB
Total -
Dados
do
Municipal
(%)
VAB
Ind./VAB
Total -
Dados do
Municipal
(%)
VAB
Serv./VAB
Total -
Dados do
Municipal
(%)
Rendime
nto
Domiciliar
Anual per
capita
(R$)
Rend.Domiciliar
Anual per capita
/ PIB per Capita
(R$)
Joaçaba 27.020 761 427,00 852 954,68 31 567,53 3,99 34,08 61,93 1 519,26 4,81Concórdia 68.621 1 166 546,00 1 361 277,28 19 837,62 5,82 34,37 59,81 1 099,56 5,54
Santa Catarina 6.248.436 130 617 910,00 152 482 338,11 24 403,28 6,70 34,09 59,21 1 421,84 5,83
Tabela 3 - Indicadores de população e Macrossetores produtivos de Joaçaba, Concordia e Santa Catarina
Fonte: IBGE (2010).
Obs.: Rendimento domiciliar per capita: Valor do rendimento nominal médio mensal per capita dos domicílios particulares permanentes - total.
PIB a preços correntes.
Lembra-se que, como os municípios pesquisados são polarizados por outros
municípios, verifica-se que a relação Rend./PIB pode ser considerado um indicador de
potencialidades. Isso na medida em que em um levado Rend./PIB revela uma elevada
apropriação regional de apropriação do excedente, que pode ser mobilizado para a
reconversão produtiva da região. Por outro lado, uma relação Rend./PIB muito baixa (como as
que se manifestam nos municípios de Joaçaba (4,81) e Concórdia (5,54) pode revelar a
existência de um gap entre produção e apropriação que pode e deve ser objeto de
enfrentamento a partir de políticas públicas voltadas à endogeneização do controle do
excedente econômico gerado na região.
5 ... as divisões político-administrativas e de regionalização, bem como das condições produtivas e de
infraestrutura contribuíram para a formação, no estado, de uma rede urbana composta por cidades de pequeno e
médio porte (SIEBERT, 2001), de caráter multipolarizado (ANJOS, 2007), agrupadas em regiões que se
organizam, dentre esses e outros fatores, sob a lógica de ramos dinamizadores da economia no estado. Conforme
Maia e Rolim (2014, p.6), A evolução do papel de Chapecó, mais especificamente, na rede urbana regional e
nacional pode ser apreendida a partir dos estudos do IBGE sobre as relações de rede, hierarquia e região de
influência que as cidades exercem umas sobre outras. Uma breve análise da inserção de Chapecó nos estudos
realizados (1966, 1978, 1993 e 2008) aponta para a crescente influência da cidade no oeste catarinense,
configurando como a mais influente capital regional (nível B), desde o meio oeste do estado até a fronteira,
ligando-se à rede urbana de Curitiba e Porto Alegre (IBGE, 2007). 6 Dada a elevada produtividade em serviços, a medida é captada para municípios que são (ou estão se
constituindo como) pólos regionais, porém pólos regionais em outra localidade/região e/ou outro Estado da
Federação. A possibilidade de expansão da rede de serviços é “externa” e com vistas a atender a uma demanda
que é da periferia de outras “regiões”. Neste caso, não há caracterização endógena, não são suficientemente
potencializadas as economias de escalas internamente, ou sob o controle de agentes internos à região político-
administrativa, pois os fluxos de serviços e receitas tributárias e rendas geradas são apropriadas externamente.
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4 CONSIDERAÇÕS FINAIS
Neste estudo, identificou-se que a população urbana dos municípios em análise bem
como do estado de Santa Catarina é superior à população rural, o que explica o destaque no
macro setor de serviços e como consequência as maiores taxas de ocupação neste setor.
Para que ocorra o desenvolvimento endógeno de uma região ou município é preciso
verificar suas potencialidades e superar seus gargalos, com o aproveitamento dos processos e
dos conhecimentos já existentes.
Como possível inserção no mercado supõe-se que, de acordo com o histórico dos
municípios em análise, a produção agropecuária nas propriedades familiares pode ser a
alternativa para o desenvolvimento endógeno, vindo a potencializar e aproveitar do
conhecimento acumulado existente. Então, conforme Paiva (2004, p.29), sugere-se buscar
“identificar as fontes internas do desenvolvimento urbano (que, nos municípios e nas regiões
rurais, se encontra justamente na agropecuária), com vistas à alavancá-lo e, ao fim e ao cabo,
deprimir a participação da agropecuária no VAB e na população PO7”.
Este reflexão busca, fundamentalmente, identificar indicadores relevantes para um
diagnóstico preliminar das potencialidades regionais. Acredita-se que, esclarecidos os
significados dos indicadores aqui, preliminarmente apresentados, o exercício de produção
desses diagnósticos preliminares mostrar-se-á muito simples. Sendo assim, as observações e
as exemplificações introduzidas nesta produção textual visam, estimular os interessados na
análise regional à realização pratica de um exercício aplicado.
REFERÊNCIAS
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SPOSITO, Maria Encarnação Beltrão. (Org.). Cidades Médias: espaços em transição. 1ed.
São Paulo: Expressão Popular, 2007. v.1. p.413-437.
7 Como alerta Watkins, “(...) há o sério perigo de que a economia caia na ‘armadilha do produto primário’. O
crescimento sustentado exige a capacidade de desviar a atenção para novos mercados internos e externos”
(Watkins, 1977, p.269). Do nosso ponto de vista, porém, a chave para essa diversificação encontra-se no controle
interno do excedente gerado pela produção e pela exportação de produtos primários. Generalizando a tese de
João Manuel (Mello, 1982) sobre a industrialização de São Paulo, diríamos que a exportação de produtos
agropecuários para o resto do País e/ou do mundo, desde que articulada e planejada por agentes internos, é a base
necessária de industrialização endógena de regiões americanas inseridas, na ordem mercantil, na condição de
“fronteira agrícola” (PAIVA, 2004, p.29).
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