Universidade Federal de Itajubá – Campus Itabira Pedro Henrique de Castro Projeto para o Dimensionamento de um Aterro Sanitário: Cidade de Uberlândia Itabira 2015
Universidade Federal de Itajubá – Campus Itabira
Pedro Henrique de Castro
Projeto para o Dimensionamento de um Aterro Sanitário:
Cidade de Uberlândia
Itabira
2015
Universidade Federal de Itajubá – Campus Itabira
Pedro Henrique de Castro
Projeto para o Dimensionamento de um Aterro Sanitário:
Cidade de Uberlândia
Projeto apresentado para avaliação da matéria de
dimensionamento de aterro sanitário da disciplina
de Gestão e Gerenciamento de Resíduos Sólidos
do Curso de Engenharia Ambiental, Nível
Graduação, da Universidade Federal de Itajubá –
Campus Itabira.
Docente: Prof. Dra. Uende Aparecida Figueiredo Gomes
Itabira
2015
Pedro Henrique de Castro
Projeto para o Dimensionamento de um Aterro Sanitário:
Cidade de Uberlândia
Projeto apresentado para avaliação da matéria de
dimensionamento de aterro sanitário da disciplina
de Gestão e Gerenciamento de Resíduos Sólidos
do Curso de Engenharia Ambiental, Nível
Graduação, da Universidade Federal de Itajubá –
Campus Itabira.
Aprovado em __/__/____
Banca Examinadora
Prof. Dra. Uende Aparecida Figueiredo Gomes
Sumário
1.0 Memorial Descritivo ......................................................................................................................5
1.1 Introdução ......................................................................................................................................5
1.2 Caracterização do Empreendimento ...........................................................................................6
1.3 Resíduos Sólidos Urbanos a Serem Dispostos .............................................................................7
1.4 Características principais do local projetado para o aterro ......................................................8
1.5 Concepção e justificativa do projeto ......................................................................................... 10
1.6 Elementos do projeto .................................................................................................................. 11
1.6.1 Sistema de drenagem superficial .............................................................................................. 11
1.6.2 Sistema de drenagem e remoção do percolado ........................................................................ 13
1.6.3 Sistema de tratamento do lixiviado ........................................................................................... 14
1.6.4 Impermeabilização inferior e superior ..................................................................................... 15
1.6.5 Sistema de drenagem de gás ...................................................................................................... 16
1.7 Operação do aterro ..................................................................................................................... 17
1.7.1 Transporte e disposição dos resíduos sólidos ........................................................................... 17
1.7.2 Controle tecnológico ................................................................................................................... 17
1.7.3 Plano de encerramento do aterro.............................................................................................. 18
1.8 Uso futuro do local ..................................................................................................................... 18
2.0 Memorial Técnico ...................................................................................................................... 19
2.1 Cálculos dos elementos do projeto ........................................................................................... 19
2.2 Prazo de operação do aterro sanitário .................................................................................... 20
3.0 Apresentação das estimativas de custo .................................................................................... 20
4.0 Referências ................................................................................................................................. 21
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1.0 Memorial Descritivo
No presente capítulo deste documento, será discutido e apresentado informações básicas sobre
a cidade em questão, sobre o projeto a ser apresentado, bem como informações e caracterização
sobre o local do empreendimento. É de fundamental importância ressaltar que a escolha do
local, deve e foi seguida conforme a NBR 13896 (ABNT, 1997) que dispõe sobre a
adequabilidade de um local a ser utilizado para a implantação de um aterro sanitário, bem como
foi também discutido e considerado as necessidades do município e da oferta das áreas em
questão de acordo com o zoneamento urbano da cidade.
Neste mesmo capitulo, informações gerais sobre as características dos resíduos sólidos gerados
no município serão apresentadas. Além destas informações, será também discutido a concepção
e justificativa do projeto, bem como o uso futuro desta mesma área que objetiva a implantação
do aterro. Estas informações seguem os padrões e exigências da NBR 8419 (ABNT, 1992) que
estabelece os requisitos para a apresentação de aterros sanitários de resíduos sólidos urbanos.
1.1 Introdução
O município de Uberlândia está localizado na Mesorregião do Triângulo Mineiro/Alto
Paranaíba, no Estado de Minas Gerais, Região Sudeste do Brasil. A área total do município é
de 4.115,822 km2, levando em consideração que a área urbana é de 219,00 km2 e área rural de
3.896,822 km2.
O empreendimento em questão está localizado ao noroeste do centro do município de
Uberlândia, nas coordenadas geográficas: Latitude 18 º 52’ 6’’ Sul e Longitude 48 º 19’ 33’’
Oeste e UTM N = 7.911.600,4 E = 781.753,4. Possui excelentes condições de acesso por vias
pavimentadas na maior parte de seu desenvolvimento, derivando-se parte de sua estrutura,
aproximadamente 1,6 km antes da entrada do aterro. Este local, de acordo com o zoneamento
urbano da cidade, está inserido na zona industrial da cidade, localizado à 200 metros da ETE
(Estação de Tratamento de Esgoto) de Uberlândia.
O terreno para o empreendimento possui uma área superficial de aproximadamente 511.000 m2
possível de extensão quando o aterro atingir seus 20 anos de vida útil.
Neste documento será também apresentado uma proposta de consórcio com a ETE, para o
encaminhamento do lixiviado e das aguas superficiais para seus poços de tratamentos de
efluentes, a fim de facilitar e evitar qualquer contaminação direto com o meio ambiente.
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O fornecimento de energia elétrica não será de difícil acesso, já que nesta região se encontra
abastecimento adequado de energia elétrica. E a comunicação interna e externa não será
dificultada, pois mesmo que presente em uma região rural do distrito industrial, sua localidade
não é defasada de nenhum sistema de telefonia ou comunicação.
O esgotamento sanitário do empreendimento também não será dificultado, tendo em vista que
na região que está localizado o empreendimento é provida de infraestrutura de esgotamento
sanitário, bem como sua proximidade com a ETE facilita a instalação de alguma infraestrutura
particular para o aterro caso seja necessário.
1.2 Caracterização do Empreendimento
O empreendimento discutido neste documento é caracterizado por um aterro sanitário
convencional, que se destina a ser projetado para receber e armazenar resíduos sólidos urbanos
– RSU, com vida útil de 20 anos, levando em consideração a projeção populacional do
município de Uberlândia. Este empreendimento contara com as seguintes unidades: Aterro de
resíduos não perigosos classe IIA e classe IIB, um sistema de drenagem superficial para aguas
pluviais, um sistema de drenagem de base para coleta de lixiviado e biogás que será gerado
pelos resíduos aterrados, uma lagoa para armazenamento e estudo do lixiviado gerado e um
sistema de armazenamento e aproveitamento do biogás que será gerado no aterro.
A quantidade média prevista para coleta e disposição no aterro em questão para os próximos
20 anos de sua vida útil foi calculada em 489.796,93 m3/ano, sendo equivalente à 319.837,544
t/ano (utilizando uma densidade média de 0,8 t/m3, sendo este volume calculado o de referência
para a projeção do volume necessário para o aterro em questão ser capaz de armazenar no fim
de sua vida útil (20 nos)).
Tabela 1: Parâmetros básicos propostos para o aterro em questão.
Parâmetros Terreno total: 511.000 m²
Área a ser ocupada: 480.000 m²
População atendida no início 683.487 habitantes (calculado para 2016)
População atendida no final 970.064 habitantes (calculado para 2035)
Disposição média prevista 489.786,92 m³ por ano
Vida útil do aterro 20 anos
Densidade considerada 0,8 t por m³
Fonte: Autoria própria.
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1.3 Resíduos Sólidos Urbanos a Serem Dispostos
Os resíduos sólidos urbanos que serão dispostos no aterro projetado em questão são os resíduos
sólidos urbanos, que contemplam todos os resíduos domiciliares e gerados por atividades
públicas.
Os resíduos sólidos domiciliares são aqueles que são gerados por atividades domesticas em
residências urbanas; este tipo de resíduo é composto principalmente por resíduos secos e
úmidos. Os principais constituintes dos resíduos secos são as embalagens fabricadas a partir de
plásticos, papeis, vidros e metais diversos, ocorrendo também a presença de produtos mistos,
como as embalagens de “longa vida” e outros. Em contrapartida, os resíduos úmidos são
gerados por restos oriundos da cozinha, quintais e jardins, e outros tipos de matéria orgânica.
A composição gravimétrica média dos resíduos domiciliares do município de Uberlândia
(dados da secretaria municipal do meio ambiente) é dada por: Composição de 60,37% de
matéria orgânica, 1,35% de metais, 10,53% de papel/papelão, 15,87% de plástico, 1,6% de
vidro, 9,44% de rejeitos e 0,82% outros.
Para o cálculo da quantidade a ser disposta no aterro, foi utilizado uma densidade média de 0,8
t/m3. Os valores obtidos e estimados para este projeto de aterros estão dispostos na tabela 2 a
seguir. Esta tabela representa a quantidade de habitantes, estimada de acordo com a taxa média
do crescimento populacional do ano de 2002 até o ano de 2011 (dados retirados do IBGE). Por
falta de dados suficientes secundários referente a geração de resíduos da população de
Uberlândia, foi utilizado a taxa de crescimento nacional média de geração por habitante dos
resíduos sólidos urbanos.
Tabela 2: Quantidade de resíduos estimados para disposição no aterro.
Ano População Geração
Per Capita
(kg/d/hab.)
Cobertura
da coleta
(%) Massa (kg/d)
Volume de resíduos compactados
m3/dia m3/ano Acumulado
(m3)
2016 683.487 0,88 100,00 603.398,51 754,25 275.300,57 275.300,57
2017 696.200 0,92 100,00 637.731,49 797,16 290.964,99 566.265,56
2018 709.149 0,95 100,00 674.018,01 842,52 307.520,72 873.786,28
2019 722.340 0,99 100,00 712.369,20 890,46 325.018,45 1.198.804,73
2020 735.775 1,02 100,00 752.902,55 941,13 343.511,79 1.542.316,52
2021 749.461 1,06 100,00 795.742,23 994,68 363.057,39 1.905.373,91
2022 763.401 1,10 100,00 841.019,45 1.051,27 383.715,12 2.289.089,03
2023 777.600 1,14 100,00 888.872,92 1.111,09 405.548,27 2.694.637,30
2024 792.063 1,19 100,00 939.449,22 1.174,31 428.623,71 3.123.261,01
2025 806.796 1,23 100,00 992.903,28 1.241,13 453.012,12 3.576.273,13
8
2026 821.802 1,28 100,00 1.049.398,84 1.311,75 478.788,22 4.055.061,35
2027 837.087 1,32 100,00 1.109.108,96 1.386,39 506.030,96 4.561.092,31
2028 852.657 1,37 100,00 1.172.216,55 1.465,27 534.823,80 5.095.916,11
2029 868.517 1,43 100,00 1.238.914,92 1.548,64 565.254,93 5.661.171,05
2030 884.671 1,48 100,00 1.309.408,39 1.636,76 597.417,58 6.258.588,63
2031 901.126 1,54 100,00 1.383.912,89 1.729,89 631.410,26 6.889.998,88
2032 917.887 1,59 100,00 1.462.656,65 1.828,32 667.337,10 7.557.335,98
2033 934.960 1,65 100,00 1.545.880,87 1.932,35 705.308,15 8.262.644,13
2034 952.350 1,72 100,00 1.633.840,51 2.042,30 745.439,73 9.008.083,86
2035 970.064 1,78 100,00 1.726.804,99 2.158,51 787.854,77 9.795.938,63
Volume total do aterro (resíduos compactados) 9.795.938,63
Volume total do aterro = + 20% de material de cobertura 11.755.126,3
6 Fonte: Autoria própria (utilizando dados do IBGE e SNIS).
Para a coleta dos resíduos em questão foi estimado que até seu tempo de vida útil e considerando
a taxa de crescimento populacional e geração de resíduos, uma frota inicial de 28 (vinte e oito)
veículos coletores e mais 5 (cinco) de reserva, sendo que para até o final da vida útil serão
necessários a adquirirão de 7 veículos coletores adicionais para suportar a quantidade de
resíduos coletadas, bem como uma manutenção regular dos mesmos (veículos).
1.4 Características principais do local projetado para o aterro
A área destinada para a construção e operação do aterro sanitário, está localizada a noroeste do
centro de Uberlândia nas coordenadas geográficas: Latitude 18 º 52’ 06’’ Sul e Longitude 48 º
19’ 33’’ Oeste e UTM N = 7.911.600,4 E = 781.753,4. A área total do aterro foi calculada de
aproximadamente 511.000 m2, sendo que possui uma previsão de ser usado 480.000 m2 para o
aterramento da massa, e o restante para a distribuição de instalações necessárias para o
funcionamento do mesmo.
De acordo com o mapeamento da EMBRAPA dos solos brasileiros, Uberlândia está localizada
em uma região por apresentar características de solo LV4, que segundo determinação da
EMBRAPA, são os Latossolos Vermelhos eutroférricos e distroférricos em conjunto com os
Latossolos Vermelhos distróficos, sendo ambos com presença moderada de textura argilosa e
características de um relevo suavemente ondulado.
A área selecionada possui declividade baixa, com valores menores de 16%, sendo necessário
pouca mão de obra para nivelamento a um nível adequado. Na figura 1 temos um mapa básico
retirado do Google EarthTM que nos demonstra sua localidade e seus acessos.
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Figura 1: Visão da área destinada ao aterro em questão.
Fonte: Imagem retirada do Google Earth.
A área em questão foi selecionada seguindo todos os critérios básicos de acordo com o
zoneamento territorial da cidade de Uberlândia. Esta área está localizada no distrito industrial
da cidade no perímetro rural, possui fácil acessibilidade devido a infraestrutura de estradas e
rodovias em suas proximidades.
A concentração populacional mais próxima do local se encontra à 2 quilômetros de distância,
sendo então a infraestrutura geral da área selecionada já presente, como linhas de transmissões
telefônicas, linhas de rádios, bem como esgotamento sanitário.
Por estar localizado em uma região de fácil acesso, a economia com o transporte dos resíduos
será elevada, o que torna o projeto mais acessível. Em adição a este fato, esta área está
relativamente próxima a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) de Uberlândia, sendo então
um possível consórcio com o local para o tratamento do lixiviado gerado, e devido à
proximidade, uma economia relativamente alta será possível no transporte do lixiviado.
A utilização atual desta área está restringida a uma produção agrícola privada de pequeno porte
e possui a presenta de um estabelecimento comercial. Ambos proprietários serão
desapropriados dos terrenos conforme legislação vigente do município de Uberlândia.
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O clima do município de Uberlândia, bem como da área selecionada, apresenta uma estação
seca bem definida, com duração aproximadas de 3 a 4 meses, compreendendo os meses de
junho, julho e agosto, além de parte de maio e setembro. A precipitação média anual excede
1.600 mm, sendo que a metade das chuvas cai durante os 3 meses mais úmidos, que contemplam
novembro, dezembro e janeiro (UBERLÂNDIA, 2009). Ainda segundo o relatório de habitação
de Uberlândia, a umidade relativa é baixa durante a seca, variando de 85% a 64%, com média
de 75%. A temperatura média anual é de 22 graus Celsius.
A área prevista para o empreendimento está situada sobre a bacia do Rio Araguari, tendo como
afluente o Rio Uberabinha, sendo que este é uma alternativa para o abastecimento hídrico da
cidade e é explorado pelas Usinas Hidroelétricas de Nova Ponte, Miranda, Capim Branco I e
II.
Pela grande importância do Rio Uberabinha, e pela proximidade do mesmo do local almejado
para o projeto, serão instalados sistemas de impermeabilização compostos em toda a área de
aterro, a fim de mitigar qualquer impacto que possa ser caudado.
O município de Uberlândia possui 12 unidades de conservação, nos quais são protegidas pela
legislação vigente. A seleção da área em questão levou estritamente em consideração a distância
entre qualquer uma destas unidades, sendo então a área do projeto distante o suficiente de todas
elas, a fim de zerar o risco ambiental que o aterro poderia causar para uma das unidades.
1.5 Concepção e justificativa do projeto
O presente projeto possui o intuito da apresentação de uma proposta para construção de um
aterro sanitário. Com o intuito de realizar uma disposição dos resíduos sólidos urbanos gerados
no município de Uberlândia, é de fundamental importância para a gestão e o gerenciamento
ambiental da cidade a construção e operação deste projeto.
Uberlândia é uma cidade extensa, com uma alta densidade populacional, colocando-a em
segundo lugar em números de habitantes no estado de Minas Gerais, e uma das maiores cidades
de interior brasileiro. Devido a este fato, a geração de resíduos sólidos urbanos gerados no
município está em uma escala elevada, sendo necessário então, uma forma ambientalmente
adequada de tratamento para os rejeitos gerados a fim de evitar problemas ambientais e sociais
a todo o município, como proliferação de vetores gerados por uma inadequada disposição dos
rejeitos, e em consequência o espalhamento de epidemias pela cidade; bem como evitar a
utilização inadequada da natureza para o armazenamento e disposição destes rejeitos.
11
O empreendimento em questão é fundamental e essencial para que a cidade de Uberlândia
continue desenvolvendo. Com o intuito de mitigar e minimizar os problemas referentes aos
rejeitos produzidos no município, este empreendimento possui uma capacidade relevante para
este fim, devido ao tamanho e a metodologia de operação que será proposta.
O projeto será composto por estruturas de impermeabilização, desde base até o topo, sendo
estas estruturas ligadas a drenos de biogás e lixiviados que serão posteriormente tratados e
destinados de forma ambientalmente adequadas. Será composto também, por uma estrutura
para o reaproveitamento do biogás futuramente gerado, com o intuído da utilização do mesmo
para a matriz energética da cidade. Será proposto também a reutilização da área como um futuro
parque ambiental, fechando um ciclo ambientalmente adequado para o local do
empreendimento.
Por estes fatores e outros como: o tempo de operação que chegará a 20 anos, e a capacidade de
armazenamento e suporte de toda a região da cidade e os distritos vizinhos; o projeto em questão
é de fundamental importância e acessível para que sejam gerados retornos economicamente,
socialmente e ambientalmente positivos para toda a população e município de Uberlândia.
1.6 Elementos do projeto
Nesta seção deste capitulo, será apresentado e descrito todos os elementos essenciais para o
desenvolvimento, operação e construção adequada do aterro. É de fundamental importância a
presença de alguns elementos para a operação de um aterro sanitário, dentre eles, sistema de
drenagem superficial, sistema de drenagem e coleta do percolado, sistema de drenagem e coleta
do biogás futuramente gerado no aterro, bem como a impermeabilização inferior e superior do
aterro.
Para o projeto em questão, também será apresentado um sistema de armazenamento e
reaproveitamento do biogás futuramente gerado no aterro, com o intuído de trazer benefícios
para a matriz energética do município de Uberlândia.
1.6.1 Sistema de drenagem superficial
Quando levamos em consideração a construção e operação do aterro sanitário, é de fundamental
importância estudar o impacto que as aguas pluviais podem causar no aterro. A presença destas
aguas podem influenciar o aterro na fase construtiva principalmente dificultando a compactação
dos rejeitos ali presentes, podem também impossibilitar a cobertura destes rejeitos, impedindo
principalmente o acesso dos veículos e equipamentos necessários para o transporte dos resíduos
12
e realização desta cobertura. Já na fase final do aterro, essas aguas pluviais podem influenciar
diretamente na estrutura final destes aterros, facilitando os processos de erosão, deixando o
aterro mais propenso ao cisalhamento.
O objetivo principal deste sistema de drenagem superficial é coletar a água das chuvas na área
de intervenção e situadas à montante do aterro, desviando-as para outros sistemas de drenagem.
Em outras palavras, essa agua precipitada nas imediações do aterro deve ser captada e desviada
por canaleta escava no terreno original, acompanhando as cotas de forma e conferir uma
declividade conveniente ao dreno, conforme demonstrado na figura 2.
Figura 2: Sistema de drenagem superficial em um aterro já finalizado.
Fonte: Retirado do site Engeoconsult.
No projeto em questão será construído toda uma estrutura para a drenagem da agua proveniente
das chuvas. Este sistema de drenagem superficial será construído por canaletas de concreto,
com uma declividade adequada em todo o sistema que possibilitará o encaminhamento destas
aguas superficiais para um outro sistema de drenagem que terá seu encaminhamentos direto e
especifico para o Estação de Tratamento de Esgoto de Uberlândia, sendo através desta ETE,
dado o tratamento adequado e posteriormente a reclusão desta agua no sistema hídrico do Rio
Uberabinha, a fim do controle do nível e da qualidade da agua do rio em questão.
13
1.6.2 Sistema de drenagem e remoção do percolado
Em um aterro sanitário, ocorre a produção do percolado, também chamado de lixiviado. Este
lixiviado é formado através dos processos de decomposição anaeróbica da matéria orgânica
presente no aterro. É de fundamental importância o dreno e remoção deste lixiviado para que o
controle das pressões e espaços vazios presentes no aterro seja otimizado. O sistema de
drenagem para este lixiviado exige algumas estruturas técnicas, pois nele pode estar presente
metais pesados provenientes dos rejeitos presentes ali no aterro, e em adição, o lixiviado de
aterros possui uma elevada taxa de DBO, o que pode proporcionar impactos ambientais em alta
escala se dispostos em lugares inadequados. Por estes motivos, a drenagem deste lixiviado é
essencial para o funcionamento ambientalmente adequado do aterro.
Para a implantação de um sistema de drenagem de lixiviado adequado, deve primeiro preparar
toda base do aterro, utilizando um sistema de impermeabilização adequado para a área
solicitada. Após a impermeabilização adequada, deve ser feito o cálculo médio da geração do
lixiviado a fim de obter uma estrutura adequada para a drenagem do percolado.
Para o sistema de drenos do lixiviados, são utilizados tubos de PVC, de concretos ou barros,
sendo que todos necessitam estar perfurados para o escoamento do lixiviado; drenos cegos de
brita número 1 e 2; uma declividade baixa, variando entre 1 e 2 por cento; bem como canaletas
ou valas de largura aproximada de 60 cm e preenchidas com pedra britada.
Para o projeto em questão, irá ser elaborado todo um sistema de drenagem por espinha de peixe,
que representa drenos centrais por todo o aterro, interligados por drenos secundários em sua
estrutura, formando o formado de uma “espinha” de peixe. Para este tipo de dreno, é importante
ressaltar que serão devidamente calculadas as declividades necessárias para que o lixiviado se
percorra e se distribua de forma homogenia por todo o aterro, pois ao contrário, podemos causar
diferenças de preções e recalques na estrutura. A figura 3 demonstra por ilustração básica como
seria o formato e distribuição no terreno desta “espinha de peixe”.
Legenda da figura:
1 – Declividade devidamente ajustada;
2a – Direção do lixiviado percorrido;
2b – Estrutura central de uma “espinha”;
2c – Estrutura secundária do sistema;
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Figura 2: Sistema ilustrativo de um dreno tipo espinha de peixe.
Fonte: Retirada do site Infraestruturaurbana.
Para a instalação deste sistema, serão utilizados tubos de concretos perfurados revestidos em
seus redores britas do tipo número 1, a fim de evitar qualquer contado do maciço sanitário
com a abertura proveniente para o lixiviado, e então evitando o “entupimento” das vias de
translado do lixiviado.
1.6.3 Sistema de tratamento do lixiviado
O lixiviado ou também conhecido comumente por chorume, é um liquido escuro, gerado pela
degradação dos resíduos em aterros sanitários (Serafim et al, 2003). O impacto causado por este
chorume ao meio ambiente é variável da maneira com que ele é disposto no meio ambiente. Por
ser rico em substancias toxicas e altamente solúveis, bem como ter a presença de metais pesados
em sua solução, o lixiviado pode causar serio danos ao meio ambiente se caso por descartado
em local inadequado, ou infiltrado pelo solo para aguas subterrâneas. Em adição, esses ricos
também são elevados e possuem consequências perigosas para a saúde do ser humano, se caso
o lixiviado contaminar a distribuição de agua e também o solo utilizado para a produção
agrícola.
O tratamento do lixiviado é de fundamental importância para a operação e funcionamento
adequado do aterro sanitário. As técnicas de tratamento deste lixiviado são variáveis,
dependendo então, da disponibilidade da tecnologia e do orçamento do empreendimento.
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Para o projeto em questão, será construída uma “lagoa”, como exemplificação indicada na
figura 4, para armazenamento deste lixiviado, temporariamente. Em termos mais básicos, será
construído uma lagoa em menos proporções somente para avaliação qualificativa e quantitativa
da geração do lixiviado, pois devido à proximidade da Estação de Tratamento de Esgoto de
Uberlândia, é proposto um consorcio entre os locais em destaque.
O lixiviado será encaminhado por tubulações especificas até a estação de tratamento de esgoto,
que daí então será tratado e destinado de forma ambientalmente adequada. Este consorcio é
uma medida proposta neste projeto para auxiliar a viabilização econômica do projeto em
questão.
Figura 4: Lagoa para armazenamento do lixiviado gerado pelo aterro.
Fonte: Retirado do site da empresa CRVR.
1.6.4 Impermeabilização inferior e superior
A impermeabilização de um aterro sanitário é outro fator essencial para seu funcionamento
adequado. As impermeabilizações inferiores e superioras possuem o objetivo de otimizar a
estabilidade e operação do aterro. Dependendo do porte do aterro e do projeto, uma distribuição
homogênea do lixiviado e do biogás é essencial para a estabilidade do aterro. Entre uma célula
e outra do maciço sanitário, uma camada de dreno é essencial para este tipo de homogeneização,
com o intuído de evitar a pressão do lixiviado no fundo do aterro, e evitando taxas de recalques
elevadas.
Para a otimização desta coleta do biogás e do percolado, uma impermeabilização de base é
essencial, a fim de evitar a infiltração dos mesmos no solo, e então a contaminação de aguas e
solos subterrâneos. Já a impermeabilização superior, tem o intuito de que, quando finalizado o
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aterro, o biogás gerado em seu interior não escape e seja drenado em sua totalidade para o
armazenamento, reutilização ou tratamento adequado, visto que o metano (gás potencial do
efeito estufa) é o principal componente do biogás. Esta camada impermeabilizante superior
também possui um papel importante na drenagem e no impedimento que aguas pluviais
infiltrem no maciço sanitário, provocando então, danos a sua estrutura como cisalhamentos e
rupturas.
Para o aterro discutido neste projeto, serão utilizadas para sua impermeabilização de base,
camadas duplas de impermeabilização, utilizando geomembranas a fim de otimizar o sistema
de impermeabilização.
Pelo fato dos solos do local escolhido serem solos do tipo argila-arenosos, eles possuem uma
taxa de permeabilidade elevada para a adequada do solo ideal como camada
impermeabilizantes, sendo então necessário a utilização de uma camada impermeabilizante de
geomembrana.
Em adição ao que foi dito, o local destinado a projeção do aterro, se encontra em uma
proximidade relevante de um rio importante para a região, sendo então proposto para este
sistema de impermeabilização, uma camada dupla desta geomembrana.
Para esta impermeabilização serão necessários um estimado de 514.000 m2 para cada camada,
sendo que num total de duas camadas de base e uma de cobertura, será necessário para todo o
aterro 1.542.000 m2 de geomembrana com espessura de 2 mm.
A instalação desta camada impermeabilizante é feita conforme normas técnicas estabelecidas,
seguindo então, da camada de solo original, uma camada de geomembrana, 20 a 30 cm de um
solo para proteção mecânica desta membrana, a cobertura de drenagem, de 30 a 40 cm do solo
local, mais uma camada de geomembrana, 20 a 30 cm de solo para a proteção mecânica, sistema
de dreno do biogás e lixiviado e a disposição do maciço sanitário.
1.6.5 Sistema de drenagem de gás
Para o projeto em questão, serão construídos tubos de drenagens de lixiviados e biogás gerados
no aterro sanitário, seguindo o esquema de espinha de peixe, como já foi explicado
anteriormente neste projeto. Para a coleta do biogás, drenos verticais distribuídos
estrategicamente sobre todo o aterro, serão construídos seguindo os mesmos materiais do dreno
da espinha de peixe. Tubos de concreto perfurados serão instalados e ligados às espinhas de
peixe para uma otimização do sistema de coleta e drenagem do biogás. Estes tubos de concretos
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serão revestidos de britas número 1 e 2, a fim de evitar o contado do maciço com as perfurações
dos tubos, evitando então o “entupimento” dos tubos.
Este biogás gerado e coletado, no início do projeto será apenas queimado como uma medida
mitigadora de um possível impacto ambiental na qualidade do ar, e posteriormente pretende-se
desenvolver um sistema de reutilização para transformar este biogás em fonte geradora de
energia elétrica para o empreendimento.
1.7 Operação do aterro
1.7.1 Transporte e disposição dos resíduos sólidos
Para o aterro em questão, será utilizada principalmente o método de rampa para disposição dos
rejeitos. Os rejeitos serão transportados até o local do aterro por um caminhão caçamba, e ao
chegarem ao aterro, passarão por uma esteira de pesagem dos veículos, a fim de controlar a
quantidade de resíduos que está entrando em cada caminhão e em um total diário. Em seguida
da pesagem, os veículos irão dispôs os resíduos na base do aterro, sendo então entrando a ação
de um trator esteira, que irá empurra-los e distribui-los em rampas, compactando os resíduos
passando por cima deles de 4 a 5 vezes.
Após o final de cada jornada de trabalho diária do aterro, será utilizado 15 cm de solo para
cobertura protetora do mesmo. Após 4 a 5 metros de altura, o maciço recebera uma camada de
solo de 40 a 60 cm de espessura e mais uma camada de drenagem de biogás e lixiviado, a fim
de proteger a estrutura mecânica do maciço e homogeneizar a coleta do biogás e lixiviado. Ao
completar 25 metros de altura, será inicializado um sistema para cobertura e impermeabilização
da célula que se encerrou, e uma célula ao lado começara novamente com todos os processos.
O funcionamento do aterro está previsto para ocorrer no período de 8h até as 17 horas, sendo
reforçado a mão de obra em horário de picos de coleta.
1.7.2 Controle tecnológico
A fim de minimizar os impactos ambientais, o monitoramento do aterro sera constante, com
uma equipe qualificada em diversas áreas de estudo. Serão realizadas monitoramento da
quantidade de biogás gerado no início do aterro (primeiros 3 anos) mensalmente, após esse
período ela passara a ser trimestralmente.
Uma equipe especializada no monitoramento hidrológico também estará disponível, realizando
coletas de amostras do lixiviado, das aguas superficiais bem como em 7 pontos estrategicamente
localizados no Rio Uberabinha, devido sua proximidade. Pontos de coleta anterior ao aterro, ao
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lado do aterro, e em uma área após a passagem pela região do aterro serão instaladas para a
verificação de sua influência nas aguas do rio. As coletas serão feitas trimestralmente nos
primeiros 5 anos do aterro, em serão feitas coletas semestralmente. Todas as coletas serão
levadas ao laboratório e analisadas em diversos parâmetros para determinar a influência do
aterro nas aguas.
Para um controle geotécnico referente aos recalques, serão instaladas bases de concretos a fim
de verificar com o auxílio de equipamentos de geoprocessamento os aterros verticais e os
horizontais.
1.7.3 Plano de encerramento do aterro
O projeto refere-se a 20 anos de sua vida útil. Após este período ele será encerrado. Deve-se
ressalvar que o volume do aterro deve sempre ser medido e verificado para caso haja alguma
falha na execução e seja necessário o encerramento do mesmo antes do previsto.
Para o encerramento do aterro, será colocada uma camada protetora de geomembrana com a
finalidade de impermeabilizar o aterro das aguas pluviais bem como impedir que haja escape
de biogás do aterro.
O monitoramento após o encerramento deverá ser constante, a fim de analisar e verificar a
presença de futuros problemas inesperados e realizar medidas mitigadoras dos impactos bem
como se necessárias medidas compensatórias.
Será realizado por uma equipe especializada o monitoramento e verificação da presença de
vetores na região, bem como qualquer proliferação de doenças ou danos à saúde que o aterro
pode estar provocando.
1.8 Uso futuro do local
Após o encerramento do aterro, será realizado um monitoramento periódico e intenso durante
os próximos 12 meses, a fim de verificar se há problemas na estrutura mecânica do aterro, bem
como se a taxa de recalque foi estabilizada. Após esse período, será realizado uma preparação
e um planejamento arquitetônico para a criação de um parque ecológico, a fim de proporcionar
as populações vizinhas uma área de recreação de lazer.
Este projeto arquitetônico, deverá ser analisado e verificado sua possibilidade em decorrência
dos fatos e perturbações realizadas no ambiente pelo aterro sanitário.
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2.0 Memorial Técnico
Neste presente capítulo, serão analisados e apresentados alguns dados técnicos e específicos do
projeto, a fim de determinar sua realidade com relação ao meio no qual o aterro irá se inserir,
bem como verificar e avaliar a cobertura que o aterro sanitário cobrirá.
2.1 Cálculos dos elementos do projeto
Para o dimensionamento do aterro sanitário proposto neste projeto, foram utilizados dados
básicos retirados do IBGE, EMBRAPA e SNIS. O dimensionamento populacional futuro da
cidade de Uberlândia foi calculado através da média de crescimento anual dos anos de 2002 até
2013, e então estimada uma média geral e calculada para os 20 anos de vida útil do aterro. Para
a geração de resíduos per capita, foi utilizado dados iniciais gerados por habitantes da cidade
de Uberlândia, e por falta de dados presentes no SNIS, foi utilizado então a média de
crescimento da taca de geração per capita nacional, a fim de ter uma estimativa mais geral. Para
o cálculo do volume disposto diário, anual e cumulativo, foi utilizada uma densidade media
para um resíduo compactado de 0,8 t/m3. Na tabela a seguir indicada como tabela 1, pois já está
no devido documento no primeiro capítulo, mostra todos os dados estimados.
Tabela 1: Dados dimensionados para o projeto do aterro.
Ano População Geração
Per Capita
(kg/d/hab)
Cobertura da
coleta(%)
Massa (kg/d)
Volume de residuos compactados
m(3)/d m(3)/Ano Acumulado (m(3))
2016 683.487 0,88 100,00 603.398,51 754,25 275.300,57 275.300,57
2017 696.200 0,92 100,00 637.731,49 797,16 290.964,99 566.265,56
2018 709.149 0,95 100,00 674.018,01 842,52 307.520,72 873.786,28
2019 722.340 0,99 100,00 712.369,20 890,46 325.018,45 1.198.804,73
2020 735.775 1,02 100,00 752.902,55 941,13 343.511,79 1.542.316,52
2021 749.461 1,06 100,00 795.742,23 994,68 363.057,39 1.905.373,91
2022 763.401 1,10 100,00 841.019,45 1.051,27 383.715,12 2.289.089,03
2023 777.600 1,14 100,00 888.872,92 1.111,09 405.548,27 2.694.637,30
2024 792.063 1,19 100,00 939.449,22 1.174,31 428.623,71 3.123.261,01
2025 806.796 1,23 100,00 992.903,28 1.241,13 453.012,12 3.576.273,13
2026 821.802 1,28 100,00 1.049.398,84 1.311,75 478.788,22 4.055.061,35
2027 837.087 1,32 100,00 1.109.108,96 1.386,39 506.030,96 4.561.092,31
2028 852.657 1,37 100,00 1.172.216,55 1.465,27 534.823,80 5.095.916,11
2029 868.517 1,43 100,00 1.238.914,92 1.548,64 565.254,93 5.661.171,05
2030 884.671 1,48 100,00 1.309.408,39 1.636,76 597.417,58 6.258.588,63
2031 901.126 1,54 100,00 1.383.912,89 1.729,89 631.410,26 6.889.998,88
2032 917.887 1,59 100,00 1.462.656,65 1.828,32 667.337,10 7.557.335,98
20
2033 934.960 1,65 100,00 1.545.880,87 1.932,35 705.308,15 8.262.644,13
2034 952.350 1,72 100,00 1.633.840,51 2.042,30 745.439,73 9.008.083,86
2035 970.064 1,78 100,00 1.726.804,99 2.158,51 787.854,77 9.795.938,63
Volume total do aterro (residuos Compactados) 9.795.938,63
Volume total do aterro = + 20% de material de cobertura 11.755.126,36
Fonte: Autoria própria.
2.2 Prazo de operação do aterro sanitário
Na tabela a seguir, denominada como tabela 1, pois já foi apresentada neste mesmo documento
no capitulo 1, nos indica informações referentes a quantidade de resíduos sólidos a ser disposta
(anual), a densidade média aplicada, a capacidade prevista para a área e o prazo de operação do
aterro considerando o volume total estimado de preenchimento.
Tabela 1: Parâmetros para o prazo de operação do aterro sanitário.
Parâmetros Terreno total: 511.000 m²
Área a ser ocupada: 480.000 m²
População atendida no início 683.487 habitantes (calculado para 2016)
População atendida no final 970.064 habitantes (calculado para 2035)
Disposição média prevista 489.786,92 m³ por ano
Vida útil do aterro 20 anos
Densidade considerada 0,8 t por m³
Fonte: Autoria própria.
3.0 Apresentação das estimativas de custo
A tabela 3, mostrada a seguir, faz um demonstrativo do custo estimado em 20 anos para o aterro
em questão.
Tabela 3: Apresentação das estimativas de custo
Parametro Quantidade Custo/Qtd./20 anos Custo/parâmetro/20
anos
Engenheiro
Ambiental 1 R$ 2.400.00,00 R$ 2.400.00,00
Engenheiro Civil 1 R$ 2.400.00,00 R$ 2.400.00,00
Tecnico Ambiental 5 R$ 672.000,00 R$ 3.360.000,00
Tecnico Const.
Civil 5 R$ 672.000,00 R$ 3.360.000,00
Operarios Gerais 10 R$ 312.000,00 R$ 3.120.00,00
Funcionarios gerais 5 R$ 288.000,00 R$ 1.440.000,00
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Materiais Utilizados - - R$ 80.000.000,00
Veículos 40 - R$ 10.000.000,00
Total Para 20 anos R$ 98.160.000
Fonte: Autoria própria.
4.0 Referências
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Brasileira de Normas Técnicas. 1992.
Araújo, Alessandro Marques de et. al 2009. Diagnóstico Estratégico de Habitação de Interesse
Social. Prefeitura Municipal de Uberlândia. 2009.
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Fórum de Estudos Contábeis . 2003.
Nahas, Cláudio Michel et. al 2008. Aterros Sanitários: Técnicas Construtivas e Métodos Operacionais.
ENGECORPS. 2008.
Lima, Larissa Ane de Souza et. al 2009. Levantamento Preliminar dos solos do Municipio de
Correntina - BA. EMBRAPA CERRADOS. 2009.
Lenge, Liséte Celina et. al 2008. Resíduos Sólidos: Projeto, Operação e Monitoramento de Aterros
Sanitários. Guia do Profissional em treinamento - Nivel 2. 2008.
EMBRAPA. 2011. Mapas de Solos do Brasil. EMBRAPA SOLOS. 2011.
Fein, Jorge Ernesto. 2012. Liscença Operacional - LO - Tratamento e/ou Disposição final de resíduos
urbanos. Governo do Estado de Minas Gerais. 2012.
IBGE. 2011. Senso Populacional de Uberlandia. IBGE. 2011.
Itabira, Prefeitura Municipal de. 2011. Parecer Único de Compensação Ambiental. Instituto Federal
de Florestas. 2011.
Paulo, Prefeitura Municipal de São. 2008. Legenda do Zoneamento Territorial de Sao Paulo.
Prefeitura Municipal de São Paulo. 2008.
Picanço, Aurélio. 2013. Disposição Final Ambientalmente Adequada dos Resíduos Sólidos. IV
Seminário Internacional de Engenharia de Saúde Pública. 2013.
Saneamento, Sistema Nacional de Informações Sobre. 2012. Informações sobre geração de coleta
dos residuos solidos para Uberlândia. SNIS. 2012.
Saúde, Ministério da. 2004. Apresentação de projetos de residuos solidos urbanos. Funasa -
Orientações Técnicas. 2004.
Uberlândia, Prefeitura Municipal de. 2013. Plano de gestão Integrada de Residuos Sólidos.
Prefeitura Municipal de Uberlândia. 2013.