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Essencial para quem pretende tornar-se exmio datilgrafo e ser
aprovado em qualquer prova de digitao.
Chamo a especial ateno das pessoas acomodadas e negligentes:
DIGITAO REPROVA!
Conheo alguns jovens em Ipia que obtiveram xito em todas as
fases dos concursos que fizeram e perderam exatamente na prova de
DATILOGRAFIA.
Portanto, todo o cuidado pouco!
Cata milho ou patilgrafo dificilmente ser aprovado nesse tipo de
prova.
Quem sonha alto e pretende ser exmio datilgrafo, tem que
reaprender a digitar dentro da tcnica e com rapidez.
Basta que leia, com ateno, todas as orientaes que constam na
obra e, principalmente, treine muito por meio dos textos nela
apresentados.
PRIMEIRA PARTE.
INSTRUES PARA O APRENDIZ.
No movimente os braos, pulsos e mos. Todo o movimento deve ser
feito somente pelos dedos. A batida deve ser leve, no centro da
tecla. No aperte (empurre) a tecla. Bata-a e solte-a imediatamente.
Bata as teclas com a mesma fora e com igual ritmo.
No corra no incio da aprendizagem. Quem corre cansa. Bata
devagar e com ritmo. A velocidade vir com o tempo,
naturalmente.
Digite a lio at conseguir bat-la sem erros. Bata somente meia
hora por dia. Mais do que isso muito cansativo e improdutivo.
S passe para outra lio se a que estiver batendo ficar cem por
cento certa, como a do texto original, inclusive na esttica.
NO OLHE PARA A MQUINA! NO OLHE PARA O TECLADO! NO OLHE PARA O
PAPEL! Olhe para o papel somente depois de terminar de digitar o
texto, para verificar os erros.
No precisa aprender a bater o teclado dos nmeros. Aprenda a
bater somente as lies do 1, 2 e 3 teclados, respectivamente.
Poder bater todas as lies de qualquer mtodo usando espao 1 (um)
entre linhas, para economizar papel. No entanto, bom saber que o
espao 1,5 o normalmente usado em concurso.
Para bater a tecla do espao, use sempre o polegar da mo
esquerda.
Em Datilografia, a prtica tudo. Portanto, treine com freqncia.
No passe longos perodos sem digitar. Treinando meia hora por dia,
de segunda a sexta, suficiente.
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Antes de comear bater o texto, no se esquea de anotar as horas,
para que, ao termin-lo, saiba exatamente quantos minutos gastou.
Anote o tempo gasto no prprio papel em que bateu o texto.
S comece a bater os textos depois de terminar todas as lies do
mtodo que estiver usando. Aps terminar de bater o texto a primeira
vez, analise detidamente os erros que teve. Bate-o novamente, a fim
de eliminar, o mximo possvel, esses erros. Passe, ento, para outro
texto. No bata o mesmo texto mais de duas vezes seguidas. Ao chegar
ao texto de n 100, volte ao primeiro e proceda da mesma forma como
das vezes anteriores.
Se seguir risca todas as orientaes acima, aprender a digitar
sozinho e ser um timo datilgrafo. No entanto, caso queira freqentar
uma escola de datilografia, ter que saber escolher uma que
realmente ensina. Se chegar a uma escola e verificar que os alunos
esto digitando catando milho e olhando direto para o teclado, no
perca tempo em freqent-la, porque ir desaprender e jogar seu
precioso dinheiro fora. fcil aprender a digitar sozinho, desde que
tenha fora de vontade.
SEGUNDA PARTE.
TIPOS DE ERROS E PONTOS DESCONTADOS.
Sero descontados 10 (dez) pontos:
Se o candidato deixar de bater ou repetir uma linha, ou conjunto
de palavras.
Sero descontados 5 (cinco) pontos para:
Cada linha que faltar para completar o texto.
Espaamento entre linhas diferente do original.
Pargrafo com nmero de toques a mais ou a menos.
Margem direita que no contiver as mesmas palavras do texto.
Sero descontados 2 (dois) pontos para:
Espao entre palavra omitido ou excessivo.
Espao desnecessrio entre as letras.
Batida fora da margem.
Palavra saltada.
Palavra acrescentada.
Palavras trocadas.
Palavras invertidas.
Palavras sobrepostas.
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Letra excedente.
Letras trocadas.
Letras invertidas.
Letra muito apagada.
Falta de letra.
Letras sobrepostas.
Acento excedente.
Acento trocado.
Acento deslocado (para a esquerda ou para a direita).
Acentos sobrepostos.
Falta de acento.
Sinal excedente.
Sinais trocados.
Sinais invertidos.
Falta de sinal.
Sinais sobrepostos.
Falta de maiscula.
Uso indevido de maiscula.
TERCEIRA PARTE.
A PROVA.
A prova de Datilografia consiste em copiar, durante seis
minutos, um trecho impresso contendo novecentos toques (20 linhas
de 45 toques cada uma).
Mantenha-se calmo, descontrado, e procure comear a prova
datilografando lentamente as primeiras linhas, at adquirir
confiana. Progressivamente, v aumentando o ritmo, at atingir a
velocidade normal. Verificar, ento, que o ndice de erro ser
diminuto e que o tempo concedido mais do que suficiente para
datilografar todo o trecho, sem afobao.
A fim de obter o mximo de rendimento, siga as instrues
abaixo:
No obrigado a copiar o trecho exatamente como se apresenta (20
linhas e 45 toques cada); no obstante, prefervel que observe essa
disposio, j que, pelo fato de coincidirem o
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trmino e o incio de cada linha, ganhar tempo e ainda evitar
erros graves (omisses de palavras ou linhas, por exemplo).
Evite cometer os seguintes erros:
No inicie a prova sem observar o pargrafo. D a quantidade de
espaos que for necessria antes de inici-lo.
No use trao ou barra (- /) no final da linha. Se ao terminar
cada linha, ainda restar um, dois ou trs espaos, no o preencha com
trao ou barra, pois constitui erro. prefervel deix-lo em branco,
caso no d para iniciar nova palavra.
Assim que for distribudo o papel da prova, procure imediatamente
fixar a margem do lado esquerdo, pois constitui erro apresent-la de
modo desuniforme. J na margem direita tal no acontece, pois h
tolerncia de at 3 toques.
Os erros mais graves resultam da omisso de palavras ou linhas,
ou repetio desnecessria delas. Procure, portanto, datilografar com
cuidado, sem afobao, j que o tempo suficiente para tanto.
QUARTA PARTE.
OS TEXTOS.
TEXTO N 1.
O Rio Grande do Norte isso: sal, sol, nordeste. Barreira do
Inferno, viagens espaciais, industrializao. Algodo do Serid,
salinas de Mossor e miragens. Luta contra a seca, praias de areias
coloridas, cu limpo. O ltimo forte do folclore brasileiro, a melhor
carne-de-sol do Brasil. O litoral potiguar tem um cu limpo todo o
ano, ventos fracos e regulares, chuvas rpidas.
Saindo das cidades do litoral comea a surgir a imagem do serto
nordestino: as caatingas arbreas desaparecidas pelas derrubadas
acima do recomendvel, a terra seca, vestgios da existncia das
florestas que nunca foram grandes. Escassez de chuvas e secas
peridicas.
No interior, os grandes problemas esto concentrados nas
deficincias em termos de transporte, gua, sade pblica, centros de
treinamentos, energia e mo-de-obra. H falta de capital para gerar
indstrias. O subsolo riqussimo.
TEXTO N 2.
Dizer que o cho (a pista, a escada etc.) est escorregando, pode
bem ser o reflexo de uma dose a mais de usque... Aps a ressaca,
chega-se logo concluso da forma correta: Escorregadio. Ex.: Chove,
a pista est escorregadia; a empregada est fazendo limpeza. Cuidado!
O piso est escorregadio etc.
O desregramento na ingesto de bebida alcolica, traz uma srie
enorme de inconvenientes. Os imoderados no uso do lcool, expem-se a
situaes to lamentveis como aquelas em que se subdivide o seu estado
de descontrole as chamadas trs fases do embriagado: a do leo, a
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do macaco e a do porco (logo que o lcool lhe comea a subir, vira
leo! Quer briga com todo mundo; l pelo meio, comea a fazer
macaquices para, no fim a fase do porco expelir pela boca o
alimento que ingerira). O alcolatra , antes de tudo, um paciente
para o qual devem ser voltadas as atenes das pessoas compreensivas
e, sobretudo, caridosas.
TEXTO N 3.
A datilografia hoje encarada como um complemento cultural e
tcnico, indispensvel a qualquer indivduo, seja estudante,
professor, comerciante, mdico ou advogado.
Caracterizado pela exigidade de tempo e excesso de trabalho, a
vida moderna tornou a escrita mquina uma exigncia
insubstituvel.
A mquina de escrever venceu em todos os setores de trabalho, e,
para que se possa usufruir de todo o proveito que ela nos oferece,
necessrio saber escrever com os dez dedos, conhecer a nomenclatura
assim como as funes e utilidades de suas principais peas.
Como diz o velho ditado: O saber no ocupa lugar. Saiba voc,
tambm, escrever mquina com rapidez e perfeio, mas no estude sem
mestre, pois mtodo e mestre so indispensveis na formao de um bom
datilgrafo.
TEXTO N 4.
Era um dia um velho chamado Zusa, que trabalhava pelo ofcio de
carapina. A sua oficina era um brinco, sempre asseada, a ferramenta
muito limpa, tudo nos seus lugares.
Mas a mania do velho era batizar cada ferramenta com um nome
apropriado. O martelo chamava-se toc-toc, o formo, rompe-ferro, o
serrote, vaivm.
Quando um carapina do lugar precisava de uma, corria logo
oficina do Zusa, a pedir-lhe de emprstimo.
Mas, tantas lhe fizeram, demorando a entrega ou ficando com as
ferramentas, algumas vezes, que o velho resolveu parar com os
emprstimos.
Certo dia foi oficina um menino, de mando do pai, e disse:
Papai manda-lhe muitas lembranas e tambm pedir-lhe emprestado o
vaivm.
Mestre Zusa ps as cangalhas no nariz e respondeu:
- Menino, volta e diz a teu pai que se vaivm fosse e viesse,
vaivm ia, mas como vaivm vai e no vem, vaivm no vai.
TEXTO N 5.
Silenciou, com a morte de John Lennon, a voz mais enrgica de uma
gerao. Mas os jovens, de todas as idades, de todos os lugares e
todas as pocas, no a esquecero. John Lennon traduziu, em msica e
letra, na sua voz e na sua guitarra, tanto no seu comportamento
pblico quanto no privado, a esperana por um mundo mais livre, mais
pacfico e mais belo. Ele foi a aguda conscincia crtica, no s dos
Beatles, mas de todos, jovens e velhos, homens,
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mulheres e crianas, do mundo inteiro, que compreenderam e amaram
sua msica. Negar os preconceitos, ridicularizar a hipocrisia,
colocar em questo as instituies, libertar a mente e o corpo,
protestar contra a guerra, a fome e a injustia e, finalmente,
acreditar acima de tudo no poder do amor esses objetivos da arte de
Lennon expressam nossos anseios mais corajosos e mais saudveis, num
sculo de violncia e crueldade. A violncia e a crueldade existem
para serem enfrentadas. E a trajetria, artstica e humana, do menino
pobre de Liverpool, foi to intensa quanto profunda.
TEXTO N 6.
Um dos nomes mais brilhantes da histria da Matemtica , sem
dvida, Arquimedes.
Nasceu em Siracusa, no ano 287 antes do nascimento de Cristo, e
sua vida foi inteiramente dedicada Matemtica, Fsica e
Astronomia.
Muitas de suas concepes foram estudadas e desenvolvidas nos
tempos modernos, e deram origem a grandes progressos das cincias
nos ltimos sculos.
Deve-se a Arquimedes inmeras invenes mecnicas que tornaram seu
nome respeitado pelos prprios inimigos de sua Ptria.
Foi, porm, na segunda guerra pnica, quando em defesa de sua
Ptria, que mais se revelou seu gnio inventivo com a construo de
armas ofensivas e aparatos guerreiros que durante longos anos
resistiram ao exerccio de Marcelo, tido como o mais poderoso.
Construiu gigantescas catapultas que lanavam pedras, flechas e
outros projteis a distncias considerveis, fazendo com que o inimigo
por vrias vezes desistisse do cerco. Imensas mquinas com arpes que
agarravam as galeras romanas, afundando-as ou atirando-as contra os
rochedos, foram tambm criaes de Arquimedes.
TEXTO N 7.
Desde os primrdios da Civilizao, vem o homem valendo-se de
registros para fixar, em determinado instante, o quantum de sua
riqueza, utilizando-se, para tanto, dos meios que o estgio do
progresso lhe propiciava.
Somente nos meados do sculo XIII, no entanto, que esses
registros passaram a obedecer a um determinado mtodo de escriturao:
o mtodo das partidas dobradas, que deu origem ao atual sistema
contbil. Seu precursor foi o Frade Luca Paciolo, que, em 1494, com
base nos registros comerciais ento adotados pelos negociantes de
Veneza, o formulou e deu divulgao.
Esse mtodo tem como vantagem insupervel a escriturao simultnea,
no dbito e no crdito, das alteraes do patrimnio.
TEXTO N 8.
Da festa de congraamento nacional em que se transformou a
participao brasileira na Copa do Mundo, a grande lio que fica e
permanece a de que o nosso povo mobilizvel para as grandes causas e
possui um extraordinrio esprito de solidariedade. O que faltava era
tocar as
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cordas sensveis desse povo. A oportunidade nasceu e explodiu
agora com a conquista do tricampeonato pela Seleo Brasileira de
futebol. No houve uma casa brasileira, por mais humilde, que no
manifestasse o seu orgulho de brasilidade. Nunca se viu o Pavilho
Nacional to confundido e identificado com as manifestaes populares,
como nos dias que acabam de transcorrer.
O povo brasileiro soube reconhecer o alto valor da jornada do
nosso selecionado, tributando-lhe homenagem das mais justas, pois
cada jogador brasileiro deixou nos gramados do Mxico o suor do seu
esforo, do seu talento, de sua dedicao.
TEXTO N 9.
Do Amazonas ao mais humilde crrego do interior, os nossos rios
desempenham um papel essencial na vida do Pas.
E a cada dia se tornam mais importantes, porque tm de sobra uma
coisa que anda fazendo falta em todo o mundo: nossos rios so ricos
em energia.
Por isso, todas as centrais trmicas que utilizem derivados do
petrleo sero substitudas ou convertidas para uso de outra fonte de
energia primria. E vamos economizar mais petrleo.
Novas reservas naturais sero exploradas com a construo de mais
hidreltricas, enquanto fontes alternativas como e carvo e a energia
nuclear sero tambm utilizadas.
Todo esse trabalho, que envolve o desenvolvimento e a aplicao de
tecnologia do mais alto nvel, alm de um grande esforo
administrativo e financeiro, est sendo feito para garantir, em
todas as regies do Pas, o fornecimento de energia derivada de uma
fonte nacional, renovvel, que no polui, e que temos de sobra: a gua
dos nossos rios.
TEXTO N 10.
H cerca de 2000 anos antes do nascimento de Nosso Senhor Jesus
Cristo, habitava a Mesopotmia, pas situado entre os rios Tigre e
Eufrates, um povo que se tornou famoso por ter sido construtor,
agricultor, comerciante e astrnomo clebre.
Se os egpcios conseguiram fama com suas gigantescas pirmides, os
seus magnficos templos e obeliscos, uma reputao no menor gozam os
construtores babilnios, pois sabe-se que, j nessa poca, a
Mesopotmia era atravessada por uma rede de canais (dos quais alguns
navegveis) e possua grandes lagos artificiais que punham em
comunicao o Tigre com o Eufrates. O terreno assim irrigado
tornava-se frtil e barragens defendiam os campos das inundaes do
Eufrates cujas margens eram ligadas por uma ponte de mais de 200
metros de comprimento.
TEXTO N 11.
Seres primitivos, dotados de armadura, de placas espinhosas e
escamas sobrepostas, sem mandbula e com trs olhos na cabea deram
origem, h 400 milhes de anos, s 30.000 espcies de peixes que
conhecemos hoje.
Como contar a sua idade?
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As escamas apresentam-se com os aspectos mais variados, mas se
examinarmos qualquer delas com ateno, veremos uma srie de crculos;
atravs deles podemos saber a idade dos peixes. Mas, a cada crculo
no corresponde um ano de crescimento.
Um peixe no cresce sempre o mesmo atravs do ano. Nos meses
quentes, quando a comida no falta, cresce rapidamente, o que
provoca em cada escama uma quantidade de anis bastante
distanciados. Nos meses frios, os peixes crescem muito devagar e s
vezes nem chegam a crescer. Os seus anis de crescimento so poucos e
muitos fundos. Este conjunto de anis forma uma espcie de linha mais
acentuada. Para conhecermos com exatido a idade de um peixe devemos
contar apenas linhas pois, uma, marca a passagem de um inverno.
TEXTO N 12.
Medir o tempo foi sempre uma preocupao para os antigos, pois o
tempo, que no podemos segurar ou guardar, s pode ser medido,
registrando-se as repeties de acontecimentos peridicos.
Antigamente, os dias eram calculados de um a outro nascer do
sol, de uma a outra lua cheia, ou de uma a outra primavera. Os
ndios contavam os anos por invernos ou veres, os meses por luas, e
os dias por sis. evidente que as horas de claridade entre a aurora
e o escurecer variam muito durante o ano, mas o perodo que vai de
uma lua cheia a outra constante, da os antigos conclurem que a
maneira mais exata de medir o tempo consistia em tomar como medida
os corpos celestes.
TEXTO N 13.
Jamais diga que o preo do carro foi barato; que o preo da casa
caro etc. Preo, alto ou baixo; caro ou barato, o que se pretende
comprar. O canrio foi barato (seu preo foi baixo); o gravador caro
(seu preo alto) etc.
Ainda que se generalize paulista, para ambos, o fato que
paulista para os nascidos no interior SP; os da capital so
paulistanos.
Vou na fazenda; vamos nos Estados Unidos; fui na cidade; Tadeu
foi no teatro etc. so erronias de largo emprego. Consertar assim:
Vou fazenda; vamos aos Estados Unidos; fui cidade; Tadeu foi ao
teatro etc.
CHUCHU! Est a palavra que, em portugus, bate todos os recordes
de formas geradas pela dvida: xuch, xch, xuchu, xuxu, xx, xux,
chch, chuch, chx, chux, chuxu e chuchu! J anotamos, em vrias
oportunidades, essas onze formas erradas e at a certa
(chuchu)...
TEXTO N 14.
ENERGIA
Quando se quer executar um trabalho, como levantar um corpo ou
movimentar um veculo, precisamos lanar mo de uma forma de
energia.
A energia pode apresentar-se na natureza sob as mais variadas
formas: energia mecnica, eltrica, trmica, atmica (reatores
nucleares), radiante (raios X, raios csmicos, luz), etc...
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Essas diferentes formas de energia tm a propriedade de
transformar-se umas nas outras. Assim, quando se freia um automvel,
a energia cintica do veculo transforma-se em calor nos freios,
devido ao atrito. Tal fato constitui um exemplo de energia mecnica
convertendo-se em energia trmica.
TEXTO N 15.
O cheque cruzado o cheque em que so lanadas duas linhas
paralelas em diagonal. Este cheque s pode ser pago a
estabelecimento bancrio. Ento, ningum poder receb-lo diretamente no
Caixa. Para receb-lo, deve deposit-lo numa outra instituio
financeira. Esta receber seu valor e o creditar na conta do
depositante.
Se entre as duas linhas diagonais, houver o nome de um banco ou
instituio financeira, ou seu caracterstico (nmero da instituio
financeira), somente esta instituio poder receb-lo.
O cruzamento de que constam apenas as duas linhas, denominado em
branco; se dele constar o nmero ou nome da instituio financeira, o
cruzamento denominado completo ou em preto.
O cruzamento de um cheque no pode ser cancelado. Pode ser
transferido de uma instituio financeira para outra, mediante anotao
no verso do titulo, pela instituio portadora do ttulo, de
Autorizamos o depsito deste cheque no Banco.....
TEXTO N 16.
O vaga-lume produz a mais perfeita forma de iluminao: a luz sem
calor. De fato o pequeno inseto mais frio do que o ar de uma noite
de vero. Nas Antilhas, os indgenas prendem vaga-lumes entre os
dedos dos ps para iluminarem o seu caminho na selva. Algumas tribos
usam tambm estes insetos como enfeites para os cabelos das moas. No
Japo, durante a festa dos vaga-lumes, as pessoas levam em barcos
caixas cheias deles, que so liberados para desafiar as
estrelas.
Um camaleo de 15 cm pode, sem sair do lugar, capturar uma mosca
situada 25 cm adiante, por meio da lngua, que mais comprida do que
seu corpo. Alm disso, a lngua do camaleo, cuja ponta segrega uma
substncia pegajosa, arremessada sobre a presa com uma velocidade
espantosa, sem dar chance ao inseto.
TEXTO N 17.
Descoberto e colonizado por portugueses, natural que o elemento
branco que entrou na constituio de nosso povo tenha provindo de
Portugal e de suas ilhas atlnticas.
No Brasil, os portugueses, presentes em todos os estratos da
sociedade colonial, desempenhavam atividades as mais diversas.
Exerceram pequenos ofcios, praticaram o comrcio e a mascateagem
(comrcio ambulante), dedicaram-se agricultura e industria,
dominaram o servio pblico civil e militar.
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Os brancos mais abastados estabeleciam-se no campo e integravam
a aristocracia rural. Eram os empresrios agro-industriais de acar,
ento denominados simplesmente senhores de engenho.
Nas cidades, concentravam-se a maioria, que aspirava vida
aristocrtica rural, ideal da poca.
Propensa miscigenao, cruzaram-se os brancos com os ndios e os
negros, assim contribuindo efetivamente para a formao do povo
brasileiro.
TEXTO N 18.
A palavra hindu para o zero era SUNYA, que significava vazio ou
em branco.
Quando os rabes adotaram a numerao hindu, traduziram SUNYA para
SIFR que, em rabe, significa vazio. Por ocasio da introduo da
numerao hindu-rabe na Itlia, no sculo XIII, a palavra SIFR se
latinizou transformando-se em ZEPHIRUM e com sucessivas modificaes
deu a palavra italiana zero.
Aproximadamente, na mesma poca, o mesmo sistema de numerao foi
introduzido na Alemanha e a palavra SIFR foi modificada para
CIFRA.
A atitude do povo contra este novo sistema de numerao se
refletia no fato de que pouco depois de sua introduo na Europa, a
palavra cifra era usada como sinal secreto, significado este que
desapareceu nos sculos seguintes. Entretanto, a palavra DECIFRAR
uma reminiscncia daqueles primeiros tempos.
TEXTO N 19.
Galileo Galilei foi um grande fsico e astrnomo italiano que
nasceu em 1564 na cidade de Pisa.
Alm de importantes descobertas que fez no campo da Astronomia e
da Mecnica, deve-se a ele a inveno do telescpio que embora fosse
ainda muito rudimentar serviu-lhe bastante nas permanentes
observaes que fez do Universo.
Por ter afirmado que a Terra girava em torno do Sol, foi
considerado herege e para no morrer queimado foi obrigado a negar
sua descoberta diante dos tribunais da inquisio.
Na priso, manteve correspondncia com vrios amigos e discpulos,
sempre demonstrando e reafirmando as verdades que havia
descoberto.
TEXTO N 20.
Pouco se conhece da msica brasileira dos primeiros sculos, a no
ser algumas melodias indgenas, referncias de cronistas a rituais da
msica dos nativos e algumas anotaes de curiosos, como Pero Vaz de
Caminha. Somente a partir do sculo XVIII que comeam a surgir
documentos mais precisos sobre a formao da msica popular
brasileira. E esses documentos comprovam que apenas os elementos
portugueses e africanos contriburam para a formao da nossa msica
nos primeiros sculos. A influncia indgena ficou restrita
simplesmente cristalizao de algumas formas folclricas do pas. As
primeiras manifestaes legtimas de elementos musicais no nativos
foram o lundo, de origem africana, e a modinha,
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aparentemente de origem portuguesa. O lundo era basicamente uma
dana de ritmo marcante e meneios acentuados dos quadris e
umbigadas. antecessor do maxixe (que surgiu por volta de 1880) e do
samba (que apareceu l por 1920). J a modinha uma cano amorosa e
sentimental, surgida na segunda metade do sculo XVIII e bastante
divulgada tanto em Portugal como no Brasil. Na sua fase mais
popular, foi bastante difundida na Bahia e no Rio de Janeiro.
TEXTO N 21.
Na Amaznia, a paisagem predominante constituda das florestas e
dos rios.
Na regio Nordeste, na poro oriental e entre as escarpas de
Borborema e as guas atlnticas, est a zona da mata que uma rea
agrcola (rea canavieira) com um panorama muito agradvel por suas
paisagens naturais esverdeadas. Localizadas perto do mar, h grande
abundncia de chuvas, altamente importantes para o desenvolvimento
da cultura canavieira e sua industrializao. Em contraste
encontramos o serto, no interior nordestino, com ausncia quase
total de chuvas apresentando uma paisagem de poucas rvores
raquticas e vegetais espinhosos.
No sudeste, caracterizado por relevo bem variado, esto as mais
belas paisagens do pas. Picos, colinas, morros arredondados (Po de
Acar), matas verdejantes (na serra da Mantiqueira, serra do Mar),
rios, praias.
TEXTO N 22.
Pesquisas demonstram que o homem mdio passa setenta por cento do
seu tempo comunicando-se verbalmente: ouvindo, falando, lendo,
escrevendo. O trabalho burocrtico todo ele baseado na comunicao,
que representa fator importante no aumento da produtividade. Fora
do ambiente de trabalho, ocorre o mesmo. A maioria dedica o momento
de folga conversa com parentes e amigos ou leitura. Ou a ouvir
rdio, assistir televiso, cinema, teatro ou concertos.
Os bares e restaurantes esto constantemente cheios de pessoas,
que sempre descobrem um motivo para se reunirem. Nas quadras de
esporte, os jogadores so apresentados assistncia e aplaudidos
demoradamente. Durante o jogo, a assistncia aplaude, gesticula,
grita e ameaa. H inclusive, os que levam imensas bandeiras de seus
clubes. Segundo os entendidos, a gritaria caracteriza uma linguagem
pr-simblica.
TEXTO N 23.
Distinguem-se trs reinos na natureza: o mineral, o vegetal e o
animal.
Ao reino mineral pertencem os seres sem vida.
Ao reino vegetal pertencem os seres com vida, ainda que
imperfeita: nascem, crescem, reproduzem-se e morrem. Mas no possuem
movimento, vida de relao ou sensibilidade.
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Ao reino animal pertencem os seres que tm vida vegetativa,
movimentos ativos, sentidos, instintos, s vezes admiravelmente
desenvolvidos e perfeitos. Neste reino, incluem-se os animais
irracionais e, acima deles, o homem.
Criado imagem de Deus, o homem possui inteligncia para pensar,
elaborar idias, perquirir e perseguir a verdade, possui vontade
para dirigir-se a si prprio e possui liberdade para assumir
responsabilidade, decidir fazer ou deixar de fazer alguma
coisa.
O homem , portanto, o ser mais importante que Deus criou.
TEXTO N 24.
Pela mesma depreensvel razo de na se dizer entardeceu a tarde,
anoiteceu a noite, etc., que, tambm, no se deve dizer amanheceu o
dia. No obstante, quase todas as rdios, logo pela manh, anunciam
que o dia amanheceu chuvoso (ou frio etc.). Achamos bastante dizer:
amanheceu chuvoso (nublado, quente, etc.).
J observou como quase toda gente grafa vaga-lume, erradamente?
Embora o faa sem o hfen, pode-se, em Machado de Assis, acabar, de
vez, a dvida: - Msera! Tivesse eu aquela enorme, aquela claridade
imortal que toda luz resume! Por que no nasci em um simples
vaga-lume?
Assim como no se pede uma xcara com caf; um litro com leite; uma
colher com mel; etc., no se deve, tambm, pedir um copo com gua.
D-me um copo (de gua) dgua, por favor; um litro de leite, uma
colher de mel, etc., so formas certas. Lembre-se de que, copo,
xcara, colher - como, obviamente, o litro etc., funcionam como
medida, a medida do que se quer (uma quantidade igual a do contedo
de um copo, de uma xcara etc.).
TEXTO N 25.
A propriedade que tem os corpos transparentes de desviarem a luz
que os atravessa, usada na fabricao de lentes, que so meios
transparentes limitados por duas superfcies curvas ou por uma curva
e outra plana.
As lentes podem ser convergentes (ou convexas), e divergentes
(ou cncavas).
No nosso olho existe uma lente convergente chamada cristalino,
que determina a convergncia dos raios luminosos de modo a formar
uma imagem na retina, cabendo ao crebro a tarefa de torn-la
direita.
As pessoas com miopia devem usar uma lente divergente antes do
cristalino e as com hipermetropia, uma lente convergente.
TEXTO N 26.
DUPLICATA
Nas vendas mercantis o prazo (no inferior a 30 dias) entre
partes domiciliadas no territrio brasileiro, o vendedor extrair a
respectiva fatura para apresentao ao comprador.
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A fatura a relao discriminada das mercadorias vendidas, podendo
indicar apenas os nmeros e valores das notas parciais de venda. No
ato de sua emisso, dela poder ser extrada uma duplicata para
circulao como efeito comercial, no sendo admitida qualquer outra
espcie de ttulo de crdito para documentar operaes dessa
natureza.
A lei permite a emisso de vrias duplicatas para uma s fatura,
quando o pagamento desta deva ser feito parceladamente, em prazos
diferentes. O inverso, no entanto, no ocorre, j que uma s duplicata
no pode corresponder a mais de uma fatura.
TEXTO N 27.
Contraindo-se 70 vezes por minuto, o corao bombeia a cada vez,
70 centmetros cbicos de sangue por todo o corpo, o que perfaz quase
5 litros por minuto. Quer dizer, o corao realiza dentro de 24 horas
um trabalho equivalente ao de uma bomba que levanta 7.000 litros de
gua a 2 metros de altura, supondo-se uma compresso de 2 metros.
Os pulmes fornecem em cada minuto, seis litros de bixido de
carbono gasoso. Ou seja, os homens de uma cidade de 20.000
habitantes poderiam com isto, encher em um minuto o maior Zeppelin
construdo na Alemanha.
A velocidade com que os nervos transmitem uma sensao dolorosa
desde as pontas dos dedos at o crebro de 30 at 80 metros de
segundo. Os nervos, portanto, agem numa velocidade de at 250 km por
hora.
TEXTO N 28.
Foi a necessidade de braos para a lavoura canavieira que
determinou a introduo do elemento negro no Brasil.
No se pode precisar facilmente a ano em que vieram os primeiros
negros. Pode-se, entretanto, dizer com exatido que data de 1538 a
entrada no Brasil do primeiro carregamento regular.
Os negros introduzidos no Brasil como escravos pertenciam, em
sua maioria, aos grupos banto e sudans.
Aqui chegados, no se dedicavam apenas aos trabalhos agrcolas.
Eram tambm utilizados na extrao de minrios e nos servios
domsticos.
Os primeiros mercados de escravos estavam localizados na Bahia,
no Rio de Janeiro, no Recife e em So Lus. Da a grande concentrao de
negros nos ncleos agrcolas do Recncavo Baiano, do Rio de Janeiro,
do Extremo Nordeste e do Maranho.
Dos citados centros, eram os negros enviados para as reas de
minerao em Minas Gerais, Gois e Mato Grosso.
TEXTO N 29.
-
Os sinais de adio e subtrao nem sempre tiveram a forma atual. Na
papiro Rhind eles aparecem representados por duas pernas de uma
pessoa que se dirige em direo da escrita (sinal mais) ou em sentido
oposto (sinal menos).
At o sculo XVII no existiam smbolos prprios para essas operaes.
Elas eram representadas por palavras latinas, escritas por extenso.
Assim, o sinal de adio era plus e o de subtrao minus, vocbulos que
significam, respectivamente: mais e menos, substitudos
posteriormente pelas suas iniciais p e m.
Os sinais de + (mais) e (menos), conforme usamos modernamente,
apareceram impressos pela primeira vez em 1489, na Aritmtica
Comercial de Johann Widmann dEger publicada em Leipzig.
TEXTO N 30.
A pessoa que vai sofrer uma operao, o sujeito da voz passiva; o
operador, o da ativa. esse fato, bastante fcil de se entender, que
faz ser errada e mesmo inusitada a forma: Paula vai se operar;
Carlos se operou etc. pelo exposto, o correto : Paula vai ser
operada; Carlos foi operado etc. (subentende-se pelo mdico).
Muitos atribuem culpa ao mdico pela perda de um amigo ou
parente, na mesa de operaes. Quantos edifcios tm rudo... Quantos
avies caem por culpa da engenharia... Quantos inocentes tm ido para
o ambiente sombrio e entediante de uma priso, pela falha da
defesa... Quantos alunos so reprovados por culpa de um mau
professor... So fatos todos decorrentes de falhas involuntrias do
homem. So as chamadas falhas humanas. E eles, os mdicos, so
humanos, tambm.
TEXTO N 31.
No ms de dezembro de 1930, Jorge Amado, ento um rapaz de 19
anos, conclua o manuscrito original de seu primeiro romance, o Pas
do Carnaval. Nesses anos todo de vida literria, ele se tornou o
escritor brasileiro mais lido do pas e o mais traduzido no mundo
todo (so mais trezentas tradues, em 39 lnguas).
Ao longo dos seus trinta livros romances, contos, biografias,
viagens, teatro, uma histria para crianas uma constante se
apresenta: uma preocupao permanente pela sorte do povo sofrido da
sua Bahia natal, preocupao que o faz auto-retratar-se como
romancista de prostitutas e vagabundos. Convencido de que jamais
foi incoerente em suas posies ideolgicas (que incluram desde uma
ativa militncia no Partido Comunista, pelo qual chegou a se eleger
deputado federal em 1945, pelo Estado de So Paulo, a uma vigorosa
defesa dos artistas baianos atingidos pelas chamadas patrulhas
ideolgicas), Jorge Amado tem, como disse no seu discurso na
Academia Brasileira de Letras (1961), a alegria de ter conservado
jovem o corao, por no ter rompido jamais a unidade entre minha vida
e minha obra.
TEXTO N 32.
Com a morte de Jonh Lennon, assassinado em Nova York,
desapareceu um dos poucos gnios que viviam no mundo de hoje. Lennon
morreu aos 40 anos de idade, portanto com muito
-
tempo ainda aberto a sua frente, mas o pouco que viveu foi
suficiente para deixar um dos mais extraordinrios legados que a
cultura popular moderna recebeu. No h notcia de que outro
compositor, ou outro conjunto musical, tenha sido mais universal
que Lennon e os Beatles, ou que tenha encantado tanta gente,
durante tanto tempo, em tantos lugares, ou, ainda, que tenha
influenciado de maneira to completa a poca em que viveu. Dez anos
no um ou dois, mas dez depois de os Beatles terem-se dissolvido m
1970, para jamais cantar ou gravar juntos de novo, suas canes, seus
discos e sua imagem continuam to atuais e presentes como se o
conjunto continuasse intacto. Sem existir mais, os Beatles
permaneceram to vivos como sempre pois se tornou impossvel
cansar-se deles, e mais ainda esquec-los.
TEXTO N 33.
Certas necessidades so vitais para o homem. Ningum pode
desconhecer a fome, a sede, o frio, ou o sono. Por isso, o homem
planta, veste-se e se abriga. A moradia, depois da alimentao e da
gua, vem, assim como o vesturio, servir s necessidades primrias do
ser humano. Entre a natureza e o homem, a casa se impe como um
abrigo indispensvel de intemprie, algo que se pode manejar atravs
de portas e janelas, atravs de cujos vidros se pode descortinar o
panorama sem sofrer dos rigores do frio ou do calor, e onde se pode
conciliar o sono reparador sem os inconvenientes da poluio sonora e
do perigo.
TEXTO N 34.
O problema da orientao profissional, ou seja, do encaminhamento
do indivduo para um trabalho ajustado sua natureza, de suma
importncia para a vida do homem e da sociedade. Uma das causas
principais da angstia psicolgica do ser humano da atualidade, e do
conseqente desequilbrio espiritual da sociedade contempornea, o
trabalho realizado em desacordo com a vocao. Realmente, a atividade
profissional no possui apenas o significado econmico e social para
a existncia do homem, mas tambm um sentido espiritual, pois que o
trabalho se entrelaa com as tendncias mais profundas e os mais
ntimos motivos da alma humana. O exerccio de atividade profissional
contrria s aptides, e aos ideais da personalidade pode acarretar no
s o desajustamento social como tambm o malogro econmico e, muitas
vezes, at a derrota espiritual do trabalhador.
TEXTO N 35.
Gorjeta Obrigatria, cujo projeto se encontra no Congresso,
significa mais um nus contra o povo j to sobrecarregado.
O pobre sacrifica suas diverses, deixa de comprar uma roupa,
sapatos; mas deixar de comer, ainda que mal, no e possvel. Cada
qual que sabe quando pode ou no dar gorjeta.
No momento querem 10%, amanh estaro reivindicando 20%, 30%. Hoje
so os garons, amanh sero as demais classes prestadoras de servios a
reivindicar as mesmas regalias.
Alega-se que o sistema existe alhures. E ns com isso? Em quantos
outros pases no existe? J contaram?
-
Dizem que a gorjeta obrigatria vir melhorar a aposentadoria dos
beneficiados. nossa custa? E a nossa, quem a beneficia? No meu modo
de entender esse projeto nocivo ao bem pblico, pois que sua meta
despir um santo para vestir outro. Acho que se o mesmo passar no
Congresso, ao Sr. Presidente caber vet-lo. o que a conscincia
nacional espera.
TEXTO N 36.
Telefonema, como as palavras originrias do grego, terminadas em
ma - teorema, fonema, grama (peso) etc. - substantivo masculino - o
telefonema; um telefonema etc. Um telefonema DDI, para a Califrnia,
no demora mais de trs minutos! Para uns poucos autores, no entanto,
essa palavra comum de dois gneros. Como se sabe, o telefone foi
inventado pelo fsico americano Graham Bell, em 1876.
Aquela pecinha, parecida com prego, sem ponta, e geralmente de
alumnio, usada para tapar buracos em panelas, bacias etc., chama-se
rebite. Arrebite forma errada.
INFRINGIR E INFLIGIR. To fcil o significado dessas duas palavras
que, no frigir dos ovos, qualquer um pode ter dissipadas dvidas
eventuais. Infringir violar, desrespeitar etc.; infligir cominar,
aplicar pena, repreender etc. Cuidado, pois, para no infringir as
regras ortogrficas, ao grafar tais palavras. O castigo, que lhe ser
infligido, vir em forma de crtica...
TEXTO N 37.
O Banco Central do Brasil no sociedade annima. uma entidade
ligada diretamente ao Ministrio da Fazenda. Pertence integralmente
ao Governo Federal.
O Banco Central no possui clientes. No empresta, no recebe em
depsito. No um banco comercial.
Tem finalidade normativa, isto , ele que cria a regulamentao
para todas as operaes e servios das Instituies Financeiras e
fiscaliza.
Por Instituio Financeira entende-se banco, casa bancria,
financeiras, caixas econmicas, cooperativas de crdito etc. tambm um
banco emissor, ou seja, emite e controla o dinheiro em
circulao.
TEXTO N 38.
OLFATO
A sensao de cheiro fica gravada no crebro. Podemos, portanto,
distinguir o cheiro de diferentes substncias. Para isso, precisamos
aproximar essas substncias do nariz, pois nele que se localiza o
receptor externo do olfato, sentido responsvel pela sensao do
cheiro. A membrana que reveste a parte interna do nariz chama-se
PITUITRIA.
Os estmulos provocados pelos diferentes cheiros so conduzidos do
nariz at o crebro por meio de um nervo (nervo olfativo).
-
O cheiro de um alimento este ligado ao seu gosto e
reciprocamente. A prova disso que, quando estamos resfriados com as
narinas obstrudas, no sentimos o mesmo gosto dos alimentos.
TEXTO N 39.
A constituio de 1934, dispondo sobre o trabalho assalariado, deu
o primeiro passo para o aparecimento da legislao trabalhista em
nosso Pas.
Somente em 1943 que apareceria, atravs do Decreto Lei n 5452, de
1 de maio, a Consolidao das Leis do TrabalhoCLT, que at hoje rege
as relaes entre empregados e empregadores.
Dentre as mais importantes conquistas dos trabalhadores,
inscritas na CLT, figuram as seguintes: salrio-mnimo, salrio
famlia, frias, jornada de trabalho de oito horas.
A CLT regulamenta o trabalho da mulher e do menor, permite
contratos individuais ou coletivos de trabalho e reconhece as
organizaes sindicais, orientando-se sempre os seus dispositivos no
sentido da maior justia social.
TEXTO N 40.
Neste ab, c no d... Veja se no esquece! Na palavra abscesso,
depois do ab, vem s... A grafia de abscesso (no abcesso) repousa em
razes etimolgicas - latim, abscessu.
No diga a cores (j que, tambm, no diria a preto e branco). Filme
em cores e televiso em cores, so as formas corretas. Ex.: O
televisamento em cores bem mais perfeito; prefiro os filmes em
cores; mostram as coisas como so etc.
No hesite ao aplicar terraplanagem ou terraplenagem. Ambas so
formas corretas.
Insignificncia, frivolidade etc., tm, dentre outros, como
sinnimo, bagatela, nunca bacatela, como se escreve freqentemente.
Ex.: Carros grandes, com o aumento da gasolina, esto custando uma
bagatela etc.
Falando ou escrevendo desenteria ou desinteria, voc poder
provocar clicas em quem o ouvir ou ler... Embora poucos o
empreguem, disenteria (disentrico etc.) a forma correta.
TEXTO N 41.
Euclides, que pertenceu Escola de Alexandria, tornou-se notvel
graas aos seus famosos "ELEMENTOS", no qual exps com grande lgica
tudo quanto conhecia sobre a matemtica.
Este tratado formado de 13 livros com 372 teoremas e 93
problemas e at hoje, depois de 2000 anos, considerado por muitos
como a melhor introduo ao estudo da matemtica. Pode-se afirmar que,
na Geometria, essa obra representa "o livro de consulta universal",
pois a Geometria que ainda hoje se estuda no curso secundrio,
baseia-se nesta grande e imortal obra de Euclides.
-
Este Matemtico famoso teve como discpulo o rei Ptolomeu, que
reconhecia o enorme valor de Euclides e, por essa razo, queria
aprender alguma coisa da maravilhosa cincia que o mesmo com tanta
clareza ensinava. Porm, no dispondo de tempo, nem pacincia para
fazer um curso regular, perguntou ao mestre se no existia um
caminho mais fcil do que o indicado no seu tratado. A resposta dada
por Euclides tornou-se histrica: "Majestade, no mundo existem
facilidades a servio do rei, porm, na Matemtica, s existe um mtodo
para todos.
TEXTO N 42.
Inicialmente dominavam os indgenas toda a rea de colonizao.
Depois, quando chegaram os negros, deslocaram-se os indgenas para o
interior, mas conservaram-se, predominantemente, nas reas de
extrativismo e pastoreio, vale dizer, na floresta amaznica, nos
campos do planalto central e nas caatingas do nordeste.
Os negros foram localizados nas zonas agrcolas e mineradoras,
preponderando nas faixas litorneas e mineradoras, notadamente na
Bahia, em Pernambuco, no Rio de Janeiro e em Minas Gerais.
Ate o recenseamento de 1890, a populao branca era minoritria.
Distribua-se o elemento branco por todo o territrio nacional, mas
predominava em todo o sul e nas reas urbanas.
TEXTO N 43.
Orao e trabalho so os recursos mais poderosos na criao moral do
homem. A orao o ntimo sublimar-se d'alma pelo contato com Deus. O
trabalho o inteirar, o desenvolver, o apurar das energias do corpo
e do esprito, mediante a ao contnua de cada um sobre si mesmo e
sobre o mundo, onde labutamos.
O indivduo que trabalha, acerca-se continuamente do Autor de
todas as coisas, tomando na sua obra uma parte, de que depende
tambm a dele.
Quem trabalha est em orao ao Senhor. Orao pelos atos, ela
emparelha com a orao pelo custo. Nem pode ser uma ande
verdadeiramente sem a outra. No trabalho digno de tal nome do mau,
porque a malcia do trabalhador o contamina. No e orao aceitvel a do
ocioso, porque a ociosidade a dessagra. Mas, quando o trabalho se
junta orao, e a orao com o trabalho, a segunda criao do homem (a
criao do homem pelo homem) semelha s vezes, em maravilhas, a criao
do homem relo divino criador.
TEXTO N 44.
Um escularpio foi chamado para tratar de uma rica senhora que
sofria de catarata. Sendo, porm, desonesto, o nosso querido amigo,
sempre que ia visitar a rica velha, furtava-lhe um objeto precioso.
Quando acabaram os objetos preciosos, ele comeou, despudoradamente,
a levar-lhe tambm os mveis, um a um.
Afinal, certo dia, no tendo mais o que roubar, deixou de visitar
a velha. Mas no contente com isso, sapecou-lhe em cima uma conta
terrvel, capaz de abalar mesmo a fortuna do mais rico catartico. A
velha protestou, dizendo que no pagava, e a coisa foi para o
Tribunal. E foi no tribunal que a velha declarou o motivo de sua
recusa em pagar. Disse: No posso pagar a
-
conta do senhor esculpio, do doutor mdico, porque eu estou com a
vista muito pior do que quando ele comeou a me tratar. No incio do
tratamento eu ainda via alguma coisa. Mas, agora, no consigo
enxergar nem os mveis l da sala."
TEXTO N 45.
Se, numa prova, concurso etc., aparecerem drgea e dragia, no
engula a primeira... Do francs, drage, a forma dragia mais do que
vivel, sob o ponto de vista etimolgico.
s 5 para as 7; sa s 10 para as 6 etc., so formas completamente
inaceitveis, pelo absurdo que encerram. certo dizer, sa s 10
minutos para as 6?! Por acaso vlida a forma: Ela partir s 5 para as
4?! Basta observar que 5, 10 etc., referem-se a minutos. Aos 5
minutos; aos 10 minutos etc. Escreva, portanto: Aos 5 para as 7; sa
aos 10 para as 6; o avio partir aos 15 para as 9 etc.
Fixar, colar, pregar, firmar etc., alguma coisa, em algum lugar.
Afixar, refere-se a avisos, cartazes, editais, convites etc. Ex.: O
carpinteiro fixou o armrio na parede; o juiz mandou afixar o edital
no quadro de avisos; o cartaz foi afixado no tapume etc. Para fixar
as explicaes deste item, basta afix-las na tela prodigiosa da
imaginao...
TEXTO N 46.
ACEITE
O aceite o ato pela qual o devedor, ou sacado, reconhece a
existncia da dvida, obrigando-se a pag-la em seu vencimento.
O aceite passado mediante a assinatura do sacado no anverso
(frente) do documento, no espao em branco esquerda.
O aceite pode ser completo ou restrito. Ele completo, quando o
aceitante declara aceito, datando e assinando de prprio punho.
restrito, quando o aceitante no concorda com qualquer das condies
do titulo.
O aceite, uma vez firmado, no pode ser cancelado nem
retirado.
A falta ou recusa do aceite prova-se pelo protesto.
TEXTO N 47.
Sendo invisvel e perfeitamente transparente, o ar pode ser
percebido atravs dos seus efeitos, por exemplo quando estiver em
movimento (ventos).
Possui duas propriedades: a compressibilidade e a elasticidade.
Por exemplo: se puxarmos o embolo de uma seringa de injeo tapando a
abertura da seringa, ao empurrarmos o embolo seu volume ser
bastante diminudo (compressibilidade). Ao soltarmos o embalo ele
volta posio inicial, expandindo-se, voltando a ocupar o volume
anterior (elasticidade).
O ar ocupa, portanto, um lugar no espao pesando por litro cerca
de 1,3 g. O ar atmosfrico composto de uma mistura de gases,
predominando o nitrognio (cerca de 78%), o oxignio
-
(cerca de 20%) que possui funo importante na manuteno da
combusto e gs carbnico. O componente do ar que alimenta a combusto
o oxignio.
Para que a combusto (queima) se realize necessrio a presena de
um combustvel e um comburente.
TEXTO N 48.
Em 1956, criou-se a Comisso Nacional de Energia Nuclear (CNEN),
que, em 1971, fundou a Companhia Brasileira de Tecnologia Nuclear
(CBTN), empresa de economia mista para desenvolver a pesquisa neste
campo.
O Brasil est atualmente concluindo sua primeira usina nuclear em
ITAORUNA, municpio de Angra dos Reis (RJ).
A poltica nuclear brasileira tomou grande impulso com o acordo
Brasil-Alemanha Ocidental, segundo o qual nosso Pas receber a
tecnologia e fornecer a matria-prima.
Para implementar a nova poltica nuclear brasileira, que absorver
sofisticadssima tecnologia e exigir a construo de oito usinas
termonucleares at 1985, foi criada a NUCLEBRS.
TEXTO N 49.
Rua Tonelero; Av. Rainha Elisabete; Praa da Bandeira; Travessa
do Carmo etc., tm inicial maiscula, pois o assunto denominao de
logradouros pblicos. No entanto, rua, travessa etc., simplesmente,
so grafados com minscula: o garoto joga bola na rua; as praas do
Rio vo ser arborizadas etc.
Quem mora, mora na, no , como se observa, de quando em vez. Ex.:
Marisa da Silva, residente Rua Duvivier etc.; Margarida est
residindo Travessa Flores etc. Formas corretas: Marisa da Silva,
residente na Rua Duvivier etc.; Margarida est residindo na Travessa
das Flores etc.
So formas erradas: Nem eu no fui; nem Laila no jantou; nem o
carro nem a moto no chegaram. As certas: Nem eu fui; nem Laila
jantou; nem o carro nem a moto chegou etc. No aplique no em frases,
como as acima, com nem; o verbo, por sua vez, permanece no
singular.
TEXTO N 50.
A populao brasileira composta da trilogia branconegroamerndio,
variando muito o grau de mestiagem e pureza. Entretanto, torna-se
bastante difcil definir at que ponto cada um desses elementos
tnicos era ou no previamente mestiado. Os portugueses trouxeram, e
ainda trazem, uma complicada miscigenao de lusitanos, romanos,
rabes e at negros que habitaram em Portugal. Isso sem contar os
outros povos europeus que tambm contriburam para a formao do povo
brasileiro: italianos, espanhis, alemes, eslavos, srios. Os negros
que Vieram para o Brasil pertenciam a dois grandes grupos: os
Sudaneses e os Bantos. Os Sudaneses, de estatura alta e cultura
elevada, foram instalados principalmente na Bahia. Os Bantos,
vindos de Angola e Moambique, predominaram na Zona da Mata
Nordestina, no Rio
-
de Janeiro e em Minas Gerais. Os indgenas brasileiros pertencem
aos grupos paleoamer-rndios, que foram provavelmente os primeiros a
migrarem para o novo mundo.
TEXTO N 51.
O otimismo, o bom humor, a alegria de viver devem constituir
nosso estado de alma permanente. Se tivermos a alma s e a sade
normal, tais sentimentos devero persistir em ns, especialmente nas
pocas crticas tempos de crise ocasies em que os homens se queixam
das dificuldades da vida.
Na poca em que vivemos, indispensvel se torna que nos
fortaleamos com todo otimismo e coragem que possuirmos. Precisamos
dizer-nos que, se nos impossvel, muitas vezes, influir de modo
decisivo nas circunstncias, poderemos quase sempre influir em ns
mesmos.
Mas com ser-se otimista objetereis - quando tudo corre mal?
Responderemos: Ter a atitude otimista, do modo como a
entendemos, precisamente ter alcanado um estado de esprito
positivo, apto sempre para a resistncia, pronto para ver o que h de
bom nas piores conjunturas, a acolher os acontecimentos com inteno
de tirar, deles mesmos, o melhor resultado possvel. Sabeis que com
energia, fora de vontade e pacincia tudo obtereis.
TEXTO N 52.
Era uma vez um naviozinho que nuca havia navegado. Um dia,
repleto de crianas, saiu para uma longa, longa viagem atravs do
oceano. Todos partiram entusiasmados.
Ao fim, porm, de cinco ou seis semanas, comearam a faltar os
vveres. Iam os tripulantes com pacincia. Tentaram tudo. Em vo. E
deram o desespero. Resolveram, ento, tirar a sorte para saber qual
deles serviria de alimento aos demais. Recaiu sobre o mais moo a
escolha. Enquanto alguns j discutiam o tempero da refeio, o infeliz
subiu ao mais alto mastro e, de l, olhando as ondas ameaadoras, fez
ao cu uma ardente prece:
minha Nossa Senhora, perdoa os meus pecados e impede-os de me
comer!
Neste mesmo instante, milhares de peixinhos comearam a saltar
para dentro do batel e foram avidamente apanhados.
Assim foi salvo o jovem marinheiro.
TEXTO N 53.
Doer nos ouvidos faz-nos lembrar apito; apito, por sua vez,
leva-nos a usina... Outra coisa, de doer nos ouvidos, buzina...
Essa associao de idias trouxe-nos uma vantagem: mostrar que, apesar
de se grafar usina (com s), buzina, to parecida, o com z...
Se eu ver, quando eu ver, quando eles verem etc., por
incorretas, devem ser corrigidas para: Se eu vir, quando eu vir,
quando eles virem, se (ns) virmos etc. Videre (latim, ver) explica
a presena do i.
-
O r, no final de muitas palavras, motivo para que a maioria das
pessoas erra na pronncia cobert, diret, faz, compr, pag, convenc
etc. O r final de tais palavras deve ser pronunciado, ainda que
discretamente, cobertor (tor), diretor (tor), fazer (zer), comprar
(prar) etc.
Para os desatentos, desapercebido forma certa. S mesmo para os
despercebidos... Voc, que atento, percebeu que errada a forma
desapercebido e certa, despercebido.
TEXTO N 54.
A principais verminoses so a solitria o oxiro, o amarelo, a
lombriga e a esquistossomose.
A solitria um verme chato com corpo dividido em segmentos que se
desenvolve no intestino do homem. Pode alcanar vrios metros e sua
infestao se faz ao se ingerir cerne de porco ou de boi que estejam
contaminadas.
O amarelo produzido por um verme cilndrico e ancilstomo que tem
um centmetro de comprimento. Vive no intestino do homem
perfurando-o e alimentando-se dele. Suas larvas penetram na pele e
desenvolve um verme adulto no organismo humano.
A lombriga um verme cilndrico com cerca de 15 cm de tamanho.
Vive no intestino humano e sua infestao pode ser feita por verduras
e hortalias mal lavadas.
O oxiro um verme cilndrico que mede de 3 a 12 mm de comprimento.
Vive no intestino e provoca clicas e disenterias. Ocorre auto
infestao por coceira na regio final do intestino.
A esquistossomose causada por um verme achatado (esquistossoma)
com aproximadamente 10 a 18 mm de comprimento. O verme que se
desenvolve nas guas de lagoas sai de seu caramujo e penetra na
pele.
TEXTO N 55.
Foi a fonte de energia que deu impulso segunda e terceira fases
da Revoluo Industrial. O petrleo ainda constitui a principal fonte
de energia no atual estgio do desenvolvimento econmico do mundo,
embora novas formas de energia venham sendo experimentadas, como a
energia solar e a energia nuclear.
No Brasil, no havia uma poltica petrolfera at 1938, quando foi
criado o Conselho Nacional do Petrleo, com o objetivo de orientar a
pesquisa do petrleo e tomar medidas destinadas a garantir o
abastecimento de derivados de petrleo.
No segundo Governo Vargas, foi criada a Petrobrs, pela lei
2.004, de 3-10-53. A Petrobrs detm o monoplio estatal do petrleo. a
maior empresa brasileira e uma das mais conceituadas do mundo.
TEXTO N 56.
Limiar, por muitos, pronunciada Limear. Achamos que Linear
(relativo a linhas, semelhante a linha), de significado
absolutamente diverso, induza ao erro de pronncia. Limiar o mesmo
que incio, entrada, comeo etc.
-
A preocupao de alguns em falar bem, leva-os falsa certeza de que
Gratuto, alm de bonito, forma correta. Cuidado, pois, com essa
palavra. trisslaba gra-TUI-to (gra-TUI-ta) etc. Pronuncie,
portanto, graTUIto, sem acento no i (tui). Gratuto , portanto,
incorreto.
Pronunciar ou escrever Largatixa, de fazer subir na parede...
Palavra originria do espanhol largartija - , passou a lagartixa, no
nosso idioma. Ateno, tambm, ao grafar ou pronunciar lagarto.
BEM-VINDO, DR. BENVINDO! Uma e outra, como se observa, tm
significado diferente. Ao desejar boas-vindas, faa-o com bem-vindo,
bem vinda, bem-vindos etc. Benvindo, no mximo, poder ser o nome do
recepcionado.
TEXTO N 57.
Os fatores mais decisivos para a difuso e o xito da causa
republicana foram: a influncia das repblicas vizinhas; a questo
militar; o medo de que com a morte de D. Pedro II, o Brasil
passasse a ser governado pelo Conde DEu, um estrangeiro; o
descontentamento dos senhores de escravos depois da abolio. Embora
o descontentamento em relao monarquia fosse se generalizando, o
respeito que se tinha a D. Pedro II dificultava a radicalizao do
movimento republicano. Uma srie de boatos espalhados por
republicanos e militares acabou por criar condies favorveis
concluso do processo republicano, e ao obter o apoio do Marechal
Deodoro, vinculado aos republicanos paulistas, que a repblica fosse
proclamada a 15 de novembro de 1.889.
TEXTO N 58.
A personalidade, qualidade misteriosa, fcil de reconhecer, mas
difcil de definir, no se adquire de fora, liberada do interior.
Toda criana tem personalidade de sobra. Isso sucede porque ela no
tem receios quanto maneira de exprimir-se. No sente a menor inibio,
porque est numa fase de total despreocupao consigo mesma, e assim
permanecer at entrar em comunicao com outros seres humanos. Nas
relaes sociais recebemos constantemente sinais de advertncia, os
quais governam nossa liberdade de expresso. Um sorriso, um franzir
de testa, uma dose de diferentes e hbeis indicaes de aprovao de
desaprovao, interesse ou falta de interesse, informam-nos
continuamente sobre o efeito que causamos, sobre se estamos ou no
acertando. Mas se a criatura torna demasiado consciente a sua
preocupao pelo que pensam os outros, o fim a inibio.
TEXTO N 59.
O Brasil parece um conjunto de vrios pases formando um
continente ou um arquiplago. No por acaso que recebe apelidos como
pas dos contrastes, nem por acaso que se fala em dois Brasis, o do
sul e o do norte. A diferena vai alm desses plos, no se limitando
ao clima ou a topografia. H regies que sustentam outras, h regies
que recebem aeroportos supersnicos, enquanto outras dominadas pelos
primitivos indgenas, s agora so conquistadas. Em conseqncia disso,
no h apenas um tipo de habitao brasileira. Tanto a palhoa do ndio
como a cabana de madeira do descendente de certos colonos so
habitaes brasileiras. Tambm o barroco de caixote em um morro
qualquer da cidade do Rio de Janeiro e as casas de sopapo em Gois.
Em outro plano, na passagem dos nveis mais baixos de renda
-
para os mdios, encontram-se casas de tijolo e telha com o mesmo
aspecto em todo o pas e, continuando a subir de nvel, edifcios com
fachadas de alumnio e vidro que se vem em todos os centros de pases
desenvolvidos tambm so erguidos em nossos principais centros
metropolitanos.
TEXTO N 60.
Diz-se, freqentemente, antes-de-ontem, ao invs de anteontem.
Forma certa, portanto, anteontem; a outra, antes-de-ontem, coisa do
passado.
Dar ajuda direta ao mendigo, , por vezes, desajud-lo. Colaborar
mensalmente com as instituies de caridade, um modo efetivo de se
evitar a mendicncia. Observe a grafia correta das palavras mendigo
e mendicncia. Continuar escrevendo mendingo, mendincncia etc.,
revelar pobreza grfica e oral...
Outra palavra, tambm trocada, torcico. Por se referir a trax,
muitos a grafam deste modo: torxico. Como certa, portanto, fiquemos
com torcico.
A palavra dolo (d) do grego dolon (d), deve, por questo de
etimologia, ser pronunciada com o o aberto dolo (d). Dolo (d) erro
de dar d...
Talvez por ser sempre um homem, a sentinela chamada erradamente,
de o sentinela. Formas corretas: A sentinela est atenta; vrias
sentinelas guardam o quartel etc.
TEXTO N 61.
O TATO o sentido que utilizamos para reconhecer os objetos,
estando com os olhos fechados. Normalmente, utilizamos as mos para
fazer esse reconhecimento, pois nelas que o tato mais
pronunciado.
Os estmulos que determinam as sensaes de calor, frio, dor, tato
e presso (fora exercida sobre uma superfcie) so recebidos na
superfcie do corpo e provocam atos voluntrios ou involuntrios. Se
provocarem atos voluntrios porque os estmulos foram ao crebro, de
onde veio a ordem motora. Se provocarem atos involuntrios porque os
estmulos foram medula, de onde veio a ordem motora.
Os CORPSCULOS TTEIS so as estruturas responsveis pelo sentido do
tato. Eles esto situados na derme, mais profundamente do que as
terminaes nervosas, de tal modo que as sensaes de dor so percebidas
antes das sensaes de tato.
TEXTO N 62.
Na primeira metade do sculo XVI, no houve, no Brasil, nada que
se pudesse caracterizar como educao. A rigor, a cultura s chegaria
Colnia em 1549, com os jesutas que acompanhavam o 1
Governador-Geral, Tom de Souza. No ano seguinte, Manoel da Nbrega
fundava, na Bahia, o Colgio dos Meninos de Jesus, ponto de partida
de uma cadeira de colgios que, no sculo XVII atingiria o total de
onze. Em 1554, foi fundado o Colgio So Paulo de Piratininga, origem
da atual cidade de So Paulo. Dentre os jesutas que militaram
-
na educao do Brasil, destacam-se: Manuel da Nbrega, Jos de
Anchieta, Antnio Vieira e Lus de Gr.
Esse precrio tipo de educao, nico possvel na Colnia, em virtude
do distanciamento da Metrpole, perduraria at o ano de 1759, quando
a companhia de Jesus foi expulsa de Portugal e suas colnias pelo
Marqus de Pombal.
TEXTO N 63.
Voc poder ser um cobra no nosso idioma, bastando que, dentre
outras coisas certas, no diga que insetos e cobras mordem. Abelhas,
moscas, mosquitos e demais insetos, alm da cobra, picam.
O arreio, claro, que parte do equipamento para montaria (burro,
cavalo etc.), nada tem a ver com arrio. A primeira, pelo visto,
substantivo, enquanto que a segunda (arrio), verbo. Ex.: A mala foi
arriada no cho; arrio os embrulhos no banco; o carregador arriou os
volumes perto do txi; numa rodoviria ou aeroporto, fique sempre
atento aos volumes que voc tiver arriado, enquanto aguarda a conduo
etc.
Formicida, raticida, inseticida etc., so palavras masculinas.
Ex.: O formicida deve ser guardado distante dos cereais; o
raticida, o po ou o queijo etc., com que se preparam as iscas,
devem ficar fora do alcance de crianas e animais domsticos; o
inseticida no deve ser aplicado em locais fechados ou de modo a
atingir peas de vesturio, alimentos etc.
TEXTO N 64.
As primeiras decises tomadas a favor dos escravos no Brasil
foram resultado da presso exercida pela Inglaterra junto ao governo
de nosso pas. As principais leis nesse sentido foram a abolio do
trafico negreiro (Lei Eusbio de Queirs) em 1.850; a do Ventre Livre
em 1871; a dos sexagenrios em 1.885 e finalmente a Lei urea
assinada pela princesa Isabel, em 1.888, que aboliu definitivamente
a escravido no Brasil.
A mo de obra escrava que fora utilizada em todas as etapas da
vida econmica brasileira at ento, comeou a ser substituda pela do
imigrante europeu em meados do sculo XIX; essa substituio se fez
gradativamente, e s depois da abolio da escravatura, o brao livre
passou a ser o nico utilizado como fora de trabalho. Uma das
principais pessoas a estimular a imigrao foi o senador Vergueiro
que fundou uma colnia de alemes e suos em So Paulo, em 1.847.
TEXTO N 65.
Certo dia, passava o grande operador (Dr. Moura Brasil) pela Rua
do Ouvidor, quando viu, a mo estendida, um cego que pedia
esmola.
- Voc quer ficar bom da vista, meu amigo? perguntou-lhe,
dando-lhe uma esmola.
- Ah, meu senhor! gemeu o desgraado, - ser a maior felicidade da
minha vida!
- Pois, amanh, pea a algum que o conduza ao meu consultrio, s 3
horas. Aqui est o endereo.
-
E entregou-lhe um carto, com seu nome.
No dia seguinte, l estava o cego. E com tanta felicidade foi
operado, que, oito dias depois, estava completamente bom.
Um ms depois, ia Moura Brasil pela mesma rua, quando viu, no
mesmo lugar, o mendigo, olhos parados, mo estendida. Uma esmola,
pelo amor de Deus, para um pobre cego!
Aproximou-se:
- Mas, que isso? Voc, ento, no est curado?
- Ah, meu senhor! pretextou o mendigo. Estar, estou; mas como se
no estivesse. Eu passei 15 anos cego, e me desabituei de trabalhar;
agora quis me acostumar, e no pude!
TEXTO N 66.
Muitos grafam cabine, marquise, vitrine etc., por fora do
francs. No nosso idioma, o a substitui o e, que fica s para francs
ver... Temos, ento, cabina, marquisa, vitrina, popelina etc.
O verbo haver no tem nada a ver com cartas, no plural... Haviam
cartas na mesa, portanto, forma errada e que se corrige com o verbo
no singular. Pela mesma razo no deve ser dito: Houveram vrias
oportunidades; havero novos livros na biblioteca etc. Pela idia de
existir, que d o verbo haver, nessas circunstncias, deve permanecer
no singular. Ex.: Houve vrias oportunidades; haver novos livros na
biblioteca etc.
Jamais diga: H trs meses passados estive em Tquio etc.; h dois
anos passados comprei um apartamento etc.; h cinco dias atrs
visitei meu pai etc. observe que, h, passados, visitei, comprei
etc., do, todas, idia de passado. Admitem-se, pois, como formas
indiscutveis, as seguintes: H trs meses estive em Tquio; h dois
anos comprei um apartamento; h cinco dias visitei meu pai etc.
TEXTO N 67.
A reproduo assexuada aquela onde partes dos seres vivos tm
possibilidades de formar um novo ser. A reproduo assexuada muito
comum nos vegetais sendo tambm chamada de reproduo vegetativa. Em
alguns vegetais essa regenerao feita por folhas (por exemplo:
batatinha). Outros vegetais possuem estruturas especiais destinadas
reproduo assexuada como, por exemplo, as samambaias, os musgos e os
fungos. Nos animais a reproduo assexuada tambm pode ser observada.
Mais comumente ocorre regenerao que pode estar ligada ao processo
de reproduo quando partes de um animal formam um novo ser. Por
exemplo: estrela do mar quando se perde um brao, outra estrela se
formar desse brao perdido. A regenerao no est ligada ao processo de
reproduo quando somente regenerar a parte perdida do animal. (Por
exemplo: as lagartixas quando perdem sua cauda a regeneram).
No homem a capacidade de regenerao pouco pronunciada. No h
regenerao de membros, mas, a da pele sim pela cicatrizao.
-
TEXTO N 68.
O Poder Legislativo composto pela Cmara de Deputados e pelo
Senado federal. Esses dois rgos, juntos, compem o Congresso
Nacional.
Os membros da Cmara de Deputados so eleitos diretamente pelo
povo, para um perodo de quatro (4) anos, que corresponde a uma
legislatura. Cada Estado tem um nmero de deputados, de acordo com o
total de eleitores inscritos que tiver.
J o Senado composto pelos senadores, em nmero de trs por Estado,
eleito cada um para um perodo de oito anos.
Nos Estados, o Poder Legislativo exercido pela Assemblia, cujos
membros so eleitos pelo povo.
Nos Municpios, exerce o Poder Legislativo a Cmara de Vereadores,
cujos membros so eleitos pelo mesmo processo dos membros da
Assemblia Legislativa.
Quanto aos Territrios Federais, estes tm apenas um representante
na Cmara de Deputados e nenhum no Senado Federal.
TEXTO N 69.
O presente do indicativo e do subjuntivo do verbo fechar fecho
(), fechas () etc.; e feche () etc. Com o aberto (fcho) forma
errada.
Por se originar de veruca (latim), mais lgico verruga, para ns.
Escrever ou pronunciar berruga, sinal de erro... sempre bom
recorrer-se a um especialista quando do aparecimento imoderado de
verrugas.
Se voc ficar de olho na grafia correta da palavra sobrancelhas,
nunca mais aceitar sombracelhas, ou outras formas cabeludas...
De modos que e de maneiras que so formas incorretas que se
substituem por: de modo que e de maneira que.
Parece estranho, mas o nome correto no azala ou azalia! Esse
arbusto, de flores to belas, da famlia das ericceas, deve ser
grafado e pronunciado azlea. Crisntemo, como se observa, tem
circunflexo no a, no devendo, portanto, ser pronunciado crisantemo
().
TEXTO N 70.
Desde a independncia comearam os choques entre D. Pedro e os
brasileiros mais liberais. Algumas causas do descontentamento
foram, entre outras, a questo da coroa portuguesa, os escndalos da
vida particular, a sua preferncia pelos portugueses e as suas
atitudes absolutistas. A abdicao foi resultado de Campanha dos
Liberais, que, desanimados de conseguir uma alterao da poltica de
D. Pedro, exploraram o descontentamento popular e os sentimentos
nativistas, conseguindo sublevar o povo quando D. Pedro dissolveu o
ministrio brasileiro, substituindo-o pelo dos marqueses.
-
Preferindo renunciar ao trono a ceder o pas a uma guerra civil,
D. Pedro abdicou em favor de seu filho Pedro de Alcntara, a 7 de
abril de 1.831, e partiu para Portugal acompanhado unicamente da
esposa e da filha mais velha.
TEXTO N 71.
Nenhuma festa de Natal era conhecida nos trs primeiros sculos.
No ano 336, em Roma, o nascimento de Cristo foi festejado pela
primeira vez no dia 25 de dezembro. Nesta data era comemorada a
festa pag do sol natural invencvel, dedicada ao deus Mitras. O
desenvolvimento do Cristianismo e o governo de um imperador cristo
no podia admitir celebraes deste tipo. Era preciso uma deciso. E,
como boa parte dos cristos sentia falta de mais atos litrgicos,
transformaram a festa de Mitras numa consagrao a Cristo. A mudana
foi bem aceita e, dentro de pouco tempo, a celebrao do Natal em 25
de dezembro criou razes e adotada at os dias de hoje, j que
praticamente impossvel determinar a data do nascimento do Menino
Deus.
TEXTO N 72.
Por significar e outro (as); e outras coisas, que no tem
cabimento a vrgula antes do etc. (abreviatura de et caetera, do
latim). Escreva, portanto: O Brasil exporta, alm de know-how,
avies, automveis etc. A palavra final etc. engloba tudo mais quanto
no foi relacionado: Sapatos, tratores, rdios, tecidos etc.
No se admite inclor, triclor, biclor etc. No entanto,
erradamente, muitos pronunciam tecniclor. Oxtona, como , deve ser
pronunciada tecnicolor (lr), a exemplo de incolor, bicolor,
tricolor etc., todas com a ltima slaba fechada (lr).
Foro, local onde funcionam os rgos do Poder Judicirio, tem o
fechado, no singular foro () e aberto, no plural foros ().
Embora estranha, serissimo (de srio), forma correta em portugus.
Ex.: O caso dos seqestros serissimo etc.
TEXTO N 73.
No intestino delgado existem fermentos digestivos, que iro
promover a absoro de substncias alimentares sob a forma de glicose,
aminocidos, glicerina e cidos graxos, uma vez que no quimo foram
transformados apenas o amido e as protenas. A mesmo no intestino
delgado, as substncias alimentares recebero o nome de QUILO a
partir do momento que sofreram a ao de fermentos digestivos
provenientes do pncreas, da bile proveniente do fgado e de
fermentos digestivos fabricados pelo prprio intestino.
Quando se faz o exame de sangue de uma pessoa, encontram-se,
entre outras substncias, aminocidos, cidos gordurosos, glicerina e
glicose. Isso nos mostra que os alimentos orgnicos, depois de
transformados e absorvidos pelo intestino delgado, passam para o
sangue.
TEXTO N 74.
-
Os problemas financeiros do Brasil, a oposio na Assemblia ao
Imperador, o sentimento nativista dos brasileiros que passaram a
ver com desconfiana a origem portuguesa de D. Pedro, aumentada
depois que ele passou a ser tambm o Rei de Portugal, com a morte de
D. Joo VI (1826), fizeram com que D. Pedro I fosse perdendo a
popularidade.
Mesmo tendo abdicado ao trono portugus em favor de sua filha D.
Maria, no conseguiu acalmar os receios e o descontentamento contra
o seu governo. Os acontecimentos se precipitaram com a troca do
Ministrio, o que levou D. Pedro I a abdicar em 7-4-1831 em favor de
seu filho D. Pedro II, brasileiro nato, e embarcar para Portugal, a
fim de defender os direitos de sua filha D. Maria II ao trono
portugus.
TEXTO N 75.
Observe, como aparecem, a seguir, as homfonas viajem e viagem:
Que ela viaje de concorde, concordo; uma viagem mais rpida. Como se
viu, com J, verbo; com G, substantivo. Antes de uma viagem, sempre
bom certificar-se de que seu carro est em condies e de que todos os
seus documentos esto sendo conduzidos. O cuidado nas estradas
garantidor de quem viaja de automvel. A melhor de todas as viagens
a de retorno ao lar.
inexplicvel a averso de muitos palavra presidente. Parece-nos
mais certo: Mrcia a presidenta do clube, do que presidente. No
constitui erro, entretanto, presidente antes do feminino.
Presidente Marlia; a presidente Norma etc.
Reflita, no absurdo de se dizer: enfiar o chapu na cabea; enfiar
as luvas nas mos; enfiar os sapatos nos ps etc. Essa curiosa figura
de retrica chama-se hiplage. No lhe parece mais vivel: enfiar os ps
nas meias; as mos nas luvas e os ps nos sapatos?... Ou voc, amolado
com essas explicaes, vai enfiar no chapu a cabea e ir embora...
TEXTO N 76.
Tomemos um jovem na plenitude de suas foras; coloquemo-lo sob a
superviso de tcnicos especializados; faamo-lo treinar vrias horas
por dia; possibilitemos-lhes o acesso aos instrumentos e aparelhos
mais sofisticados; ofereamos-lhe fama, vantagens financeiras,
promoes regulares; alimentemo-lo cientificamente; adicionemos a
tudo isto uma inabalvel vontade de vencer.
Com estes ingredientes, a mistura pode ser levada ao forno,
cozinhando em banho Maria para evitar que a massa fique ressecada.
Sero necessrios talvez alguns anos de expectativa antes de
atingirmos o ponto. Contudo, uma coisa certa: um dia, ao jantar,
poderemos servir ao Brasil um campeo olmpico!
TEXTO N 77.
Enquanto as colnias espanholas eram uma grande fonte de exportao
de metais preciosos (ouro e prata), facilmente encontrveis e sem
grandes despesas de extrao, no Brasil, os portugueses s encontravam
o pau-brasil.
O pau-brasil era encontrado em todo o litoral brasileiro, do Rio
Grande do Norte ao Rio de Janeiro, e o processo usado na sua extrao
era simples e barato. Era cortado no meio da
-
mata, com auxilio dos ndios, os quais o transportavam at as
feitorias do litoral em troca de miangas e quinquilharias, e mais
tarde, em troca de objetos teis, como machados, facas, foices e
anzis.
De acordo com o sistema econmico da poca e com o prprio sistema
colonialista portugus, o pau-brasil era produto de exportao, que
deveria ser extrado em grande escala e vendido na Europa. Alm disso
sempre dentro da poltica econmica da poca o pau-brasil, como a
maioria dos mais valiosos produtos coloniais, era monoplio da coroa
portuguesa. Isto significa que o direito de extrair a mercadoria, e
de vend-la, e os lucros assim obtidos pertenciam a Portugal.
Entretanto, o rei de Portugal costumava associar-se a particulares,
concedendo-lhes o direito de explorar o pau-brasil. Esse sistema
proporcionava vantagens e ambas as partes: fortalecia o poder real
e enriquecia os comerciantes a ele ligados.
TEXTO N 78.
Conta a Mitologia que Midas, por hospedar condignamente o Baco,
recebeu deste deus a promessa de ter satisfeito um de seus desejos.
Nervosamente, Midas solicitou o dom de transformar em ouro tudo em
que tocasse.
Assim foi feito. O privilegiado anfitrio rejubilou-se ao
constatar que as paredes, os objetos de uso pessoal, a moblia,
tocados por ele, se metamorfoseavam em ouro da mais pura espcie.
Sua alegria, entretanto, duraria pouco. Ao abraar esposa e filhos,
viu-os transformados em esttuas daquele metal. Ao tentar
alimentar-se, percebeu horrorizado que os talheres, a mesa, o vinho
e at as refeies eram agora barras de ouro.
Pobre Midas! Era o homem mais rico do mundo. No entanto, toda a
sua opulncia era v, porquanto no lhe permitia desfrutar do carinho
dos filhos, do calor da esposa nem das iguarias de sua abastada
despensa.
Esta lenda mostra-nos que o dinheiro no o valor maior. Sua
existncia, se desacompanhada de outros fatores, como uma rvore
bela, mas estril.
TEXTO N 79.
Bimensal o mesmo que quinzenal. o que se realiza ou aparece duas
vezes por ms. Bimestral o que ocorre ou aparece de dois em dois
meses. Explicam-se, desse modo, o bi, de mensal, e o bi, de
mestral...
Televiso a transmisso a distncia da imagem (objetos, pessoas
etc.); televisor o receptor dessa imagem. Ex.: A televiso (a
imagem) est ntida; no Natal comprei um televisor novo etc. Ainda
que bastante propagado, errado dizer televiso, referindo-se ao
aparelho que temos em casa. fcil, por analogia, no errar mais:
Televisor o que est perto de ns; televiso o que, de longe, chega at
ns.
H quem no admita a forma acrobata, como certa. Ambas acrobata e
acrbata so corretas e constantes da maioria dos dicionrios.
Embora desaconselhando velocidade imoderada no veculo, vamos,
velozmente, aprender mais uma: motorcicleta e motocicleta t so
pronncias largamente difundidas incorretas,
-
no obstante. possvel que motorcycle, do ingls, induza a esse
erro. Como certas, vamos ficar com motocicleta (m), motociclismo
(m) etc.
TEXTO N 80.
PALADAR
A sensao de gosto fica gravada no crebro. Para sabermos o gosto
de um alimento que nunca provamos, precisamos lev-lo lngua, sede
dos receptores do paladar, sentido responsvel pela sensao de
gosto.
Os estmulos provocados pelos diferentes gostos so recebidos pela
lngua e conduzidos at o crebro por intermdio de um nervo.
Cada tipo de sabor melhor percebido em determinada regio da
lngua. O sabor doce melhor percebido na ponta da lngua. O sabor
amargo melhor percebido na parte posterior e os sabores azedo e
salgado so mais bem percebidos nas partes laterais da lngua.
TEXTO N 81.
Ainda h quem confunda concerto e conserto! Concerto (com C)
sesso musical, enquanto que, com S, conserto, reparo, restaurao
etc. Ex.: Ccia foi ao concerto, no Teatro Municipal; o mecnico
consertou o carro etc.
Possivelmente por influncia da pronncia inglesa record (), a
maioria das pessoas pronuncia rcor ou recorde. No nosso idioma a
tnica no o recorde ().
garantia constitucional para proteger direito individual lquido
e certo, no amparado por habeas-corpus, contra ilegalidade ou abuso
de poder, d-se o nome de mandado de segurana. Ex.: A famlia
Bernardes ganhou o mandado de segurana; os funcionrios inpetraram
mandado de segurana visando o recebimento de gratificao etc.
Mandato de segurana, pelo exposto, inapelvel...
Para mim ir; para mim comprar; para mim fazer; para mim olhar
etc., so formas incorretas. Em tais situaes pe-se eu em lugar de
mim: Para eu ir; para eu comprar etc.
TEXTO N 82.
Aps 1967, a Superintendncia Nacional da Marinha Mercante
resolveu atribuir aos navios de bandeira nacional papel cada vez
mais importante no comrcio exterior brasileiro, visando economia de
divisas. Essa deciso deu grande impulso navegao martima ao longo do
curso, redundando na construo de grandes estaleiros no Rio de
Janeiro, centro da indstria de construo naval. O mesmo aconteceu
relativamente navegao de cabotagem.
A navegao fluvial inexpressiva, apesar de o Brasil possuir em
seu territrio importantes vias, como os rios da Amaznia, o So
Francisco, o Paran, o Paraguai, o Tiet e outros.
Realiza-se atualmente uma poltica de reaparelhamento e ampliao
dos portos existentes, por parte da Portobrs, que veio substituir o
Departamento Nacional de Portos e Vias Navegveis (DNPVN).
-
TEXTO N 83.
Extremamente feliz, o cidado, acompanhado de sua mulher, deixou
a maternidade carregando no colo seu mais novo rebento. Chegou ao
modesto edifcio onde mora, pegou o elevador, saltou no seu andar,
botou a chave na fechadura e, ao entrar, ouviu-se por todo o prdio
um estrondo ensurdecedor. Imediatamente a vizinhana acorreu aflita,
parando diante da porta onde escapavam rolos de fumaa. Ser que foi
algum atentado? indagou uma senhora cheia de rolos na cabea.
Enquanto as indagaes se sucediam, um senhor com ar de cientista
aproximou-se, pediu licena pequena multido e dirigiu-se ao dono da
casa:
- Quantos cmodos tem esse apartamento?
- de quarto e sala.
- E quantas pessoas moram aqui?
- Bem, eu, minha mulher e sete filhos, alis, oito.
- Quer dizer que moram dez pessoas num quarto e sala? indagou
espantado o cientista. O proprietrio balanou a cabea
afirmativamente. O cientista retirou-se. sada, uma senhora gorda,
de peignoir, interpelou:
- Foi uma exploso de gs?
- No senhora respondeu o cientista. foi uma exploso
demogrfica.
TEXTO N 84.
Lcia est meia doente; a casa est meia velha; a cadeira meia dura
ect., so formas erradas, pela aplicao de meia. Corrigir: Lcia est
meio doente; a casa est meio velha; a cadeira meio dura; as crianas
esto meio febris; as plantas esto meio murchas etc.
Suor () pronncia, alm de feia, errada. Essa palavra tem o aberto
suor () e o verbo se conjuga: suo, suas, sua etc. Soar, como pensam
uns poucos, nada tem com suar, a no ser o calafrio, produzido pelo
erro... Soar o mesmo que dar ou reproduzir som; ecoar etc.
Jamais acrescente s ou ponto ao h de hora (gastam-se 5hs do Rio
a So Paulo; o avio ficou retido mais de 3hs etc.). Vejamos alguns
exemplos certos: Gastam-se 5 h do Rio a So Paulo; o avio ficou
retido mais de 3h; a reunio terminou s 6h26min; Anglica chegou s
10h20min etc.. Convm observar, tambm, a grafia certa de minuto
(min), que, como a de hora (h), sem ponto e com minscula.
TEXTO N 85.
A amizade como um muro de concreto que protege a casa beira-mar.
As ondas vo e voltam, batendo ora suave, ora violentamente contra
ele; vem o sol, vem a chuva, vem o vento, e o muro est sempre ali,
forte, inabalvel diante dos elementos, disposto a sacrifcios,
humilhaes e esquecimentos. Graas a ele, a casa permanece tranqila e
serena, dominando altiva o rochedo.
-
Assim a amizade. Quando contamos com ela, somos como a casa
protegida. Sabemos que existe uma barreira entre ns e os ataques de
inveja, as calnias do dio e as mentiras de ingratido. Sabemos
que...
TEXTO N 86.
Quando se deseja saber como vai ou est uma pessoa, pergunta-se
com bem, jamais com bom. Ex: Tudo bem?; como esto as crianas, esto
bem? Como vai voc no trabalho, bem? O oposto de bom mau; bom
adjetivo. O oposto de bem mal; bem advrbio.
Copie, algumas vezes, a palavra mimegrafo e, certamente, nunca
mais escrever mimigrafo...
De fato, no h o que opor pronuncia de rubrica (), paroxtona,
como se v. Rbrica forma absolutamente errada. aconselhvel evitar a
prtica, at certo ponto perigosa, de rubricar ou assinar a esmo,
guisa de passatempo. Por outro lado, ao assinar algum documento,
observe atentamente o que foi escrito e se, no espao entre o fim do
que se escreveu e sua assinatura h a possibilidades de inseres
maldosas, feitas a posteriori, com fins at mesmo criminosos.
Embora generalizada, no correta a forma encher um cheque, encher
uma ficha, encher o formulrio etc. Nesses casos, subentende-se que
existem claros a preencher (num cheque, formulrio, ficha etc.). A
forma correta, portanto, com o verbo preencher.
TEXTO N 87.
Nunca escreva Porto Alegre R. S.; Juiz de Fora M. G.; So Fidlis
R. J. Como em h (de hora) e em min (de minuto), o ponto no se
justifica nas siglas de estados. Escreva certo: Porto Alegre RS;
Juiz de Fora MG; So Fidlis RJ etc.
A pronncia errada (aimpim) da palavra aipim, um mal de raiz...
Desde cedo comeamos a ouvir a forma errada. Aipim deriva de tupi
(aii-pii) e a correta.
Para descrever a significado de discrio temos, pela comparao, de
descrever descrio tambm... Descrio o ato de escrever, relatar,
expor, com detalhes, explicar etc.. Discrio prprio de quem
discreto, reservado etc.
A pea protetora das extremidades dos eixos dos automveis,
chama-se calota. Carlota, por incrvel coincidncia, poder ser o nome
da dona do carro...
TEXTO N 88.
estrangeiro, peregrino, passante de pouca esperana nada tenho
para te dar, tambm sou pobre e estas terras no so minhas. Mas
aceita um cafezinho.
A poeira muita, e s Deus sabe aonde vo dar esses caminhos. Um
cafezinho, eu sei, no resolve o teu destino; nem faz esquecer tua
cicatriz.
Mas prova... Bota a trouxa no cho, abanca-te nesta pedra e vai
preparando o teu cigarro...
-
Um minuto apenas, que a gua est fervendo e as xcaras j tilintam
na bandeja. Vai sair bem coado e quentinho.
No nada, no nada, mas tu vais ver: sero mais alguns quilmetros
de boa caminhada... E talvez uma pausa em teu gemido!
Um minutinho, estrangeiro, que o teu caf j vem cheirando...
TEXTO N 89.
3 e pouca; 5 e poucas; 8 e pouco etc., so formas absolutamente
erradas. Por estas, fiquemos com: 3 e poucos; 5 e poucos etc.
Poucos, como facilmente depreensvel, refere-se a minutos. Ex.: Sa s
3 (horas) e poucos (minutos) etc.
Meio-dia e meia e ao meio-dia e meia so formas corretas e que no
devem dar lugar a meio-dia e meio e ao meio-dia e meio. Meia,
corresponde a hora meio-dia e meia (hora). Meio-dia e meia,
portanto.
Aps a palavra temperatura nunca se aplica quente ou fria. O
correto alta ou baixa. Ex.: A temperatura, em Porto Alegre, , quase
sempre, baixa; em Belm, no vero, a temperatura extremamente alta
etc. certo, porm: Belm quente; Petrpolis (a cidade) fria; Porto
Alegre fria etc. , talvez, na Groenlndia, onde se estabelece o
recorde de temperatura baixa. Como se sabe, a Groenlndia uma
extensa regio rtica, pertencente Dinamarca. coberta de espessa
camada de gelo, o que provoca temperatura em torno dos 90C!
TEXTO N 90.
H quem defenda o verbo no plural depois da palavra maioria. Ex.:
A maioria dos camisas so boas; a maioria das mulheres so romnticas
etc. A maioria dos estudiosos, no entanto, favorvel ao singular.
Como de princpio democrtico concordar com a maioria, a, tambm,
estamos ns... Parece-nos, alm de elegante, mais prtico: A maioria
das camisas boa; a maioria das mulheres romntica; a maioria das
novelas malfeita etc.
Referindo-se impessoalmente a aula, reunio, eleio etc., o verbo
haver, e no ter, como pensam muitos. Comumente se diz: Hoje tem
aula; amanh ter reunio; este ano tero eleies etc.; quando o correto
: Hoje haver (ou h) aula; amanh haver reunio; este ano haver eleies
etc. certo, porm: Roberto tem aula; o diretor ter reunio amanh
etc.
TEXTO N 91.
Falar ao microfone; falar ao telefone etc., so formas certas.
Falar no telefone ou no microfone, constitui erro imperdovel. O
telefone eltrico teve seus primeiros passos guiados por Froment, em
1854. Mas foi Graham Bell, em 1876, que tornou realidade esse
aparelho maravilhoso.
Formas erradas: o nome do interessado no consta na lista; essa
clusula no consta no contrato; sua obra ainda no consta no catlogo
etc. O certo assim: O nome do interessado no consta da lista; Essa
clusula no consta do contrato etc. Em casos semelhantes (com o
verbo constar), aplicar-se de, do, da, dos e das, nunca em, na, nos
etc.
-
A pronncia e a grafia do paraleleppedo tm sido uma pedra no
caminho de muita gente... Para remov-la, basta lembrar que
paraleleppedo tem sete slabas, no seis (paralepdedo), como imaginam
muitos.
Reflita, e chegue concluso de que nterim palavra proparoxtona e
deve, por essa razo, ser pronunciada nterim (n), no interim
(rm).
TEXTO N 92.
Pois ali est, no meio da noite, a Lua. mesmo um lago de prata,
com vagas sombras cinzentas sombras de rvores, de barcos, de aves
aquticas... O cu est muito lmpido, e puro o brilho das estrelas.
Mas em breve se produzir o eclipse.
E ento, pouco a pouco, o luminoso contorno vai sendo perturbado
pela escurido. A Terra, esta nossa misteriosa morada, vai
projetando sua forma naquele redondo espelho. Muito lentamente sobe
a mancha negra sobre aquela cintilante claridade. mesmo um drago de
trevas que vai calmamente bebendo aquela gua to clara; devorando,
ptala por ptala, aquela flor tranqila.
E o globo da Lua, num dado momento, parece roxo, sangneo, como
um vaso se sangue. Que singular metamorfose, e que triste smbolo!
Ali vemos a Terra, melancolicamente reproduzida na apagada limpidez
na Lua. Ali estamos projetados! E poderamos pensar, um momento, na
sombra amarga que somos. Sombra imensa. Mancha sangnea. (Por que
insistimos em se assim?).
Ah! mas o eclipse passa. Recupera-se a Lua, mais brilhante do
que nunca. Parece at purificada.
(Brilharemos um dia tambm com o maior brilho? Perderemos para
sempre este peso de treva?).
TEXTO N 93.
A toda hora se diz Senado Federal. Para que federal pudesse se
justificar, seria necessria a impossvel existncia, por exemplo, de
outros Senados na Repblica estaduais e, at mesmo, municipais... Por
proposio do que nos entra pelos olhos, vamos, daqui pra frente,
dizer e escrever, apenas: Senado; Senado do Brasil etc. Nunca
Senado Federal!
A inveridicidade atribuda a uma notcia, chama-se boato, apenas
boato. A proposio de falso, como se v, desnecessria. No diga, ento,
boato falso; falso j boato.
Diz-se, a toda hora: Vi falar que o filme bom; vi dizer que Jane
e Monique viro; vi dizer que amanh no haver aula etc. Ouvi, sem
sombra de dvida (e no vi), o certo.
Embaixadora a representante de um pas em outro; Embaixatriz a
esposa do Embaixador. Pergunta, ento: - Como se chama o marido da
Embaixadora? Embaixatrizo que no ...
TEXTO N 94.
-
Atrs da casa, havia um bosque de pinheiros. Era logo depois do
terreiro de caf e podia v-los abrindo a janela do meu quarto. Com o
luar ficavam todos meio iluminados.
Em frente casa, porm, existia aquele isolado. Sempre o amei mais
do que os outros. Creio que os paves, tambm, porque costumavam
pairar a seu p, atrados por sua beleza.
Se chovia, virava um pinheiro de Natal, pois as gotas dgua o
guarneciam com minsculas bolas prateadas.
Uma leve brisa fazia com que se movesse suavemente. luz da Lua,
deixava de ser real. Era pouco sonho.
Estava nele contida a minha viso do mundo. Quando deixei a casa,
nunca mais o vi. Lembro-me dele como uma coisa viva. E di esse
lembrar.
TEXTO N 95.
Quero falar consigo; amanh encontrarei consigo etc., so formas
completamente erradas. Substitua: Quero falar com voc (o senhor, a
senhora etc.); amanh encontrarei com voc (cont