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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA - CCET DEPARTAMENTO DE FÍSICA - DFI Difração e Interferência da Luz
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Difração e Interferência Da Luz

Dec 25, 2015

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Watyson Luis

Difração e Interferência da Luz, Universidade Federal de Sergipe
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Page 1: Difração e Interferência Da Luz

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA - CCET

DEPARTAMENTO DE FÍSICA - DFI

Difração e Interferência da Luz

SÃO CRISTÓVÃO/SE

Fevereiro de 2015

Page 2: Difração e Interferência Da Luz

LABORATÓRIO DE FÍSICA C (FISI0154-T10)

Turma: T10

WATYSON LUIS MOTA SILVA

ALEXANDER ROGER SANTOS SALES

Difração e Interferência da Luz

SÃO CRISTÓVÃO/SE

Fevereiro de 2015

Page 3: Difração e Interferência Da Luz

Introdução

O fenômeno da difração muito bem caracteriza a concepção ondulatória

para a natureza da luz, uma vez que ocorre quando uma frente de ondas é

deformada por obstáculos com dimensões comparáveis ao comprimento

destas ondas. Os obstáculos podem ser corpos com pequenas fendas ou

pequenos orifícios que permitem a passagem de uma parte de frentes de

ondas ou, ainda, pequenos objetos, como um fio, que bloqueiam a passagem

de uma parte de frentes de ondas. As ondas difratadas ao interferirem

construtivamente ou destrutivamente determinam um padrão de interferência,

respectivamente, com zonas claras ou escuras. O efeito de difração é

observado para todos os tipos de ondas, eles são vistos quando os obstáculos

ou aberturas são de dimensões comparáveis ao comprimento de onda, pois a

luz visível é da ordem de 5 x 10-7 m.

A difração é um fenômeno tipicamente ondulatório. As ondas na água, ao

passar pelo orifício de um anteparo, abrem-se ou difratam-se, formando um

feixe divergente.

Em 1803, Young realizou uma experiência demonstrando que a luz possuía

natureza ondulatória. Ele a fez passar por uma abertura estreita e constatou

que, num anteparo instalado do outro lado, não surgia simplesmente uma linha

nítida, mas sim um conjunto de faixas luminosas de diferentes intensidades.

Isso mostrava que a luz sofria difração, tal como ocorria com as ondas sonoras

ou as de um lago. Se ela fosse constituída de partículas, esse comportamento

seria impossível.

A difração também ocorre quando as ondas encontram um pequeno

obstáculo – elas se abrem e tendem a contorná-lo. A difração da luz também

pode ser observada tanto pela tendência de contornar obstáculos, aparecendo

na forma de franjas claras e escuras, como pela abertura do feixe depois de

atravessar uma fenda estreita. Quando a fenda não for estreita, a intensidade

da luz num anteparo distante não é independente do ângulo, mas diminui

quando o ângulo aumenta. A maior parte da intensidade da luz está

Page 4: Difração e Interferência Da Luz

concentrada num máximo de difração central bastante largo, embora existam

máximos secundários nos dois lados do máximo central.

Existem algumas maneiras de se observar a difração da luz a partir de fendas,

elas podem ter abertura ou varias aberturas:

a) Difração de fenda simples

Fig. 1 - Difração de fenda simples

Na fig. 1 um feixe de luz monocromática passa por uma fenda de largura b e

atinge um anteparo a uma distância z.

As ondas de Huygens originárias em cada ponto da abertura interferem entre si

e produzem o padrão de difração ilustrado nesta figura. Observamos um

máximo central e pontos onde a intensidade luminosa é nula

Page 5: Difração e Interferência Da Luz

b) Difração em abertura circular:

A difração de Fraunhofer de uma abertura circular tem grande importância

prática no estudo de instrumentos e sistemas óticos. O olho humano tem a

pupila de formato circular. Os instrumentos óticos tais como os telescópios,

lunetas, binoculos, etc apresentam objetivas com este formato e todos eles

apresentam padrão de difração.

Neste tópico não iremos demonstrar as expressões que descrevem a difração,

uma vez que necessitamos de instrumentos matemáticos que estão além dos

objetivos deste curso. Forneceremos apenas a expessão que descreve o

primeiro mínimo de difração uma vez que está relacionada com um conceito de

suma importância que é o critério de resolução de Rayleigh.

c) Difração de Fenda dupla

Um arranjo semelhante pode ser feito para se observar a difração de fenda

dupla. O efeito de difração observado quando a luz passa por cada uma das

fendas é o mesmo discutido anteriormente, mas o resultado final em qualquer

direção depende da diferença de caminho entre as duas contribuições

Page 6: Difração e Interferência Da Luz

Fig. 2 - Difração de fenda dupla

A fig. 2 nos mostra que a luz difratada pelas duas fendas sofre efeito de

interferência, de modo a se obter no anteparo máximos e mínimos de luz.

A intensidade total é o produto de um fator devido à difração de fenda

simples(sinb/b) vezes um fator devido à interferência de fenda dupla (cos (γ)).

 

O fator de interferência tem um máximo chamado de máximos principais

sempre que:

 

m=0,1,2,3,4, ...denota a ordem do padrão.

 

Já o fator de difração tem mínimos de intensidade sempre que:

 

n=1,2,3,4, ... denota a ordem do mínimo.

 

O padrão pode ser descrito dizendo-se que o fator de difração “modula” as

variações do fator de interferência.

Sempre que um máximo de interferência coincide espacialmente com um

mínimo de difração, esse máximo de interferência é suprimido. Assim, sempre

que , um máximo do padrão de interferência será eliminado

Page 7: Difração e Interferência Da Luz

OBJETIVOS

Usando a luz, estudar o fenômeno da difração em fendas e obstáculos

retangulares e em orifícios e obstáculos circulares, e determinar suas

dimensões físicas através do padrão de difração.

EXPERIMENTO

Difração e Interferência da Luz

Material utilizado:

Laser de diodo (vermelho Banco óptico, Redes de difração Trena, Lâmina com orifícios e obstáculos circulares, Lâmina com fendas e obstáculos retangulares Lâmina com fendas duplas,

PROCEDIMENTO

1. Instale o laser no banco óptico, o mais próximo possível do final do banco

óptico e instale o suporte para fendas logo em frente do laser. Como as

dimensões das fendas em relação ao comprimento de onda o laser ainda é

relativamente grande, precisaremos de uma distância grande para projetar as

figuras de difração. O ideal é colocar o banco óptico bem próximo de uma das

extremidades da bancada e usar a parede como anteparo para observar a

difração.

2. Escolha uma das lâminas com fendas retangulares e coloque na frente do

feixe de laser. Comece com a maior abertura de fendas e observe a projeção

do feixe do laser na parede. Efetue medidas para calcular a abertura de cada

uma das fendas. Você pode medir diretamente o tamanho do máximo principal

(distância entre o centro das zonas escuras adjacentes ao máximo principal,

Page 8: Difração e Interferência Da Luz

ver figura 1(a) na projeção na parede ou você pode fotografar a figura junto

com uma escala ou objeto de dimensões conhecidas e depois analisar a figura

num software de análise e medidas de imagens, como o Tracker, por exemplo.

Repita para todas as fendas disponíveis.

3. Repita o mesmo procedimento do item 2 para o OBSTÁCULOS (linhas)

retangulares de diferentes dimensões.

4. Repita agora o procedimento do item 2 para as diversas fendas circulares.

5. Instale agora a lâmina com fendas duplas. Faça incidir o feixe sobre uma

delas e novamente registre ou faça medições sobre a figura. Meça os dois

conjuntos de fendas.

6. Substitua a lâmina com fendas duplas pelas diferentes redes de difração.

Anote o valor do número de linhas por unidade de comprimento desta rede e

proceda como no item 2.

7. Use agora a rede de difração que vem na moldura de slide branca. Ela não

tem indicação do número

RESULTADOS DA PRÁTICA

DIFRAÇÃO DA LUZ

Usando as equações:

a sen

onde, “a” é a abertura da fenda;

o comprimento de onda da luz;

é à distância entre o máximo central e o primeiro mínimo de difração;

D é à distância da fenda até o anteparo;

Page 9: Difração e Interferência Da Luz

..

Encontrar valor de “a” da fenda

Com valor de “a” lido diretamente na fenda, a = 0,2 mm

Para m = 1, temos:

D = 2,9 m = 0,010 m

= arc tg = 0,2

a = = ( 633 . 10-9 ) ∕ sen 0,2 = 0,18 mm

a = 0,18mm

Para m = 2, temos:

D = 2,90 m = 0,020 m

= arc tg = 0,40

a = = (633 . 10-9. 2 ) ∕ sen 0,4 = 0,18 mm

a = 0,18 mm

Para m = 3, temos:

Page 10: Difração e Interferência Da Luz

D = 2,90 m = 0,027 m

= arc tg = 0,54

a = = (633 . 10-9. 3 ) ∕ sen 0,54 = 0,2 mm

a = 0,2 mm

Tabela com o Erro percentual:

Valor de m Valor de “a” calculado Erro (%)

1 0,18 mm 10,0%

2 0,18 mm 10,0%

3 0,020 mm 0%

Para diferentes fendas

1 - Para fenda lida de “a”= 0,4 e m = 6, temos:

D = 2,9 m = 0,028 m

= arc tg = 0,558

a = = ( 633 . 10-9 . 6 ) ∕ sen 0,558 = 0,39 mm

a = 0,39 mm

2 - Para fenda lida de “a”= 0,8 e m = 6, temos:

Page 11: Difração e Interferência Da Luz

D = 2,9 m = 0,013 m

= arc tg = 0,26

a = = ( 633 . 10-9 . 6) ∕ sen 0,26 = 0,83 mm

a = 0,83 mm

3- Para fenda lida de “a”= 1,0 e m = 10, temos:

D = 2,9 m = 0,018 m

= arc tg = 0,36

a = = ( 633 . 10-9 . 10) ∕ sen 0,36 = 1,0 mm

a = 1,0 mm

Usando a fenda circular.

Com valor de “a” lido diretamente na fenda circular de “a” = 0,25mm:

D = 2,9 m P0.P1 = 0,009 m

Page 12: Difração e Interferência Da Luz

a = 0,2488 mm

Com os resultados obtidos é possível observar que, aumentando o

tamanho da fenda, a distância entre os mínimos de difração diminuem.

A difração por aberturas circulares afeta de forma significativa a resolução de

muitos instrumentos ópticos, devido a interferência e capacidade de resolução

dos aparelhos (limite de resolução de Ragleigh).

Além dessa aplicação, a difração pode ser usada como forma de

calcularmos o diâmetro de um orifício, caso conheçamos o comprimento de

onda da luz pela fonte.

Anexo

Page 13: Difração e Interferência Da Luz

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

D. Halliday, R. Resnick – Física 4 – Quarta Edição. 1986

Sears, Zemansky, Young – Física 4 – Segunda Edição.

Pasco Scientific – Instruction manual and experiment guide for pasco

scientific model OS-8529. 1997.

http://blog.educacional.com.br/profemilene/tag/interfe rencia-luminosa/