Dieta balanceada para produção de leite e sólidos Marcos Neves Pereira
Dieta balanceada para produção de leite e
sólidos
Marcos Neves Pereira
Carboidratos não-fibrosos
Amido
Amido degradado no rúmenAmidoDR
Degradação vs. passagem no rúmen
kd / (kd + kp)Mede a proporção do desaparecimento
ruminal que ocorre por degradação
Nutriente
no rúmen Desaparecimento por degradação
microbiana a um dado kd
(taxa de degradação, %/h)
Desaparecimento por passagem
a um dado kp
(taxa de passagem, %/h)
Tot
al d
o am
ido
Amido degradado no rúmen
Amido x kd / (kd + kp)
Amido degradado no rúmen
Amido x kd / (kd + kp)
633 vacas, 15 experimentos, coleta total de fezes
Barbosa. Não publicado
Barbosa. Não publicado
Grãos inteiros na silagem
• Retidos na peneira de 8 mm do Separador da Penn State
• % da massa de silagem– < 10/500 g Bom
– < 5/500 g Ótimo
– 0/500 g Excelente
• Monitorar ensilagem
• Dureza, estágio de maturação, máquina
KPS• Kernel Processing Score (Ferreira e
Mertens, 2005. JDS 88:4414)
• Escore de Processamento dos grãos
• % do amido não retido em peneira com crivo retangular de 4,75 mm
• Meta: > 75%
• Ruim: < 50%
• Dosagem de amido e Ro-Tap shaker
KPS
Carboidratos fibrosos
FDN > 8 mm
FDN>8 / AmidoDR
8 mm19 mm
Estimativa de peFDN da dieta• FDN x proporção de partículas na peneira
(Zebeli et al., 2012. JDS 95:1041)
• Assume que teor de FDN nas peneiras é constante
• Problema com peletes (ficam na peneirade 8 mm)
• FDN x % na peneira subestima peFDN
peFDN>8mm (% da MS) = 4,5798 + (0,9465 × % de FDN × % da MN > 8 mm), r2 = 0.90
peFDN>8mm (% da MS) = 4,0468 + (0,9797 × % de FDN × % da MS > 8 mm), r2 = 0.93
Metas na dieta
• FDN > 8 mm: > 19% da MS (21-22)
• Amido: > 20% da MS (20 a 30)
• AmidoDR: > 15% da MS (19)
• FDN > 8 mm/AmidoDR: > 1
Silagem de milhoMatéria natural < 8 mm
21,5%
63,4%
35,0%
20,2%
34,6%
10,1%
Barbosa et al., 2019. JDS 100(Suppl.2): 332Barbosa et al., 2019. Leite Integral 123
Longo
Curto
Barbosa et al., 2019. JDS 100(Suppl.2): 332Barbosa et al., 2019. Leite Integral 123
Longo Curto
Correlações lineares entre peneirasdo separador da Penn State
• Automotriz com cracker:
> 19 mm vs < 8 mm: - 0,16
> 19 mm vs 8-19 mm: - 0,74
8-19 mm vs < 8 mm: - 0,54
• Propelidas por trator
> 19 mm vs < 8 mm: - 0,32
> 19 mm vs 8-19 mm: - 0,37
8-19 mm vs < 8 mm: - 0,75
Barbosa. Não publicado
Metas na ensilagem
• Sem esmagador de grãos (cracker)
• < 30% da MN < 8 mm (25)
• Com esmagador de grãos
• < 20% da MN < 8 mm (15)
• < 10 grãos inteiros/500 g de silage (0)
• Sem sabugos na caixa de 19 mm
Proteína e aminoácidos
Precisa modelosNRC (2001)
CNCPS (AMTS)
Metabolismo de proteínaProteína bruta
N x 6,25 Saliva
Proteína
verdadeira
Peptídeos
Aminoácidos
Amônia
NNP
Proteína microbiana
Uréia
Fígado
Proteína
microbiana
Rúmen
Intestino
delgado
PNDRProteína
endógena
Proteína metabolizável (AA absorvidos)
PNDR
Glândula
mamária
Proteína
no leite
Amino
ácidos
Urina
% %%
Mantença
Feto
Tecidos
PDR
Lis/Met = 2,99
Conteúdo ótimo de metionina na proteína metabolizável pelo NRC (2001)
-0.20
-0.15
-0.10
-0.05
0.00
0.05
0.10
0.15
0.20
1.60 1.80 2.00 2.20 2.40 2.60 2.80 3.00 3.20 3.40
% Metionina na PM (Lis > 6,50% da PM)
Re
sp
os
ta e
m p
rote
ína
no
le
ite
, (g
/10
0 g
)
2.4
Conteúdo ótimo de lisina na proteínametabolizável pelo NRC (2001)
-0.25
-0.20
-0.15
-0.10
-0.05
0.00
0.05
0.10
0.15
4.4 4.8 5.2 5.6 6.0 6.4 6.8 7.2 7.6 8.0 8.4 8.8 9.2 9.6 10.0
% Lisina na PM (Met > 1,95% da PM)
Res
po
sta
em
pro
teín
a n
o l
eit
e, g
/10
0 g
7.2
Recomendação ótima e prática de Lis e Met na proteína metabolizável (PM) (NRC, 2001)
Ótima Prática
Lis, % PM 7,2 6,6
Met, % PM 2,4 2,2
Lis/Met = 3/1
Fonte: Schwab, 2008
Recomendações de Lis e Met na PM
Modelo Lisina MetioninaRelação
Lis/Met
NRC 2001 6,83 2,28 3,00
CPM-Dairy 7,46 2,57 2,90
AMTS v.3.3.4 6,97 2,53 2,75
Whitehouse, N. L., C. G. Schwab, T. Tylutki, and B. K. Sloan. 2013. Optimal lysine and
methionine concentrations for milk protein production as determined with the latest
versions of Dairy NRC (2001) and AMTS-Cattle. J. Dairy Sci. 96( E-Suppl. 1): 253.
Met na proteína microbiana e alimentos
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
% d
a P
rote
ína
Lis na proteína microbiana e alimentos
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
% d
a P
rote
ína
His na proteína microbiana e alimentos
0
1
2
3
4
5
6
7
% d
a P
rote
ína
Lípides
Gordura
Ácidos graxos insaturadosEE insat = EE x %AG x (%
C18:1+C18:2+C18:3)
RUFAL – Rumen unsaturated fatty acid load
% 14:0Mirístico
16:0Palmítico
16:1Palmitoléico
18:0Esteárico
18:1Oleico
18:2Linoleico
18:3Linolênico
Pastagem
gramínea
1 16 2 2 3 13 61
Silagem
gramínea
<1 17 2 2 4 24 50
Feno de
alfafa
1 25 2 4 3 18 37
Silagem de
milho
<1 18 <1 2 19 48 8
Grãos
destilados
<1 18 <1 2 25 56 2
Farelo de
soja
<1 12 <1 4 18 55 10
Sêbo
bovino
3 25 6 18 39 5 <1
Óleo de
milho
11 2 27 59 1
Óleo de
soja
2 11 <1 4 23 54 8
Megalac
palma
<1 51 4 36 7
Leite
bovino
11,1
(9,1-11,9)
27,9
(23,6-31,4)
1,5
(1,4-2,0)
12,2
(10,4-14,6)
17,2
(14,9-22,0)
1,4
(1,2-1,7)
1,0
(0,9-1,2)
Hidrogenação ruminal de ácidos graxos da dieta
C18:2 (linoleico, cis-9,cis-12)
C18:2 (cis-9,trans-11)
Isomerização (grupo A)
Hidrogenação (grupo A)
C18:0 (ácido esteárico)
C18:1 (trans-11)
Hidrogenação (grupo B)
C18:2 (trans-10,cis-12)
C18:1 (trans-10 e isomeros)
C18:1 (trans-10) aumenta em animais sujeitos a baixo teor de gordura no leiteC18:2 (trans-10,cis-12) é potente inibidor da síntese mamária de gordura
Óleo insaturadona dieta
AmidoBaixo pH ruminal
Ionóforo
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