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Diabetes Mellitus em animais de companhia Natália Leonel Ferreira 2º ano Medicina Veterinária
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Diabetes Mellitus em animais de companhia - … · Diabetes tipo I Essa forma é ... Fisiopatologia e Sinais Clínicos Tecidos periféricos não utilizam glicose, aminoácidos e AG

Oct 05, 2018

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Page 1: Diabetes Mellitus em animais de companhia - … · Diabetes tipo I Essa forma é ... Fisiopatologia e Sinais Clínicos Tecidos periféricos não utilizam glicose, aminoácidos e AG

Diabetes Mellitus em animais

de companhia

Natália Leonel Ferreira

2º ano – Medicina Veterinária

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O que é Diabetes Mellitus?

É uma doença em que o metabolismo da glicose fica prejudicado pela falta ou má absorção da Insulina, hôrmonio produzido no pâncreas.

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Insulina

Aumenta a captação de glicose pelas células;

Aumenta a síntese de TAG e diminui sua degradação;

Aumenta a síntese de glicogênio e de proteína;

Bloqueia a neoglicogênese e a glicogenólise

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Classificação

Diabetes tipo I

Diabetes tipo II

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Diabetes tipo I

Destruição imunomediada das células β,

Predisposição genética

Perda irreversível da função das células β

Deficiência absoluta na produção de Insulina

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Diabetes tipo I

Essa forma é mais comum nos cães

Ocorre principalmente nas raças: Schnauzer (standard e miniatura), Poodle, Bichon frisé, Beagle, Husky Siberiano, Rottweiller, Terrier australiano, Fox terrier, Cocker...

Cães mais velhos, idade superior a 7 ou 8 anos

Tem maior incidência nas fêmeas

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Diabetes tipo II

Resistência dos tecidos à insulina

+

Disfunção das células β

Deficiência relativa na secreção de insulina

Predisposição genética e fatores ambientais

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Diabetes tipo II

Fatores ambientais:

Obesidade

Glicocorticóides

Progestágenos

Mais comum em gatos

Machos castrados

Maiores de 6 anos de idade

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Glicocorticóides e Obesidade

Glicocordicóides:

neoglicogênese hepática

utilização periférica de Glicose

afinidade do receptor pela Insulina

nº e afinidade dos transpotadores de glicose (GLUT-4)

Obesidade:

adiponectina

leptina e AGLNE

citocinas pró-inflamatórias (TNF- α , IL-6)

Diminui sensibilidade dos Tecidos à Insulina

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Fisiopatologia e Sinais Clínicos

Tecidos periféricos não utilizam glicose, aminoácidos e AG

Intenso Catabolismo

Hiperglicemia

Poliúria, Polidispia, Polifagia e Perda de peso

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Outros sinais clínicos

Hepatomegalia

Pancreatite

Desidatração

Catarata

Cetoacidose (CAD)

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Diagnóstico

Clínico:

É baseado nos 4 sinais clínicos básicos (poliúria,polidipsia,polifagia e perda de peso)

Laboratorial:

Hiperglicemia

Cães: > 180 mg/dL

Gatos “estressados”: 360 mg/dL

Glicosúria

ALT, FA, Colesterol aumentados

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Tratamento

Antes de estabelecer o tratamento:

Avaliar o paciente clinicamente e por exames complementares

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Tratamento

Insulinoterapia

Os gatos, no início podem não precisar de aplicação de insulina, sendo tratados com hipoglicemiantes orais, dietas adequadas e atividade física

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Insulina de ação rápida

Insulina de ação curta Regular (uso restrito ao ambiente hospitalar, para pacientes

com quadro de cetoacidose, cuidados para não haver crise de hipoglicemia)

Insulina de ação intermediária NHP – mais utilizada; início de ação mais tarde, duração do

efeito:18 a 24h, é necessário duas aplicações.

Lenta

Mista

Insulina de ação longa

Insulinoterapia

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Durante o tratamento...

Iniciar o tratamento em ambiente hospitalar;

Realizar o monitoramento da glicemia, através da curva glicêmica.

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O tratamento inicial é importante, pois 50% dos cães diabéticos morrem entre 4 a 9 meses após o diagnóstico, normalmente por cetoacidose severa, doenças intercorrentes e tratamento inadequado.

http://www.tecsa.com.br/media/File/pdfs/DICAS%20DA%20SEMANA/PET/PET%20Diabets%20e%20isulinoterapia.pdf

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Diabetes em Canários!

Mesmos sinais clínicos que em cães e gatos

Ocorre em pássaros com mais de 5 anos

Tratamento: insulina na água, coleta de sangue embaixo da unha

A DM encurta a vida dos canários, pois é difícil realizar o tratamento de maneira adequada

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Dúvidas?