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Diabete Melito (Diabetes Mellitus) Angelo S. Pretto Neto AD 2009
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Diabete Melito (Diabetes Mellitus) Angelo S. Pretto Neto AD 2009.

Apr 07, 2016

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Page 1: Diabete Melito (Diabetes Mellitus) Angelo S. Pretto Neto AD 2009.

Diabete Melito(Diabetes Mellitus)

Angelo S. Pretto NetoAD 2009

Page 2: Diabete Melito (Diabetes Mellitus) Angelo S. Pretto Neto AD 2009.

Regulação da Glicemia

Concentração de glicose no sangue do indivíduo

Jejum

80 a 90 mg/100 ml de sangue

Inanição

Gliconeogênese do fígado fornece a glicose necessária para manter o nível de glicemia

Primeira hora após uma refeição120 a 140 mg/100 ml de sangue

Sistemas de feedback (controle da glicemia)

Rápido retorno da concentração de glicose aos níveis de controle (dentro de duas horas

após a última absorção de carboidratos)

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Mecanismos de Regulação da Glicemia

Fígado Importante sistema tampão da glicemia

Insulina

Glucagon

Importantes sistemas de controle por

feedback

Manter a concentração normal de glicose no sangue

Page 4: Diabete Melito (Diabetes Mellitus) Angelo S. Pretto Neto AD 2009.

Mecanismos de Ação da Insulina

• Insulina: – Produzida pelas células beta das ilhotas de Langerhans– Compreende cerca de 1% da massa celular do pâncreas– Um dos mais importantes hormônios que coordenam a

utilização de combustíveis pelos tecidos– Efeitos metabólicos anabólicos síntese de

glicogênio, triacilgliceróis e proteínas– Efeito sobre o metabolismo da glicose:

• Fígado inibe a gliconeogênese e glicogenólise• Fígado e músculo aumenta a glicogênese

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• Músculo e tecido adiposo aumenta o número de transportadores de glicose na membrana celular aumenta a captação de glicose

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Page 7: Diabete Melito (Diabetes Mellitus) Angelo S. Pretto Neto AD 2009.

Importância da Regulação da Glicemia

Cérebro• Glicose Retina Epitélio germinativo das gônadas

Nível alto de glicemia Energia

• Período interdigestivo Glicose Metabolismo cerebral

Pâncreas Insulina Músculo e tecidos periféricos

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Histórico

• Areteu Diabetes Excessiva emissão de urina• Cullen Mellitus Glicose na urina• Collins Insulina Controle da glicemia• Frederick Sanger Estrutura molecular da insulina• 1960 Síntese completa da insulina• Modificação da insulina de porco Insulina humana semi-

sintética• Bioengenharia genética Técnica de DNA recombinante

Bactérias e leveduras Insulina humana-sintética

Page 9: Diabete Melito (Diabetes Mellitus) Angelo S. Pretto Neto AD 2009.

Diabete Melito

Síndrome de comprometimento do metabolismo dos carboidratos, das gorduras e das proteínas

Diabete melito tipo I

(DMID)

Falta de secreção de insulina

Diabete melito tipo II

(DMNID)

Resistência à insulina

Alteração do metabolismo de todos os principais alimentos

Page 10: Diabete Melito (Diabetes Mellitus) Angelo S. Pretto Neto AD 2009.

Ausência de insulina Resistência à insulina

Metabolismo da glicose

Impedir a sua captação eficiente pela maioria das células do corpo

Menor utilização de glicose pelas células

Aumento da utilização de gorduras e proteínas

Fisiopatologia

Page 11: Diabete Melito (Diabetes Mellitus) Angelo S. Pretto Neto AD 2009.

Diabete Melito Tipo I (DMID)

• 10% a 20% dos diabéticos• Diabete melito juvenilObservado em indivíduos com

menos de 20 anos de idade

Deficiência absoluta de insulina

Relativa excreção excessiva de glucagon

Lesão das células beta pancreáticas

Infecções virais ou doenças auto-imunes

Tendência hereditária à degeneração

Page 12: Diabete Melito (Diabetes Mellitus) Angelo S. Pretto Neto AD 2009.

Sintomatologia80% a 90% das células

beta destruídas

Sintomas abruptos

Hiperglicemia Utilização aumentada de gorduras para a

obtenção de energia

Cetoacidose

Depleção das proteínas do organismo

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Hiperglicemia

Gliconeogênese (aumento na produção hepática de glicose)

Utilização periférica de glicose diminuída

Glicosúria (excreção de glicose em excesso

na urina) Desidratação celular

Diurese osmótica

Poliúria (excreção excessiva de urina)

Polidipsia (sede excessiva)

Lesão tecidual

Glicosilação de proteínas

Page 14: Diabete Melito (Diabetes Mellitus) Angelo S. Pretto Neto AD 2009.

Cetoacidose

Aumento da lipólise para produzir energia (através da oxidação de ácidos graxos)

Cetogênese acelerada (síntese hepática de

corpos cetônicos)

Desidratação celular

Hálito cetônico (eliminação de corpos

cetônicos no ar expirado)

Acidose grave

Cetonúria (excreção de

corpos cetônicos na urina)

+

Morte

Perda de peso, fadiga e fraqueza

Polifagia (fome intensa)

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Muitos ácidos graxos

Fígado

Triacilgliceróis

Lipoproteínas plasmáticas (VLDL)

Sangue

Aumento do colesterol

Arteriosclerose e outras lesões vasculares

Page 16: Diabete Melito (Diabetes Mellitus) Angelo S. Pretto Neto AD 2009.

Depleção de proteínas do organismo

Incapacidade de utilizar glicose como fonte de energia

Maior utilização e armazenamento diminuído de proteínas

Morte

Page 17: Diabete Melito (Diabetes Mellitus) Angelo S. Pretto Neto AD 2009.

Diabete Melito Tipo II (DMNID)

• 80% a 90% dos diabéticos• Diabete melito de início adulto Ocorre depois

dos 40 anos de idade, freqüentemente entre 50 e 60 anos• Desenvolve-se de modo gradual, sem sintomas óbvios

Redução da sensibilidade dos tecidos-alvo aos efeitos metabólicos da insulina

Resistência à insulina

Fatores Genéticos

=Secundária à

obesidade

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Diminuição da utilização e armazenamento de carboidratos

Hiperglicemia

Aumento da concentração plasmática de insulina

Diabético não-insulino-dependente

Células beta funcionalmente ativas

Secreção de insulina

Regulação normal da glicose

Page 19: Diabete Melito (Diabetes Mellitus) Angelo S. Pretto Neto AD 2009.

Diabete melito tipo II

Secundária à obesidade

Menor número de receptores de insulina

Anormalidades das vias de sinalização

Pessoas Obesas

Resistência à insulina

Page 20: Diabete Melito (Diabetes Mellitus) Angelo S. Pretto Neto AD 2009.

Sintomatologia

Ingestão de carboidratos

Hiperglicemia leve

Estágios avançados

Células beta disfuncionais

Hiperglicemia acentuada

Mesmos efeitos observados no diabete melito tipo I

• Poliúria e polidipsia (durante várias semanas), e polifagia (menos comum)

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Diagnóstico

• O diagnóstico de diabete baseiam-se em diversos testes químicos da urina e do sangue:– Glicose urinária– Níveis de glicemia 80 a 90 mg/100 ml

Acima de 110 mg/100 ml

normal

anormal

Níveis plasmáticos de insulina

Muito baixos ou indetectáveis

Muito altos ou normal

Diabete melito tipo I

Diabete melito tipo II

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– Teste de tolerância à glicose:

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– Hemoglobina A Humana glicosilada

• Diabete melito do tipo I:– Poliúria (micção freqüente)– Polidipsia (sede excessiva)– Polifagia (fome excessiva)

– Fadiga, perda de peso e fraqueza

Sintomas Abruptos

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Tratamento

• Diabete melito tipo I: Administração de insulina

Metabolismo dos carboidratos, das gorduras e das proteínas mais normal possível

Insulina

Regular Ação de 3 a 8 horas

Precipitada com zinco ou com derivados protéicos

Ação de 10 a 48 horas

Dose única

Doses adicionais (refeições)

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• Diabete melito tipo II:

Dietas e prática de exercícios físicos

Perda de peso Diminuir a resistência à insulina

Fármacos

Tiazolidinedionas e a metformina

Aumentar a sensibilidade à insulina

SulfoniluréiasEstimular a produção

aumentada de insulina pelo pâncreas

Estágios mais tardios Administração de insulina

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Bibliografia

• DEVLIN, Thomas M. - Manual de Bioquímica com Correlações Clínicas. São Paulo : Edgard Blucher, 1997.

• LEHNINGER, Albert L. - Bioquímica. v.1, São Paulo : Edgard Blucher, 1976.

• HARPER, Harold A. - Manual de Química Fisiológica. São Paulo : Atheneu, 1971.

• MARKS, Dawn B. - Basic Medical Biochemistry. Philadelphia : Lippincott, 1996.

• CHAMPE, Pamela C. - Bioquímica Ilustrada. Porto Alegre : Artes Médicas, 1996.

Page 29: Diabete Melito (Diabetes Mellitus) Angelo S. Pretto Neto AD 2009.

• VOET, Donald - Fundamentos de Bioquímica. Porto Alegre : ArtMed, 2000.

• STRYER, Lubert - Bioquímica. Barcelona : Reverte, 1976.

• GUYTON, Arthur C. - Tratado de Fisiologia Médica. Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, 1992.

• ROBBINS, Stanley L. - Patologia. Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, 1965.

• KOOLMAN, Jan - Color Atlas of Biochemistry. Editora Thieme.

• www.fundamentosdebioquimica.hpg.ig.com.br/index.htm