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Dia do Municipal do Publicitário (15 de setembro) - Diário de Sorocaba

Jul 23, 2016

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A pesquisa top of mind foi iniciativa do DIARIO, que tam-bém lançou a primeira coluna semanal sobre propaganda

O DIÁRIO DE SOROCABA não tem sido um simples observador e sim ativo par-ticipante na história contemporânea da publicidade e propaganda de Sorocaba e

Região. Na última década do século passado, que marca uma época de transformações nesse negócio em nível local (ler página 4), o jornal esteve na dianteira em ações para ampliar a visão do mercado para a importância dessa atividade, tanto no aspecto econômico quanto no campo profissional.

É do DIARIO, por exemplo, a primeira coluna sema-nal de publicidade e propaganda lançada na cidade, em 1992. Chamava-se Propagando, era assinada pelo jornalista Julio Cesar Gonçalves e nela havia uma seção, Caleidoscópio,de autoria do publicitário Vicente Buscarini, que tinha chegado à cidade havia pouco tempo, depois de uma bem sucedida carreira em algumas das principais agencias do País. Os dois não se conheciam, tiveram simultaneamente a ideia de criar uma coluna com o propósito de promover maior valorização da publicidade para o mercado local e acabaram se encon-trando no DIARIO, que fez a junção das duas ideias e lançou a coluna.

Depois de um tempo juntos, Gonçalves partiu para outros projetos na área de marketing e Buscarini continuou com a coluna Propagando, que assinou por vários anos. Foi dele também a proposta de criar um prêmio publicitário para peças veiculadas pelas agên-cias no jornal. Surgiu aí o prêmio com nome homônimo ao da coluna, iniciativa pioneira para estimular a criatividade das agências lo-cais. Isso em uma época em que a cultura de recorrer à agências era ainda um tanto incip-iente por aqui.

A primeira agência de propaganda de Sorocaba de que se tem registro na história mais recente foi a Exata Comunicações. Criada em 1985, mantida pela Fundação Ubaldino do Amaral, ela se estruturava como agências de propaganda de fato: tinha setores de atendi-mento, criação, mídia e planejamento, algo in-existente na cidade até então. E como ocorre com frequência nesta atividade, ela foi o embrião de outras agências criadas por profissionais que nela tinham trabalhado.

A primeira foi a TCM, fruto da sociedade entre José Maria Tomazella, José de Oliveira Dias, o Toco, e Julio Ce-sar Gonçalves - estes últimos egressos da Exata. A agência foi criada em 1988, igualmente com departamentos espe-cializados e um diferencial para a época - realizava também

DIÁRIO tem sido atuante personagem desta históriaJornal lançou primeira coluna de propaganda, criou prêmio para agências, introduziu a pesquisa top of mind no mercado local e foi primeiro a ter edição on line

trabalhos de assessoria de imprensa, o que explica a união de jornalistas e publicitários em torno da marca. E ela por sua vez serviu de embrião para outras agências, como a T.Max, criada por Toco quando ele saiu da sociedade, empresa até hoje na ativa. A Exata fechou no início dos anos 90 e a TCM, então tendo como proprietário Manuel Mota da Silva, ex- Exata, que havia entrado na sociedade após a saída de Toco, fundiu-se com a Núcleo, dirigida por Jefferson Sticca e Marco Tulio Proença, formando a NúcleoTCM, já com 12 anos no mercado.

Outra vertente para a abertura de agências de propaganda foi a criação do curso de PP da Uniso: a ArtMak-er, que também completa 20 anos, foi fundada por Marcos Baleeiro, um dos alunos da primeira turma do curso. E esse processo todo resultou no fortaleci-mento do setor, criando o que é hoje considerado um dos mais vigorosos polos de comunicação do interior, como lembra o presiden-te do capítulo Sorocaba da APP (Associação Paulista de Propaganda), Julio Petu-

co. “O mercado publicitário de Sorocaba e região vem se destacando como um dos mais pujantes no interior de São Paulo. Não é possível estimar, ainda, quantos profissionais atuam no mercado porque eles estão não somente nas agências, mas também nos veículos de comunicação, fornecedores, departamentos de market-ing das empresas, etc. Também não é pos-sível saber com exatidão qual o volume de dinheiro movimentado por este mercado”, afirma.

Certo é que a participação do DIARIO DE SOROCA-BA está indelevelmente marcada na origem desse processo.

Para dar ao mercado uma ferramenta técnica de que publicitários precisam para desenvolver sua atividade, o jor-nal lançou a primeira pesquisa top of mind da cidade, em 1995. Foi outro projeto de Julio Cesar Gonçalves, - que havia fundado uma nova agência GÊ 5, em sociedade com Nerli Peres - desta vez em parceria com o Ipeso, de Victor Trujilo.

EXPEDIENTE

Este suplemento especial sobre o Dia do Pub-licitário é uma publicação do DIARIO DE SORO-CABA. Projeto Editorial, reportagem e edição Julio Cesar Gonçalves; arte, Jessica Bastida Raszl. Comercial: Regislaine Fernandes. Cola- boração da Agência JorUniso (Professora Andrea Sanhudo e Henrique Belchior)

Trujillo, aliás, foi outro pioneiro nessa campo, ao acreditar na viabilização de uma empresa de pesquisa em uma cidade onde muito do que se fazia ainda era na base do achismo.Hoje o Ipeso já contabiliza mais de duas décadas de atuação na cidade e expandiu seu raio de ação para outros centros. A pesquisa top of mind é realizada anualmente até hoje. E por mais de cinco anos seguidos foi publicada pelo DIARIO em um caderno especial intitulado Top 100.

Outra iniciativa do DIÁRIO, também em parceria com a GÊ 5, foi o caderno semanal Ideias e Negócios, que em sua edição tinha uma editoria voltada para marketing e

propaganda e começou a circular em abril de 1997

Mas o pioneirismo do jornal nesse campo foi além do papel: o DIARIO DE SOROCABA foi um dos pioneiros do in-terior, e o primeiro da região, a acreditar na plataforma on line, lançando uma versão para a internet em 1996, quando isso ainda era uma novidade. Desta vez, em parceria com a Future, provedor de acesso que se instalou na cidade no final do ano anterior, o primeiro de Sorocaba.

Todas essas iniciativas, recorda o jornalista Walter de Luca, vieram num contexto de profundas transformações do próprio jornal: “O DIÁRIO mudou o sistema de impressão para ofsete, adotou o uso de cor e foi pioneiro até mesmo em fazer uma reforma gráfica planejada, para se adequar à nova tecnologia”. Diretor do jornal à época, de Luca lembra que o jor-nal posicionou-se fortemente como inova-dor e procurou agir para que o mercado absorvesse todas as novas tecnologias que

estavam começando a mudar a Comunicação.Não por acaso, ele foi convidado para lecionar Mídias

Sociais nos cursos de Comunicação Social da Uniso, onde está até hoje.

A tão comentada simbiose entre academia e merca-do, hoje assunto tão em pauta - a cidade inclusive tem um Parque Tecnológico criado com essa finalidade - também dava seus primeiros passos por aqui.

Walter de Luca

Jornal lançou primeiro caderno de econo-mia e negócios da região, que incentivava a propaganda e o empreendedorismo

Versão atual do DIARIO na internet: pionei-ro também em novas tecnologias

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A instituição do Dia Municipal do Publicitário e da Publici-

dade e Propaganda foi iniciativa do vereador Luis Santos. Em sua proposta, ele relata que o cresci-mento da imprensa e os avanços tecnológicos levaram à criação, pela Uniso, do primeiro curso de publicidade e propaganda na cidade, o que alavancou a profis-sionalização nessa área. “Pensan-do nesse profissional que desperta o fascínio pela diversidade nas áreas de atuação e pela possi-bilidade de atuar como agente modificador do ambiente, propo-mos homenagear essa geração de publicitários que impulsionaram o crescimento do mercado pub-licitário em Sorocaba e Região”, justificou.

E sua iniciativa foi recebida com entusiasmo pelos publicitários. “É um reconhecimento de que a atividade vem colaborando para o desenvolvimento social e econômico da cidade”, diz Marcos Teixeira, um dos diretores da Proje-

Profissionais veem datacomo reconhecimento duploInstituição da data é recebida como uma valorização dos talentos locais e à atividade como negócio

ta Propaganda. “Sorocaba possui excelentes profissionais e também empresas com desem-penho diferenciado, tanto no mercado region-al como nacional. Isso é resultado de uma ativ-idade dinâmica, exercida por pessoas dedicadas, que se desenvolveram e foram reconhecidas em diversos setores, gerando aqui em-prego e renda”.

“Devemos comem-orar e muito. Não restam dúvidas de que a comem-oração desta data é o reco- nhecimento da importância destes profissionais por toda a sociedade”, afirma o presi-dente do capítulo Sorocaba da APP (Associação dos Profissionais de Propagan-da), Julio Petuco.

“Vejo com bons olhos”, diz Man-uel Mota da Silva, sócio-diretor da Nú-cleoTCM. “É mais uma prova de que as autoridades e a sociedade em geral recon-hecem a importância da propaganda no

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Manuel Mota, diretor da NúcleoTCM

desenvolvimento social e econômico local e regional”. Carlos Bonassi, da Atua, concorda. “Nossa profissão

sofre alguns estigmas, como, por exemplo, a identidade rela-cionada à de uma pessoa descomprometida e que “viaja” nas

ideias. Dessa forma, o fato de instituir uma data municipal em homenagem à profissão é uma oportunidade de tratar e debater a questão e de ex-por o profissionalismo de quem atua na área. Portanto, é sem dúvida um reconhecimento à nossa atividade profissional”.

Eduardo Cesar Milano, o Dado, um dos sócios-diretores da Soda Pop, também pensa dessa for-ma. “O fato de a cidade ter um dia específico é muito importante para a valorização tanto para a profissão de publicitário, que encontra diversas barreiras e preconceitos e que preci-sa lutar diariamente para provar seu valor efetivo, quanto para a fomen-tação de um mercado que, apesar de ter evoluído muito nos últimos anos, ainda tem muito para evoluir”.

A boa acolhida à lei inde-Julio Petuco, presidente da APP regional

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Marcos Teixeira, diretor da Proje-ta Propaganda

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Heber Gabriel, diretor de atendimen-to da Zig Creative

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Eduardo César Milano, diretor da Soda Pop

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Vereador Luis Santos foi o autor do projeto

pende do tempo em que a agência está estabelecida no mercado, uma demonstração de que agradou à diferentes gerações de profissionais. “Trabalhar com publicidade é um desafio, exige um conhecimento amplo, facilidade no relacionamento interpessoal, criatividade, conhecimen-to de novos conceitos, anseio pela ideia inovadora, ca-pacidade de ouvir sugestões e críticas.  É trabalhar sobre pressão com o espírito de equipe e conseguir transformar ideias em resultados. Por isso essa data deve ser vista como uma vitória, não apenas pelos prêmios e resultados que as agências vem recebendo nos últimos anos, mas também como um reconhecimento pela importância da profissão para a cidade”, afirma Heber Gabriel, diretor de atendi-mento da Zig Creative, agência com cerca de três anos de mercado.

“A instituição do Dia Municipal do Publicitário em 15 de setembro é mais do que uma homenagem aos profissionais da área: é também um marco. Nesta data, há 20 anos, foi implantado o primeiro curso superior de pub-licidade e propaganda em Sorocaba, na Uniso. Essa valorização portanto comprova a im-

portância que os profissionais da área de comunicação têm no desenvolvimento da nossa cidade”, afirma Marcos Ba-leeiro, da ArtMaker, agência que igualmente completa 20 anos de mercado.

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Criatividade da propaganda sorocabana ganha reconhecimento com premiação recebida pelas agências

Considerado um dos mais importantes da publicidade e propaganda para o interi-or paulista, o Prêmio Recall de Criação Publicitária, promovido pela revista

homônima de Ribeirão Preto, estabeleceu um ranking classificando as agências que participam desse concurso desde sua primeira edição, em 2003. Das dez primeiras colocadas, três são soroca-banas: Atua, Verbo e Art-Maker, que aparecem em quarto, sétimo e oitavo lugar respectivamente.

Cerca de 200 agên-cias, de quase todo o estado, entram nesse ranking, que atribui pontuações de acordo com os troféus ouro, prata e bronze conquistados. E muitas outras agências locais aparecem ranqueadas. Outro prêmio relevante para o meio publicitário, o Profission-ais do Ano da Rede Globo, também tem reconhecido a criatividade da publicidade sorocabana.

Instituído em 1978 com o propósito de “estimular o desenvolvimento do mercado brasileiro, homenage-ando profissionais que concebem e transformam ideias criativas em comerciais que divertem e informam”, como fundamentam os organizadores no site, o prêmio é di-vidido em três categorias - Mercado, Campanha e Insti-tucional - que por sua vez têm duas classes, Nacional e Regional. Nesta última, a produção local se encaixa na Região Sudeste Interior, que agrupa agências do interior dos estados de São Paulo e Rio de Janeiro. E Sorocaba tem tido destaque em praticamente todas as últimas edições da premiação.

Agências como Atua, ArtMaker e NúcleoTCM têm esse prêmio em seu portfólio. “É um dos que mais se destacam dentre os mais de 60 prêmios re-cebidos pela ArtMaker nestes 20 anos de atuação no mercado”. afirma Marcos Baleeiro, diretor da agên-cia. “Resultados positivos sempre são importantes. Se para nossos clientes significa aumento de vendas, reconhecimento da marca e o buzz positivo, para nós o reconhecimento pela nossa criatividade e pensa- mento estratégico também são gratificantes”, responde ao ser inquirido sobre a importância de prêmios nessa atividade.

Carlos Bonassi, diretor estratégico da Atua, pensa de forma parecida. “As premiações publicitárias geram visibilidade à agência e, dessa forma, podemos consider-ar que o jargão da propaganda ‘quem é visto é lembra-do’ faz total sentido por contribuir com a conquista de clientes, fortalecer a confiança dos que já estão com a agência e gerar motivação no time, atraindo novos tal-entos”. Entretanto, observa, “tão importante quanto ser reconhecida no mercado externo, uma agência também precisa do reconhecimento do seu público interno e dos

seus próprios clientes. Na prática, isso não significa que o cliente sempre tenha razão, mas sim que, quando ele entra em concordância com o que a agência propõe, está atestando sua confiança nos serviços prestados e no po-tencial da equipe que o assessora em busca de resultados”.

Bonassi contabiliza 77 prê-mios nos oito anos em que a Atua está no merca-do, dentre eles o Bronze no prêmio nacional promovi-do pela Central de Outdoors. E lem-bra que no início deste ano a agência obteve destaque em uma das principais plataformas de con-teúdo criativo mun-diais, o The Behace Network, que cer-tificou um trabalho feito pela agência para um cliente do setor imobiliário da região.

Porém não é só pela criativ-idade que as agências sorocabanas estão se destacando, mas também por sua gestão, como se pode constatar pelo prêmio obtido pela Verbo ano passado: ela foi eleita como uma das melhores agências de propaganda do Brasil para se tra-balhar.

Em parceria com a Associação Bra-sileira de Agências de Propaganda, o Institu-to Great Place to Work avaliou 120 agências de todo País para montar um ranking das organi-zações com as melhores práticas no ambiente de trabalho e a Verbo foi eleita a melhor das que têm entre 30 e 99 funcionários. “Entre seus benefícios aos funcionários, a Verbo tem uma política de participação nos resultados, bônus por desem-penho, jornada flexível, folga-bônus de meio-período no dia do aniversário, aniversário dos filhos e aniversário de casamento, entre outros programas voltados aos co-laboradores” revela Rodrigo Figueiredo, um dos sócios diretores da agência, ao falar sobre a política de RH da empresa.

Esses fatos somados comprovam, na avaliação dos profissionais, o amadurecimento do setor regionalmente. “O processo que vivemos hoje no mercado publicitário local é o inverso ao que tínhamos há anos atras, quando clientes da nossa região buscavam agência de publici-

Carlos Bonassi, diretor estratégico da Atua

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Rodrigo e Eliane Figueiredo, diretores da Verbo

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Marcos Baleeiro, diretor da ArtMaker

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dade de São Paulo buscando maior qualidade no serviço prestado. Hoje clientes de São Paulo abrem as portas para o mercado do interior, pois sabem que as agências conseguem entregar um serviço à altura da exigência de grandes clientes e muitas vezes com um atendimento mais personalizado e até um valor menor do que grandes agências da capital”, afirma Baleeiro.

Bonassi obser-va ainda que o nível de profissionalismo no interior atualmente se equipara ao das cap-itais, graças à cultura digital que estimula as pessoas a buscarem conhecimento a todo momento. Este cenário sinaliza mudanças no velho paradigma quanto às empresas de comunicação do interior – de que o mundo só acontece no eixo São Paulo-Rio. “Merece atenção tam-bém o fato de que

o perfil do profissional do interior é mais generalista, diferentemente do que se vê em São Paulo, por exemp-

lo, onde o público das empresas é for-mado por pessoas mais especializadas em determinado assunto. É justamente essa característica que o profissio- nal do interior tem que nos leva a investir mais em desenvolvimento de pessoas e, consequentemente, ter uma equipe mais polivalente”, afirma.

Figueiredo também é otimista quanto ao mercado local. “Vejo muitas empresas e profissionais reclamando do mercado, mas esta não é a minha visão. Eu entendo que o mercado está em processo de amadurecimento e que a evolução é notória em relação a anos anteriores. Cla-ro que a crise neste ano prejudicou este processo, mas no geral, o mercado evolui a cada ano e não me refiro apenas à questão de investimentos dos clientes, mas da val-orização da presença da agência e da qual-

idade dos profissionais no mercado”.

Agênciais locaiscolecionam prêmios

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A chegada dos cursos superiores de pu-blicidade e propaganda inegavelmente contribuiu para o aprimoramento da

atividade, na avaliação dos profissionais da área. “As escolas de comunicação ajudaram a profissionalizar o mercado. Hoje temos univer-sidades e faculdades atuando como parceiras das agências. Promovemos trocas muito positivas com essas escolas para contribuir na formação de novos profissionais. Isso é fundamental para a conti-nuidade do nosso trabalho”, diz Manuel Mota da Silva, diretor da TCM.

“Facilita muito. No-vos profissionais com mais acervo e mais repertórios quando na prática da ativi-dade, promovem um bom desenvolvimento do negócio. É muito bom sentir que as gerações se renovam. É bom contar com jovens com mais e melhor formação, que chegam e sabem o que acontece a sua volta”, afirma Marcos Teixeira, di-retor da Projeta. E ele ressalta que os cursos superio-res não são instalados em determinadas regiões por acaso e sim para atender a demanda existente.

Como um ciclo, essa demanda também au-menta a oferta de vagas em cursos superiores nessa área: de acordo com o Inep, conforme dados divul-gados pelo Guia de Profissões do Portal IG, existem no Brasil 307 cursos superiores de PP, que oferecem mais de 44 mil vagas e formam cerca de 11 mil jovens anualmente.

Em Sorocaba, três instituições de ensino su-perior oferecem cursos presenciais de publicidade e

propaganda - Uniso, Esamc e Unip. O MEC, que dis-ponibilizava tais dados anteriormente, não divulga o número de formandos. Mas, segundo estimativa da coordenadora do curso de PP da Uniso, a professo-ra Neliane Leone Teixeira, perto de mil alunos já se formaram na instituição ao longo destes 20 anos. E

grande parte deles está inserida no mercado local.

Não há, diz o presidente da APP Regional, Julio Petuco, como saber quantos publicitá-rios atuam no mercado, pois essa mão de obra não se concen-tra apenas nas agências, mas está capilarizada em vários setores, como veículos, fornecedores, departamentos de marketing das empresas, etc. E também não é possível saber com exatidão o volume de recursos que gira pelo mercado.

Mas para se ter uma ideia, o IPC (Índice de Potencial de Consumo) de Sorocaba no ano passado foi de quase R$ 14 bilhões. Embora esse dado não permita chegar ao total movimentado pela comuni-cação, é indiscutível que o setor tem impacto sobre o IPC local, 25o do País e 8o colocado no Estado de São Paulo. Sorocaba respondeu ano passado por 0,42853 do total de consumo brasileiro. Os investimentos publicitários, considerando-se apenas a compra de espaço nos veículos, ficaram em R$ 46,38 bilhões, se-gundo o projeto Inter-Meios, do Jornal Meio & Men-sagem, principal referência do setor.

Essa expressividade que o setor de comuni-cação ganhou na cidade, tanto na economia como no mercado de trabalho, foi um dos fatores que moti-varam o vereador Luis Santos a propor a inclusão de

Formação superior ajuda a fortalecer o mercadoInstalação de cursos superiores na área da Comunicação contribuiu para o fortalecimento do mercado e motivou datas em homenagens a jornalistas e publicitários

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Cerimônia na Câmara homenageou os 20 anos dos cursos de Comunicação Social e o professor Aldo Vannucchi, primeiro reitor da Unisoum dia municipal para o jornalista e para a impren-sa e um dia para os publicitários e a publicidade e propaganda. Depois de historiar a atividade desde o surgimento da imprensa no Brasil, em 1808, o verea-dor lembra que no início deste século, com as novas tecnologias, a comunicação ganhou maior impulso. E Sorocaba vem se destacando.

A comemoração do Dia Municipal dos Pro-fissionais do Jornalismo e Dia do Jornalista, justifica ele, vai ser no dia 8 de maio em homenagem ao fun-dador do DIARIO, Victor Cioffi de Luca, que nasceu nessa data e teria completando 90 anos em 2015. Este ano foi a primeira vez em que se comemorou a data e para completar as homenagens ao fundador deste jor-nal, o curso de Jornalismo da Uniso o nomeou como patrono da sala ocupada pela agência de notícias.

Já para o dia municipal da Publicidade e Pro-paganda e dos Publicitários, explica Santos, foi esco-lhido o 15 de setembro pelo fato de ter sido publica-da nesta data, pelo Diário Oficial, a portaria 1364 do MEC, autorizando a implantação da Uniso com a criação dos cursos de Comunicação Social, habili-tação em Publicidade e Propaganda e em Jornalismo.

O batismo da sala ocupada pela agência de Jorna-lismo, que ganhou o nome do fundador do DIÁRIO

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Marcas locais ganham com incremento da propagandaAntenadas com as tendência da publicidade moderna, agências apostam no fortalecimento das marcas e anunciantes têm instrumento para avaliar a força da sua marca

Marcas não entram e ficam na cabeça das pessoas da noite para o dia. O processo de fixação de nomes na cabeça do con-

sumidor passa por várias etapas. E simplesmente ter uma marca na memória não significa muita coisa: “A lembrança de marca refere-se à capacidade do cliente de lembrar e reconhecer a marca, representada por sua capacidade de identificá-la sob diferentes condições. Mas a lembrança da marca envolve mais do que os clientes apenas conhecerem o nome da marca e já a terem visto. Envolve ligá-la - seu nome,logo, símbolo e assim por diante - a certas associa-ções na memória”, ensinam Kevin Lane Keller e Marcos Machado no livro Gestão Estratégica de Marcas, uma refe-rência para quem estuda o assunto.

E isso tem reflexo no faturamento, como observa Philip Kotler, considerado uma espécie de papa quando o assunto é marketing: “Para as empresas, as marcas repre-sentam uma propriedade legal incrivelmente valiosa que pode influenciar o comportamento do consumidor, ser comprada e vendida e, ainda, oferecer segurança de receita futuras e estáveis para seu proprietário”.

Nesse processo, a comunicação é importante.

Mas ela exige determinadas técnicas e o papel das agências de propaganda é relevante nessa ação. Isso porque a cons-trução do brand equity - valorização da marca - também decorre de um trabalho permanente de construir um posi-cionamento para entrar e se manter na mente das pessoas.

Ganhar share of mind, ou seja, ter uma presença cativa na mente do consumidor, tem sido a tônica da pro-paganda atual. Embora a lembrança por si só não impacte no market share - ou seja, na participação da marca nas vendas em uma determinada categoria de produto - ela tem sido considerada cada vez mais fundamental para que isso aconteça.

E um dos instrumentos para avaliar o grau de fi-xação de uma marca na mente das pessoas é a pesquisa top of mind, na qual, espontaneamente, os entrevistados respondem qual nome lhe vem à cabeça quando se per-gunta acerca de uma categoria ou produto. Os resultados permitem aos profissionais criarem estratégias para a co-municação.

E Sorocaba foi uma das primeiras cidades do interior a contar com uma pesquisa dessa natureza, num momento em que a propaganda começou a passar por

grandes transformações (ler página 2).Um acompanhamento dos resultados desde que

essa pesquisa começou a ser feita na cidade pode dar uma ideia de como a presença de marcas locais vem ganhando força na mente dos consumidores, também em função do fortalecimento da publicidade sorocabana.

Uma comparação entre o levantamento feito no último ano do século passado e divulgado pelo DIARIO no caderno Top100 com a última edição do top of mind lançada pelo Ipeso, ano passado, dá bem uma ideia do que vem ocorrendo nesse aspecto. Na categoria Escolas Par-ticulares, por exemplo, 29,7% dos entrevistados em 1999 não souberam responder de pronto o nome de uma marca. Em 2014, esse índice baixou para 14,1%. Em Lojas de Tin-tas, 32,1% não se recordavam de um nome nessa categoria, índice que baixou para 21,2% (ver quadro).

Além disso, essa pesquisa permite avaliar o de-sempenho de determinadas marcas ao longo destes anos. Na edição de 1999, por exemplo, a escola de informática Nippo aparecia em 5o lugar, com 1% das respostas. Na edição do ano passado, erra a primeira, com 14,7% das lembranças.

Marcas na cabeça do sorocabanoAbaixo, algumas categorias pesquisadas em 1999 e 2014 e como a fixação de mar-cas vem evoluindo na mente do consumidor sorocabano. Diante da pergunta “qual marca lhe vem à lembrança em primeiro lugar”, as respostas “não lembro” foram as seguintes:

Cosméticos 24% 16,1%

Farmácias 2,6% 0,6%

Padaria 4,6% 2,4%

Escola Particular 29,7% 14,1%

Loja de Tintas 32,1% 21,2%

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Evento quer marcar a primeira comemoraçãoInspirada no comercial que transformou a expressão “do primeiro a gente não esquece” em bordão, Uni-so faz encontro para reunir profissionais do setor

A expressão “da primeira vez a gente não es-quece”, que apareceu em um comercial cri-ado pela W/Brasil na década de 80, virou

bordão nacional: no livro Toca dos Leões, em que conta a história da agência, o escritor Fernando Morais relata que essa expressão já foi adaptada mais de três mil vezes para títulos de jornais e declarações de políticos e personali-dades.

Inspirado nisso, o curso de Publicidade e Propa-ganda da Uniso programou para esta terça-feira, em que se comemora pela primeira vez o Dia Municipal do Pub-licitário, um encontro para reunir não só os publicitários, mas profissionais de todas as áreas de Comunicação que fazem parte dessa cadeia de negócios.

“O dia escolhido pela Câmara para incluir a hom-enagem aos publicitários no calendário oficial de even-tos da cidade homenageia também o primeiro curso de publicidade e propaganda da região, instalado pela Uniso há 20 anos. Por isso entendemos que era preciso fazer

um grande encontro para juntar as coisas: a primeira comemoração dessa efeméride e o aniversário de criação do primeiro curso de publicidade e pro-paganda da região”, diz a coordenadora do curso de PP da Uniso, Neliane Leone Teixeira.

Previsto para acontecer a partir das 19 horas, no auditório central da Uniso, o encontro começa com a apresentação de um stand up, com um gru-po formado por ex-alunos de publicidade e propaganda. As 20 horas, será apresentado oficialmente o portal Cria da Casa, desenvolvido pela agência experimental do curso e criado com o propósito de promover maior inter-ação entre academia e mercado.

Às 20h30, Caio Barsotti presidente do CENP (Conselho Executivo de Normas Padrão), órgão da iniciativa privada que reúne agências, anunci-antes e veículos para garantir as boas p´ráticas nesta atividade, faz a palestra “A autoregulamentação e o futuro da profissão” e na sequência o músico e publicitário Tom Soares fará uma apresentação musical recheada com jingles criados por ele para campanhas publicitárias locais e regionais.

“Queremos fazer desta uma festa inesquecível pois, como já disse um antigo bordão da propaganda, a primeira vez a gente nunca esquece”, finaliza Neliane Teixeira.

Neliane Leone Teixeira, coordenadora do curso de PP

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