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\ dez n o 14172 É possivel gerar mais vida nos vazios existentes na cidade? A seguinte proposta de ação-performance é uma tentativa de despertar o olhar dos moradores do bairro Buritis para a possibilidade da vida urbana coexistir com a produção de alimentos. ecof i t a S \ dez
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dez ecof i t · urbana coexistir com a produção de alimentos. ecof i t a S \ dez no14172 programa ... A vivência com foco em agrofl oresta traz à tona um ... permacultura diagrama

Aug 01, 2020

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É possivel gerar mais vida nos vazios existentes na cidade?

A seguinte proposta de ação-performance é uma tentativa de despertar o olhar dos moradores do bairro Buritis para a possibilidade da vida urbana coexistir com a produção de alimentos.

ecof i t a S

\ dez

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programa

Ecofi ta é a ocupação do vazio através da agrofl oresta, neste caso, o cultivo em menor escala de espécies que geram alimento. O sistema agrofl orestal tem potencial de suprir a demanda do condomínio e gerar produção excedente de alimento.

Para testar sua aplicação, desenvolvemos uma forma de engajamento da vizinhança no plantio coletivo de uma agrofl oresta na palafi ta-pomar. O processo, com duração de três semanas, proporcionará aos moradores uma experiência de plantio em pequena escala acompanhada por aulas técnicas e discussões sobre as técnicas, diferentes espécies, o solo, entre outras coisas.

Um mês após o plantio, faremos a colheita de alguns alimentos e o preparo de comidas, baseadas nos ingredientes disponíveis, para compartilhamento em um lanche coletivo na rua.

Esta ação, de caráter experimental e possivelmente efêmero, tensiona a estrutura existente, revelando novas possibilidades para o local. O estímulo ao uso coletivo – e autogestionado – desses vazios fortalece redes existentes, vislumbrando novas repercussões.

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objetivos e justifi cativa

Como contraponto às palafi tas existentes no edifícios do Buritis encontramos palafi tas ribeirinhas amazônicas, construídas em madeira, executadas pelos próprios moradores – na escala de suas casas – onde se integram tempo, espaço e cultura locais. Tendo as palafi tas amazônicas como ponto de partida, surge a questão: é possível trazer ao bairro belo-horizontino uma relação similar? Seria possível integrar às palafi tas de concreto e aço comportamentos e hábitos criados a partir da força da natureza e de seu movimento?

A agrofl oresta é uma prática inspirada pela forma cíclica na qual a natureza funciona. É um sistema de plantio de alimentos que prevê a recuperação de uma fl oresta, possibilitando o aumento da produção em relação à área. Ela também amplia a fertilidade do solo com base na decomposição natural, reduzindo despesas de cultivo. Ecofi tas são uma ocupação dos vazios através da agrofl oresta, neste caso, no cultivo em menor escala de espécies que geram alimento. O sistema agrofl orestal

tem potencial de suprir a demanda alimentar do condomínio e ainda gerar alguma produção excedente.

As palafi tas encontradas no Bairro Buritis são métodos construtivos para garantir o maior aproveitamento demográfi co em terrenos em declive, gerando uma área inóspita e, atualmente, impossível de se utilizar, segundo mecanismos de legislação urbana. Essas áreas residuais agridem sua região ambientalmente pelo risco e alteração nas linhas hidrográfi cas – essenciais para fi ltrar e conduzir as águas das chuvas antes de chegarem aos córregos que permeiam os vales –; social e culturalmente, pela especulação imobiliária que mantém uma alta densidade demográfi ca, e ainda visualmente, com a estrutura crua de concreto inserida no solo descoberto, acompanhada de prédios altos disputando as poucas vistas e raios de sol disponíveis, enquanto eles mesmos bloqueiam a paisagem natural da cidade.

Todavia, a estranheza estética causada por essa estrutura pode ser vista, também, como um potencial. O que de melhor ela pode nos oferecer? Sendo atualmente

um espaço indefi nido, é ideal para testar ações variadas, visto que não se tem um imaginário já solidifi cado das funções que poderiam se desenvolver lá. É importante não esquecer que o modelo de produção de cidades focado em girar capital é muitas vezes responsável pela construção desses espaços inóspitos, sem qualidade para convivência e fruição, que estimula ainda mais hábitos individualistas como o uso constante do carro e experiências de lazer também mediadas pelo capital; ignorando o potencial de espaços públicos como espaços de lazer e convívio cidadão.

Contando com o demonstrado interesse dos moradores dos edifícios em construir ou ao menos experimentar novas vivências nesse espaço que é comum, consideramos potencial o experimento de um cultivo partilhado na construção de novas formas de viver o bairro – e, em maior escala – a cidade.

Desta forma, a proposta quer enaltecer o potencial da palafi ta-pomar através do plantio e trazer à tona essa discussão na escala do bairro, da cidade e da lei, através

de conversas, conscientização, debates e aulões. Vislumbramos a recuperação e ressignifi cação do ecossistema como um exemplo interessante para ilustrar diferentes possibilidades de uso desse espaço no que tange as leis de uso e ocupação.

As Ecofi tas serão uma cápsula verde, um experimento com temporalidade e espacialidade defi nidas, um primeiro estudo na ideia de se implantarem pequenos cultivos de alimento pela cidade. Engajar a vizinhança a partir de técnicas de plantio agroecológicas traz, inevitavelmente, um questionamento acerca de nossa relação com as plantas, nosso papel diante delas, nossa relação um com os outros e, mesmo, se é possível resgatar memórias de tempos não tão distantes em que a vida aproximava com mais gentileza da natureza. A vivência com foco em agrofl oresta traz à tona um processo de reconstrução do ser, de dentro pra fora, com valores de comunhão e entrega, permeando o autoconhecimento e o instinto de comunidade.

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agrofl oresta

palafi tas urbanas

palafi tas amazônicas

agricultura familiar

cooperação

relações de vizinhança

mutirões

comidariapública

permacultura

diagrama síntese:

conceitos, potenciais

aulas

uso não previsto

vazios

bairro Buritis

exemplos possíveis

manutenção

discussões em escala urbana

compartilhamento do espaço

moradores

novos usos

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eventos, ações e

cronograma

Evento 01:Troca de Mudas

Evento 02:Preparação do terreno

Evento 03:Plantio

Evento 04:Comidaria

Esta ação será o início do diálogo com a vizinhança, a

fi m de entender melhor seus interesses e conhecimentos

sobre cultivo e plantas. Contaremos da proposta que

se segue e convidaremos todos a participarem dos

próximos eventos.

Evento aberto para, junto com a vizinhança, preparar o terreno para o plantio. O dia começa com uma aula

aberta que cobrirá princípios básicos da agrofl oresta,

entre eles o tratamento da terra, o funcionamento dos consórcios, componentes

e desenvolvimento do solo, etc. Em seguida, serão

removidas plantas e matos e colocaremos a nova

matéria orgânica no solo: cada participante fará uma

quantidade de canteiros.

O dia começa com outra aula curta, dessa vez abrangendo a estratifi cação das espécies,

ciclo de vida, plano de manejo, etc. Em seguida realizaremos uma grande ofi cina de plantio

com todos os presentes. Ao fi nal, entregaremos para cada

participante um pequeno manual (impresso) de

manutenção da agrofl oresta, para que, coletivamente, possam mantê-la viva.

Ao fi nal do primeiro mês após o plantio realizaremos uma

colheita dos ingredientes disponíveis e o preparo

de pratos e lanches tendo ele como base. A comida

será ofertada à vizinhança, previamente convidada, para

que possam compartilhar, na rua, o produto de seu trabalho. Esse momento

servirá para conversarmos sobre o processo, como

um todo, bem como suas possibilidades futuras.

Duração: uma tarde

Duração: dois dias (um fi nal de semana)

Duração: dois dias (um fi nal de semana)

Duração: um dia

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consórcios

Camomila, Capuchinha

Bananeira, Abacate, Limão,

Laranja, Mexerica, Pêssego, Cacau,

Graveola, Acerola, Mamão, Amora,

Margaridão

Mandioca, Berinjela, Quiabo,

Milho

Taioba, Inhame, Batata Doce,

Couve

Pepino, Chuchu, Maracujá

Alface, Tomate, Cenoura,

Beterraba, Alho, Cebola, Rúcula

Pimenta, Cebolinha, Salsinha,

Manjericão, Alecrim, Orégano,

Tomilho, Hortelã

Na lógica agrofl orestal os legumes, verduras e frutas que estamos acostumadas a comer cotidianamente são plantas originárias da fl oresta, que foram ao longo da história sendo adaptadas a diferentes condições de solo e de luminosidade. Nas condições de fl orestas preservadas, tais espécies encontram a fertilidade que precisam para seu pleno desenvolvimento, incluindo umidade, nutrientes, vitaminas e vida. A escolha de quais

plantas usar são feitas com base na estratifi cação, fenômeno observado nas fl orestas, onde as plantas ocupam todo o espaço aéreo e subsolo - rasteiras, médias e altas e suas respectivas raízes - de modo que uma cria condições de solo e luminosidade umas para as outras.

Assim, implantar um sistema agrofl orestal agroecológico em um local onde as condições naturais já deixaram de existir, implica sobretudo em potencializar novos

processos naturais que recriam as condições fl orestais. Por isso se fala em recuperação do solo através da cobertura com matéria orgânica. Em casos extremos, como o do solo no Bairro Buritis, é imprescindivel usar ao mesmo tempo energia, trabalho, técnicas e recursos desenvolvidos no âmbito da agricultura artifi cial, no início do sistema. Para tal, incluímos a adubação e preparo do solo nos moldes normalmente usados na agricultura orgânica.

A intenção do plantio consorciado é que as plantas e o manejo garantam sua capacidade de ir substituindo o trabalho artifi cial pelo organicamente realizado pela vida e intensifi cado pelo manejo, ou seja, criar um ecossistema praticamente autônomo. Com conscientização, planejamento e objetivo, buscamos garantir que os trabalhos sejam realizados pela própria vida do Organismo Lavoura e pelo discernimento das pessoas.

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trabalho com a vizinhança

Entendendo os limites que balizam este trabalho, como o tempo de execução, os parâmetros restritos de legislação e o orçamento do projeto, consideramos que seu grande potencial está ligado à sensibilização da vizinhança para a facilidade e os benefícios ligados ao plantio nas palafi tas.

O caráter efêmero da ação proposta não limita suas repercussões, o uso temporário do espaço tensiona sua estrutura e revela novas possibilidades.

Na partilha do urbano e na atuação direta da sociedade sobre ele se fazem presentes diversos indivíduos, criando e possibilitando novas formas de expressão de suas subjetividades. Estratégia essa comum ao urbanismo tático, que transforma as relações

das pessoas com o território de baixo para cima, empoderando o cidadão para que ele mesmo reconfi gure o seu habitat. Deste modo, projetamos, além da própria ação de plantio, alguns dispositivos que cumprem com uma função tática de mobilização dos vizinhos.

Tais dispositivos são formados, principalmente, pelos eventos, mas também se completam com a comunicação visual a ser espalhada pelo bairro – cartazes, panfl etos –, pelo manual de plantio a ser entregue no terceiro evento, deixando cada participante com um guia para dar continuidade às atividades, e também pela ação de colher e cozinhar os alimentos cultivados após o primeiro mês de plantio, compartilhando-os em um lanche coletivo na rua.

Cada um desses dispositivos complementa a consolidação, no imaginário dos moradores, da possibilidade de se cultivar no espaço das palafi tas, e modos distintos de experimentar essa ideia esteticamente servem para reiterar o valor coletivo de se produzir o alimento e também o espaço.

O coletivo irá acompanhar o processo para registro e diálogos, mediando a situação e enxergando potenciais locais.

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orçamento Descrição Quantidade Valor Unidade Valor total

Evento 01:Troca de Mudas

Evento 02:Preparação do terreno

Evento 03:Plantio

Evento 04:Comidaria

Panfl etosCartazes

Pré-preparo terrenoMudas

Panfl etosCartazes

Matéria OrgânicaCaminhão de terra

Aula 01Ferramentas

Preparo almoçoLanche

Panfl etosCartazes

Aula 02Mudas

Preparo AlmoçoLanche

Manual

Panfl etosCartazes

Mão de obraIngredientes

20020

140

20020

21

11

31

12500

31

100

R$0,30R$3,00

R$500,00R$5,00

R$0,30R$3,00

R$420,00R$420,00

R$500,00R$900,00

R$250,00R$400,00

R$500,00R$4,00

R$250,00R$400,00

R$10,00

20020

R$0,30R$3,00

61

R$250,00R$800,00

20020

R$0,30R$3,00

R$60,00R$60,00

R$500,00R$200,00

R$60,00R$60,00

R$840,00R$420,00

R$500,00R$900,00

R$750,00R$400,00

R$500,00R$10.000,00

R$750,00R$400,00

R$1.000,00

R$60,00R$60,00

R$1500,00R$800,00

R$0,30R$3,00

TOTAL:

R$19.940,00

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possíveis desdobramentos

Legislação: A legislação vigente difi culta a implantação deste projeto por não permitir o uso dos espaços vazios gerados pelas palafi tas, sem que este seja incluído como área construída. Outro parâmetro urbanístico que difi culta a princípio essa operação, é garantir a acessibilidade ao vazio pois toda área de uso comum das edifi cações deve assegurar o acesso de pessoas com necessidades especiais (PNE), o que requer uma intervenção na edifi cação de alto custo além de re-aprovação do projeto perante o orgão público.

Caso seja de interesse dos moradores a implantação do projeto, levaríamos a discussão até a câmara municipal apresentando a intervenção como exemplo. Com isso é possível rever os aspectos relativos à possibilidade de uso desses espaços quanto aos parâmetros urbanísticos se tratarmos eles com as práticas de permacultura e agroecologia. Desta forma, o experimento Ecofi tas pode frutifi car na futura elaboração de um projeto de lei.

Relações de vizinhança

Além de ser gratifi cante ser responsável por replantar uma fl oresta, esta ainda produz alimento saudável, trazendo benefícios mentais, emocionais e espirituais para quem a cultiva.

Além disso, a prática de plantio coletiva pode alterar também a relação existente entre vizinhos, bem como sua relação com o espaço em que vivem, trazendo novas sensibilidades para seu cotidiano.

Produção para o condomínio + excedente:O cultivo agroecológico tem como característica a maior produtividade em relação à área utilizada para plantio. A quantidade que se pode produzir a partir dessa técnica é algo impressionante, que só se pode mensurar após o contato com a colheita.

Caso o plantio seja continuado, existe a possibilidade real de que haja produção sufi ciente para todos os condôminos e, ainda, que se gere um excedente.

Também, se for do interesse do condomínio, o excedente comercializado pode gerar renda para sustentar o plantio continuado, subsidiando mudas e sementes novas, irrigação e mão de obra. Portanto existe aqui a possibilidade de uma sustentabilidade fi nanceira e circular, pois a própria atividade se fi nancia em uma escala local.

Replicação em outros vazios:

Nossa proposta tem como futuro objetivo a elaboração de um plano de negócios para a ocupação de vazios urbanos como o das palafi tas. A partir da primeira experiência com as Ecofi tas, pretendemos aprimorar a metodologia para atender às demandas de condomínios, habitações e moradores que demonstrem vontade de alguma mudança signifi cativa no planeta através da alimentação.

Acreditamos na simbiose cidade-cultivo como pontencial para renovar a vida nas cidades, trazendo saúde e sustentabilidade efetiva. Queremos que as ecofi tas sejam semente para outros plantios.

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referências

1. Habitar/Habitat: Palafi tas e casas fl utuantes; documentário SescTV

2. Jardins Comestíveis; texto de Fritz Haeg em PISEAGRAMA 06

3. Jardim Produtivo; texto de Fernanda Regaldo em

PISEAGRAMA 06

4. Troca de mudas; ação da Brotos Ofi cina no Festival Eletrônika

5. Fazenda Gameleira; projeto do coletivo Micrópolis

6. Banquetes Públicos; ações diversas de Patrícia Brito

7. Agroecologia na Periferia; projeto belorizontino

8. Planapo; Plano Nacional de Agroecologia e Produção

Orgânica, 2013

9. Atlas do Agronegócio; Fundação Heirich Boll, 2018

10. Plante você mesmo; texto de Cristina Müller em PISEAGRAMA 09

11. Cooperafl oresta; associação dos agricultores agrofl orestais de Barra

do Turvo e Adrianópolis

12. Agrofl orestando o mundo de facão a trator; livro publicado pela

Cooperafl oresta