DevelopmentReport VI Prêmio AEA de Meio Ambiente · máximo o impacto ao meio ambiente: a reciclagem ... que é o que a Bosch vem ... pela Bosch continuam a ter interação com o

O DfE no desenvolvimento de produtos Bosch_final.doc - 1 -

Robert Bosch Ltd.Fuel Saving Intelligence team Business Units : ED, GS, SGStarter & Generator Engineering area

Development and testing packages of technical solutions withBosch eletrical products in synergy, offering to the custommersintegrated Bosch Systems.

Development Report

Robert Bosch Ltda. Starter & Generator Engineering Jair Pasquini Rodrigo Paniago Peixoto Eduardo Holland Schulz

VI Prêmio AEA de Meio Ambiente

Design for Environment - DfE – aplicação Bosch no desenvolvimento de Motores de Partida e Alternadores


Design for Environment - DfE – aplicação Bosch no desenvolvimento de Motores de Partida e Alternadores

Eduardo Holland Schulz, Rodrigo Paniago Peixoto, Jair Pasquini

Robert Bosch Ltda

1- Introdução:

Segundo a diretiva européia ‘EU ErP’ (produtos relacionados a energia) de 2009 / 125 / EG entende-se por " Organização voltada ao meio-ambiente " ("Design for Environment") a consideração de exigências ambientais, somadas as metodologias de desenvolvimento de produto, que tem como objetivo reduzir o impacto do produto ao meio-ambiente durante seu ciclo de vida.

Para todos os fenômenos naturais, como por exemplo, movimento das zonas climáticas, aumento do nível do mar, secas e inundações além da escassez de recursos como água, metais raros, combustíveis, resultam em:

• Aumento da conscientização

ambiental

• Crescente conhecimento do impacto negativo de produtos ao meio-ambiente

• Acordos Internacionais (exemplo

Protocolo de Kyoto – Redução de Emissões)

• Crescentes especificações legais

• Crescente demanda dos

consumidores


Baseando-se nestes pontos e comprometida com as ações de

sustentabilidade e especificamente com o meio ambiente, a Bosch tem na sua Visão a paixão para criar inovações acessíveis à sociedade, orientada pela responsabilidade e pelas diretrizes para a preservação do meio ambiente, a qual faz parte das práticas de sustentabilidade do negócio da organização.

Integrado ao Sistema Bosch de Engenharia, o desenvolvimento de tecnologias e processos, realizado pela Engenharia Avançada, se dá de forma a priorizar inovações sustentáveis, como acontece na elaboração de projetos de Plataformas de produtos através das Avaliações de Qualidade específicos, responsáveis por avaliar o cumprimento das normas/ regulamentos. É importante ressaltar que desenvolvimentos voltados para o cuidado com o meio ambiente são gerenciados internacionalmente, e possuem regras de atendimento definidas e seguidas por toda a organização, incluindo os coordenadores de unidades de negócio.

Sabemos e reconhecemos que cada vez mais os produtos devem estar de acordo não somente com as propriedades econômicas, mas também com as demandas de sustentabilidade durante todo seu ciclo de vida. E é pensando nisso que a Bosch, considerando as normas nacionais e internacionais sobre o tema, responde a essa demanda com um processo de produção ecologicamente correto, começando pela escolha de materiais. Busca-se reduzir a quantidade de matéria-prima utilizada na produção, bem como a maximização de sua eficiência, possibilitando que o cliente tenha em mãos produtos mais econômicos e que geram menos efeitos nocivos ao meio ambiente. O desenvolvimento de produtos sustentáveis pela Bosch segue uma série de requerimentos – entre eles estão a busca pela redução no consumo de energia, a redução na emissão de poluentes, o uso de materiais que produzem menos impactos ambientais e eficiência no reuso de materiais. O objetivo é que todos os aspectos que envolvem a preservação do meio ambiente sejam considerados no processo de produção da engenharia desde o início, evitando que os objetivos não sejam atingidos ao longo do período de desenvolvimento.

O ciclo de vida de um produto compreende diversas fases. São elas: demandas externas, que compreendem os requerimentos de clientes e as exigências ambientais, design e desenvolvimento, seleção e uso de matéria


prima, produção, embalagem, transporte e distribuição, instalação e manutenção preventiva, utilização e descarte.

A Bosch se preocupa em incluir desde o início deste processo os aspectos fundamentais à sustentabilidade, sempre com o intuito de caminhar de acordo com as exigências de um mundo cada vez mais voltado para o verde, para o ecologicamente correto.

Pensando nisso, algumas possibilidades foram criadas para o descarte dos produtos que chegaram à fase final de seu ciclo de vida, visando reduzir ao máximo o impacto ao meio ambiente: a reciclagem aparece como uma ótima maneira de evitar que os produtos sejam simplesmente descartados, e que isso ocorra de maneira incorreta do ponto de vista da sustentabilidade. Através da reciclagem, os materiais do produto são reprocessados para que possam ser utilizados em um novo produto, igual ou diferente do original. Em alguns casos é possível que esse produto em fase final de vida seja reutilizado de alguma outra maneira, como em reconstruções em séries, que é o que a Bosch vem realizando com sucesso. Outras formas inteligentes de descarte: queima de sobras como forma de geração de energia e a desmontagem, facilitando a decomposição de cada componente do produto entre outros.

Rede de Varejo

Remanufatura/ Reciclagem

É muito importante ter a consciência de que os produtos desenvolvidos

pela Bosch continuam a ter interação com o meio ambiente após deixarem as linhas de produção. Logo, a preocupação da empresa com os impactos ambientais que seus produtos podem causar não termina no momento em que eles saem da fábrica, e sim se mantém durante toda a sua existência. É pensando nisso que a Bosch vem buscando aprimorar cada vez mais seu processo de desenvolvimento e produção, considerando todas as formas de interação entre seus produtos e o meio ambiente, e sempre tentando contribuir para a sua preservação. Isso é válido para todos os setores da empresa mundialmente, bem como subsidiárias regionais e afiliadas: é a Bosch oferecendo diretrizes de design e produção sustentáveis a todos os responsáveis pelo desenvolvimento de seus produtos.


2- Visão Bosch sobre vantagens do DfE (Design for Environment)

Na visão do grupo Bosch encontram-se as seguintes vantagens e benefícios na aplicação correta e estruturada do DfE:

• Contribuição para o meio-ambiente e proteção de recursos nas fases: o Produção o Ciclo de vida do produto o Reciclagem e/ou reuso de produtos

• Economia de custos como, por exemplo, conhecimento antecipado dos requisitos legais.

• Melhoria do fluxo de informação entre departamentos e filiais distribuídas internacionalmente.

3- DfE – Regras para o desenvolvimento de produtos:

O desenvolvimento de produtos Bosch tem como objetivo melhorar a sustentabilidade dos nossos produtos durante o ciclo de vida. Para atingir este objetivo, os aspectos ambientais de um produto devem ser levados em consideração, até mesmo nas fases iniciais de desenvolvimento, isto é, no desenvolvimento avançado de plataformas. Ou seja, entende-se que existe Ponto ideal para Aplicação do Design for Environment. DfE deveria ser aplicado durante as fases iniciais do desenvolvimento de produto.

Basicamente todas as fases do Desenvolvimento do Produto podem ser influenciadas pelo o DfE, mas deve ser avaliada com relação ao produto em que fase deve estar o foco. Os critérios para avaliação são os métodos e processos de produção, maneira de utilização do produto, comportamento de cliente, efeitos no meio-ambiente e custos, conforme demonstra gráfico abaixo.


10

20

3

40

5

60

70

80

90

Conceito Desenvolvimento Produção Uso

Extensão dos Efeitos

Extensão das influências diretas

Custo no ciclo de vida/ Efeito no meio ambiente Período

ótimo

[%]

Fases

O controle prático destes critérios durante o desenvolvimento e uso de

produtos se baseia na existência de substâncias declaráveis e proibidas, as “SoC” (Substances of Concern), que devem ter seu uso controlado e observado durante a elaboração de um novo produto.

Na União Européia, a situação jurídica relativa às SoC é a seguinte:

• O regulamento REACH (Registo, Avaliação, Autorização e Restrição de Produtos Químicos, 1907/2006/EG) aplica-se com referência à SoC em geral.

• A Diretiva ELV (Diretiva sobre fim de vida de veículos, 2000/53/EG) aplica-se com referência ao SoC para o setor automotivo. Legislação local correspondente deve ser observada bem como para outros países.

• Para a indústria automotiva existe uma lista com o nome "GADSL" (Global Automotive Declarabel Substances List), como uma lista coorporativa internacional para SoC.


Além das disposições legais e dos clientes, os requisitos das normas

internas Bosch também devem ser observados durante o desenvolvimento do produto. Abaixo se verifica a visão esquemática da organização e regulamentação do processo DfE na Bosch, o qual se desdobra em vária áreas de competência e influencia a gestão diária do negócio .

Declaração de materiais

Normas internas

Aspectos ambientais

Controle

Normas externas

Leis

N258

N42AP930

ELV Status

UMS

Materiais proibidos

Reciclagem

Peso/ tamanho Exigências

Clientes

N33-

Eficiência Energética

Emissões

Coordenação e network

DfE

REACH

Compras

Vendas

Objetivo Treinamentos

Management Review

Localidade

Abrangência Responsabilidade básica

Central DfE

IMDS RBMDS

Em caso de necessidades do cliente, que se estendem além do

GADSL, os coordenadores centrais DfE informam sobre como lidar com estes requisitos, incluindo as respectivas pessoas de contato do departamento de vendas para o respectivo cliente. Desta forma os requisitos de cliente que se adicionem aos requisitos internos Bosch e aos legalmente definidos são agregados.

Vale ressaltar a importância de que as empresas adotem uma única lista

de declaração e proibição de substancias, como por exemplo a GADSL, de forma a evitar analises individuais desnecessárias, que consomem recursos sem agregar valor ao cliente final. 4 - Integração do DfE com a metodologia de desenvolvimento de produtos.

Na Bosch o DfE está ancorado no processo de PEP (Processo de Engenharia de Produto). O PEP é a metodologia de desenvolvimento de produtos adotada por toda a organização e prescreve em detalhes os pacotes de trabalho necessários para a criação de produtos, tal como fixa os requisitos mínimos e legais para a homologação dos mesmos.


É parte integrante deste processo os QG’s (Quality Gates – Avaliações

de Qualidade), onde os requisitos de qualidade, segurança e atendimento a normas são verificados em pontos determinados do projeto, por meio de questionário (veja item 4.2). Isto significa que os requisitos ambientais são verificados a partir da perspectiva legal e do cliente em todos os processos de liberação de produto.

No quadro abaixo são descritos os momentos de realização dos QG’s, o

escopo envolvido em cada avaliação e a conexão destas fases com os requisitos de DfE.

Pro

ces

so

de

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ovaç

ão

Ap

rov

açã

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e p

roje

tos

QG

0 (

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QG

1 (

Lib

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QG

2 (

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QG

3 (

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QG

4 (

Iníc

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o)

QG

5 (

Pro

jeto

fin

aliza

do

)

Gestão de mudanças

Pedido do

cliente

Fase de

aquisição

• Metas• Estratégia• Recursos

Avaliação de

vendas/ Prep.

de projeto

• Estudos• Requisitos• Viabilidade• Especificação

Concepção

• Conceitos

• Amostras A

• Preparar amostras B

• Definição de fornededores

Engenharia

• Design detalhado/ Planejamento de manufatura

• Amostras B

• Preparar amostras C

Implementação

• Liberação de produção interna

• Amostras C

• Liberação de produto

• SOP

• Amostra D

• Estabilização

• Lições aprendidas

Produção

• Produção

• ...

• EOL

Início Ajuste Envio

Monitoramento

de requisitos

Checar requisitos relevantes de DfE

Preparação dos QGs com DfE

Para a execução do DfE são definidos claramente os papéis dos

operadores e responsáveis pela aplicação desta filosofia dentro da organização.

Durante o desenvolvimento de um novo produto o coordenador DfE

deve ser informado sobre qualquer projeto de plataforma. A informação pode ser apresentada diretamente através do líder do projeto e / ou através da plataforma sub-coordenador DfE.


A plataforma deve assegurar o fluxo de informações, juntamente ao líder

do projeto. Deve ser verificado se o produto planejado cumpre todos os requisitos legais e do cliente. O catálogo de perguntas QG serve o propósito de documentação das avaliações feitas durante o projeto e são objeto de auditoria. 5- Como a Bosch garante que o DfE de fato, é aplicado em seus produtos: 5.1- Através da indicação da norma N2580-1 em todos os componentes do produto:

• A norma Bosch N2580-1 ("Proibição e declaração de substâncias")

contém o GADSL e, assim, também o REACH e ELV.

• Todos os componentes de um produto possuem, pelo menos, um desenho e/ou uma lista de peças.

o Os desenhos indicam, em sua legenda, que a peça deve estar de

acordo com a norma N2580-1.

Legenda de desenho

o As listas de peças indicam um material, cuja norma também faz referencia à norma N2580-1.

Material em lista de peças


Indicação de N2580 em norma internacional de material

5.2- Através dos questionários de Avaliação das Qualidade - os Quality Gates (QG’s):

• Os QG’s são avaliações realizadas durante o processo de desenvolvimento de produtos, conforme o processo de engenharia de produto (PEP), com a finalidade de garantir que todas as exigências e especificações, quer sejam internas ou externas, estão sendo atendidas.

• O questionários das QG’s contém, dentre outras, questões específicas relacionadas ao DfE, como por exemplo, atendimento às exigências legais, aos requerimentos dos clientes e às normas e regulamentos internos (vide exemplo na figura abaixo)


5.3- Através da norma N33.6 e seu questionário :

• A norma Bosch 33.6 indica orientações para o projeto do produto e sua fabricação, com foco no desenvolvimento de produtos sustentáveis.

• O questionário da N33.6 (disponível em inglês para utilização internacional), assim como o questionário das avaliações de qualidade (QG’s) tratam de tópicos relacionados ao meio ambiente, como a necessidade de redução de peso ou volume do produto, utilização de materiais reciclados, atendimento às especificações dos clientes, etc. Vide abaixo exemplo do questionário.

6- Como a Bosch confirma que o DfE é aplicado nos seus produtos: 6.1- Através da Declaração de Substâncias:

• Para todas as peças compradas, o fornecedor deve indicar se o seu produto atende todas as exigências da norma N2580-1 relativa à substancias proibidas / declaráveis.


• Esta declaração faz parte dos documentos necessários para a aprovação do componente.

6.2- Através de verificação prática:

• Os materiais dos componentes utilizados em produtos Bosch, devem ser analisados para confirmar o cumprimento das exigências quanto às substâncias restritas.

• A norma Bosch N42AP 930 – Registro de provas para substancias regulamentadas, regulamenta as questões de verificação e documentação das substancias efetivamente presentes nos materiais.

6.3- Através do registro das substancias utilizadas nos produtos

• O RBMDS (Robert Bosch Material Data System) é usado para a documentação das listas de materiais e dos SoC. O RBMDS prepara a submissão de informações para o sistema internacional IMDS (International Material Data System), evitando a não conformidade de dados e descrição de materiais.


• A observância de restrições de substâncias e reciclagem devem ser seguidas e garantidas em toda a cadeia de suprimentos. O pedido para a apresentação dos dados IMDS pelos fornecedores consta na norma N2580.

7 – Os operadores do DfE na Bosch – definição de papéis

A seguir são descritos os principais papéis para a execução do DfE na organização Bosch. Estas pessoas são responsáveis pela execução e multiplicação em diversos níveis da importâncias do DfE. 7.1 - Coordenador DfE

Ele coordena e processa os pedidos de declaração dentro da divisão e

regional subsidiária. Ele é a pessoa de contato das áreas centrais, as equipes de atendimento a clientes e dos líderes de projeto de engenharia. Coordenadores devem ser nomeados por escrito, seguindo diretrizes relacionadas com os princípios organizacionais para proteção da saúde, segurança, meio ambiente e fogo, inclusive de controle de emergência no Grupo Bosch. Além disso, o coordenador DfE assume a atribuição de formalmente coordenação dos processos descritos e de integrá-los no sistema de gestão. A Coordenação DfE é uma atribuição trans-seccional. Tarefas do coordenador DfE:

1. Verificar as questões correlatas a normas legais e definição dos desdobramentos para a organização de cada divisão de negócios.

2. Assessorar as pessoas responsáveis na execução das especificações 3. Assessorar a elaboração e determinação de medidas organizacionais e

técnicas 4. Apoiar os responsáveis com a implementação do DfE 5. Cooperar ou aconselhar sobre design de produtos sustentáveis 6. Elaborar relatórios sobre a aplicação ao produto de regulamentos

ambientais 7. Fornecer à administração informações sobre os riscos e problemas de

aplicação 8. Manter a sua qualificação técnica 9. Coordenar o processo de declaração de materiais (nos RBMDS área

automotiva) 10. Controlar Status de ELV (End of Life of Vehicles)

7.2 - Sub-Coordenador DfE

Toda divisão de negócios que desenvolva produtos deve nomear um Sub-Coordenador DfE para cada planta, o qual terá foco na análise DfE sob a ótica da legislação local tal como requisitos específicos de sua planta e produtos. A nomeação deve ser feita oficialmente.


Tarefas do Sub-coordenador DfE:

1. Ser a pessoa de contato para o Coordenador DfE 2. Coordenar, apoiar e informar sobre temas DfE em sua fábrica em

cooperação com o Coordenador DfE 3. Coordenar e verificar a conformidade de normas e leis referentes

substâncias proibidas em sua planta. 4. Coletar e avaliar novas diretrizes DfE na respectiva região/localidade

(Diretrizes, as leis,medidas) e encaminhamento de informações relacionadas ao Coordenador DfE

5. Documentar e compartilhar melhores práticas em sua planta 6. Cooperar em caso de novos processos (tomada de decisão)

7.3 - Sub-Coordenador DfE de Plataforma de Produto Cada departamento de desenvolvimento de plataforma de produto deve nomear um Sub-Coordenador DfE de Plataforma de Produto. Esta pessoa irá analisar os requisitos DfE e seus impactos específicos em cada plataforma de produtos. A nomeação deve ser feita oficialmente. Tarefas de Sub-coordenador DfE de plataforma de produto:

1. Ser a pessoa de contato para o Coordenador DfE para o departamento de plataforma

2. Coordenar, apoiar e informar sobre temas DfE em seu departamento em cooperação com DfE Coordenador

3. Coordenar a conformidade do DfE às normas e leis sobre materiais proibidos em seu departamento.

4. Documentar e compartilhar melhores práticas em seu departamento. 5. Cooperar em caso de novos processos (tomada de decisão)

7.4 - Usuário chave RBMDS

Ele é a pessoa de contato do departamento de desenvolvimento, responsável pela formação e informação dos funcionários ("Usuários") a respeito de sistemas de informação (por exemplo RBMDS). Ele deve garantir que um número suficiente de usuários das divisões de negócio estejam treinados no manuseio dos sistemas. Ele organiza a autorização de acesso para os usuários dos vários sistemas.

7.5 - Usuário RBMDS

Usuários RBMDS dos departamentos de desenvolvimento devem fazer

as entradas dos novos produtos para clientes nos respectivos formatos. Usuários RBMDS nos departamentos de compra devem verificar as entradas IMDS de fornecedores de subcomponentes.


8 - Exemplos práticos de desenvolvimento de produtos visando o atendimento das normas e regulamentos relacionados ao meio ambiente:

Em atendimento a normatização européia sobre redução e eliminação de metais pesados, a Bosch iniciou o processo de adequação de seus produtos em antecipado no mercado brasileiro. Abaixo segue linha do tempo, demonstrando as revisões da norma européia, determinando o percentual admissível de metais pesados em produtos automotivos.

Redução de metais pesados em veículos

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Norma européia

2000/53/EG

anexo II

1ª

Revisão

Início de proibição de

metais pesados

2.ª Revisão

Pb

CrVI

Cd

H

Julho 2003 Hoje

Hg→ CrVI→ Cd→ Pb→ Jah

3ª Revisão

4ª Revisão

5ª Revisão

6ª Revisão

7ª Revisão

Abaixo seguem exemplos práticos de iniciativas Bosch para adequação

de seus produtos às normas ambientais.

8.1- Eliminação do Cr VI

Compostos de cromo hexavalente (Cr(VI)) são aqueles que contém o elemento cromo no estado de oxidação +6.Cromo hexavalente é reconhecido como um carcinogênico humano, via inalação. Trabalhadores em diferentes ocupações são expostos a cromo hexavalente. Exposições ocupacionais ocorrem principalmente em trabalhadores que:

• manuseiam pigmentos secos contendo cromo

• utilizam spray de tintas contendo pigmentos com cromato

• operam banhos de cromagem

• trabalham na usinagem de peças de metais cromados.

Ano


Devido a estas características prejudiciais a saúde, o Cr VI teve seu processo de proibição iniciado em 2000, desdobrando-se em ações de eliminação deste elemento nos produtos motor de partida e alternador. Abaixo verifica-se o efeito do trabalho de eliminação de Cr VI no produto alternador. Esta redução de Cr VI será válida por todo o ciclo de vida do produto, até o EOP (end of production).

Alternador: CrVI ~0,000055% de 6800g = 0,00374gVolume anual: 1.6 Milhões de alternadores

Eliminação CrVI = 6 Kg/ano

Substâncias

removidas

Componentesafetados

Cr VI 2;5;11

1122

33

44

55

66

77

8899 1010

11

8.2 - Eliminação de chumbo em soldas

• O chumbo não apresenta nenhuma função essencial conhecida no corpo humano. É extremamente danoso quando absorvido pelo organismo através da comida, ar ou água. Pode causar diversos efeitos danosos ao corpo humano, tais como:

• Perturbação da biossíntese da hemoglobina e anemia;

• Aumento da pressão sanguínea;

• Danos aos rins;

• Abortos;

• Alterações no sistema nervoso;

Eliminação de Cr VI - Alternador

Volumes 2011


• Danos ao cérebro;

• Diminuição da fertilidade do homem através de danos ao esperma;

• Diminuição da aprendizagem em crianças;

• Modificações no comportamento das crianças, como agressão, impulsividade e hipersensibilidade.

Devido aos vários efeitos indesejáveis citados o Chumbo entrou na lista de SoC e teve seu processo de redução e controle iniciado. Abaixo verifica-se o efeito do trabalho de eliminação de Cr VI e Pb nos motores de partida produzidos no mercado brasileiro.

9

2 3

8

6

5

4

1

10

1111 7

Motor de Partida: CrVI ~0,00003% of 2,500g = 0,00075gPb ~0,184% of 5.000g = 9.2gVolume: 1.5 Milhões Motores de Partida

Eliminação/ ReduçãoCrVI - 2.2 Kg/yearPb– 115Kg/year

Substâncias

removidas

Componentesafetados

Cr VI 1 ; 4 ; 5 ; 6 ; 8 ; 9 ; 11

Pb 7 (escovas) ;

2 e 3 (solda) ; 10 (buchas)

Substâncias

removidas

Componentesafetados

Cr VI 1 ; 4 ; 5 ; 6 ; 8 ; 9 ; 11

Pb 7 (escovas) ;

2 e 3 (solda) ; 10 (buchas)

8.3 - Redução do peso de motores de partida

As montadoras de veículos possuem metas de redução de peso para promover redução de emissões de CO2 não só em seus produtos, bem como na cadeia produtiva. Abaixo, o gráfico demonstra como algumas montadoras vêem esta meta em seus produtos.

Eliminação de Cr VI e redução de Pb – Motor de Partida

Volume 2011: 1.5 Milhões de Motores de Partida


Meta de redução:

Montadoras A, B

Peso total de veículos médios

A Bosch, partidária desta iniciativa, buscou o aumento da eficiência dos

seus produtos e conseqüente redução de massa dos mesmos e prol da manutenção de sua competitividade e atendimento das metas de redução de emissões.

Abaixo segue demonstração da redução de massa das famílias de motores de partida 0,9 kW ao longo do tempo. Estes produtos têm como foco aplicações de 1.0L até 1.6L (4 cilindros, ciclo Otto).


Nota-se a redução de aproximadamente 2,5 Kg nas plataformas de motor de partida, ou seja, em 5 gerações de produto houve uma redução de 55% de massa.

Para veículos até 1.4L, cada Kg de massa reduzida representa

aproximadamente uma redução de 0,05% de emissão de CO2. Nesta mesma classe de produtos se tem uma emissão média de CO2 de 160g/km.

Levando-se em consideração uma venda média de 2.000.000 (market

share Bosch no mercado brasileiro) de motores de partida por ano e uma rodagem média de 20.000 km por veículo, estima-se que esta redução de peso, contribua com a redução de 8000 toneladas/ano em emissões de CO2.

Ainda para a linha de produtos Alternadores, foi realizado um trabalho de aumento de eficiência da máquina elétrica, o qual proporcionou uma redução de 10% de peso entre duas gerações de produto (conforme gráfico abaixo. Esta redução também afeta diretamente as emissões de CO2, proporcionando uma eliminação de 1500 toneladas/ano deste gás no mercado brasileiro.

10% Menor(ca. 13mm)

10% +Leve(500gr)

-27% Custo

GeraçãoLICB

GeraçãoNBL

Seguindo neste mesmo projeto de Alternadores, foi realizado um forte

trabalho de redução de descarte durante os processos de manufatura de subcomponentes, tal como a redução de número de componentes e de necessidade de transporte de circulação de matéria. Este último tópico também foi auxiliado pela priorização da compra de componentes localmente, ou seja, de fornecedores que produzam o mais próximo da planta de montagem Bosch. A seguir demonstra-se graficamente este processo.

...2008 2009 ... 2015


Otimização deLayout elétrico

Redução de matéria prima

Design que propiciaa redução de descarte

Otimização deLayout elétrico

Redução de matéria prima

Design que propiciaa redução de descarte

Redução do custo de processo

Redução do númerode peças

reel and f an A

Processoenxutos

Redução do custo de processo

Redução do númerode peças

reel and f an A

Processoenxutos

- Localização massiva de componentesRedução de despesas e emissões durante frete

- Localização massiva de componentesRedução de despesas e emissões durante frete

Fundamentos de design NBL

De forma geral, conclui-se que ambos os processos de desenvolvimento de

produto mais eficientes trazem os seguintes benefícios: • Redução de matéria-prima e uso de recursos naturais • Redução de custos • Redução de espaço necessário ao armazenamento • Melhor aproveitamento logístico e etc.

9 - Conclusão

Tomar a responsabilidade pela proteção do meio-ambiente faz parte da cultura de empreendedorismo da Bosch e certamente, também faz parte da gestão do negócio em longo prazo. Baseadas nesta visão, as atividades e iniciativas mencionadas neste artigo foram executadas, demonstrando o avanço em redução de SoC (substâncias danosas) e redução de massa, reduzindo o uso de matérias-prima e materiais descartáveis.

Adicionalmente a esses exemplos demonstrados, são planejados para

médio e longo prazo, iniciativas focadas na mesma visão de sustentabilidade. A seguir algumas são citadas.

9.1 Iniciativas de curto prazo.

Reduzir emissões de CO2 nas plantas de produção (15% até final de 2012, 25% até 2020. Manutenção das atividades com foco em sustentabilidade já em andamento. 9.2 Iniciativas de longo prazo.

Potencial adicional de redução de emissão de 12.000 toneladas de CO2 na infraestrutura de fábricas utilizando fontes renováveis de energia para alimentação das plantas.


Entendemos que todos somos chamados a tomar uma atitude para redução do impacto de nossos produtos ao meio ambiente. Através da aplicação do DfE entendemos que atingimos muito, mas ainda existe um campo grande e fértil para inovações e projetos que se comprometam com baixo impacto e sustentabilidade.

Nós só teremos uma chance!


10 – Bibliografia: 10.1 Normas públicas:

• 2002/95/EC – RoHS – restriction of the use of certain hazardous substances in electrical and electronic equipment (not for motor vehicles)

• 2002/96/EC – WEEE – waste of electrical and electronic equipment • 2000/53/EC – ELV – directive on end of life vehicles • 2005/32/EC – EuP – directive on energy-using products • 1907/2006/EC – REACH – classification of hazardous substances • 2006/12/EC – Waste directive on waste • 2006/66/EC – Battery Dir. battery directive

10.2 Normas Bosch:

• N2580-1; 2011-05-11; Prohibition and declaration of substances • N42AP 930; 2010-01-19; Test procedures, general; Evidence in case of

regulated substances • N93 I3.13.1 2008-06-12 - Occupational health and safety, fire and

environmental protection; Identification, evaluation and documentation of HSE specifications

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