Deus é machista, por Escriba de Cristo 1
Deus é machista, por Escriba de Cristo
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Deus é machista, por Escriba de Cristo
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FINALIDADE DESTA OBRA
Os materiais literários do autor não têm fins lucrativos, nem lhe gera
quaisquer tipo de receita. Os custos do livro são unicamente para
cobrir despesas com produção, transporte, impostos e
revendedores. Sua satisfação consiste em contribuir para o bem da
educação, uma melhor qualidade de vida para todos os homens e
seres vivos, e para glorificar o único Deus Todo-Poderoso.
AUTORIZAÇÃO
O livro pode ser reproduzido e distribuído por quaisquer meios,
usado e traduzido por qualquer entidade religiosa, educacional ou
cultural sem prévia autorização do autor. Todos os meus livros são
de domínio público.
AUTOR: Escriba de Cristo é licenciado em Ciências Biológicas e História pela
Universidade Metropolitana de Santos; possui curso superior em Gestão de
Empresas pela UNIMONTE de Santos; é Bacharel em Teologia pela Faculdade
das Assembleias de Deus de Santos; tem formação Técnica em Polícia Judiciária
pela USP e dois diplomas de Harvard University dos EUA sobre Epístolas Paulinas
e Manuscritos da Idade Média. Radialista profissional pelo Senac de Santos,
reconhecido pelo Ministério do Trabalho. Nasceu em Itabaiana/SE, em 1969. Em
1990 fundou o Centro de Evangelismo Universal; hoje se dedica a escrever livros
e ao ministério de intercessão. Não tendo interesse em dar palestras ou participar
de eventos, evitando convívio social.
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CONTATO: https://www.facebook.com/centrodeevangelismouniversal/
https://www.facebook.com/escribade.cristo
Dados Internacionais da Catalogação na Publicação (CIP)
CENTRO DE EVANGELISMO UNIVERSAL
-CGC 66.504.093/0001-08
SOLICITAÇÃO AOS LEITORES: Se você encontrar erros gramaticais ou se você fala outro idioma e puder colaborar traduzindo esta obra, em qualquer dos casos entre em contato com o autor pelo facebook.
M543 Escriba de Cristo, 1969 – DEUS É MACHISTA
Itabaiana/SE, Amazon.com Clubedesautores.com.br, 2017 219 p. ; 21 cm
ISBN-13: 978-1983413292 ISBN-10: 1983413291
1. Biologia 2. machismo 3. Deus
4. sexo 4. Hierarquia 5. Mulher I - Titulo
CDD 261/ 240 CDU 23
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ÍNDICE
Introdução
A criação da humanidade
A queda no pecado
A maldição do Éden
Enoque
Noé
Ló
A mulher de Ló
O incesto de Ló
Abraão
A mulher de Jó
Genealogia da Bíblia
As mulheres da genealogia de Jesus
Tamar
Raaba
Rute
Betseba
Presença feminina na genealogia
Moisés
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Arão
Sacrifício só de animais macho
Josué
Davi
Os profetas
Jesus
Os apóstolos
A igreja
SEGUNDA PARTE – MULHER BIOLÓGICA
Cromossomos
Cérebro
Habilidades motoras
Sentidos
Inteligência espacial
Longevidade
Os hormônios
Interação social
Musculatura
Sistema nervoso central
Esqueletos diferentes
Densidade óssea
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Puberdade
Força física
Capacidade cardiovascular e respiratória
Gordura
A superioridade física dos homens
TERCEIRA PARTE – PANORAMA HISTÓRICO
História da supremacia feminina
Mesopotâmia
10 mulheres que governaram nações
Dilma Rousseff, a anta
QUARTA PARTE – OS MACHOS NA NATUREZA
Macho-alfa
Primatas
Caninos
Leões
Antílopes
Bovinos
Pandas
QUINTA PARTE – TEOLOGIA DA SUBMISSÃO FEMININA
Mulher no culto judaico-cristão
Véu, símbolo da submissão feminina
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Pais escolhendo cônjuges
Evitar contato com o sexo oposto
Vestindo-se descentemente
Palhaçada de pastoras
Conclusão
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INTRODUÇÃO
Deus estabeleceu um gênero humano como principal e o
outro como assessorial. O macho é imagem de Deus e a fêmea
humana é imagem do homem. A mulher foi feita por causa do
homem e não o homem por causa da mulher. O politicamente
correto está errado. Deus estabeleceu na natureza regras que não
podem ser modificadas por políticas públicas. A humanidade não
tem poder de inverter a ordem natural das coisas.
O empoderamento da mulher equivale a tentar inverter a
direção do rio. Não há como inverter a correnteza fluvial. Novas
ideologias tem retido temporariamente o domínio do macho na
sociedade humana, mas a represa vai romper...
DEUS É MACHISTA e isto não é demérito, pelo contrário,
quem conhece a mente de Deus percebe que ele em tudo põe
hierarquia. O universo funciona hierarquizado. Na biologia tem algo
que chamamos de cadeia alimentar, uma espécie de hierarquia das
espécies. Dentro de certas espécies Deus estabeleceu machos-alfas
que lideram grupos. Na espécie humana não há margem para
discussão, o homem é o cabeça da religião, da família, da sociedade,
do governo, qualquer pensamento que tenta pregar igualdade de
gênero não tem respaldo na Bíblia. Portanto, quer defender a
igualdade de gênero, pode fazer isto, mas se apoie no pensamento
mundano, não deturpe a Bíblia como fazem alguns líderes religiosos
que querem agradam o mundo.
Passemos a nos posicionar teologicamente respaldado pela
Bíblia de que TODOS os postos de liderança da humanidade devem
ser preenchidos por homens, não estamos discutindo caráter
particular de ninguém, estamos falando de hierarquia programada
por Deus. Quando os exércitos estabelecem postos de comandos
não dá para medir inteligência e nem caráter, mas mesmo assim há
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hierarquia. Deus também colocou o macho para ser o líder entre os
humanos e entre boa parte dos mamíferos. Na segunda parte do
livro, irei fazer uma análise biológica sobre a distinção dos sexos e
suas consequências nas funções sociais de cada gênero e na
terceira parte, um panorama histórico sobre a supremacia masculina.
Na quarta parte veremos modelos de machos liderando em diversas
espécies animais, especialmente a classe dos mamíferos nas quais
os humanos estão inseridos e por último a TEOLOGIA DA
SUBMISSÃO FEMININA. A Bíblia apresenta Deus como o autor do
machismo, como aquele que colocou o gênero masculino para
liderar a humanidade e a mulher a desempenhar a função
secundária de apoiadora do homem. Quem não concordar rasgue
sua Bíblia e negue a Deus, não há problema algum em destruir o
ícone do machismo: A Bíblia!!! Por outro lado, aos que creem na
Bíblia entendam que Deus não esta pedindo nada de mal para a
humanidade, nem para as mulheres. Deus esta livrando-as de vários
encargos enfadonhos e desgastantes da sociedade.
A CRIAÇÃO DA HUMANIDADE
Na primeira descrição bíblica da criação do gênero humano
se diz que Deus fez o homem do pó da terra, só posteriormente
Deus achou que deveria fazer a mulher para ser sua adjuntora. O
homem foi criado diferente de todos os demais seres vivos do
planeta. Todos os mamíferos se acasalam para poderem se
reproduzir, quase todas as espécies de reproduzem por fecundação
sexual, mas acredito que a humanidade seria reproduzida por
clonagem como muitas espécies. Mas Deus resolveu enfeitar o
pavão e fez um clone do homem, fazendo uma cirurgia e extraindo
uma costela. Com o material genético em mãos, fez a mulher a
semelhança do homem!
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A QUEDA NO PECADO
Quando a humanidade perdeu sua natureza espiritual e se
tornou um ser animal, mortal por causa do pecado, vemos que o
Diabo primeiro seduziu Eva e esta por sua vez enganou Adão. Na
linha de tentação, a mulher foi vista pelo Diabo como a parte mais
fraca e que havia nela debilidades que favoreceram a tentação dela
em primeiro lugar. No Novo Testamento há uma doutrina clara que a
mulher deve ficar calada na igreja porque a mulher foi o instrumento
para derrubar o homem, esta seria uma sequela e consequência do
pecado no Éden.
A MALDIÇÃO NO ÉDEN
E à mulher disse: Multiplicarei grandemente a tua dor, e a
tua conceição; com dor darás à luz filhos; e o teu desejo será para o
teu marido, e ele te dominará. (Gênesis 3.16)
A entrada do pecado significou que dali em diante a
gestação culminaria com um parto com muita dor. Em épocas que
não havia a medicina e as maternidades como as de hoje, as dores
de parto eram tão intensas que nas Escrituras são apresentadas
como um símbolo da mais tremenda angústia corporal e mental (veja
em 1 Tes. 5: 3; João 16: 21). Deus continua;
- Tem mais Eva, teu desejo será para o teu marido.
A palavra hebraica shuq, "desejo", significa "ter um intenso
desejo de uma coisa", Ainda que oprimida pelo homem e torturada
pelas dores do parto, a mulher que durante a existência neste
mundo, aceitar com resignação as consequências do pecado. Este
desequilíbrio foi transferido para todas as gerações até os dias de
hoje. Quem é casado sabe do que estou falando. É bom lembrar que
estes castigos pronunciados por Deus não eram de sua vontade. Era
o resultado da entrada do pecado. Quando Deus criou homem e
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mulher, e os criou perfeitos. Como desgraça pouca é bobagem,
Deus finaliza as consequências em que resultaram sua
desobediência;
- Tem mais uma coisa Eva, você perdeu também a
condição de igualdade com teu esposo, ele te dominará.
Entre a maioria dos povos, a mulher tem estado submetida,
através dos séculos, à degradação e a uma dependência opressora.
O cristianismo colocou à mulher na mesma plataforma que o homem
no que diz respeito às bênçãos do Evangelho (Gálatas. 3: 28). Mas
não eximiu de sofrer as consequências sociais, quer em casa, no
trabalho, na sociedade ou na igreja. O pecado levou a mulher a ter
muitas dores em seu relacionamento com o homem. Antes do
pecado entrar no mundo Adão já havia recebido o papel de líder,
deveria ser uma benção para todos, com a entrada do pecado
perdeu-se o equilíbrio. Era para os homens serem líderes amorosos
com suas esposas, mas com o advento do pecado, muitos homens
tem sido opressores de suas esposas. O homem tem usado sua
força e posição para trazer miséria à mulher. Note os apuros de
muitas mulheres através da história e mesmo hoje em muitos
lugares. Felizmente para aqueles que conhecem a Cristo, estes
sofrimentos são grandemente reduzidos.
Ainda que o esposo deva ser o cabeça do lar, os princípios
cristãos levarão ao homem e a sua esposa a experimentar um
verdadeiro companheirismo, onde cada um está tão consagrado à
felicidade e bem estar do outro, que nunca mais deverá ocorrer
situações em que qualquer deles trate de ser o dominador um do
outro. Assim como a morte ainda não foi vencida, sendo esta a
principal maldição do Éden, também os papéis do marido e da
esposa, como Deus assim estabeleceu no Éden antes do pecado
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ainda não foi restabelecido. Restando ainda um sofrimento a mais
para as mulheres. Lares administrados por mulheres que insistem
em dominar seus esposos, dificilmente serão felizes. (3)
Há um número cada vez mais crescente de maridos ou
namorados que matam suas esposas, evidentemente que não é a
vontade de Deus, mas é uma consequência do pecado, muitas
vezes isto ocorre porque as mulheres se recusam a obedecer a seus
maridos, ou simplesmente porque querem se separar por achar que
o casamento está enfadonho, ou porque arrumaram um novo “amor”.
Sinceramente pelo comportamento de muitas mulheres que
facilmente pedem divórcio e são assassinadas pelos seus ex-
maridos, números que chegam a cinco mil ao ano só no Brasil, acho
ainda pouco. Não estou dizendo que isto é certo ou que estou
gostando disso, apenas que a maldição de ELE TE DOMINARÁ
persistirá até o fim deste mundo. Não adianta inventarem LEI MARIA
DA PENHA, feminicídio, Delegacia de Defesa da Mulher. É natural
que os ex-maridos matem suas mulheres e que muitos conflitos nos
lares se intensifiquem e descambem para agressões, porque
simplesmente as mulheres modernas querem se libertar do domínio
do macho. Nada poderá contrariar as determinações divinas. Podem
aplicar pena de morte e o que for como punição aos homens que
agredirem as mulheres, elas continuarão morrendo e sendo
agredidas nos lares pelos seus maridos ou ex-maridos. Não estou
defendendo esta conduta, ESTOU CONSTATANDO.
A relação marido e mulher esta sob maldição. Vamos parar
com esta guerra. As mulheres, para diminuir o sofrimento, devem
simplesmente render-se ao seu dominador, enfrentá-los
simplesmente perpetuará a guerra e o derramamento de sangue.
Não adianta as feministas dizerem que os homens devem ser
educados para mudarem sua postura quanto à mulher. O instinto de
dominação esta no DNA do macho, resistir é sofrer mais ainda. A
relação romântica sonhada pelas mulheres não existe, é produto de
aspirações poéticas, filmes de holyoowd e de novela televisiva.
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ENOQUE
E andou Enoque com Deus; e não apareceu mais, porquanto Deus
para si o tomou. (Gênesis 5.24)
A Bíblia é o livro mais machista da terra, só não percebe o
crente alienado que não lê e ainda ouvem o que pastores mundanos
pregam, estes também influenciados pelos meios de comunicação
com propaganda satânica, então chegamos a duas conclusões ou a
Bíblia é um livro que deve ser banido para tentarmos construir uma
nova sociedade, fazendo com que as pessoas larguem esta herança
cultural maldita do machismo, ou então temos que nos render que
Deus determinou o domínio do macho sobre o gênero humano,
porque este é o propósito divino para a espécie humana e agravou-
se com um viés de maldição após a queda de Adão e Eva em sua
natureza. Creio na segunda opção. Deus determinou a dominação
do homem no mundo espiritual na Terra, na sociedade, no lar, na
igreja, na política e em tudo debaixo deste sol.
Deus em toda a Bíblia escolheu homens para serem seus
intermediários aqui neste mundo. Deus criou e ensinou Adão e
depois Adão “catequisou” Eva. Em toda a história da humanidade
Deus escolheu homens. Satanás é que escolhe mulheres para
serem bruxas e feiticeiras... Deus escolheu Enoque, o amigo de
Deus, aquele de quem as Escrituras atestam que andava com Deus.
No livro pseudo-epígrafo de Enoque é dito que ele chegou a ser
interlocutor entre Deus e anjos caídos. Talvez você pense que o que
importa é o caráter e não o sexo da pessoa. Tudo bem, acho que
Deus avalia as pessoas por diversos atributos e não somente pelo
sexo. Mas ele começa escolhendo os homens e depois dentre os
homens aqueles que ele incumbirá de realizar seus propósitos.
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NÓE
E disse Javé: Destruirei o homem que criei de sobre a face
da terra, desde o homem até ao animal, até ao réptil, e até à
ave dos céus; porque me arrependo de os haver feito. 8 Noé,
porém, achou graça aos olhos de Javé. (Gênesis 6.7-8)
Podia ser que havia mil mulheres com mais caráter do que
Noé, mas a eleição divina muitas vezes se dá por graça e não por
meritocracia. Temos visto muitas mulheres de caráter, personalidade,
honestidade e bondade sem comparação com os homens. Para mim
a pessoa mais santa deste mudo é uma tia minha chamada tia Maria,
ela na verdade não é nem mesmo evangélica, é espírita kardecista,
mas simplesmente ao longo da minha vida não conheci ninguém que
tenha dedicado a vida de tal forma a ajudar os pobres e carentes
como ela. Um amor ao próximo que me envergonha como homem e
como cristão. Somos muitos exibicionistas, e “garganta”, falamos
muito e praticamos pouco o amor ao próximo. Então para mim, o
maior exemplo de amor ao próximo que conheço é uma mulher. Sou
um admirador desta minha tia como poucos personagens da história
eu poderia compara-la. Eu quero dizer com isto que por defender o
machismo bíblico, não quero dizer que as mulheres são todas
inferiores aos homens, ou que devem apanhar, serem assassinadas,
desprezadas, falando a verdade eu nem gosto de piadas machistas,
porque elas são humilhantes para o gênero feminino. A Bíblia insiste
na tese de que homens são escolhidos por Deus e amado por Ele
para fazerem sua obra na terra, mas também é verdade que em toda
a Bíblia os homens são ensinados a amarem suas mulheres e
darem sua vida por elas. Ao chama-las de vaso mais fraco, as
feministas se revoltam contra Deus, mas esquecem da conclusão:
Estaria Deus dizendo que as mulheres são mais fracas e por isso
devemos oprimi-las? Não! A Bíblia diz que devemos ama-las por
justamente serem mais frágeis. Um fardo de capim você carrega
sem cuidados, pode até arremessa-los ao solo. Mas uma taça de
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cristal não se pega com brutalidade e nem se joga na pia... Ao
chamar as mulheres de vaso mais fraco, Deus está dizendo aos
homens que devem trata-las com mais compreensão.
"Igualmente vós, maridos, coabitai com elas
com entendimento, dando honra à mulher, como vaso
mais fraco; como sendo vós os seus co-herdeiros da
graça da vida; para que não sejam impedidas as vossas
orações." (I Pedro 3 : 7)
Que horror de machismo cruel!!!! Feministas idiotas, e
lésbicas concluem assim... Mas veja que o machismo de Deus
chega a advertir os homens que se eles não a tratarem com honra,
com entendimento e como co-herdeiras da vida eterna, até as
orações dos maridos serão rejeitadas por Deus!!!! Mas estas
feministas lésbicas não querem ser tratadas com meiguices, elas
querem muro na cara, tomara que encontrem as pessoas certas!!!
LÓ
A história de Ló mostra três aspectos da visão divina sobre a
posição da mulher no conceito divino.
A posição da mulher e do hóspede:
Quem lê a Bíblia toma um choque ao ler que Jó ofereceu
suas filhas para serem estupradas por um bando de criminosos,
para evitar que seus hóspedes fossem abusados sexualmente. O
natural é que a defesa da família esteja na mais alta posição ética. É
compreensível que se tiver que poupar a vida de um hóspede ou de
uma filha, você poupe a de sua filha. Mas não foi isso que Jó fez. De
modo que achamos que Jó errou ao oferecer suas filhas. Ele talvez
levou mais em conta a cultura e leis da antiguidade do que o
sentimento natural de proteger a família. A Bíblia nem sempre
registra a vontade de Deus, ela também registra as decisões
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humanas. Deus não aprovou a atitude de Ló. Ele estava em uma
enrascada ética. Ainda bem que os “hóspedes” eram anjos
materializados que interviram e impediram de Ló consumar sua
proposta indecente.
Embora alguns tenham acusado Ló de agir de maneira
imprópria, realmente não estamos em condições de condená-lo. A
Bíblia mostra que Deus, que vê o que está no coração, não julgou
adversamente a Ló.
Quando Deus enviou dois anjos materializados a Sodoma e
Gomorra, Ló insistiu de modo hospitaleiro em que ficassem na sua
casa. Naquela noitinha, uma turba de sodomitas cercou a casa,
gritando: “Onde estão os homens que foram ter contigo hoje à noite?
Traze-os para fora a nós, para que tenhamos relações com eles.” —
Gên. 18,20, 21; 19,1-5.
Indo para fora, Ló tentou dissuadir os homens. Depois
rogou: “Por favor, eis que tenho duas filhas que nunca tiveram
relações com um homem. Por favor, deixai-me trazê-las para fora a
vós. Fazei então com elas o que parecer bem aos vossos olhos.
Somente não façais nada a esses homens, porque foi por isso que
vieram, sob a sombra do meu teto.” A turba irada avançou contra Ló
quase derrubando a porta. Os anjos intervieram então e feriram a
turba de cegueira. — Gên. 19,6-11.
Esta narrativa tem intrigado e perturbado a muitos,
especialmente mulheres. Alguns até mesmo têm acusado Ló de agir
de modo covarde, que ele não devia ter oferecido pagar pela
segurança de seus hóspedes com a virtude de suas filhas, ou que
ele mesmo se devia ter entregue à turba.
Mas, deve-se notar que, segundo a ética oriental, o
hospedeiro tinha a responsabilidade de proteger os hóspedes na sua
casa, defendendo-os até a morte, se necessário. As palavras de Ló
(“porque foi por isso que [os dois homens] vieram sob a sombra do
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meu teto”) mostram que ele sentia a obrigação de proteger os
hóspedes na sua casa. Também, como é que alguém poderia
acusar Ló de covardia? Ele destemidamente foi lá fora à turba,
fechando até mesmo a porta atrás de si e enfrentando-a sozinho.
Mas, que dizer da oferta de Ló à turba? Embora alguns
tenham dito que Ló devia ter oferecido a si mesmo, é pouco provável
que a turba de perversos se tivesse satisfeito com um homem velho
e casado. Mas, a oferta de duas virgens talvez tivesse um pouco
confundido a turba: Ali havia duas virgens jovens, e a oportunidade
de aviltar a pureza delas talvez tivesse tido algum atrativo para a
turba. Mas, por outro lado, elas eram moças, noivas de dois homens
da cidade. De modo que a oferta pode ter tido o efeito de distrair ou
de dividir a turba de pervertidos.
Além disso, embora Ló no começo, talvez tivesse acolhido
anjos sem o saber, é bem possível que até então já se tivesse dado
conta de que eram mensageiros de Deus. (Heb. 13,2) Portanto, Ló
talvez achasse que, embora tivesse profunda afeição às suas filhas,
estava disposto a sacrificá-las, se fosse necessário. (Veja Gênesis
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22,1-14; 2 Samuel 12,3.) Oferecendo suas fi lhas à turba, Ló talvez
confiasse em que, se fosse da vontade de Deus, este protegeria
suas filhas, assim como Deus já protegera Sara, no Egito. (Gên.
12,17-19) E Deus deveras dirigiu o assunto de tal modo, que Ló e
suas filhas ficaram a salvo, não só da turba homossexual, mas
também da destruição ardente que sobreveio às cidades. — Gên.
19,15-29.
Os anjos não disseram que Ló, por fazer aquela oferta,
maculou sua justiça. Antes, ajudaram Ló e sua família a escapar
quando Deus causou a ruína daquelas cidades, que não continham
nem 10 pessoas justas. (Gên. 18,2-32) O que é ainda mais
significativo é que Deus não criticou Ló que se sentia atormentado já
por meramente observar atos contrários à lei. Ao contrário, Deus,
que pode ver o que há no coração, declarou que Ló era “justo”. —
Pro. 15,11; 2 Ped. 2,8-9.
Esta narrativa é uma parte valiosa da Bíblia. Serve para
acentuar a maldade de Sodoma e Gomorra, causa indignação aos
justos que a lêem e mostra que Deus desaprova o homossexualismo.
Também, esta narrativa nos ajuda a avaliar a garantia bíblica de que
Deus é justo e reto — que ele não admite a iniquidade. (Deu. 32,4) E
podemos confiar em que Deus é igualmente perfeito e justo no seu
julgamento de que Ló era “justo”.
Assim, o contexto deste versículo é que dois anjos visitaram
Ló em Sodoma em um esforço para levá-lo a deixar a cidade, uma
vez que estava prestes a ser destruída. Aparentemente, estes dois
anjos apareceram na forma de homens. Enquanto isso, muitos dos
homens da cidade, que eram homossexuais, queriam ter relações
com os dois homens, não sabendo que eles eram realmente anjos.
Mas, Lot ao invés ofereceu suas filhas para a multidão de pessoas.
A multidão recusou as filhas e começou a entrar forçosamente casa
de Ló, a fim de raptar os dois homens / anjos para que eles
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pudessem molestá-los sexualmente. Os anjos, então cegaram parte
da multidão ela dispersou.
Por que Ló oferece suas filhas para a multidão de homens,
uma vez que era uma coisa muito ruim para fazer? Muito
simplesmente, o que Ló fez foi errado. Ele foi hipócrita e ímpio em
sua ação. Naquela cultura, era extremamente importante o
tratamento de visitantes muito bem desde o anfitrião de uma casa
em uma cidade automaticamente representada naquela cidade para
os visitantes. Foi um grande negócio para se certificar de que os
visitantes eram bem tratados. Isto pode ter desempenhado um papel
na decisão de Ló para honrar seus convidados, mas não faz
diferença. Lo foi muito errado para oferecer suas próprias filhas à
turba.
Alguns podem pensar que Ló era um homem muito piedoso.
Mas este não é o caso em apreço. Se ele fosse, por que ele estava
vivendo em Sodoma? Por que ele escolheu ir para lá? É
provavelmente verdade que Ló era um homem temente a Deus, até
certo ponto, mas ele obviamente estava comprometendo seus
valores e foi, provavelmente, sendo influenciado pela
pecaminosidade da cidade. Em sua posição comprometida, ele
pecou ao oferecer suas filhas.
Finalmente, temos de olhar para 2 Pedro. 2:6-7,
"E se Ele [Deus] condenou as cidades de
Sodoma e Gomorra à destruição, reduzindo-as a cinzas,
havendo-as posto para exemplo aos que vivessem
impiamente; e se livrou o justo Ló, oprimidos pela
conduta de sensual sem princípios os homens ... "
Mesmo os justos diante de Deus podem fazer coisas que
estão erradas. No geral, Ló temia a Deus e confiava nele - mesmo
fazendo algo errado, oferecendo suas fi lhas. Deus não se lembra de
nossos pecados (Isaías 43,25 ). Portanto, os pecados de Ló não
foram lembrados quando Ló foi descrito no relato de Pedro. (7)
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A MULHER DE LÓ
Valdenira Nunes de Menezes Silva em um artigo publicado
no site SOLASCRIPTURA argumenta como a mulher de Ló é
símbolo de todos aqueles servos de Deus que tem saudade do
mundo e se desviando voltam seus corações para trás. A Bíblia
como livro machista revela o caráter traiçoeiro e maligno da natureza
feminina. Não tem como fugir disso. As mulheres são poucas citadas
na Bíblia e quando são citadas, muitas são lembradas
pejorativamente como Eva, a mulher de Ló, Jezabel, Herodias, Dalila,
rainha Atalia, esposa de Potifár. Gômer. Mas temos que ter equilíbrio
e saber que o fato de ser mulher não as torna mau caráter, temos
bons exemplos e estes são maiorias, como Maria, mãe de Jesus,
Sara, Débora, Mirian, Manoá (mãe de Sansão), Joquebede (mãe de
Moisés), Raabe, filha de Jefté, viúva de Sarepta, Ana mãe de
Samuel, Rainha de Sabá, a sunamita, Josabet que salvou Joás,
Holda, a rainha Ester, Mical, Rute, Noemi, Judite, Ana citada em
Lucas 2.36, Isabel, Maria de Betânia, Joana, Maria Madalena,
mulher cananéia, mulher do fluxo de sangue, Lídia, Loide, Priscila
etc. Fiz uma lista de 8 mulheres de má reputação na Bíblia e 29
mulher citadas com descrições heroicas. Sim, a Bíblia é um LIVRO
MACHISTA no que tange a posição de governo do homem na
sociedade, na igreja e na família. Mas isso não as torna monstro,
cruéis, traidoras e malévolas. Quem traiu Jesus foi um homem...
Piadas maldosas, maliciosas e que denigrem as mulheres é
de machistas mundanos, sem Deus, pior dos ímpios. O machista
bíblico governa, mas cuida, ama e protege. A relação perfeita
preconizada pela Bíblia é que os homens devem tratar as mulheres
como Cristo trata a Igreja, e as mulheres devem ver o gênero
masculino como a Cristo. Se conseguíssemos este equilíbrio nas
relações, não haveria machista nem feminista, reinaria a paz, o amor
e harmonia. Todas nossas desavenças é resultado da natureza
deformada pelo pecado.
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"Então o Javé fez chover enxofre e fogo, do
Senhor desde os céus, sobre Sodoma;
E destruiu aquelas cidades e toda aquela
campina, e todos os moradores daquelas cidades, e o
que nascia da terra.
E a mulher de Ló olhou para trás e ficou
convertida numa estátua de sal" (Gênesis 19:24-26).
Observando estes três versículos de Gênesis 19, vemos o
triste fim de duas cidades, Sodoma e Gomorra, onde reinava a
prostituição. Mas vemos também o terrível juízo de Deus sobre a
mulher de Ló por causa de um simples gesto seu... ela olhou para
trás.
Tudo começou com uma decisão de Ló.
Estava havendo entre os pastores do gado de Abrão e os
pastores do gado de Ló, muitas contendas. Para evitar esta briga
entre seus servos, Abrão, juntamente, com seu sobrinho Ló,
apartaram-se. Disse Abrão a Ló: "Não está toda a terra diante de ti?
Eia, pois, aparta-te de mim; e se escolheres a esquerda, irei para a
direita; e se a direita escolheres, eu irei para a esquerda" (Gênesis
13:9).
E a Bíblia ainda nos diz:
"E levantou Ló os seus olhos, e viu toda a campina do
Jordão, que era toda bem regada... Então Ló escolheu
para si toda a campina do Jordão, e partiu Ló para o
oriente, e apartaram-se um do outro" (Gênesis 13:10-11).
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Ló foi viver com sua esposa e suas fi lhas numa cidade
grande, bonita, atrativa, porém cheia de homens maus e pecadores.
Há quem diga que quando se começa a trabalhar em um
curtume. Logo de início, a pessoa se sente mal, vomita várias vezes
e... tem vontade de desistir do emprego. Porém - e isto é que é
estranho - depois de algum tempo, a pessoa já está tão acostumada
com o mau cheiro que nem mais percebe. O organismo se
acostumou e o mau cheiro parece que nem mais existe.
O mesmo deve ter acontecido com Ló, com sua esposa e
com toda a sua família. Talvez tenham percebido que apesar de
Sodoma ser uma bela cidade, os seus habitantes viviam,
diariamente, pecando e em completo desacordo com os
mandamentos do Senhor. Mas... com o passar do tempo,
provavelmente, eles nem mais percebiam o quanto o pecado
assolava aquela cidade.
A esposa de Ló era uma mulher rica e, certamente, se
acostumou a viver nesta cidade cheia de pecados, luxúria e
carnalidade.
Será que ela se apegou às coisas materiais?
Será que ela, realmente, gostava de viver nesta cidade?
Não sabemos quais são as respostas a estas perguntas mas
ela, juntamente com Ló, escolheu viver ali. Até aquele momento, a
Bíblia não nos relata que havia pelo menos um desta família
querendo sair de lá. Eles estavam vivendo em Sodoma, apesar da
depravação existente.
Irmã, muitas vezes, nós que somos mulheres de Deus,
crentes no Senhor, vivemos em um ambiente onde o pecado existe
mas nós nem percebemos, pois já estamos acostumadas. E, pior do
Deus é machista, por Escriba de Cristo
23
que isso, praticamos todo tipo de pecado e dizemos... "Eu não acho
nada demais!"
Será que nossos olhos e mente já não estão acostumados
com...
1- Novela? Novelas onde vemos, e até mesmo torcemos
pela "pobre esposa" que é maltratada por um marido mulherengo,
que bate nela e que... de repente... aparece um "mocinho" que "a
ama" e quer ficar com ela. Será que nós, realmente, não estamos
tão acostumadas que nem percebemos que estamos torcendo para
que haja um adultério?
2- Biquínis? Biquínis que até mesmo "mulheres crentes"
usam? Biquínis que mostram até 90% do corpo da mulher e nós, por
estarmos tão acostumadas dizemos: "Não acho nada demais!"?
Pode ser que eu ou você não achemos "nada demais" mas Deus
acha e chama isso de pecado.
3- Namoros avançados? Namoros avançados e até mesmo
permitidos por pais "crentes" porque... "afinal de contas, meus filhos
não podem ser diferentes de seus amigos!"
Em novelas, este tipo de namoro é tão comum que até
mesmo nós, crentes, não achamos nada demais. Um mau exemplo
é a novela das seis horas de uma determinada emissora de TV cujos
personagens são jovens de colégios e universidades.
Irmã, eu não sei se existe alguma diferença entre a Sodoma
onde vivia a esposa de Ló com toda a sua família e o mundo de
Deus é machista, por Escriba de Cristo
24
hoje! Deus, com certeza, não está gostando de ver o mundo
caminhando para um abismo sem volta. E, participando deste
mundo, estão muitos que se dizem crentes e que sempre dizem...
"Eu não acho nada demais!"
Tudo isto é muito triste! Precisamos estar alertas e alertar os
nossos filhos, as nossas irmãs em Cristo para que não caiam de
amor pelas coisas do mundo que são guiadas pelo inimigo das
nossas almas. Que o Senhor nos proteja e nos dê sabedoria para
vermos o que é certo e o que é errado de acordo com as Escrituras.
Que o nosso andar diário seja agradável ao Senhor.
Pelo desfecho desta história, podemos imaginar que a
mulher de Ló não se empenhou nas coisas espirituais, ensinando
suas filhas a não andarem de acordo com o mundo, não se
maravi lharem com aquilo que desagradaria ao Senhor. Tudo indica
que ela gostava de viver em Sodoma. Talvez ela vivesse dizendo a
seu marido... "Eu não acho nada demais!"
Apesar da acomodação de Ló e de toda a sua família, Deus
teve misericórdia dele e de todos os seus. Deus quis salvá-los da
grande tribulação, apesar de não estarem pensando em se separar
deste ambiente de luxúria. A esposa de Ló nem pensava que uma
grande mudança estava para acontecer. Deus deu a ela uma
oportunidade sem igual. Deus teve pena dela e de toda a sua família.
E você, irmã, está esperando com uma alegria indescritível a
segunda vinda do nosso Senhor?
Você está preparada para, a qualquer momento, ser
arrebatada juntamente com todos os salvos pelo sangue precioso do
Cordeiro?
Deus é machista, por Escriba de Cristo
25
É minha oração a Deus que Ele não nos deixe ter prazer nas
coisas deste mundo, mas que digamos em nosso coração:
"Maranata! Vem logo, Senhor Jesus!"
A família de Ló não passou pela grande tribulação que
passaram aquelas pessoas que moravam em Sodoma. Eles foram
retirados da cidade antes dos acontecimentos que a destruiriam.
Estes acontecimento são um símbolo da segunda vinda de Cristo.
Nós que somos salvos pelo sangue de Jesus não iremos passar
pelos sete anos de tribulação que assolará a terra. Seremos
arrebatados antes destes acontecimentos.
Não podemos afirmar, com certeza, que a esposa de Ló
gostava de viver nesta cidade, pois, na verdade, foi seu esposo
quem assim decidiu quando fez um acordo com Abrão. Mas vivendo
ali, gostando ou não, eles receberam a visita de dois anjos enviados
pelo Senhor. Eles disseram: "... Tens alguém mais aqui? Teu genro,
e teus fi lhos, e tuas filhas, e todos quantos tens nesta cidade, tira-os
fora deste lugar; Porque nós vamos destruir este lugar, porque o seu
clamor tem aumentado diante da face do Senhor, e o Senhor nos
enviou a destruí-lo" (Gênesis 19:12-13).
Na manhã seguinte, os anjos apressaram Ló, sua esposa e
suas filhas dizendo: "... Levanta-te, toma tua mulher e tuas fi lhas que
aqui estão, para que não pereças na injustiça desta cidade. Ele,
porém, demorava-se, e aqueles homens lhe pegaram pela mão, e
pela mão de sua mulher e de suas duas filhas, sendo-lhe o Senhor
misericordioso, e tiraram-no, e puseram-no fora da cidade. E
aconteceu que, tirando-os fora disse: Escapa-te por tua vida; não
Deus é machista, por Escriba de Cristo
26
olhes para trás de ti, e não pares em toda esta campina; escapa lá
para o monte, para que não pereças" (Gênesis 19:15-17).
"Não olhes para trás de ti" - dentre todas as palavras que os
anjos disseram, estas foram as mais importantes, porém não
valorizadas pela esposa de Ló.
Será que eu e você as valorizaríamos se estivéssemos no
lugar dela?
O ser humano tem atração por aquilo que é proibido.
Infelizmente, nós que aceitamos Jesus como nosso Salvador, ainda
temos aquela natureza velha que tínhamos antes de nos tornarmos
uma nova criatura. Cabe a mim e a você alimentarmos a natureza
nova lendo a Palavra de Deus, orando ao Senhor, pedindo a Ele
para nos livrar das tentações e procurando obedecer em tudo ao
Senhor e ao que Ele diz na Bíblia.
Devemos sempre manter nossos olhos voltados para Deus,
olhar para a Sua maravilhosa majestade e, então, perceber que as
coisas que este mundo nos oferece são passageiras e fazem mal à
nossa alma. Não devemos olhar para os prazeres desta vida, não
devemos olhar para trás como fez a mulher de Ló, desobedecendo
ao que os anjos lhe ordenara, mas olhar para o alto onde Jesus, por
tanto nos amar, está preparando uma linda mansão para mim e
também para você que já O aceitou como Salvador de sua vida. E, o
melhor de tudo, é que iremos viver eternamente com Ele e com
todos aqueles que amamos e que foram redimidos pelo Seu sangue.
Amém!
Deus é machista, por Escriba de Cristo
27
Enquanto Ló e suas duas filhas olhavam para frente em
direção às promessas que Deus lhes fizera, a sua esposa, talvez
saudosa do que estava abandonando, "olhou para trás e ficou
convertida numa estátua de sal" (Gênesis 19:26).
Minha irmã, muitas vezes nos apegamos tanto às coisas
deste mundo que, quando estamos a ponto de perdê-las, olhamos
para trás (com saudade) e esquecemos que temos um Deus que
cuida de nós e que tem planejado para nós uma vida plena de paz e
de alegria.
Não devemos esquecer nunca que Deus foi misericordioso
com Ló e sua família. Em Salmo 103:11 a Bíblia nos diz: "Pois assim
como o céu está elevado acima da terra, assim é grande a Sua
misericórdia para com os que O temem." (8)
O INCESTO DE LÓ
A vida de Ló foi marcada por muito tumulto, desde a saída
de Ur dos caldeus em que ele acompanhado o patriarca Abraão, a
contenda dos seus pastores com os de Abraão, a escolha de
Sodoma como cidade que habitaria, a fuga de Sodoma pouco antes
da destruição, a morte da sua mulher que se tornou em estátua, uma
passagem emblemática da Bíblia. Agora suas filhas decidem
“estuprar’ o pai.
O site Veritatis Splendor de linha católica analisa esta
passagem com propriedade, como eu retransmito abaixo:
A resposta a esta pergunta precisa ser obtida à luz do fundo
histórico deste incidente e da sua relação com outros textos.
Ló e suas duas filhas foram as únicas pessoas a sobreviver
à destruição de Sodoma e Gomorra. Depois desta destruição,
começaram a residir na cidade de Zoar. Entretanto, por algum
Deus é machista, por Escriba de Cristo
28
motivo, Ló tinha medo de continuar a morar ali, e, junto com as suas
filhas, passou a residir numa caverna. (Gên. 19.30) A primogênita
disse então à sua irmã mais moça: "Nosso pai já é velho e não há
homem no país para ter relações conosco segundo o costume de
toda a terra. Vem, demos de beber vinho a nosso pai e deitemo-nos
com ele, e preservemos descendência a nosso pai." — Gên. 19.31,
32.
Procurarem embriagar seu pai sugere que se davam conta
de que ele nunca teria consentido em ter relações sexuais com elas
quando sóbrio. Mas, nas circunstâncias, achavam que era a única
maneira de impedir a extinção da família de Ló. Eram estrangeiras
na terra e não havia ninguém de seu parentesco com quem se
pudessem casar e assim preservar a linhagem da família. Também
precisa ser lembrado que as filhas de Ló haviam morado entre os
habitantes moralmente degradados de Sodoma. Em vista destes
fatores, não lhes teria sido difícil justificar seu proceder na sua
própria mente. Então, por que aparece a narrativa nas Escrituras?
A narrativa não é apresentada na Bíblia para estimular
pensamentos eróticos. Está ali para uma finalidade revelando a
relação dos moabitas e dos amonitas com os descendentes de
Abraão, que ficaram conhecidos como israelitas. Visto que Ló era
sobrinho de Abraão, os israelitas estavam aparentados com os
moabitas e os amonitas, que descendiam dos dois filhos gerados por
Ló por meio de suas filhas. (Gên. 11.27) Mais tarde, esta relação
carnal veio também a governar as ações de Israel nos tratos com os
moabitas e os amonitas. Por exemplo, ao se apossarem da terra ao
leste do rio Jordão, os israelitas, sob ordens divinas, tiveram cuidado
de não invadir as terras dos amonitas e dos moabitas. — Deu. 2.9,
18, 19, 37.
Fica qualquer leitor sincero da Bíblia em dúvida quanto à
conclusão que se deve tirar desta narrativa a respeito de Ló e suas
filhas? Acha ele, talvez, que tal conduta seja aprovada por Deus?
Deus é machista, por Escriba de Cristo
29
É verdade que em Gênesis, capítulo 19, apresentam-se os
fatos históricos sem qualquer comentário sobre a aprovação ou
desaprovação por parte de Deus do duplo incesto de Ló, no estado
de embriaguez. Mas, em partes posteriores do registro bíblico,
especifica-se claramente, vez após vez, a condenação da
embriaguez por parte de Deus. (Pro. 20.1; 23:20, 21, 29-35; 1 Cor.
6.9, 10) Do mesmo modo, na sua Lei dada a Israel, Deus esclareceu
mais tarde sua proibição do incesto, dizendo: "Não vos deveis
chegar, nenhum de vós, a qualquer parente carnal que lhe seja
chegado, para descobrir a nudez. . . . Não deves descobrir a nudez
de teu pai nem a nudez de tua mãe." (Lev. 18.6, 7) A penalidade
pela violação da lei do incesto era a morte. (Lev. 18.29) Embora Ló e
suas filhas não estivessem sob a Lei, apercebiam-se, não obstante,
da impropriedade de terem relações com seu próprio pai, conforme
mostra elas o terem embriagado.
Então, por que é Ló chamado "justo", em 2 Pedro 2.8? Não
porque Deus aprovou ele embriagar-se, nem porque Deus aprovou o
incesto. Deus não aprova tal conduta. Mas deve ser observado que
o registro não diz nada para indicar que Ló era beberrão habi tual,
nem que se envolveu habitualmente em atos de incesto. Sua
reputação era a de um homem "justo", e ele tinha esta reputação
perante Deus, que examina o coração. Ló deplorava as ‘ações
contra a lei’ das pessoas de Sodoma. E, evidentemente, para que o
Examinador dos corações o considerasse como justo, Ló deve
também ter lamentado a conduta errada em que ficou envolvido.
A inclusão da informação sobre Ló e suas filhas no registro
bíblico deve realmente ajudar-nos a reconhecer que a Bíblia é um
livro de verdade. Mesmo quando os conhecidos como servos de
Deus ficaram envolvidos em atos impróprios, a Bíblia não os
esconde. Entretanto, estas coisas são sempre narradas, não para
divertir ou para estimular um desejo de se entregar à conduta imoral,
mas para fornecer o fundo histórico para a compreensão de outros
acontecimentos. (9)
Deus é machista, por Escriba de Cristo
30
A tumultuada vida de Ló inclui um duplo incesto. Aqui não há
inocentes, Ló e suas filhas pecaram. Ele bebeu porque quis, ele ao
ficar embriagado ficou mais afoito, com as rédeas morais frouxas,
mas sabia que estava fazendo sexo, afinal tinha ereção para
penetrar...
Muita gente se pergunta como Deus permitiu isso, e que tal
imoralidade fosse registrada na Bíblia, muita gente se escandaliza
com estas aberrações morais, mas isto mostra o quanto a Bíblia não
é um livro fabricado para induzir as pessoas a conceitos moralistas,
ela é muito mais do que isso. Deus tem um padrão moral perfeito, o
problema é que os homens e mulheres nem sempre estão dispostos
a obedecerem.
ABRAÃO
5 Porquanto, na antiguidade, era desse modo, que as
santas mulheres que esperavam em Deus costumavam
adornar-se. Elas eram dóceis cada qual para com seu
próprio marido, 6como Sara, que obedecia a Abraão e o
chamava senhor. Dela sois filhas, se praticardes o bem
sem qualquer espécie de receio. 7 Exatamente, da
mesma maneira, vós maridos, vivei com vossas esposas
a vida cotidiana do lar, com sabedoria, proporcionando
honra à mulher como parte mais frágil e co-herdeira do
dom da graça da vida, de forma que não sejam
interrompidas as vossas orações. O estilo de vida do
cristão (I Pedro 3.5-7)
No parágrafo seguinte transcrevo o texto de Richard L.
Strauss que publicou no site Bible.org um extenso texto falando da
submissão de Sara a Abraão que serve de modelo e estudo para os
cristãos contemporâneos. Não esperemos da história humana
nenhum exemplo perfeito para seguirmos. Não há pessoas perfeitas,
não justifiquemos nossos pecados apontando os dos outros. Somos
muito bons para julgarmos o próximo, e os nossos próprios pecados
somos sequer capaz de enxergar. O tempo todo estamos sendo
Deus é machista, por Escriba de Cristo
31
tentados a praticar desonestidade intelectual conosco mesmo,
colocando um manto sobre os nossos pecados e um farol sobre os
erros dos outros. Apontamos escandalizados o pecado alheio e
fazemos de conta que os nossos pecados é uma miragem. Criticar
os outros é uma rotina das pessoas, fazer uma autocrítica diária é
uma tortura que nos poupamos. Ao analisarmos o texto de Richard
logo abaixo, veremos que nesta relação de submissão de Sara a
Abraão as coisas também não foram fáceis. Não devemos pensar
que o fato de ter uma mulher submissa, isso torna a vida mais fácil,
haverá conflitos constantes. Imagino que deve ser difícil para uma
mulher ser submissa a um marido trapalhão, indeciso ou um marido
arrogante. Acho que deve ser muito tentador para as mulheres
pensar assim: “Serei submissa a meu marido em tudo, O QUE EU
CONCORDAR...” Também reconheço que ter autoridade sobre a
esposa não é nada fácil, o desejo pelo poder na natureza masculina
o pode tentar constantemente a humilhar, maltratar e inferiorizar sua
esposa, apenas para ele se sentir o tempo todo poderoso. Portanto,
mesmo defendendo a supremacia do macho sobre a fêmea,
considero que o problema não esta resolvido. Aliás, só esta
começando. A intenção de Deus é uma só, HARMONIA. Se
machistas e feministas, como idiotas ficarem disputando o poder de
quem manda mais na relação, ambos irão se desgastar, consumirão
energia pessoa à toa e terminarão infelizes. Creio que a intenção de
Deus é proporcionar a felicidade e harmonia. Acho que se
pensarmos mais em sermos felizes e menos em disputa pelo poder,
as coisas darão mais certo. O que eu vejo mesmo, nos nossos dias
é que as mulheres em vez de serem companheiras, elas se
tornaram competidoras. Os casamentos viraram rinques onde cada
um está de um lado do corner. É uma briga infernal para vê quem
está certo e quem está com a razão. Os casamentos estão se
desmanchando em divórcios porque os casais viraram parceiros de
briga. O lar virou uma rinha.
Procuremos extrair luz do texto de Richard Strauss:
Deus é machista, por Escriba de Cristo
32
Deus disse a Eva: “o teu desejo será para o teu marido, e
ele te governará” (Gênesis 3:16). Isso foi parte das dificuldades
causadas à mulher pelo pecado, e é interessante observar que os
principais relacionamentos entre marido e mulher que se seguem
nas Escrituras ilustram a submissão da esposa ao governo do
marido. Sara é elogiada duas vezes pelos escritores do Novo
Testamento: uma por sua fé (Hebreus 11:11) e outra por sua
submissão ao marido (1 Pedro 3:5-6). O apóstolo Pedro foi ainda
mais longe quando disse que ela “obedeceu a Abraão, chamando-
lhe senhor”.
Em nossa cultura, nem sonharíamos em pedir a uma esposa
que chamasse o marido de “senhor”, mas, naquela época, essa era
a forma de Sara expressar sua submissão. Por mais estranho que
pareça, estes dois princípios, fé e submissão, realmente andam
juntos. Para a esposa, submissão é, basicamente, crer que Deus
opera por meio do seu marido para realizar aquilo que é melhor para
ela. E esta é a história da vida de Sara com Abraão.
Em primeiro lugar, vamos examinar a fonte da fé. A história
começou em Ur, próspera metrópole perto da antiga costa do Golfo
Pérsico. Um homem, pelo menos, se enchia de repulsa diante da
idolatria e do pecado daquela cidade, pois havia conhecido o único
Deus vivo e verdadeiro: “Ora, disse o JAVÉ a Abrão: Sai da tua terra,
da tua parentela e da casa de teu pai e vai para a terra que te
mostrarei; de ti farei uma grande nação, e te abençoarei, e te
engrandecerei o nome. Sê tu uma bênção! Abençoarei os que te
abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; em ti serão
benditas todas as famílias da terra” (Gênesis 12:1 -3). Armado com
essa poderosa promessa, Abraão levantou acampamento e, com
Tera, seu pai, Ló, seu sobrinho, e Sara, sua esposa, deu início à
Deus é machista, por Escriba de Cristo
33
longa jornada para o norte, ao longo do crescente fértil, rumo à
cidade de Harã.
Mudar-se não é divertido, principalmente quando a empresa
de mudanças é um camelo ou uma mula, e especialmente quando
você nem sabe para aonde vai! “Pela fé, Abraão, quando chamado,
obedeceu, a fim de ir para um lugar que devia receber por herança;
e partiu sem saber aonde ia” (Hebreus 11:8). Talvez isso bem mais
difícil para a mulher do que para o homem. Sara não é mencionada
neste versículo, mas sua fé está ali, tão firme quanto a de Abraão.
Ela sabia que Deus a sustentaria durante aquela árdua jornada e
mostraria a seu marido o lugar que Ele havia escolhido para eles.
Sara não era uma cabeça-oca, fraca, sem personalidade,
excessivamente dependente. Seus pais lhe deram o nome de Sarai,
e os nomes tinham significado no antigo mundo bíblico. O dela
Deus é machista, por Escriba de Cristo
34
queria dizer “princesa”. Talvez seu nome descrevesse sua grande
beleza, a qual é mencionada duas vezes no relato inspirado
(Gênesis 12:11, 14). É possível também que descrevesse sua
criação, sua educação refinada, seu encanto e suas maneiras
graciosas. Quando Deus mudou seu nome para Sara, Ele não
retirou a conotação de princesa, mas acrescentou a dignidade de ser
mãe. Nesse contexto, ela é chamada de “a mãe das nações”
(Gênesis 17:15-16, ARC).
Sara era uma mulher inteligente e capaz. Mas, quando se
casou com Abraão, ela teve de tomar uma decisão. Ela estabeleceu
como missão ajudar o marido a realizar os propósitos de Deus para
ele. Isso não foi fraqueza. Foi a vontade de Deus para a vida dela: a
verdadeira submissão bíblica. Algumas esposas têm
sistematicamente sabotado o plano divino para o marido por não
estarem dispostas a crer em Deus e se entregar à Sua sabedoria.
Elas simplesmente não acreditam que Deus use seu marido para
fazer o que é melhor. Elas acham que precisam colaborar com Deus
tentando dominar o marido.
Parece que o pai de Abraão não quis prosseguir quando
eles chegaram a Harã. Ele era idólatra (Josué 24:2), e a cidade de
Harã lhe convinha perfeitamente para passar o resto da vida. Ele
atrasou os planos de Deus para Abraão, mas não pôde destruí-los.
Com a morte de Tera, Abraão, então com 75 anos de idade, deixou
Harã e foi para a terra que Deus lhe prometera (Gênesis 12:4). Foi
outra mudança para um lugar desconhecido, mas ao lado dele
estava Sara, uma mulher de submissão e fé (Gênesis 12:5). Os dias
por vir veriam sua fé severamente testada e sua submissão,
duramente provada.
Deus é machista, por Escriba de Cristo
35
Em segundo lugar, vamos explorar as contínuas lutas da fé.
A fé cresce quando está sob ataque. Quem ora para Deus afastar
seus problemas pode estar pedindo uma vida espiritual deficiente.
Às vezes, a nossa fé vacila diante do estresse, mas quando
reconhecemos nossas falhas e aceitamos o perdão de Deus, mesmo
essas falhas podem contribuir para o nosso crescimento espiritual.
Abraão e Sara são elogiados nas Escrituras pela sua grande fé, mas
suas falhas foram registradas para nossa instrução e encorajamento.
O primeiro ataque veio logo após eles terem entrado em
Canaã. Havia grande fome na terra e Abraão decidiu deixar o lugar
que Deus lhe prometera, fugindo para o Egito (Gênesis 12:10). Se
ele tivesse consultado Sara, ela poderia ter-lhe mostrado a tolice de
sua decisão, mas, como muitos homens, ele levou adiante seu plano
sem levar em conta as dificuldades que poderia causar a ela. Muitos
homens não gostam de pedir conselho à esposa. Eles acham que
sua autoridade lhes dá a prerrogativa de fazer o que bem entendem
sem conversar com a esposa para chegar a um acordo mutuamente
aceitável. Eles receiam que elas encontrem falhas em sua lógica ou
desmascarem seu egoísmo tacanho. Por isso, seguem em frente
com seus planos e toda família acaba sofrendo com isso.
Quando se aproximaram do Egito, Abraão disse à esposa:
“Ora, bem sei que és mulher de formosa aparência; os egípcios,
quando te virem, vão dizer: É a mulher dele e me matarão,
deixando-te com vida. Dize, pois, que és minha irmã, para que me
considerem por amor de ti e, por tua causa, me conservem a vida”
(Gênesis 12:11-13). Isso foi um tributo à beleza de Sara, a qual, aos
65 anos de idade, ainda era tão irresistível que Abraão pensou que
os egípcios pudessem matá-lo por causa dela. E a beleza de Sara
não estava só nos olhos dele. “Tendo Abrão entrado no Egito, viram
Deus é machista, por Escriba de Cristo
36
os egípcios que a mulher era sobremaneira formosa. Viram-na os
príncipes de Faraó e gabaram-na junto dele; e a mulher foi levada
para a casa de Faraó” (Gênesis 12:14-15). Mesmo achando que eles
o matariam para ficar com ela, Abraão tinha certeza de que o
tratariam como convidado de honra se pensassem nela como sua
irmã. E ele não estava errado. Eles lhe deram muitos servos e
animais por causa dela (Gn. 12:16). Bem, tecnicamente, Sara era
sua irmã, sua meia-irmã (Gn. 20:12). Esse tipo de casamento não
era incomum naquela época. Mas o que Abraão disse a faraó era
apenas meia-verdade, e meias-verdades são mentiras nas coisas de
Deus. Deus não pode aceitar o pecado.
Por que Sara consentiu com esse plano pecaminoso? Este
não seria o caso onde a obediência a Deus era melhor que
obediência ao marido? Creio que sim. A esposa não tem obrigação
de obedecer ao marido quando essa obediência compromete a
vontade claramente revelada de Deus (cf. Atos 5:29). Sara tinha
uma boa justificativa para não obedecer ao marido. Mas isso não
mostraria o quão profunda era sua fé e sua submissão. Sara
acreditava na promessa feita por Deus a Abraão de que ele seria pai
de uma grande nação. Já que eles ainda não tinham filhos, ela era
dispensável, mas Abraão tinha de viver e ter filhos, mesmo se fosse
com outra mulher.
Talvez ela também acreditasse que Deus interviria e a
livraria antes de acontecer alguma imoralidade, o que era bastante
provável, dado o tamanho do harém de faraó. Da mesma forma,
talvez ela acreditasse que Deus a uniria novamente ao marido e os
resgataria das mãos de faraó. E, devido ao que ela acreditava, ela
acabou se submetendo. Deus os teria protegido mesmo sem o plano
egoísta de Abraão, mas a fé em Deus e a submissão de Sara ao
marido são lindamente ilustradas nesta narrativa do Antigo
Deus é machista, por Escriba de Cristo
37
Testamento. O verdadeiro teste para a submissão de uma esposa
pode vir quando ela sabe que o marido está cometendo um erro.
É difícil imaginar como um homem pode descer tanto quanto
Abraão nesta ocasião. Até o rei pagão o censurou pelo que ele fez
(Gênesis 12:18-20). Abraão falhou miseravelmente com Sara, mas
Deus foi fiel a ela. Ele honrou sua fé e a livrou. Deus nunca
abandona quem confia nEle. Nós poderíamos pensar que, depois
dessa experiência, a lição sobre o cuidado soberano de Deus teria
ficado gravado de forma tão indelével na alma de Abraão, que ele
nunca mais comprometeria sua esposa para se proteger. Mas ele
comprometeu. Cerca de vinte anos mais tarde, ele fez exatamente a
mesma coisa com Abimeleque, rei de Gerar (Gênesis 20:1-8). Isso
mostra como um fiel pode ser fraco e sem fé. Há pecados que talvez
achemos que nunca mais iremos cometer, mas é preciso ter muito
cuidado, pois é exatamente aí aonde Satanás vai nos atacar. O
surpreendente é que Sara foi novamente submissa, e novamente
Deus a livrou, mais uma evidência da sua fé e da fidelidade de Deus.
Outro motivo de grande tensão para a fé de Abraão e Sara é
revelado nesta afirmação: “Ora, Sarai, mulher de Abrão, não lhe
dava fi lhos” (Gênesis 16:1). Em breve Deus mudaria o nome de
Abrão para Abraão, de “pai exaltado” para “pai de uma multidão”.
Mas como Abraão poderia ser pai de uma multidão quando nem
tinha filho? Agora era a vez de Sara usar a engenhosidade humana
para dar um jeito na situação. Ela ofereceu a Abraão sua escrava
egípcia, Agar, para que ele tivesse um filho com ela. Sua sugestão,
temos de admitir, mostrou que ela acreditava que Deus manteria
Sua palavra e daria um fi lho a Abraão. Obviamente, ela foi motivada
por seu amor a Abraão e pelo desejo de ele ter um filho. E, dividir o
marido com outra mulher, deve ter sido um dos maiores sacrifícios
que ela poderia fazer. Mas esse não era o jeito de Deus. Era só mais
Deus é machista, por Escriba de Cristo
38
uma solução carnal. E o jeito de Deus sempre é o melhor, mesmo
quando Ele não faz aqui lo que achamos necessário naquele
momento.
Muitas vezes, nós, terráqueos preocupados com o tempo,
ficamos ressentidos com a demora de Deus e cuidamos do assunto
pessoalmente, em geral, para nossa própria tristeza. Se
aprendêssemos a manter a confiança em Deus quando a situação
parecesse ruim, pouparíamos a nós mesmos de muito sofrimento.
Esse pecado impulsivo afetou o relacionamento de Abraão e
Sara. Agar engravidou e acabou se tornando orgulhosa e
incontrolável. Sara jogou a culpa em Abraão, quando, na verdade, a
ideia foi dela mesma. Depois, ela tratou Agar com rispidez, e sua
grosseria revelou a amargura e o ressentimento da sua alma.
Enquanto isso, Abraão se esquivava da sua responsabilidade. Antes
de tudo, ele deveria ter dito “não” ao plano pecaminoso de Sara.
Mas agora ele lhe diz para cuidar do problema sozinha, fazer o que
quiser e parar de encher a paciência dele com isso (Gênesis 16:6).
É difícil para uma esposa ser submissa a um banana, um
homem que não enfrenta seus problemas, fica em cima do muro e
se esquiva de suas responsabilidades. Não há a quem se submeter,
não há liderança a seguir. A esposa não pode ajudar o marido a
cumprir o propósito de Deus para a vida dele quando ela nem sabe o
que ele pretende.
Até mesmo grandes homens e mulheres de fé têm seus
momentos de fraqueza. E, para Abraão e Sara, não houve momento
Deus é machista, por Escriba de Cristo
39
pior do que quando eles se riram de Deus. Os dois riram. Deus disse
a Abraão que abençoaria Sara e a faria mãe de nações. Reis de
povos procederiam dela. Abraão se prostrou com o rosto em terra e
se riu, dizendo: “A um homem de cem anos há de nascer um filho?
Dará à luz Sara com seus noventa anos?” (Gênesis 17:17). Abraão
tentou fazer Deus aceitar Ismael como seu herdeiro, mas Deus lhe
disse: “De fato, Sara, tua mulher, te dará um fi lho, e lhe chamarás
Isaque; estabelecerei com ele a minha aliança, aliança perpétua
para a sua descendência” (Gênesis 17:19).
A seguir, foi a vez de Sara. O Senhor apareceu na tenda de
Abraão na pessoa de um visitante, e Sara o ouviu dizer: “Certamente
voltarei a ti, daqui a um ano; e Sara, tua mulher, dará à luz um fi lho”
(Gênesis 18:10). Ela estava escutando na porta da tenda, e se riu,
dizendo: “Depois de velha, e velho também o meu senhor, terei
ainda prazer?” (Gênesis 18:12). A propósito, foi assim que Pedro
soube que ela chamou Abraão de “senhor”. A submissão estava ali,
mas sua fé estava vacilante. As lutas da fé são reais e todos
passamos por elas. Os dardos de dúvida lançados por Satanás
parecem voar em nossa direção quase o tempo todo, e muitas vezes
somos tentados a achar graça só de pensar em Deus resolvendo
nossos problemas espinhosos.
Deus é machista, por Escriba de Cristo
40
Mas graças a Deus pelo triunfo final da fé. Creio que a
reviravolta na fé relutante de Abraão e Sara ocorreu durante o último
contato com o Senhor: “Por que se riu Sara?”, Deus prontamente
perguntou. “Acaso, para Javé há coisa demasiadamente difícil?”
(Gênesis 18:13-14). Essas palavras incisivas e desafiadoras
penetraram fundo naqueles corações vacilantes, e sua fé foi
reavivada, fortalecida e solidificada. Houve mais um pequeno
contratempo em Gerar (Gênesis 20:1-8), mas, basicamente, as
coisas ficaram diferentes daí por diante.
De Abraão, o apóstolo Paulo escreveu: “E, sem enfraquecer
na fé, embora levasse em conta o seu próprio corpo amortecido,
sendo já de cem anos, e a idade avançada de Sara, não duvidou,
por incredulidade, da promessa de Deus; mas, pela fé, se fortaleceu,
dando glória a Deus, estando plenamente convicto de que ele era
poderoso para cumprir o que prometera” (Romanos 4:19-21).
Deus é machista, por Escriba de Cristo
41
De Sara, o escritor aos Hebreus disse: “Pela fé, também, a
própria Sara recebeu poder para ser mãe, não obstante o avançado
de sua idade, pois teve por fiel aquele que lhe havia feito a
promessa” (Hebreus 11:11). Sua fé foi recompensada; Sara teve um
filho e eles o chamaram de Isaque, que significa “riso”. E Sara nos
diz porque lhe deu esse nome: “Deus me deu motivo de riso; e todo
aquele que ouvir isso vai rir-se juntamente comigo” (Gênesis 21:6).
Seu sorriso de dúvida se transformou em um riso triunfante de
alegria, a qual nós podemos compartilhar com ela.
Haveria também outros problemas para Abraão e Sara. A
vida de fé nunca está livre de obstáculos. Agar e Ismael ainda
estavam por perto para zombar de Isaque. E Sara ficou transtornada
com isso. Quando viu Ismael caçoando do seu pequeno Isaque,
parece que ela ficou descontrolada. Ela correu até Abraão e
furiosamente exigiu: “Rejeita essa escrava e seu filho; porque o filho
dessa escrava não será herdeiro com Isaque, meu filho” (Gênesis
21:10). Seria esta a mesma mulher exaltada no Novo Testamento
por sua submissão e obediência? Sim, é ela mesma. Submissão
saudável não impede alguém de expressar suas opiniões. A
submissão doentia geralmente é motivada por baixa autoestima
(“minha opinião não vale nada”), receio de enfrentar circunstâncias
Deus é machista, por Escriba de Cristo
42
desagradáveis (“a única coisa que eu quero é paz”) ou para se
esquivar de responsabilidade (“outro que tome a decisão; não vou
levar a culpa”).
Pelo menos, Sara disse o que pensava. E, além do mais, ela
estava certa! Em ficar transtornada, não; mas Ismael não devia ser
herdeiro com Isaque, e Deus queria que Ismael saísse da família.
Deus disse a Abraão para ouvir Sara e fazer tudo o que ela dissesse
(Gênesis 21:12). Imagine só — mesmo quando Sara ficou
perturbada, Deus queria que Abraão aceitasse seu conselho. Deus
sempre quer usar as esposas para corrigir os maridos, para
aconselhá-los, amadurecê-los, ajudá-los a resolver seus problemas
e dar-lhes discernimento. É para isso que são auxiliadoras.
Alguns maridos fazem a esposa se sentir como uma pessoa
ignorante, cujas ideias são ridículas e cujas opiniões não valem nada.
O marido que faz isso é quem é o verdadeiro ignorante. Ele está
perdendo o melhor de Deus para ele. Se a esposa diz ao marido que
o casamento está com problemas, Deus quer que ele a ouça —
ouça sua avaliação da situação, ouça as mudanças que ela acha
devem ser feitas, ouça quando ela tenta dividir seus sentimentos e
necessidades — e então faça alguma coisa construtiva sobre isso.
Um dos principais problemas nos casamentos cristãos da atualidade
é que os maridos são orgulhosos demais para admitir quando há
alguma coisa errada e teimosos demais para tomar uma atitude.
Talvez Deus queira ensiná-los por meio de sua esposa.
A escrava e o filho finalmente foram despachados. Ismael já
tinha idade suficiente para sustentar sua mãe e Deus lhe deu
habilidade com o arco (Gênesis 21:20). Com aquela mulher irritante
Deus é machista, por Escriba de Cristo
43
fora do caminho, o pequeno e feliz trio familiar desfrutou durante
algum tempo do companheirismo e da fé sem empecilhos. Mas a
pior de todas as provações ainda estava por vir. “Depois dessas
coisas, pôs Deus Abraão à prova” (Gênesis 22:1). Esta ia ser uma
provação bastante incomum. Deus disse: “Toma teu filho, teu único
filho, Isaque, a quem amas, e vai-te à terra de Moriá; oferece-o ali
em holocausto, sobre um dos montes, que eu te mostrarei” (Gênesis
22:2). O nome de Sara não aparece nesse capítulo e raramente a
mencionamos quando falamos sobre o assunto. Mas, com certeza,
ela sabia o que estava para acontecer. Provavelmente, ela os ajudou
na preparação para a viagem. Ela viu a lenha, o fogo, e a faca; ela
viu o filho, Isaque, e viu Abraão, um olhar de agonia franzindo sua
testa envelhecida. Mas não viu nenhum animal para o sacrifício. A
Escritura diz que Abraão acreditou que Deus poderia até ressuscitar
Isaque dos mortos (Hebreus 11:19). Sara também deve ter
acreditado.
Ela os viu desaparecer no horizonte e, embora seu coração
de mãe estivesse arrasado, ela não proferiu sequer uma palavra de
protesto. Esta, provavelmente, foi a maior demonstração da sua fé
em Deus e de submissão à vontade e propósito do marido. “Pois foi
assim também que a si mesmas se ataviaram, outrora, as santas
mulheres que esperavam em Deus, estando submissas a seu
próprio marido, como fazia Sara, que obedeceu a Abraão,
chamando-lhe senhor, da qual vós vos tornastes filhas, praticando o
bem e não temendo perturbação alguma” (1 Pedro 3:5-6). A esposa
cristã não precisa ter medo de ser submissa quando sua esperança
está em Deus. Ele será fiel à Sua Palavra e usará a obediência dela
para fazer aquilo que é melhor para ela.
Deus é machista, por Escriba de Cristo
44
Sara foi uma daquelas mulheres de quem o rei Lemuel falou
que faziam bem e não mal ao marido todos os dias da sua vida
(Provérbios 31:12). Uma mulher só pode ser esse tipo de esposa
quando crê que nada é difícil demais para Deus, e quando crê que
Deus pode até usar os erros do seu marido para glorificar a Si
mesmo e abençoar a vida deles. E um homem só pode ser digno de
uma esposa tão submissa, quando aprende a seguir a orientação de
Deus, em vez de ir atrás de seus objetivos egoístas. Tal homem
sabe que não tem autoridade para garantir sua posição de liderança.
Isso lhe foi dado por Deus. Por isso, ele a aceita como um dever
sagrado, exercendo sua autoridade com submissão total a seu
Senhor e consideração desvelada por sua esposa e por aquilo que é
melhor para ela.
Deus é machista, por Escriba de Cristo
45
Vamos conversar sobre isso
1. Para os maridos: Quais são os objetivos da sua vida? Já
conversou sobre eles com sua esposa? Para as esposas: De que
forma você pode ajudar seu marido a cumprir o propósito de Deus
para ele?
2. Por que o marido deve buscar o conselho da esposa nas
decisões que afetam a ela?
3. Em quais situações a mulher encontra mais dificuldade
para ser submissa?
4. Como Deus espera que a esposa reaja quando sente que
o marido não faz aquilo que é da vontade de Deus?
5. Para as esposas: Existe alguma área da sua submissão
que seja motivada pela baixa autoestima, pelo receio de enfrentar
circunstâncias desagradáveis ou para se esquivar de
responsabilidade? Qual é a base da submissão saudável?
6. Como os maridos, às vezes, usam sua autoridade como
um porrete para conseguir as coisas do seu jeito? O que podem
fazer para evitar isso?
Deus é machista, por Escriba de Cristo
46
7. Tendo Deus dado o papel de liderança ao marido, quais,
então, são suas obrigações para com sua esposa?
8. Para as esposas: Como Deus deseja que você expresse
suas opiniões e desejos ao seu marido? Para os maridos: Como
Deus espera que você reaja quando sua esposa está tentando lhe
dizer alguma coisa? (10)
A MULHER DE JÓ
Costumo fazer comentário malicioso e sem seriedade em
rodinhas de amigos dizendo que Deus permitiu que Satanás tirasse
tudo de bom de Jó, e Satanás foi e tirou tudo: seus bens pereceram,
seu gado morreu, seus fi lhos morreram, sua casa caiu, seu corpo foi
acometido de doenças... mas a esposa continuou saudável e bem
vivinha para destilar seu precioso veneno no seu marido...
Brincadeiras a parte, algumas mulheres são assim mesmo,
perturbam o marido nos seus momentos mais angustiantes. Quantos
homens são “amados” por suas esposas enquanto seus negócios
vão bem. Quando eles estão falidos, elas são as primeiras a
abandonarem o “barco” e tentarem tomar o que puder da massa
falida do moribundo social... Mas não podemos generalizar, nem
rotular uma classe, isso é insensatez.
Tenho lido alguns comentaristas tentando suavizar a
sentença sobre a mulher de Jó, inclusive posando-a de santa,
dizendo que ela queria que o marido morresse para parar logo de
sofrer, e quem sabe amaldiçoando Deus, o Senhor tivesse
“compaixão” de Jó e o matasse logo. Outras feministas disseram
que na verdade a mulher de Jó mandou-o abençoar Deus e
Deus é machista, por Escriba de Cristo
47
morresse logo para descansar em paz, e que Jó a repreendeu por
não entender o plano divino que queria ele vivo.
No seu comentário bíblico Russel Champlin discute esta
questão da mulher de Jó começando com um título irônico:
A Esposa de Jó o “ Consola” (2.9-10)
Escandalosamente a esposa de Jó conseguiu, de alguma
maneira, escapar aos golpes que acabaram com sua família (Jó 1.15
ss.). Ela havia sido como uma rainha na cidade, gastando o dinheiro
de Jó com alegria feroz. Agora o dinheiro dele se acabara; os filhos
dele morreram; e tudo quanto restava a Jó era seu monte de lixo e
suas pústulas. A mulher de Jó era exatamente como Satanás
esperava que fosse. Se ela tivesse alguma espiritualidade,
certamente era uma espiritualidade egoísta. Ela não tinha nada de
adoração desinteressada. Ver Jó ainda firme em sua “integridade’’
era o máximo de insensatez, na opinião dela. Ela disse a Jó que
fizesse o que Satanás dissera que ele faria - “amaldiçoar a Deus” (Jó
1.11; 2.5) - e, depois disso, morrer e obter o fim do triste drama. Ela
não se preocupava se Jó seria ou não um pecador que estivesse
pagando pelos seus erros. Ela simplesmente queria que ele e seu
Deus saíssem do caminho. Ela queria que a farsa da fé re ligiosa
terminasse, pois não aguentava ver tão Inúteis” sofrimentos.
John Gill (in loc.) repreendeu os intérpretes judeus que
“fingem saber tudo’ e tolamente chamaram a esposa de Jó de Diná,
a filha de Jacó. Portanto, os inimigos de um homem podem ser
aqueles de sua própria casa (Miq. 7.6 e Mat. 10.36). A oposição à
espiritualidade toma-se uma prova especialmente amarga quando
vem de um familiar próximo.
Samuel Terrien (in loc.) interpreta que a esposa de Jó só
estava tentando vê-lo morto e livre de sofrimentos, supondo que
uma maldição tivesse o poder de eliminar os sofrimentos dele. Em
outras palavras, ela era uma antiga advogada da eutanásia. Ver na
Deus é machista, por Escriba de Cristo
48
Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia o verbete chamado
Eutanásia. Ela raciocinava que, se Jó amaldiçoasse a Deus, uma
retaliação divina mataria o homem, pondo fim a seus sofrimentos. O
irmão Terrien chegou a supor que o ato da mulher de Jó tenha sido
inspirado pelo amor, por mais ignorante que tenha parecido ser.
Mas provavelmente Agostinho estava mais próximo da
verdade quando comparou a mulher de Jó a Eva, a tentadora
original que produziu a morte, ao chamá-la de “ajudante de Satanás".
Mas ele lhe respondeu: Falas como qualquer doida. (Jó 2.1)
“Jó não caiu na tentação. Ele reconheceu em sua proposta
aparentemente razoável o sinal da insensatez. A fé oferecia a ele
uma razão mais elevada do que o raciocínio humano’ (Samuel
Terrien, in loc.). Ele a chamou de “doida” e companheira dos
Deus é machista, por Escriba de Cristo
49
“insensatos" (no hebraico, nehaloth, a palavra de Sal. 14.1). É o
insensato que diz em seu coração: Não há Deus. Embora a mulher
não tenha negado a existência de Deus, estava dando a entender
isso no caso de Jó: seria melhor nada ter que ver com o “Deus dele".
Deus é quem estava afligindo Jó. Talvez essa mesma força
destrutiva pudesse ser mais provocada ainda, ao ser amaldiçoada, e
talvez matasse Jó, em vez de meramente deixá-lo miserável. Assim
provocado, Deus faria um favor a Jó se o matasse. Mas isso
concorda com o raciocínio dos insensatos. Jó, por sua vez,
continuava olhando para Deus, para que Ele fizesse justiça. Ele já
havia recebido muita bondade da mão divina. Então recebera o mal.
De alguma maneira, Jó não sabia como nem por quê.
Não pecou Jó com os seus lábios. Jó não ousou blasfemar e
podemos assumir com segurança que, por igual modo, não havia
maus pensamentos em seu coração. A versão caldaica adiciona a
este versículo as palavras: “Mas em seu coração ele pensou
palavras”, o que é um comentário infeliz e incorreto. Vários
intérpretes judeus seguem tolamente a versão caldaica. O pecado e
a insensatez são aliados nas Escrituras (ver I Sam. 25.25; II Sam.
13.13; Sal. 14.1). Mas Jó não se tornou culpado em nenhum dos
dois sentidos. (Russell Champlin).
Não quero enfatizar os pecados das mulheres na Bíblia, mas
precisamos entender que sobre as mulheres os espíritos imundos
tem maior poder do que sobre os homens. Sempre vi ao longo da
história que muitas mulheres são mais facilmente possuídas por
espíritos imundos do que homens. Isto com certeza tem raiz no éden,
quando Eva foi a primeira a ser tentada e caída, depois Eva se alia a
Satanás para derrubar o homem do seu estado de criatura superior
aos animais da Terra.
UMA ANÁLISE SOBRE A TRADUÇÃO DO TERMO
HEBRAICO "BAREKH" EM JÓ 2.9
Deus é machista, por Escriba de Cristo
50
barekh elohim wamuth (texto transliterado)
“Amaldiçoa a Deus e morre”. (Jó 2.9b)
Ao observar alguns questionamentos acerca da tradução da
expressão da mulher de Jó no capítulo 2 verso 9, se o correto seria
traduzir ב .por amaldiçoa ou abençoa, busquei com o Rev (barekh) ך ר
Dr. Rudi Zimmer, professor de hebraico bíblico, Diretor Executivo da
SBB e presidente da Diretoria Mundial das Sociedades Bíblicas
Unidas os devidos esclarecimentos. Em resposta, que aqui agradeço,
e transcrevo com a autorização do Dr. Rudi Zimmer, tive a seguinte
explicação:
O sentido normal de BAREKH é "abençoa", etc.; no entanto,
os dicionários reconhecem o sentido antitético de "amaldiçoa" em
contextos específicos. Gesenius, em seu famoso dicionário
"Hebräisches und Aramäisches Handwörterbuch über das Alte
Testament" diz: "mit Gott oder dem König als Objekt, im üblen Sinne:
lästern, fluchen, 1K 21,10, 13. Ps 10,3. Hi 1,5. 2,5 ... warsheinlicher
Euphemismus" (TRAD.: "com Deus ou o rei como objeto, no sentido
maldoso: blasfemar, praguejar, 1Rs 21.10, 13; Sl 10.3; Jó 1.5; 2.5 ...
certamente um eufemismo")
Também o dicionário de Brown, Driver & Briggs, "Hebrew,
Aramaic, English Lexicon" tem o sentido: "bless, with the antithetical
meaning curse, from the greeting in departing..." (TRAD.: "abençoar,
com o sentido antitético de amaldiçoar, da saudação de
despedida...")
Deus é machista, por Escriba de Cristo
51
Finalmente, no "A Handbook on the Book of Job" (Reyburn),
que é o manual de tradução das Sociedades Bíblicas Unidas, lemos:
"Amaldiçoa a Deus e morra: o primeiro verbo (amaldiçoa) traduz o
Hebraico 'abençoa', como em 1.5 e 1.11. Aqui, de novo, este termo é
tomado no sentido de 'amaldiçoar'. Alguns intérpretes prefeririam
que significasse 'abençoar' no sentido positivo, mas a resposta de Jó
não apoia tal interpretação. Morte era o resultado de amaldiçoar a
Deus (Lv 24.10-16; 1Rs 21.10). É difícil interpretar claramente a
intenção da mulher de Jó. Será que ela queria dizer que seu marido
amaldiçoasse a Deus e deixasse, então, que a ira de Javé acabasse
com o seu sofrimento, ou será que ela queria dizer que ele
amaldiçoasse a Deus porque Deus não se importava com as suas
criaturas? A maioria das traduções (como a TEV, e também a RA e
a NTLH) deixa aberta a questão da morte ser causada pela
maldição..."
Enfim, pela série de traduções que consultei e os dicionários,
o que define o sentido de BAREKH aqui, e também em outros textos,
é o contexto. Creio que, em Português, dependendo do contexto
(numa ironia, por exemplo), "abençoar" pode significar "amaldiçoar"
também.
Observemos, partindo dos esclarecimentos do Dr. Rudi
Zimmer, como o texto foi traduzido nas principais versões para a
língua portuguesa:
Então, sua mulher lhe disse: Ainda conservas a tua
integridade? Amaldiçoa a Deus e morre. (Almeida Revista e
Atualizada)
Deus é machista, por Escriba de Cristo
52
Então, sua mulher lhe disse: Ainda reténs a tua sinceridade?
Amaldiçoa a Deus e morre. (Almeida Revista e Corrigida)
Então sua mulher lhe disse: "Você ainda mantém a sua
integridade? Amaldiçoe a Deus, e morra!" (NVI)
Então sua mulher lhe disse: Ainda reténs a tua sinceridade?
Amaldiçoa a Deus, e morre. (Almeida Corrigida e Revista Fiel)
Sua mulher disse-lhe: “Persistes ainda em tua integridade?
Amaldiçoa a Deus e morre duma vez!” (A Bíblia de Jerusalém)
A tradução espanhola Reina Valera segue o sentido literal
de barekh:
Díjole entonces su mujer: ¿Aun retienes tú tu simplicidad?
Bendice á Dios, y muérete.
Outra tradução em espanhol (Sagradas Escrituras) segue
esta segunda hipótese:
Entonces le dijo su mujer: ¿Aún retienes tu simplicidad?
Blasfema a Dios, y muérete. (10)
Deus é machista, por Escriba de Cristo
53
GENEALOGIAS DA BÍBLIA
Se cremos que a Bíblia é a palavra de Deus, devemos
aceitar a primazia do homem na sociedade, e uma função
secundária em tudo para as mulheres. Quem não aceita isto, pode
“cagar” neste livro e joga-lo na lata do lixo, não vai me dizer nada,
todavia, estará rejeitando a maneira de Deus pensar. Qualquer
cristão que lê a Bíblia verá que ela apenas registra genealogias
seguindo a ordem dos homens cabeças de cada família. Deus
prioriza homens e Deus prioriza primogênitos. Quem usa a Bíblia
como livro de cabeceira deve aceitar estas coisas. Como cristão
devemos deixar de pensar como homens e pensar com a cabeça de
Deus. Na carta de Paulo aos Corintos diz que nós temos a mente de
Cristo. Isto quer dizer que temos uma nova forma de ver o mundo.
Genealogia é o registro histórico dos nomes dos cabeças de
uma família geração após geração. Em todas as listas genealógicas
da Bíblia e secular sempre se tem como referência o nome dos
homens e nunca de mulheres. Somente na genealogia de Jesus, é
citado o nome de mulheres intercaladamente, analisemos por que
razão, conforme o Resumo do Trabalho de conclusão do Curso de
pós-graduação em História do Cristianismo Antigo apresentado na
Universidade de Brasília, citado por João Marcus:
A presença de nomes femininos na genealogia registrada
no evangelho canônico de Mateus é um fato incomum e
surpreendente, pois nos registros genealógicos dos livros canônicos
normalmente não aparecem o nome das mulheres.
Tamar, Raabe, Rute, Bate-Seba e Maria tiveram
seus nomes incluídos nessa importante genealogia. Todas foram
fortes e venceram suas batalhas pessoais e familiares. Todas
sofreram e choraram para cumprir o seu papel de mulher e de ser
humano. Com suas vitórias, todas deixaram seus nomes marcados
para sempre na história.
Deus é machista, por Escriba de Cristo
54
A presença dessas mulheres na genealogia de Jesus
não é por acaso. Qual foi o propósito do escritor bíblico em registrar
esses nomes? Por que razão ele mencionaria essas histórias? Qual
a ligação delas com o nascimento de Jesus nesse contexto judaico-
cristão na comunidade de Mateus? Nesse caso específico, qual era
o objetivo do escritor-evangelista?
Para compreender esta surpreendente citação
feminina na genealogia de Jesus a presente pesquisa pretende
seguir três pontos fundamentais: Primeiramente, analisar o pano de
fundo contextual do evangelho de Mateus. Em segundo lugar,
mostrar o significado do uso de genealogias naquele momento
histórico e a sua importância como justificativa de autoridade. Em
terceiro lugar, estudar a história de Tamar, Raabe, Rute, Bate-Seba
para perceber as diferenças e semelhanças entre cada uma delas.
Assim, será possível vislumbrar algumas respostas sobre o objetivo
do escritor-evangelista ao fazer referência a cada uma dessas
mulheres.
Sobre a situação que moldou o evangelho de Mateus,
provavelmente, há mais acordo do que sobre os demais evangelhos
canônicos. Ao que parece o evangelista escreveu a sua carta em
resposta ao período de transição que se segue à revolta judaica, em
66-73 D.C., e à transformação resultante tanto no judaísmo como no
cristianismo. Possivelmente, Mateus tenha escrito seu evangelho em
alguma época das décadas dos anos 80 e 90, para uma comunidade
urbana na área da Síria.
O propósito principal do livro é testificar que Jesus
era o Messias da promessa do primeiro testamento e que sua
missão messiânica consistia em trazer o reino de Deus até os
homens.
Para Jesus, na sociedade deveria haver lugar para
todos: mulheres e homens, pobres e ignorantes. O reino de Deus,
proclamação central de Jesus, é um reino ideal no qual não pode
Deus é machista, por Escriba de Cristo
55
haver guerras, mas hierarquia sempre, tampouco fome e
discriminação, pois todas as vidas são preciosas aos olhos de Deus.
A GENEALOGIA E SEU SIGNIFICADO
A palavra genealogia deriva de duas palavras do
grego genoς (raça) e logia (estudo) e pode ser traduzida por estudo
da raça humana, da origem, da descendência e das relação entre
famílias. No caso de algumas nações antigas, as genealogias se
revestiam de grande importância, pois as sociedades eram
organizadas segundo as linhagens tribais.
Na cultura dos hebreus, as genealogias preservavam
as identificações tribais e as possessões sob forma de terras, sendo
muito importante para uma cultura nitidamente agrícola.
Os registros genealógicos judaicos contêm
informações que se estendem por um período de mais de três mil e
quinhentos anos, desde a história da criação de Adão até o cativeiro
babilônico.
Após o cativeiro babilônico, os judeus mostraram-se
extremamente cuidadosos em preservar seus registros genealógicos.
O historiador Flávio Josefo afirma que era capaz de provar que
descendia da tribo de Levi, mediante registros públicos disponíveis.
(De vita sua, par. 998). Ele também afirma que, a despeito dos
cativeiros e dispersões sofridas por Israel, as tábuas genealógicas
nunca foram negligenciadas. Durante o período de dominação
romana, entretanto, houve grande destruição desses registros
genealógicos e a preservação das linhagens tornou-se um
empreendimento privado e, sem dúvida, inexato. Tanto as
genealogias públicas quanto as bíblicas, com frequência, envolviam
muitos hiatos, alguns deles graves, pelo que consideráveis
Deus é machista, por Escriba de Cristo
56
inexatidões penetram na questão, mesmo nos tempos antigos, antes
do começo do cristianismo.
Algumas das características particulares das
genealogias dos textos bíblicos podem ser observadas em outros
textos, principalmente nas listas de reis e governantes das nações
vizinhas. Alguns estudos arqueológicos têm mostrado que as
genealogias representativas, compostas de modo simétrico, eram
uma prática comum entre povos vizinhos de Israel.
Na lista de reis sumérios Mes-Kiag-Nanna é
chamado de filho de Mes-anni-padda, mas descobertas
arqueológicas têm mostrado que, na realidade, foi seu neto. Na
Babilônia, desde os tempos dos Cassitas, era prática comum o uso
da palavra mâr (filho de) fosse usada como sentido de descendente
de. O rei Tiraca (cerca de 670 A.C.) refere-se a Sesóstris III (cerca
de 1870 A.C.) como seu pai, embora o espaço de tempo de mil e
duzentos anos separassem um do outro. As genealogias árabes
exibem o mesmo tipo de fenômeno.
Dessa forma, é evidente que o uso de genealogias é
uma demonstração de autoridade e poder, além de ser a
confirmação da linhagem para reivindicação monárquica.
A genealogia de Mateus, arranjada em grupos de
quatorze nomes, mostra que o intuito era o de ser representativa e
não completa. Quando o escritor do evangelho de Mateus inicia seu
livro com essa genealogia ele está defendendo o reinado de Jesus,
através da linhagem de Davi.
Seja como for, o ponto principal ficou demonstrado: a
intenção era mostrar que Jesus era descendente tanto de Davi como
de Abraão, ficando assim evidenciado sua reivindicação à posição
messiânica.
Deus é machista, por Escriba de Cristo
57
A genealogia é dividida em três grupos, com
quatorze gerações, como afirma o verso 17. Na verdade, porém o
terceiro grupo contém somente treze nomes, e no segundo grupo
três gerações são omitidas, conforme a evidência de I Crônicas 1 a 3,
que o autor parece ter usado como fonte.
Há um pensamento sugerido por alguns
comentaristas, que a significação que o escritor achou no número
“quatorze” é que os valores numéricos das consoantes hebraicas na
palavra Davi dão como soma aquele número. Outros estudos vêem
implicações mais ocultas no uso de números pelo autor de Mateus.
Um detalhe que chama a atenção na genealogia do
evangelho de Mateus é a citação de alguns nomes femininos.
AS MULHERES DA GENEALOGIA DE JESUS
TAMAR
A primeira mulher citada na genealogia de Jesus é
Tamar. A história de Tamar está registrada no livro de Gênesis 38:1 -
30.
Tudo começa quando Judá, um dos filhos de Jacó se
apartou dos seus irmãos e foi viver na casa de Hira, o adulamita.
Nessa terra, um lugar onde haviam várias cavernas no território ao
sudeste do que veio a ser a cidade de Jerusalém, ele casou-se com
a filha de um cananeu chamado Sua. Casualmente, a história não
menciona o nome de sua mulher cananéia. Desse casamento
nasceram-lhe três filhos. Er, Onã e Selá. No devido tempo Judá casa
Deus é machista, por Escriba de Cristo
58
o seu filho primogênito. A esposa escolhida para Er chamava -se
Tamar.
Pouco tempo depois desse casamento e antes
mesmo de terem tido filhos Er veio a falecer e Tamar se tornou viúva
e sem filhos. Pela lei do levirato (ou dever de cunhado) a mulher que
ficasse viúva sem filhos deveria ser entregue ao irmão mais velho,
para que fosse completada a descendência do irmão falecido. Essa
lei também era chamada de a prática do dever de cunhado.
Dessa forma, Tamar foi entregue como esposa de
Onã.
Porém, por causa do orgulho em permitir que fosse
dada a descendência ao seu irmão falecido, Onã viveu com Tamar
evitando ter filhos, deixando o sêmen cair na terra sem que
houvesse fecundação.
Passados alguns anos Oná também veio a falecer e,
mais uma vez, Tamar se tornou viúva sem filhos. Pela mesma lei do
levirato Tamar deveria ser entregue ao próximo irmão vivo, chamado
Selá.
Entretanto, Judá não permitiu que assim
acontecesse, pois considerou Tamar amaldiçoada pela morte dos
dois primeiros maridos. Com a desculpa que o filho Selá ainda era
novo para o casamento, Judá a enviou de volta a casa de seus pais.
Algum tempo depois Judá viajou para Timma, para
tosquiar ovelhas. Era uma época festiva entre os cananeus, quando
o desejo sexual estava maia aguçado pelo culto cananeu que
incentivava a fornicação ritual com magia da fertilidade. Tamar foi ao
encontro de Judá e preparou um estratagema, pois percebeu que
Selá já era homem e não lhe foi entregue como marido.
Tamar se despiu das vestes da viuvez e usando um
véu disfarçou-se de prostituta. Muito provavelmente Tamar posou
Deus é machista, por Escriba de Cristo
59
como prostituta cultual, talvez para ter segurança dobrada em captar
sua vítima. E dessa maneira Judá foi seduzido por Tamar, sem
saber que era sua nora.
Judá ofereceu um cabrito do rebanho como
pagamento pelo agrado sexual e Tamar pediu como penhor o selo, o
cordão e o cajado. Ele atendeu ao seu pedido e a possuiu; e ela
concebeu dele. No outro dia ele não mais a encontrou.
Passados uns três meses descobriram que Tamar
estava grávida e a consideraram adúltera. Quando estavam para
condená-la a morte por adultério ela anunciou que estava grávida do
dono daqueles objetos: o selo, o cordão e o cajado. Dessa forma,
Judá reconheceu que foi injusto com sua nora, não a tendo casado
com seu filho Selá.
Dessa relação incestuosa nasceram-lhe gêmeos.
Perez e Zera. O nascimento também foi algo incomum. As crianças
disputaram a progenitura antes de nascer, como aconteceu com
Esaú e Jacó. Zerá colocou seu braço para fora e nele foi amarrada
uma fita vermelha. Porém, Perez ainda nasceu primeiro e recebeu
esse nome que significa “aquele que rompe a saída”.
Assim, Tamar conseguiu ter filhos. Salvou a sua
honra e a sua vida. Tamar agiu com astúcia e preservou sua vida e
posteridade.
Certamente, o escritor do evangelho de Mateus
conhecia muito bem todos os detalhes humanos e irregulares dessa
história. Tamar não foi citada por acaso e sua história continuava a
falar séculos e séculos depois.
RAABE
Deus é machista, por Escriba de Cristo
60
A segunda mulher citada na genealogia é Raabe.
Esta história bíblica está registrada no livro de Josué 2:1-24 e 6:22-
27.
Raabe era prostituta por profissão. Esta história
relata a espionagem militar no momento da conquista da terra por
Josué. O povo de Israel tinha passado vários anos no deserto,
porém agora sob a liderança de Josué eles estavam batalhando
para conquistar a terra de Canaã. Depois de vencerem vários reis
eles acamparam em Sitim, quando se preparavam para invadir a
cidade. Jericó era muito bem fortificada e protegida por altas
muralhas.
Para tomar conhecimento da cidade e preparar a
invasão Josué enviou secretamente dois espiões a Jericó. Os
espiões se hospedaram na casa de Raabe, a prostituta. A história
bíblica conta que chegou ao conhecimento do Rei da cidade que
haviam chegado alguns homens estranhos e suspeitos de serem
enviados por Josué.
Raabe enganou os soldados do Rei da cidade de
Jericó dizendo que os espiões tinham saído de sua casa, porém ela
os havia escondido no telhado da casa. Depois ela foi ter com os
espiões e fez um pacto com eles.
Raabe reconhece que havia um ambiente de temor
em Jericó pela chegada do povo hebreu e certamente não havia
como escapar da invasão. Num ato de fé, ela reconheceu que havia
um poder especial na ação do Deus dos hebreus. Então, Raabe
pediu que fosse poupada, ela e toda a sua família. Sendo assim, ela
os ajudaria e protegeria. E assim foi feito.
Raabe os ajudou fazendo-os descer por uma corda
pela janela e no momento da invasão da cidade a casa de Raabe
deveria ser marcada com uma fita vermelha que serviria como sinal.
Deus é machista, por Escriba de Cristo
61
O assalto à cidade foi tremendo. Os soldados de
Josué destruíram e saquearam Jericó, e todos os seus habitantes
foram mortos. Porém, Raabe salvou a sua vida e a da sua família,
como tinha combinado com os espiões.
A vida de Raabe foi poupada e ela foi plenamente
integrada na família dos hebreus, mesmo sendo uma mulher
estrangeira. Ela assumiu plenamente a sua fé no Deus dos hebreus
e habitou no meio de Israel integralmente. Ela se casou com Salmon
e foram os pais de Boaz.
Por sua fé e coragem ela foi fundamental na
conquista da terra de Canaã e mesmo sendo uma mulher
estrangeira e uma prostituta, foi reconhecidamente lembrada na
genealogia de Jesus.
RUTE
A terceira mulher citada na genealogia é Rute. Esta
história bíblica está registrada no livro de Rute. A história de Rute
contada no livro com seu nome é uma verdadeira lição de fé,
esperança e amor.
Nos dias de grande fome na terra uma família de
judeus foi morar nas terras de Moabe. O homem chama-se
Elimeleque e com ele foi sua mulher Noemi e seus dois filhos,
Malom e Quiliom. Passados alguns anos Elimeleque veio a falecer e
mais tarde seus dois filhos se casaram com duas mulheres moabitas.
Uma chama-se Orfa e a outra se chamava Rute.
Passados dez anos morreram ambos os filhos,
Malom e Quiliom, ficando assim a mulher desamparada de seus dois
Deus é machista, por Escriba de Cristo
62
filhos e de seu marido. Então Noemi se dispôs a retornar para a terra
de Israel, pois o tempo da fome já havia passado.
Quando estavam de partida Noemi sugeriu a suas
duas noras que voltassem para a casa de seus pais. Orfa resolveu
voltar, porém Rute se apegou a Noemi de tal maneira que foi com a
sogra, mesmo sabendo da falta de perspectiva para ela.
Elas voltaram e foram morar em Belém no princípio
da colheita das cevadas. Era uma época de fartura. Por serem
viúvas elas não tinham sustento e viviam com muita dificuldade.
Assim, Rute vai à lavoura para rebuscar as espigas que caíam dos
jacás dos catadores. A lei judaica permitia esse procedimento aos
pobres, estrangeiros, viúvas e órfãos. Rute era uma mulher de
trabalho e muito se sacrificava para ganhar o pão para sua casa e
de sua sogra.
Por acaso, ela foi rebuscar espigas na lavoura de
Boaz, que era parente da família de Elimeleque, o finado esposo de
Noemi. Boaz conheceu a moabita Rute e se admirou com sua
tenacidade e fidelidade à sogra Noemi. Ele a agregou às outras
trabalhadoras, deu-lhe condição de trabalho e até a chamou para
comer do pão com ele.
Rute ficou admirada com a bondade de Boaz e quis
saber por que ele era tão generoso com ela, sendo ela uma mulher
estrangeira. Boaz respondeu lembrando da experiência de Abraão
dizendo que ela havia deixado pai e mãe, a terra onde nascera e
veio para um povo que nem conhecia. Boaz abençoou Rute rogando
que ela recebesse uma farta recompensa das mãos do Senhor,
Deus de Israel, pois foi debaixo das asas dele que ela veio buscar
amparo. A história bíblica mostra o desenvolvimento desse romance
baseado na sinceridade, na esperança e na fé em Deus.
Boaz se sensibilizou pela situação de Rute e
resolveu torna-se o resgatador da família. O resgatador era uma
Deus é machista, por Escriba de Cristo
63
possibilidade de restauração social prevista na lei judaica. Era o ato
de reaver legalmente os bens da família ou mesmo as pessoas que
fossem vendidas como escravas. Ou seja, se a família pobre
precisasse vender sua terra, o parente mais próximo era obrigado a
resgatar a terra, comprando-a de volta para o parente que a estava
perdendo. Se o parente não pudesse comprá-la de volta e a pessoa
que vendeu se enriquecesse depois, ele mesmo poderia comprar a
terra pelo mesmo valor que a vendeu. Era um modo de preservar a
família e evitar o desequilíbrio social.
No caso de Rute houve uma junção da lei do resgate
com a lei do levirato ou o dever de cunhado. Boaz casa-se com Rute
para continuar a descendência da família, perdida através da morte
de Quiliom.
Dessa maneira, Rute teve a sua vida restaurada e a
esperança se concretizou na restauração de sua família e a
posteridade de sua casa. Ela encontrou finalmente a felicidade,
como prêmio do seu trabalho, de sua abnegação e fidelidade. Mas,
embora a sua moral fosse inatacável, tinha algo vergonhoso para
qualquer judeu: era estrangeira. Pior ainda, pertencia aos moabitas,
um dos povos mais odiados pelos judeus.
Do casamento de Rute com Boaz nasceu Obede. A
criança veio alegrar sobremaneira o coração de Noemi. Obede foi o
pai de Jesse, este foi o pai do rei Davi.
Rute, essa mulher especial deixa sua marca de
integridade na história dos judeus. Este exemplo continua a falar
continuamente. Esta moabita, que está presente na linhagem do rei
Davi, foi muio bem lembrada pelo escritor-evangelista na genealogia
de Jesus.
BETSEBA
Deus é machista, por Escriba de Cristo
64
A quarta mulher citada na genealogia é Bate-Seba.
Esta história bíblica está registrada no livro de II Samuel 11.
Era uma mulher hitita, esposa de Urias, oficial do rei
Davi. Vivia com o seu esposo em Jerusalém, perto do palácio do rei.
Era muito bonita. Tão bonita, que o rei Davi se encantou
perdidamente por ela. Aproveitando o fato de Urias ter partido para a
guerra, o rei mandou chamá-la ao palácio, e se uniram
amorosamente.
Ela, então, ficou grávida. Para evitar o escândalo,
Davi fez vir Urias da frente de batalha e deu-lhe uns dias de férias
em sua casa, a fim de que este convivesse com sua mulher durante
um tempo razoável e assim cobrisse as aparências.
Mas Urias opôs-se a este privilégio, sabendo que os
seus soldados estavam em plena guerra. Então, o rei fez com que o
mandassem novamente para o meio da luta, ele retornou para a
guerra levando uma carta para o comandante Joabe. Nessa carta
havia a sua própria sentença de morte. Urias foi colocado na frente
da batalha, na zona mais dura e de maior perigo. Deste modo, Urias
morreu e Davi pôde ficar com sua esposa Bate-Seba.
Algum tempo depois, um profeta, mediante uma
comovedora parábola, fez ver a Davi o seu crime e o seu gravíssimo
pecado. Davi, humildemente, reconheceu a sua culpa, arrependeu-
se e pediu perdão. O adultério cometido por Davi foi o impulso para
uma vida familiar totalmente tumultuada até o fim de seus dias.
O primeiro filho de Davi com Bate-seba morreu ainda
criança, Porém, outro filho do casal, Salomão, foi o sucessor de Davi
e teve muita prosperidade e sucesso no seu reinado.
Deus é machista, por Escriba de Cristo
65
PRESENÇA FEMININA NA GENEALOGIA
Certamente, a presença feminina na genealogia de
Jesus é um fato incomum. Nas demais genealogias não se
encontram nenhuma referência ao nome das mulheres. Sabe-se que
as genealogias tinham seu objetivo histórico e até mesmo teológico.
Existem algumas razões que podem ser analisadas, no caso da
citação do nome de mulheres na genealogia de Jesus pelo escritor-
evangelista Mateus.
A ACUSAÇÃO DE QUE JESUS NÃO ERA O MESSIAS,
POR QUE SERIA FRUTO DE UMA UNIÃO ILEGÍTIMA.
A primeira razão, aqui mencionada, que teria
motivado o escritor-evangelista Mateus a citar o nome de mulheres
na genealogia de Jesus é que pesava sobre Jesus uma séria
acusação. Jesus não poderia ser o Messias, por que seria fruto de
uma união ilegítima. Ele era fi lho de um carpinteiro pobre com uma
mulher humilde, que carregava o estigma de alguém que tinha
engravidado antes do casamento.
Há uma relação muito forte entre as mulheres citadas
na genealogia com a maneira pela qual se deu o nascimento de
Jesus. Tamar, Raabe, Rute, Bate-Seba tiveram um relacionamento
fora dos padrões morais regulares.
Esse argumento concorda com a afirmação de
Saldarini (2000: p.278): “A irregularidade do nascimento de Jesus é
preparada pela citação de quatro mulheres na genealogia, todas
irregulares de um jeito ou de outro”.
Deus é machista, por Escriba de Cristo
66
Nessa mesma linha, está o argumento do professor
André Chevitarese (2006), quando escreve sobre o maior interesse
das comunidades cristãs, a partir dos últimos decênios do primeiro
século em diante, pela família de Jesus de Nazaré. Para defender
seu ponto de vista, ele apresenta como um dos seus argumentos a
teoria, que pode ser assim resumida:
Há dois indícios na literatura cristã que deixam
transparecer que algumas comunidades cristãs já conheciam a
acusação formulada pelos seus opositores de que Jesus não
poderia ser o Messias, a medida que ele seria o resultado de uma
união ilegítima, sendo considerado filho da prostituição. Os
responsáveis por essa acusação estão do lado de fora dos portões
das respectivas comunidades, talvez ainda inseridos no judaísmo.
O primeiro indício ocorre em um diálogo marcado
pela tensão crescente entre Jesus e um grupo de judeus. O seu
ápice estaria contido na seguinte passagem do Evangelho de João:
“[Disse-lhes Jesus]: vós, porém, procurais matar-me, a mim, que vos
falei a verdade que ouvi de Deus. Isto, Abraão não o fez! Vós fazeis
as obras de vosso pai! Disseram-lhe, então: Não nascemos da
prostituição, temos um só pai: Deus” (João 8:40-41).
O segundo indício está no capítulo primeiro do
evangelho de Mateus. Verifica-se ao longo da genealogia mateana a
citação de cinco mulheres, dentre elas, Maria, da qual nasceu Jesus
chamado Cristo.
A narrativa mateana não deixa dúvida: o elemento
comum nas narrativas relativas às vidas das cinco mulheres é a
prostituição. Na sua genealogia, Mateus cita cinco mulheres, das
quais quatro trazem o estigma da prostituição. É pouco provável que
a quinta mulher, Maria, estivesse isenta da tal estigma.
O professor André ainda cita mais três outros textos
na literatura do século II, que podem ser usados com referência à
Deus é machista, por Escriba de Cristo
67
acusação da ilegitimidade física de Jesus. O primeiro é o Proto -
Evangelho de Tiago. Esse texto deixa claro que algumas
comunidades cristãs estavam preparando um material com
finalidade de defender a honra de Maria, particularmente no que se
refere à sua concepção e ao seu parto virginal. O segundo é o
Verdadeiro Discurso, de Celso (datado de 178 D.C.) citado
parcialmente na obra de Orígenes, Contra Celso (de 248 D.C.).
Nesse texto há o registro de acusações de Celso contra o
nascimento ilegítimo de Jesus. O terceiro é Os espetáculos de
Tertuliano. É um texto produzido por um cristão do norte da África,
em 197 D.C., que recupera a acusação, que ele considera caluniosa,
de que Jesus seria filho de uma prostituta. (4)
MOISÉS
Deus escolheu para libertador do povo do Egito, um homem,
Moisés. O argumento de que Deus estava ‘respeitando” a cultura da
época, não prospera. Deus falou diversas vezes para não seguirem
os costumes das nações. Deus estava pouco se importando com
questões culturais, como se Deus pensasse assim: Gostaria de
chamar uma mulher para libertar Israel, mas isso seria um escândalo,
e o povo não entenderia...”
Deus chamou Moisés porque quis, por sua suprema vontade.
Deus chamou homens ao longo da história porque ele instituiu a
divina hierarquia com a androcracia (governo dos homens).
ARÃO
1 - Depois, tu farás chegar a ti teu irmão Arão e
seus filhos com ele, do meio dos filhos de Israel, para me
Deus é machista, por Escriba de Cristo
68
administrarem o ofício sacerdotal, a saber: Arão e seus
filhos Nadabe, Abiú, Eleazar e Itamar. 2 - E farás vestes
santas a Arão, teu irmão, para glória e ornamento. 3 -
Falarás também a todos os que são sábios de coração, a
quem eu tenha enchido do espírito de sabedoria, que
façam vestes a Arão para santificá-lo, para que me
administre o ofício sacerdotal. (Êxodo 28.1-3)
Aos cristãos de meia-tigela que querem agradar o mundo
feminista e ficam dando desculpas esfarrapadas que Deus não é
machista, mas apenas respeitou os costumes culturais dos povos
antigos, deixem de ser safados e desonestos intelectuais!!!! Muitas
religiões pagãs tinham sacerdotisas!!! Mas o Deus Javé, criador de
tudo, instituiu um sacerdócio hereditário e masculinizado para que
oferecessem sacrifícios e serviços religiosos para Deus. E tem mais,
até o coral era composto somente de homens, homens da tribo de
Levi. Os cristãos modernos estão tão distantes de Deus quanto aos
ímpios, porque querem agradar o mundo. Se queremos restaurar o
culto perfeito, devemos banir as mulheres de todo o serviço oficial no
culto como pregar e dirigir louvores!!!!!! Mulheres podem cantar sim,
em cântico congregacional. Não me venham com teologia achada no
beco... O modelo do Antigo Testamento é do mesmo Deus do Novo
Testamento, Deus não teve uma crise de consciência e resolveu
mudar sua concepção do mundo...
As igrejas estão cheias de mentes mundanas definindo
teologia e regras cristãs de acordo com a sociedade. A Bíblia virou
um livro alegórico na mão dos cristãos. Os credos cristãos são
mentirosos ao dizerem que tem a Bíblia como uma regra de fé. Se é
assim mesmo, comecem uma reforma religiosa dentro das igrejas...
Mas não farão isto de forma alguma, porque estes cristãos de
araques ao sentirem seus lideres apertarem seus calos, logo
mudarão de igreja, e o reformista ficará sozinho no templo, sabe por
quê? Porque o povo cristão não querem obedecer, só querem ouvir
palavras agradáveis!!!!
Deus é machista, por Escriba de Cristo
69
"Porque virá tempo em que não suportarão a
sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos,
amontoarão para si doutores conforme as suas próprias
concupiscências;" (II Timóteo 4 : 3)
Biblicamente o termo sacerdócio masculino pode
até parecer um pouco redundante, pois não há na Bíblia sacerdotisa,
não há mulheres que foram declaradas como tais autoridades, mas
temos diversos exemplos de mulheres que foram líderes e que
marcaram a história do povo de Deus em suas lideranças. Então em
Êxodo por meio da vida de Arão Deus institui o primeiro sacerdócio e
depois disso sua descendência marcou este ministério na vida da
igreja de Deus. (27).
SACRIFÍCIO SÓ DE ANIMAIS MACHO
Deus é tão machista, mas tão machista, mas tão machista,
que ao determinar os sacrifícios de holocaustos, Deus determinou
que se oferecesse para ele somente animais machos...
18 Fala a Arão, e a seus filhos, e a todos os filhos de
Israel, e dize-lhes: Qualquer que, da casa de Is rael, ou
dos estrangeiros em Israel, oferecer a sua oferta, quer
dos seus votos, quer das suas ofertas voluntárias, que
oferecem a JAVÉ em holocausto, 19 Segundo a sua
vontade, oferecerá macho sem defeito, ou dos bois, ou
dos cordeiros, ou das cabras. (Levíticos 22.18-19)
Deus escolheu os machos para servi-lo em primeira
instância isto deixa as feministas furiosas, mas as mulheres de Deus
vê nisto a bondade é o amor divino, porque ao pedir machos para
seres sacrificados à Deus, Javé estava poupando as fêmeas de
serem mortas. Por que Deus tomou esta decisão. Acho que Deus é
soberano e cabe a nós obedece-lo e não questiona-lo. Mas um
macho pode fecundar diversas fêmeas, mas as fêmeas só podem
ser fecundadas em vias de regra por um só macho. Assim uma
Deus é machista, por Escriba de Cristo
70
fêmea poupada, esta poderia gerar ainda vários filhos, mesmo que a
população de machos caísse. Assim entendo que a maternidade é
tão sagrada que por causa desta missão, Deus reservou as
mulheres as obrigações sociais mais leves e as fêmeas dos animais
fossem poupadas e não se uti lizassem delas em sacrifícios. Tudo é
uma questão de óptica, quem ama Deus compreende que Ele tem
boas razões para ser machista e que isto de maneira nenhuma
denigre as mulheres ou as fêmeas. Como no caso em questão. Ser
macho equivaleria a morrer e ser fêmea equivale a ser poupada.
JOSUÉ
A conquista da terra de Canaã teria que ser feita por um
líder corajoso, valente e estrategista. A mente dos homens são mais
matemáticas, isto já esta sendo conclusivo pelos especialistas. Deus
que conhece a natureza humana, destacou homens para serem
comandantes, generais e guerreiros. A testosterona é o hormônio
masculino, é o mandamento machista divino em embalagem química.
Depois que passa este modismo de “viado” desta geração
insuportável, logo os homens vão se cansarem e vão tomarem
novamente o poder absoluto da sociedade e desta vez com fortes
argumentos de que deram espaço social as mulheres e elas
“cagaram na sala”. As feministas logo vão ser postas em seus
devidos lugares. Aguardemos mais algum tempo. O que é algumas
décadas para milênios de história? O fracasso de um sistema novo
é necessário, para que o velho retorne ainda mais forte. O
patriarcado é divino e logo retornará. O modelo de Josué é um
exemplo. A Bíblia é um livro de homens eleitos por Deus e por fim
Deus virou homem em Jesus.
DAVI
Deus é machista, por Escriba de Cristo
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O REI Davi é retratado na Bíblia como o homem segundo o
coração de Deus.
Porém agora não subsistirá o teu reino; já tem buscado
Javé para si um homem segundo o seu coração, e já lhe
tem ordenado Javé, que seja capitão sobre o seu povo,
porquanto não guardaste o que Javé te ordenou. (I
Samuel 13:14)
Sem entrar em méritos, mas qual mulher é chamada na
Bíblia a mulher segundo o coração de Deus? Davi não é exemplo de
santidade nem de ícone moral, mas devido seus constantes
arrependimentos profundos, devidos as suas vaciladas de
proporções bíblicas, Deus por razões de foro íntimo teceu o mais
brilhante elogio que um homem pode receber de Deus. Amigo, não
queira entender Deus... você não consegue entender você mesmo,
vai querer entender Deus... apenas creiamos e o sirvamos. Mulheres
larguem este espírito de ranço de Caim e Lúcifer e não se sintam
preteridas por causa da eleição divina aos homens como
governadores do lar, da igreja e da sociedade.
O maior rei de Jerusalém foi Davi, e a única mulher que
reinou e governou em Jerusalém foi Átila, estude a biografia dela...
OS PROFETAS
Quem lê a Bíblia logo verá que ela foi escrita por homens,
tanto no Antigo como no Novo Testamento. Só os falsificadores da
Palavra de Deus, ou dementes que vão lê a Bíblia e vão negar que
Deus é machista. Interessante que os ateus e inimigos da Palavra
de Deus conseguem vê isso tão claramente, enquanto os
desonestos intérpretes cristãos tentam suavizar aquilo que não dá
para esconder. Veja a lista dos livros dos profetas maiores e profetas
menores da Bíblia:
Deus é machista, por Escriba de Cristo
72
PROFETAS MAIORES
- Isaías
- Jeremias
- Ezequiel
- Daniel
PROFETAS MENORES (12)
- Oséias
- Joel
- Amós
- Obadias
- Jonas
- Miquéias
- Naum
- Habacuc
- Sofonias
- Ageu
- Zacarias
- Malaquias
Deus é machista, por Escriba de Cristo
73
Dos 66 livros da Bíblia, apenas 2 levam nomes de mulheres:
Ester e Rute. Isto significa alguma coisa? Jesus amava as mulheres
e as trata muito bem, mas quantas ele chamou para ser apóstola?
Não precisa ter mais do que dois neurônios para perceber que Deus
tem um chamado com os homens. Mulheres deixem de serem
invejosas, apenas aceitem com resignação o seu lugar no universo...
Eu sou um zé mané social e daí? Graças a Deus que mesmo assim
sou amado por Deus. Vai ficar frustrada porque você não é o sol, ou
porque não é o centro de uma galáxia. O nome da virtude que as
mulheres precisam buscar é RESIGNAÇÃO.
JESUS
Deus quando em seu plano mirabolante tomou a forma
humana para se sacrificar para em sua morte expiatória abrir a
possibilidade da salvação aos que creem no seu Nome, tomou a
forma de homem e não de mulher. Deus ao habitar entre nós
preferiu ter um corpo masculino, e mais, recusou-se a casar e ter
contato sexual com qualquer mulher. Teorias malucas que Jesus
teve um caso com Maria Madalena ou teve uma família não devem
ser consideradas. Estamos falando de teologia bíblica.
OS APÓSTOLOS
Jesus ao montar o seu corpo de auxiliares na missão de
evangelizar o mundo, ele escolheu e convocou 12 homens, não
importa que houvessem mulheres mais capacitadas, com certeza
havia mulheres com caráter melhor que Judas Iscariotes, mas nós
estamos falando de posição. O homem tem posição superior a
mulher, mas ambos tem a mesma natureza pecaminosa, por isso
que para o plano de salvação, tanto faz homem ou mulher, Jesus
Deus é machista, por Escriba de Cristo
74
veio para salvar ambos. Muitos dizem que Jesus fez aquilo por
causa da cultura judaica. Mas a cultura judaica foi instituída por
Deus, desde os primórdios com as leis que Deus deu a Moisés.
Jesus mesmo se recusou a sair dos limites das fronteiras de Israel,
porque ele queria salvar os “seus”, isto é, os judeus. Ele veio para os
que eram seus, diz João capítulo um.
Um pastor publicou um artigo “antipático”, recentemente,
contrário ao ministério pastoral feminino. Ao acompanhar as
discussões em seu blog e nas redes sociais, verifiquei que algumas
irmãs ficaram furiosas com o seu texto. Uma delas afirmou: “As
doutrinas são dos homens. Os dons vêm de Deus”. Creio que muitos
irmãos (mulheres e homens) ainda não aprenderam que Deus
adotou o princípio da prioridade, quando deu ao homem a
incumbência de liderar a família e o ministério.
Mulheres podem pregar o Evangelho, orar pelos enfermos e
desempenhar todas as tarefas de um seguidor de Jesus? Sim. Elas
fazem parte da Grande Comissão? Sim. São cooperadoras de
Deus? Sim. Então, por que não poderiam ser pastoras? Como sou
homem, talvez a minha resposta a essa pergunta soe como
machista. Por outro lado, quando mulheres defendem pontos de
vista contrários ao machismo, alguns homens ficam com a
impressão de que elas são feministas. Como resolver esse difícil
impasse?
Homens e mulheres precisam entender que,
independentemente das circunstâncias, a Bíblia sempre será a
inerrante e infalível Palavra de Deus. Mulheres e homens não devem
“legislar” em causa própria, e sim aceitar o que a Palavra do Senhor
assevera acerca da priorização e da hierarquização estabelecidas
pelo Senhor na família e no ministério.
Deus é machista, por Escriba de Cristo
75
Alguém dirá: “Deus não faz acepção de pessoas. Somos
todos iguais. A Igreja não é como as forças armadas. Não existe
hierarquia no meio do povo de Deus. Homens e mulheres podem ser
pastores”. Quem diz que Deus não hierarquiza e prioriza deveria
estudar passagens como Gênesis 1; Números 2; Atos 15.6,22; 1
Coríntios 12.28,29; 15.23; 1 Tessalonicenses 4.16,17; 5.23, etc.
Observe especialmente os termos “primeiramente”, “em segundo
lugar”, “em terceiro lugar”, “depois”, etc.
Em Isaías 43.7 está escrito: “a todos os que são chamados
pelo meu nome, e os que criei para minha glória; eu os formei, sim,
eu os fiz”. O ser humano não foi apenas criado por Deus. Ele foi
criado, formado e feito para a glória do Senhor. Um edifício, antes de
ser formado e feito, é criado pelo arquiteto, que faz, antes da
construção, o croquis, o projeto, etc. Formar é dar forma ao que foi
previamente criado, concebido, projetado. A feitura, mencionada no
texto bíblico, diz respeito ao acabamento da obra (cf. Gn 2.3).
Quem foi formado primeiro? O homem. Segue-se que a
priorização divina ocorreu na formação: “Porque primeiro foi formado
Adão, depois Eva” (1 Tm 2.13). Por que o Senhor não formou
primeiro a mulher e, depois, tomou uma das costelas dela para
formar o homem? Porque Ele é soberano e decidiu priorizar o
homem (Gn 2.7,22).
No cristianismo genuíno não há espaço para o feminismo,
movimentos extremados que ignoram o princípio divino da prioridade.
No Corpo de Cristo, há lugar para ambos os sexos, desde que
reconheçam, à luz das Escrituras, a sua posição.
Deus é machista, por Escriba de Cristo
76
Por que muitas irmãs em Cristo não aceitam a doutrina de
Deus (e não de homens) quanto à submissão ao marido? Segundo a
Bíblia, a relação entre homem e mulher deve ser, antes de tudo, de
respeito mútuo (1 Co 7.3-5). Deus formou Eva a partir de uma das
costelas de Adão (Gn 2.18-22) para demonstrar que a mulher não
deve estar nem à frente nem atrás do homem, mas ao seu lado
como adjutora e ajudadora, o que não denota inferioridade. Observe
que Deus, infinitamente superior ao ser humano, é o nosso Ajudador
(Hb 13.5,6).
Paulo compara a submissão da mulher à sujeição de Jesus
(1 Co 11.3). Deus Filho e Deus Pai fazem parte da Trindade e são
iguais em poder (Mt 28.19; Jo 10.30). Todavia, Cristo, por amor, e
não por imposição do Pai, submete-se voluntariamente a Ele,
recebendo dEle toda a honra (Fp 2.6-11). A Palavra do Senhor
também afirma: “assim como a igreja está sujeita a Cristo, assim
também as mulheres sejam em tudo sujeitas a seus maridos” (Ef
5.24). E Cristo não obriga ninguém a obedecê-lo.
A Bíblia não abona o igualitarismo feminista. O termo “vaso
mais fraco” (1 Pe 3.7) foi empregado como sinônimo de inferioridade.
Ele denota que a mulher é mais frágil, mais sensível e, por isso,
deve ser amada e honrada pelo marido (Ef 5.25-29). E o princípio da
prioridade também vale para o exercício do ministério.
Quem não aceita o princípio bíblico da prioridade abraçará,
inevitavelmente, “doutrinas de homens”, como o igualitarismo
feminista. Alguns teólogos, ao não encontrarem nas Escrituras
passagens claras em defesa do ministério feminino, têm afirmado
Deus é machista, por Escriba de Cristo
77
que Paulo era contrário às mulheres, em razão de sua formação
farisaica. Isso não resiste a uma exegese, pois nenhum machista
aconselharia os homens a amarem a sua própria mulher (Ef 5.25),
tampouco teria tantas mulheres como cooperadoras (Rm 16).
Ademais, esse apóstolo se declarou imitador de Cristo (1 Co 11.1).
[2]
A IGREJA
A estrutura da igreja é totalmente masculinizada. Seguindo
os preceitos do judaísmo, do Antigo Testamento, a igreja deve ser
governada por anciões (presbíteros ou bispos). Não há espaço nem
margem para sacerdotisa, bispa, pastora, papisa, apóstola e o raio
que o parta. Quer inventar, invente e faça a religião conforme a sua
vontade, conforme o mundo, conforme a diretriz de Satanás, mas
não jogue sujo procurando agir com desonestidade intelectual
sabendo que não há apoio bíblico para estas aberrações
doutrinarias.
Se Paulo era machista, o que dizer de Jesus, que escolheu
doze homens para compor o ministério da igreja nascente? Ele teria
se enganado? Ou o Mestre tinha algum vínculo com fariseus,
saduceus ou quaisquer grupos machistas de sua época? A Bíblia diz
claramente que o Senhor “chamou para si os que ele quis” (Mc 3.13).
Por que Ele não quis chamar algumas mulheres para figurar entre os
seus apóstolos? Por que não chamou seis casais, por exemplo?
Na escolha dos primeiros diáconos, que poderiam vir a ser
presbíteros ou apóstolos, caso tivessem chamada de Deus para tal e
servissem bem ao ministério (Hb 5.4; 1 Tm 3.13), os apóstolos
Deus é machista, por Escriba de Cristo
78
disseram: “Escolhei, pois, irmãos, dentre vós, sete varões” (At 6.3).
No primeiro concílio, em 52 d.C., os rumos da igreja foram traçados
por homens (At 15). Em Apocalipse 2 e 3, são mencionados os
pastores (homens) das igrejas da Ásia.
Alguns teólogos dizem que Júnias (ou Júnia) era uma
apóstola. Mas, pelo que tudo indica, ele (e não ela) era apenas um
cooperador de Paulo. Mesmo que Júnias fosse uma mulher, o texto
bíblico não confirma o seu apostolado, pois não era comum uma
mulher ficar presa com homens: “Saudai a Andrônico e a Júnia,
meus parentes e meus companheiros na prisão, os quais se
distinguiram entre os apóstolos e que foram antes de mim em Cristo”
(Rm 16.7). Distinguir-se entre os apóstolos não significa,
necessariamente, exercer o apostolado. Marcos e Lucas, por
exemplo, não eram apóstolos e se distinguiram, se notabilizaram,
entre eles.
Nos tempos da igreja primitiva, as mulheres se ocupavam da
oração (At 1.14) e do serviço assistencial (At 9.36-42; Rm 16.1,2). E
algumas se notabilizaram como fiéis cooperadoras do apóstolo
Paulo, como Febe, Priscila, Trifena, Trifosa, etc. (Rm 16), além de
Lídia, a vendedora de púrpura (At 16.14). Não há nenhuma
referência a mulheres exercendo atividades pastorais. Alguns
defensores do pastorado feminino afirmam que Priscila era uma
apóstola, mas, a despeito de ela ter sido citada com destaque (At
18.26), não há nenhuma referência que confirme seu apostolado.
Conquanto as mulheres sejam mencionadas com grande
destaque nas páginas do Novo Testamento, aparecendo na
linhagem e no ministério de Cristo (Mt 1.3,5,6,16; Lc 8.1-3), Deus
Deus é machista, por Escriba de Cristo
79
priorizou os homens, em regra geral, no que tange ao pastorado e
aos ministérios afins (Ef 4.8-11). Mas isso não significa que as
mulheres não podem trabalhar para Deus.
Todos os salvos são cooperadores de Deus (1 Co 3.9). Mas
precisamos aceitar a chamada soberana do Senhor para a nossa
vida. Não devemos amoldar a Bíblia ao nosso modo de pensar nem
às influências filosóficas prevalecentes no mundo. Por mais que nos
sintamos contrariados, devemos renunciar o nosso eu (Lc 9.23), a
fim de obedecermos à vontade de Deus, que é boa, agradável e
perfeita (Rm 12.1,2). [2]
Deus é machista, por Escriba de Cristo
80
SEGUNDA PARTE
MULHER BIOLÓGICA
Deus criou o homem e só posteriormente adicionou seus
planos para com a humanidade para o homem poder se reproduzir
como os animais, isto é, por meio da fecundação sexuada.
Poderíamos ter uma espécie de seres terrestres que se
reproduziriam por clonagem, como fazemos com muitas plantas que
reproduzimos por estaquia, retiramos uma parte da planta e
plantamos, surgindo uma nova planta com as características
idênticas da planta clonada. Mas Deus, por alguma razão não
revelada, resolveu fazer os homens como muitos animais e plantas
que se reproduzem por fecundação sexuada. Considero que isto
rebaixou biologicamente os homens, porque as criaturas que estão
logo acima de nós no plano espiritual são os anjos e este não casam
e nem se dão em casamento. Então fomos feito como os animais...
A mulher foi criada a partir de células-tronco do homem, uma
ligeira modificação genética foi implementada no Jardim do Éden,
em uma mesa cirúrgica improvisada pelo Todo-Poderoso, e pronto,
o homem foi capacitado com órgão sexual e com células
cromossómicas masculina e feminina. Mas o mais fantástico foi ter
criado um ser semelhante ao homem, mas do sexo feminino. Lógico
que este exemplar da espécie humana não herdaria toda a potência
física, intelectual e espiritual do homem, mas seria uma réplica, uma
cópia, um genérico do gênero masculino. Os movimentos feministas
querem morrer de ódio com os que pensam como eu e logo
aparecem especialistas que arrumaram por ai para me desmentirem
e denegrirem meus argumentos sobre a supremacia do macho na
Deus é machista, por Escriba de Cristo
81
espécie humana... Cada um morra com suas convicções. Só não
aceito policia do pensamento. Eu sou rei e majestade sobre minhas
próprias convicções. Nem a punição com a morte pode mudar o meu
sentimento íntimo mais profundo. Nem pretendo matar aqueles que
pensam contrário de mim. A internet tem servido para assistirmos
um espetáculo dantesco de intolerância, inclusive destas filhas da
rebeldia do movimento feminista que tentam influenciar os
legisladores para criarem leis criminalizando ideologia machista.
Não deixarei que viados, putas e “neros’ ditem o que eu devo
pensar...
Não concorda comigo???? Fique com suas convicções... Eu
morrei com as minhas. Reúnam suas turmas para lá, que eu fico
com os meus pensamentos para cá. Não quero saber quantos
concordam comigo, apenas quero ser livre pensador, para
interpretar a Bíblia, a natureza e a história como eu melhor achar.
Então já estou mostrando toda a minha firmeza, não para mudar
suas convicções, mas para ter o direito de pensar diferente. SE
JOGAR UMA PEDRA EM MIM, EU JOGO UMA MONTANHA EM
VOCÊ. Fique a vontade para não concordar comigo, apenas não
venha me encher o saco!!! Já mostrei qual é minha linha de diálogo,
isto é, não quero dialogar. Não quero convence-lo, só não queira
conversar comigo, debater sobre o tema. Se tiver alguma coisa para
dizer para mim, escreva um livro e mande uma cópia que se eu tiver
tempo, lerei, ok? Ponha na sua cabeça egoísta que sua felicidade
não depende dos outros pensarem igual a você. Muito menos em
tentar me envergar...
Vejamos uma lista de diferenças biológicas que torna
impossível a IGUALDADE DE GÊNERO.
CROMOSSOMOS
Os homens possuem cromossomos X e Y, e mulher
somente cromossomos X, isto quer dizer que quem determina o
Deus é machista, por Escriba de Cristo
82
sexo da criança é o homem. Só homens podem produzirem
mulheres porque eles detêm o cromossomo Y. Se um homem for
clonado, ele pode reproduzir homem ou mulher, mas se uma mulher
tiver uma partenogênese ela só pode gerar filhos do sexo masculino,
como ocorreu com Maria, mãe de Jesus. Sem contato sexual, a
mulher só consegue reproduzir um homem:
Determinação genética do sexo.
O sistema XY
Em algumas espécies animais, incluindo a humana, a
constituição genética dos indivíduos do sexo masculino é
representada por 2AXY e a dos gametas por eles produzidos, AX e
AY; na fêmea, cuja constituição genética é indicada por 2AXX,
produzem-se apenas gametas AX. No homem a constituição
genética é representada por 44XY e a dos gametas por ele
produzidos, 22X e 22Y; na mulher 44XX e os gametas, 22X.
Indivíduos que forma só um tipo de gameta, quanto aos
cromossomos sexuais, são denominados homogaméticos. Os que
produzem dois tipo são chamados de heterogaméticos. Na espécie
humana, o sexo feminino é homogamético, enquanto o sexo
masculino é heterogamético. (11)
CÉREBRO
Em 2008 cientistas espanhóis descobriram que o cérebro
dos homens fazem mais conexões do que os cérebros das mulheres.
Cérebro masculino tem 30% a mais de conexões entre neurônios.
Em linguagem de informática, podemos dizer que são
processadores mais potentes.
O cérebro dos homens tem até 30% de conexões entre
neurônios a mais, mas isto não significa necessariamente que eles
Deus é machista, por Escriba de Cristo
83
sejam mais inteligentes do que as mulheres, mas que processam de
forma diferente a informação, segundo o Conselho Superior de
Pesquisas Científicas (CSIC) da Espanha.
Uma equipe de cientistas deste organismo detectou
diferenças entre homens e mulheres em uma área do cérebro
relacionada com os processos sociais e emocionais e a capacidade
humana de atribuir intenções a outras pessoas, o neocórtex
temporal.
Os cientistas observaram que, nesta parte do cérebro, os
homens apresentam até 30% mais de conexões sinápticas (as
sinapses são junções microscópicas altamente especializadas que
enviam sinais de um neurônio para outro).
As observações destes pesquisadores são as primeiras a
mostrar diferenças entre gêneros em nível sináptico, mas muitos
estudos anteriores examinaram outras variações (tamanho dos
cérebros, número de neurônios, etc...) entre os cérebros do homem
e da mulher.
Segundo os autores do estudo, Lidia Alonso-Nanclares,
Juncal González-Soriano, José Rodrigo Rodriguez e Javier De
Felipe, os cérebros do homem e da mulher difeririam quanto ao
processamento da informação.
No entanto, na pesquisa, publicada na última edição da
revista PNAS, é encorajada a continuação das investigações sobre
as conexões sinápticas do cérebro (de estrutura heterogênea), já
que só se analisou uma região do mesmo (a parte anterior do lóbulo
temporal). [12]
Deus criou homens e mulheres com tantas distinções que
será impossível nesta pequena obra pedagógica de tratado teológico
aborda a parte biológica com profundidade, até porque não sou da
área médica. Mas qualquer moleque pode fazer uma rápida
Deus é machista, por Escriba de Cristo
84
pesquisa na internet e vê que a igualdade de gênero só pode ser
uma política idiota, e antinatural já que homens e mulheres são
extremamente diferentes. Corpos diferentes, mentes diferentes,
emocionalmente diferentes, logo é conclusivo que tenham tarefas
sociais diferentes, pois foram criados por Deus para tarefas
diferentes.
O cérebro dos homens é, em média, 12% maior e 10% mais
pesado que o das mulheres. No delas há um número maior de
conexões entre os neurônios , e os dois hemisférios se comunicam
mais efetivamente. Os cientistas que trabalham na Universidade
Johns Hopkins University publicaram recentemente na revista
especializada “Cerebral Cortex”, a descoberta de que existe uma
região no córtex chamado de lóbulo infero -parietal (LIP) que é
significativamente maior nos homens do que nas mulheres.
Essa área é bilateral e localizada logo acima do nível das
orelhas (córtex parietal) Além disso, os cientistas da Universidade
Johns Hopkins observaram que, nos homens, o lado esquerdo do
LIP é maior do que no lado direito.
Nas mulheres, a assimetria é exatamente o contrário,
embora as diferenças entre os lados esquerdo e direito não sejam
tão importantes quanto nos homens.
Esta é a mesma área que foi demonstrada ser maior no
cérebro de Albert Einstein, assim como de outros físicos e
matemáticos.
Portanto, parece que o tamanho do LIP está correlacionado
com as habilidades mentais em matemática. Os neurologistas
suspeitavam da existência de diferenças morfológicas do cérebro
desde a época da frenologia (embora esta tenha sido provada ser
uma abordagem errada), no século 19. O fim do século 20
testemunha as primeiras provas científicas disso. (16)
Deus é machista, por Escriba de Cristo
85
HABILIDADES MOTORAS
Deus criou o homem com habilidade motora mais pesada,
coisa que exigem força e impacto forte, as mulheres é uma versão
mais suave do gênero masculino, suas habilidades motoras são
mais focadas em operações de precisão e minuciosas.
O neuropediatra José Salomão Schwartzman disse em
entrevista ao doutor Drauzio Varella que outra constatação
importante é que, em média, as meninas amadurecem mais rápido
do que os meninos e são superiores no que se refere à habilidade
motora fina. Talvez, por isso, na linha de montagem de aparelhos
eletrônicos, haja mais mulheres do que homens trabalhando. No
entanto, os meninos têm desempenho superior, por exemplo, nas
atividades que exigem habilidades motoras mais grosseiras, como
jogar bola ou atirar um objeto para acertar o alvo. É curioso observar,
por exemplo, que as marcas olímpicas de homens e mulheres numa
modalidade esportiva em que ambos treinem o mesmo número de
horas são sempre diferentes, porque se baseiam numa vantagem
biológica inicial que o treino não consegue superar. Por isso,
homens e mulheres não concorrem juntos nas competições de arco
e flecha e tiro ao alvo.
Assim, no plano divino, o serviço pesado deve ser feito pelo
homem, e as coisas mais finas e delicadas pelas mulheres. Não
existe esta idiotice de igualdade de gênero. Deus criou os homens
com estruturas físicas e hormonais diferente das mulheres. A mulher
foi criada para complementar o homem. O homem cultiva a terra e a
mulher prepara os alimentos na cozinha. Os homens constroem
casas e as mulheres a mobíliam e zelam pela sua ordem e limpeza.
A mulher não foi feita para competir com o homem, mas para
complementar. (13)
Deus é machista, por Escriba de Cristo
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SÁTIRA SOBRE A DIFERENÇA CEREBRAL DOS SEXOS
Deus é machista, por Escriba de Cristo
87
SENTIDOS
Os homens enxergam melhor a distância do que elas e têm
maior habilidade motora-espacial. As mulheres apresentam melhor
visão periférica, além de olfato e audição mais apurados. Os homens
conseguem focalizar a atenção numa única questão e empenhar-se
em resolvê-la. As mulheres têm maior facilidade para enxergar as
situações num contexto mais amplo e para memorizar detalhes
(porque as mulheres são seres emocionais, e a melhor forma de
guardar algo na memória e associar uma emoção a algum um fato,
isso ajuda a fixa-lo na memória).
Pelas diferenças fisiológicas, mulheres sempre tiveram
funções de apoio na sociedade como enfermeiras, cozinheiras,
secretárias, isto não as denigrem, ao contrário, elas são os
sustentáculos dos homens. Estas feministas é que tentam dia e noite
fazerem doutrinação por meio da mídia corrompida para que as
mulheres disputem espaço social com os homens. Resultado que
vemos são mulheres separadas, com dupla jornada, trabalhando
fora e cuidando do lar, filhos sem controle paternal e viciados e por
fim elas infelizes e deprimidas. Parabéns!!!! Este movimento
feminista patrocina a guerra entre os sexos, e procuram armar as
mulheres contra os homens em vez de pregar a união entre o casal.
Podem fazer uma Delegacia de Defesa da Mulher em cada esquina,
se brigarem com os homens, apanharão e morrerão as toneladas.
Não adianta criarem leis para modificarem a natureza das coisas.
Revoguem logo a lei da gravidade imbecis!!!! Nunca se matou tantas
mulheres na história como agora. Quanto mais as feministas
patrocinam a guerra entre os sexos, mais destruição familiar
ocorrerá. No Brasil já existe mais caso de violência contra mulher
agora com o rigor da Lei Maria da Penha do que nos tempos
antecessores a esta lei.
Deus é machista, por Escriba de Cristo
88
INTELIGENCIA ESPACIAL
Sou completamente contra a IDEOLOGIA DE GÊNERO que
prega a igualdade entre os sexos, porque Deus os criou MACHO E
FÊMEA. Deus nos criou para sermos diferentes mesmos. Uma
tomada macho sempre é diferente de uma tomada fêmea, se
fossemos para sermos igual, Deus não precisava ter criado a mulher.
A razão das diferenças é para se completarem e não para duelarem,
como fazem estas malditas do movimento feminista. Estas
pregadoras do ódio sexista. Mulher é boa para cozinhar, lavar roupa,
passar ferro na roupa, arrumar a casa, cuidar dos filhos, isto não é
demérito, ao contrário. A maioria das casas de homens solteiros é
desarrumada, sempre tem coisa fora do lugar, e quando o homem
tem uma esposa cumpridora das suas obrigações, vemos casa
arrumada e filhos bem tratados. Homens são diferentes das
mulheres, mas não para oprimirem-na, mas para conduzi-las na vida
como no caso da inteligência espacial, mais uma vez tomo
emprestado o diálogo entre dois sábios da medicina, Drauzio Varella
e Salomão Schwartzman:
Drauzio – Existe outro tipo de habilidade mais desenvolvida
nos meninos do que nas meninas?
José Salomão Schwartzman – Meninos têm desempenho
superior ao das meninas nas atividades que envolvem inteligência
espacial, como encontrar o caminho que conduz à saída de um
labirinto. Nos adultos, a evidência mais representativa dessa
diferença é a dificuldade que habitualmente as mulheres têm de
decifrar um mapa rodoviário, coisa que os homens fazem com mais
tranquilidade.
Na Universidade Presbiteriana Mackenzie, onde dou aula
nos cursos de pós-graduação, uma de minhas alunas do curso de
Fisioterapia, que tinha sido bombeiro, fez uma pesquisa interessante.
Deus é machista, por Escriba de Cristo
89
Ela testou bombeiros homens, bombeiros mulheres, universitários e
universitárias na tarefa de encontrar um caminho dentro de um
labirinto.
Não sei se todos sabem, mas faz parte do treinamento dos
bombeiros um exercício que se chama “casinha da fumaça”, com o
intuito de prepará-los para alguma eventualidade em que seja
necessário encontrar uma rota de escape. Minha aluna construiu o
labirinto e registrou o tempo que cada participante levava para
cumprir a tarefa. O resultado foi que homens bombeiros eram
melhores do que mulheres bombeiros e que estas eram superiores
aos homens não bombeiros que eram superiores, por sua vez, às
mulheres não bombeiros. Isso demonstrou claramente que o treino
interfere, mas não anula a diferença de base que deve ser biológica.
Deus é machista, por Escriba de Cristo
90
Experiências de laboratório mostraram também que os
ratinhos são melhores do que as ratinhas para andar num labirinto e
encontrar comida. Outra coisa que se descobriu nos testes com
ratos, e que vale para a espécie humana, é que se o labirinto for
coberto com um pano, as ratinhas não encontram mais o alimento
porque não usam as pistas cartográficas. Usam objetos de
referência. Os homens, quando explicam como chegar a um
determinado lugar, à Avenida Paulista de São Paulo, por exemplo,
dizem: “Você sai do Largo São Francisco, pega a rua Cristóvão
Colombo que muda de nome e vira Brigadeiro Luís Antônio e sobe
essa avenida até o cruzamento com a Paulista”. A mulher
sistematicamente vai dizer: “Você sai da Faculdade de Direito, pega
a rua que tem um prédio cinza na esquina, anda até o fim, atravessa
na faixa em frente daquela loja e vai subindo a Brigadeiro. A avenida
Paulista fica depois daquela igreja…” Essas características parecem
biológicas e não culturais. E, à medida que surgem evidências das
características de cada gênero, vemos que elas têm muito a ver com
a escolha da profissão. Por que existem tão poucos pilotos
comerciais do sexo feminino? Acredito que, em parte, porque o
mundo é mesmo machista, mas também porque pesa o fato de a
inteligência espacial ser de extrema importância para alguém pilotar
um jato comercial. (13)
LONGEVIDADE
Em todo o mundo os homens vivem menos que as mulheres.
No Brasil a expectativa de vida deles é de 68,5 anos e a delas é de
76,1 — oito anos a mais. Mas elas se aposentam 5 anos mais cedo
do que os homens...
OS HORMÔNIOS
Estes idiotas do movimento feminista que nos acusam de
ser sexistas, são retardados mentais, movidos por ideologias
Deus é machista, por Escriba de Cristo
91
anticristãs e antinaturais. A ciência hoje já esta farta de evidências
que diferenciam os gêneros e que estas diferenças biológicas
determinam as escolhas na vida. Agimos movidos pelos hormônios
injetados por Deus em nossa natureza desde o princípio. Meninos
brincam com carrinhos e bola e meninas com bonecas porque Deus
programou a natureza dos sexos para se comportarem assim. Isto ,
cabeça de mamão, ocorre porque os hormônios sexuais determinam
o viés dos nossos desejos básicos. Outra vez chamo Drauzio Varella
e Salomão Schwartzman para dizerem o que pensam...
Drauzio – O que acontece com o cérebro das mulheres se
exposto a altas doses de hormônio masculino?
José Salomão Schwartzman – Quando se estudam
indivíduos do sexo feminino cujo cérebro, por condições patológicas,
foi exposto a doses muito altas de hormônio masculino, nota -se que,
embora não sejam necessariamente homossexuais, do ponto de
vista cerebral, funcionam mais como homens do que como mulheres.
Drauzio – E com o cérebro dos travestis que tomam
hormônio feminino, o que acontece?
José Salomão Schwartzman – Quando tomam hormônio
feminino em altas doses, eles mudam a programação cerebral. Isso
prova a importância dos hormônios no mecanismo cerebral.
Drauzio – Quais são as implicações práticas desse
conhecimento sobre a ação dos hormônios no cérebro?
Deus é machista, por Escriba de Cristo
92
José Salomão Schwartzman – Se pensarmos que os
hormônios sexuais podem determinar que a pessoa terá melhor
inteligência espacial ou, então, melhor habilidade verbal, a pergunta
é se eles interferem no desempenho das mulheres que passam por
enormes diferenças hormonais todos os meses. Parece que sim.
Embora a conclusão não seja consensual, porque há resultados
conflitantes, vários trabalhos mostram que a mulher chega ao ápice
da habilidade verbal no meio do ciclo menstrual, ou seja, no período
de maior produção de estrógeno, e que a atividade espacial é
melhor quando o nível desse hormônio cai e ela passa a produzir
mais progesterona.
Saber disso tem uma aplicação prática inquestionável na
vida das mulheres. Digo para minhas alunas que não marquem a
defesa de tese para o período em que o nível de estrógeno está em
queda, nem a prova de direção quando ele está muito alto.
Deus é machista, por Escriba de Cristo
93
INTERAÇÃO SOCIAL
Quanto mais estudo os gêneros masculino e feminino da
espécie humana, tanto em suas estruturas biológicas como
psíquicas, eu concluo que fomos criados por Deus diferentes e não
devemos aceitar o absurdo dos idiotas que pregam a IDEOLOGIA
DE GENERO que pregam igualdade entre homens e mulheres. Não
somos iguais, somos diferentes, por um santo propósito divino, e
este proposito não é para os homens matarem as mulheres e nem
as humilharem, mas para que ambos se completem em harmonia.
Deus criou homens e mulheres não para duelarem e competirem,
mas viverem felizes, um completando o outro.
Tomo mundo sabe como mulheres falam demais, não
precisa ser machista para admitir isto. Até as maçonarias querem
distância de mulheres em suas reuniões secretas... No outro dia,
todo o planeta pode ficar sabendo pelo whatsapp o que foi tratado
na reunião... Não fiquem com raiva, nem tentem contrariar a lógica e
as estatísticas... Os machistas consideram as mulheres fofoqueiras
porque falam muito e isto não é impressão, é ciência mesmo. Lógico
que os camaradas são delicados e falam em termos de habilidades
verbais. Deixemos Drauzio Varella e José Salomão Schwartzman
argumentarem. A conclusão é você que vai tirar...
Drauzio – Em que tipo de atividade as mulheres são
seguramente mais habilidosas do que os homens?
José Salomão Schwartzman – Elas são indiscutivelmente
superiores nas habilidades verbais. Outro aspecto fundamental da
diferença entre meninos e meninas, homens e mulheres, é o grau de
interação social que o sexo feminino tem. Você nota isso nas
crianças pequenas. Desde cedo, meninas têm atividade grupal muito
mais intensa do que os meninos. Repare nas festas de aniversário.
Meninos de 7, 8, 9 anos, cada um está entretido com uma atividade
Deus é machista, por Escriba de Cristo
94
diferente. Um pula na cama elástica, outro anda de bicicleta ou sobe
num trampolim e há o que não tira os olhos do jogo de videogame.
Meninas da mesma idade estão todas em volta de uma boneca ou
participando da mesma brincadeira.
Por isso, há quem diga que o cérebro feminino é o cérebro
da empatia e o masculino, o cérebro sistemático. Homem lida melhor
com sistemas, botões, equipamentos elétricos. Mulher domina a
empatia social e é considerada quase telepata, porque consegue
adivinhar, com frequência, o que o outro está pensando.
Drauzio – Essa habilidade feminina era atribuída a fatores
culturais. No passado, as meninas eram mais reprimidas. Passavam
o dia ouvindo que menina deve ficar quieta, prestar atenção, ser
cuidadosa. Como consequência, acabavam desenvolvendo um tipo
de habilidade diferente da dos meninos.
José Salomão Scwartzman – Não é essa a visão que se tem
hoje. Parece que se trata mesmo de uma característica biológica.
Antigamente, quando se dizia que menina gosta de brincar mais com
Deus é machista, por Escriba de Cristo
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bonecas e menino, com bolas e carrinhos, a explicação era que
eram esses os brinquedos que recebiam desde pequenos. Não é
verdade. Crianças bem pequenas demonstram claramente
preferência por determinado brinquedo mesmo diante de uma oferta
variada de objetos. Fazem isso por motivação interna. Isso ilustra
por que existem mais meninos interessados em videogame do que
meninas. Provavelmente, porque eles têm mais facilidade para
mexer no aparelho e conseguem pontuação maior. Vários estudos
mostram que, expostos ao mesmo número de horas de treinamento,
os rapazes obtêm melhores resultados do que as moças nesse tipo
de jogos desde o primeiro dia. A justificativa é o fato de o cérebro
masculino ser sistemático e mais hábil em termos espaciais do que o
cérebro feminino. (13)
MUSCULATURA
A mulher possui menor massa muscular, tanto absoluta
quanto relativa. Em termos relativos, a mulher não treinada
apresenta percentual de massa magra correspondente a 35,8%
enquanto que os homens apresentam 41,8%. Em termos absolutos,
a mulher apresenta 23kg de massa muscular, contra 35kg em
homens.
Em relação à composição das fibras musculares, não há
diferenças significativas entre os sexos. Já em relação à força, a
mulher apresenta menor força máxima devido à menor massa
muscular. Isto pode chegar a 80% da força máxima do homem,
dependendo do grupo muscular. (17)
SISTEMA NERVOSO CENTRAL
Ao defender a supremacia do governo do gênero masculino
na terra, não quero dizer que os homens são superiores em tudo,
lógico que não. As mulheres são melhores do que os homens em
Deus é machista, por Escriba de Cristo
96
muitas coisas como vassoura, fogão, ferro de passar, e mais cem mil
coisas que podem fazer de maneira que possa a ajudar a construir a
civilização sem rivalizar com os homens. Mulheres enfermeiras
ajudaram a tratar dos doentes das nossas civi lizações. Mulheres
educaram as crianças de nossas civilizações. Comemos o melhor
tempero da terra das mãos das mulheres. As feministas e os
machistas mundanos desprestigiam estas atividades femininas,
ridicularizando-as, como se fossem coisas inferiores. Jesus um dia
reuniu os discípulos e começou a lavar os pés deles, muitos deles
machistas mundanos consideraram aquilo um serviço sem
qualificação, sem prestígio, e coisa de gente de baixa posição social,
como os escravos da época. Jesus com toda a educação falou para
seus discípulos que quem quisesse ser o maior, servisse os outros.
Mulheres que servem seu marido, seus filhos e sua casa, estão
cumprindo sua missão cristã de servir, e no dia do acerto de contas,
aquelas que serviram os outros serão consideradas maiores no reino
de Deus. Mulher cristã, mulher convertida, mulher iluminada, não vai
ficar insatisfeita, infeliz por fazer suas tarefas domésticas, elas
enxergarão a glória de lavar uma privada. Nos últimos anos tenho
frequentado a Congregação Cristã no Brasil e uma das coisas que
mais gosto deste seguimento evangélico é o pietismo. É o único
lugar que conheço na Terra, aonde as pessoas vão a frente, ao
microfone, dá testemunho de sua alegria de servir os irmãos,
dizendo que já faz 7, ou 8 ou 10 anos que servem a igreja limpando
os banheiros...
Como machista bíblico creio que meninos e meninas devem
ser educados de forma diferentes em ambientes diferentes, os
hormônios não deixam muitos se concentrarem nas lições... A mente
dos homens e das mulheres tem tempos e “rotações” diferentes
como dizem os dois coautores deste livro, pelo tanto que os citei
nesta minha tese:
Drauzio – As meninas nascem com maturação do sistema
nervoso central superior ao homem, diferença que se mantém nos
Deus é machista, por Escriba de Cristo
97
primeiros anos de vida. Elas têm também maior habilidade verbal.
Tais características não justificariam que fossem matriculadas mais
cedo nas escolas?
José Salomão Schwartzman – Quando meninos e meninas
de seis, sete anos são colocados na mesma série e submetidos ao
mesmo tipo de exigência pedagógica, os resultados dos dois sexos
são distintos. As notas e o índice de aprovação são sempre
superiores nas meninas, não porque sejam necessariamente mais
inteligentes, mas porque são privilegiadas em áreas como a da
linguagem, que têm peso muito grande na atual proposta de ensino.
Por isso, até se fala na possibilidade de criar escolas separadas
para meninos e meninas, o que representaria um retrocesso do
ponto de vista social, mas o nível de exigência em sala de aula
deveria respeitar as características biológicas de cada sexo. Nos
países desenvolvidos, essa nova abordagem já começa ser foco de
atenção dos educadores e pedagogos. (13)
ESQUELETOS DIFERENTES
Deus é machista, por Escriba de Cristo
98
Criados por Deus para funções sociais diferentes, o
inteligentíssimo Deus desenhou o chassi (esqueleto) do corpo
humano com estruturas diferentes. Ricardo Munir Nahas, ortopedista
da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte nos dá uma pitada
de sabedoria nos revelando alguns pormenores que fazem diferença
nas atividades dos homens e das mulheres. Um exemplo notório é a
largura dos quadris feminino, projetado para o parto e com
capacidade de alargamento para passagem do filho gerado em suas
entranhas.
Em geral, os ossos e as superfícies articulares nas mulheres
são menores que nos homens. O comprimento das pernas
masculinas, por exemplo, representa 56% da altura, enquanto nas
mulheres essa relação é de cerca de 50%. Na comparação entre
adultos saudáveis dos dois sexos, verifica-se que as mulheres têm
ombros mais estreitos, quadris mais largos e tórax menor. No
cotovelo e no joelho, elas têm valgos, como é chamado o ângulo de
afastamento do antebraço e perna da linha média do corpo, maiores.
Nos quadris, o varos, nome que se dá à aproximação das coxas da
linha média do corpo feminino, é menor. Outra diferença: o centro de
gravidade nas mulheres é mais baixo que no homem. Isso ocorre
porque elas têm bacia mais larga e pernas mais curtas. Esse é um
dos fatores que proporciona às mulheres certas vantagens na
prática de algumas modalidades esportivas, como, por exemplo,
ginástica rítmica e desportiva.
DENSIDADE ÓSSEA
Os ossos dos homens são mais densos que os das
mulheres. Eles foram projetados por Deus para serviços mais
pesados, cultivo da terra, trabalho com ferramentas agrícolas,
carregar peso etc... Sabiamente Deus capacitou os homens assim,
mas as mulheres foram projetadas para serviços mais delicados e
consequentemente não precisariam de ossos que suportassem
impactos maiores. O problema é que após a menopausa as
Deus é machista, por Escriba de Cristo
99
mulheres ficam mais suscetíveis a uma doença chamada
osteoporose, isto é, perca de densidade de cálcio nos ossos. Para
trabalhar com pá e enxada, ossos densos e para trabalhar com
vassoura e esponja de lavar pratos: Ossos menos densos.
PUBERDADE
Deus criou macho e fêmea, não criou sexos intermediários
entre os humanos. O homossexualismo é um distúrbio da natureza.
Deus também preparou o homem para as responsabilidades sexuais
com idade mais avançada que a mulher, indicando que o homem
deve ser um pouco mais velho do que sua companheira. A mulher
amadurece mais cedo para a maternidade. Vamos esquecer estas
ideologias de gênero, de igualdade entre sexo. Homem não
menstrua nem engravida, e mulher não pode fecundar outra...
De uma maneira geral, a puberdade em meninas inicia-se
mais cedo do que nos meninos. Nas meninas, a partir dos 8 anos de
Deus é machista, por Escriba de Cristo
100
idade, já se observa o aparecimento das mamas; e por volta dos 12
anos, ocorre a primeira menstruação. Já nos meninos, o volume do
testículo começa a aumentar por volta dos 11 anos, os pelos
pubianos começam a surgir por volta dos 12 anos e os pelos na face
apenas aos 15 anos. (15)
FORÇA FÍSICA
Por uma série de sistemas o corpo masculino tem de ser
mais preparado para ter força física do que o corpo feminino, dois
destes sistemas são os glóbulos vermelhos no sangue que oxigena
melhor as células e a produção de hormônio testosterona que
aumenta a musculatura. Homens e mulheres não disputam lutas uns
contra os outros nos esportes porque o organismo masculino em
geral é mais forte do que os das mulheres. Se as mulheres
competissem no futebol, no vôlei, no basquete, em natação, em
boxe, em judô, em pula pula com uma perna só, em corrida de saco,
em campeonato de peteleco ou qualquer outra disputa física... não
daria certo, porque a constituição física dos homens é diferente da
constituição da mulher. Quem prega a igualdade entre gênero
querem modificar as leis de Deus escritas na natureza.
Homens e mulheres também apresentam diferenças quando
o assunto é desempenho em atividades físicas. No caso dos
exercícios aeróbicos, homens apresentam vantagens, pois possuem
um maior número de glóbulos vermelhos no sangue, os quais são
responsáveis pelo transporte de oxigênio necessário para a
respiração celular (processo de aquisição de energia pela célula). No
quesito força, o homem também apresenta vantagens em virtude da
produção maior de testosterona, que causa um aumento maior na
musculatura. (15)
CAPACIDADE CARDIOVASCULAR E RESPIRATÓRIA
Deus é machista, por Escriba de Cristo
101
A constituição física masculina é geneticamente determinada
por Deus, sendo impossível as mulheres superarem os homens
fisicamente, porque Deus criou o homem estruturalmente mais
robusto que a mulher. Isso não é humilhante para a mulher, não
estamos competindo com as mulheres, Deus nos quer nos
completando. Não caiámos na lógica diabólica dos movimentos
ideológicos de IGUALDADE DE GÊNERO.
A mulher apresenta condições cardiovasculares menores
que no homem, em termos absolutos ou relativos. O coração da
mulher é menor que o masculino. A quantidade de sangue total no
corpo na mulher (3,8 litros) são menores que o dos homens (5 litros).
Resultado: Em razão dessa menor quantidade de sangue, a mulher
necessita em exercício ajustar a necessidade de oxigênio por meio
do aumento da frequência cardíaca.
Em relação a funções respiratórias, na mulher, as vias
respiratórias são menores em tamanho e em peso, possuindo
valores menores relativos e absolutos. O consumo e utilização de
oxigênio na mulher também é menor, devido à menor quantidade de
massa muscular e a menor capilarização da musculatura feminina. A
produção de energia pelas vias oxidativas na mulher apresenta
número e tamanho menor de mitocôndrias. Resultado: menor
capacidade aeróbia. (17)
GORDURA
As mulheres apresentam uma maior quantidade de gordura
corporal quando comparadas aos homens. Essa maior quantidade
de gordura é normalmente associada ao fato de que a mulher gera o
bebê, necessitando, portanto, de uma fonte adicional de energia.
Deus é machista, por Escriba de Cristo
102
Deus é machista, por Escriba de Cristo
103
A SUPERIORIDADE FÍSICA DOS HOMENS
Matéria do Jornal FOLHA DE SÃO PAULO nos lembra como
predições sobre a superação física da mulher sobre os homens não
se confirmaram:
Em 1992, dois fisiologistas norte-americanos publicaram
uma pesquisa afirmando que as mulheres iriam superar os homens
em todas as provas do atletismo.
Sua conclusão se baseava no fato de que os recordes
femininos evoluíam com mais rapidez do que os masculinos. As
suas projeções indicavam que a primeira ultrapassagem ocorreria na
maratona. Em 1998, o melhor atleta de cada sexo deveria estar
fazendo os 42.196 m da prova em 2h01min59. A partir daí, os
homens ficariam para trás.
Vendo as marcas atuais (2h20min47 para as mulheres e
2h05min06 para os homens), essa previsão parece ridícula. Mas a
idéia de que as mulheres algum dia vão superar os homens no
atletismo durou até recentemente.
Uma pesquisa importante contra essa corrente saiu em maio
de 98. O fisiologista norueguês Stephen Seiler, do Agder College,
em Kristiansand, analisando as finais do atletismo em Campeonatos
Mundiais e Olimpíadas desde 52, chegou à conclusão de que a
diferença entre os sexos nas pistas não só não diminuiu como está
aumentando.
Ao contrário dos norte-americanos, que apenas colocaram
os recordes num gráfico e viram onde as linhas se cruzariam no
futuro, Seiler tomou várias precauções.
Para evitar o efeito provocado pelo aparecimento ocasional
de uma marca extraordinária, ele usou a média dos tempos dos seis
primeiros colocados, em vez de usar só o tempo do vencedor.
Deus é machista, por Escriba de Cristo
104
Foram feitas correções nos tempos devido à altitude e
velocidade do vento no local da prova e descartadas as competições
fortemente influenciadas por eventos extra-esportivos, como uma
chuva torrencial ou um boicote político.
Segundo Seiler, a diferença entre o seu estudo e o de 1992
deve-se à chuva de recordes nas provas femininas na década de 80.
Velocistas delgadas, como Evelyn Ashford, deram lugar a mulheres
supermusculosas, como Florence Griffith-Joyner e Gwen Torrence.
"Esses recordes se devem muito ao aumento no consumo
de esteróides anabólicos. Com a redução nos últimos anos, as
marcas pioraram", escreveu Seiler. Segundo ele, nesta década, as
mulheres só conseguiram evoluir em relação aos homens na
maratona.
A comparação da fisiologia dos dois sexos indica que a
desvantagem das mulheres nas corridas e saltos continuará a existir
nas próximas décadas. Quando comparados um homem e uma
mulher com o mesmo peso e altura, na média as mulheres possuem
coração menor, menos massa muscular, mais gordura corporal e
menos hemoglobinas (as células sanguíneas que transportam o
oxigênio).
Todos esses fatores interferem na produção de energia pelo
corpo, seja nos processos aeróbicos (que uti lizam a respiração), seja
nos processos anaeróbicos (que não dependem dela).
A diferença é tanto maior a favor dos homens quanto mais
explosão muscular é exigida pela prova. O fisiologista Renato Lotufo,
da Universidade Federal Paulista, indica outro ponto contra as
mulheres: devido à forma da bacia, a posição das pernas das
mulheres é menos adaptada à corrida e ao salto do que a das
pernas masculinas. É só nas provas de resistência, como a
maratona, que suas marcas se aproximam mais das masculinas.
Deus é machista, por Escriba de Cristo
105
Há outros fatores que podem diferenciar o desempenho de
um atleta, como capacidade de concentração e velocidade de
transmissão de impulsos nervosos, mas a ciência não encontrou em
nenhum deles uma vantagem feminina capaz de contrabalançar
suas desvantagens genéticas.
Para o médico Turíbio Leite de Barros, um dos pioneiros da
fisiologia esportiva no Brasil, a explicação é outra: ""Como os
homens começaram a competir muito antes do que as mulheres, por
um certo tempo os recordes nas provas femininas eram quebrados
com maior frequência. Como era previsível, isso acabou". (MD) (18)
Esqueçamos a competição entre os sexos. Os homens têm
características peculiares que os diferem das mulheres e vice-versa.
O criador os fez assim, isso não é um processo de evolução
genética, mas determinação genética pelo ATO da criação. Quando
o Criador os fez assim, já embutiu em cada gênero tendências para
funções sociais. Meninas brincam com boneca, porque os hormônios
femininos despertam-na para a maternidade, meninos brincam com
carrinhos porque os hormônios os instigam para obras de
construção da civilização. Toda luta de igualdade de gênero é vã.
Nem a engenharia genética será capaz de modificar os sexos. Cada
um seguirá o programa determinado por Deus. Satanás, por meios
de grupos ideológicos e deformados moralmente tentam combater a
força da natureza. Isto nunca vai dar certo. Homem é homem,
mulher é mulher, não existe terceira opção no plano divino nem na
natureza. Homossexualismo é mutação deletéria do caráter humano,
e mulheres nunca ocuparão o espaço social dos homens, não
porque os machistas não querem, nem porque a religião irá se opor
violentamente. Simplesmente porque as mulheres vão continuar
sentindo vontade de serem mulheres e viverem como mulheres,
desempenhando papel de mulheres, gerando filhos e cuidando do
marido, dos filhos e da casa, fora disso é só propaganda de massa
tentando destruir o plano de Deus.
Deus é machista, por Escriba de Cristo
106
TERCEIRA PARTE
PANORAMA HISTÓRICO
Em sua definição de machismo a Wikiquote trás uma
coletânea de citações livre que transcrevo algumas. Não
necessariamente concordo com tais posicionamentos, acho que
mesmos os cristãos foram excessivamente duros com as mulheres,
mas reconheço que acima de tudo o liberalismo tem ultrapassado
todas as medidas. Também devemos considerar que não foi
somente a religião que tinha conceito machistas na história, as
culturas antigas, mesmo sem cunho religioso como os filósofos
Deus é machista, por Escriba de Cristo
107
gregos também viam na natureza feminina razões para que as
mesmas fossem submissas .
“Machismo é o conceito que baseia-se na supervalorização
das características físicas e culturais associadas com o sexo
masculino, em detrimento daquelas associadas ao sexo feminino,
pela crença de que homens são superiores às mulheres.
1 Livros sagrados
1.1 Alcorão
1.2 Bíblia
1.3 Leis de Manu
2 Santos
3 Filósofos
4 Outras citações
Livros sagrados
Alcorão
"Os homens são superiores às mulheres porque Alá
outorgou-lhes a primazia sobre elas. Portanto, dai aos varões o
dobro do que dai às mulheres. Os maridos que sofrerem
desobediência de suas mulheres podem castigá-las; deixá-las sós
em seus leitos, e até bater nelas. Não se legou ao homem maior
calamidade que a mulher."
- Alcorão, livro sagrado dos muçulmanos, escrito por Maomé
no século VI.
Bíblia
Deus é machista, por Escriba de Cristo
108
"A mulher aprenda em si lêncio, com toda a sujeição. Não
permito, porém, que a mulher ensine, nem use de autoridade sobre
o marido, mas que esteja em silêncio. Porque primeiro foi formado
Adão, depois Eva. E Adão não foi enganado, mas a mulher, sendo
enganada, caiu em transgressão. Salvar-se-á, porém, dando à luz
filhos, se permanecer com modéstia na fé, no amor e na
santificação." - Timóteo (2:9-15).
“As mulheres estejam caladas nas igrejas; porque lhes não é
permitido falar; mas estejam submissas como também ordena a lei.
E se querem ser instruídas sobre algum ponto, interroguem em casa
os seus maridos, porque é vergonhoso para uma mulher o falar na
igreja” - 1 Coríntios 14:34-35.
“As mulheres sejam submissas a seus maridos como ao
Senhor, porque o marido é cabeça da mulher como Cristo é cabeça
da Igreja, seu corpo, do qual ele é o Salvador. Ora, assim como a
Igreja está sujeita a Cristo, assim o estejam também as mulheres a
seus maridos em tudo” - Efésios 5:22-24.
Leis de Manu
“Mesmo que a conduta do marido seja censurável, mesmo
que este se dê a outros amores, a mulher virtuosa deve reverenciá-
lo como a um deus. Durante a infância, uma mulher deve depender
de seu pai, ao se casar de seu marido, se este morrer, de seus filhos
e se não os tiver, de seu soberano. Uma mulher nunca deve
governar a si própria”
- Livro Sagrado da Índia.
Santos
“Ora, uma serva ou uma escrava nunca tem muitos
senhores, mas um senhor tem muitas escravas. Assim, nunca
ouvimos dizer que mulheres santas tivessem servido a vários
maridos e sim que muitas serviram a um só marido... Isso não é
Deus é machista, por Escriba de Cristo
109
contraditório à natureza do casamento” - Santo Agostinho, De bono
conjugali 17, 20.
“Mulheres não deveriam ser educadas ou ensinadas de
nenhum modo. Deveriam, na verdade, ser segregadas já que são
causa de horrendas e involuntárias ereções em santos homens” -
Santo Agostinho.
“A exata consciência de sua própria natureza deve evocar
sentimentos de vergonha” - Sobre as mulheres, São Clemente,
Paedagogus II, 33, 2.
Filósofos
"A mulher deve adorar o homem como a um deus. Toda
manhã, por nove vezes consecutivas, deve ajoelhar-se aos pés do
marido e, de braços cruzados, perguntar-lhe: Senhor, que desejais
que eu faça?" - Zaratustra, filósofo persa, século VII a.C.
"A mulher é o que há de mais corrupto e corruptível no
mundo." - Confúcio, filósofo chinês, século V a.C.
Deus é machista, por Escriba de Cristo
110
"A natureza da mulher é inferior a do homem na sua
capacidade para a virtude." - Platão, fi lósofo grego, 428-347 a.C., As
Leis
"A natureza só faz mulheres quando não pode fazer homens.
A mulher é, portanto, um homem inferior." - Aristóteles, filósofo grego,
384-322 a.C.
"No que respeita aos animais, o macho é por natureza
superior e dominador e a fêmea inferior e dominada. E o mesmo
deve necessariamente aplicar-se ao mundo humano." - Aristóteles,
filósofo grego, 384-322 a.C.
"As qualidades que fazem apelo a uma mulher são os sinais
de uma sexualidade desenvolvida; aquelas que lhe causam repulsa
são as qualidades da mente superior. A mulher é essencialmente
uma adoradora do falo."- (The qualities that appeal to a woman are
the signs of developed sexuality; those that repel her are the qualities
of the higher mind. Woman is essentially a phallus worshipper - Otto
Weininger em: Sex and Character, página 250, editora Рипол
Классик, ISBN 5878548429, 9785878548427).
"Uma figura feminina absolutamente nua deixa uma
impressão de algo deficiente, uma coisa incompleta que é
incompatível com a beleza." – (an absolute nude female figure in the
life leaves an impression of something wanting, an incompleteness,
which is incompatible with beauty. - Otto Weininger em: Sex and
Character - página 241, editora Рипол Классик, ISBN 5878548429,
9785878548427).
"Nenhum homem que pense realmente de modo profundo
sobre as mulheres tem uma elevada opinião sobre elas; os homens
ou desprezam as mulheres ou nunca pensaram seriamente sobre
elas." – Otto Weininger em: Sex and Character (1903)
Outras citações
Deus é machista, por Escriba de Cristo
111
"O homem, mas não a mulher, é feito à imagem de Deus.
Daí resulta claramente que as mulheres devem estar submetidas a
seus maridos e devem ser como escravas." - Graciano, especialista
em direito canônico, século XII.
"Inimiga da paz, fonte de inquietação, causa de brigas que
destroem toda a tranquilidade, a mulher é o próprio diabo." -
Petrarca, poeta italiano do Renascimento, século XIV.
Deus é machista, por Escriba de Cristo
112
"Quando um homem for repreendido em público por uma
mulher, cabe-lhe o direito de derrubá-la com um soco, desferir-lhe
um pontapé e quebrar-lhe o nariz para que assim, desfigurada, não
se deixe ver, envergonhada de sua face. E é bem merecido, por
dirigir-se ao homem com maldade de linguajar ousado."- (Le
Ménagier de Paris, Tratado de conduta moral e costumes da França,
século XIV).
"A mulher é mais carnal que o homem; vemos isto por suas
múltiplas torpezas... Existe um defeito na formação da primeira
mulher, pois ela foi feita de uma costela curva, torta, colocada em
oposição ao homem. Ela é, assim, um ser vivo imperfeito, sempre
enganador." - Jacques Sprenger, inquisidor dominicano, século XV.
"Porque o que o homem tem externamente a mulher o tem
internamente, tanto por sua natureza, quanto por sua imbecilidade,
que não pode expelir e por para fora estas partes. Os orgãos
sexuais femininos tornam as mulheres disformes e vergonhosas
quando nuas." - Ambroise Paré, médico e cientista, século XVI.
"A mulher pode ser educada, mas sua mente não é
adequada às ciências mais elevadas, à filosofia e algumas das
artes." - Werke - Volume 8 - Página 225, Georg Wilhelm Friedrich
Hegel - Duncker und Humblot, 1840.
"A mulher só é fiel à moda." - Justino Martins citado em
"Sem papas na língua: memórias" - Página 138, Beatriz Costa -
Civilização Brasileira, 1974, 4a. ed. - 301 páginas.
"Sei que às mulheres dói ouvir isto mas, quando se casam,
estão a aceitar a liderança de um homem, seu marido. Cristo é a
cabeça do lar e o homem é a cabeça da mulher. Isto é como define
a Biblia." – (Pat Robertson, no programa televisivo "The 700 Club",
em 08/01/1982, como citado em: Getting Better: Television & Moral
Progress - página 270, Henry J. Perkinson, Transaction Publishers,
1991, ISBN 1412824575, 9781412824576, 326 páginas).
Deus é machista, por Escriba de Cristo
113
“Quero fazer uma propaganda bacana. Nada de biquíni.
Acho isso machismo. As mulheres também bebem cerveja e a gente
tem que falar com elas também” - Daniella Cicarelli sobre as
propagandas de cerveja. - Fonte: Terra. Data: 2 de outubro de 2003.
(Entendeu???)
“Mas, em carros de F1 eu não vejo isso (sucesso feminino)
acontecendo. Por causa da grande Força G que existe nas curvas
rápidas…Além disso, durante uma semana por mês você não vai
ficar querer ficar perto delas num autódromo. Ou vai? Uma garota
com peitos grandes nunca ficará confortável dentro do carro. E os
mecânicos não irão se concentrar. Você consegue imaginá-los
apertando o cinto de segurança dela” - Jenson Button ao ser
questionado sobre o sucesso de mulheres em categorias de base e
a possibilidade de haver mulheres na Fórmula 1. - Fonte: UOL
Esportes, data 26 de outubro de 2005.
"Não suporto meninos. Gosto de homens, porque eles já
viveram e respeitam suas mães. É difícil encontrar um que não seja
machista." - Michelle Rodriguez; Latina Magazine, Abril de 2009.
HISTÓRIA DA SUPREMACIA MASCULINA
Deus fez as mulheres como ajudadoras dos homens e Deus
viu que isto era bom, mas como a mulher se tornou o canal para a
natureza humana ser corrompida, ela foi estigmatizada com
maldições específicas. Todavia devemos nos ater ao que a Bíblia diz
sobre o machismo do ponto de vista de Deus. Não podemos ir para
o extremo daqueles machistas que odeiam as mulheres. Nem
Deus é machista, por Escriba de Cristo
114
podemos responsabiliza-las por todas as atrocidades e penúrias que
a humanidade sofre. Logo depois da queda de Adão e Eva, no
primeiro encontro com Deus, Adão tentou justificar seu pecado
acusando Deus de ter dado a mulher para ele, colocando a culpa do
seu pecado em Deus e em Eva.
Mesmo defendendo o machismo bíblico e divino, tenho que
repudiar os machistas exacerbados. Uma das consequências do
pecado na natureza humano esta evidenciado desde o primeiro
momento após a queda. Adão culpou a mulher pelo seu fracasso.
Até hoje muitos homens colocam nas mulheres culpa de sua
desgraça. Cada um assuma suas responsabilidades. Demonizar as
mulheres também não é uma postura compatível com o pensamento
de Deus.
MESOPOTÂMIA
Em suas pesquisas, as historiadoras Brigitte Lion e Cécile
Michel, recorreram principalmente as disposições expressas pelo
código de Hamurabi, que foi escrito em aproximadamente em 1700
a.C. De modo geral, o casamento nas sociedades mesopotâmicas
era estabelecido através das definições das famílias dos cônjuges; a
mulher não possuía autonomia para escolher o noivo. Em sua
maioria, o ato era feito apenas oralmente, pois não era comum a
elaboração de contrato escrito para consolidar o casamento. Em
alguns escritos, foi possível localizar informações sobre a
possibilidade de não apenas o pai definir a escolha do pretendente
da jovem, mas também, seu irmão mais velho, em situações em que
o pai da noiva fosse falecido.
Todavia, as autoras ressaltam a descoberta de manuscritos
em que as jovens mulheres informaram aos seus familiares o
consentimento para a realização do casamento. Isto é, a noiva
participou da decisão quanto à escolha do noivo e optou por aqueles
Deus é machista, por Escriba de Cristo
115
que as agradaram. De igual maneira, alguns textos indicam que
muitas viúvas puderam escolher seus futuros maridos. Estes dados
são importantes, pois nos remete a refletir sobre ter havido casos em
que a noiva participou diretamente da constituição do seu enlace
matrimonial e nem sempre estiveram submissas na condução de
suas vidas. Neste sentido, é preciso reforçar a necessidade de nos
atentarmos para as particularidades do estudo das sociedades
mesopotâmicas. Todavia, de modo geral, a realização do casamento
tinha como objetivo central aspectos econômicos, em outras
palavras, havia troca de dotes entre as famílias que negociavam o
casamento com vistas a manutenção do seu status.
A família da jovem lhe concede seu dote (nudunnûm ou
nidintum nos contratos paleobabilônicos, sheriktum no código de
Hammu-rabi, mulûgu em médio-babilônico). Em teoria, este dote é
propriedade da mulher, destinado a ser transmitido posteriormente
aos seus fi lhos. O homem, por seu lado, entrega à família da esposa
um contradom (shîmum em páleoassírio, terhatum em babilônico,
wadurannu, termo hurrita, utilizado em Alalah) de um montante total
inferior ao do dote e entregue antes deste. (LION; MICHEL, 2005
p.05.)
Após a promessa de comprometimento das famílias dos
noivos para a realização do enlace matrimonial, os jovens eram
cercados de cuidados. Segundo o código de Hamurabi, o
rompimento do acordo por parte de uma das famílias, resultava em
punição financeira. Mas, em alguns casos a punição poderia ser
mais severa. O homem que deflorasse uma mulher comprometida,
por exemplo, poderia ser punido com a morte.
A cerimônia do casamento não era feita com pompa. Após o
acordo oral era feita uma cerimônia na residência do futuro marido, e
Deus é machista, por Escriba de Cristo
116
durante uma festa havia a troca de presentes entre os noivos. Havia
costumes nos casamentos das mulheres sírias em que a noiva
utilizasse um véu. O véu tinha a função de indicar a pureza da
mulher. Porém, a origem do uso desse acessório foi um pouco
controversa:
Os primeiros exemplos assírios do uso do véu pela mulher
casada remontam aos arquivos dos mercadores de Assur. Uma
jovem, propagando maledicências e, possivelmente, entregue à sua
Deus é machista, por Escriba de Cristo
117
própria sorte, é conduzida a seu tio, que a repreende e decide casá-
la com um de seus colaboradores: “Estou esperando Lalîya. Quando
Lalîya chegar, eu colocarei o véu sobre a cabeça da jovem; depois,
continuarei minha viagem”. Este ato, que simboliza o ingresso da
jovem na família de seu marido, é atestado igualmente nos arquivos
reais de Mari, no século XVIII a.C., no caso de rainhas. As leis
médio-assírias, no fim do 2º milênio, confirmam que as mulheres
casadas usavam um véu fora da casa, mas, nesta época, a prática
estendeu-se às filhas de boa família. (LION; MICHEL, 2005 p.06.)
Por meio do fragmento exposto, vemos que, muito embora o
uso do véu tenha representado a pureza da noiva, sendo por isso
frequentemente utilizado por mulheres consideradas de ‘boa família’,
esta ação não era reconhecida e aceita quanto realizada por
mulheres de outras classes sociais. As prostitutas eram tratadas
com crueldade quando fossem identificadas com o uso do véu. Da
mesma maneira, havia tenacidade quanto à punição das mulheres
escravas, pois estas eram acusadas de tentarem usurpar o posto
das mulheres livres, por isso recebiam a mesma punição:
Aquele que vê uma as prostituta com véu, deverá detê-la.
Ele constituirá testemunhas e a levará à entrada do palácio. Suas
joias não serão tomadas, mas aquele que a deteve levará suas
vestes. Ela receberá 50 golpes de bastão e sua face será coberta
por piche. (…)“As escravas não usarão véu e aquele que vir uma
escrava com véu deverá detê-la. Ele a levará à entrada do palácio.
Suas orelhas serão cortadas e aquele que a deteve levará suas
vestes.” (LION; MICHEL, 2005 p.06.)
Ainda em relação ao uso do véu, Lion e Michel fazem uma
consideração importante. Isto é, farta parcela das pinturas e imagens
de mulheres que viveram na Antiga Mesopotâmia não apresenta o
véu em sua composição. Este fator leva as pesquisadoras
concluírem que
Deus é machista, por Escriba de Cristo
118
o véu pode não ter tido um simbolismo tão significativo para
a sociedade, muito embora, a lei apresentasse definições sobre qual
medida tomar em caso de mulheres transgredirem quanto ao seu
uso.
Em relação a prática do celibato, este aspecto é pouco
referendado pelos manuscritos e leis identificadas. Podemos afirmar
que o celibato era frequentemente recomendado aos membros da
realeza. Mas, foram encontrados vários relatos de mulheres que não
eram celibatárias que, além de não terem sido punidas por suas
famílias, foram aceitas e, posteriormente, se casaram. Ainda, em
relação ao casamento, os textos antigos informam que na maioria
dos casos este deveria ser monogâmico. Todavia, existiam alguns
casos excepcionais em que era permitido ao homem possuir mais de
uma mulher. Dentre esses, podemos fazer menção às suspeitas de
esterilidade, haja vista que, nestas sociedades a suspeita recaia na
maior parte dos casos, como responsabilidade e culpa da mulher.
Assim, o homem tinha permissão para ter uma segunda
companheira, quando, após um longo período de casados, a esposa
não tenha apresentado a ocorrência de nenhuma gravidez. Em
Deus é machista, por Escriba de Cristo
119
outros casos, quando a mulher casada decidia ter uma vida
dedicada a religiosidade, ao homem era permitido contrair segundo
matrimônio. No entanto, nesse modelo familiar o homem deveria
conviver com uma mulher de cada vez.
Os mercadores assírios de Kanesh praticam uma
monogamia relativa:
Ausentes do domicílio conjugal durante longos períodos,
deixam em Assur a esposa principal, ashshatum. Eles não podem
tomar uma outra mulher da mesma categoria, sob pena de sanção
financeira. Em contrapartida, eles se permitem ter, na Anatólia, uma
segunda esposa, amtum. (…) Na Babilônia, como em Assur, a
legislação proíbe multiplicar as esposas secundárias. O código de
Hammu-rabi (§ 144) prevê que um homem, que teve filhos com uma
segunda esposa, não tem o direito de tomar uma terceira. Do
mesmo modo, na ocasião do casamento com uma esposa
secundária, um contrato assírio estipula que esta deve acompanhar
seu marido em todos os seus deslocamentos na Anatólia e que ele
não está autorizado a se casar novamente em uma outra localidade
da Ásia Menor: “Quanto a Assurmalik, ele não desposará uma outra
mulher nas localidades de Burushatum, Washushana, Durhumid ou
Kanesh; ele levará sua mulher em todos os lugares para onde quiser
(ir)”. Em resumo, um mercador não pode ter uma mulher em cada
entreposto comercial! (LION; MICHEL, 2005 p.08-09.)
Apesar terem ocorrido alguns casos excepcionais que
possibilitaram ao homem formar dois núcleos familiares, a família da
segunda esposa recebia um tratamento inferior quando comparado a
da primeira esposa. Em caso de morte do marido, seus bens eram
direcionados apenas a primeira esposa. Ademais, como podemos
examinar através do fragmento anterior, não era permitido ao
homem possuir mais de duas esposas e, não encontramos
ocorrências de mulheres que puderem contrair mais de um
casamento.
Deus é machista, por Escriba de Cristo
120
Em linhas gerais o casamento para a sociedade na
Mesopotâmia era tido como núcleo principal da sociedade, a base
da estrutura social. Dessa forma, os soberanos criaram leis severas
no intuito de preservar a estrutura organizacional dos seus povos.
Assim, em várias sociedades cláusulas foram criadas com a
finalidade de preservar o casamento e punir os transgressores. De
acordo com as nossas leituras podemos concluir que a mulher
detinha maior peso quanto aos delitos no casamento e maior
responsabilidade para estabilidade familiar. A ela pairava a
necessidade ter filhos para dar continuidade a família e, em caso de
não tê-los o marido poderia solicitar a permissão para ter uma
segunda esposa. O adultério praticado pela mulher era considerado
como altamente grave, pois a mulher, ao contrário do homem,
poderia gerar filhos de uma relação fora do casamento. Em virtude
desse aspecto, as punições a eram geralmente mais severas. De
acordo com o código de Hamurabi, tanto a mulher quanto o amante
deveriam sofrer as mesmas punições.
Considerados ambos como igualmente culpados, a mulher
adúltera e seu amante sofrem o mesmo destino: seja a morte, seja a
liberação, como estipula o código de Hamurabi: “Se a esposa de um
homem foi surpreendida dormindo com um outro homem, eles os
amarrarão e jogarão na água. Se o marido da esposa deixar que sua
esposa viva, então, o rei deixará seu servidor viver” (§ 129). As leis
assírias, além da graça ou da morte dos dois parceiros, vislumbram
uma terceira possibilidade: as mutilações que punem os culpados
onde eles cometeram a falta, impedindo-os de reincidir. (LION;
MICHEL, 2005, p.10)
No que se refere a prática do divórcio, na maioria das
sociedades havia igualdade entre homens e mulheres, pois a ambos
era permitido a realização deste rito. A solicitação do divórcio era
Deus é machista, por Escriba de Cristo
121
feita de maneira simbólica, verbalmente: “tu não és mais minha
esposa” ou “tu não és mais meu marido”. Na sociedade de Nuzi
havia outro tipo de gesto simbólico, que consistia no ato de cortar a
franja do vestido da mulher e proferir a frase: “tu não és minha
esposa”.
No sul da Mesopotâmia, ao contrário, uma mulher que pede
o divórcio pode preservar sua vida. De acordo com a documentação
paleoassíria, a mulher casada pode, assim como seu marido, iniciar
o procedimento de separação, sendo que as compensações devidas
são de montante idêntico para o homem e a mulher. (LION; MICHEL,
2005, p.11)
No entanto, de acordo com o código de Hamurabi, em caso
da mulher solicitar o divórcio e for comprovado que, ela não detinha
comportamento adequado, ela era severamente punida com a morte
ou afogamento. Ainda, de acordo com o código de Hamurabi, o
Deus é machista, por Escriba de Cristo
122
processo do divórcio era complexo. Eram realizadas investigações
para comprovar se as denúncias dos cônjuges eram verídicas.
Apenas os homens poderiam formalizar o pedido de divórcio, e, ao
analisarmos os textos das leis do código de Hamurabi podemos
concluir que o processo geralmente era mais embaraçoso para a
mulher:
O código de Hammu-rabi não prevê que uma mulher possa
pedir o divórcio, mas que, tendo desenvolvido uma aversão por seu
marido, ela se recuse a ter relações sexuais com ele ; neste caso,
uma investigação sobre o comportamento dos esposos é realizada
em seu quarteirão: se a má conduta do marido é notória, a mulher é
autorizada a voltar para a casa de seu pai com seu dote (§ 142). Se
é constatado, ao contrário, que a mulher “não se comporta bem, sai
(de casa), dilapida sua casa, desonra seu marido”, ela será
condenada à morte por afogamento. (LION; MICHEL, 2005, p.12)
As leis também fazem menção às medidas a serem
adotadas em caso de viuvez da mulher. Em alguns testamentos
provenientes das localidades de Nuzi e Emar dão mostras de que
muitos maridos se preocuparam com o futuro das suas esposas em
caso de viuvez. Nesses testamentos, além de deixarem toda a renda
da família aos cuidados da mulher, também havia formalização para
que a mulher pudesse contrair um novo matrimônio. Em muitas
sociedades, quando o progenitor morresse, os filhos herdavam a sua
renda, sendo responsáveis pela manutenção e administração. No
entanto, mulheres de origem abastada tiveram maiores
possibilidades de gerirem suas vidas após o falecimento do marido.
A viúva goza de uma grande autoridade, seu estatuto é
protegido pela lei e por vezes, assume a posição de chefe de família.
O código de Hammurabi (§§ 171 e 172) e as leis assírias (§ 46)
permitem que ela permaneça na casa de seu esposo. Seus meios
de subsistência são assegurados por uma meação, pela participação
Deus é machista, por Escriba de Cristo
123
na herança ou, ainda, por seus filhos, que têm o dever de sustentá -
la. Em vários testamentos, encontrados em Emar ou Ekalte, os
homens constituem suas esposas “pai e mãe” de seus filhos,
outorgando-lhes, após sua morte, a totalidade da autoridade parental.
Muitas destas mulheres viúvas, que tiveram a oportunidade
de conduzirem suas vidas e escolherem seus destinos após a morte
de seus cônjuges, deixaram relatos que dão mostras da sua rotina.
Nesses relatos, pesquisadores puderam comprovar que muitas
viúvas foram responsáveis pela administração de suas propriedades
e pelas decisões familiares.
Por meio das análises aqui apresentadas, podemos concluir
que a sociedade da Mesopotâmia era estruturada majoritariamente
por uma estrutura patriarcal, no qual, a manutenção do seio familiar
era fortemente valorizada. Regras com a finalidade de ordenar a
constituição das famílias foram elaboradas a fim de prover a
preservação dos costumes e tradições da sociedade. Novamente, ao
analisar o papel e lugar da mulher na sociedade da Antiga
Mesopotâmia é preciso fazer algumas ponderações. Quando
avaliamos o papel da mulher no Antigo Egito verificamos que
comparadas com outras sociedades da Antiguidade vivenciou uma
relação de maior igualdade quando comparada aos homens. Tal
situação, não foi vislumbrada por nós quando abordamos a mulher
na Mesopotâmia, em que a figura feminina está associada à vida
doméstica com seu papel voltado para o cuidado com a família. A
manutenção do elo familiar era considerada como perpetuação das
sociedades, por isso, as mulheres eram
Não obstante, é preciso reforçar a noção de complexidade
das várias cidades-estados existentes e, a variação da maneira pela
qual as regras impostas regulavam de modo distinto a vida da
Deus é machista, por Escriba de Cristo
124
mulher. O código de leis de Hamurabi, por exemplo, estipulavam
severas penalidades as mulheres que cometiam transgressões. No
entanto, as mulheres assírias gozavam de maior igualdade em suas
relações conjugais. O que queremos refletir com essas afirmações?
Desejamos retomar a nossa concepção inicial de que o papel da
mulher na Mesopotâmia variou de acordo com o tipo de sociedade e
região no qual ela estava inserida. Por isso, encontramos
informações que indicam que as mulheres de algumas localidades
detinham vidas mais igualitárias e, em outras regiões, havia maior
rigidez na condução dos seus costumes. Por isso, os pesquisadores
contemporâneos reforçam sobre a necessidade de considerar a
complexidade dessas sociedades que, não foram organizadas de
modo heterogêneo. Assim, esperamos, por meio deste texto, ter
elucidado alguns aspectos fundamentais sobre a vida da mulher
Mesopotâmica, no tocante as suas relações matrimoniais. (5)
As feministas dos nossos dias fazem alardes dizendo o
quanto as mulheres sofreram por milênios a opressão pelos homens
e que agora elas devem se emancipar do poder masculino. Vemos
que estes argumentos são um tanto falsos e exagerados. A
emancipação do século XX e XXI tem custado muito caro as
mulheres. Por causa de sua licenciosidade sexual, milhares de
mulheres morrem assassinadas pelos seus ex-companheiros. Coisa
que não víamos na história antiga tão exacerbadamente. Quando
uma mulher era condenada a morte por adultério, havia um processo
leal. Hoje as mulheres estão sendo mortas sem o devido processo
legal que prove que havia razões para ela morrer. A libertinagem do
sexo feminino fez recrudescer o pior que existe no machismo. A
obstinação de matar por ciúmes.
10 MULHERES QUE GOVERNARAM NAÇÕES
Deus é machista, por Escriba de Cristo
125
A humanidade esta sobre a face da terra a seis mil anos do
ponto de vista histórico, sem macaquices evolucionistas. O homem
surgiu na mesopotâmia conforme TODOS OS REGISTROS
HISTÓRICOS, ossinhos e suposições deixemos para os
evolucionistas especularem... Bom, em tanto tempo de história só
temos poucas mulheres que governaram nações do mundo. Em
síntese, não é da natureza da mulher lidar com questões políticas e
não é do seu espírito a natureza territorial como acontece com os
machos em diversas espécies, inclusive a espécie humana. Se as
mulheres realmente ambicionassem o poder temporal, com certeza
muitas delas teriam se esforçado para reinarem ou governarem, mas
a história mostra que as mulheres preferiam mais a fama e as
benesses do status social de rainha, do que ter lidar com questões
políticas e de guerras. Não foram os machistas que impediram as
mulheres de reinarem, simplesmente as mulheres não quisseram se
envolver em política. Quando se envolvem, nem sempre sua
natureza se adapta a função social... Vejamos as 10 mais da
história...
Maria Stuart
País que governou – Escócia
Período – 1542-1567
Deus é machista, por Escriba de Cristo
126
Essa teve de brigar muito para se manter no poder.
Entronada com apenas uma semana de idade, casou-se com
Francisco II e reinou na França ao seu lado. Quando ele morreu, ela
levou a culpa e fugiu para a Escócia. Assumiu o país e passou a
lutar contra a prima, Elizabeth I, rainha da Inglaterra. Casou-se mais
duas vezes (a segunda, com o suposto assassino do marido
anterior). Perseguida pela nobreza, foi presa e fugiu de novo – para
a Inglaterra, onde foi condenada à morte. (19)
Margaret Thatcher
País que governou – Reino Unido
Período – 1979-1990
Deus é machista, por Escriba de Cristo
127
Foi a única a se tornar primeira-ministra no país. Apelidada
de “Dama de Ferro” e adepta de medidas drásticas, tentou combater
a inflação com menos intervenção do Estado na economia – mas,
quanto mais ela endurecia, maior ficava a crise. Em três anos de
governo, o desemprego triplicou e bancos quebraram. Suportou
ainda a Guerra das Malvinas, em 1982, e um ataque terrorista em
1984. (19)
Cleopatra
País que governou – Egito
Período – 51 a.C.-30 a.C.
Deus é machista, por Escriba de Cristo
128
Sua suposta beleza é pura invenção, mas a capacidade de
seduzir, não. A rainha do Nilo aprendeu cedo a dividir a cama (e o
trono) com quem lhe garantisse poder – inclusive o próprio irmão.
Chegou a se mudar para Roma para viver com Júlio César e, depois
que ele foi assassinado, envolveu-se com Marco Antônio, outro líder
romano. Matou-se com uma picada de víbora aos 39 anos, quando
percebeu que não seria capaz de seduzir Otávio, o próximo que
poderia lhe ajudar a defender o Egito do total controle romano
Catarina de Medici
Governou – Florença, na Itália, e França
Período – 1547-1559
Deus é machista, por Escriba de Cristo
129
Filha do duque Lorenzo de Médici e sobrinha do papa
Clemente VI, casou-se com Henrique II, que levou o trono francês
após a morte do irmão. Até falecer, em 1589, Catarina regeu à
sombra dos filhos, enquanto eles não completavam a maioridade.
Foi tempo suficiente para causar vários conflitos religiosos – entre
eles, o histórico massacre da noite de São Bartolomeu, em 1572.
Wu Zetian
País que governou – China
Período – 625-705
Deus é machista, por Escriba de Cristo
130
A única mulher a se tornar imperatriz na China nasceu em
berço aristocrático, mas teve de se virar para chegar ao topo. Aos 13
anos, tornou-se concubina do imperador Taizong e, depois,
envolveu-se com o filho dele, Gaozong. Há quem diga que, após a
morte de Gaozong, ela teria matado os próprios filhos, herdeiros
legítimos do trono, para chegar ao poder. Uma vez no comando, as
intrigas foram trocadas por uma política de abertura: escolheu
intelectuais como conselheiros, incentivou a agricultura, reduziu
taxas e diminuiu o exército
Ana Bolena
País que governou – Inglaterra
Período – 1533-1536
Deus é machista, por Escriba de Cristo
131
A amante do rei Henrique VIII teve uma passagem curta pela
monarquia inglesa, mas balançou as estruturas. Disposto a tudo
para ficar com ela, com uma canetada só Henrique “inventou” uma
nova igreja (a anglicana, que permitia o divórcio) e causou a cisão
definitiva entre a Inglaterra, o papa e o resto da Europa. Ana reinaria
por apenas mil dias e terminaria presa na Torre de Londres, acusada
de traição e adultério. (19)
Catarina, a Grande
País que governou – Rússia
Período – 1762-1796
Deus é machista, por Escriba de Cristo
132
Encantado com a Prússia (hoje Alemanha), o czar Pedro III
foi passar uma temporada por lá, meros seis meses após ser
coroado. Bobeou: acabou sofrendo um “golpe sem sangue” que o
derrubou e colocou sua esposa, de origem alemã, no controle. Culta,
amiga de pensadores como Voltaire e Diderot, Catarina confabulou
para se manter no trono até seu filho atingir a maioridade. Mas,
nesse período, a sociedade russa viu suas desigualdades sociais se
aprofundarem bastante. (19)
Maria Teresa
País que governou – Áustria
Período – 1740-1780
Deus é machista, por Escriba de Cristo
133
Integrante da família Habsburgo, assumiu o vasto Sacro
Império Romano-Germânico após a morte do pai, Carlos VI. Mas
segurou um rojão: Inglaterra, Espanha e França não reconheciam
uma mulher no poder e lançaram guerras contra ela. Maria Teresa
foi tolerante com os católicos ortodoxos, reforçou o exército e,
sobretudo, fez os filhos se casarem com o que havia de melhor na
nobreza europeia. (19)
Elizabeth I
País que governou– Inglaterra
Período – 1558-1603
Deus é machista, por Escriba de Cristo
134
Filha de Henrique VIII e Ana Bolena, foi a última integrante
da dinastia Tudor no comando do país. E encarou com firmeza dois
grandes rivais: o rei Felipe II, da Espanha, que abriu guerra à
Inglaterra com sua lendária esquadra marinha, a Invencível Armada,
e sua prima, Maria Stuart, rainha da Escócia, que queria derrubá-la.
Considerada um símbolo nacional de pureza e visão política,
Elizabeth foi também foi uma grande patrocinadora das artes. Fez
florescer o chamado “teatro elisabetano” – cujo maior nome foi
William Shakespeare. (19)
Vitoria
Países que governou – Inglaterra, Irlanda e Índia
Período – 1837-1901
Deus é machista, por Escriba de Cristo
135
Nunca houve um nome mais apropriado. Vitória teve o maior
reinado que a Inglaterra já viu – até Elizabeth II a ultrapassar em
2015 – num dos melhores períodos do país, e, no final do século 19,
tornou-se, por expansão colonialista, também imperatriz da Índia.
Subiu ao trono aos 18 anos por ser a única herdeira da família e,
pouco depois, casou-se com o primo, o príncipe Albert. Entre seus
grandes feitos, liderou a corrida às colônias africanas e asiáticas,
forçou a abertura dos portos nas Américas (para vender produtos
industrializados ingleses) e apoiou o fim da escravidão. Em seu
reinado, a Inglaterra tomou o lugar da França como símbolo máximo
de modernidade e de elegância. (19)
DILMA ROUSSEF, A ANTA
Quinhentos anos de história do Brasil após a descoberta
pelos europeus, então chegou o dia que os machistas iriam ver,
agora pela primeira vez este país ser governado por uma mulher...
então vem a hecatombe... Nunca antes na história deste país
tivemos um (a) idiota que foi tão marcante do que Dilma Rousseff a
Deus é machista, por Escriba de Cristo
136
primeira mulher PRESIDENTA do país. Ela começou logo mudando
o vocabulário... Feminino de o presidente era a presidente, mas
aquela símia dizia: PRESIDENTA. Logo os bajuladores disseram
que esta variação era permissível...
Dilma inspirou um escritor a publicar um livro chamado
“Dilmês (O idioma da mulher sapiens). A sátira política que honra a
melhor tradição do gênero com uma viagem ao centro do saara
cerebral de Dilma Rousseff. Já em meados de 2009, no exato
instante em que a funcionária pública mineira de origem búlgara
começou a se apresentar aos brasileiros como presidenciável, era
possível notar que havia algo de errado naquele discurso no qual
palavras eram despejadas a esmo, sem dar liga a uma única ideia à
altura do cargo que postulava. A partir dos discursos presidenciais
transcritos na íntegra pelo Portal do Planalto, Celso Arnaldo Araujo,
pioneiro na análise sintática e política da língua falada pela
presidente da República, destrincha e documenta os verdadeiros
espetáculos de comédia bufa protagonizados pela dramática
inaptidão da oratória de Dilma.
Vamos ao momento de descontração lendo alguns trechos
de discursos de Dilma ao longo da sua carreira de PRESIDENTA do
Brasil. Esperamos 500 anos para vê uma anta mandando no nosso
país, não somente anta, mas ladrona e burra, e outras coisas mais
que prefiro não falar para não partir para ofensas íntimas...
Frases da Dilma que não fazem o menor sentido, ditas em
2015, mas tem lista na internet de até 100 frases louca da “maluca”:
Muito além da meta.
“Paes é o prefeito mais feliz do mundo, que dirige a cidade
mais importante do mundo e da galáxia. Por que da galáxia? Porque
a galáxia é o Rio de Janeiro. A via Láctea é fichinha perto da
galáxia que o nosso querido Eduardo Paes tem a honra de ser
prefeito.”
Deus é machista, por Escriba de Cristo
137
Dilma disse isso durante a cerimônia de aniversário de 450
anos do Rio, em março. Leia aqui o discurso completo.
“Quero dizer para vocês que, de fato, Roraima é a capital
mais distante de Brasília, mas eu garanto para vocês que essa
distância, para nós do Governo Federal, só existe no mapa. E aí eu
me considero hoje uma roraimada, roraimada, no que prova que
eu estou bem perto de vocês.”
Dilma disse isso durante a entrega de casas do programa
Minha Casa, Minha Vida, em Boa Vista, em agosto. Leia aqui o
discurso completo.
“Eu acredito que nós teremos uns Jogos Olímpicos que vai
ter uma qualidade totalmente diferente e que vai ser capaz de deixar
um legado tanto… porque geralmente as pessoas pensam: 'Ah, o
legado é só depois'. Não, vai deixar um legado antes, durante e
depois.”
Dilma falou isso em uma entrevista coletiva sobre os Jogos
Olímpicos, no Rio, em junho.
Foi muito, houve uma procura imensa, tinham seis empresas
que apresentaram suas propostas, houve um deságio de quase…
Foi um pouco mais de 38%, mas eu fico em 38% para ninguém
dizer: 'Ah, ela disse que era 38′, mas não é não. É 39, 38 e
qualquer coisa ou é 36. 38, eu acho que é 39, mas vou dizer 38.
Dilma disse isso em março, em uma entrevista coletiva
durante a inauguração da unidade de secagem e armazenagem da
Deus é machista, por Escriba de Cristo
138
Cooperativa Regional dos Assentados de Porto Alegre (Cootap), em
Eldorado do Sul/RS.
Não, querido, eu acho que o meu mandato é, eu diria assim,
mais firme do que essa rede. Agora, a rede, eu acho que ela tem
um lado lúdico, sabe? Porque isso que as crianças gostam tanto no
pavilhão. Porque, quando você está lá em cima… Eu não posso ficar
aqui brincando, não é? Então… Mas você percebe direitinho como é
que dá para brincar, porque se você inclinar para um lado e,
imediatamente, virar para o outro, você fica balançando mesmo,
você consegue equilibrar.
Dilma disse isso em uma entrevista coletiva durante a Expo
Milão 2015, na Itália, em julho.
Deus é machista, por Escriba de Cristo
139
A tocha olímpica, sem dúvida, é muito bonita, ela é
verdadeiramente fantástica. Aquelas cores, o Nuzman estava me
explicando, porque isso é um protótipo, elas mudam. As cores
internas mudam. E também que a tocha se move. Então, eu digo,
diante da tocha, com uma insistência que o Galileu disse diante da
inquisição: "E pur si muove!" Ou seja, "E apesar de tudo se move!".
E eu considero, Nuzman, que você tem toda a razão.
Dilma disse isso em Brasília, na cerimônia de lançamento da
Rota do Revezamento da Tocha Olímpica Rio 2016, em julho. Leia
aqui o discurso completo.
E tem uma, tem uma pintura dela que eu acho genial, é…
como é que é? Natureza Morta… Ai, eu tinha de lembrar a palavra.
Natureza Morta… é uma contradição em termos: de que que é o
quadro? É uma natureza morta? Rodando, você entendeu? É o
stand still a Natureza Morta, aí a Remedios Varo vai lá e faz… ela
bota uma mesa e os componentes da natureza morta estão girando.
O nome é interessantíssimo. O nome tem uma certa, uma certa
ironia.
Dilma disse isso em Brasília, durante uma entrevista ao
jornal mexicano "La Jornada", em maio.
Já que eu falei de transporte eu vou falar, ao mesmo tempo,
do aeroporto. O aeroporto que é uma outra forma de transporte.
Aliás, outra infraestrutura, me desculpe, outra infraestrutura de
transporte, para uma outra forma que é a forma dos aviões que são
essenciais nesse país continental.
Deus é machista, por Escriba de Cristo
140
Dilma disse isso em março, durante a cerimônia de
assinatura da implantação do BRT Norte-Sul, em Goiânia.
E aqui nós temos uma, como também os índios e os
indígenas americanos têm a dele, nós temos a mandioca. E aqui nós
estamos comungando a mandioca com o milho. E, certamente, nós
teremos uma série de outros produtos que foram essenciais para o
desenvolvimento de toda a civilização humana ao longo dos séculos.
Então, aqui, hoje, eu estou saudando a mandioca. Acho uma das
maiores conquistas do Brasil.
Dilma disse isso em Brasília, durante a solenidade de
lançamento dos I Jogos Mundiais dos Povos Indígenas, em junho.
Acho uma das maiores conquistas do Brasil. (...) Eu acho
que a importância da bola é justamente essa, o símbolo da
capacidade que nos distingue como... Nós somos do gênero
humano, da espécie Sapiens. Então, para mim essa bola é um
símbolo da nossa evolução. Quando nós criamos uma bola dessas,
nós nos transformamos em Homo sapiens ou "mulheres sapiens".
Dilma disse isso em Brasília, durante a solenidade de
lançamento dos I Jogos Mundiais dos Povos Indígenas, em junho.
Porque o que que é uma ponte? Uma ponte é, geralmente, e
é algo que nós devemos nos inspirar, porque uma ponte é um
símbolo muito forte. Pensem comigo, uma ponte, ela une, uma ponte
fortalece, uma ponte junta energia , uma ponte permite que você
supere obstáculos. O que nós queremos no Brasil, é que, entre nós,
se construam pontes.
Deus é machista, por Escriba de Cristo
141
Dilma disse isso em julho, durante a cerimônia de
inauguração da ponte Anita Garibaldi, em Laguna (SC).
Não vamos colocar meta. Vamos deixar a meta aberta, mas,
quando atingirmos a meta, vamos dobrar a meta.
Dilma disse isso em Laguna (SC), durante a cerimônia de
inauguração da ponte Anita Garibaldi, em julho.
QUARTA PARTE
OS MACHOS NA NATUREZA
Deus criou modelos entre diversas espécies de animais em
que os machos são os que dominam. Em especial vemos isto nos
mamíferos, classe de vertebrados que os humanos estão inseridos.
Se mulher quer mandar, deveriam ter nascido abelhas... As
feministas vêm com conversa mole que na natureza tem muitos
modelos de fêmeas dominadoras, tem mesmo, entre os insetos,
sapos, cobras, e peixes... Deus instituiu ordem e para os mamíferos
predominam os machos. Costumo dizer que o que Deus escreveu
na Bíblia, primeiro ele escreveu na natureza. O padrão dos
mandamentos divinos seguem sem falha os padrões que ele mesmo
já determinou na biologia.
MACHO-ALFA
Deus é machista, por Escriba de Cristo
142
O Doutor Paulo Maciel em seu blog faz uma síntese do
papel do macho alfa nas espécies de mamíferos:
Na natureza onde os animais vivem em bandos,
normalmente surge a figura do assim chamado “macho alfa”, que é o
macho mais forte e geneticamente mais adaptado que dá proteção
ao grupo e transmite seus genes às fêmeas do clã.
Em animais sociais, o alfa é o indivíduo na comunidade com
o posto mais alto. Quando um macho e uma fêmea cumprem esse
papel, eles são referidos como o par alfa (o termo varia quando
várias fêmeas cumprem esse papel – é extremamente raro entre os
mamíferos que vários machos cumpram esse papel com uma
fêmea). Outros animais do mesmo grupo social podem apresentar
deferência ou outros sinais simbólicos de respeito em particular ao
alfa de suas espécies.
Deus é machista, por Escriba de Cristo
143
Aos animais alfa é dada a preferência para serem os
primeiros a comer e os primeiros a acasalar. Entre algumas espécies
eles são os únicos animais que têm permissão para acasalar. Outros
animais na comunidade costumam ser mortos ou expulsos se
violarem esta regra. Os animais tendem a viver em grupos com uma
ordem social específica devido à sua tendência natura l. O líder do
grupo é chamado de “macho alfa”, e também pode haver uma fêmea
alfa, dependendo das espécies. Em lobos, o animal alfa tende a ser
o mais forte e mantém sua posição como o macho alfa, derrotando
outros desafiantes em combate.
O status de macho alfa geralmente é conseguido por meio
de força física superior, embora possa também ser determinado por
esforços sociais e alianças construídas.
O macho é acompanhado pela fêmea alfa e, juntos,
demonstram sua autoridade, jamais permitindo que os outros
animais se insurjam contra eles. É o primeiro a se alimentar e possui
primazia na cópula e escolha das fêmeas. O macho alfa
frequentemente demonstra seu domínio rosnando, mordendo,
perseguindo, dilacerando, ou descansando sobre outros animais, até
que sua superioridade seja posta a prova por algum outro integrante
do grupo que, se vencê-lo no embate, passa a assumir sua posição.
O indivíduo na posição alfa geralmente muda quando outro
o desafia para uma luta e ganha o desafio; em algumas espécies
esta luta pode ir até a morte. Consequentemente, os machos alfas
podem ter que lutar várias vezes em seu próprio grupo para manter
a sua posição ao longo de suas vidas. Em espécies em que a luta é
até a morte, os alfas raramente chegam à velhice. Em algumas
Deus é machista, por Escriba de Cristo
144
espécies um indivíduo nômade pode aproximar-se do alfa e vencê-lo
num combate, tornando-se assim o novo alfa. Quando isso ocorre
em alcateias de leões, o novo alfa geralmente mata os filhotes do
alfa anterior. Além disso, vários leões podem compartilhar privilégios
com o novo alfa no que é normalmente chamado de “coalizão”.
O grupo social normalmente segue o alfa para a caça e à
criação de novas áreas de procriação e repouso. O alfa é por isso às
vezes visto como quem decide o destino do grupo. Se dois grupos
da mesma espécie se encontram competindo pelo mesmo espaço,
eles podem deixar os alfas lutarem, deixando o resultado decidir
qual grupo permanecerá no local.
Beta e ômega
Os animais sociais têm certo nível na hierarquia da
comunidade. Seis destes graus atraíram uma atenção especial em
etologia e foram dados a eles os seguintes nomes: alfa, beta, gama,
delta, épsilon e ômega.
Um animal beta é o segundo animal no comando do alfa
reinante e vai agir como um animal alfa novo se o alfa antigo falecer.
Em algumas espécies de aves, os machos emparelharam-se aos
pares quando namoram, com o macho beta auxiliando o macho alfa.
O macho beta não costuma chegar a acasalar com as aves do sexo
feminino, mas se o alfa morre, ele assume a fêmea alfa, tornando-se
o novo alfa.
Deus é machista, por Escriba de Cristo
145
O animal ômega (normalmente identificado como ω-macho)
é um antônimo utilizado para se referir à casta mais baixa da
sociedade hierárquica. Um ômega está subordinado a todos os
outros indivíduos daquela comunidade. Os ômegas podem ser
usados como bodes expiatórios e geralmente são os últimos a
poderem comer.
Deus é machista, por Escriba de Cristo
146
PRIMATAS
Os chimpanzés mostram deferência para com o alfa da
comunidade por meio de gestos ritualizados como se curvar, permitir
que o alfa caminhe na frente em uma procissão, ou ficar ao seu lado
quando o alfa é desafiado.
Os gorilas usam a intimidação para estabelecer e manter
sua posição alfa.
Os machos alfas de macacos prego (Cebus apella nigritus)
são os parceiros preferidos do sexo masculino para as fêmeas
adultas da comunidade.
Entretanto, apenas as fêmeas fortes têm uma interação forte
com o macho alfa porque um grau de domínio feminino permite que
só as fêmeas mais dominantes e fortes interajam com o macho.
CANINOS
Os caninos (como lobos, cães, chacais e raposas) mostram
deferência para com o casal alfa no seu par, permitindo-lhes serem
os primeiros a comer e, geralmente, o único par que pode acasalar.
Os caninos usam o contato visual para manter sua posição alfa, mas
a fim de estabelecer a sua posição muitas vezes eles têm que
mostrar sua superioridade física através de jogos ou lutas. No caso
de canídeos selvagens o macho alfa podem não ter acesso
Deus é machista, por Escriba de Cristo
147
exclusivo à fêmea alfa; além disso, outros membros do grupo podem
guardar a maternidade usada pela fêmea alfa; tal é o caso do
Cachorro Selvagem Africano, Lycaon pictus.
Os lobos vivem, geralmente, em alcateias, que são suas
famílias. Nesses grupos há um casal dominante chamado de alfa,
outro casal, chamado beta, que fica com o “comando” secundário do
grupo e um lobo ômega – que ganha esse nome por ocupar a
posição mais baixa na hierarquia da alcateia.
O macho alfa é quem toma as decisões na alcateia. Ele tem
a força e habilidade de caça superiores às dos outros lobos. Sua
companheira, que é seu par por toda a vida, comanda as fêmeas do
grupo, e é a vice-líder, isso é, na ausência do alfa é ela quem toma
as decisões do grupo. A sobrevivência da alcateia depende da
sabedoria e liderança do casal alfa.
Os lobos alfa ganham o respeito do grupo através de
demonstrações de força, rosnados e ranger de dentes. É o macho
alfa quem decide aonde a alcateia vai dormir e caçar e determina
quem vai comer (depois dele, é claro). Se houver filhotes na alcateia,
todos os lobos são responsáveis pelo bem estar dos infantes, e a
fêmea beta exerce o papel de babá.
O lobo ômega é sempre o último a comer, e é tratado como
bode expiatório da alcateia. Apesar disso, ele é também protegido
pelo grupo, afinal ele é da família. O tamanho da alcateia varia muito,
mas tem em média de cinco a dez lobos, como informa a
International Wolf Center.
Deus é machista, por Escriba de Cristo
148
Em termos de preservação dos animais, o macho alfa de
todas as espécies é altamente eficaz e necessário porque o macho
alfa tem força, habilidade para caça, facilidade para tomar decisões,
personalidade marcante e bravura. (25)
LEÕES
Cada grupo de leões é composto de cerca de 15 adultos.
Desses, de dez a 12 são fêmeas e de três a cinco são machos.
Entre as leoas, somente algumas caçam. Outras cuidam dos
próprios filhotes e dos filhotes alheios – elas têm a cria na mesma
época do ano. A proteção do grupo é uma das grandes
preocupações do leão, já que ele costuma se deparar com bandos
menores, compostos de machos, que lutam com o líder para
Deus é machista, por Escriba de Cristo
149
demovê-lo de sua posição. “Quando outro leão vence, os filhotes do
grupo antigo são mortos, e o novo líder cruza com as fêmeas para
começar a sua linhagem. Se o leão não defender seu bando, o
investimento na reprodução vai por água abaixo”, conta Carlos
Alberts. Outra preocupação é assegurar o território de caça – que
pode ser um pedaço de terra fixo ou então uma manada de presas
que o bando segue savana afora. (22)
ANTÍLOPES
Os antílopes são mamíferos que alimentam-se de plantas,
logo são herbívoros. Pertencem a mesma família dos carneiros,
cabras e bovinos. Alguns exemplos de antílopes são o ádax, a
gazela, o gnu o impala e o cudo.
Os antílopes andam em enormes manadas (são gregários)
que podem reunir centenas de animais. Durante a época de copula,
os machos marcam o território se esfregando em árvores e outras
plantas. Nesse processo, suas glândulas especializadas liberam um
odor muito forte, capaz de espantar qualquer predador. Quando há
invasões, porém, os machos não hesitam em brigar com outros
machos para defender o território. O macho é quem atrai a fêmea
para o acasalamento. Os filhotes nascem entre os 4 e 8 meses, mas
isso variará de acordo com cada espécie de antílope. (23)
Deus é machista, por Escriba de Cristo
150
BOVINOS
Deus determinou a hierarquia para melhor organizar a
sociedade. Uma casa tem que ter voz de comando, é satânica a
ideias de um lar onde as coisas se resolvem democraticamente. Na
natureza Deus colocou sempre um como chefe, líder para que
aquela comunidade progrida e se defenda dos agressores. Deus
escolheu o homem para ser o chefe do lar. A presença de um touro
de porte em um rebanho já inibe os predadores de longe.
A dominância se estabelece nesses grupos pela competição,
ou seja, ela é produto de interações agressivas entre os animais de
um mesmo grupo ao competirem por um determinado recurso,
definindo quem terá prioridade no acesso a comida, água, sombra,
etc. O dominante é o indivíduo ou indivíduos do grupo que ocupam
as posições mais altas na hierarquia, dominam os demais os
atacando impunemente e têm prioridade em qualquer competição;
os submissos (ou dominados) são os que se submetem aos
dominantes. Os fatores que normalmente determinam a posição na
hierarquia são o peso, idade e raça. O tempo até o estabelecimento
da hierarquia em um lote recém-formado vai depender do número de
animais e do sistema de criação. (24)
Deus é machista, por Escriba de Cristo
151
PANDAS
Esqueça a imagem de pandas fofinhos e amigáveis. Como
qualquer espécie do reino animal eles também disputam territórios e
fazem de tudo para chamar a atenção das fêmeas. Num vídeo
registrado pelo Centro de Pesquisas do Panda Gigante em Chengdu,
na China, dois pandas machos brigam enquanto uma fêmea só
observa os dois. Os pandas gigantes brigam por causa da fêmea.
Um começa a golpear o outro que, como numa luta, vai ao chão e
tenta acertar o adversário. Depois, o panda ‘perdedor’ sai correndo e
outro vai atrás. A fêmea, no entanto, não parece muito empolgada
com nenhum dos dois pretendentes. (25)
QUINTA PARTE
Deus é machista, por Escriba de Cristo
152
TEOLOGIA DA SUBMISSÃO FEMININA
Aqueles que não querem concordar com a Palavra de Deus
costuma chama de OS TEXTOS DIFÍCEIS DE INTERPRETAR. Não
é difícil não, difícil é tentar mudar a verdade de Deus em mentira e
ficar em paz com sua consciência, difícil é enganar aquele que é
puro de coração em buscar a verdade da palavra de Deus...
MULHER NO CULTO JUDAICO-CRISTÃO
34 As vossas mulheres estejam caladas nas
igrejas; porque não lhes é permitido falar; mas estejam
sujeitas, como também ordena a lei.
35 E, se querem aprender alguma coisa,
interroguem em casa a seus próprios maridos; porque é
vergonhoso que as mulheres falem na igreja.
36 Porventura saiu dentre vós a palavra de
Deus? Ou veio ela somente para vós?
37 Se alguém cuida ser profeta, ou espiritual,
reconheça que as coisas que vos escrevo são
mandamentos do Senhor. (I Coríntios 14.34-37)
Toda vez que eu tenho que discutir a interpretação de um
texto bíblico, gosto muito de lançar mão da Obra de Norman Russell
Champlin, primeiro pela sua eloquência, e segundo por sua
honestidade intelectual. Ele não tem o “rabo preso” com a ideologia
de alguma igreja e como livre pensador, interpreta toda a Bíblia em
uma das melhores obras de hermenêutica que conheço: A BÍBLIA
INTEPRETADA VERSÍCULO POR VERSÍCULO. Tomo emprestado
Deus é machista, por Escriba de Cristo
153
sua sabedoria para retransmitir aos meus leitores que avaliem com
sinceridade o texto paulino:
d. Outros regulamentos acerca dos cultos públicos (14:34-
40). Nos meios cristãos e evangélicos persiste um debate, contra e a
favor de falarem e ensinarem as mulheres na igreja. Dificilmente
qualquer outra passagem paulina tem causado tanta
consternação entre os crentes como a que temos à nossa frente.
Virtualmente nenhuma congregação local, e certamente nenhuma
denominação evangélica, obedece ao que Paulo diz aqui
concernente à conduta das mulheres na igreja. Um número
extremamente pequeno de igrejas não permite às mulheres qualquer
função didática dentro das igrejas, quer na Escola Dominical, quer
nos cultos de adoração, quer em quaisquer outras reuniões dos
crentes. Alguns estudiosos pretendem seguir aqui o que Paulo
diz, mediante várias interpretações perversas, que evitam o
claro ensino bíblico de que uma mulher não pode receber o
encargo de ensinar na igreja, mas antes, deve conservar-se
calada. Aqueles que assim fazem não compreendem, e
provavelmente não querem compreender, que Paulo
simplesmente transferia para a igreja cristã certas ideias
básicas do judaísmo, no que diz respeito à mulher.
Fatos a Considerar
Paulo não condenou meramente a ideia de mulheres
fazendo perguntas durante o culto, ficando assim perturbada a boa
ordem. Isso está incluído, mas o texto vai muito além dessa simples
questão.
Paulo não aborda o tem a das profecias «particulares» feitas
por mulheres (segundo se vê em Atos 21:9), o que, evidentemente,
ele aprovava. Mas referia-se aqui à ordem eclesiástica. Ele proibia,
de forma absoluta, que as mulheres falassem ou ensinassem
em qualquer reunião pública de igreja.
Deus é machista, por Escriba de Cristo
154
Nos dias de Paulo, não havia coisa alguma que se
assemelhasse à moderna Escola Dominical, pelo que Paulo não
estabelecia exceção nenhuma. Talvez ele aprovasse mulheres
ensinando a crianças ou a jovens na igreja, se isso fosse feito
como uma reunião distinta, e com esse propósito específico. No
entanto, duvido que ele teria aprovado tal atividade como parte do
próprio culto normal; mas quase certamente teria permitido e mesmo
aprovado e encorajado tal prática nos lares.
Em qualquer discussão sobre os regulamentos paulinos
atinentes às mulheres, convém que nos lembremos que as mulheres
eram tidas em bem baixa conta, na estimativa dos homens judeus.
Muitos rabinos duvidavam que as mulheres tivessem alma. Se um
escravo do sexo masculino podia ler as Escrituras na sinagoga, uma
mulher judia não tinha permissão para tanto. Nenhuma mulher podia
frequentar as escolas de teologia. Na realidade, os rabinos
afirmavam : «É preferível queimar a lei do que ensiná-la a uma
mulher!»
6. Lemos ali: «Que a mulher aprenda em si lêncio, com toda
a submissão. E não permito que a mulher ensine, nem que exerça
autoridade sobre o marido; esteja, porém, em silêncio». Dificilmente
as palavras poderiam ser mais claras do que isso. Não pode
haver dúvida que Paulo cria na subordinação das mulheres, por
determinação do Senhor. Isso transparece claramente desde o
décimo primeiro capítulo desta epístola. «Ensinar» é um sinal tão
grande de emancipação que Paulo, como bom rabino judeu que
era, não podia tolerar.
Deveríamos obedecer a Paulo quanto a essa questão? A
pergunta que se deve fazer aqui não é «Estamos obedecendo a
Paulo quanto a isso?», porquanto é óbvio que não o estamos; e
essa desobediência é universal, visto que suas restrições são
absolutas, conforme uma interpretação honesta precisa admitir.
Por conseguinte, a indagação certa não deve perguntar se «estamos
Deus é machista, por Escriba de Cristo
155
obedecendo», mas antes, se «deveríamos obedecer». Em resposta
a isso, cada crente individual deve ser responsável pelas suas ações,
dependendo de como ele vê a autoridade das Escrituras, e se
tais injunções devem ser consideradas obrigatórias ou não para
todos os tempos e para todos os crentes.
As Normas De Paulo
Ora, não apreciamos tal norma porque ela é contrária aos
nossos conceitos sobre as capacidades femininas; mas essa é a
realidade da questão. Outrossim, é evidente, com base neste texto,
que Paulo transferia para a igreja cristã essa mesma atitude judaica.
Elas não podem ensinar na igreja, porquanto assim fazendo
estão usurpando um direito masculino.
«As mulheres devem manter silêncio nos cultos públicos.
Cumpre-lhes participarem do Amém (ver o sexto versículo), mas em
tudo o mais não devem ser ouvidas. Elas vinham reivindicando
igualdade com os homens, na questão do véu, deixando de lado
esse sinal de sujeição na igreja, e aparentemente também tinham
tentado pregar, ou, pelo menos, vinham formulando perguntas,
durante as reuniões públicas. O abandono do véu equivalia a
reivindicar igualdade com os homens; ensinar em público equivalia a
‘exercer autoridade’ sobre eles. Não há qualquer dúvida sobre o que
Paulo quis dizer aqui. Na igreja, às mulheres não deve ser permitido
falarem, e nem mesmo fazerem perguntas. Devem fazê-lo ‘em casa’.
Paulo chama isso de vergonhoso, como em I Cor. 11:6 (comparar
também com Efé. 5:12 e Tito 1:11). Certamente que as mulheres
continuam em sujeição a seus maridos, ou devem continuar como
tais. Porém, de alguma maneira, os crentes modernos têm concluído
que os mandamentos de Paulo sobre esse assunto, tal como em I
Tim . 2:12, visavam condições específicas que não se aplicam
totalmente em nossos dias. (Robertson, in loc., com uma excelente
nota, excetuando a porção final. Porquanto declara que «Não há
qualquer dúvida sobre o que Paulo quis dizer aqui...», O verdadeiro
Deus é machista, por Escriba de Cristo
156
sentido de Paulo, conforme o próprio Robertson admite, não dá
margem a qualquer dúvida.
A interpretação desta passagem que reduz o «silêncio»
imposto às mulheres crentes, somente no caso de disputas, de
formulação de perguntas, etc., é apenas uma tentativa de evitar o
sentido óbvio dessa proibição. Não é que à mulher estava vedado
meramente «ensinar» ou «fazer perguntas» (conforme I Tim. 2:12
mostra), mas também deveria permanecer «em silêncio», «não
falar», por ser isso «vergonhoso» para ela, na igreja. (Ver o
trigésimo quinto versículo). Esses mandamentos são perfeitamente
claros. Não honramos a Deus ao perverter as Escrituras para
adaptá-las à nossa prática comum.
John Gill (in loc.), em uma observação sua, lança mais luz
sobre as atitudes judaicas sobre essa questão. Diz ele: «...os
homens vêm para ensinar, e as mulheres para ouvir; e um de seus
cânones diz como segue: ‘Uma mulher não pode ler (isto é, a lei) na
congregação’ (Maimonides Hilich. Tepilla, cap. 12, secção 17);
porquanto os judeus pensavam ser uma desonra, em uma
assembleia pública, uma mulher fazer a leitura, embora chegassem
a permitir que uma ‘criança’ o fizesse, se disso, o menino fosse
capaz». Conforme se vê por essa observação de John Gill, pois, as
mulheres eram reduzidas, nas sinagogas judaicas, a uma posição
inferior a de um menino. Esse é o tipo de atitude que transparece no
texto que ora comentamos. «...como também a lei o determina...» É
bem provável que o termo «lei», neste caso, seja uma referência
geral às Escrituras do A.T., conforme as mesmas eram interpretadas
na prática judaica. As passagens bíblicas em foco seriam Gên. 3:16
e Núm. 30:8-12, as quais fazem a mulher depender totalmente de
seu marido, por estar-lhe sujeita. A mulher que deseja falar em
público, por necessidade, deve «presidir» tal reunião, em um sentido
ou outro. Mas isso daria a entender estar elar usurpando autoridade
de seu marido; e, mesmo que fosse solteira, que estaria usurpando
a autoridade dos homens presentes. Ora, isso era reputado como
Deus é machista, por Escriba de Cristo
157
uma afronta das piores para a dignidade da congregação, segundo a
mentalidade judaica. Porque se um menino tinha o direito de «ler a
lei», assim exercendo certa dose mínima de autoridade delegada,
uma mulher não podia fazer nem mesmo isso. O ensinamento do
texto que ora consideramos é perfeitamente claro; mas se isso
deveria ser obrigatório para todas as eras??
35 E, se querem aprender alguma coisa,
interroguem em casa a seus próprios maridos; porque é
vergonhoso que as mulheres falem na igreja.
Nas sinagogas judaicas aos homens era permitido
disputarem , discutirem, dialogarem e fazerem perguntas. Nenhuma
mulher judia podia fazer isso. Por semelhante modo, as mulheres
crentes não podem fazer assim, nas suas reuniões públicas. O
silêncio das mulheres, excetuando o «Amém» responsivo, deve ser
absoluto. Os rabinos judeus também proibiam as mulheres de
«liderarem» os cânticos nas sinagogas, embora pudessem cantar
juntamente com os homens. O que se depreende dessas instruções
paulinas é que as mulheres são aprendizes secundárias na igreja
cristã, porquanto, se precisassem indagar qualquer coisa, que não
apresentassem qualquer indagação no culto público, mas
perguntassem em casa a seus maridos. Caso não tivessem marido,
por serem solteiras, que indagassem a seus progenitores, ou a
algum ancião, em particular, ou a alguma mulher mais idosa, mas
sempre fora das reuniões públicas. Nenhuma mulher crente podia
mostrar-se tão ousada a ponto de pedir alguma explicação sobre
questão doutrinária enquanto estivesse em ação o culto público,
embora os homens pudessem fazer isso. «Isso proíbe ‘outra
irregularidade paralela’—o fato da fazerem elas ‘perguntas em
público’». (Alford, in loc.).
É como se o apóstolo houvesse escrito: «É realmente
escandaloso uma mulher falar publicamente, perante a congregação
{...} «É uma desgraça para o sexo feminino, deixando entrever um
orgulho e uma vaidade fora do comum, por ser um a ousadia e um a
Deus é machista, por Escriba de Cristo
158
confiança desnaturais; e é uma desgraça para a comunidade ficar
debaixo de tal ministério e conduta». (John Gill, in loc.). No original
grego, a palavra aqui traduzida por «vergonhoso» é «aischros», que
significa «feio», «vergonhoso», «vil». Paulo usa aqui uma forte
palavra que indica desprazer.
36 Porventura saiu dentre vós a palavra de
Deus? Ou veio ela somente para vós? (I Cor 14.36)
Essas palavras de Paulo são cortantes, sarcásticas, severas,
típicas desse apóstolo dos gentios, quando suas emoções estavam
despertas. Com isso se pode comparar o epíteto que ele deu aos
seus adversários judeus, que tendiam para o legalismo, mutilação,
para indicar a circuncisão, em Fil. 3.:2. Nesse caso, Paulo modificou
a palavra comum que indica «circuncisão», o grego «peritome» (que
significa «cortar em redor»), para «katatome» (que significa
«despedaçar», «mutilar»). Nesse mesmo versículo Paulo chama os
seus opositores de «cães» e de «maliciosos». Isso nos mostra que
tipo de linguagem Paulo sabia usar, quando emocionalmente agitado.
Deus é machista, por Escriba de Cristo
159
Usualmente as nossas traduções procuram suavizar essas
expressões paulinas fortes. Por exemplo, a tradução portuguesa AA
diz «falsa circuncisão», ao invés de «mutilação». Por que os
tradutores e revisores fazem assim, como se Paulo fosse um deus, e
não um ser humano, dotado de paixões como qualquer outro
homem? Incidentalmente, isso mostra quão profundamente Paulo
sentia a questão das mulheres falarem na igreja, a ponto de haver
ele apelado para uma linguagem tão abrasiva. É como se ele tivesse
dito: «Vós, coríntios tão cheios de vangloria, pensais que fostes os
inventores da Palavra de Deus, ou que sois os únicos para quem ela
foi dada? Que direito tendes de criar essas vergonhosas
inovações, em que vossas mulheres abandonam o véu, cortam
os cabelos e falam na igreja?» Na realidade, todas essas coisas
eram inovações para Paulo, embora sejam perfeitamente comuns
na atualidade. «Fostes vós o ponto inicial do evangelho? ou fostes
vós os únicos destinatários do mesmo? Quereis contender que
tendes o direito de manter tais irregularidades?
Mesmo que em Corinto se tivesse estabelecido a igreja-mãe,
Paulo jamais teria permitido que tais abusos se estabelecessem
entre eles, conforme lhes diz amarga e sarcasticamente. Notemos
que as interpretações acima transcritas, apesar de se referirem
diretamente à questão das mulheres falarem ou não na igreja,
incluem, em suas inferências, todos os vícios e abusos que o
apóstolo dos gentios repreende nesta sua epístola. Paulo apelou,
em ambos os casos, para a Palavra de Deus, a qual transcende a
qualquer assembleia local. Isso significa que nenhum a congregação
local tem a liberdade de estabelecer as suas próprias regras, exceto
quanto a questões «indiferentes moralmente». Mas também apelou
para o «costume consagrado nas igrejas», conforme já havia feito
em I Cor. 11:6 e 14:33. Paulo considera com os seus leitores o fato
que as demais igrejas cristãs locais não seguiam os vícios coríntios.
E isso mostra que eles tinham criado inovações prejudiciais, ao
passo que a conduta das outras igrejas indicava a ação certa. A
autoridade apostólica de Paulo fora suficiente para outras
Deus é machista, por Escriba de Cristo
160
congregações locais. Essas outras igrejas seguiam seus preceitos; e
os crentes de Corinto deveriam agrupar-se entre as igrejas
obedientes. «...a palavra de Deus...» Mui provavelmente essa
expressão indica aqui, essencialmente, a «doutrina e prática cristãs»,
neste contexto, embora a alusão de Paulo, ao A.T., no trigésimo
versículo, possa indicar que aquilo que exigia da parte de seus
leitores coríntios, se derivava dos tesouros da revelação cristã,
incluindo porções do antigo pacto, que eram dignas de ser adotadas
no credo cristão e nas páginas dos discípulos de Cristo.
Se alguém se considera profeta, ou espiritual,
reconheça que as coisas que vos escrevo são
mandamentos do Senhor. (I Coríntios 14.37)
Paulo não hesita um momento sequer, visto que possuía
genuína autoridade apostólica; e, além disso, sabia muito melhor do
que eles quais eram as tradições cristãs e quais os requisitos das
Sagradas Escrituras. E é por essa razão que assevera sua
autoridade, invocando os «profetas» e todos os que se
considerassem «espirituais», para que reconhecessem a veracidade
Deus é machista, por Escriba de Cristo
161
do que escrevia, ao tentar corrigir os vários abusos que havia na
igreja de Corinto. Naturalmente, ao assim fazer, Paulo deixava
entendido que o Espírito do Senhor guia todos os profetas e crentes
espirituais, para que cheguem ao mesmo e uníssono entendimento
espiritual. Assim sendo, Paulo deixa entendido que se não
concordassem com ele, após uma consideração mais cuidadosa, é
que não estavam sob a influência do mesmo Espírito que o dirigia.
«...mandamento do Senhor...» A palavra «Senhor», aplicada a Jesus,
é um uso comum do N.T., conforme essas notas expositivas
aludidas mostram claramente. <...mandamento...» Antes desta
ocasião Paulo tivera o cuidado de fazer clara distinção entre as suas
próprias opiniões, por mais amadurecidas que fossem e por mais
espiritualmente que estivessem baseadas, e as palavras
autoritativas do Senhor Jesus. (Ver I Cor. 7:10,12). Porém, neste
ponto, ele ousa fazer a declaração que as suas instruções se
revestem de autoridade divina.
Os que não querem obedecer este mandamento insistem na
tese que este mandamento era só para aquela época. Dai criamos
uma dialética, onde qualquer um pode alegar que tal e tal
mandamento era para épocas passadas e não para a nossa. Quem
sabe o adultério e o homossexualismo eram mandamentos só para
os povos antigos e não para nós? Aceitemos a imposição para que
as mulheres não dirijam cultos, escolas bíblicas, seminário
teológicos, muito menos sejam ministras da igreja, nem mesmo
devem dar testemunho público, se quisermos ser totalmente
obedientes. As mulheres não podem tomar a palavra à frente da
igreja nem mesmo para dirigir louvores. Deus já indicou isto no
Antigo Testamento quando havia criado a classe de levitas para os
louvores. Não adianta procurar argumentos para contradizer Deus,
Ele sabe quem quer obedecer de coração, ou quem tem o espírito
de Lúcifer para desafia-lo com argumentos...
Quando Deus determina que Paulo escrevesse na Bíblia um
texto como este de I Coríntios 14.34-37, chegamos a conclusão que
Deus é machista, por Escriba de Cristo
162
Deus é machista. Goste ou não, ele colocou o gênero masculino
para ministrar os serviços santos, tanto no Antigo quanto no Novo
Testamento. O gênero masculino guia a humanidade para Deus na
dispensação Edênica, na Noética, no Governo Humano, na
dispensação Patriarcal, depois na Mosaica e por fim vemos aqui na
dispensação da Graça.
Repito, não estamos discutindo o caráter, a inteligência e as
virtudes das mulheres. O caso é que Deus estabeleceu hierarquias
em tudo, e na espécie humano ele foi sexista escolhendo os homens
e racista, escolhendo a nação de Israel para portar sua Palavra. Se
você não concorda com Deus, então blasfeme dele... depois
aguarde sentado o feedback que ele dará...
Quem é o homem para pedir a Deus razões para seus
mandamentos???
22 As mulheres sejam submissas a seus
maridos, como ao Senhor,
23 pois o marido é o chefe da mulher, como
Cristo é o chefe da Igreja, seu corpo, da qual ele é o
Salvador.
24 Ora, assim como a Igreja é submissa a
Cristo, assim também o sejam em tudo as mulheres a
seus maridos.
25 Maridos, amai as vossas mulheres, como
Cristo amou a Igreja e se entregou por ela,
26 para santificá-la, purificando-a pela água do
batismo com a palavra,
27 para apresentá-la a si mesmo toda gloriosa,
sem mácula, sem ruga, sem qualquer outro defeito
semelhante, mas santa e irrepreensível.
28 Assim os maridos devem amar as suas
mulheres, como a seu próprio corpo. Quem ama a sua
mulher, ama-se a si mesmo.
Deus é machista, por Escriba de Cristo
163
29 Certamente, ninguém jamais aborreceu a
sua própria carne; ao contrário, cada qual a alimenta e a
trata, como Cristo faz à sua Igreja -
30 porque somos membros de seu corpo.
31 Por isso, o homem deixará pai e mãe e se
unirá à sua mulher, e os dois constituirão uma só carne
{Gn 2,24}.
32 Este mistério é grande, quero dizer, com
referência a Cristo e à Igreja.
33 Em resumo, o que importa é que cada um
de vós ame a sua mulher como a si mesmo, e a mulher
respeite o seu marido. (Efésios 5:22-33)
No site cristão Guiame.com.br o colunista Luciano Subirá faz
uma explanação deste texto bíblico de Éfeso a qual replico aqui:
“Um dos deveres claramente abordados na Palavra de Deus
é o de que a esposa deve submeter-se ao seu marido. E isto
envolve mais do que respeito, reflete o entendimento de governo do
lar e da cadeia de comando estabelecida pelo Senhor:
A expressão “cabeça” aponta para a questão da liderança. E
nós, que tememos a Deus e sabemos que devemos andar na Sua
Palavra, não podemos nos amoldar aos valores mundanos de
nossos dias de que não há distinção entre o homem e a mulher no
casamento. Há uma forma correta de andar no Senhor:
“Esposas, sede submissas ao próprio marido, como convém
no Senhor”. (Colossenses 3.18)
É lógico que, do ponto de vista do valor que cada um de nós
tem aos olhos de Deus, não há distinção alguma entre homem e
mulher (Gl 3.28). Entretanto, as autoridades foram instituídas por
Deus (Rm 13.1) e devemos respeitá-las! E isto não significa que,
Deus é machista, por Escriba de Cristo
164
diante de Deus, as autoridades sejam pessoas de maior valor.
Significa apenas que, em matéria de governo, elas estão numa
posição diferenciada das demais (que são tão valiosas aos olhos de
Deus como as que estão investidas de autoridade).
E, em matéria de governo do lar, o homem é e será sempre
o cabeça, não a mulher. Esta ordem na cadeia de comando nunca
pode ser quebrada. O apóstolo Paulo ensinava e determinava que a
mulher não exercesse autoridade sobre o marido:
Mesmo se o marido não é cristão, o apóstolo Pedro ainda o
reconhece como cabeça do lar, a quem a mulher deve ser submissa
(assim como os homens devem se submeter aos governantes
mesmo que eles não sejam cristãos):
Penso que a palavra submissão deva ser melhor entendida.
A palavra “submissão” que foi traduzida do original grego é
“hupotasso”, e significa: 1) organizar sob, subordinar; 2) sujeitar,
colocar em sujeição; 3) sujeitar-se, obedecer; 4) submeter ao
controle de alguém; 5) render-se à admoestação ou conselho de
alguém; 6) obedecer, estar sujeito. E, de acordo com o Léxico de
Strong, ainda há uma importante observação acerca do uso desta
palavra na época: “Um termo militar grego que significa ‘organizar
[divisões de tropa] numa forma militar sob o comando de um líder’.
Em uso não militar, era ‘uma atitude voluntária de ceder, cooperar,
assumir responsabilidade, e levar um carga’.”
Quando olhamos para o conceito da palavra submissão,
pode parecer exagerado e até assustador (mais para as mulheres do
que para os homens). Mas devemos lembrar que a mulher deve se
sujeitar ao marido como a Igreja se sujeita à Cristo (Ef 5.22-24). Em
contrapartida, o marido deve governar e exercer sua autoridade
como Cristo! E quando olhamos para a liderança de Jesus não
vemos uma atitude de domínio, mas uma liderança servidora. Assim
como Pedro advertiu os presbíteros a não serem dominadores do
povo que governam (1 Pe 5.3), entendo que também o marido não
Deus é machista, por Escriba de Cristo
165
deve ser um controlador. Autoridade é liderança funcional, não
domínio (já detalhamos isto no capítulo anterior).
No entanto, mesmo que o marido não levante um cetro de
domínio em sua casa, sua autoridade deve ser respeitada. Paulo
advertiu que quem resiste à autoridade traz sobre si condenação
(Rm 13.2). Assim como os filhos devem honra aos pais, e isto traz
bênçãos sobre suas vidas (Ef 6.1-3), também a esposa deve
respeito ao seu marido (Ef 5.33) e isto também trará bênçãos sobre
sua vida!” (20)
VÉU – SÍMBOLO DA SUBMISSÃO FEMININA
Em 2015 escrevi o livro COMPÊNDIO TEOLÓGICO SOBRE
O VÉU com cerca de 300 páginas onde me aprofundei no
MANDAMENTO BÍBLICO da mulher usar o véu no culto quando ora
ou profetiza. Este instituto do véu foi ordenança divina para lembrar
as mulheres que elas estão abaixo do homem na hierarquia divina
onde o homem é o cabeça da mulher. Deus é machista para o bem
das mulheres, com o estabelecimento desta hierarquia Deus deixou
Deus é machista, por Escriba de Cristo
166
aos homens a responsabilidade de: Prover sustento da família,
proteger sua família até oferecendo a sua própria vida, a educação
dos filhos quanto a autoridade para submete-los a obediência. Em
muitas culturas do mundo Deus instigou os povos a adotarem este
costume que remonta a longínqua antiguidade. Mas o movimento
feminista incitado por Satanás de tanto bater acabou forçando a
igreja cristã do mundo inteiro a recuar na ordenança das mulheres
usarem véu. Poucas igrejas de cunho primitivo seguem a Palavra de
Deus quanto a este princípio. Abaixo seguem argumentos teológicos
debruçados no texto central da questão: I Coríntios 11.1-16.
DR. RUSSEL NORMAN CHAMPLIN é Autor da consagrada
Obra: “Novo Testamento comentado versículo por versículo”,
editora Arghos, 2002. Esta obra literária exerceu grande influência
na minha concepção sobre o véu. Somente 10 anos após batizar-
me é que aceitei a doutrina do véu, pois pertencia a uma
denominação evangélica que não adotava o véu como normativa
cristã para as mulheres. Este erudito cristão não é um palpiteiro das
redes sociais, metido a intelectual como somos acostumados a ver
na internet. Seu comentário bíblico equivale a um livro de 20.000
(vinte mil páginas), ou seja, é uma pessoa que se aplicou muito no
estudo da Bíblia, não é leigo nem moleque. Champlin mostra que
do capítulo 11 ao 14, o apóstolo Paulo trata da ordem no culto:
V. Regulamentação da Adoração Cristã (I Cor. 11:2 -
14:40). 1. O véu das mulheres (11:2-16).
11:2: Ora, eu vos louvo, porque em tudo vos lembrais de
mim, o guardais os preceitos assim como vo-los entreguei.
A - ERUDIÇÃO SUPERFICIAL
Champlin diz: “Paulo não aprovava as mulheres que não
usassem o véu em determinadas ocasiões. Muitas mulheres dali
procuravam imitar as sacerdotisas pagãs em seus oráculos
Deus é machista, por Escriba de Cristo
167
selvagens, que profetizavam com cabeça descoberta, [...] Por
exemplo, virtualmente nenhuma denominação realmente requer
que as mulheres usem o véu, um verdadeiro véu, aceitável para o
apóstolo Paulo. O texto perante nós requer peremptoriamente o
uso do véu, toda e qualquer outra interpretação é forçada, mal
informada, resultante de uma erudição superficial ou mesmo
desonesta. No entanto, «onde está o véu das mulheres!» De fato, é
muito difícil encontrar essa prática em qualquer igreja evangélica
moderna.”
B - CHAPÉUS NÃO SUBISTITUEM O VÉU
Champlin discorda dos pequenos chapéus para substituir o
véu: “Às vezes vemos pequenos chapéus ou panos de cabeça
usados pelas mulheres crentes. Ora, isso não teria agradado e nem
satisfeito ao apóstolo dos gentios. Ele recomendou e ordenou o uso
do antigo véu oriental, que tinha o propósito de «cobrir» os cabelos,
fazendo-os desaparecer da vista. Um chapeuzinho ou um pano de
cabeça não é um véu.”
C - QUEM CRÊ NA BÍBLIA ESTÁ OBRIGADO A USAR O VÉU
Deus é machista, por Escriba de Cristo
168
Champlin apresenta a questão do véu como uma
ordenança para os que creem que toda a Bíblia deve ser
obedecida: “É extremamente desonesto dizermos que Paulo não
requeria de fato o uso do véu, pois é fato indubitável que ele fazia
tal exigência. Se alguém crê que as Escrituras Sagradas inteiras,
bem à parte da questão dos costumes e do pano de fundo histórico
e das convenções sociais, devem ser cumpridas, então esse
alguém está absolutamente obrigado a aceitar que às mulheres
crentes é ordenado não somente que usem o véu quando «oram ou
profetizam», mas também que usem os cabelos longos. Tal véu
deve ser autêntico, e não apenas um simulacro. Esse véu deve
cobrir realmente os cabelos. Os substitutos modernos jamais teriam
sido aceitos pelo apóstolo dos gentios, visto que não podem
cumprir o propósito pelo qual foi exigido o véu para as mulheres. O
véu era uma parte importante dos costumes sociais antigos, não
sendo observado somente no seio da primitiva igreja cristã,
havendo outras razões para seu uso que não mais existem.”
Muitos católicos sinceros se queixam do recuo da
Igreja Católica na exigência do uso do véu durante o
culto, agora quem fica constrangido é quem quer usar
e acaba sendo observado com olhares de reprovação.
D - RECONHECENDO AS AUTORIDADES
Deus é machista, por Escriba de Cristo
169
11:3: Quero, porém, que saibais que Cristo é a cabeça
de todo homem, o homem a cabeça da mulher, e Deus
a cabeça de Cristo.
Champlin considera que o erro maior da igreja de Corinto
era não entender o princípio divino de autoridades: “Se por um lado
os crentes coríntios exageravam a autoridade de seus heróis, de
acordo com os quais criavam divisões denominacionais, por outro
lado não percebiam a desordem reinante na congregação de
Corinto no tocante às mulheres, o que se devia à sua ignorância
quanto à hierarquia de autoridades. Existe certa ordem
decrescente de autoridade: cada ser tem o seu «cabeça». O
cabeça, como diretor do corpo, representa a autoridade. Assim, de
todas as famílias do céu e da terra, Deus é o cabeça. O Pai é o
cabeça até mesmo de Cristo, e não somente na missão terrena
deste, mas também dentro da própria Trindade o Pai é o cabeça e
o Filho lhe é subordinado. 3. O Filho estabeleceu o exemplo. Seu
Cabeça é o Pai, e é em obediência ao Pai que ele cumpriu e está
cumprindo a sua missão (ver João 8:29). 4. Os filhos de Deus estão
todos sujeitos a Cristo como o Cabeça, pois ele é o alvo de toda a
sua existência, além de ser o poder que pode fazer deles seres
participantes de sua própria natureza divina (ver Rom. 8:29).
Portanto, o cabeça do homem é Cristo. O homem não é
independente, mas dependente, porquanto nem ao menos é o
senhor de seu próprio destino. A própria salvação consiste de
crescermos em Cristo como o cabeça, em que contamos com ele
como o cabeça de tudo. (Ver Efésios 1:10, 23). 5. A mulher não é
espiritualmente inferior ao homem, mas está subordinada a ele
nesta esfera terrena, especificamente a seu próprio marido. Não
pode cumprir seu papel no seio da igreja, imitando as frenéticas
sacerdotisas descabeladas e sem véu dos pagãos. Portanto, que
ela faça certas coisas: que traga os cabelos longos, como lhe é
natural (símbolo da autoridade de seu marido sobre ela), e que use
um véu sobre a cabeça, em determinadas ocasiões, o que também
lhe serve de símbolo de sua sujeição. Os pontos fortes e os pontos
Deus é machista, por Escriba de Cristo
170
fracos da natureza feminina: Por igual modo, a mulher, embora da
mesma natureza que o homem, e embora tendo o mesmo destino,
está em posição de sujeição a ele. Até mesmo quando duas
pessoas vão montadas em um cavalo, uma delas vai na frente e a
outra atrás. Assim também o homem ocupa um primeiro lugar, tanto
em sua casa como na casa de Deus. Naturalmente, isso tem dado
margem a muitos abusos.”
E - RELAÇÃO DEUS-CRISTO E HOMEM-MULHER
Champlin faz uma comparação da relação entre Deus e
Cristo e o homem e a mulher. Explanando o pensamento de Paulo,
ele mostra que o homem não é superior em natureza a mulher, mas
em hierarquia de comando, sendo o véu a simbologia desta relação
espiritual: “O princípio da igualdade feminina com o homem não
quer dizer que ela possa agir como bem entenda, tal como também
não significa que o homem possa agir a seu talante. Há uma ordem
divina a ser seguida. 2. Mas o princípio de igualdade entre os sexos
significa que o homem também tem suas próprias
responsabilidades. Não pode fazer da mulher uma escrava. O
marido precisa reconhecer a elevada dignidade de sua esposa
como uma pessoa, tratando-a com respeito e consideração. No lar,
o marido deveria estabelecer uma democracia, ao máximo em que
Deus é machista, por Escriba de Cristo
171
isso possa ser praticado, sem perder a sua liderança. Qual A
Posição Do Filho Em Relação Ao Pai? 1. Este versículo era usado
pelos arianos (e continua sendo usado por certos), na tentativa de
demonstrar a inferioridade do Filho em relação ao Pai; pois, para
esses, o versículo parece indicar um tempo em que o Filho foi
criado, e que sua divindade é secundária, tendo-lhe sido
«outorgada», ao invés de ser algo inerente à sua pessoa eterna.
Outros versículos que parecem dar a entender a posição
secundária do Filho, são I Cor. 3:23; Efé. 1:23; 4:15; 5:23 e Col.
1:18. O que Paulo queria que entendêssemos é que aquilo que ele
dizia aqui expressa um «princípio geral», com muitas implicações,
incluindo a posição e a função das mulheres crentes no seio da
igreja, o que havia sido violado pelos coríntios, cujas mulheres
viviam exageradamente emancipadas. «Visto que a cabeça
pertence à mesma essência que o corpo, e que Deus é o cabeça
do Filho, então o Filho deve ser da mesma essência do Pai».
(Crisóstomo). «A mulher é da mesma essência que o homem, não
tendo sido criada por ele; assim também o Filho não foi criado pelo
Pai, mas é da mesma essência que o Pai». (Teodoreto). Certas
ideias dos hebreus, acerca da dependência e inferioridade naturais
da mulher, em relação ao homem, se derivam da declaração
original do trecho de Gên. 3:16.”
F - AO HOMEM É PROIBIDO COBRIR A CABEÇA
11:4: Todo homem que ora ou profetiza com a cabeça
coberta desonra a sua cabeça.
Champlin mostra que a despeito do judaísmo moderno
adotar uma cobertura para a cabeça dos homens, o cristianismo
não admite uso de qualquer cobertura na cabeça do homem
quando oram:
Deus é machista, por Escriba de Cristo
172
“Para aqueles que visitam um a sinagoga ortodoxa hoje em
dia, ao adentrarem na sinagoga, colocam um pequeno gorro sobre
a cabeça, embora nunca um véu, pelo menos quando se dedicam à
oração. Não obstante, esse costume entre os judeus só teve início
em cerca do século IV D.C. Originalmente, cobrir a cabeça era sinal
de tristeza, e não somente de adoração reverente. (Ver Strack and
Billerbeck, Kommentarzum N .T., III, págs. 423-426). Esta tradição
penetrou nas Escrituras através de suas epístolas, e os crentes o
tem aceitado como um mandamento de Deus, e com toda a razão.
Naturalmente, no caso dos homens, na igreja coríntia nunca houve
qualquer problema sobre esse particular. Nenhum homem andaria
coberto de véu, pois as mulheres é que se cobrem de véu, e não os
homens. Mas Paulo mencionou essa particularidade a fim de
melhor equilibrar o seu argumento. Foi um preceito inteiramente
tomado por empréstimo do judaísmo, devendo ser compreendido
em seu fundo cultural e histórico. Naturalmente, Paulo pensava
ser isso um mandamento «divino», porquanto era assim que
ele estava acostumado a fazer. Não antecipou o apóstolo uma
total modificação nos costumes sociais a respeito. Em caso
contrário, é possível que tivesse escrito de maneira diferente. Está
aqui em vista o ensinamento público em geral, e não apenas o
exercício do dom da profecia. Esse dom envolvia mais do que o
ensino oral na igreja. «...desonra...» Isso em face do fato que cobrir
a cabeça era símbolo de sujeição a algum poder «visível».
Espiritualmente falando, e de acordo com a ordem divina das
coisas, o homem não está sujeito a qualquer poder dessa ordem.
Portanto, cobrir a cabeça seria, para o homem, uma degradação,
desonrando a «...sua própria cabeça...» Cristo não é diretamente
aludido aqui, ainda que se um homem que pertence a Cristo,
desonra a si mesmo, também desonra secundariamente a Cristo,
visto que terá perturbado a ordem divina sobre essa questão.
Alguns estudiosos opinam que se assim agisse, o homem poderia
dar a entender que tinha outro cabeça, além de Cristo. Ora, isso
seria um insulto contra o senhorio de Cristo. No entanto, entre os
Deus é machista, por Escriba de Cristo
173
judeus de séculos posteriores, quando um homem entrava na
sinagoga, recebia o «tallith», um xale de quatro pontas, para ser
posto sobre a cabeça. Os romanos, antes mesmo do aparecimento
do «tallith» judaico, já costumavam entrar em seus templos de
cabeça coberta, incluindo tanto as mulheres como os homens. (Ver
Virgílio, Eneida, iii.545, sobre esse fato). Os gregos, entretanto,
tradicionalmente sempre oravam e adoravam de cabeça
descoberta. E o sétimo versículo deste capítulo acrescenta certa
razão para o homem orar de cabeça descoberta: o homem é a
imagem de Deus à face da terra. E essa imagem não deve ser
encapuçada.”
G - O DOGMA DO VÉU NA MULHER
11:5: Mas toda mulher que ora ou profetiza com a
cabeça descoberta desonra a sua cabeça, porque é a
mesma coisa como se estivesse rapada.
Champlin não perdoa aqueles que querem dar outro
sentido ao texto paulino, chega a chamar de INTERPRETAÇÃO
SUICIDA aquela que pregam contra o uso do véu: “Encontramos
aqui as instruções paulinas sobre o véu das mulheres. Os
Deus é machista, por Escriba de Cristo
174
versículos cinco, seis, nove, dez, doze, treze e quinze ensinam,
mui dogmaticamente, que a mulher deve usar o véu quando
ora ou profetiza. Que assim deve ser está de acordo com o
princípio geral exarado no terceiro versículo deste capítulo, e que
Paulo considerava estar sendo violado pelos crentes de Corinto. É
uma interpretação suicida, portanto, fazer os versículos quinze
e dezesseis contradizer o ensino geral desta passagem,
supondo que os cabelos das mulheres (se forem longos,
conforme o texto requer) lhes foram dados em lugar ou em
substituição ao véu, tornando desnecessário o uso do véu,
conforme alguns estudiosos têm interpretado o décimo quinto
versículo. Igualmente incoerente e contrário ao texto inteiro é
aquela interpretação que supõe que, no décimo sexto versículo,
Paulo diz que se algum homem desejar levantar objeção acerca
dessa questão, Paulo estava disposto a esquecer-se do assunto
inteiro, permitindo que as mulheres fizessem como bem lhes
entendessem. Não é isso que o décimo sexto versículo ensina.
Interpretações Antigas E Modernas 1. O próprio texto é
claríssimo. A mulher deve usar um véu e também trazer os
cabelos longos. Nenhuma outra interpretação é possível.”
Em muitas denominações cristãs antigas as
mulheres que pertencem as Ordens Religiosas
usam véu em público.
Deus é machista, por Escriba de Cristo
175
H - IGREJA MODERNA X IGREJA PRIMITIVA
Champlin admite que a igreja moderna é mundana e
prefere seguir os costumes do mundo (sociais) em vez de obedecer
a ordem bíblica. Chega a dizer que os líderes atuais não têm nem
mesmo a intenção de seguir a verdade da Palavra:
“A igreja cristã, por conseguinte, adaptando-se aos
modernos costumes sociais, tem ignorado essas instruções de
Paulo. Ou então, ao invés de ignorá-las, tem preferido distorcê-
las, adaptando-as aos nossos costumes atuais. Mas isso é
anacrônico e absurdo. Parece impossível, para certos homens
religiosos, simplesmente admitirem que não estamos seguindo
(e nem temos a intenção de seguir) certos mandamentos de
Paulo, quando estes se derivam de costumes antigos e não são
mais válidos em nossa sociedade. Pois pensam que, de alguma
maneira, estão seguindo todas as instruções dadas por Paulo, e
por isso distorcem trechos bíblicos como aqueles que proíbem, de
modo absoluto, que as mulheres falem na igreja, ou que requerem
que as mulheres tragam os cabelos longos e usem véus. Mas que
Paulo realmente determinou essas três coisas é bem patente neste
capítulo e no décimo quarto capítulo de I Coríntios. E que ele só
pode ter querido que esses preceitos fossem observados é algo
exigido pelo conhecimento que temos dos antigos costumes e
atitudes dos hebreus. Além disso, a história da igreja primitiva
mostra-nos que essas coisas eram praticadas estritamente nos
primeiros séculos, exceto nos centros cosmopolitas e pagãos, como
Corinto. É impossível tornar compatíveis os costumes da igreja do
século XX, no que diz respeito às mulheres e ao que podem fazer
na igreja, com os costumes do primeiro século da era cristã. A
tentativa é absurda, e as interpretações dadas por aqueles que não
seguem à risca esses preceitos são desonestas ou baseadas na
falta de conhecimento próprio.”
Deus é machista, por Escriba de Cristo
176
I - PROVAS ARQUEOLÓGICAS A FAVOR DO VÉU
Ao longo deste livro mostro várias gravuras existentes nas
catacumbas de Roma que revelam como as mulheres cristãs
cobriam a cabeça com véu nos cultos; um capítulo inteiro aborda
esta prova testemunhal, e finalmente neste capítulo sobre
Champlin, o mesmo também cita o argumento das catacumbas
para corroborar a universalidade do uso do véu na igreja primitiva:
“Não estamos praticando o que Paulo determinou. Que
fazemos, então, para justificar-nos? Dizemos: «Os costumes se
alteraram, e as exigências também». Essa é uma resposta honesta.
Que cada qual refute ou justifique essa resposta. Aqueles que a
refutarem, terão necessidade de pôr em prática o que o apóstolo
determinou. Aqueles que a justificarem, terão de satisfazer a
própria consciência, diante da determinação da Palavra de Deus.
Nas catacumbas, nos desenhos que representam os cultos
públicos dos cristãos primitivos, as mulheres são vistas a usar xales
apertados em torno da cabeça, que ocultavam completamente os
seus cabelos. O propósito do véu era o de ocultar os cabelos. Por
conseguinte, os modernos substitutos, como os chapeuzinhos ou
os lenços de cabeça dificilmente satisfazem as exigências do texto
que ora comentamos.”
J - OITO RAZÕES PARA USAR O VÉU
Champlin ao analisar o texto áureo sobre o véu detecta oito
argumentos dado por Paulo para que as mulheres usem o véu
quando oram e profetizam. São quase todas razões de cunho
transcendental e transcultural, e que portanto, devem ser mantido
pela igreja em todos os tempos e lugares:
“Quais são as razões específicas para o uso do véu?
Abaixo enumeramos as razões bíblicas: 1. A fim de manter a
ordem divina sobre as posições que homens e mulheres devem
ocupar. A mulher usa o véu a fim de mostrar que está subordinada
Deus é machista, por Escriba de Cristo
177
ao homem. (Ver o terceiro versículo). 2. Não usar o véu é
desonrar essa ordem de coisas, bem como à própria mulher, que
é assim reduzida à posição de uma prostituta; e isso desonra a sua
própria «cabeça», a sua própria pessoa, além de desonrar, em
segundo lugar, o homem que é sua cabeça. (Ver o quinto
versículo). 3. Paulo diz que se a mulher não se cobre com véu,
então que também rape os cabelos, a exemplo dos homens.
Duas palavras diferentes são usadas pelo apóstolo Paulo para
indicar o corte dos cabelos, neste texto. Uma delas indica «rapar
com navalha» (nos versículos quinto e sexto), e a outra indica
«cortar com tesoura» (no sexto versículo). Esse corte dos cabelos
era o sinal social da escravatura, ou talvez de uma mulher de luto.
Paulo assim diz que a «emancipação» que algum as mulheres
buscavam, querendo desfazer-se do véu ou querendo cortar os
cabelos (o que também era um dos costumes das prostitutas), na
realidade era uma degradação, levando as mulheres a regredirem
em sua dignidade, não uma emancipação. 4. A mulher é a glória
do homem, porquanto «vem dele» e é «para ele» (ver os
versículos sétimo a nono), pelo que também não pode ser
emancipada a ponto de ser igual a ele. O véu serve de símbolo
dessa posição subordinada, pelo que também deve ser usado
pelas mulheres crentes. (Ver os mesmos versículos). 5. Os anjos
observam os cultos de adoração dos crentes, sendo eles os
guardiães da ordem divina. Assim, por causa deles, a mulher
deveria mostrar o devido respeito por eles, usando o véu. (Ver o
décimo versículo). 6. É «decente» ou apropriado para as
mulheres usarem o véu, segundo igualmente ditavam os costumes
sociais da época. (Ver o décimo terceiro versículo). 7. A própria
natureza confirma quão próprio é as mulheres usarem véu, tendo
dado às mulheres cabelos longos; e isso não em lugar do véu, e,
sim, como uma coberta ou manti lha natural, - que é, ao mesmo
tempo, uma espécie de véu natural e primário. O véu de pano
secundário corresponde ao véu primário dos cabelos, o que serve
para mostrar-nos que a própria natureza ensina às mulheres que
Deus é machista, por Escriba de Cristo
178
elas devem colocar o véu. Sim, a própria natureza pôs certo véu
sobre a mulher. A igreja cristã deveria aprender essa lição,
requerendo que as suas mulheres usem o véu de pano. A vontade
das mulheres crentes deveria concordar com a vontade expressa
pela própria natureza. 8. No entanto, se os crentes de Corinto
quisessem mostrar-se contenciosos, que soubessem que a igreja
em geral não tem nenhum outro costume além desse, isto é,
não adotaria qualquer inovação, derivada de Corinto. Não
seguiriam os crentes em geral tais costumes locais de Corinto,
como se os mesmos fizessem parte integrante da «liberdade cristã»
(ver o décimo sexto versículo).”
K - EMANCIPAÇÃO FEMINISTA REPELIDA POR PAULO
A igreja de Corinto estava inserida em um ambiente mais
liberal e relação as demais culturas do Oriente Médio e mesmo da
Europa, por isso a influência do movimento feminista era mais
evidente nesta cidade, o que acabou se introduzindo dentro da
igreja local. Mas Paulo, visando manter os bons costumes, tratou
de mandar uma carta a igreja de Corinto com várias repreensões
sobre os hábitos mundanos que estavam sendo inseridos dentro da
Deus é machista, por Escriba de Cristo
179
igreja. Os cristãos se Corinto estava se levando pela cultura
anticristã com os modismos e a luta pela emancipação feminina:
“«...desonra a sua própria cabeça...» A cabeça da mulher
está aqui em foco, e não o seu cabeça, que é seu marido, embora
este último também esteja secundariamente em foco. A mulher
crente tão-somente se degrada quando não observa a ordem divina
de coisas, ao repelir autoridades devidamente constituídas por
Deus, ao procurar uma emancipação que não lhe cabe, ao
desconsiderar o que é apropriado para a igreja. Outrossim, a
«desonra» praticada contra o sexo dominante, mediante a sua
rebeldia, recai sobre a mulher. É bem provável que esse opróbrio
inclua o fato de que as mulheres tradicionalmente são mais
atrativas ao sexo oposto se tiverem os cabelos longos. Isso atrai a
atenção dos homens. Uma mulher sem véu, em lugares públicos,
por conseguinte, era considerado um motivo de atração sexual; e
isso envolvia a mulher em uma conduta imprópria, no que concerne
ao respeito que a mulher deve a seu marido. «...é como se a
tivesse rapada...» A mulher que não usasse véu nos cultos públicos
da igreja primitiva agia como se tivesse rapado a cabeça,
porquanto tinha removido um véu necessário, tal como os cabelos
longos são uma mantilha necessária para ela. Remover um
equivale a remover o outro. Ora, a cabeça rapada era algo
repugnante para os judeus, porque as adúlteras sempre tinham a
cabeça rapada, como castigo e sinal de seu crime. (Ver Núm. 5:18).
As mulheres escravizadas também tinham seus cabelos rapados; e
as mulheres em luto às vezes faziam outro tanto; mas isso não era
normal para as mulheres que estavam em seu estado natural e
livre. Isaías utilizou a figura do corte dos cabelos para dar a
entender a destruição do povo inteiro de Israel por meio de uma
divina retribuição (Ver Isa. 7:20). Entre os povos germânicos
antigos, de acordo com o historiador romano Tácito (ver Germ. 19),
as mulheres adúlteras eram expulsas da casa de seus maridos com
a cabeça rapada. E o código de Justiniano também prescrevia tal
punição para as mulheres adúlteras. Alguns cultos gregos
Deus é machista, por Escriba de Cristo
180
ofereciam à mulher um alto grau de emancipação, nos quais as
mulheres não usavam véu algum, porque, quanto a esse respeito,
as mulheres eram iguais aos homens. É possível que, em algumas
congregações cristãs locais esses cultos pagãos fossem
especificamente imitados, em que mulheres crentes julgavam ser
um sinal de emancipação, de seu direito como cristãs, não usarem
véu algum. Porém, mesmo que nessa hipótese haja algum
elemento de verdade, o que sucede até mesmo na igreja e nos
costumes sociais de nossa própria época, como uma conduta
decente para as mulheres, era avançado por demais para os dias
de Paulo, em um contexto grego ou judaico. As mulheres gregas
raramente apareciam em público, mas viviam em reclusão
essencial. As mulheres solteiras não abandonavam as suas
habitações exceto em ocasiões especiais, como nos festivais e nos
cortejos. E até mesmo depois de contraírem matrimônio era -lhes
permitida bem pouca liberdade para se misturarem com outras
pessoas. Suas companhias constantes eram os escravos e as
crianças. Certos lugares eram vedados à sua visita. A cobertura de
cabeça, entre os gregos, consistia de redes ou de lenços, que
usualmente cobriam a cabeça toda, ou então de um xale que
geralmente envolvia tanto o corpo como a cabeça. Com base em
tais costumes é que vemos por que Paulo insistia sobre o uso do
véu, e por qual razão somente essa interpretação — que diz que as
mulheres do cristianismo primitivo usavam realmente o véu sobre
os cabelos longos — é que satisfaz as exigências do texto.”
L - FUDAMENTALISTA BÍBLICO USA O VÉU
Champlin não vê outra alternativa para os crentes que
aceitam a Bíblia como regra de fé, o uso do véu é obrigatório:
“O problema no contexto contemporâneo: Porventura essa
prática não deveria ser seguida hoje em dia? É óbvio que essa
prática não é seguida entre nós, hoje em dia, na grande maioria
das denominações evangélicas, e isso nem nos cultos e nem
Deus é machista, por Escriba de Cristo
181
em público. Contudo, se realmente o véu não precisa mais ser
usado pelas mulheres crentes, não pode ser em razão de
qualquer «interpretação» deste texto. Se sentimos que a
totalidade das Escrituras, a despeito das modificações sociais,
devem ser seguidas à risca, então o uso do véu é algo
absolutamente obrigatório, pelo menos nos cultos.”
M - VÉU NATURAL E VÉU SIMBÓLICO
Champlin mostra que os dois véus eram necessários, o véu
natural (cabelo) e o véu simbólico (mantilha):
11:6: Portanto, se a mulher não se cobre com véu,
tosquie-se também; se, porém, para a mulher é
vergonhoso ser tosquiada ou rapada, cubra-se com
véu.
“A mulher decorosa dos tempos antigos usava duas
modalidades de véu. O primeiro, que era natural, consistia de seus
cabelos longos, de sua beleza e glória. (Ver o décimo quinto
versículo). Esse véu, que a versão portuguesa que serve de base
textual deste comentário distingue do outro, mediante o uso da
palavra «mantilha» (no grego, «peribolaios») (ver o décimo quinto
versículo), foi dado à mulher pela própria natureza. Para
complementar esse véu natural, cumpre à mulher crente usar outro
véu. Ambas as coisas, juntamente, eram símbolo de sua posição
na sociedade, de sua sujeição ao homem, de sua posição na
hierarquia divina de poderes e posições. ‘...tosquiar-se ou rapar-
se...’ Está aqui em foco aparar rente os cabelos com um a tesoura,
ou então rapar inteiramente os cabelos com uma navalha. Porém,
tanto uma como outra coisa eram reputadas como uma desgraça,
pelas várias razões expostas nas notas referentes aos versículos
quinto e décimo quinto. «Se uma mulher se recusar usar o véu, que
ela, coerentemente, se faça masculina, cortando bem baixo os seus
cabelos;”
Deus é machista, por Escriba de Cristo
182
Louis Francescon, fundador da
Congregação Cristã no Brasil, em
cem anos de atuação no Brasil,
instalou-se 20 mil igrejas (casas de
oração), maior denominação que
usa véu no Brasil.
N - VÉU, SÍMBOLO DE SUBMISSÃO
Champlin segue desenvolvendo o texto do apóstolo Paulo,
esmiuçado cada palavra para o melhor entendimento:
“11:7: Pois o homem, na verdade, não deve cobrir a
cabeça, porque é a imagem e gloria de Deus; mas a mulher é a
glória do homem. O homem, ao cobrir a cabeça, elimina
simbolicamente a sua elevada posição como imagem e glória de
Deus. (Quanto ao «homem como imagem de Deus», segundo o
Deus é machista, por Escriba de Cristo
183
pensamento dos hebreus, ver Gên. 1:27; quanto à doutrina cristã
paralela a isso, isto é, o homem «transformado segundo a imagem
de Cristo», o que lhe permite participar da natureza divina, ver
Rom. 8:29 e II Ped. 1:4). Visto que o homem possui a glória e a
imagem de Deus, ele é o seu vice-regente à face da terra; é o
verdadeiro rei da terra. A mulher, por outro lado, que fica no lar, a
cuidar das questões domésticas e a criar os filhos, é, por assim
dizer, a representante do homem, da glória do homem, se ela é
realmente uma mulher piedosa e boa. À mulher é dado o direito e a
autoridade para criar corretamente os filhos, no lar, tal como ao
homem foi dada por Deus, sobre a terra, autoridade e poder. E isso
concorda com os primeiros capítulos do livro de Gênesis, bem
como com a interpretação rabínica comum a respeito dos mesmos.
Ora, não tendo poder «visível» ao qual deva estar sujeito, o homem
não precisa usar qualquer «sinal» de sujeição, como é o caso da
mulher, que deve usar o véu. E esta deve assim fazer para mostrar
sua sujeição a um poder «visível», o homem, e, mais
particularmente ainda, o seu próprio marido.”
Com véu, mas já com ares mundano.
O - PENSAMENTO MODERNO X TEXTO BÍBLICO
Deus é machista, por Escriba de Cristo
184
Champlin não concorda com o uso do véu por considera-lo
obsoleto e ultrapassado, mas reconhece que o texto bíblico exige o
uso do véu. Há um problema irreconciliável: A moralidade cristã X
costumes sociais. Quem prefere seguir os costumes sociais
acredita que a Bíblia está obsoleta, quem prefere seguir a
moralidade cristã seguirá usando o véu. Devo a Champlin a
iluminação do meu entendimento sobre o uso do véu. Ele foi
sincero querendo nos dizer que: “Eu acho um mandamento
obsoleto, mas que a Bíblia manda as mulheres usar o véu, manda.”
Vamos a mais esta pérola:
“O caso daquelas crentes que haviam exagerado em sua
emancipação feminina, e que é exatamente a atitude aqui
condenada pelo apóstolo. Por conseguinte, se não estamos
obedecendo a esse mandamento, devemos estar alicerçados
no argumento de que os costumes sociais, tendo sido
radicalmente alterados, têm tornado «obsoletas» e
«ultrapassadas» essas práticas. Esta passagem ilustra o perene
problema da relação que há entre os costumes sociais e a
moralidade cristã . Paulo escreveu aqui do ponto de vista de um
rabino, como representante da antiga cultura judaica. Porventura
tais costumes continuariam sendo obrigatórios para nós, hoje em
dia, quando as coisas são tão radicalmente diferentes, em aspectos
como o vestuário, e sobretudo no que tange à nossa ideia acerca
da posição da mulher? Este comentador acredita que visto que os
costumes sociais mudaram, as exigências deste texto também
mudaram. A ordem divina dos poderes, de hierarquias, de quem
deve estar sujeito a quem (ver o terceiro versículo), pode ser
mantida sem os sinais antigos e externos, como, por exemplo, o
véu. Paulo apela para a natureza, em defesa do uso dos «cabelos
longos» pelas mulheres. Este autor concorda com esse apelo.
Seria apropriado, pois, na opinião deste autor, se o véu fosse
completamente esquecido como reminiscência do passado, mas
grandemente desejável que o uso de cabelos longos entre as
mulheres permanecesse. Ao assim dizermos, porém, temos de
Deus é machista, por Escriba de Cristo
185
admitir que não é isso que o texto sagrado nos ensina, embora isso
talvez preserve o «âmago»» da questão. Não obstante, posso
perceber como esse apelo à natureza, em prol do uso de cabelos
longos pelas mulheres, poderia permanecer firme. Que cada crente
satisfaça a sua própria consciência sobre a questão, persuadindo
sua esposa e sua igreja de acordo com a mesma.”
Glorioso batismo na África acompanhado por cristãs com véu.
P - SUBORDINAÇÃO TERRENA DA MULHER
Champlin explica que Paulo ao mandar as mulheres usar o
véu somente esta dizendo que no plano terrestre a mulher está em
posição inferior, na eternidade não haverá distinção entre homens e
mulheres:
“A subordinação da mulher não se aplica ao estado eterno.
No que tange à questão do homem ser a imagem de Deus, e da
mulher ser a glória do homem, Paulo não fazia qualquer alusão à
salvação eterna, e nem ao estado final das coisas, e, sim, à ordem
terrena das coisas. O N.T. não faz qualquer distinção entre o
destino eterno dos homens e das mulheres. Ambos podem ser
transformados segundo a imagem de Cristo, vindo assim a
participar da natureza divina. (Ver Gál. 3:28). Na pessoa de Jesus
Cristo, devido àquilo que ele faz em favor do homem na redenção,
Deus é machista, por Escriba de Cristo
186
não há qualquer diferença entre homem e mulher, entre escravo e
livre, entre judeu e gentio. Todas essas distinções terrenas, em
Cristo Jesus, são completamente eliminadas. Antes, todos os
crentes, homens e mulheres, são filhos de Deus (ver Gál. 3:26),
dotados de glória e estatura potencialmente igual. O fato de alguém
ser uma mulher não será obstáculo algum no estado eterno, e nem
serve agora de empecilho ao seu progresso espiritual. E qualquer
subordinação a que a mulher seja posta neste mundo, não será
transferida para os lugares celestiais, o lar final da igreja. Para
Paulo, entretanto, dentro desta esfera terrena, a mulher era a cópia
mais fraca da glória de Deus, o que era uma noção judaica
perfeitamente comum. Seja como for, não nos devemos esquecer
que Paulo aqui expunha a posição da mulher em relação ao
homem, e não em relação a Deus. Como um fato indiscutível, nas
páginas do N.T., tanto homens como mulheres, isto é, a
humanidade inteira, aparecem como a glória de Deus, por ter sido
criado o ser humano segundo a imagem moral de Deus; e, através
de Cristo, pode obter até mesmo a glória da natureza divina e a
verdadeira imortalidade, isto é, a vida necessária e independente, o
mesmo «tipo» de vida que Deus tem, e não meramente uma
existência sem fim. (Ver os trechos de João 5:25,26 e 6:57, quanto
à exposição desses conceitos). Compartilhar da natureza de Deus,
participar da imagem de Cristo, é receber a glória e a majestade de
seu ser, bem como a sua herança espiritual. (Ver Rom. 8:17). A
essas modalidades de doutrina é que Paulo fazia aqui alusão. A
mulher reflete a glória de Deus, embora indiretamente, porquanto
reflete mais diretamente a glória do homem. Mas isso não deve ser
compreendido em sentido absoluto, como se a mulher não pudesse
aproximar-se de Deus diretamente. De fato, tem-se dado
automaticamente à mulher uma posição subordinada ao homem
com base na ideia judaica sobre a posição inferior da mulher,
devido à observação que, quando da criação, a mulher foi formada
da costela de Adão, isto é, «da parte do homem» e também «para
o homem». Porém, Paulo não fala aqui essencialmente acerca da
Deus é machista, por Escriba de Cristo
187
glória eterna, ainda que isso fique implícito no fato que o homem é
a glória de Deus; mas o apóstolo se referia às questões terrenas, à
questão da hierarquia de poderes e posição.”
Quando o véu começou a desaparecer das igrejas...
Q - PRIORIDADE DO HOMEM
Explicando o versículo oito, Champlin fala como Paulo
baseia sua tese da prioridade do homem no fato do Deus ter criado
Adão primeiro do que Eva:
11:8: Porque o homem não proveio da mulher, mas a
mulher do homem;
“Paulo alude aqui à narrativa da criação, em que foi retirada
uma costela do homem a fim de formar a mulher. (Ver Gên. 2:22). E
daí Paulo extraiu a inferência da prioridade do homem. A passagem
de I Tim. 2:13 declara: «Porque primeiro foi formado Adão, depois
Eva». E essa declaração também subentende a posição secundária
da mulher em relação ao homem. Por essa razão também é que há
instruções neotestamentarias no sentido da mulher aprender em
silêncio, com toda a sujeição, para jamais usurpar a autoridade do
homem e nem exercer domínio sobre ele, mas antes, conservar-se
Deus é machista, por Escriba de Cristo
188
em silêncio. (Ver I Tim. 2:11-13). Outrossim, foi a mulher, e não o
homem, que foi enganada pelo Diabo; e isso significa que ela é
menos digna de confiança que o homem, como pessoa a ser
investida de autoridade. (Ver I Tim. 2:14). Além disso, a narrativa do
livro de Gênesis deixa claro que a mulher foi criada para benefício
do homem, e não o contrário; e daí é extraído um argumento em
favor da superioridade do homem (no nono versículo deste
capítulo). Esses diversos fatores e argumentos ilustram a ordem
hierárquica de poderes e autoridades, bem como a propriedade da
sujeição da mulher ao homem, e, por conseguinte, quão apropriado
é que a mulher use véu ao orar.”
Véu fashion da moda islâmica.
Nem todo véu é símbolo de
modéstia.
R - SUBORDINAÇÃO DA MULHER DESDE A ORIGEM
Champlin cita os eruditos que não acreditam na Bíblia como
palavra de Deus, e são estes indivíduos que não aceitam a
subordinação da mulher com as bases teológicas defendidas por
Deus é machista, por Escriba de Cristo
189
Paulo, e o raciocínio de Paulo é que a mulher tem origem na
costela do homem. Quem acha esta história mito, também acha
que a mulher não precisa usar o véu. Champlim acha que Paulo
citou a história de Adão e Eva como realidade histórica e por isso
fundamenta a tese da subordinação simbólica do véu. Quem aceita
a história de Adão e Eva, também deve aceitar o véu como
ordenança:
11:9: nem foi o homem criado por causa da mulher,
mas sim, a mulher por causa do homem.
“Nos versículos oitavo e nono deste capítulo Paulo
confirma e ilustra sua afirmativa que a mulher é a «glória» do
homem. Ela foi criada do homem e «para o homem». Essa
narrativa é totalmente inaceitável como literal, na opinião de muitos
eruditos bíblicos, os quais interpretam tais ideias como tentativas
alegóricas para descrever o que poderia ter sido a natureza da
criação. Para alguns, a ideia do emprego de uma costela, a fim de
ser formada a mulher, não passa de um claro mito primitivo, e
bastante cru quanto à sua forma. Portanto, se a inferioridade da
mulher tiver de ser estabelecida, precisa isso ser feito com outras
bases. Embora Paulo tenha usado simbolicamente o A.T. por
muitas vezes, conforme o mostra o trecho de I Cor. 10:1, parece
ter-se referido a esta narrativa do A.T. como uma realidade
histórica. O apóstolo se reporta aqui ao trecho de Gên. 2:18, onde o
homem é apresentado como ser que já existia, tendo sido criada
subsequentemente a mulher a fim de ser-lhe ajudadora idônea. Por
conseguinte, o homem foi a «razão» pela qual a mulher foi criada; e
desse modo Paulo mostra a glória do homem, que é a «mulher»,
em que esta ocupa uma posição que lhe é subordinada, por ser o
homem a «glória de Deus». A subordinação da mulher se alicerça
em sua origem, porquanto ela veio à existência como ser
subordinado ao homem, para suplementar o homem, que já existia.
No dizer de John Gill: A mulher foi criada «...para lhe servir de
Deus é machista, por Escriba de Cristo
190
ajudadora, porquanto o homem já fora criado; para servir-lhe de
companheira e associada, tanto na sua adoração religiosa como na
sua vida civil; e para a procriação e educação dos filhos». (John
Gill, in loc.).”
S - VÉU E A RELAÇÃO DA TERRA COM O CÉU
11:10: Portanto, a mulher deve t razer sobre a cabeça
um sinal de submissão, por causa dos anjos.
Com base nos argumentos anteriores, Paulo agora
estabelece ainda mais firmemente a sua afirmativa de que a mulher
crente deve usar o véu (naturalmente, quando ora ou profetiza,
segundo se lê no versículo quatro deste capítulo). A mulher é
subordinada ao homem desde a criação, tendo sido feita «do»
homem e «para» o homem. Uma mulher não usar o véu era sinal
de desrespeito ao homem, na tentativa de ser igual a ele quanto às
vestes e aos costumes. Neste ponto Paulo acrescenta outra razão
para a necessidade do uso do véu pelas mulheres. Essa razão é a
que diz: «...por causa dos anjos...» Visto que Paulo não nos deixou
qualquer explanação sobre essa frase, naturalmente ela tem
atraído diversas interpretações, a saber:
Deus é machista, por Escriba de Cristo
191
Igrejas que obedecem a questão
do véu, são repetidamente
atacadas pelas demais igrejas
evangélicas como seitas. Quem
está mesmo na heresia?
T - INTERPOLAÇÃO
1. A primeira interpretação, e que deve ser rejeitada, é
aquela que assevera que este versículo é uma glosa ou
interpolação, feita por escribas posteriores, como se não fosse de
autoria paulina. Não existe um único manuscrito que dê mostras de
evidências em favor dessa ideia; antes, todas as tradições textuais
o preservam. E um interpolador bem provavelmente teria o cuidado
de deixar bem claro o que queria dizer. Paulo, entretanto, parece
ter suposto que os seus leitores estavam familiarizados com a ideia
aqui injetada, por mais escura que ela nos possa parecer.
U - LÍDERES CRISTÃOS
2. Alguns supõem que o termo «...anjo...» (que significa
«mensageiro», no original grego), é novamente aqui usado para
indicar os «ministros da Palavra», os pastores (Ambrósio), os
presbíteros (Efraem) ou o clero em geral (Primásio). Provavelmente
não era isso que Paulo queria dar a entender aqui; e poucos
eruditos modernos vêm qualquer razão nessa interpretação.
V - DEMÔNIOS
3. Alguns estudiosos antigos, como Tertuliano (De virg. vol.
vii, xvii) acreditavam que estão em foco os «anjos maus», e que os
mesmos, observando mulheres sem véu, poderiam ser tentados a
algum ataque de natureza sexual. Em apoio a essa noção, ver Gên.
6:1,2; Testamento dos Doze Patriarcas (Ruben v.6), Livro dos
Jubileus (iv. 15,22) e Teodoto (frag. 44). É noção antiga que os
seres angelicais malignos possuem funções sexuais, podendo ter
Deus é machista, por Escriba de Cristo
192
relações sexuais com as mulheres. E ainda se pensava que assim
foram produzidos os gigantes ou outros seres estranhos entre o
gênero humano. Ainda que esse fosse o sentido de Gên. 6:1,2, e
esse é um aspecto intensamente disputado nessa passagem, tal
ideia parece absurda, tendo sido rejeitada por todos os intérpretes
sãos. Outrossim, poder-se-ia perguntar: «A única ocasião em que
tais seres podem ser tentados a assaltar sexualmente as mulheres
é quando elas não estão de véu na igreja?» E também: «Tal
tentação pode ser afastada somente porque as mulheres usam um
véu?» Essas indagações parecem fatais para essa teoria, por mais
bem confirmada que ela apareça na literatura antiga, que testifica a
existência de tal noção.
W - MENSAGEIROS MATRIMONIAIS
4. Alguns poucos eruditos pensam que os «anjos», neste
caso, se referem aos «deputados» ou mensageiros, nomeados
para procurarem esposas apropriadas para aqueles por quem eram
contratados. Isso envolvia um costume judaico, sendo usado o
vocábulo «anjo» para indicar tais pessoas; mas é altamente
improvável que Paulo tenha feito um a alusão a tais homens,
mesmo que em seus dias esse costume ainda fosse prevalente, e
mesmo que tais homens costumassem frequentar as reuniões dos
cristãos primitivos, a procurarem esposas dignas para outros.
(Quanto a esse costume do judaísmo ver Mishnah Kidduchin, cap.
2, secção 1).
X - SANTOS ANJOS
5. A interpretação que tem recebido o mais decidido apoio,
e que quase certamente é a correta, é aquela que diz que os anjos
aqui referidos são os «anjos santos». Esses anjos se fariam
presentes quando das reuniões de adoração dos crentes,
observando o que ali sucede, aprendendo acerca do próprio Cristo,
e, ao mesmo tempo, agindo como guardiães da igreja. Seria uma
ofensa, por conseguinte, que certas mulheres emancipadas, não
Deus é machista, por Escriba de Cristo
193
mais usassem seus véus. Isso seria contrário ao decoro que
convém à igreja cristã. E a afronta não seria apenas contra os
homens que observassem tão chocante ousadia da parte dessas
mulheres, mas também contra os anjos que viessem observar a
reunião. A ideia de que os anjos mantêm tais contatos com os
homens, mormente nas suas reuniões de adoração, é uma tradição
judaica bem firmada, que foi transferida para o cristianismo. (Ver
Sal. 138:1; I Cor. 4:9. E a passagem de Heb. 1:14, quando diz que
os anjos são «espíritos ministradores», bem pode emprestar maior
força a essa ideia). «Em I Cor 4:9 ele ‘Paulo’ alude aos ‘anjos’
como espectadores interessados na conduta dos servos de Cristo;
e em I Cor. 6:3 ele se refere a certos anjos que serão julgados
pelos santos... de muitas e variegadas maneiras esses exaltados
seres são associados ao reino terreno de Deus (ver Luc. 2:13; 12:8;
15:10; Atos 1:10; Heb. 1:14; 12:22 e ss., bem como muitíssimas
passagens do livro de Apocalipse). De conformidade com as
crenças judaicas, os anjos aparecem como agentes da outorga da
lei, em Gál. 3:19; Atos 7:53; e em Heb. 1:7, os anjos são
identificados com as forças da natureza. A mesma linha de
pensamento vincula os anjos, no presente versículo, com a
manutenção das leis e limites impostos quando da criação
(comparar com Jó 38:7), e Paulo expressa a reverência devida aos
tais, conforme o seu próprio estilo, nesta alusão». (Findlay, in loc.).
«A casa de oração é uma corte adornada com a presença de
poderes celestiais; ali estamos nós, cantando e entoando hinos a
Deus, contando com os anjos entre nós, como nossos associados;
O apóstolo requereu tão grande cuidado, com relação à decência,
por causa da presença dos anjos». (Hooker, in loc.). «...por
causa...» Mui provavelmente essas palavras significam «para
agradá-los», para não ofendê-los com uma conduta indecorosa.
Alguns estudiosos interpretam essa expressão como se ela
quisesse dizer «porque os anjos assim fazem», ou seja, na
presença do Senhor, cobrem os seus rostos (ver Isa. 6:2). E assim
também as mulheres, ao adorarem na presença de sua autoridade
Deus é machista, por Escriba de Cristo
194
visível (o homem), devem cobrir a cabeça. Mas essa interpretação,
a despeito de ser interessante, é menos provável do que a
interpretação anterior.
Vários tipos de coberturas: véus, capuz,
lenços, chapéus. Havendo modéstia, acho
que estão cumprindo o mandamento.
Y - VÉU - SÍMBOLO DE AUTORIDADE E SUBMISSÃO
Champlin segue interpretando o versículo 10, e ele nos
comenta como o vocábulo grego empregado por Paulo fala do véu
como um símbolo de autoridade do homem sobre a mulher e ao
mesmo tempo como um símbolo de submissão da mulher em
referência ao homem:
“«...trazer véu na cabeça...» Essas palavras não são uma
tradução, mas antes, uma interpretação. O original grego diz,
literalmente, «...essa é a razão por que uma mulher deve ter poder
(ou autoridade) sobre a sua cabeça...» O vocábulo grego
«eksousia» obviamente se refere ao véu; mas alguns eruditos
sentem dificuldade em compreender como o véu poderia ser
chamado «poder», quando o resto inteiro da passagem se refere ao
véu como símbolo da ideia oposta, isto é, da «sujeição». Mas o véu
Deus é machista, por Escriba de Cristo
195
se torna símbolo da «autoridade» que o marido exerce sobre a sua
mulher, como também é símbolo de sua própria sujeição a ele. E
esse duplo simbolismo não é difícil de ser compreendido. Sir
William Ramsay apela para a prática moderna a fim de i lustrar este
texto. Diz ele: «Nos países orientais, o véu representa o poder, a
honra e a dignidade da mulher. Com o véu na cabeça ela pode ir
em qualquer lugar, com toda a segurança e sob profundo respeito.
Ela não é notada; pois é sinal de maneiras as mais inconvenientes
observar uma mulher velada nas ruas. Ela está sozinha. O resto do
povo ao seu derredor como que não existe para ela, e nem ela para
eles. Ela é suprema na multidão... Mas, sem o véu, a mulher é
como nada, que pode ser insultada por qualquer um... A autoridade
e a dignidade de uma mulher desaparece quando ela se desfaz do
véu que tudo lhe cobre. Esse é o ponto de vista oriental, que Paulo
aprendeu em Tarso». (The Cities of St. Paulo, págs. 202 e ss.). A
isso se pode acrescentar os comentários desse mesmo autor, no
prefácio desse seu livro: «Quando da cerimônia do casamento,
entre os hebreus, segundo a mesma é observada na Palestina
moderna, conforme fui informado, o marido arranca o véu da noiva
e o põe sobre os seus próprios ombros, como si nal de que ele
assumiu autoridade sobre ela». O véu usado pela mulher casada
simboliza o fato que ela tem um guardião e compartilha do poder de
seu marido, o qual é seu guardião. Portanto, ao usar o véu, a
mulher é exaltada, porque isso é sinal de decoro apropriado da
parte dela, aludindo à proteção de que ela desfruta da parte de seu
marido, ou por parte do homem, que presumivelmente aparece
como protetor da dignidade feminina, quando a mulher ocupa o
lugar que lhe convém. Variante Textual: Em lugar da palavra
supostamente difícil, «autoridade», a palavra grega «kalumma»
(«véu», «coberta») aparece na Vulg (5) e na citação feita por
Valentiniani, bem como nos escritos dos pais da igreja Hier e Aug.
Mas isso é obviamente uma substituição para um texto mais fácil,
conforme era comum os escribas fazerem. Trata-se de uma correta
interpretação, embora não represente o texto original deste
Deus é machista, por Escriba de Cristo
196
versículo. «A própria subordinação de um sexo a outro subentende
uma mútua conexão entre eles, e não o isolamento de cada sexo...
A mulher não é independente do homem, e sim, dependente dele,
‘no Senhor’, isto é, na economia cristã». (Shore, in loc.). Há uma
maneira admirável em que a natureza gentil, compassiva e até
certo ponto infantil da mulher, suplementa a natureza agressiva,
voluntariosa e às vezes dura do homem. O homem necessita dessa
suplementação, e a mulher necessita da maior força de vontade e
da determinação que é uma propriedade mais característica
masculina. Uma mulher agressiva é chamada «masculina». Um
homem excessivamente flexível é chamado de «feminino». Ambas
são boas qualidades, mas devem ser apropriadamente restringidas
a quem de direito. (Quanto a uma discussão sobre a teoria das
«almas gêmeas», que salienta ainda mais essa interdependência
entre homem e mulher. Essa expressão significa «na economia
cristã», «na esfera onde a vontade de Deus é cumprida», «na
esfera da comunhão mística com Cristo e em Cristo», e certamente
aqui significa «quando ambos são discípulos de Cristo, ensinados
por ele».”
Z - INTERDEPENDÊNCIA
Deus é machista, por Escriba de Cristo
197
11.12: pois, assim como a mulher veio do homem,
assim também o homem nasce da mulher, mas tudo
vem de Deus.
Champlin interpretando o versículo 12 mostra que o
machismo defendido por Paulo não pulveriza a mulher, colocando-a
em uma posição de imprestável. Ao contrário, o machismo bíblico
enaltece a mulher dizendo que ela é a “fábrica de homens”. Sem a
existência da mulher a humanidade é exterminada em uma
geração! De maneira que, como cristãos devemos combater piadas
de mau gosto contra as mulheres, ou ideologias que defendem a
violência contra a mulher. O machismo bíblico obriga os homens a
serem os protetores das mulheres. Quando uma mulher usa o véu,
todos os homens em volta dela estão obrigados em protegê-las e
reverenciá-la de tal modo que não devem sequer olhar
maliciosamente para a mesma. Admiro Champlin por sua
interpretação autêntica das Escrituras, sem torcer o sentido do
texto, mas repudio sua crítica textual que se acha capaz de dizer
que Paulo não estava correto em sua forma de pensar sobre a
submissão feminina:
“A interdependência tão variegada, entre homem e mulher,
se baseia no fato que, na criação original, a mulher procedeu do
homem (argumento que aparece no oitavo versículo deste
capítulo), mas então o homem (mediante o nascimento físico)
provém da mulher, ou seja, lhe deve a vida. Esse fato básico
subentende várias formas de interdependência, não meramente no
terreno físico, conforme se vê nas notas sobre o versículo anterior.
Por conseguinte, há certa glória e dignidade na maternidade,
porquanto permite que o plano de Deus relativo à humanidade
entre em operação; e da vida física aparece a vida espiritual,
conforme vemos na transição de João 1:3,4, onde a vida física é
declarada como algo que procede de Cristo, porquanto a vida
(espiritual e física) está «nele», e essa vida (em seu aspecto
espiritual) é a «luz dos homens, o que indica a obtenção da
Deus é machista, por Escriba de Cristo
198
«glória» na vida espiritual. Ora, a mulher desempenha o seu papel
nesse plano por servir de veículo da vida física, o que não é algum
a coisa sem importância na economia divina, além de ser algo de
que o homem depende para sua devida expressão nesta esfera
terrena, para que, nesse dom da vida física, ele possa aprender a
progredir na direção de Deus, espiritualmente falando. «...e tudo
vem de Deus...» O homem e a mulher dependem um do outro;
mas, ao mesmo tempo, dependem de Deus em sua vida —tanto a
física como a espiritual— como também em todo o bem -estar,
neste mundo e no outro. A mulher, portanto, depende
primariamente de Deus, e somente em segundo lugar do homem; e
outro tanto se pode dizer com relação ao homem. Deus criou o
universo físico a fim de incluir os corpos físicos, que servem de
veículos do progresso espiritual para o homem, que havia caído no
pecado. Assim sendo, a vida, em suas variegadas formas, existe
pela bondade de Deus; e essa sua bondade suprema leva-o a ser a
autoridade legítima sobre todos os seres, além de ser aquele a
quem pertencem, afinal de contas, toda a bênção e toda a glória.
Existem fontes secundárias da vida física, o homem e a mulher,
mas Deus é quem é a fonte final de toda a vida, e, portanto, é a sua
autoridade suprema. A ordem de decoro, a autoridade relativa do
homem e da mulher, também procedem de Deus, e quase
certamente faz parte do que Paulo queria dar a entender. Dessa
maneira, um homem não pode desprezar a mulher, e nem
menosprezar a posição dela; pois Deus é quem fez da mulher o
que ela é, incluindo sua posição na ordem natural das coisas; mas
essa posição, quando é corretamente compreendida, é exaltada.
(Outros trechos bíblicos que indicam que o homem, a mulher e toda
a posição relativa deles dependem de Deus quanto à sua origem,
são: I Cor. 15:27 e Efé. 5:23. Ver também Rom. 11:36 e II Cor.
5:18. Para Deus, o homem e a mulher merecem respeito. Quanto a
notas expositivas sobre a «vida necessária e dependente de
Deus», que é oferecida à humanidade por intermédio de Jesus
Cristo, ver João 5:25, 26 e 6:57). Sim, todas as coisas pertencem a
Deus é machista, por Escriba de Cristo
199
Deus. Paulo reconhece haver no ser humano certa razão e
intuição, por Deus haver conferido aos homens essa faculdade.
(Ver Rom. 1:19 e ss.; 3:8). O trecho de João 16:7-11 mostra-nos
que a presença do Espírito Santo no mundo garante que os
homens poderão reconhecer certas realidades espirituais
importantes. O Espírito de Deus é testemunha dessas realidades, e
influencia os homens na direção das mesmas. Assim é que até
mesmo os pagãos, que não possuíam a revelação da lei, às vezes
praticavam os preceitos da lei, porquanto tal lei se achava escrita
em seus corações e em suas mentes; e a sua consciência também
dava testemunho sobre a justiça ou injustiça das coisas. (Ver Rom.
2:14,15). Assim sendo, apesar de Paulo haver apelado para a
consciência social, para que os crentes de Corinto julgassem o que
é certo e o que é errado, o seu apelo vai mais longe do que isso.
Tal apelo procura tocar naquilo que a alma humana testifica para o
próprio indivíduo. Paulo tinha a esperança que os crentes de
Corinto se deixassem ensinar por ele (ver os versículos primeiro a
décimo segundo deste capítulo), se deixassem ensinar pelo seu
próprio testemunho íntimo (ver este versículo), e se deixassem
ensinar pela natureza (ver o versículo seguinte), a fim de que
assim reconhecessem o único costume aceitável para a igreja
cristã, a saber, o uso do véu pelas mulheres crentes. «...ore...»,
particularmente ou em público, não querendo dar a entender isso
que Paulo permitia que uma mulher orasse ou ensinasse em
público. O trecho de I Cor. 14:34 e ss. mostra-nos que o apóstolo
dos gentios não concordava com isso. Se porventura concordasse
com isso, teria ido de encontro a toda a sua formação e educação
judaica, porque uma mulher a ensinar e orar em público teria sido
considerado uma grande abominação entre os judeus. (Comparar
com o quinto versículo deste capítulo, onde se lê que as mulheres
podem orar e profetizar, presumivelmente nos cultos públicos das
igrejas cristãs). E não há razão alguma para supormos que as
mulheres crentes de Corinto não fizessem assim; mas o décimo
quarto capítulo desta epístola mostra-nos que Paulo não aprovava
Deus é machista, por Escriba de Cristo
200
essa conduta feminina. Não obstante, isso não significa que
Paulo, ao seguir os pontos de vista da erudição rabínica,
estivesse necessariamente correto em suas ideias sobre essa
questão. O baixo papel atribuído às mulheres, no judaísmo, havia
criado muitas restrições que parecem insensatas para as mentes
modernas, no que diz respeito à posição da mulher na sociedade e
na igreja.
AA - DEPOIS DE TODO ARGUMENTO AINDA É CONTRA O
VÉU?
10.13 Julgai entre vós mesmos: é decente que a mulher
ore a Deus descoberta?
Champlin, interpretando Paulo, diz que ele ao fazer a
pergunta, espera obter a seguinte resposta: Desculpe Paulo pela
nossa rebeldia, verdadeiramente, seus argumentos nos
convenceram que a mulher deve orar decentemente com o véu na
cabeça, você nos mostrou razões históricas, culturais, teológicas,
angelicais, hierárquicas que apontam para esta necessidade.
Deus é machista, por Escriba de Cristo
201
Discordo de Champlim quando fala que a noção do que é decoroso
deve ser baseado nos costumes sociais, rejeito esta ideia. A noção
do que é decoro deve ser baseado na palavra de Deus. Quando
Adão e Eva pecaram, ficaram nus, e fizeram uns aventais tipo
“minissaia”, e no padrão de decoroso para Deus, aquilo estava
errado e ele mesmo, o próprio Deus fez túnicas para cobri-los mais
descentemente. De maneira que os missionários históricos do
cristianismo ao chegar a tribos selvagens, animalizada pelo
pecado, os ensina a vestirem roupas, caso muito comum em tribos
indígenas do Brasil, África e Oceania.
“E como se Paulo tivesse dito aqui: «Tenho exposto
diversos argumentos que podeis considerar. Mas penso que um
julgamento pessoal tranquilo, de vossa parte, revelará a mesma
resposta a esta pergunta que tenho proposto. Tanto os costumes
sociais como as Escrituras têm demonstrado como é apropriado
que a mulher use o véu quando ora; e a razão confirma exatamente
isso». Paulo faz duas perguntas (ver este e o próximo versículo) a
fim de confirmar o seu argumento. Primeiramente ele apela para o
senso de propriedade dos seus leitores, quando é séria e
tranquilamente investigado esse senso (ver o décimo terceiro
versículo). E em seguida apela para a propriedade demonstrada
pela própria natureza (ver o décimo quarto versículo), que cobriu a
mulher com um «véu» natural, isto é, com cabelos longos,
mostrando assim quão decoroso e próprio é o uso do véu de pano.
«— julgai entre vós mesmos...», palavras que também podem ser
traduzidas por «...Julgai por vós mesmos...», com o sentido de
«consultai a voz interior» acerca dessa questão. Naturalmente que
se precisa admitir que tais julgamentos pessoais quase sempre se
alicerçam, quase totalmente, se não mesmo completamente, sobre
os costumes sociais. Em outras palavras, os costumes sociais é
que determinam, quase sempre, quais sejam as nossas noções
sobre o que é decoroso quanto à maneira de nos conduzirmos e
vestirmos. Na cidade antiga de Corinto, tal influência só poderia dar
em resultado uma resposta: as mulheres precisam usar véu, se é
Deus é machista, por Escriba de Cristo
202
que são mulheres de respeito. Não era recomendável ali uma
mulher imitar as prostitutas ou adoradoras de determinados ritos
pagãos, desfazendo-se do véu na tentativa de emancipar-se e
obter igualdade social com os homens. Sabemos que as
sacerdotisas pagãs também não usavam véu; e, em suas
contorções, seus cabelos ficavam despenteados e desgrenhados.
Ora, nenhuma mulher crente, piedosa, desejaria imitar essa forma
de conduta feminina. No grego, o verbo «julgar» é «krino», que
significa «separar», «distinguir», «discernir», «considerar»,
«decidir». Um exame preciso é subentendido. «...próprio...» Essa
palavra significa «apropriado», em face das circunstâncias, dos
costumes sociais, das ideias convencionais sobre o que é
apropriado. Está em foco a conduta que fica bem para as mulheres
na sociedade em geral. Ora, o que era próprio para uma prostituta
ou para uma sacerdotisa pagã, não podia ser julgado próprio para
uma mulher crente piedosa, ainda que houvesse o maior exagero
da «liberdade cristã». De maneira geral, os homens gregos usavam
cabelos curtos, embora isso nem sempre ocorresse entre os
hebreus (como no caso dos nazireus, que não passavam navalha
na cabeça). Contudo, muitos gregos usavam cabelos
compridos, incluindo os heróis gregos, e também os filósofos,
os mestres e os sábios. É bem possível que alguns dos
leitores de Paulo ficassem perplexos ante essa declaração,
pois, apesar disso refletia um costume geral entre os gregos,
isso certamente não expressava o que era feito por todos.
Assim sendo, o uso de cabelos curtos pelos homens não era
algo firmemente baseado nos costumes sociais, embora o uso
de cabelos longos pelas mulheres tivesse sólidas bases nas
convenções sociais, de maneira universal. (Ver o versículo
seguinte). Portanto, não é totalmente convincente o argumento que
diz que a natureza nos ensina; pois se a natureza realmente assim
nos ensinasse, ficaria subentendido que haveria poucas ou mesmo
nenhuma exceção a isso nos costumes sociais. Naturalmente,
Paulo poderia estar fazendo um apelo à «natureza» inteiramente à
Deus é machista, por Escriba de Cristo
203
parte dos costumes sociais, o que, para ele, refletia
necessariamente a maneira da natureza operar, e a sua
afirmação seria então: «Cabelos curtos para os homens; cabelos
longos para as mulheres». Contudo, os versículos décimo terceiro e
décimo quarto formam um par inseparável. O primeiro apela para o
senso de propriedade, com base nos costumes sociais, e o
segundo apela à natureza, presumivelmente confirmada pelos
costumes sociais prevalentes. Seja como for, o argumento de
Paulo, tanto no que tange à natureza como no que concerne aos
costumes sociais, é sólido, ainda que não seja universalmente
confirmado, e ainda que não seja perfeito em qualquer sentido, e
nem totalmente convincente. O cristianismo supostamente respeita
a «natureza», ao passo que o fanatismo a desafia. A natureza
presumivelmente toma suas formas. Os filósofos estoicos
baseavam sua filosofia moral inteira sobre a ideia que se deve
«seguir a natureza», a qual, para eles, era incapaz de haver erro,
estando previamente determinados todos os seus caminhos. Para
esses, o argumento de Paulo teria bastante valor. E é bem possíve l
que Paulo houvesse formulado dessa maneira o seu argumento a
fim de atrair as simpatias dos filósofos que havia na igreja de
Corinto. Façamos aqui algumas considerações sobre a «natureza».
A lei e a luz da natureza se manifestam na razão e nas intuições
humanas, e isso é confirmado pela sociedade em sua conduta
diária. Homens de várias nações, nos tempos de Paulo, usavam os
cabelos compridos, como, por exemplo, os samaritanos e os
lacedemônios (uma das divisões raciais da Grécia), sem falarmos
nos outros gregos de épocas mais remotas, conforme a Ilíada de
Homero o comprova, visto que ele chama certos homens de
«gregos de cabelos longos», «Aqueanos de cabelos longos». A
maioria dos comentadores concorda, entretanto, que ao tempo de
Paulo os judeus, exceto aqueles que faziam o voto do nazireado,
usavam os cabelos relativamente curtos. (Ver Núm. 6:5; II Sam.
14:26 e Atos 18:18, acerca do . «voto do nazireado». A nota de
sumário sobre essa questão aparece em Atos 18:18). Os gregos
Deus é machista, por Escriba de Cristo
204
em geral usavam os cabelos curtos para os homens, e os hebreus
seguiam a mesma norma; e isso deve ter sido suficiente para Paulo
estabelecer esse ponto, embora não seja provável que ele tenha
apelado para a natureza inteira, à parte das evidências dos
costumes sociais vigentes. Os cabelos curtos para os homens
certamente é um preceito calcado no pensamento de que os
cabelos longos formam uma espécie de véu natural (ver o versículo
seguinte). Por isso, um homem deve evitar usar cabelos longos, já
que não deve andar velado, pelas razões dadas na exposição
relativa ao quarto versículo deste capítulo.”
Mulheres muçulmanas do Irã cederam aos costumes
mundanos de praticarem esportes como futebol, mas
ainda resistem bravamente em usar o véu em público.
Ainda que no cristianismo o véu só é exigido quando
oram e profetizam.
AB - MULHER COM CABELO COMPRIDO – PADRÃO
CRISTÃO
Deus é machista, por Escriba de Cristo
205
11.15 Mas ter a mulher cabelo crescido lhe é honroso,
porque o cabelo lhe foi dado em lugar de véu.
Champlin defende a doutrina bíblica ensinada por Paulo.
Crente que é crente usa cabelo comprido, não pode cortá-lo curto!
“Paulo continua aqui a escrever sobre a lição que a
«natureza» nos ensina. No caso dos homens, a natureza, segundo
era refletido nos costumes sociais de diversas nações, nem sempre
se mostrou favorável ao uso de cabelos curtos pelos homens.
Porém, no caso de mulheres, havia um consenso universal acerca
do que a natureza ensina quanto aos cabelos. Ora, compete ao
cristianismo respeitar a natureza, e não desconsiderá-la, como
sucede ao fanatismo. As mulheres só usavam cabelos curtos como
sinal de luto, como castigo devido ao adultério, etc., embora as
prostitutas costumassem, rapar o cabelo, talvez como sinal
distintivo de sua profissão, tal como hoje geralmente usam certas
vestes, como sinal distintivo. No entanto, hoje em dia uma prostituta
não mais pode ser distinguida pela maneira como cuida de seus
cabelos, porquanto tornou generalizado o uso de cabelos curtos e
penteados de inúmeras maneiras. No entanto, pode ser identificada
por suas calças compridas e blusas exageradamente curtas e
apertadas, como também pela sua aparência em geral. E isso
significa que ela se vestirá ao máximo, desde uma bolsa e uma
sombrinha estilizadas, mesmo que não esteja chovendo. Esses são
os sinais através dos quais ela faz propaganda. Nos dias de Paulo,
as prostitutas se davam a conhecer usando cabelos curtos. Ela
fazia o que era contrário à natureza a fim de atrair os homens a
afagos que também são contrários à natureza. Ora, o apóstolo dos
gentios não queria que as mulheres crentes imitassem as
prostitutas. Os versículos quinto e sexto deste capítulo mostram-
nos que é vergonhoso para uma mulher ter os cabelos aparados ou
rapados. O presente versículo ensina-nos que é uma «glória» para
a mulher ter seus cabelos longos. E é uma glória para ela porque
Deus é machista, por Escriba de Cristo
206
esse é o seu véu natural. E, conforme temos visto, o véu de pano
que as mulheres crentes devem usar quando oram ou profetizam,
simboliza a sua posição de subordinação ao homem, bem como a
sua posição na hierarquia divina de poderes, estando ela abaixo do
homem. (Quanto ao princípio geral que introduz toda esta secção,
ver o terceiro versículo deste capítulo). No pensamento paulino,
assim sendo, era um ato de rebeldia uma mulher desfazer-se de
seu véu natural (os cabelos longos), além de ser algo contrário aos
costumes sociais, à natureza e à hierarquia divina das coisas.
Quando assim fazia, uma mulher se afastava de sua posição
natural, na qual a sua glória se manifestava; pois quem está
deslocado não pode estar manifestando a sua glória. A mulher que
se conserva em seu lugar é uma glória para o homem, além de ser
um louvor para Deus, visto que ela mantém o lugar que lhe foi dado
pelo Senhor, não desobedecendo ela à ordenança divina. Ora, os
cabelos longos simbolizam a «legítima posição» da mulher, a
sujeição em que ela está à autoridade de seu marido, ou à
autoridade do homem em geral. Ao falar em «...glória...» Paulo
também deu a entender que os cabelos compridos servem de belo
enfeite para a mulher, enfatizando a beleza natural que o Senhor
deu a ela, conferindo-lhe feições e traços mais finos, mais
delicados, mais belos. Assim sendo, a mulher que corta os cabelos,
lança fora parte de sua beleza natural. Qualquer homem (ou quase
todos) concorda com isso plenamente. Os homens tradicionalmente
são maiores apreciadores de cabelos longos (até mesmo nos
tempos modernos) do que as mulheres; e isso por causa do senso
de «beleza» física, embora Paulo afirmasse que os homens agem
assim por «instinto natural», e não meramente porque uma mulher
de cabelos compridos é mais agradável à vista masculina.”
AC - CABELO EM LUGAR DO VÉU?
Deus é machista, por Escriba de Cristo
207
Champlin com simplicidade e erudição mostra que além do
cabelo, Paulo estava mandando as mulheres usar o véu, é uma
perversão modificar a palavra de Deus pra fazê-la se ajustar com
as nossas doutrinas. Algumas igrejas pregam que as mulheres
devem ter o cabelo crescido e que isto já basta, não sendo
necessário usar véu.
«...em lugar de mantilha ...» Embora o original grego
permita essa tradução é uma grande perversão do texto
sagrado dizer que essas palavras significam que uma mulher
não precisa mais de véu, se porventura usa longos os seus
cabelos. Pois ninguém pode ler o terceiro versículo em diante
desta passagem, onde Paulo tanto insiste sobre a necessidade
do uso do véu, de conformidade com a ordenança divina, com
os costumes sociais e com os ditames da natureza, para então
lançar fora todo o seu argumento, supondo que se uma mulher
conservar longos os seus cabelos já não precisará usar véu
quando ora ou profetiza, sem incorrer em grave incoerência.
Porquanto tal conclusão será diametralmente oposta a todos
os argumentos anteriores de Paulo, transformando esse
apóstolo em um insensato que se contradiz consigo mesmo.
Tal interpretação só pode ser aceitável para aqueles que
manuseiam desonestamente as Escrituras, procurando adaptá-
las aos seus pontos de vista e às suas práticas. Essas práticas
ditam que a mulher «não use o véu». Porém, se tantas
mulheres crentes não usam o véu, isso não pode estar firmado
no que Paulo diz aqui, e nem sobre a suposição que ele
recomendava que bastava às mulheres usarem os cabelos
longos para não precisarem mais do véu.
«...em lugar de mantilha...» (Os cabelos longos da mulher
lhe servem de véu natural, pois lhe servem «em lugar de
mantilha»). Compreendendo Corretamente Este Texto: 1. Os
cabelos longos servem para a mulher de um véu natural; e por si
mesmos declaram : «Estou sujeita ao homem, especificamente a
Deus é machista, por Escriba de Cristo
208
meu marido. Reconheço a minha subordinação». 2 . O véu serve à
mulher de véu secundário (artificial), que a mulher deve pôr sobre
seus cabelos como símbolo da mesma realidade representada
pelos cabelos longos. Os cabelos longos da mulher requerem o
uso de um véu; não servem de substituto. Se o véu for
retirado, a mulher terá também de rapar os cabelos (ver o vs. 6).
Seja usado o véu, e este confirmará o significado dos cabelos
longos. Os cabelos longos da mulher como que «convidam» o uso
do véu, porquanto as duas coisas encerram o mesmo simbolismo.
O véu bíblico é para cobrir a cabeça e não a
mulher inteira como ensina os radicais
islâmicos. Chega a ser uma opressão,
mulheres enterradas vivas dentro de burkas.
AD - AS IGREJAS DE DEUS USAM VÉU
11:16: Mas, te alguém quiser ser contencioso, nós não
temos tal costume, nem tampouco as igrejas de Deus.
Champlin:
Este versículo também tem sido torcido pelos
intérpretes modernos, geralmente sem erudição, a fim de
lançar por terra todo o argumento de Paulo em favor do uso de
cabelos longos e de véu para as mulheres, como se esse
Deus é machista, por Escriba de Cristo
209
apóstolo tivesse dito que se um homem resolvesse levantar
objeção por esse motivo, seria melhor esquecer-se
completamente da questão. Mas essa interpretação é
inteiramente estranha ao contexto inteiro. Paulo não haveria de
escrever seus argumentos de muitas facetas, em favor do uso
de cabelos longos e do véu para as mulheres crentes, somente
para, depois de tudo, dizer que se encontrasse oposição a
isso, permitiria as igrejas locais fazerem como melhor lhes
parecesse. Esse tipo de interpretação se tem desenvolvido por
causa de uma «necessidade moderna», que tenta fazer o
apóstolo dizer o que queremos ouvir, mas que ignora o que
realmente ele ensinou. Essas palavras também podem ser
traduzidas como segue: «Se alguém se inclina para o debate,
não reconhecemos qualquer outra prática, e nem as igrejas de
Deus» (RSV, aqui vertida para o português). Ou então: «Porém, se
alguém parece ser contencioso, ‘nós não temos tal costume
(conforme esse alguém propõe), e nem também as igrejas de
Deus». (Robertson e Plummer, in loc.). E a isso esses mesmos
autores adicionam: «Existem pessoas que gostam tanto de
disputas que contestam até mesmo as conclusões mais claras; e os
coríntios apreciavam imensamente as disputas. Mas o apóstolo não
estava disposto a encorajá-los. Se isso pusesse em dúvida o
decoro e a natureza dessa questão, poder-se-ia dizer que os
mestres não permitiam que as mulheres crentes estivessem sem
véu, algo nunca ouvido nas congregações cristãs... O apelo final de
Paulo, à prática de todas as congregações, tinha um valor especial
na tão democrática Corinto».
«...nós...», isto é, o próprio apóstolo Paulo, os demais
apóstolos, as igrejas cristãs locais e a sua liderança em geral. «A
alusão às igrejas de Deus se reveste de grande ênfase, como um
ponto decisivo para a solução dessa pendência, ficando abafada
qualquer tentativa de contenda. Poder-se-ia dizer que temos aqui
um genuíno elemento católico, posto em oposição ao particularismo
dotado de opiniões próprias». (Kling, in loc.). «...se alguém quer
Deus é machista, por Escriba de Cristo
210
ser...', isto é, se alguém pensa ser próprio, se alguém assim
preferir, depois de todos os meus argumentos, ainda assim
contender; se alguém pensa que está com a ‘razão’, há aqui a
reprovação da atitude de auto-suficiência e espírito contencioso em
Corinto (I Cor. 1:20). Não temos tal costume, como o de mulheres a
orarem sem ‘véu’... e nem as igrejas. O uso universal não é um
teste infalível da ‘verdade’, mas é um teste geral da ‘decência’».
(Faucett, in loc.). «...contencioso...» No grego temos a palavra
«philoneikia», que se deriva dos vocábulos «phileo», gostar, e
«neikos», querela, contenda. Os crentes de Corinto se inclinavam
para a fraqueza desse tipo de pecado, conforme nos mostram os
primeiros capítulos desta epístola.”
PAIS ESCOLHENDO CÔNJUGES
Pais escolhem maridos e esposas para os filhos. A Bíblia
não obriga, nem manda que os pais escolham os cônjuges para os
filhos, mas dá exemplos como o caso de Abraão mandando Eliezer
escolher uma esposa para o filho Isaque. Eliezer viaja e traz Rebeca
para ser esposa de Isaque. O princípio bíblico é que o casamento se
constrói na base do amor e da vontade de serem felizes. O
pensamento secular e mundano que tem se introduzido na igreja é
que a união é uma escolha do indivíduo e que geralmente é uma
escolha por paixão. Como as paixões não conseguem ser
duradouras, invariavelmente se outros alicerces não forem
construídos, o casal acaba separando e se aborrecendo uns aos
outros.
Em famílias patriarcais, não entra um novo membro na
família por casamento, sem que o patriarca aceite aquela pessoa.
Mas a estrutura vigente tenta a todo custo acabar com o princípio da
hierarquia estabelecido por Deus.
EVITAR CONTATO COM SEXO OPOSTO
Deus é machista, por Escriba de Cristo
211
Deus é machista, por Escriba de Cristo
212
Mulheres devem evitar trabalhar fora e devem ter pouco
contato com homens para evitar o adultério. Deus estabeleceu que
as pessoas deveriam viver no campo, já para favorecer este
isolamento. As cidades favorecem o adultério justamente pela
facilidade do contato entre os sexos. Com o advento das redes
sociais então... O que vemos como consequência é muito sexo
ocasional e não casamentos sólidos e fiéis. Este é o plano de
Satanás. As igrejas mais cristãs seguem separando os assentos de
homens e mulheres, mas a imensa maioria misturou tudo, e ali
mesmo durante o culto ocorrem eventualmente safadezas, troca de
olhares e até caricias discretas... Bom, se na igreja ocorre isto, muito
mais no mundo.
Todo mundo sabe quanto adultério ocorre com colegas de
trabalho, não estou falando nenhuma bobagem. A profissão de
secretária já foi considerada como o de uma amante discreta. As
novas leis de assédio sexual visa somente impedir que os patrões
ou chefes abusem sexualmente mediante violência ou
constrangimento, mas não impede que façam por livre vontade. O
princípio bíblico é que se deve evitar toda aparência do mal.
Homem não deve visitar uma casa onde haja uma mulher
sozinha, porque os hormônios acabam falando mais alto que a razão.
No trabalho, entre vizinho, na igreja, no clube, na academia, em
baladas, todo e qualquer lugar que favoreça homem e mulher a
ficarem sozinhos acaba despertando a excitação sexual. A
sociedade ocidental esta toda construída para favorecer o pecado e
a luxúria. Com o advento das redes sociais, há muito pouco que se
possa fazer, estamos caminhando para a destruição total e irrestrita
da família e da civilização.
As escolas deveriam ter não somente salas diferentes de
meninos e meninas como até em prédios diferentes. Os hormônios
sexuais não os deixam estudar direito.
VESTINDO-SE DESCENTEMENTE
Deus é machista, por Escriba de Cristo
213
As mulheres não devem se vestir com roupas justas,
apertadas, transparentes, curtas, decotadas, nem se maquiarem.
Estas coisas são de mulheres mundanas, na linguagem bíblica é
coisa de prostituta, prostituta não no sentido de fazer sexo por
dinheiro, mas de esta o tempo todo seduzindo, excitando os homens,
provocando a libido sexual. Mostrando as coxas, aumentando o
volume dos seios, ou usando salto alto para enfatizar o “rabo”. Pelo
amor de Deus e do próximo, não façam isso. Os pastores
gananciosos a muito que deixaram de tocar neste assunto, para não
perderem receita. O cristianismo hoje virou negócio, em vez de abrir
um negócio honesto, as pessoas estão abrindo igrejas para
arrecadar dizimo dos outros. O interesse é financeiro e não moral.
PALHAÇADA DE PASTORAS
Mulheres pastoras é uma piada. Mulher nem mesmo pode
conduzir os louvores, é isso que esta na Bíblia. Mulher deve
participar do louvor congregacional. Isto não as torna inúteis. Há
muitas atividades na igreja com crianças, com zeladoria dos locais
de cultos que podem ser executados por mulheres. Nem mesmo
diaconisa as mulheres podem exercitar. Em Atos 6 é bem claro o
texto bíblico que diz que se escolhesse 7 VARÕES. Vamos parar de
brincar de religião. Cada palhaço esta abrindo seu circo cada um
com mais atrações para engoda as almas incautas. Pessoas sem
nenhum conhecido das Escrituras decidindo doutrinas sem passa
pela lente das Escrituras, pessoas que nem sabe lê direito. Ora,
analfabetos podem entrar no reino do céu, mas a Bíblia diz que na
Igreja primitiva havia HOMENS PODEROSOS NAS ESCRITURAS
para justamente evitar este vandalismo religioso dos nossos dias.
"E chegou a Éfeso um certo judeu chamado
Apolo, natural de Alexandria, varão eloquente e
poderoso nas Escrituras. Este era instruído no Caminho
do SENHOR, e, fervoroso de espírito, falava e ensinava
diligentemente as coisas do SENHOR, conhecendo
somente o baptismo de João. (Atos 18.25-25)
Deus é machista, por Escriba de Cristo
214
Este seria tema de um outro livro, mas basta dizer que Paulo
ao instruir Timóteo sobre a separação de pessoas ao ministério, ele
deixa bem claro que tinha que ser homens.
1 ESTA é uma palavra fiel: se alguém deseja o
episcopado, excelente obra deseja.
2 Convém, pois, que o bispo seja
irrepreensível, marido de uma mulher, vigilante, sóbrio,
honesto, hospitaleiro, apto para ensinar;
3 Não dado ao vinho, não espancador, não
cobiçoso de torpe ganância, mas moderado, não
contencioso, não avarento;
4 Que governe bem a sua própria casa, tendo
seus filhos em sujeição, com toda a modéstia
5 (Porque, se alguém não sabe governar a sua
própria casa, terá cuidado da igreja de Deus?);
6 Não neófito, para que, ensoberbecendo-se,
não caia na condenação do diabo.
7 Convém também que tenha bom testemunho
dos que estão de fora, para que não caia em afronta, e
no laço do diabo.
8 Da mesma sorte os diáconos sejam
honestos, não de língua dobre, não dados a muito vinho,
não cobiçosos de torpe ganância;
9 Guardando o mistério da fé numa
consciência pura.
10 E também estes sejam primeiro provados,
depois sirvam, se forem irrepreensíveis.
11 Da mesma sorte as esposas sejam
honestas, não maldizentes, sóbrias e fiéis em tudo.
Deus é machista, por Escriba de Cristo
215
12 Os diáconos sejam maridos de uma só
mulher, e governem bem a seus filhos e suas próprias
casas.
13 Porque os que servirem bem como
diáconos, adquirirão para si uma boa posição e muita
confiança na fé que há em Cristo Jesus.
14 Escrevo-te estas coisas, esperando ir ver-te
bem depressa;
15 Mas, se tardar, para que saibas como
convém andar na casa de Deus, que é a igreja do Deus
vivo, a coluna e firmeza da verdade.
16 E, sem dúvida alguma, grande é o mistério
da piedade: Deus se manifestou em carne, foi justificado
no Espírito, visto dos anjos, pregado aos gentios, crido
no mundo, recebido acima na glória. (I Timóteo 3.1-16)
CONCLUSÃO
Homens não são tão extrovertidos quanto mulheres, o que
agrava a sensação de solidão. De acordo com especialistas, viver
com uma mulher pode ajudar bastante. Segundo estudos, homens
que tem um relacionamento estável vivem mais, são mais saudáveis
e menos ansiosos. Portanto quando Deus disse que não era bom
que o homem ficasse só, mas que ele providenciaria uma ajudadora,
ele sabia o que estava fazendo, e o que ele fez foi a mulher. Ela não
deve competir nem desafiar a autoridade do seu esposo, mas ser-
lhe, uma fiel companheira na jornada da vida. O homem deve ter a
sua mulher em alta estima, ele a protegendo, ela cuidando dele.
Unidos serão felizes. Guerra dos sexos é coisa de Satanás. Se a
Bíblia manda amar a esposa, acho que não precisamos escrever
uma enciclopédia para explicar o amor segundo o conceito de I
Coríntios 13. Mas se mergulharmos naquela passagem veremos que
o fato de Deus ser machista, não resultará em nenhum malefício ou
Deus é machista, por Escriba de Cristo
216
desgraça para o gênero feminino. Algumas limitações de atividades
sociais as mulheres, visam somente preserva-las de muitos
aborrecimentos. Basicamente o machismo de Deus visa proteger a
mulher, jogando uma carga bem mais pesada aos homens, mas o
machista mundano joga todas suas frustações contra a mulher.
Lembremos de Adão, que teve como primeira reação diante do juízo
divino jogar a culpa do seu fracasso em Eva... Obedeçamos a Deus
quanto a hierarquia do homem na sociedade, mas sempre agindo
com amor e respeito para com as mulheres. O que sai disto é
diabólico.
A propósito quero fazer um tributo especial a minha mãe,
uma mulher que para mim teve e tem mais valor do que toda a
humanidade com seus 3,5 bilhões de homens e outro tanto de
mulheres. Esta mulher fez mais bem para mim do que toda a
humanidade junta, dobrada e turbinada. Como posso desprezar as
mulheres???
Falei um dia e repito, se tiver que salvar o mundo inteiro, ou
minha mãe (mulher), tenho o compromisso íntimo de salva-la e
deixar toda a humanidade perecer. Sei que a fiz sofrer muitas vezes,
pela minha natureza fétida e bruta, mas no momento de lucidez das
minhas loucuras, não posso deixar de reconhecer todo o bem que
ela fez por mim. Fiquei órfão de pai aos cinco anos e ela fez das
tripas o coração para cuidar de mim e das minhas irmãs. Mais uma
vez pergunto: Como posso desprezar as mulheres???
REFERÊNCIAS:
1 - https://pt.wikiquote.org/wiki/Machismo
Deus é machista, por Escriba de Cristo
217
2 - http://www.estudosgospel.com.br/estudo-biblico-
polemico-dificil/por-que-deus-prioriza-o-homem-na-familia-e-no-
ministerio.html
3 - http://www.codigodabiblia.com/2009/02/gnesis-316.html
4 - http://joaomarcus.blogspot.com.br/2012/02/presenca-
feminina-na-genealogia-de.html
5 - https://tudorbrasil.com/2016/02/01/a-mulher-na-
mesopotamia/
6 - LIONS, Brigitte; MICHEL, Cécile. As mulheres em suas
famílias: Mesopotâmia no 2º milênio a.C. Revista Tempo, Rio de
Janeiro, nº 19, p. 149-173
7 http://sentircomaigreja.blogspot.com.br/2011/12/respostas-
argumentos-ateus-nao-era.html
8 - http://solascriptura-
tt.org/DoCoracaoDeValdenira/EsposaDeLoQueOlhouParaTras-
Valdenira.htm
9 http://www.veritatis.com.br/lo-cometeu-incesto-com-suas-
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10 - http://www.altairgermano.net/2012/09/jo-29-uma-
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