UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE AGRONOMIA E MEDICINA VETERINÁRIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM AGRICULTURA TROPICAL DETERMINAÇÃO DO ESTOQUE DE CARBONO EM TECA (Tectona grandis L.F.) EM DIFERENTES IDADES ELEUSA MARIA ALMEIDA CUIABÁ – MT 2005
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DETERMINAÇÃO DO ESTOQUE DE CARBONO EM TECAlivros01.livrosgratis.com.br/cp036112.pdfquantidade de carbono existente em talhões de cultivo de teca (Tectona grandis L.F.), com 0,5;
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE AGRONOMIA E MEDICINA VETERINÁRIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM AGRICULTURA TROPICAL
DETERMINAÇÃO DO ESTOQUE DE CARBONO EM TECA (Tectona grandis L.F.) EM DIFERENTES IDADES
ELEUSA MARIA ALMEIDA
CUIABÁ – MT
2005
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE AGRONOMIA E MEDICINA VETERINÁRIA
Programa de Pós-graduação em Agricultura Tropical
DETERMINAÇÃO DO ESTOQUE DE CARBONO EM TECA (Tectona grandis L. F.) EM DIFERENTES IDADES
ELEUSA MARIA ALMEIDA Geografia
Orientador: Prof. Dr. JOSÉ HOLANDA CAMPELO JÚNIOR
Dissertação apresentada à Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária da Universidade Federal de Mato Grosso, para obtenção do título de Mestre em Agricultura Tropical.
CUIABÁ – MT
2005
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE AGRONOMIA E MEDICINA VETERINÁRIA
Programa de Pós-graduação em Agricultura Tropical
CERTIFICADO DE APROVAÇÃO
Título: DETERMINAÇÃO DO ESTOQUE DE CARBONO EM TECA
(Tectona grandis L. F.) EM DIFERENTES IDADES
Autora: ELEUSA MARIA ALMEIDA Orientador: Dr. JOSE HOLANDA CAMPELO JUNIOR
Aprovada em __ /________/_____
Comissão Examinadora:
______________________________
Prof. Dr. José Holanda Campelo Junior
(FAMEV/UFMT) (Orientador)
______________________________
Prof. Dr.Francisco de Almeida Lobo
(FAMEV/UFMT)
_______________________________
Prof. Dr. George Louis Vourlitis
(California State University San Marcos)
_______________________________
Profª. Drª.Maria Aparecida Braga Caneppele
(FAMEV/UFMT)
iv
DEDICATÓRIA
Aos meus pais, irmãos e sobrinhos.
v
AGRADECIMENTOS
A Deus, pela luz, pela força e por guiar meus passos.
Ao meu orientador José Holanda Campelo Júnior, pela compreensão,
pelos ensinamentos, dedicação e apoio na realização deste trabalho.
Aos meus amigos Reginaldo, Ronaldo, Luciano, Geovani, Michele,
José Ricardo, Evandro e Joaquim, pelo companheirismo, ajuda e apoio
logístico.
Ao meu irmão Anicésar pelo total apoio, aos meus sobrinhos Hélcio,
Joel e Célia, aos colaboradores Alessandro, Juliano e Cláudio pela ajuda
nas coletas de dados.
Ao MSc. Zenesio Finger, Drª. Maria Aparecida Braga Caneppele, Dr.
João Carlos de Souza Maia, MSc. Eliete Hugueney de Figueiredo, Drª.
Elizabeth Aparecida Furtado de Mendonça pelas significativas contribuições
no trabalho.
A CAPES, pela concessão da bolsa de estudo.
Aos professores do Curso de Pós-graduação em Agricultura Tropical
da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária da Universidade Federal
de Mato Grosso.
À Universidade Federal de Mato Grosso, pela disponibilização de
equipamentos e laboratórios.
À Empresa Brasteca Agroflorestal Ltda, pelo apoio na implantação e
condução do experimento.
À Escola Agrotécnica Federal de Cáceres, que através da concessão
de licença, possibilitou a realização deste trabalho.
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“Mestre não é quem sempre ensina, mas quem de repente aprende.”
(Guimarães Rosa)
“Queres saber? Estuda. Queres saber mais? Escolha um bom mestre.
Queres saber melhor ainda? Ensina aos outros, o que aprendeste.”
(Chiara Lubich)
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DETERMINAÇÃO DO ESTOQUE DE CARBONO EM TECA ( Tectona
grandis L. F.) EM DIFERENTES IDADES RESUMO - É crescente a preocupação mundial com o aumento da
concentração de gases na atmosfera, especialmente aqueles que têm a
capacidade de reter parcialmente a radiação que é emitida pela terra, entre
eles o CO2. Uma das alternativas para enfrentar este problema ambiental é
a adoção de medidas compensatórias como plantio de árvores, que são
responsáveis pela retirada de CO2 da atmosfera. Considerando esse
aspecto desenvolveu-se uma pesquisa com o objetivo de avaliar a
quantidade de carbono existente em talhões de cultivo de teca (Tectona
grandis L.F.), com 0,5; 1,5; 2,5; 3,5 e 5,5 anos de idade ao longo de um ano.
Em todas as idades o espaçamento adotado foi de 3,0x2,2m e os talhões de
cultivo se localizavam em uma área pertencente à empresa Brasteca
Agroflorestal Ltda, no município de Santo Antônio do Leverger, MT, Brasil. O
estoque de carbono em cada idade foi obtido a cada 90 dias, em função da
determinação da quantidade de massa seca da liteira, do teor de carbono
orgânico no perfil do solo, da densidade de raízes no solo e da mensuração
do volume do fuste e da copa. A mensuração do tamanho das plantas, em
altura total e altura inferior da copa, diâmetro à altura do peito e projeção da
copa, foi realizada em 20 plantas previamente escolhidas em cada talhão. A
quantificação da fitomassa seca foi realizada por meio de relações
alométricas obtidas com os resultados de três plantas de cada talhão, que
foram cortadas, e nas quais foram efetuadas as mesmas medidas realizadas
nas outras 20 plantas, bem como obtidas a massa fresca total das folhas e
viii
dos ramos, com retirada de amostras para determinação das respectivas
umidades, e retirados anéis do fuste na altura do colo das plantas, na altura
de 1,30m da superfície do solo e a cada 1,0m, desde 1,30m até a
extremidade superior do fuste, para determinação da densidade básica e da
umidade. Para se determinar a massa seca de raízes, o solo foi escavado
para mensuração da raiz principal e foram realizadas quatro tradagens, a
0,75m e a 1,5m da posição da planta na linha, e a 0,55m e 1,10m, na
entrelinha de plantas, para se obter a densidade média de raízes no solo. A
massa de carbono presente no solo foi estimada com base na densidade
aparente do solo e no teor de carbono presente em amostras de solo que
foram retiradas de 15 em 15cm, ao longo do perfil, até 90 cm de
profundidade. A fitomassa da liteira foi obtida coletando-se e lavando-se todo
o material vegetal encontrado na superfície do solo entre quatro plantas
vizinhas após a retirada das raízes. O teor de carbono no solo e na liteira foi
obtido por análise química em laboratório. O teor de carbono na planta foi
estimado em 50% da massa seca da parte aérea e em 48% da massa seca
das raízes. O estoque de carbono variou com a idade do talhão, de 104,3 a
322,3 t.ha-1, mas os resultados encontrados indicam que a idade não é a
única causa de variação da quantidade de carbono acumulada no sistema. A
maior parte do carbono (91%) é estocada no solo, 5% se encontram na parte
aérea, 3% nas raízes e 1% na liteira. Medidas de altura da planta, de
volume do fuste e volume da copa podem ser utilizadas com segurança para
estimar o estoque de carbono na planta.
Palavras-chave: carbono, teca, idade.
ix
DETERMINATION OF THE CARBON STOCK IN TEAK (Tectona
grandis L. F.) IN DIFFERENT AGES ABSTRACT - It’s crescent the world-wide preoccupation with the gases
concentration increase in the atmosphere especially those which can retain
part of the radiation that is emitted by the earth, among them CO2. One of the
alternatives to confront the environment problem is the adoptin of
compensating measures like to plant trees that are responsible for retreat of
CO2 of the atmosphere. Considering this aspect, developed a research with
the objective evaluate the carbon amount in teak (Tectona grandis L.F.)
cultivation areas with 0.5; 1.5; 2.5; 3.5 and 5.5 years old, along one year. The
cultivation grid for all the ages was 3,0x2,2m, and the cultivation areas was in
a Brasteca Agroflorestal Ltda farm, localized at Santo Antônio of Leverger,
MT, Brazil. The carbon stock in each age was obtained in each 90 days, in
function of determination of the amount of litter dry mass, organic carbon
content of the soil profile, root density in the soil and the crown and trunk
volume measurement. The assessment of the plants size as live-crown
height, trunk diameter, top height and crown projection, was realized in
twenty preserved plants in each ages. The estimation of dry phytomass was
realized by alometric relations obtained with three plants in each age, that
cropping, and determinates the same measurements those twenty plants,
and leaves and stems wet mass, with sampling leaves and stems for water
content determination, and sampling trunk rings at soil surface, 1.30m height,
and in each 1.0m to the tree top for wood density and water content
x
determination. For root dry mass determination the soil was picked for main
root measurement and the root density was estimated by four soil
perforations per plant, with six samples for each, until to 0.90 m depth. The
estimated litter and soil carbon content soil was obtained after analysis in the
laboratory. The estimated aerial phytomass carbon content was 50% and the
estimated root carbon content was 48%. The carbon stock was an age
dependent variable, from 104,3 to 322,3 t.ha-1, but it didn’t the only variation
source. The average distribution of carbon for component in the system was
91% in the soil 5% to the aerial part, 3% in the roots and 1% in the litter. Top
height, trunk and crown volume measurements are able to safe
determination of teak carbon stock.
Key-words: carbon, teak, age.
xi
LISTA DE FIGURAS
Página1. Teor de carbono (%) por faixa de profundidade em plantios de teca .. 44
2. Estoque total de carbono em teca e acúmulo de carbono anual por
hectare em diferentes idades................................................................
48
3. Distribuição percentual do carbono em teca da parte aérea .............. 50
4. Quantidades de carbono presentes nos fustes com casca, nos
galhos e nas folhas em função do volume de fuste, altura da copa e
volume de copa, respectivamente das plantas amostras.....................
52
5. Proporções de carbono da parte aérea com relação à idade em
0,5 0,60 E d 1,12 E c 3,17 D b 4,98 D a 1,5 2,40 D d 4,18 D c 6,40 C b 7,10 C a 2,5 4,67 C d 5,80 C c 6,57 C b 7,24 C a 3,5 6,43 B c 8,72 B b 9,35 B a 9,63 B a 5,5 11,08 A d 13,64 A c 14,84 A b 15,43 A a
Médias seguidas de letras diferentes, minúsculas nas linhas e maiúsculas nas colunas indicam diferença significativa pelo teste de Scott-Knott a 5% de probabilidade.
38
Houve diferença significativa entre os valores de diâmetro a altura do
peito – DAP (Tabela 2), entre as idades ao longo do ano. Os resultados
médios dos DAPs por coletas e em cada idade estão próximos da média
geral, que foi de 3,82 cm para plantas com 0,5 ano, de 5,05 cm para
plantas com 1,5 ano, de 6,38 cm para plantas com 2,5 anos, de 9,53 cm
para plantas com 3,5 anos e de 13,38 cm para plantas com 5,5 anos.
Brauwers (2004), encontrou DAP que variou de 8,14 a 11,20 cm, em
média, para plantas de teca de 38 aos 61 meses, em Santo Antonio do
Leverger-MT. Resultado semelhante ao deste trabalho, com a mesma faixa
de idade. Kraenzel et al (2002) trabalhando com teca de 20 anos de idade,
no Pamaná, obtiveram resultado diferente com DAP médio de 24,4 cm,
provavelmente por ser povoamento mais velho.
As plantas com 0,5 ano tiveram o maior crescimento proporcional de
DAP. Pode-se observar que o crescimento do DAP em plantas de teca e nas
diferentes idades apresentou uma tendência crescente. Porém, a taxa de
crescimento proporcional por plantio diminui com o aumento da idade.
Tabela 2. Comparação das médias de diâmetro altura do peito (DAP) das
plantas de teca em cm, nas diferentes idades e por coleta.
0,5 - 2,32 E c 4,03 D b 5,11 D a 1,5 3,14 D c 4,26 D b 6,20 C a 6,59 C a 2,5 5,57 C b 6,13 C a 6,83 C a 6,99 C a 3,5 8,59 B a 9,64 B a 9,95 B a 9,96 B a 5,5 12,44 A a 13,34 A a 13,88 A a 13,88 A a
Médias seguidas de letras diferentes, minúsculas nas linhas e maiúsculas nas colunas indicam diferença significativa pelo teste de Scott-Knott a 5% de probabilidade.
O volume médio de fuste por hectare (Tabela 3) variou de 0,05 m3 a
17,00 m3 para as plantas com 0,5 ano, sendo o maior crescimento em
volume de fuste por planta e, de 68,14 m3 a 134,04 m3 para as plantas com
5,5 anos, apresentando o menor crescimento em volume de fuste por planta.
Houve diferenças significativas em volume de fuste entre as coletas e as
idades.
39
O volume médio de fuste em teca obtido por Bufulin (2001) no
município de Cáceres-MT, com plantas de 22 meses de idades e média de
21,82 m3 ha-1 foi semelhante ao deste trabalho, para a mesma faixa de
idade (Tabela 3). Resultado inferior foi encontrado por Brauwers (2004) em
teca dos 38 aos 61 meses, com volume médio por hectare de 26,21 m3. A
diferença pode ter sido em função da qualidade do sítio.
O crescimento em volume médio de fuste por hectare ao ano
respectivamente, para plantas com 0,5; 1,5; 2,5; 3,5 e 5,5 anos de idade.
Tabela 3. Comparação das médias para o volume do fuste (m3 ha-1), em
diferentes idades ao longo do ano em plantas de teca.
Idade inicial (anos)
11/09/2003 11/12/2003 11/03/2004 11/06/2004
0,5 0,05 E d 0,68 E c 6,80 D b 17,00 D a 1,5 3,91 D c 4,93 D c 22,10 C b 34,00 C a 2,5 15,98 C c 18,70 C b 25,50 C b 34,00 C a 3,5 34,89 B d 56,13 B c 65,23 B b 97,09 B a 5,5 68,14 A c 93,83 A b 122,87 A a 134,04 A a
Médias seguidas de letras diferentes, minúsculas nas linhas e maiúsculas nas colunas, indicam diferença significativa pelo teste de Scott-Knott a 5% de probabilidade.
A área foliar da teca variou entre 0,65 m2 e 455,14 m2 (Tabela 4). O
crescimento foi proporcional à idade e houve diferença ao longo do ano. As
diferenças foram significativas entre coletas e idades. Atribui-se a essas
diferenças o crescimento em altura e volume de copa das plantas de teca,
diferindo dos valores encontrados por Brauwers (2004), com 4,06 m2 a 4,71
m2 em plantas de teca avaliadas dos 38 aos 61 meses de idade. Vale
ressaltar que a diferença pode ter sido influenciada pela época de
amostragem, devido à disponibilidade de folhas das plantas.
40
Tabela 4. Comparação das médias para área foliar em m2, nas diferentes
idades ao longo do ano, em plantas de teca.
Idade inicial (anos)
11/09/2003 11/12/2003 11/03/2004 11/06/2004
0,5 0,65 A a 2,92 C a 13,75 C a 17,09 D a 1,5 1,94 B a 8,03 C a 32,70 C a 21,88 D a 2,5 2,88 B a 11,26 C a 37,31 C b 70,17 C b 3,5 4,70 B a 126,70 B b 132,50 B b 189,42 B c 5,5 130,12 B a 307,33 A a 450,89 A b 455,14 A c
Médias seguidas de letras diferentes, minúsculas nas linhas e maiúsculas nas colunas indicam diferença significativa pelo teste de Scott-Knott a 5% de probabilidade.
O volume médio de copa quando comparado por coleta, dentro e
entre as idades (Tabela 5), apresentou variação e tais diferenças devem
estar relacionadas ao crescimento em altura e diâmetro de copa,
intensidade de desfolhas natural e desramas periódicas, que foram
efetuadas de acordo com a necessidade de cada talhão, em manter limpo de
ramos um terço da planta.
Em geral, as plantas de teca com 5,5 anos apresentaram maior
volume de copa, com média anual de 39,01 m3 (Tabela 5). Resultados
diferentes foram encontrados por Brauwers (2004), no desenvolvimento das
copas das plantas de teca dos 38 a 61 meses de idade, com variação entre
11,82 m3 a 24,97 m3.
Tabela 5. Comparação das médias para volume de copa em m3 por planta,
nas diferentes idades e por coletas em plantas de teca.
0,5 0,08 B a 0,35 C a 1,65 C a 2,05 D a 1,5 0,23 B a 0,96 C a 3,92 C a 2,62 D a 2,5 0,35 B a 1,35 C a 4,48 C b 8,42 C b 3,5 0,56 B a 15,20 B b 15,90 B b 22,73 B c 5,5 15,6 A a 36,87 A a 54,10 A b 54,61 A c
Médias seguidas de letras diferentes, minúsculas nas linhas e maiúsculas nas colunas indicam diferença significativa pelo teste de Scott-Knott a 5% de probabilidade.
41
Em média, a massa seca de raízes (Tabela 6), apresentou variação,
entre as coletas e as diferentes idades ao longo do ano, sendo de 5,04 t ha-1
a 7,12 t ha-1 para as plantas com 0,5 ano e de 23,4 t ha-1 a 42,2 t ha-1 para
as plantas com 5,5 anos de idade. Foi possível observar uma tendência
crescente de massa de raízes com o aumento da idade. Tendência
semelhante foi encontrada por Marcolin (2002), trabalhando com o gênero
Pinus de 1 a 5 anos de idade e com 0,4 t ha-1 a 10,1 t ha-1 de massa seca
de raízes. Pode-se supor que tal fato tenha ocorrido devido à característica
radicular da espécie e por serem povoamentos jovens, conforme
(Witschoreck et al., 2003).
Marcolin (2002), avaliando biomassa de raízes para o gênero
Eucalyptus com 1 ano, 2 anos, 3 anos, 4 anos e 5 anos de idade encontrou
1,5 t ha-1, 6,7 t ha-1, 13,1 t ha-1, 21,6 t ha-1e 27,5 t ha-1, respectivamente.
Resultados diferentes aos obtidos neste trabalho, que em média foi de 5,2 t
ha-1, 5,6 t ha-1, 14,9 t ha-1, 16,3 t ha-1 e 35,8 t ha-1 para as plantas com 0,5
ano, 1,5 ano, 2,5 anos, 3,5 anos e 5,5 anos de idade, respectivamente.
Certamente em função de serem espécies diferentes e das condições
edafoclimáticas (Vasconcelos et al., 2003).
Tabela 6. Comparação das médias para massa seca de raízes (t ha-1), em
diferentes idades ao longo do ano, em plantio de teca.
Idade inicial (anos)
25/10/2003 20/02/2004 25/05/2004
0,5 5,6 C a 5,0 C a 7,1 C a 1,5 7,7 C a 7,5 C a 8,6 C a 2,5 13,9 B a 12,8 B a 18,1 B a 3,5 10,4 B b 14,8 B b 23,6 B a 5,5 30,5 A b 23,4 A b 41,8 A a
Médias seguidas de letras diferentes, maiúsculas nas colunas indicam diferenças significativas e médias seguidas de mesma letra, minúsculas nas linhas não diferem pelo teste de Scott-Knott a 5% de probabilidade.
A variação da quantidade de massa de raiz (Tabela 6) pode ser devido
ao método de amostragem utilizado neste estudo, com amostras aleatórias.
Outro fator que também pode ter influenciado é a distribuição de raiz, que
42
sofre alteração de acordo com o estádio de desenvolvimento da planta e a
interação com os atributos do solo (Vasconcelos et al., 2003).
4.2 Liteira A quantidade de liteira (Tabela 7) variou em cada talhão ao longo do
ano, oscilando entre 0 t a 1,87 t ha-1 para o talhão com 0,5 ano e de 5,42 a
9,03 t ha-1 para o talhão com 5,5 anos. As oscilações podem ser explicadas
pelo acúmulo de liteira no solo, que é regulado pela quantidade de material
que cai da parte aérea e por sua taxa de deposição, conforme Poggiani et al.
(1998). Entretanto, esta deposição não ocorreu de forma regular.
Tabela 7. Médias de massa seca de liteira (t ha-1), em diferentes idades ao
longo do ano, em plantio de teca.
Idade inicial
(anos) 11/12/2003 11/06/2004 09/09/2004
0,5 - 0,33 C b 1,87 B a 1,5 0,31 C a 0,32 C a 1,21 C a 2,5 2,13 B a 2,58 B a 2,79 B a 3,5 3,57 B a 2,30 B a 2,14 B a 5,5 9,03 A a 5,42 A b 5,75 A b
Médias seguidas de letras diferentes, maiúsculas nas colunas indicam diferenças significativas e médias seguidas de mesma letra, minúsculas nas linhas não diferem pelo teste de Scott-Knott a 5% de probabilidade. Nota-se que a massa de liteira foi em média 6,7 t ha-1 ano-1 para o
talhão com teca de 5,5 anos. Este resultado foi superior aos demais talhões
amostrados e inferior ao resultado encontrado por König et al. (2002) em
ecossistema de Floresta Estacional Decidual, com 9,2 t ha-1 ano-1,
certamente influenciado pelas características genéticas das espécies.
Kraenzel et al. (2002), trabalhando com teca de 20 anos, obtiveram
uma produção de liteira 7,9 t ha-1, resultado superior ao encontrado neste
trabalho em teca com 5,5 anos. Tal fato deve-se à taxa de deposições dos
resíduos, que modifica com a fase de desenvolvimento da planta e com a
43
densidade do plantio. Houve diferença significativa para as diferentes idades
e coletas.
4.3 Teor de carbono orgânico no solo
O teor de carbono no solo (Tabela 8) variou entre as diferentes idades
e ao longo do ano, sendo o menor teor de carbono para o talhão com 1,5
ano e, média de 0,92 % e o maior teor, com média de 2,63% para o talhão
com 5,5 anos.
Szakács (2003), estudando quatro pastagens no município de
Piracicaba-SP com Brachiaria encontrou teor de carbono médio entre 0,41%
a 0,71%, resultado inferior ao deste trabalho. Segundo Fernandes et al.
(1999), o teor de carbono oscila conforme as condições climáticas, tipo e uso
do solo de cada local.
Tabela 8. Médias do teor de carbono orgânico (%) no solo, ao longo do ano,
em plantio de teca.
Idade inicial (anos)
25/10/2003 20/02/2004 25/05/2004
0,5 0,98 C b 1,14 C b 1,20 D a 1,5 0,84 C a 0,94 C a 0,98 E a 2,5 1,37 B b 1,85 B a 1,47 C b 3,5 2,22 A b 2,67 A a 2,33 B b 5,5 2,42 A b 2,85 A a 2,62 A a
Médias seguidas de letras diferentes, maiúsculas nas colunas indicam diferenças significativas e médias seguidas de mesma letra, minúsculas nas linhas não diferem pelo teste de Scott-Knott a 5% de probabilidade.
Os teores de carbono por camadas de solo com cultivos de teca
(Figura 1) apresentaram uma tendência semelhante para todos os talhões,
decrescendo progressivamente com a profundidade e aumentando o teor
com a idade.
As camadas de 0-15 cm apresentaram em média teores de carbono
de 1,15%, 1,13%, 1,68%, 2,70% e 2,81%, respectivamente, para os talhões
44
com 0,5 ano, 1,5 ano, 2,5 anos, 3,5 anos e 5,5 anos de idade. As camadas
de 75-90 cm nas diferentes idades possuíram teores de carbono menores
do que as camadas de 0-15 cm, com redução média de 8,6% para 0,5 ano,
de 66,8% para 1,5 ano, de 11,9% para 2,5 anos, de 18,1% para 3,5 anos e
de 5,6% para 5,5 anos.
0,0 0,3 0,6 0,9 1,2 1,5 1,8 2,1 2,4 2,7 3,0
0-15
15-30
30-45
45-60
60-75
75-90Pro
fund
idad
e (c
m)
Teor de carbono por camada
0,5 ano1,5 ano2,5 anos3,5 anos5,5 anos
Figura 1. Teor de carbono (%) por faixa de profundidade em plantios de
teca.
4.4 Análise física e química do solo
Os resultados das análises química e física do solo realizada em
17/06/2004 encontram-se na Tabela 9. Estes permitem classificar o solo dos
talhões com 1,5 ano, 2,5 anos, 3,5 anos e 5,5 anos como de textura média e
o talhão com 0,5 ano como de textura argilosa, tendo a acidez com pH em
água variando entre 5,7 e 6,7 e com teores nulos de alumínio em todos os
talhões. Os talhões são distintos entre si quanto à concentração de cálcio,
magnésio, potássio, fósforo e quanto à saturação de bases.
45
Tabela 9. Resultados das análises química e física do solo em cinco talhões
com plantio de teca.
Resultados analíticos de amostras de solo pH P K Ca Mg Al Areia Silte Argila Idade
A quantidade de carbono na liteira variou em média de 0 a 0,77 t de
C, de 0,10 a 0,52 t de C, de 0,85 a 1,13 t de C, de 1,40 a 0,87 t de C, de
3,68 a 1,93 t de C por hectare, respectivamente, para os talhões com 0,5
ano, 1,5 ano, 2,5 anos 3,5 anos e 5,5 anos de idade. As oscilações na
quantidade de carbono na liteira estão relacionadas com a queda dos ramos
e folhas Schumacher et al (2003), época de amostragem e teor de carbono.
Kraenzel et al. (2002) trabalhando com teca de 20 anos, obtiveram
3,4 t de C ha-1, resultado que difere do presente trabalho com 2,7 t de C ha-1
em teca com 5,5 anos. Tal fato deve-se ao aumento em volume de copa
com a idade e, conseqüentemente, uma maior produção de massa de liteira
e carbono.
O teor de carbono na liteira foi em média de 39,9% na primeira coleta
(11/12/2003), 40,7% na segunda coleta (11/06/2004) e 43% na terceira
coleta (09/09/2004). Kraenzel et al. (2002) encontraram média de 43,3% de
teor de carbono na liteira para quatro plantios de teca, com 20 anos de
idade no Panamá.
60
4.8 Estoque de carbono por coleta
A distribuição do carbono, por coleta, em cada compartimento do
sistema com plantio de teca (Figuras 8 e 9) oscilou conforme influência de
fatores como época da coleta, qualidade do sítio, idade da planta,
profundidade do solo, deposição e decomposição dos resíduos, condições
ambientais e manejo.
Figura 8. Estimativa média de carbono por coleta, para os componentes
galhos, folhas e fustes do sistema com plantio de teca, nas
diferentes idades.
Teca 0,5 ano de idade
0,00,51,01,52,02,53,03,5
1ª 2ª 3ª 4ª
Coletas
Carb
ono
t ha-1
folhas
galhos
fuste
Teca 1,5 ano de idade
0,01,0
2,03,04,0
5,06,0
1ª 2ª 3ª 4ªColetas
Carb
ono
t ha-1
folhas
galhos
fuste
Teca 2,5 anos de idade
0,01,02,03,04,05,06,07,0
1ª 2ª 3ª 4ªColetas
Carb
ono
t ha-1
folhas
galhos
fuste
Teca 3,5 anos de idade
0,03,06,09,0
12,015,018,021,024,0
1ª 2ª 3ª 4ªColetas
Carb
ono
t ha-1
folhas
galhos
fuste
Teca 5,5 anos de idade
0,03,06,09,0
12,015,018,021,024,027,030,033,0
1ª 2ª 3ª 4ªColetas
Carb
ono
t ha-1
folhas
galhos
fuste
61
As folhas foram a fração do sistema que apresentaram as maiores
variações na quantidade de carbono, nas diferentes idades e em todas as
coletas (Figura 8), considerando a influência da época da amostragem na
disponibilidade de folhas nas plantas. Atribui-se a isso a característica foliar
decidual da teca, que no período seco da região (maio a agosto) perde as
folhas, atingindo a totalidade para os plantios com 2,5 anos, 3,5 anos e 5,5
anos de idade e parcialmente para os plantios com 0,5 ano e 1,5 ano de
idade. O início do brotamento para os diferentes plantios coincide com as
primeiras chuvas na região (setembro).
Os resultados referentes à quantidade de carbono nos galhos, a cada
coleta (Figura 8), demonstram tendência crescente para todas as idades,
exceto para as plantas com 2,5 anos. Tal resultado pode ser explicado em
decorrência da mudança em altura da copa, por ocasião das coletas.
Para o fuste houve um aumento gradual em quantidade de carbono
em todas as idades e a cada coleta, sendo de 0,016 a 2,91 t de C ha-1 para
o plantio com 0,5 ano, de 0,81 a 5,65 t de C ha-1 para o plantio com 1,5 ano,
de 3,29 a 6,15 t de C ha-1 para o plantio com 2,5 anos, de 7,93 a 22,52 t de
C ha-1 para o plantio com 3,5 anos, de 16,63 a 29,52 t de C ha-1 para o
plantio com 5,5 anos.
Ressaltando que proporcionalmente sobressaíram-se as plantas com
0,5 ano, com aumento de carbono 186,9 vezes o valor inicial, durante o ano
de observação, seguidas das plantas de 1,5 ano com 7 vezes o valor inicial,
plantas de 3,5 anos com 2,8 vezes o valor inicial, plantas de 2,5 anos com
1,9 vez o valor inicial e plantas de 5,5 anos com 1,8 vez o valor inicial.
Esse fato pode ser explicado pelo aumento relativo em volume de
fuste por hectare, durante o ano de observação, que atingiu uma taxa de
crescimento de 304,8 vezes o valor inicial para as plantas com 0,5 ano,
seguido das plantas com 1,5 ano e 7,6 vezes o valor inicial, das plantas com
3,5 anos e 2,8 vezes o valor inicial, das plantas com 2,5 anos e 5,5 anos
com 1,9 vez o valor inicial.
62
Figura 9. Estimativa média de carbono por coleta, para raízes, solo e liteira
no sistema com plantio de teca, nas diferentes idades.
Com relação à quantidade de carbono nas raízes avaliadas nas
coletas do dia 25/10/2003, 20/02/2004 e 25/05/2004 (Figura 9) pode-se
verificar que houve variações entre as diferentes idades e dentro de uma
mesma idade, possivelmente, em função da localização dos indivíduos
amostrados, do processo de amostragem aleatório, período de coleta e a
idade do plantio. Outra explicação pode estar relacionada ao
desenvolvimento radicular a cada estádio de crescimento da planta,
influenciado pela característica do ambiente, conforme Melo et al. (1998).
O estoque de carbono no solo entre 25/10/2003 a 25/05/2004 sofreu
alterações em relação aos existentes no início do experimento, verificando-
se um decréscimo de 9 t de C ha-1 para o talhão com 0,5 ano. O talhão com
Teca 0,5 ano
0,02,04,06,08,0
10,0
1ª 2ª 3ª
Coletas
Car
bono
t ha
-1
raízessololiteira
Teca 1,5 ano
0,0
2,0
4,0
6,0
8,0
1ª 2ª 3ª
Coletas
Car
bono
t ha
-1
raízessololiteira
Teca 2,5 anos
0,0
5,0
10,0
15,0
20,0
1ª 2ª 3ªColetas
Car
bono
t ha
-1
raízessololiteira
Teca 3,5 anos
0,0
5,0
10,0
15,0
20,0
1ª 2ª 3ªColetas
Car
bono
t ha
-1
raízessololiteira
Teca 5,5 anos
0,0
5,0
10,0
15,0
20,0
25,0
1ª 2ª 3ªColetas
Car
bono
t ha
-1
raízessololiteira
63
1,5 ano, praticamente não sofreu alteração com um aumento de 2 t de C
ha-1, já para os talhões com 2,5 anos, 3,5 anos e 5,5 anos houve um
acréscimo de 15 t de C ha-1, de 24 t de C ha-1 e de 11 t de C ha-1,
respectivamente. Essas variações encontradas na quantidade de carbono, a
cada coleta, podem ter sido influenciadas pelo grau de perturbação de cada
talhão, pela ocorrência de manchas de solo nu, devido à implantação
recente da cultura e pela variação na densidade do solo ao longo do ano.
A quantidade de carbono na liteira comportou-se de forma instável
em todos os talhões e oscilou entre as coletas (Figura 9), pois depende do
nível de deposição natural, desrama e desbrota. As podas são realizadas
quando necessárias para manter um terço da planta sem ramos e folhas e é
influenciada conforme a época do ano.
4.9 Precipitação pluviométrica
A distribuição das chuvas durante o ano de desenvolvimento do
experimento foi acompanhada de acordo com os dados coletados no
pluviômetro instalado no local, no período de 09/2003 a 08/2004 (Figura 10).
A quantidade de chuva acumulada foi de 1.584 mm. Verificou-se que entre
os meses de maio a agosto praticamente não ocorreram chuvas. Índice
pluviométrico semelhante na região foi observado por Santos e Campelo
Junior (2003), no período de 10/1999 a 12/2000, com acúmulo de 1.558 mm.
Segundo Finger et al. (2001), a precipitação pluviométrica
considerada adequada para proporcionar crescimento e desenvolvimento da
cultura da teca está em torno de 1.000 a 1.800 mm ao ano. Portanto os
índices de chuva da região, no período observado, estão dentro do padrão
esperado para o desenvolvimento da espécie.
64
Chuva mensal - 2003 e 2004
0,050,0
100,0150,0200,0250,0300,0350,0400,0
Setembro
Outubro
Novem
bro
Dezem
bro
Jane
iro
Feve
reiro
Março
Abril
MaioJu
nho
Julho
Agosto
prec
ipita
ção
(mm
)
Figura 10. Precipitação pluviométrica mensal para os anos de 2003 e 2004,
no município de Santo Antônio do Leverger – MT.
65
5. CONCLUSÕES
O estoque de carbono em talhões com cultivo de teca variou de forma
crescente com a idade.
O aumento do estoque de carbono de ano para ano não é
diretamente proporcional ao aumento da idade das plantas de teca.
A maior parte do estoque de carbono armazenado com plantio de teca
se encontra no solo, seguido da parte aérea, das raízes e da liteira.
Medidas de altura da planta, de volume do fuste e volume da copa
podem ser utilizadas com segurança para estimar o estoque de carbono na
planta.
A densidade básica da teca obedece a um padrão decrescente da
base para o topo da planta.
66
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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