OS RECREIOS NA DÉCADA DE 1920 NÚCLEO MUSEOGRÁFICO DO CASAL DA FALAGUEIRA MUSEU MUNICIPAL DE ARQUEOLOGIA [email protected] julho-setembro 2014 moda de passar férias na Amadora, muito em voga no início do século XX, entrou em declínio após a I Grande Guerra. As Afestas desportivas e culturais promovidas pelos Recreios da Amadora, deixaram de ser noticiadas na imprensa de Lisboa e passaram a destinar-se, maioritariamente, a um público local. Embora sem o brilho dos seus primeiros tempos, os Recreios Desportivos da Amadora, mantinham uma atividade regular e reuniam, no salão de festas e nos campos desportivos, as famílias mais conceituadas da localidade e arredores. Bailes, récitas, espetáculos de teatro e de cinema, animavam o salão de festas e eram promovidos não só pela gestão dos Recreios, como também por grupos de moradores, que se organizavam para a realização do evento. Nos campos desportivos, sobretudo no verão, havia uma programação regular que incluía bailes e sessões de cinema ao ar livre. Naturalmente, a patinagem continuava a atrair a juventude da terra e, nas décadas de 1930 e 1940, o jovem Álvaro Simões Lopes, filho do urbanizador do Bairro da Mina, António Cardoso Lopes, torna- se célebre ao incorporar a seleção portuguesa nos campeonatos mundiais de hóquei em patins. omo imagem de destaque dos meses Cde julho a setembro mostramos um postal ilustrado da Amadora, cedido por Maria Guilhermina Rey e reproduzindo o exterior do salão de festas. A Amadora não havia ainda perdido o caráter de estância de vilegiatura, e imagens da terra continuavam a ser difundidas através de postais ilustrados, em edições frequentemente patrocinadas pelo comércio local.