-
CHARLES DANILO DE SOUZA
DESENVOLVIMENTO DE SOFTWARE PARA CLCULO DE PROPRIEDADES DE
PRODUTOS ARMAZENADOS
Monografia de graduao apresentada ao Departamento de Cincia da
Computao da Universidade Federal de Lavras
como parte das exigncias do curso de Cincia da Computao para
obteno do ttulo de Bacharel em Cincia da Computao.
LAVRAS MINAS GERAIS BRASIL
2005
-
CHARLES DANILO DE SOUZA
DESENVOLVIMENTO DE SOFTWARE PARA CLCULO DE PROPRIEDADES DE
PRODUTOS ARMAZENADOS
Monografia de graduao apresentada ao Departamento de Cincia da
Computao da Universidade Federal de Lavras como parte das exigncias
do curso de Cincia da Computao para obteno do ttulo de Bacharel em
Cincia da Computao.
rea de Concentrao: Desenvolvimento de software
Orientador: Professor Francisco Carlos Gomes
LAVRAS MINAS GERAIS BRASIL
2005
-
Ficha Catalogrfica preparada pela Diviso de Processos Tcnicos da
Biblioteca Central da UFLA
Souza, Charles Danilo de
Desenvolvimento de Software para Clculo de Propriedades de
Produtos Armazenados / Charles Danilo de Souza. Lavras Minas
Gerais, 2005. 57 pginas.
Monografia de Graduao Universidade Federal de Lavras.
Departamento de Cincia da Computao.
1. Propriedades fsicas. 2. Produtos agrcolas. 3. Modelagem. 4.
Software. I. SOUZA, C. D. II. Universidade Federal de Lavras. III.
Ttulo.
CDD XXX.XX
-
CHARLES DANILO DE SOUZA
DESENVOLVIMENTO DE SOFTWARE PARA CLCULO DE PROPRIEDADES DE
PRODUTOS ARMAZENADOS
Monografia de graduao apresentada ao Departamento de Cincia da
Computao da Universidade Federal de Lavras como parte das exigncias
do curso de Cincia da Computao para obteno do ttulo de Bacharel em
Cincia da Computao.
Aprovada em 08 de julho de 2005.
_____________________________
Professor Dr. Heitor Augustus Xavier Costa
_____________________________
Professor Dr. Andr Luiz Zambalde
_____________________________
Professor Dr. Francisco Carlos Gomes (Orientador)
LAVRAS MINAS GERAIS BRASIL
2005
-
AGRADECIMENTOS
Agradeo a minha famlia por ter me apoiado integralmente durante
esta fase. Agradeo tambm meu orientador
Francisco pelo apoio dado durante este trabalho e a todos que
cooperaram para a concluso do curso.
-
I
RESUMO
DESENVOLVIMENTO DE SOFTWARE PARA CLCULO DE PROPRIEDADES DE
PRODUTOS ARMAZENADOS
A demanda de sistemas construtivos e de estruturas para
armazenamento de produtos agrcolas tais
como silos tm crescido constantemente. O projeto de construo
destas estruturas requer o conhecimento das aes que nelas atuam.
Uma das aes mais importantes devida aos produtos
armazenados, calculadas a partir das propriedades fsicas destes
produtos. A determinao das
propriedades se d por uma rotina de clculo que nos conduz a
erros. Dessa forma, existia a
necessidade do desenvolvimento de um software para clculo destas
propriedades, visando
fornecer os resultados mais exatos possveis para que fossem
mantidas a integridade da estrutura
de armazenamento e a qualidade do produto armazenado. O presente
trabalho expe os conceitos
importantes utilizados e o processo de desenvolvimento e
modelagem do software. Alm disso,
so apresentados os resultados do desenvolvimento, a
aplicabilidade do software e as melhorias
obtidas com o novo modo de processamento dos dados conseguidos
nas pesquisas.
Palavras-chaves: propriedades fsicas, produtos agrcolas,
modelagem, software.
ABSTRACT
DEVELOPMENT OF SOFTWARE FOR CALCULATION OF PROPERTIES OF STORED
PRODUCTS
The demand of constructive systems and of structures for storage
of such agricultural products as
silos has been growing constantly. The project of construction
of these structures requests the knowledge of the actions that act
in them. One of the most important actions is owed to the
stored
products, calculated starting from the physical properties of
these products. The determination of
the properties is made by a calculation routine that leads us to
mistakes. In that way, the need of
the development of software for calculation of these properties
existed, seeking to supply the
possible most exact results so that the integrity of the storage
structure and the quality of the stored
product were maintained. The present work exposes the important
concepts used, the development
process and the modeling of the software. Besides, the results
of the development, the applicability
of the software and the improvements obtained with the new way
of processing of the data gotten
in the researches are presented.
Keywords: physical properties, agricultural products, modeling,
software.
-
II
RESUMO ESTENDIDO
DESENVOLVIMENTO DE SOFTWARE PARA CLCULO DE PROPRIEDADES DE
PRODUTOS ARMAZENADOS
A demanda de estruturas para armazenamento de produtos agrcolas
tais como silos tm crescido
constantemente. O projeto de construo destas estruturas requer o
conhecimento das aes que nelas atuam. Uma das aes mais importantes
devida aos produtos armazenados, calculadas a
partir das propriedades fsicas destes produtos. Para o clculo
dessas propriedades, so usadas
mquinas construdas para simular a condio de armazenamento do
produto em silos,
onde se realizam testes de cisalhamento sobre amostras de gros.
Desses testes, so
obtidas as tenses a serem usadas nas frmulas que calculam essas
propriedades. Como as
rotinas de clculo existentes conduzem a erros e as frmulas que
fazem o tratamento
matemtico dos dados no so triviais, ento necessrio o uso de
sistemas
computacionais aplicando as mesmas equaes para que se consiga
resultados exatos.
Dessa forma, existia a necessidade do desenvolvimento de um
software para clculo destas
propriedades, visando fornecer os resultados mais exatos
possveis para que fossem mantidas a
integridade da estrutura de armazenamento e a qualidade do
produto armazenado. O presente
trabalho expe os conceitos importantes utilizados e o processo
de desenvolvimento e modelagem
do software. Alm disso, so apresentados os resultados do
desenvolvimento, a importncia e
aplicabilidade do software e as melhorias obtidas com o novo
modo de processamento dos dados
conseguidos nas pesquisas.
Palavras-chaves: propriedades fsicas, produtos agrcolas,
modelagem, software.
-
III
SUMRIO
NDICE DE
FIGURAS......................................................................................................V
1. INTRODUO
.........................................................................................................1
1.1. CONSIDERAES INICIAIS
...................................................................................1
1.2. OBJETIVOS E
JUSTIFICATIVAS..............................................................................1
2. REFERENCIAL TERICO
.................................................................................3
2.1. PROPRIEDADES DOS PRODUTOS ARMAZENADOS
..................................................3 2.1.1. Peso
Especfico
.................................................................................................4
2.1.2. Coeficiente de Atrito com a Parede
...................................................................4
2.1.3. Produto Armazenado e Lugar
Geomtrico.........................................................7
2.2. PESQUISAS SOBRE AS PROPRIEDADES FSICAS DOS PRODUTOS
AGRCOLAS...........8 2.3. CONCEITOS DE DESENVOLVIMENTO DE
SOFTWARE..............................................9 2.3.1.
Importncia de uma Interface de Software com Qualidade
..............................9 2.3.2. Principais Conceitos para o
Desenvolvimento de Interfaces ..........................10 2.3.3.
Recursos Utilizados no Projeto de
Interfaces.................................................11
2.3.4. Conceitos Iniciais de Orientao a Objetos
...................................................12 2.3.5. O Uso
de Linguagem Orientada a Objetos para Desenvolvimento de Software
.........................................................................................................................................13
2.3.6. Fundamentos de Desenvolvimento Baseado em Engenharia de
Software .......13 2.3.7. A Importncia da Modelagem de Software
....................................................14 2.3.8.
Modelagem de Software usando Unified Modeling Language (UML
Linguagem de Modelagem
Unificada).........................................................................13
2.3.9. Os Principais Componentes da Modelagem em UML
....................................15 2.3.9.1. Os Itens da
Modelagem..................................................................................15
2.3.9.2. Os Relacionamentos da
Modelagem..............................................................16
2.3.9.3 Os
Diagramas.................................................................................................16
3. METODOLOGIA
................................................................................................18
-
IV
3.1. LEVANTAMENTO DOS REQUISITOS DO SISTEMA
..................................................18 3.2.
PROCEDIMENTOS METODOLGICOS
..................................................................18
3.3. FERRAMENTAS
UTILIZADAS..............................................................................19
4. RESULTADOS E DISCUSSES
........................................................................20
4.1 ESPECIFICAO DO
SOFTWARE.............................................................................20
4.2. ANLISE DOS PROBLEMAS DO SOFTWARE ANTIGO E AS SOLUES
IMPLEMENTADAS
.............................................................................................................20
4.3. MODELAGEM DO DIAGRAMA DE CASOS DE USO
................................................21 4.4. MODELAGEM
DO DIAGRAMA DE CLASSES
.........................................................22 4.5.
MODELAGEM DO DIAGRAMA DE
SEQUNCIA........................................................24
4.6. A IMPLEMENTAO DO SOFTWARE
...................................................................24
4.7. DESCRIO DO FUNCIONAMENTO DO
SISTEMA..................................................25 4.8. A
ENTRADA DE DADOS DE YIELD
LOCUS...........................................................27
4.9. A ENTRADA DE DADOS DE WALL YIELD LOCUS
................................................29 4.10. A ENTRADA
DE DADOS DE CISALHAMENTO DIRETO
..........................................31 4.11. A ADIO DE NOVOS
TIPOS DE CLULAS E PAREDES S EQUAES DO SOFTWARE
.............................................................................................................................32
5. CONCLUSES
....................................................................................................34
6. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
................................................................36
APNDICE A
...............................................................................................................39
APNDICE
B....................................................................................................................46
-
V
NDICE DE FIGURAS
Figura 2.1 Lugar geomtrico de deslizamento do produto
armazenado............................7
Figura 4.1 A janela principal do software CPFP Clculo de
Propriedades Fsicas de Produtos
..............................................................................................................................25
Figura 4.2 A janela de padro do sistema operacional para
abertura de arquivos usada no software
..............................................................................................................................26
Figura 4.3 A entrada de dados de Yield Locus com um exemplo de
entrada de dados obtidos dos testes na mquina de Jenike
............................................................................27
Figura 4.4 O grfico principal produzido pela entrada dos dados
ilustrada na Figura 4.3
............................................................................................................................................
28
Figura 4.5 As variveis calculadas para o Yield Locus da Figura
4.3 ............................ 29
Figura 4.6 Um exemplo de entrada do tipo Wall Yield Locus
.........................................30
Figura 4.7 Exemplo de entrada de dados de Cisalhamento Direto
..................................31
Figura 4.8 Exemplo da visualizao e edio dos tipos de clulas
disponveis para as entradas de dados de Yield Locus e Wall Yield
Locus
........................................................32
Figura 4.9 Exemplo de visualizao dos tipos de paredes disponveis
para a entrada de dados Wall Yield Locus
......................................................................................................33
Figura A.1 Diagrama de casos de uso que descreve o comportamento
do sistema ........39
Figura A.2 Diagrama de classes modelado para o software
............................................40
Figura A.3 Diagrama de seqncia ilustrando a troca de mensagens
entre as classes
relacionadas entrada de dados yield
locus........................................................................41
Figura A.4 - Diagrama de seqncia ilustrando a troca de mensagens
entre classes
relacionadas entrada de dados wall yield
locus................................................................42
Figura A.5 Diagrama de seqncia ilustrando a troca de mensagens
entre as classes relacionadas entrada de dados cisalhamento
direto..........................................................42
-
VI
Figura A.6 Grfico de densidade, obtido para a entrada de dados
ilustrada na Figura 4.3
.............................................................................................................................................43
Figura A.7 Grfico de Delta 1 por VM e Delta 2 por VM para o
produto da Figura 4.3
.............................................................................................................................................43
Figura A.8 Grfico FC / VM obtido para a entrada de dados
ilustrada na Figura 4.3 ....44
Figura A.9 O grfico de Wall Yield Locus obtido do processamento
da entrada ilustrada na Figura 4.6
.......................................................................................................................44
Figura A.10 As variveis obtidas com o processamento dos dados da
Figura 4.6 ..........45
Figura A.11 O grfico de Cisalhamento Direto obtido da entrada
dos dados da tabela ilustrada na Figura 4.7
........................................................................................................45
-
1. INTRODUO 1.1. Consideraes Iniciais
A cada ano, a produo de gros no Brasil tem aumentado
gradativamente, embora
a produtividade seja alta, ainda perde-se muito na ps-colheita,
com o transporte e com os sistemas de armazenamento precrios.
Existe uma demanda para que novas estruturas
sejam construdas para o armazenamento dos gros produzidos. Entre
essas estruturas as principais so os silos.
Os projetos de silos para armazenamento de produtos agrcolas
dependem diretamente do clculo das propriedades fsicas desses
produtos, visando o seu
dimensionamento de maneira segura e econmica, com o tratamento
matemtico dos
dados.
Para o clculo dessas propriedades, so usadas mquinas construdas
para simular a
condio de armazenamento do produto em silos, onde se realizam
testes de cisalhamento1
sobre amostras de gros. Desses testes, so obtidas as tenses a
serem usadas nas frmulas
que calculam essas propriedades. Como so obtidos muitos dados e
tais frmulas no so
triviais, ento necessrio o uso de sistemas computacionais
aplicando as mesmas
equaes para que se consiga resultados exatos.
1.2. Objetivos e Justificativas O objetivo geral foi desenvolver
um aplicativo para facilitar o tratamento dos dados
obtidos, na determinao das propriedades de produtos armazenados.
A finalidade do
desenvolvimento de um novo programa aprimorar os produtos de
software existentes,
que utilizam o ambiente MS-DOS, ou mesmo planilhas eletrnicas. O
requisito para o
desenvolvimento desse aplicativo, que utilize o ambiente
Windows, com uma interface
intuitiva ao usurio.
Props-se a fazer os clculos das propriedades e criar arquivos
para armazenar os
dados de entrada, e arquivos com o resultado do
processamento.
1 Cisalhamento o rompimento abrupto do elemento do produto pela
atuao de foras de atrito.
-
2
Os objetivos especficos desta pesquisa podem ser descritos nos
itens a seguir: Fornecer telas para a entrada de dados a partir do
teclado e para abrir
arquivos com os dados salvos;
Apresentar os ngulos de atrito obtidos do processamento dos
dados;
Ilustrar o grfico com as retas representando o lugar geomtrico e
os
crculos de tenses nos produtos;
Possibilitar da introduo de tipos de clulas de caractersticas
diferentes
das clulas padro.
A eficcia uma caracterstica importante, considerando que o
objetivo principal calcular as propriedades dos produtos
armazenados, os quais sero usados em projetos de silos, ento os
resultados devem ser consistentes e exatos. A finalidade deste
software
tambm atender as necessidades do usurio, pois em caso contrrio,
o usurio poder
voltar a utilizar o mtodo anterior; ao mesmo tempo deve ser
atrativo, pois em caso
contrrio ele ter seu uso desestimulado. A tendncia a levar a
erros do usurio ou do
programa deve ser evitada, mas, se ocorrer, o usurio dever ser
avisado e instrudo a
corrigir o problema.
O desenvolvimento de um software que atenda a tais solicitaes
deve ter uma
modelagem que atenda aos mtodos padres da engenharia de
software. Pois tais mtodos
definem todas as tarefas para a construo de programas, desde a
definio dos requisitos
at os testes finais e reparo de erros notificados na distribuio
ao usurio.
O prximo captulo, o referencial terico descreve o que so e como
so
determinadas as propriedades dos produtos agrcolas, descreve a
importncia da interface
da qualidade da interface de software e os principais recursos
utilizados para o
desenvolvimento da interface, descreve ainda como realizada a
modelagem de software,
os principais diagramas utilizados. No captulo metodologia so
descritos os
procedimentos e as ferramentas utilizadas para o desenvolvimento
do software. Em
resultados e discusses so descritas a modelagem e a implementao
obtidas, o
funcionamento do software com telas mostrando a execuo. Em
concluses so
apresentadas as concluses obtidas e a importncia do
desenvolvimento do trabalho.
-
2. REFERENCIAL TERICO Este captulo apresenta referncias
bibliogrficas consideradas importantes para o
desenvolvimento deste trabalho, tais como as propriedades dos
produtos armazenados, as
pesquisas para a obteno dessas propriedades, os conceitos
importantes no
desenvolvimento de interfaces de software, uma introduo
engenharia de software e a
modelagem de software em Unified Modeling Language (UML
Linguagem de Modelagem Unificada).
2.1. Propriedades dos Produtos Armazenados
As estruturas de armazenamento so de grande importncia para a
manuteno da
qualidade final dos produtos armazenados. Atualmente, existe a
necessidade de
desenvolvimento de novas tecnologias e solues dos problemas
existentes no que diz
respeito aos critrios de dimensionamento destas unidades. de
fundamental importncia um estudo aprofundado das alternativas
cabveis para o armazenamento seguro dos
produtos, dentre elas, destaca-se o conhecimento do
comportamento dos produtos
armazenados a granel.
Sendo as propriedades fsicas dos produtos armazenados diferentes
das
propriedades dos lquidos, o projeto de silos se torna difcil,
principalmente no que diz respeito a fluxo contnuo e o
comprometimento da segurana e da viabilidade econmica
destas estruturas. Para atender a esta necessidade, importante
que as cargas no sejam subestimadas e nem superestimadas. Assim, no
caso de armazenamento a granel, a
principal meta em um projeto de silos por descarga por gravidade
consiste em garantir o fluxo ininterrupto do produto armazenado,
mantendo-se tambm a integridade da estrutura
do silo, sendo para isto, necessrio conhecer as propriedades
fsicas dos produtos
armazenados (MILANI, 1993; CALIL JR., 1990). Dentre as
propriedades mais importantes, destacam-se: peso especfico, ngulo
de
atrito interno, efetivo ngulo de atrito interno, ngulo de atrito
do produto com a parede e
o coeficiente de atrito entre o produto e a parede da clula
(GAYLORD e GAYLORD, 1984; MOSHENIN, 1986).
-
4
2.1.1. Peso Especfico
LATINCSICS (1985) apresentou um estudo sobre a influncia da
compressibilidade dos slidos armazenados em silos. Observou que,
embora os mtodos
de clculo utilizados, tais com os de JANSSEN (1895) e outros
similares, no levem em considerao essa influncia, a maioria dos
slidos so relativamente compressveis,
afetando significativamente parmetros do projeto. Constatou que
os mtodos de projeto existentes, tais como a norma americana ACI
(1983) ou como a similar alem DIN-1052 (1969), omitem anlises
resultantes da compressibilidade do produto armazenado, o que levou
a concluir que o uso desses mtodos, especialmente nos casos de
materiais fofos
com alta compressibilidade ou alto grau de compresso, resulta em
valores incorretos de
tenses, foras e pesos. Enfatizou que a compressibilidade deve
ser considerada no projeto de um silo, tendo em vista os efeitos
que pode causar no comportamento da estrutura.
BRITTON e MOYSEY (1986) observaram que o peso especfico do
produto armazenado em um silo funo de sua umidade, das
sobre-presses existentes no silo, do
tempo de armazenamento, da taxa de carregamento, do modo de
carregamento e da altura
de queda do produto. Constataram que os valores reais desse
parmetro em geral divergem
dos estabelecidos pela comisso de gro do Canad (Canada Grain
Commission) ou pelo departamento de agricultura dos Estados Unidos.
Recomendaram que, para projeto, um aumento mdio de 6% sobre os tais
valores deve ser considerado.
2.1.2. Coeficiente de Atrito com a Parede
SCHWEDES (1983), comparando os interesses da engenharia de
processos com os da engenharia civil no que diz respeito determinao
do ngulo de atrito com a parede,
observou que, para combinaes idnticas entre o produto armazenado
e parede, as
medidas desse parmetro podem variar em at mais de 10. Verificou
que tais medidas,
obtidas por um teste de cisalhamento, nem sempre resultam em uma
linha reta. Creditou
essa variao ao comportamento de meio no continuo do produto
armazenado. Sugeriu
que para o coeficiente de atrito com a parede seja considerado
um intervalo de variao.
-
5
CALIL JR. (1984, 1985) determinou, a partir de dados
experimentais de presso obtidos em um modelo de silo, os ngulos de
atrito interno e os ngulos de atrito do
produto armazenado com a parede e analisou sua variao em funo da
relao entre a
altura do produto armazenado e o lado da seo transversal do
modelo. Dessa anlise,
concluiu-se que, para as relaes altura/lado, 3,0 e 1,5, h
discrepncias na determinao
das cargas em silos. Neste intervalo, segundo o autor, os ngulos
passam de um valor
constante para uma variao linear e, medida que diminui o valor
do ngulo de atrito
interno, aumenta o valor do ngulo de atrito com a parede.
Observou que a anomalia
notada nos ensaios mostra o erro de utilizao da frmula de
JANSSEN (1895) no clculo de silos com relao altura/lado
pequena.
SCHWEDES (1985) observou que valores, do coeficiente de atrito
com a parede, obtidos por teste de cisalhamento apresentam, em
geral, grande disperso, devendo,
portanto, este parmetro ser estabelecido por meio de um
intervalo. Mencionou a possvel
influncia que outros parmetros exercem sobre ele, tais como:
velocidade de
cisalhamento, temperatura, umidade, tempo, diferena entre atrito
esttico e dinmico,
vibrao, etc. Observou tambm que, para o projeto estrutural, a
influncia da velocidade deve ser irrelevante, que produtos
armazenados sobre presso durante um dado perodo de
tempo podem levar a um aumento substancial do coeficiente de
atrito e que a presena de
vibraes pode reduzir a resistncia ao cisalhamento em at 30%.
Sugeriu que os valores
do coeficiente de atrito com a parede sejam estabelecidos para
cada problema individualmente.
BRITTON e MOYSEY (1986) observaram que os valores de coeficiente
de atrito com a parede, obtidos para um dado produto, em geral
apresentam diferenas
significativas. Segundo os autores, essa variao seria causada
pela diversidade de
processos utilizados na obteno desse parmetro. Recomendaram que
o coeficiente de
atrito seja tratado como constante em silos de paredes lisas e
que, para paredes de ao corrugado, seja assumido como constante e
estimado como a tangente do ngulo de atrito interno.
HAAKER (1988) props um novo tipo de equipamento para a
determinao do coeficiente de atrito com a parede onde fatores tais
como a velocidade de deslizamento, a
-
6
presso normal, a temperatura, a presena de vibraes e o
comportamento do atrito so
considerados. Dos valores medidos com esse equipamento, pde
concluir que o
coeficiente de atrito com a parede para uma certa combinao
produto/parede no um
valor nico e pode depender fortemente da velocidade de
deslizamento e menor proporo
da presso normal; pode mudar significativamente com o tempo
devido variao das
caractersticas das paredes, causada pela ao do deslizamento do
produto.
ZHANG et al (1988) realizaram testes de cisalhamento direto para
estudar o comportamento do atrito entre o trigo e alguns materiais
construtivos (alumnio, ao galvanizado, madeira compensada e
concreto) e propuseram uma funo exponencial para modelar o
comportamento desse atrito. Verificaram que simulaes do modelo
se
comparam favoravelmente aos dados obtidos nos testes. O modelo
proposto, segundo os
autores, pode ser prontamente adaptado ao modelo de elementos
finitos para caracterizar
adequadamente a interao entre produto armazenado e
estrutura.
BUKLING et al (1989) realizaram testes sobre amostras de aos no
galvanizados e alumnio para estudar fontes de variao no coeficiente
de atrito do trigo sobre o metal.
Os fatores analisados foram tipo de metal, a presso exercida
pelos gros e o nmero de
ensaios. Segundo os autores, o coeficiente de atrito variou com
a presso e com o tipo de
metal e diminuiu medida que o deslizamento dos gros sobre a
parede foi se repetindo.
CHUNG e VERMA (1989), em um estudo experimental sobre
coeficientes de atrito esttico e dinmico, verificaram que os
efeitos de umidade e do tipo de superfcie
foram significativos. Segundo o estudo, a umidade influenciou
mais o atrito esttico e a
superfcie mais o atrito dinmico. O trabalho relaciona ainda
alguns autores que buscaram
estabelecer formas de medidas para este parmetro.
CHUNG e VERMA (1989), investigaram o comportamento do
coeficiente de atrito com a parede, levando em considerao o efeito
de diferentes rugosidades e da presena
de descontinuidades nas paredes causadas por dobras, soldas,
sobreposies, etc. Os testes
realizados mostraram que esse parmetro sensvel s
descontinuidades em uma
superfcie, sejam elas paralelas ou normais direo do movimento. O
autor sugeriu uma relao semi-emprica para explicar o comportamento
do coeficiente de atrito com a
parede em funo dos efeitos observados.
-
7
2.1.3. Produto Armazenado e Lugar Geomtrico
Conforme CALIL JR. (1990), um produto armazenado em um
recipiente solicitado por presses que causam consolidao e fornecem
resistncia. As presses mais
importantes ocorrem durante o fluxo, isto , durante a deformao
contnua do produto
acima do seu limite.
Consideremos o elemento do produto armazenado em um silo,
mostrado na Figura
2.1, 1 e 2 so respectivamente a maior e a menor tenso principal
e so indicadas pelo
semicrculo de MOHR. Se o elemento para esta condio de consolidao
cisalhado sob
vrias cargas normais, ento obtido o lugar geomtrico de
deslizamento. O semicrculo
de MOHR, atravs da origem, define a tenso de deslizamento
inconfinada, que representa
a resistncia do material em uma superfcie livre. Estendendo o
lugar geomtrico para
interceptar o eixo , definida a coeso aparente C. O angulo o
angulo de atrito interno. A coeso C a tenso de cisalhamento sob
tenso normal nula, e mesmo sendo
uma propriedade do produto armazenado, ela no usada na teoria de
fluxo em silos.
Portanto, a determinao das propriedades dos materiais
armazenados depende do
conhecimento dos lugares geomtricos de deslizamento determinados
pela relao entre a
tenso de cisalhamento e a tenso normal para o material
armazenado, avaliando como ele
desliza relativamente a si prprio e relativamente ao material da
parede de construo do
silo. Esta informao obtida de testes a partir da clula de
cisalhamento, obtendo-se
assim a tenso sob armazenamento e as condies de fluxo que podem
ocorrer em
unidades de armazenamento.
Segundo JENIKE (1964), os produtos armazenados apresentam
propriedades elasto-plsticas e viscosas. Algumas informaes podem
ser obtidas de uma anlise
Figura 2.1 Lugar geomtrico de deslizamento do produto
armazenado
-
8
baseada na suposio de que produtos armazenados se comportam com
um modelo rgido
plstico do tipo de Coulomb.
Chamando a tenso de cisalhamento de , e a tenso normal de e
usando um
sistema de coordenadas ( x ), o limite da funo de tenses
representado por um lugar geomtrico YL. Para o slido de Coulomb,
rgido plstico, o lugar geomtrico uma
linha inclinada de um ngulo de atrito , com eixo , e
interceptando o eixo , no valor igual a C, o qual chamado de coeso
do slido.
Em testes instantneos, o slido conduzido a uma condio de
deformao
estvel, sobre uma presso normal pr-definida em um plano de
cisalhamento. A
determinao do lugar geomtrico de deslizamento (YL) e do lugar
geomtrico de deslizamento da parede (WYL) representa tambm o
caminho para predizer a forma da tremonha e as dimenses da boca de
descarga, que iro fornecer, um determinado fluxo do
material armazenado e um pr-determinado tipo de fluxo.
2.2. Pesquisas sobre as Propriedades Fsicas dos Produtos
Agrcolas Um dos estudos considerados de maior importncia na
determinao das
propriedades fsicas dos produtos armazenados em silos foi
apresentado por JENIKE
(1964). Em busca de uma forma adequada para medir tais
propriedades, foi analisada a aplicabilidade de equipamentos de
teste utilizados em solos. Diante dos resultados
considerados no satisfatrios, decidiu-se desenvolver um aparelho
de cisalhamento direto
apropriado para produtos a serem armazenados. O aparelho
denominado Jenike Shear
Cell tem sido usado, desde ento, por diversos pesquisadores
europeus.
Com o objetivo de simplificar os ensaios de propriedades, vrios
equipamentos esto sendo testados, buscando a diminuio dos custos
com aplicao de equipamentos
como os de cisalhamento direto o que fatalmente permitiria um
maior domnio das teorias
envolvidas para o processamento de produtos.
Para Milani (1993), as pesquisas para a obteno das propriedades
so realizadas na mquina de Jenike, com procedimentos padronizados
de aplicao de quantidades
-
9
determinadas de repeties, diferentes presses sobre a clula onde
se encontra o produto,
pela mquina. A mquina oferece como resultado de cada repetio a
fora de tenso
normal e a fora de atrito, o qual usado como entrada de frmulas
para os clculos dos
ngulos de atrito, ou seja, como entrada para o aplicativo. A
partir das foras obtidas, das caractersticas da clula usada, das
foras aplicadas
sobre a clula e da rugosidade da superfcie que ser usada nas
paredes do silo; poder se
determinar atravs de clculos tais ngulos de atrito dos produtos
armazenados. Em cada
teste, pode-se usar uma clula com caracterstica diferente e uma
presso diferente sobre o
produto e, conforme suas caractersticas, o resultado uma fora
diferente.
O uso das propriedades dos produtos, vindas das tabelas das
normas internacionais,
segundo Silva (2003), conduz a erros expressivos nos projetos de
fluxos e presses dos silos. Portanto, essencial que sejam feitos
testes e usados produtos de software, seguindo sempre as normas
internacionais, para o clculo de tais propriedades.
2.3. Conceitos de Desenvolvimento de Software
2.3.1. Importncia de uma Interface de Software com Qualidade
A interao se torna mais fcil quando os usurios conseguem
assimilar um modelo
mental consistente e ntegro do software, expe Paula Filho
(2003). Todas as interaes devem diminuir a necessidade de memorizao
e a possibilidade de erros. O modelo
mental expressa como o usurio entende o funcionamento do
sistema, se houver excees
e inconsistncias, o usurio sente dificuldades.
O usurio espera sempre usar um software que atenda s suas
necessidades, mas
que lhe requeira o mnimo esforo. Segundo Bonsiepe (1997), citado
em Cunha (2004), a interface grfica computacional definida com uma
especificao dos objetos que o usurio v no monitor e as regras para
sua interao uma ferramenta de interao entre o
homem e a mquina.
-
10
Cunha (2004) cita que a interface to importante que influencia
at na produtividade do usurio, pois ele nem sempre quer um sistema
com mais recursos ou
eficiente do ponto de vista computacional, ele quer um sistema
que tenha utilidade no seu
trabalho. A interface determina, em grande parte, o sucesso ou o
fracasso de um produto,
dada a sua importncia.
2.3.2. Principais Conceitos para o Desenvolvimento de
Interfaces
Um sistema no deve decepcionar seus usurios, segundo Heckel
(1993), seja por falhas de hardware, software ou por erro do
usurio, os sistemas devem impedir ou ao
menos amenizar os danos. Existem muitas tcnicas que podem dar
confiabilidade a um
sistema, como testes, tcnicas de garantia de qualidade, provas
de exatido e
metodologias, os quais devem ser usados em qualquer software
para garantir o crdito de
um sistema.
Conforme Manzano, A. e Manzano, M. (1998), o MS-DOS tem como
caracterstica uma interface de linha de comando, onde o usurio tem
que decorar os comandos de sua
tarefa. A partir do Microsoft Windows, o usurio dispe de uma
interface grfica amigvel, com cones de desenho intuitivo e mouse
para realizar suas tarefas.
Isso facilitou muito para o usurio leigo, pois agora ele se
preocupa mais com a sua
tarefa e menos com interface do software que usa. Foi tanta a
revoluo que a interface
grfica provocou, que pouco tempo depois, no se usava sistema
operacional sem interface
grfica e a Microsoft ainda domina o mercado mundial de sistemas
operacionais. A partir desses fatores, pode-se ver a importncia de
que seja desenvolvido um software, em substituio aos usados
atualmente de ambiente MS-DOS.
A interface de um software ao nvel de projeto, qualquer que ele
seja, deve ser to importante quanto a sua eficincia, pela
importncia que o usurio considera. Segundo
Heckel (1993), o projetista deve conhecer bem o software que
faz, que finalidade deve fornecer ao usurio, qual a importncia no
seu trabalho; deve tambm conhecer quem o
usurio, qual o seu nvel de escolaridade, qual deve ser a sua
assiduidade ao uso.
-
11
2.3.3. Recursos Utilizados no Projeto de Interfaces O interesse
do usurio ao usar o software deve ser mantido, mostrando os
resultados de clculos logo aps a sua digitao, uma vez que o
usurio no deva esperar
pelo processamento e no se distraia da sua tarefa.
Para que esse interesse seja mantido, necessria uma comunicao
visual entre os dois componentes, a fim de que o usurio seja
informado em que etapa se encontra a tarefa. Heckel (1993) cita que
imagens podem ser incorporadas s mensagens para que as informaes
passadas de forma mais atrativa ao usurio.
Ao se conhecer o usurio, o projetista de software pode usar o
vocabulrio comum do cliente, nas mensagens para se comunicar com
ele, o que torna mais fcil o uso do
software, pois segundo cita Heckel (1993), no podemos projetar
uma boa aplicao se no entendermos o dialeto dos usurios, e mais
importante, o significado e conhecimento
que fundamentam esse dialeto. O uso de uma expresso que faa
parte do dialeto do
programador e que no seja familiar ao usurio deve ser evitado. O
recurso do uso de metforas tambm deve ser aproveitado, pois mantm
a
ateno do usurio, segundo Heckel (1993), mantm o interesse e se
dirige ao pblico usando vrios nveis de sofisticao. As metforas
tornam mais fcil a comunicao entre
o usurio e o seu programa. Muitas das melhores interfaces com o
usurio so aquelas que
escolhem metforas familiares para se comunicar.
O software a ser projetado deve dar ao usurio toda a
funcionalidade necessria para calcular os ngulos de atrito
procurados. Segundo Heckel (1993), o projetista deve comunicar ao
usurio o que o sistema faz, se isso acontecer o programa parecer
simples,
os detalhes da interface com o usurio podem ser elaborados de
modo a reforar o modelo
que est sendo comunicado, de modo a criar uma iluso visual na
mente do usurio. necessrio que o usurio possa escolher a quantidade
de vezes que a presso foi aplicada
ao produto. Tambm obrigado a fornecer opes para a escolha da
clula que foi usada
no teste.
A interface do software dever ser elaborada com cuidado, pois
sendo uma
ferramenta essencial para projetos de estruturas de
armazenamento, deve possuir fatores
-
12
como boa facilidade de aprendizado, rpida velocidade de resposta
ao usurio, baixa taxa
de erros, reteno com o tempo e satisfao subjetiva. Como citado
por Zambalde e Alves (2004), de fundamental importncia entender que
qualquer interface quando bem projetada deve desaparecer, ou seja,
no representar problemas para os usurios, fazendo com que os mesmos
se concentrem exclusivamente em suas atividades.
2.3.4. Conceitos Iniciais de Orientao a Objetos A linguagem Java
baseada no paradigma orientado por objetos. Camaro e
Figueiredo (2003) explicam que, em linguagens orientadas a
objetos, cada entidade que compe um sistema representada por um
objeto, com atributos e comportamento definidos. O uso de uma
linguagem orientada a objeto facilita a anlise, modelagem e
implementao de um software, ou seja, a engenharia do software, pois
os componentes do sistema podem ser modelados em objetos.
Os principais conceitos do paradigma orientado a objetos,
segundo Rezende (2002) so definidos a seguir: o objeto uma coisa
real ou abstrata, sobre a qual se armazenam dados e operaes que
manipulam os dados. As operaes so usadas para ler ou
manipular os dados de um objeto. Os mtodos so a maneira como as
operaes so codificadas no software, a classe um tipo de objeto e,
possui estrutura e mtodos, que especificam as operaes que podem ser
feitas com aquela estrutura.
Os princpios bsicos da orientao a objetos so os seguintes: a
classificao, a encapsulao, a herana e o polimorfismo. Segundo
Rezende (2002), a classificao o agrupamento de objetos com os
mesmos atributos e as mesmas operaes em uma classe; a encapsulao
oculta dos usurios detalhes de funcionamento interno da classe, ou
seja, os usurios sabem o que a classe pode fazer, mas no sabem como
ela faz; a herana o
processo de criar novos tipos de dados baseados nos existentes,
ou seja, com a herana pode especificar novos tipos de dados, com os
atributos e mtodos herdados da classe-pai
e com outros especificados na prpria classe; o polimorfismo o
uso do mesmo nome
para mtodos de classes diferentes, sobrepondo implementaes
destes em classes
generalizadas.
-
13
2.3.5. O Uso de Linguagem Orientada a Objetos para
Desenvolvimento de Software
Para Rezende (2002), o uso de linguagem que implementa o
paradigma orientado a objetos torna os programas mais adaptveis a
mudanas. Segundo Rumbaugh (1997) citado em Rezende (2002), as
classes podem ser testadas antes de serem usadas, tornando o
sistema mais confivel; as classes podem ser reutilizadas em outros
sistemas.
Para Silveira e Schmitz (1999), a orientao a objetos, a partir
da dcada de 90 se afirmou como o estilo de projeto mais utilizado
no desenvolvimento de software, pois representam melhor o mundo
real devido ao mapeamento que existe entre os objetos do mundo real
e os objetos do mundo computacional.
2.3.6. Fundamentos de Desenvolvimento Baseado em Engenharia de
Software
Segundo Pressman (1995), a definio de engenharia de software,
proposta por Fritz Bauer, a seguinte: o estabelecimento e uso de
slidos princpios de engenharia
para que se possa obter economicamente um software que seja
confivel e que funcione em mquinas reais. Segundo Martin e Mcclure
(1991), citado em Rezende (2002), engenharia de software o estudo
dos princpios e sua aplicao no desenvolvimento e
manuteno de sistemas de software.
Um software com qualidade aquele que capaz de atender as
necessidades dos
usurios, segundo Booch et al. (2000). Se ele for desenvolvido de
maneira previsvel, em um perodo determinado, com a utilizao
eficiente e eficaz dos recursos, ele ser um bom
negcio ao desenvolvedor. Assim a modelagem est entre as
atividades que levam
implantao de um bom software.
2.3.7. A Importncia da Modelagem de Software
Os mtodos para construir um software, segundo Rezende (2002),
envolvem tarefas como planejamento e estimativa de projeto, anlise
de requisitos, projeto de estruturas de
-
14
dados, arquitetura de programa e de algoritmo de processamento,
codificao, teste e
manuteno. Para Althoff et al. (2002), ao fim da modelagem do
sistema, ele est formalmente especificado e, assim, pode-se usar
ferramentas para realizar a validao e a
verificao reduzindo o tempo gasto na etapa de teste do
sistema.
Para o desenvolvimento de um software, sempre necessrio que se
tenha um
projeto de desenvolvimento claramente modelado. Como a UML uma
linguagem-padro para a elaborao da estrutura de projetos de
software de Booch et al. (2000). A UML pode ser usada para se
compreender como o software deve ser construdo e utilizado
pelos usurios, para descrever abstratamente seu desenvolvimento
e a seqncia de aes
a serem executadas. Para Rezende (2002), todo e qualquer projeto
deve ser planejado por meio de metodologias estruturadas, modernas
e que forneam documentao completa.
Para todo projeto de software, a modelagem pode ter diferentes
vises da arquitetura do software, pois em cada foco uma
caracterstica diferente pode ser
visualizada. Se todas as vises possveis forem modeladas, o
software ter seu
comportamento descrito completamente. Para Booch et al. (2000),
os diagramas desenvolvidos em UML podem ser conectados s linguagens
de programao para a
gerao de cdigo.
2.3.8. Modelagem de Software usando Unified Modeling Language
(UML Linguagem de Modelagem Unificada)
Segundo Vasconcelos (2002), citado por Cunha (2004), o
desenvolvimento de software deixou de ser artesanal. Pois, h poucos
anos, a produo do software era feita
sem padronizao das aes, sem a preparao para um posterior aumento
na
funcionalidade, sem a realizao de testes de deteco de erros.
Hoje em dia, h um enfoque estruturado e metdico que prev a realizao
de todas as tarefas de
desenvolvimento necessrias.
-
15
Para a especificao e realizao dessas tarefas foi criada a
linguagem UML em
1995, definindo padres de engenharia de software que devem ser
usados para a modelagem.
2.3.9. Os Principais Componentes da UML
Os objetivos principais da modelagem so, segundo Booch et al.
(2000), os seguintes: os modelos ajudam a visualizar como o sistema
ou como se deseja que seja, permitem especificar a estrutura ou o
comportamento do sistema, proporcionam um guia
para a construo do sistema e documentam as decises tomadas.
A UML, para Booch et al. (2000), abrange trs blocos de construo
para a modelagem de software, eles so: os itens, os diagramas e os
relacionamentos. Os itens
so divididos em estruturais, comportamentais, de agrupamentos e
anotacionais. Sero
descritos a seguir os itens que devero ser usados na modelagem
do software.
2.3.9.1. Os Itens da Modelagem
Os principais itens estruturais so as classes e os casos de uso.
As classes
descrevem objetos e possuem atributos, operaes, relacionamentos
e semntica e podem implementar interfaces.
Os casos de uso so descries de conjuntos de seqncias de aes
realizadas pelo sistema, proporcionando resultados observveis,
segundo Paula (2003), um caso de uso a especificao de uma seqncia
de aes, que um sistema ou produto pode executar
quando interage com os seus usurios ou com sistemas
externos.
Os itens comportamentais, segundo Booch et al. (2000), so
estruturados pelos casos de uso, representam procedimentos no espao
/ tempo e o principal deles
interao. Esse item comportamental abrange trocas de mensagens,
seqncias de aes e
ligaes entre objetos para a realizao de propsitos especficos. Os
itens de agrupamento organizam os modelos e o principal deles o
pacote.
Segundo Booch et al. (2000), os pacotes podem agrupar quaisquer
itens, mas pacotes so
-
16
apenas conceituais, pois sua nica funo decompor o modelo para
facilitar a
visualizao.
Um item anotacional apenas uma parte explicativa do sistema,
includo apenas
para explicar um elemento do modelo. Existe apenas um item
anotacional, a nota, ela
aprimora o diagrama com comentrios que so mais bem explicados em
texto do que em
elementos da UML.
2.3.9.2. Os Relacionamentos da Modelagem
Os relacionamentos so divididos em: dependncia, associao,
generalizao e
realizao.
A dependncia, segundo Booch et al. (2000), uma relao entre dois
elementos de modelagem em que a alterao do elemento de modelagem
independente pode afetar a
semntica do elemento de modelagem dependente. A associao um
relacionamento
estrutural que descreve conexes entre elemento de modelagem. A
generalizao uma
herana, sendo que o elemento de modelagem filho compartilha a
estrutura e o
comportamento do elemento de modelagem pai. A realizao garante
que um elemento de
modelagem vai executar o mtodo conforme especificado por outro
elemento de
modelagem.
2.3.9.3. Os Diagramas
Os diagramas permitem a visualizao do sistema sob diferentes
perspectivas. Os
diagrama de classes, de casos de uso e de seqncia sero
explicados a seguir.
Segundo Booch et al. (2000): o diagrama de classes exibe um
conjunto de classes, interfaces e seus relacionamentos, por isso
encontrado freqentemente na modelagem de
sistemas orientados a objetos. Segundo Silveira e Schmitz
(1999), o diagrama de classes esttico, pois a estrutura descrita
por ele sempre vlida para qualquer instante do
desenvolvimento do projeto. Para Rumbaugh et al. (1999), o
diagrama de classes um conceito importante da aplicao, pois esse
diagrama ilustra todos os atributos e
comportamentos do sistema atravs de objetos.
-
17
Objetos devem ser distribudos em pacotes, a fim de serem
organizados para que o diagrama seja mais bem visualizado. As
classes, principais elemento de modelagem mostrados no diagrama de
classe, tm ligaes entre si atravs dos relacionamentos, ou
seja, as classes possuem dependncias, associaes, realizaes ou
generalizaes, para definir o tipo de acesso a outras classes.
O diagrama de casos de uso exibe um conjunto de casos de uso e
atores, e seus relacionamentos. Segundo Althoff et al. (2002), o
diagrama de casos de uso deve ser capaz de mostrar o que o sistema
vai fazer e no como fazer. Esse tipo de diagrama muito
utilizado quando o sistema est sendo especificado e a iterao com
o cliente, neste ponto,
deve ser intensa.
O diagrama de seqncia segundo Booch et al. (2000), modela
aspectos dinmicos do sistema, dando nfase ordenao temporal de
mensagens trocadas entre objetos que compem o sistema.
Segundo Rumbaugh et al. (1999) o diagrama de seqncia exibe uma
interao em um quadro bidimensional. A dimenso vertical o eixo do
tempo, ordenado de cima
para baixo. A dimenso horizontal mostra os papis do
classificador que representam
objetos individuais na colaborao. Cada papel do classificador
representado por uma coluna vertical chamada de linha de vida.
Durante o tempo que o objeto existe, o papel mostrado por uma linha
seccionada. Durante o tempo que um procedimento no objeto est ativo
a linha de vida mostrada contnua e dupla. Uma mensagem mostrada
como uma
seta da linha de vida de um objeto para a linha de vida de outro
objeto. As setas so organizadas sucessivamente no tempo diagrama
abaixo.
-
3. METODOLOGIA
Neste captulo sero descritos os procedimentos utilizados no
desenvolvimento do
software, incluindo uma anlise dos sistemas existentes, a
construo dos diagramas e as
ferramentas usadas durante todo o desenvolvimento.
3.1. Levantamento dos requisitos do sistema
A pesquisa iniciou-se com a anlise do uso do aplicativo do
ambiente MS-DOS
YLocus pelos usurios, o qual mtodo atual de clculo das
propriedades dos produtos
armazenados. A partir desse momento, foram levantadas questes
quanto aos problemas e
o que deveria ser melhorado no aplicativo desenvolvido. Foram
obtidas informaes sobre
novas funes que deveriam estar disponveis no novo software.
O processo de anlise comeou pela tela principal, onde foram
verificados os tipos
de entradas de dados, de grficos e outras opes. Seguiu-se ento,
analisando quais dados
so pedidos e como so pedidos ao usurio, de todas os tipos de
entrada. Tambm foram
verificadas as seguintes funes no programa:
A impresso dos grficos na tela;
O clculo dos resultados pelo programa;
A impresso dos resultados em papel;
A gravao e a abertura de arquivos pelo usurio;
A verificao da validade dos dados digitados pelo usurio.
Essa anlise detalhada anotada para consulta, durante o
planejamento e desenvolvimento do software.
3.2. Procedimentos Metodolgicos Para o desenvolvimento foi
empregado o modelo de ciclo de vida de processo de
software chamado desenvolvimento evolucionrio. Neste modelo os
resultados parciais
so mostrados rapidamente ao usurio, o qual faz comentrios sobre
os requisitos a serem
atendidos nas prximas verses e as falhas a serem corrigidas.
Este modelo foi o mais
-
19
apropriado ao mtodo de trabalho empregado por se esperar
funcionalidades prontas mais
rapidamente o possvel.
A partir da anlise dos requisitos do software, foi iniciada a
modelagem do sistema,
utilizando UML, os diagramas construdos foram o diagrama de
casos de uso, o diagrama
de classes e diagrama de sequncia.
A modelagem apenas a primeira parte do desenvolvimento de
software, a
implementao segunda parte e a terceira a fase de testes.
Baseando-se nas classes
obtidas do diagrama de classes iniciou-se a implementao do
sistema em linguagem
Java, usando frmulas vindas da bibliografia sobre as
propriedades fsicas dos produtos,
cdigo-fonte do aplicativo existente foram codificadas as equaes
de modo a executarem
os clculos necessrios. A terceira fase iniciou-se com testes de
falhas, verificao da
eficcia da aplicao e correo de frmulas para se alcanar os
resultados esperados. Os
testes foram realizados por meio de comparao dos resultados
obtidos com os resultados
encontrados nos mtodos existentes e assim as equaes foram
corrigidas at alcanarem
os valores mais precisos que se pode obter.
3.3. Ferramentas Utilizadas
A modelagem do sistema foi realizada com a ferramenta ArgoUML2,
verso 0.16.1.
Foi escolhida por ser uma ferramenta que pode ser obtida
gratuitamente na Internet, ser
totalmente compatvel com a sintaxe da UML. A partir da modelagem
realizada com a
ferramenta, foram geradas as classes principais do sistema.
Foi utilizado o ambiente de desenvolvimento Eclipse3, verso
2.1.3. Nessa
ferramenta, foi realizada a edio do cdigo do sistema na
linguagem Java. A mquina
virtual Java usada para a criao dos arquivos compilados foi a
JDK verso 1.4.1_01, pois
era a verso mais recente durante a implementao. Para o desenho
dos grficos na tela foi
utilizada a biblioteca JFreeChart4, verso 0.9.19, que se mostrou
simples de usar e
bastante verstil para o desenvolvimento de aplicaes.
! """# $ #%&'()&"""(
-
4. RESULTADOS E DISCUSSES Neste captulo, sero apresentados os
resultados provenientes da execuo do
presente projeto, tal como a modelagem do sistema, a explicao do
funcionamento do sistema e sero mostradas as telas do CPFP (Clculo
de Propriedades Fsicas de Produtos), o software desenvolvido, com
exemplos reais do programa sendo executado.
4.1. Especificao do Software A necessidade de um mtodo eficiente
de clculo matemtico das propriedades
fsicas dos produtos agrcolas levou ao desenvolvimento de um
software. As necessidades
do com os requisitos listados a seguir:
Fornecer um formulrio para de entrada de yield locus de modo que
possa
preencher os dados com at seis yield loci, com cinco pr-shear
cada, onde
digitada a clula usada no ensaio, o peso aplicado e a fora
obtida;
Fornecer um formulrio para entrada de wall yield locus, onde so
digitados
o tipo de parede e a clula usada no ensaio e as leituras obtidas
na mquina
de Jenike;
Fornecer uma planilha para entrada de cisalhamento direto, onde
so
digitadas as tenses vertical, horizontal e da mola.
Fornecer os resultados do processamento das entradas de
dados
correspondentes atravs de grficos e de relatrios mostrando os
valores das
variveis calculadas.
4.2. Anlise dos Problemas do Software Antigo e as Solues
Implementadas Os mtodos existentes de clculo das propriedades
baseiam-se no uso de sistemas
de modo MS-DOS. Os quais possuem muitos problemas, entre estes,
problemas de
interface e interao com o usurio e resultados obtidos no to
precisos quanto deveriam.
-
21
A anlise do software existente foi o primeiro passo para a
modelagem. Na anlise
foram encontrados problemas, principalmente relacionados ao
ambiente de execuo, os
problemas so apresentados a seguir:
Dificuldade de navegao pelos menus;
No se pode ver ao mesmo tempo mais de uma tela de entrada de
dados ou
de grfico;
Os erros causados por digitao incorreta de dados no so
informados
corretamente e se percebidos pelo usurio a correo difcil de
ser
realizada;
A interao entre o software com o usurio no satisfaz suas
necessidades,
ele no informado sobre erros ocorridos, sobre quais os
arquivos
carregados na memria.
Para a resoluo dos dois primeiros problemas, optou-se pela criao
de um
sistema com uma janela principal, no qual contm barras de menus
e botes, onde so acessados todos os comandos, e uma rea de trabalho
dentro da janela, onde podem ser colocadas mltiplas janelas
internas. Nesta rea de trabalho, as janelas podem ser arrastadas,
redimensionadas e sobrepostas conforme a pretenso do usurio.
Para a resoluo dos dois ltimos problemas, optou-se por uma
interao onde o
usurio informado, no momento da digitao, da entrada de um
caractere invlido, onde
ele pode digitar o correto; toda janela interna aberta tem no
ttulo o tipo de janela a que pertence e o nome do arquivo de onde
esto os dados mostrados. Deste modo, o sistema
sempre est informando ao usurio sobre que parte ele se encontra
na entrada dos dados.
Conforme citado na referncia bibliogrfica, esta uma parte
importante para qualquer
interface de software.
4.3. Modelagem do Diagrama de Casos de Uso A partir da mesma
anlise, foi construdo o diagrama de casos de uso, o qual
mostrado na Figura A.1 no Apndice com as descries dos casos de
uso no Apndice B,
que tem a funo de indicar o comportamento do sistema de uma
forma abstrata, pois
-
22
apenas exibe o que o software deve oferecer de funcionalidade e
no de que modo vai
faz-la. O nico ator do sistema o usurio, o qual executa os
principais casos de uso,
como criar as entradas de dados e desenhar grfico.
Os casos de uso so representados pelas elipses com o nome dentro
dela. As
associaes so as linhas simples que ligam o usurio aos casos de
uso. As incluses so
as linhas tracejadas, com a palavra include entre ngulos duplos.
As linhas simples com uma seta na ponta so as generalizaes.
Os principais casos de uso so abrir arquivo e criar entrada de
dados, os quais se
especializam nos casos de uso criar yield locus, criar wall
yield locus e criar cisalhamento
direto. O caso de uso criar entrada de dados inclui outros casos
de uso, como salvar os
dados em arquivo, calcular as variveis usadas no grfico, mostrar
o arquivo de tais
variveis, desenhar o grfico na tela. Tambm so includos no
diagrama, os casos de uso
para editar os tipos de clulas e tipos de paredes disponveis e
de mostrar a ajuda do sistema.
Estes so os casos de uso de maior importncia para esta
modelagem, pois
descrevem completamente o que o software deve oferecer ao
usurio. Este diagrama til
a todas as pessoas relacionadas ao sistema, pois a partir deste,
os usurios podem entender
melhor o que est sendo feito; o projetista tambm comunica ao
usurio de uma maneira mais formal o que entendeu. Dessa maneira,
eles podem discutir melhorias nas
especificaes e chegar a um consenso sobre a funcionalidade
oferecida.
Usando generalizaes, foi possvel o uso de um menor nmero de
associaes e
incluses simplificando o diagrama. Tambm optou por fazer o mnimo
possvel de
sobreposio de linhas e casos de uso, proporcionando maior
legibilidade dos diagramas.
4.4. Modelagem do Diagrama de Classes A partir do diagrama de
casos de uso, dos requisitos especificados para o software,
pde-se ento modelar o diagrama de classes, o qual descreve a
estrutura do sistema,
mostra os objetos a serem criados e seus relacionamentos.
-
23
O diagrama de classes est ilustrado na Figura A.2 no Apndice.
Nele, esto
expostos apenas classes, relacionamentos, atributos e mtodos
essenciais ao entendimento
da modelagem do sistema. Os atributos possuem o nome seguido
pelo seu tipo; os
mtodos possuem o nome seguido por parnteses, que podem ter os
parmetros entre eles,
e ao fim o tipo de retorno do mtodo. Todos os mtodos e atributos
de classes com o sinal
+, so acessveis a todas as classes, sempre atravs de objetos
instncias das classes, pois no h mtodos ou atributos estticos, ou
seja, possveis de serem acessados sem a criao de instncias da
classe. Os mtodos e atributos com o sinal - so privados,
acessveis somente dentro da prpria classe.
Os relacionamentos mostrados neste diagrama so: as associaes
unidirecionais,
representadas pelas setas com ponta aberta; as generalizaes,
representadas pelas setas
com ponta fechada; e as agregaes por composio, representadas
pelas linhas com
diamante em uma ponta.
O ponto central deste diagrama a classe abstrata
NovaEntradaDeDados, a qual
possui somente mtodos abstratos que so ser implementados por
todas as suas classes
especializadas. Esta classe possui associaes unidirecionais para
as classes
CalculosYlocus e GraficosYlocus, as quais so acessveis s classes
que a generalizam. A classe GraficoYlocus possui todos os mtodos
necessrios para a realizao de
todos os casos de uso relacionados aos grficos. A classe
CalculosYlocus possui os
mtodos necessrios para os clculos dos ngulos de atrito a partir
dos dados fornecidos de
acordo com o tipo de entrada.
As classes NovoYieldLocus, NovoWallYieldLocus e
NovoCisalhamentoDireto
especializam a classe NovaEntradaDeDados, possuem seu prprio
construtor e
implementam todos os seus mtodos abstratos, cada uma de seu
prprio modo.
A classe NovoYieldLocus possui as classes YieldLoci e PreShear
atravs da
agregao por composio, com vetores de objetos de tais classes. A
classe NovoYieldLocus possui um vetor com, no mximo, seis objetos
da classe YieldLoci, cada qual possui um vetor de, no mximo, cinco
objetos da classe PreShear. O tamanho de cada vetor definido pelo
usurio durante a entrada de dados nos campos que possuem os
mesmos nomes dessas classes. A armazenagem em tempo de execuo
dos dados
-
24
digitados pelo usurio nestas classes feita do mesmo modo na
classe com nome
correspondente e com o prefixo Dados, pois, deste modo, facilita
o acesso aos dados
quando for necessrio para calcular as variveis do grfico.
Para as classes NovoWallYieldLocus e NovoCisalhamentoDireto, o
armazenamento
dos dados digitados pelo usurio feito somente atravs de vetores.
Porm, na primeira
classe atravs de um vetor unidimensional e na segunda classe
atravs de um vetor
bidimensional.
Neste diagrama, tambm aparecem os esteretipos create e type,
mostrados como
palavras entre ngulos duplos. O primeiro esteretipo informa que
o mtodo um
construtor para a classe que o contm, o segundo informa que a
classe especificada como
um tipo de dado mais complexo, neste diagrama a classe armazena
valores em atributos.
4.5. Modelagem do diagrama de seqncia O diagrama de seqncia foi
modelado de acordo com as classes existentes no
diagrama de classes. Com os objetos instncias destas classes
trocando mensagens entre si foi modelada a seqncia de interaes que
descrevem o comportamento de objetos. A modelagem foi dividida em
trs diagramas correspondentes a cada entrada de dados.
Para os objetos relacionados entrada de dados yield locus o
diagrama construdo est ilustrado na Figura A.3 no Apndice. A Figura
A.4 do Apndice ilustra o mesmo
diagrama para os objetos relacionados entrada de dados wall
yield locus e o diagrama da Figura A.5 para os objetos relacionados
a entrada de dados cisalhamento direto.
4.6. A Implementao do Software A implementao do software foi
onde se gastou mais tempo durante o
desenvolvimento, pois foram encontradas as maiores dificuldades,
tais como, a elaborao
de uma interface de software simples e funcional; a estrutura de
armazenamento em
memria dos dados digitados para acesso quando forem calculadas
as variveis usadas no
grfico; a obteno das equaes certas para que se encontrem os
resultados corretos dos
-
25
ngulos de atrito e dos desenhos nos grficos; a maneira certa de
desenhar grficos na tela
de acordo com as referncias bibliogrficas. Tais problemas foram
resolvidos com
consultas s bibliografias e com pesquisas em fruns sobre
programao na Internet.
4.7. Descrio do Funcionamento do Sistema A tela principal do
CPFP est ilustrada na Figura 4.1, onde se pode ver uma
simples janela com uma barra de menus e uma barra de botes. Na
rea de trabalho desta janela, podem estar abertas, ao mesmo tempo,
qualquer quantidade de janelas internas e de quaisquer tipos. Ao se
acionar um comando qualquer na barra de menus ou botes, como,
por exemplo, desenhar grfico, salvar em arquivo ou abrir arquivo
com as variveis
calculadas, importante que a janela interna, a qual contm os
dados em que se deseja executar a ao, esteja selecionada.
Figura 4.1 A janela principal do software CPFP Clculo de
Propriedades Fsicas de Produtos
-
26
O primeiro passo para o uso do software acionar o comando para
abrir um
arquivo do disco rgido ou para digitar uma nova entrada de dados
de escolha do usurio, a
seguir deve-se escolher o tipo de entrada de dados os quais
podem ser de Yield Locus, de
Wall Yield Locus, ou de Cisalhamento Direto. Quando escolhido
abrir arquivo, aparece a tela padro do sistema operacional para
salvar ou abrir arquivo, a qual ilustrada na
Figura 4.2. Depois de escolhido o tipo e o arquivo, os dados
aparecem na janela como se tivessem sido digitados.
Em todos os grficos que so ilustrados a seguir, podem-se aplicar
ferramentas
para aproximar ou distanciar o grfico conforme convenincia para
melhor visualizao,
ou ainda para focalizar determinada rea de acordo com as
coordenadas ilustradas nos
eixos esquerda e abaixo.
Figura 4.2 A janela de padro do sistema operacional para
abertura de arquivos usada no software
-
27
4.8. A entrada de Dados de Yield Locus
A digitao de uma entrada de dados de Yield Locus a de maior
esforo, pois
dependendo do ensaio realizado com o produto na mquina,
necessria a entrada de at
seis Yield Loci, cada um com at cinco Pr-Shear, o qual deve-se
fornecer o peso e a fora
total, o peso e a fora de shear e a clula da mquina no
ensaio.
Por exemplo, para um ensaio realizado com trs Yield Loci e cada
um com trs
Pr-Shear, foi obtida a tela da Figura 4.3, com todos os dados
digitados. importante considerar que, quando o ensaio possui mais
que Yield Loci, o sistema mostra um a cada
vez enquanto o usurio preenche os dados. Pois, se fosse o
contrrio causaria confuso ao
usurio e at poderia no ter espao na tela para se expor todos de
uma vez.
Como este um tipo de entrada com quantidade de dados grande e
muito varivel,
podem-se fazer quatro tipos de grficos diferentes, os quais so
ilustrados a seguir.
O primeiro grfico ilustrado na Figura 4.4, exibindo o ngulo
interno e externo,
do lado esquerdo. No grfico, exibem-se as retas obtidas de tais
ngulos, o primeiro e o
segundo semicrculos de Mohr o menor e o maior, respectivamente,
ilustrados no
Figura 4.3 A entrada de dados de Yield Locus com um exemplo de
entrada de dados obtidos dos testes na mquina de Jenike.
-
28
grfico, os trs pontos da amostra pequenos pontos circulares, e o
ponto de consolidao
pontos retangulares. Todos estes na mesma cor, mas para cada
Yield Loci de uma cor
diferente.
O grfico de densidade obtido ilustrado na Figura A.6 no Apndice,
a densidade da amostra ilustrada esquerda do grfico, os crculos so
os pontos de densidade e a
reta liga os centros destes crculos.
A Figura A.7 no Apndice ilustra o grfico Delta 1 por VM e Delta
2 por VM, os
deltas obtidos so ilustrados esquerda do grfico, os pontos de
Delta 1 por VM so
aqueles por onde se passa a reta vermelha pelo seu centro e os
pontos de Delta 2 por VM
so aqueles por onde se passa a reta azul em seu centro.
A Figura A.8 no Apndice ilustra o ltimo grfico de Yield Locus, o
grfico de FC
por VM. Ele exibe direita, na expresso (FC = ca * VM + (cl)), os
valores calculados das variveis ca (coeficiente angular) e cl
(coeficiente linear) que formam a reta mostrada.
Para a entrada de dados da Figura 4.3, ainda foi obtido o
arquivo com as variveis
calculadas ilustrado na Figura 4.5. Esta figura mostra nas seis
primeiras linhas, os dados principais sobre a entrada de dados. Nas
linhas seguintes, mostra para cada Yield Loci os
Figura 4.4 O grfico principal produzido pela entrada dos dados
mostrada na Figura 4.4.
-
29
valores encontrados das variveis usadas para traar todos os
grficos citados
anteriormente.
4.9. A Entrada de Dados de Wall Yield Locus
A entrada de dados de Wall Yield Locus a mais fcil, pois
necessita de apenas
seis leituras da mquina de cisalhamento para cada tipo de parede
em que se realizou o
ensaio. A conseqncia clara de ser necessria a digitao de poucos
dados neste tipo de
entrada a de que gerado apenas um tipo de grfico.
A Figura 4.6 ilustra a entrada para uma parede de silo de ao
rugoso, a clula usada
no ensaio e os valores das leituras obtidas na mquina. A Figura
A.9 do anexo ilustra o
Figura 4.5 As variveis calculadas para o Yield Locus da Figura
4.4.
-
30
grfico obtido da entrada de tais dados, com o ngulo de atrito
mostrado esquerda e a
reta com os pontos da leitura direita.
Nesta janela podem-se fazer quantas entradas de dados for
necessrio, sendo ou no de tipos de paredes diferentes. Para cada
janela de entrada mostrado o grfico em uma nova janela, tais
janelas podem-se organizadas na rea de trabalho da janela principal
para efeito de comparao entre dados e grficos.
A partir da entrada de dados ilustrada na Figura 4.6, obteve-se
o arquivo com as
variveis calculadas ilustrado na Figura A.10 do Apndice. Este
arquivo mostra os dados
principais sobre a entrada nas trs primeiras linhas e nas linhas
seguintes os valores dos
pesos usados nas leituras, as foras obtidas nas leituras e as
variveis que usadas para o
desenho do grfico da Figura A.9.
Figura 4.6 Um exemplo de entrada do tipo Wall Yield Locus.
-
31
4.10. A Entrada de Dados de Cisalhamento Direto
A entrada de dados de cisalhamento direto uma simples tabela,
onde o usurio
digita a leitura obtida na mquina dos extensmetros vertical,
horizontal e da mola, em
cada linha e no mximo em 24 linhas. Essa tabela pode ser copiada
para um arquivo para
impresso. Quando so digitados dados em uma linha, o sistema
mostra as variveis (%), V(cm3), Fh (kgf) e (kgf/cm2) calculadas
instantaneamente. A Figura 4.7 ilustra um exemplo dessa tabela, com
os dados preenchidos de um ensaio realizado na mquina de
cisalhamento.
A Figura A.11 do Apndice ilustra o grfico obtido do ensaio
acima, onde o eixo
horizontal d o valor da deformao do produto e o eixo vertical d
o valor da tenso
cisalhante.
Figura 4.7 Exemplo de entrada de dados de Cisalhamento
Direto
-
32
4.11. A Adio de Novos Tipos de Clulas e Paredes s Equaes do
Software
A adio de novos tipos de clulas de cisalhamento e novos tipos de
paredes de
silos uma funo inovadora neste tipo de software. Pois, antes do
desenvolvimento deste
trabalho no havia como adicionar novos coeficientes s equaes de
clculo das
propriedades.
Com isto, o software se tornou mais flexvel aos diferentes tipos
de pesquisas em
que ele aplicado. Por exemplo, se uma nova clula com
caractersticas diferentes for
inventada para um trabalho especfico, suas caractersticas podero
ser adicionadas como
opo de escolha para o clculo das propriedades. O mesmo pode
acontecer com o
desenvolvimento de um novo tipo de parede.
Tal adio de coeficientes feita de modo simples, quando se aciona
tal opo na
interface do software, aberto arquivo que contm todos os
coeficientes usados
atualmente.
A Figura 4.8 ilustra o arquivo de tipos de clulas disponveis
somente com as
clulas comuns. Para adicionar novas clulas, necessrio colocar
uma nova linha no fim
do arquivo escrever o nome e as caractersticas da clula seguindo
o formato padro do
arquivo. Depois de adicionada a clula, indispensvel reiniciar o
software para que esta
clula esteja pronta para seleo.
Figura 4.8 Exemplo da visualizao dos tipos de clulas disponveis
para as entradas de dados de Yield Locus e Wall Yield Locus
-
33
A Figura 4.9 ilustra o arquivo de tipos de paredes disponveis
somente com
paredes comuns. A adio de um novo tipo de parede feita de modo
anlogo adio de
tipo de clula, necessrio colocar uma nova linha no fim do
arquivo, escrever o nome da
parede do silo e o seu coeficiente.
Figura 4.9 Exemplo de visualizao dos tipos de paredes disponveis
para a entrada de dados Wall Yield Locus
-
5. CONCLUSES Os projetos de silos para o armazenamento de
produtos agrcolas necessitam do
conhecimento de propriedades fsicas dos produtos que se desejam
armazenar. A obteno destas propriedades atualmente feita de
diversos modos, entre estes
os principais so os ensaios nas mquinas de cisalhamento e de
Jenike. Destes ensaios, so
obtidas as foras aplicadas aos gros, estas foras so as entradas
para as frmulas que
calculam as propriedades dos produtos.
Neste trabalho objetivou-se desenvolver um aplicativo que
resolvesse diversos problemas dos usurios na resoluo das equaes
para encontrar tais propriedades e ainda
atendeu s necessidades de pesquisadores e projetistas de silos
na questo da melhoria do tratamento dos dados obtidos.
O novo sistema substitui completamente os existentes com adio de
novas
funes, atinge os objetivos propostos de melhorias nas interaes
com o usurio atravs do uso de uma interface amigvel e
principalmente de componentes grficos que
diminuem o esforo do usurio na digitao dos dados.
Os objetivos especficos como fornecer telas de entradas de
dados, apresentar todos os resultados numricos e grficos foram
alcanados com resultados satisfatrios e
esperados. Assim sendo, este um sistema eficaz de resoluo das
equaes de obteno
das propriedades.
O software desenvolvido auxilia na determinao de propriedades
fsicas de
produtos armazenados, propriedades estas indispensveis para o
clculo de presses e para
a determinao do fluxo do produto dentro do silo. A determinao
destas propriedades
realizada em projetos de graduao e ps-graduao, que contribuiro
para a elaborao da norma brasileira de silos, em laboratrios de
engenharia agrcola de diversas
universidades e em empresas privadas que projetam estruturas de
armazenamento. O software poder ser incrementado com novas funes em
trabalhos futuros.
Funes como o clculo de propriedades que no esto disponveis, como
a
implementao de entradas de dados para outras mquinas de
cisalhamento. Podero ser
corrigidas falhas ainda no encontradas na interface e nas equaes
de clculo de
propriedades.
-
35
-
6. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS ALTHOFF, G. F.; RAPOSO, E. P.
STEMMER, M. R., Modelagem de sistemas atravs da
UML Exemplo prtico. CTAI - Revista de Automao e Tecnologia da
Informao, vol. 01, nro. 02, julho / 2002. AMERICAN CONCRETE
INSTITUTE (ACI), Recommended Practice for Design and Construction
of Concrete Bins, Silos and Bunkers for Storing Granular Materials.
P. 313-377. EUA, 1983.
BONSIEPE, G., Design: do material ao digital. Florianpolis:
SEBRAE/SC, traduo de
Cludio Dutra, 1997.
BOOCH, G.; RUMBAUGH, J.; JACOBSON I., UML, guia do usurio. Rio
de Janeiro: Campus, 2000.
BOUMANS, G., Grain handling and storage. Elsevier Science
Publishers B.V., 1985. BRITTON, M. G.; MOYSEY, E. B., Grain
properties in the proposed new Engineering practice on bin loads.
St. Joseph. American Society of Agricultural
Engineers. Paper ASAE, n.86 4502, 1986.
BUCKLIN, R. A. et al., Apparent coefficient of friction of wheat
on bin wall material.
Trans. ASAE, v.32, n.5, p. 1769-73, 1989.
CALIL Jr. C., Sobrepressiones en las paredes de los silos para
almacenamiento de produtos pulverulentos cohesivos. So Carlos.
Escola de Engenharia de So Carlos USP,
184 p, 1984.
CALIL Jr., C., Recomendaes de Fluxo e de Cargas para o Projeto
de Silos Verticais. EESC - USP. 198 p, 1990.
CAMARO, C.; FIGUEIREDO L., Programao de computadores em Java.
Rio de Janeiro: LTC Editora, 2003.
CHUNG, J. H.; VERMA, L. R., Determination of friction
coefficients of beans and
peanuts. Trans. ASAE, v.32, n.2, p. 745-50, 1989.
CUNHA, L. H. R. T., Modelagem e desenvolvimento de um software
para a diretoria
de recursos humanos (DRH) da Universidade Federal de Lavras/MG
UFLA. 2004.
-
37
Monografia (Bacharelado em Cincia da Computao) Universidade
Federal de Lavras, Lavras-MG.
DEUTSCHE INDUSTRIE NORMEM (DIN-1052), Holzbauwerke Berechnung
und Ausfuhrung. Deustscheland, 1969.
FERREIRA, A. B. H., O novo dicionrio Aurlio - Sculo XX, 1999.
Cd-rom. GAYLORD, E. D.; GAYLORD, C. N., Design of steel bins for
storage of bulk solids.
New Jersey: Prentice-Hall, 1984.
HAAKER, G., Measurement of wall friction and wear in Bulk solids
handling. In:
Silos Forschung und Praxis, Karlsruhe, TAGUNG88 in karlsruhe.
Kalrlsruhe,
Universitat Karlsruhe. P. 389-403, 1988.
HECKEL, P., Software Amigvel, tcnicas de projeto de software
para uma melhor interface com o usurio. Rio de Janeiro: Campus
1993. JANSSEN, H. A., Experiments on grain pressure in silos.
Verein Dentscher, p 1045-
1049, 1895.
JENIKE, A. W., Storage and Flow of Solids. Salt Lake City.
University of Utah. (Bulletin. Utah Engineering Experiment Station,
n.123), 1964. LATINCSICS, N. K., Silos and Storage Vessels:
influence of compressibility of the stored solids on the design
methods, the process and conflicts in existing codes. Bulk
solids Handling, v5, n 1, p. 219-24, 1985.
MANZANO, A. L. N. G.; MANZANO, M. I. N. G., Estudo dirigido de
informtica bsica. So Paulo: rica, 1998. MARTIN, J. McCLURE, C.,
Tcnicas estruturadas e Case. So Paulo: Makron Books , 1991.
MILANI, A. P., Determinao das propriedades de produtos
armazenados para o
projeto de presses e fluxo em silos. 1993. Dissertao (Doutorado
em Engenharia de Estruturas) Universidade de So Paulo, So Carlos.
MOHSENIN, N. N., Phisical properties of plant and animal materials.
New York:
Gordon and Breach Science, 1986.
PAULA FILHO, W. de P., Engenharia de Software: Fundamentos,
mtodos e padres. Rio de Janeiro: LTC Editora, 2003.
-
38
PRESSMAN, R. S., Engenharia de software. So Paulo: Makron Books,
1995.
REZENDE, D. A., Engenharia de software e sistemas de informao.
Segunda edio.
Rio de Janeiro: Brasport, 2002.
RUMBAUGH, J.; JACOBSON I.; BOOCH, G., The Unified Modeling
Language
Reference Manual. Reading, Massachusetts: Addison Wesley
Longman, Inc., 1999.
SCHWEDES, J., Measurement of Flow properties of Bulk Solids. In:
Proceedings International Symposium of Powder Technology 81 p.89
98, 1986.
SCHWEDES, J., Influence of wall friction on silo design in
process and structural
engineering. Ger. Chem. Emg. (8) p. 131, 1985. SILVA, F. S.,
Propriedades fsicas dos gros de caf para o projeto tecnolgico de
equipamentos de silos. 2003. Tese (Doutorado em Engenharia Agrcola)
Universidade Federal de Viosa, Viosa.
SILVEIRA, D. S., SCHMITZ, E. A., Fast Case Uma ferramenta Case
para o desenvolvimento visual de sistemas orientados a objetos.
Florianpolis, XIII Simpsio Brasileiro de Engenharia de Software,
1999.
VASCONCELOS, A. M. L.; MACIEL T. M. M. Introduo engenharia de
software e os princpios de qualidade. Lavras: FAEPE, 2002.
ZAMBALDE, A. L.; ALVES, R. M., Interface homem-mquina e ergonomia.
Lavras: UFLA/FAEPE, 2004.
ZHANG, Q.; PURI, V. M.; MAMBECK, H. B., Model for frictional
behavior of wheat on structural materials. Trans.of the ASAE, v.31,
n.3, p.898-903, 1988.
-
APNDICE A
Figura A.1 Diagrama de casos de uso que descreve o comportamento
do software. Os casos de uso so descritos no Apndice A.2
Neste apndice so ilustrados
os diagramas de casos de uso, de
classes, e de seqncia construdos
para o software, e algumas telas do
software em execuo e grficos
gerados.
-
40
Figura A.2 Diagrama de classes modelado para o software
-
41
Figura A.3 Diagrama de seqncia ilustrando a troca de mensagens
entre as classes relacionadas entrada de dados yield locus
-
42
Figura A.4 - Diagrama de seqncia ilustrando a troca de mensagens
entre classes relacionadas entrada de dados wall yield locus
Figura A.5 Diagrama de seqncia ilustrando a troca de mensagens
entre as classes relacionadas entrada de dados cisalhamento
direto
-
43
Figura A.6 Grfico de densidade obtido para a entrada de dados
ilustrada na Figura 4.3.
Figura A.7 Grfico de Delta 1 por VM e Delta 2 por VM para a
entrada de dados da Figura 4.3.
-
44
Figura A.8 Grfico FC / VM obtido para a entrada de dados
ilustrada na Figura 4.3.
Figura A.9 O grfico de Wall Yield Locus obtido do processamento
da entrada ilustrada na Figura 4.6
-
45
Figura A.10 As variveis obtidas com o processamento dos dados da
Figura 4.6.
Figura A.11 O grfico de Cisalhamento Direto obtido da entrada
dos dados da tabela ilustrada na Figura 4.7
-
46
APNDICE B
Neste apndice mostrada a descrio de todos os casos de uso
ilustrados na Figura A.1.
Caso de uso Descrio CriarEntradaDados Mostrar uma tela de
entrada de dados para digitao pelo usurio CriarYieldLocus Mostrar
uma tela de entrada de dados de Yield Locus CriarWallYieldLocus
Mostrar uma tela de entrada de dados de Wall Yield Locus
CriarCisalhamentoDireto Mostrar uma tela de entrada de dados de
Cisalhamento Direto
CalcularVariveis Calcular as variveis a serem usadas nos grficos
e mostradas na tela
SalvarDadosArquivo Salvar em arquivo os dados digitados na
entrada de dados MostrarArquivodeVariveisCalculadas Mostrar o
arquivo com as variveis calculadas usadas nos grficos
DesenharGrficoPadro Desenhar na tela o grfico padro para a
entrada de dados selecionada
AbrirArquivo Abrir um arquivo onde esto salvos dados digitados
pelo usurio
AbrirArquivoYieldLocus Abrir um arquivo onde esto salvos dados
de entradas de Yield Locus
AbrirArquivoWallYieldLocus Abrir um arquivo onde esto salvos
dados de entradas de Wall Yield Locus
AbrirArquivoCisalhamentoDireto Abrir um arquivo onde esto salvos
dados de entradas de Cisalhamento Direto
MostrarAjudaCPFP Mostrar o arquivo de ajuda do software
MostrarSobreCPFP Mostrar informaes sobre o software
EditarTiposParedes Editar os tipos de paredes disponveis
EditarTiposCelulas Editar os tipos de clulas disponveis
DesenharGrficoFC/VM Desenhar na tela o grfico FC/VM para a
entrada de dados de Yield Locus selecionada
DesenharGrficoDeltas Desenhar na tela o grfico de Deltas para a
entrada de dados de Yield Locus selecionada
DesenharGraficoDensidade Desenhar na tela o grfico de Densidade
para a entrada de dados de Yield Locus selecionada