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Desconforto Respiratório no período Neonatal Dra. Marta D Rocha de Moura Programa de Residência Médica do Hospital Materno Infantil de Brasília www.paulomargotto.com.br Brasília, 13 de março de 2014
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Desconforto Respiratório no período Neonatal

Mar 18, 2016

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MICHEAL HOFER

Desconforto Respiratório no período Neonatal. Dra. Marta D Rocha de Moura Programa de Residência Médica do Hospital Materno Infantil de Brasília www.paulomargotto.com.br Brasília, 13 de março de 2014. Desconforto Respiratório no período neonatal. - PowerPoint PPT Presentation
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Page 1: Desconforto Respiratório no período Neonatal

Desconforto Respiratório no

período NeonatalDra. Marta D Rocha de Moura

Programa de Residência Médica do Hospital Materno Infantil de Brasíliawww.paulomargotto.com.br

Brasília, 13 de março de 2014

Page 2: Desconforto Respiratório no período Neonatal

Desconforto Respiratório no período neonatal • Principal motivo de internação nas unidades neonatais

• Dificuldade Respiratória, • Prematuridade, • Distúrbios metabólicos e• Infecções.

Page 3: Desconforto Respiratório no período Neonatal

Desconforto Respiratório no período neonatal

Podem ser agrupadas em:Causas mecânicas ou mecânica-cirúrgicasCausas cardiovascularesCausas neuromuscularesCausas metabólicasCausas pulmonares

Page 4: Desconforto Respiratório no período Neonatal

• Doença da Membrana Hialina.• Taquipnéia Transitória do Recém Nascido.

• Síndrome de Aspiração Meconial.• Pneumonia Intra-útero.

Desconforto Respiratório no período neonatal

Page 5: Desconforto Respiratório no período Neonatal

• Como firmar o diagnóstico ?

Desconforto Respiratório no período neonatal

História Materna

Exames complementares

Clinica do bebê

Page 6: Desconforto Respiratório no período Neonatal

1º Caso Clínico

Page 7: Desconforto Respiratório no período Neonatal

U.N.H. 23 anos, 7 consultas hipertensão durante a gravidez, 30 semanas,sem antecedentes de infecção.

Ficou internada 72 horas, “não deu” para fazer corticóide antenatal.

Desconforto Respiratório no período neonatal

Page 8: Desconforto Respiratório no período Neonatal

RNPT/AIG, 1250g, masculino, Apgar 5 e 7 Desconforto respiratório ao nascer,

BSA 7 pontos,Gemência, tiragem intercostal e batimento de asas do nariz.

Page 9: Desconforto Respiratório no período Neonatal

Caso clínico Nº 1

Diagnóstico Conduta

Page 10: Desconforto Respiratório no período Neonatal

Doença da Membrana Hialina

Page 11: Desconforto Respiratório no período Neonatal

Doença da Membrana HialinaFISIOPATOLOGIA

• O surfactante é sintetizado a partir da 20ª semana gestacional.

• A produção atinge a quantidade suficiente por volta das 34-35 semanas.

• O diabetes materno prejudica a quantidade e qualidade do surfactante.

• O uso de corticóide antenatal protege o surfactante pulmonar.

Page 12: Desconforto Respiratório no período Neonatal

PrematuridadeFatores maternose fetais Corticóide

da tensão superficias na interface ar-líquido

Deficiência de surfactante alveolar

da complacência pulmonar e da CRF

Colapso alveolar

das forças de retração elástica

V/QEfeito shunt

Vasoconstrição pulmonar

trabalho resp

PaO2 PCO2

MH

Page 13: Desconforto Respiratório no período Neonatal

• Gestação < 34 semanas.

• Diabetes materno mesmo > 34 semanas.

• RNPT/AIG

• Asfixia perinatal.

• Mãe que não recebeu tratamento adequado com corticóide.

Caso clínico Nº 1

Page 14: Desconforto Respiratório no período Neonatal

• Gemido expiratório, batimento de asas do nariz, taquipnéia, retração da caixa torácica e cianose.

• Os sinais e sintomas aparecem logo após o nascimento.

• Piora progressiva nas próximas 36 a 48 horas de vida.

Caso clínico Nº 1

Page 15: Desconforto Respiratório no período Neonatal

• Rx: Infiltrado reticulogranular (vidro moído), bilateral, uniforme e com broncograma aéreo.

• Hemograma normal• PCR • Gasometria

Caso clínico Nº 1

Page 16: Desconforto Respiratório no período Neonatal

se RN entubado com FiO2 > 40% para manter PaO2 50 - 70 mmHg

Page 17: Desconforto Respiratório no período Neonatal

• Falência respiratória é a incapacidade de manter oxigenação e/ou ventilação adequadas,

• Pode ocorrer na presença de:• hipoxemia grave • (PaO2 < 60 mm Hg com FiO2 > 60 %), • acidose respiratória grave • (PaCO2 > 50 mm Hg e pH < 7,25).FiO2: a menor possível para manter a oxigenaçãoPIP: 20 - 25 cm H2OPEEP: 4 - 5 cm H2OTempo inspiratório: 0.30-0.4 segundosFR: 40 ipmFluxo: 4 – 8 lpmRelação insp / exp 1:1,5 a 1:3FiO2 < 60%

Page 18: Desconforto Respiratório no período Neonatal

Caso clínico 1

Falência respiratória é a incapacidade de manter oxigenação e/ou ventilação adequadas, Pode ocorrer na presença de:hipoxemia grave (PaO2 < 60 mm Hg com FiO2 > 60 %), acidose respiratória grave (PaCO2 > 50 mm Hg e pH < 7,25).

Quais os parâmetros de ventilação ?

FiO2: a menor possível para manter a oxigenaçãoPIP: 20 - 25 cm H2OPEEP: 4 - 5 cm H2OTempo inspiratório: 0.30-0.4 segundosFR: 40 ipmFluxo: 4 – 8 lpmRelação insp / exp 1:1,5 a 1:3FiO2 < 60%

Page 19: Desconforto Respiratório no período Neonatal

Boletim de Silverman Andersen 0 = não há DR1-5= DR moderado>5 = DR grave

Page 20: Desconforto Respiratório no período Neonatal

VEROUVIR

Batimento de asas

Tiragem intercostalRetração esternal

Gemido

Sincronização

Page 21: Desconforto Respiratório no período Neonatal

BAN

TICRE

GemidoSincronização tóraco-abdominal

Page 22: Desconforto Respiratório no período Neonatal
Page 23: Desconforto Respiratório no período Neonatal

Caso Clínico 2

Page 24: Desconforto Respiratório no período Neonatal

RBV, 34 anos, diabética. G4P2A1Idade gestacional 37 semanas.Sem antecedentes de infecção. 5 consultas de pré-natal

Caso clínico Nº 2

Page 25: Desconforto Respiratório no período Neonatal

RN nasceu de parto normal, evoluiu com desconforto respiratórioPrecoce: BAN, tiragem intercostal e gemido intenso. Precisou intubar com ± 50 minutos de vida.

Caso clínico Nº 2

Page 26: Desconforto Respiratório no período Neonatal

Hemograma normal

Caso clínico Nº 2

Page 27: Desconforto Respiratório no período Neonatal

• Hipótese diagnóstica• Conduta • Evolução...• A hipótese diagnóstica foi confirmada?

Caso clínico Nº 2

Page 28: Desconforto Respiratório no período Neonatal

Caso Clínico 3

Page 29: Desconforto Respiratório no período Neonatal

E.L.B. 20 anos, Não sabe qual a DUM 38 semanas por ecografia de 20 semsem antecedentes de infecção. Parto cesárea eletiva (terceira cesárea)

Caso clínico Nº 3

Page 30: Desconforto Respiratório no período Neonatal

• RN apresentou desconforto respiratório desde o nascimento: FR 90 ipm, TIC, sem gemência, melhora muito com oxigênio 40%.

• Colocado HOOD • BSA – 3

Caso clínico Nº 3

Page 31: Desconforto Respiratório no período Neonatal

Caso clínico Nº 3

Page 32: Desconforto Respiratório no período Neonatal

• Hipótese diagnóstica

• Conduta

• Evolução .

• Análise retrospectiva

Caso clínico Nº 3

Page 33: Desconforto Respiratório no período Neonatal

TAQUIPNÉIA TRANSITÓRIA

DO RECÉM NASCIDO

Page 34: Desconforto Respiratório no período Neonatal

Taquipnéia Transitória do RN

Cl

NaH2O

Page 35: Desconforto Respiratório no período Neonatal

Taquipnéia Transitória do RN

• RNT ou RNPT > de 34 semanas.• Parto cesárea, principalmente se for sem que o trabalho de

parto tenha se iniciado. • Pode acontecer no parto normal.• Demora no clampeamento do cordão.• Asixia perinatal.

Page 36: Desconforto Respiratório no período Neonatal

Taquipnéia Transitória do RNInicio precoce, nas primeiras horas.• FR entre 80-100 ipm.• Retração intercostal , batimento de asas do nariz,

gemido e cianose que melhora facilmente com o aumento da concentração de oxigênio

• Ausculta normal ou estertores subcrepitantes finos.

Page 37: Desconforto Respiratório no período Neonatal

Taquipnéia Transitória do RN

• Os sintomas impressionam como menos graves quando comparada com a DMH.

• Melhora bem com O2.

• Evolui com melhora progressiva e resolve com ± 72 horas.

Page 38: Desconforto Respiratório no período Neonatal

Taquipnéia Transitória do RN

• Rx: Congestão para-hilar simétrica ( da trama vasobrônquica).

• Espessamento das cisuras interlobares e hiperinsuflação podem estar presentes.

• Ocasionalmente discreta cardiomegalia ou derrame pleural.

• Hemograma normal.

Page 39: Desconforto Respiratório no período Neonatal

Taquipnéia Transitória do RN

A TTRN pode apresentar-se ao RN com uma

aparência granular difusa da Doença da

Membrana hialina, mas geralmente sem

subaeração pulmonar. A resolução radiográfica

ocorre em 48 a 72 hs. O tratamento

convencional consiste na apropriada

administração de O2 e em alguns casos, o uso

de pressão positiva contínua.

Page 40: Desconforto Respiratório no período Neonatal

Mãe primigesta 17 anos, solteira. Chegou as 23 horas. Refere que o bebê não mexe desde ontem de manhã.À ausculta: bradicardia fetal intensa. Líquido em “papa de ervilha” na calcinha.Cesaria de urgência

Caso clínico Nº 4

Page 41: Desconforto Respiratório no período Neonatal

RN nasceu deprimido, termo, 3450g, asfixiado, Apgar 1-2-4. Impregnado em mecônioIntubado na sala de parto, evolui com saturação baixa (45%), mesmo com FiO2 de 100%.

Caso clínico Nº 4

Page 42: Desconforto Respiratório no período Neonatal

Caso clínico Nº 4

Page 43: Desconforto Respiratório no período Neonatal

• Hipótese diagnóstica

• Evolução

Caso clínico Nº 4

Page 44: Desconforto Respiratório no período Neonatal

SÍNDROME DE ASPIRAÇÃO DE

LÍQUIDO MECONIAL

Page 45: Desconforto Respiratório no período Neonatal

Síndrome de Aspiração de Mecônio

Fisiopatologia• Sind. de sufocação

• Atelectasias• Hiperinsuflação• Escapes de Ar• Pneumonite

• Inativ.do surfactante• Pneumonia

• HPPN

Page 46: Desconforto Respiratório no período Neonatal

Síndrome de Aspiração de Mecônio

História da Mãe• Idade Gestacional geralmente > 37 semanas ou pós maturos.• Todas as causas de insuficiência placentária aguda ou

crônica.• Presença de Líquido Amniótico meconial.

Page 47: Desconforto Respiratório no período Neonatal

Síndrome de Aspiração de Mecônio

Quadro Clínico• Impregnação de mecônio.• Presença de mecônio na traquéia. • Quadro variável. Desde assintomático até desconforto

severo. • A cianose e a hipoxemia resistente são indicadores de

extrema gravidade. Mesmo sem, mecônio na traquéia.• Quando não há complicações, evolui com melhora em 5-7

dias.

Page 48: Desconforto Respiratório no período Neonatal

Síndrome de Aspiração de Mecônio

Exames complementares

• Rx de tórax

• Gasometria.

• Hemogramas seriados.

Page 49: Desconforto Respiratório no período Neonatal

- Hipoxemia - Hipercapnia - Acidose

respiratória

SAM Quais os objetivos da Ventilação mecânica ?pH 7,20 – 7,45PaO2 50 a 70 mmHgSaO2 entre 88 a 92%

Parâmetros iniciais:PI 20 – 30 cm H2O (elevar 0,5 cm o terço médio do esterno)PEEP 4 a 6 cm H2OTinsp 0,4 a 0,5 segFR 30 a 40 rpmFluxo 6 a 8 lpmVC 4 – 6 ml/kg

Page 50: Desconforto Respiratório no período Neonatal

Mãe 15 anos, solteira, 30 semanas,Bolsa íntegra. Não fez pré-natal.Nega infecções. Não quer ficar internada,quer apenas remédio para dor.O namorado (17 anos) diz quese responsabiliza pela alta da paciente.

Caso clínico Nº 5

Page 51: Desconforto Respiratório no período Neonatal

RN nasceu com 750 gramas, feminino, muito gemente, TIC e BAN importantes.Foi intubado e internado na UTIN.

Caso clínico Nº 5

Page 52: Desconforto Respiratório no período Neonatal

Hemograma “border line”

Caso clínico Nº 5

Page 53: Desconforto Respiratório no período Neonatal

Após surfactante pulmonar,Foi possível diminuir a FiO2De 100% para 60%.Não tolera CPAP nasal.Apresenta hipotensão, precisa de drogas paraManter PA estável.No 2º dia ainda intubado, precisou de uma 2ª dosede surfactante, Por do requerimento de oxigênio.

Caso clínico Nº 5

Page 54: Desconforto Respiratório no período Neonatal

• No D 4 de antibiótico começou a melhorar, sendo possível diminuir a FiO2 até 30%.

• Extubado no mesmo dia.

• Começou a aceitar a dieta no D6 de antibiótico.

• Analise retrospectiva

Caso clinico Nº 5

Page 55: Desconforto Respiratório no período Neonatal

• Hipótese diagnóstica

• Conduta

Caso clínico Nº 3

Page 56: Desconforto Respiratório no período Neonatal

PNEUMONIA INTRA-UTERINA

Page 57: Desconforto Respiratório no período Neonatal

Pneumonia intrauterina Fisiopatologia

• Adquirida antes do nascimento.- Via transplacentária.- Via ascendente.- No contexto de uma infecção congênita.

• Adquiridas durante o nascimento.

Page 58: Desconforto Respiratório no período Neonatal

Pneumonia intrauterina História da mãe

• Bolsa rota > 12-24 horas.• Baixo nível socioeconômicas.• Pré-natal insuficiente.• Corioamnionite com ou sem RPM.• ITU.• Qualquer infecção materna (Periodontite, pneumonia, etc).

Page 59: Desconforto Respiratório no período Neonatal

Pneumonia intrauterina História da mãe

• Febre materna.• TORCHS.• Parto prematuro sem causa aparente.

Page 60: Desconforto Respiratório no período Neonatal

O Streptococcus do Grupo B (GBS) é o agente mais importante na pneumonia intra-uterina, mortalidade está entre 20-50 % e15% a 30% de sequelas neurológicas no sobreviventes que apresentaram meningite.A incidência da doença é cerca de 1,8/1000 nascimentos vivos. A infecção precoce é responsável por aproximadamente 80% das infecções pelo GBS.Na microbiota da Unidade de Neonatologia do Hospital Regional da Asa Sul/SES/DF, o Streptococcus do Grupo B foi responsável por 5,7% das infecções no 2010

Pneumonia intrauterina

Page 61: Desconforto Respiratório no período Neonatal

Pneumonia intrauterina

Quadro clínico• Desconforto respiratório precoce ou não, batimento de asas, gemido,

cianose.

• Letargia, choro fraco, intolerância à dieta,distensão abdominal, hipotermia, má perfusão capilar, não melhora no CPAP,apnéias, choque.

• Desconforto respiratório com evolução arrastada.

Page 62: Desconforto Respiratório no período Neonatal

Pneumonia intrauterina • Os critérios de gravidade na infecção precoce pelo GBS incluem, segundo

Payne cl:• peso < 1.500g, • efusão pleural ao Rx inicial, • total de neutrófilos < 1.500g/mm³, • apnéia (estes 4 sinais recebem 5 pontos), • hipotensão (3 pontos) e• a acidose (1 ponto). • Um escore de pontos > 10 e < 10 correspondem respectivamente, a uma taxa de mortalidade e sobrevivência de 93%.

Page 63: Desconforto Respiratório no período Neonatal

Pneumonia intrauterina Exames complementares

• Rx tórax: áreas opacas difusas, segmentares, lobares ou ainda bilaterais.

• DD com DMH.• Hemograma: Leucocitose, leucopenia, plaquetopenia,

índices de Manroe, granulações tóxicas.• Valorizar o hemograma com prudência.• Gasometria: acidose metabólica persistente.

Page 64: Desconforto Respiratório no período Neonatal
Page 65: Desconforto Respiratório no período Neonatal
Page 66: Desconforto Respiratório no período Neonatal

ATENÇÃO FIQUE ATENTO!

DMH X PNIU

Page 67: Desconforto Respiratório no período Neonatal

DMH Vs Pneumonia• Muito prematuros e MMBP.• Recebeu surfactante e ainda precisa de drogas vasoativas. • Não melhorou com uma dose de surfactante, precisou de 2a ou 3a

dose.• História confusa.• DMH que não digere dieta, que não consegue sair da VM,etc.

Page 68: Desconforto Respiratório no período Neonatal

DMH Vs Pneumonia• O Rx de tórax na grande maioria das vezes apresenta o mesmo

padrão• a evolução é rápida com hipotensão necessitando de agentes

inotrópicos e vasoativos; a presença de acidose metabólica, de sinais de hipotensão pulmonar e resposta ruim ao surfactante sugerem o diagnóstico de pneumonia.

• O leucograma normal não exclui infecção. • No leucograma valoriza a leucopenia (leucócitos abaixo de

5000ml/mm³), a neutropenia • Relação imaturos/total - valorizar a neutropenia total e a relação I/T

(imaturos/total de neutrófilos).

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