V Mostra de Pesquisa da Pós-Graduação – PUCRS, 2010 V Mostra de Pesquisa da Pós- Graduação Desafios de Mobilidade Enfrentados por Idosos em seu Meio. Milena Abreu Tavares de Sousa-Fischer 1 , Irênio Gomes da Silva Filho 2 (orientador) 1 Mestranda em Geriatria e Gerontolgia Biomédica, IGG/PUCRS, 2 Coordenador do Programa de Pós- Graduação do Institutode Geriatria e Gerontologia da PUCRS. Resumo Os inúmeros problemas que afetam a qualidade de vida dos idosos demandam respostas urgentes em diversas áreas. Sendo assim, são de extrema importância, para essa população, ações de caráter mais preventivo, principalmente no controle da autonomia, e consequentemente, na qualidade de vida. Um dos elementos que determinam a expectativa de vida ativa ou com qualidade é a independência para realização das atividades habituais. Essa independência depende não somente das condições clínicas e de saúde dos idosos, mas também da adequação do meio onde eles vivem (JOHNSTON et al., 2006). A autonomia está interligada a incapacidade funcional, que ocorre à medida que os idosos não conseguem se adaptar às mudanças decorrentes do processo de envelhecimento e ao meio onde vivem (RAMOS, 2003). A capacidade funcional é um paradigma à saúde dos idosos, em que a qualidade de vida passa a ser resultante da interação entre saúde física, mental, independência na vida diária e o ambiente, dentro de uma integração social. Outro fato importante a ser considerado é que saúde para a população idosa não se restringe ao controle e à prevenção de agravos de doenças crônicas não-transmissíveis. Saúde da pessoa idosa é a interação entre a saúde física, a saúde mental, a independência financeira, a capacidade funcional e o suporte social (BRASIL, 2009). Desta forma, se a qualidade do espaço urbano for comprovada como fator atenuante para a pouca mobilidade do idoso, poderia dessa forma, sugerir melhoras no espaço físico urbano para facilitar a mobilidade dos idosos com maior incapacidade, assim, o processo de dependência do idoso poderia ser revertido ou atenuado e consequentemente melhorar sua autonomia e qualidade de vida. 698
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Desafios de Mobilidade Enfrentados por Idosos em seu Meio. · importantes preditores para a morbidade e mortalidade em populações idosas (SCHNEIDER et al., 2008; BLAZER, 1982).
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V Mostra de Pesquisa da Pós-Graduação – PUCRS, 2010
V Mostra de
Pesquisa da Pós-Graduação
Desafios de Mobilidade Enfrentados por Idosos em seu Meio.
Milena Abreu Tavares de Sousa-Fischer1, Irênio Gomes da Silva Filho
2 (orientador)
1Mestranda em Geriatria e Gerontolgia Biomédica, IGG/PUCRS,
2 Coordenador do Programa de Pós-
Graduação do Institutode Geriatria e Gerontologia da PUCRS.
Resumo
Os inúmeros problemas que afetam a qualidade de vida dos idosos demandam respostas
urgentes em diversas áreas. Sendo assim, são de extrema importância, para essa população,
ações de caráter mais preventivo, principalmente no controle da autonomia, e
consequentemente, na qualidade de vida. Um dos elementos que determinam a expectativa de
vida ativa ou com qualidade é a independência para realização das atividades habituais. Essa
independência depende não somente das condições clínicas e de saúde dos idosos, mas
também da adequação do meio onde eles vivem (JOHNSTON et al., 2006).
A autonomia está interligada a incapacidade funcional, que ocorre à medida que os
idosos não conseguem se adaptar às mudanças decorrentes do processo de envelhecimento e
ao meio onde vivem (RAMOS, 2003). A capacidade funcional é um paradigma à saúde dos
idosos, em que a qualidade de vida passa a ser resultante da interação entre saúde física,
mental, independência na vida diária e o ambiente, dentro de uma integração social.
Outro fato importante a ser considerado é que saúde para a população idosa não se
restringe ao controle e à prevenção de agravos de doenças crônicas não-transmissíveis. Saúde
da pessoa idosa é a interação entre a saúde física, a saúde mental, a independência financeira,
a capacidade funcional e o suporte social (BRASIL, 2009).
Desta forma, se a qualidade do espaço urbano for comprovada como fator atenuante
para a pouca mobilidade do idoso, poderia dessa forma, sugerir melhoras no espaço físico
urbano para facilitar a mobilidade dos idosos com maior incapacidade, assim, o processo de
dependência do idoso poderia ser revertido ou atenuado e consequentemente melhorar sua
autonomia e qualidade de vida.
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Este estudo pode servir também como ferramenta para dar suporte para a Geriatria
Preventiva, enfatizando a melhoria da qualidade de vida dos idosos. Os idosos quantificarão e
avaliarão a qualidade do ambiente onde eles vivem através das suas experiências. Esta
abordagem fornecerá informações essenciais a serem analisadas por profissionais de saúde
buscando compreender e melhor trabalhar para o envelhecimento ativo. Além disso, pode
possibilitar maiores conhecimentos para dar suporte a gestores públicos para adaptar as
intervenções e políticas.
Portanto, o objetivo deste trabalho é estudar a frequência com que os idosos do
município de Dois Irmãos saem dos seus domicílios, as dificuldades relatadas pelos idosos;
características ambientais observadas; características sócio-demográficos e de saúde
relacionados a essas dificuldades. Desta forma, será possível observar se ambientes construído
de forma menos acessível são susceptíveis a aumentar a incapacidade de mobilidade,
diminuindo assim, a dependência entre aqueles idosos com incapacidade física mais severa.
Introdução
A Organização Panamericana de Saúde (OPAS) define o envelhecimento como um
processo sequencial, individual, acumulativo, irreversível, universal, não patológico, de
deterioração de um organismo maduro, próprio a todos os membros de uma espécie, de
maneira que o tempo o torne menos capaz de fazer frente ao estresse do meio ambiente e,
portanto, aumente sua possibilidade de morte (OPAS, 2003).
O processo do envelhecimento provoca a perda gradativa da capacidade funcional dos
órgãos e sistemas. Entretanto, é importante ressaltar que nem sempre essas alterações se
traduzem em incapacidades, e que a presença e a intensidade das alterações orgânicas podem
variar de um indivíduo para outro (KAWAMOTO et al., 1995).
O envelhecimento humano é um fato presente na grande maioria das sociedades do
mundo. O número de pessoas com idade superior ou igual a 60 anos tem crescido rapidamente
(FREITAS, 2006). Portanto, o envelhecimento da população é um fenômeno mundial,
característico, principalmente, dos países desenvolvidos e vem ocorrendo de modo mais
crescente nos países em desenvolvimento, como é o caso do Brasil (KALACHE et al., 1987).
Dados demonstram que o Brasil desponta como um país cuja população se encontra em
rápido processo de envelhecimento, o que tem se refletido na elevação da expectativa de vida.
Tal acontecimento é determinado pela diminuição nas taxas de fecundidade e natalidade e
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pelo aumento da expectativa de vida. As melhores condições de saneamento, nutrição,
ambiente de trabalho, moradia, higiene pessoal e avanço tecnológico em especial na área da
saúde, têm sido responsáveis por elevar o nível de vida e contribuírem para aumentar a
longevidade (PAPALÉO & PONTE, 2005).
Dessa forma, o envelhecimento demográfico, ao mesmo tempo em que pode ser
considerado um êxito pelo fato de ter obtido uma redução da mortalidade infantil e do
controle da fertilidade é, também, um fator de preocupação pela inexistência, hoje, de
medidas políticas que satisfaçam as necessidades da população idosa (SCORTEGAGNA,
2004).
O aumento da população idosa deve despertar preocupação entre as autoridades, pois
eles custam mais para o Estado devido a esse grupo etário consumir mais recursos de saúde e
utilizam mais estes serviços. Investir em prevenção, não somente a nível primário, mas
também secundário e terciário, em centros qualificados aos idosos, aumentaria a autonomia e
a qualidade de vida da pessoa idosa, diminuindo a relação do custo ao sistema prestador de
serviço (FORTENZA, 2000).
Resultados obtidos num estudo longitudinal em uma comunidade rural do Japão, a
prevalência de idosos confinados em casa (foi considerado idoso confinado em casa aquele
que saia de casa uma vez ou menos por semana) foi de 8,5%. O confinamento em casa é um
fator de risco para a desabilidade nos indivíduos idosos com idade de 65 a 85 anos, que vivem
de forma independente, e que uma baixa interação social representa também um fator de risco
para a desabilidade. Este estudo afirma que a frequência de sair de casa é um guia válido para
determinação do estatuto do confinamento em casa (WATANABE et al., 2005).
Em um estudo que avaliou idosos confinados em casa para serviços sociais, utilizando
a escala de depressão geriátrica (GDS), observou que entre os idosos confinados em casa,
aqueles com sintomas de depressão significativas são mais susceptíveis a deterioração
funcional e da qualidade de vida superior a seis meses de experiência. Contudo, aqueles que
recebiam mais apoio mostraram melhoria significativa no componente mental da escala de
qualidade de vida (SF-36) em seis meses. Sintomas de depressão identificam idosos em alto
risco de isolamento em casa (CHARLSON et al., 2008).
Idosos completamente independentes na função, capazes de andar sozinhos sem ajuda
foram entrevistados quando tinha 70 anos e depois com 77 anos. Foi observado que durante o
período de sete anos houve uma transição no comportamento de sair de casa. Entre os 115
participantes que saiam menos que uma vez por semana aos 77 anos, 49 tinham reportando
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sair diariamente aos 70 anos. Entre os participantes que saiam diariamente, houve maior
percentual de idosos com mais anos de ensino, menos solidão, auto-percepção da saúde como
boa, níveis mais altos de atividade física e cormobidade baixa. Foi observado então, que nesta
coorte mesmo entre idosos com robusta funcionalidade e preservada função cognitiva, sair de
casa mostrou ter repercussões graves de saúde em longo prazo (JACOBS et al., 2008).
Em um estudo longitudinal durante nove meses, foi verificado que a baixa frequência de
sair de casa é um preditor do declínio funcional e intelectual entre os idosos frágeis,
considerando que sair de casa frequentemente correspondia com a melhoria da auto-eficácia
na realização das atividades da vida diária e na promoção da saúde (KONO et al, 2004).
A incidência de ausência de mobilidade foi superior em indivíduos confinados em casa
em comparação com os não confinados. A incidência de imobilidade de acordo com a idade
foi superior em grupos confinados em casa do que nos não confinados em indivíduos idosos
com idade até 85 anos, mas não foram encontradas diferenças significativas nas pessoas com
idade superior a 85 (WATANABE et al., 2005).
Infelizmente, o aumento do número de idosos na população tem se traduzido também
em maior número de problemas de longa duração, tanto em nível social quanto pessoal. O
envelhecimento pode trazer como uma de suas consequências a diminuição do desempenho
motor para a realização de atividades habituais, porém, este fato não leva, necessariamente, ao
idoso se tornar dependente (ANDREOTTI & OKUMA, 1999).
As doenças crônicas não transmissíveis são a principal causa de incapacidade, a maior
razão para a demanda a serviços de saúde e respondem por parte considerável dos gastos
efetuados no setor (ALMEIDA et al., 2002).
Além de considerar o aumento da expectativa de vida da população, é também
necessário avaliar se os anos adicionais à vida de um indivíduo serão saudáveis. Um dos
elementos que determina a expectativa de vida ativa ou saudável é a independência para
realização de atividades cotidianas (PAVARANI & NÉRI, 2000).
Em estudos transversais foi mostrado que a frequência de sair de casa estava associada
a alterações funcionais e psicossociais (LINDSAY & THOMPSON,1993; GANGULI et al.,
1996).
A dificuldade ou incapacidade na realização das atividades habituais cotidianas dos
idosos representa um risco elevado para a perda da independência funcional. Além disso, a
incapacidade funcional tem sido associada com o baixo nível de interação social
(SIMONSICK et al., 1998; THOMPSON & HELLER, 1990).
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O contato e a interação social têm sido identificados em vários estudos como
importantes preditores para a morbidade e mortalidade em populações idosas (SCHNEIDER
et al., 2008; BLAZER, 1982). Dentre os fatores que favorecem a vulnerabilidade social dos
idosos, podemos citar a saúde pobre e as incapacidades de mobilidade como limitações que
desfavorecem a participação social dos idosos (FIELD et al., 1993).
Uma limitação desses estudos é que características dos idosos confinados e os não
confinados em casa foram comparadas sem controlar seus níveis de mobilidade. Pois, os
idosos podem ficar limitados a sua casa devido aos seus níveis de baixa mobilidade, mesmo
que eles gostariam de sair de casa. Ou ainda, por fatores psicossociais, apesar da mobilidade
suficiente para sair de casa. Fatores associados ao confinamento em casa devem ser mostrados
em termos de nível de mobilidade de uma pessoa (KONO & KANAGAWA, 2001).
As dificuldades que os idosos apresentam no meio em que vivem mesmo aqueles
independentes, provocam um grande impacto sobre a mobilidade, a independência e a
qualidade de vida dos idosos e afetam a sua capacidade de locomoção. Além do ambiente
externo a habitação e o sistema de transporte contribuem para a mobilidade confiante,
comportamentos saudáveis, participação social e a determinação, porém o inverso pode
provocar o isolamento, a inatividade e a exclusão social (KALACHE & KICKBUSCH,
2007).
Metodologia
DELINEAMENTO DO ESTUDO
Estudo transversal, de base populacional, domiciliar, com coleta de dados primários.
POPULAÇÃO
A população em estudo será idosos (com 60 anos ou mais), não institucionalizados e
residentes em domicílios urbanos do município de Dois Irmãos - RS.
AMOSTRA
Para este estudo, serão utilizados os idosos identificados por visita domiciliar a
endereços aleatoriamente selecionados na zona urbana do município de Dois Irmãos – RS.
MUNICÍPIO DE DOIS IRMÃOS
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Dois Irmãos está situada na encosta do Planalto Meridional, numa altitude média de 175
metros, distante 55 km de Porto Alegre, capital do Estado. O município de Dois Irmãos é
comporta de uma área de 66,8 Km². O município ainda preserva a característica original de
região agrícola, os principais produtos no setor primário são flores, acácia negra e
hortifrutigranjeira, já no setor secundário são sapatos, móveis, estofados e esquadrias.
O crescimento demográfico e econômico foi acompanhado de mudanças político-
administrativas: em 1857, Dois Irmãos é transformado no 4º Distrito do município de São
Leopoldo; em 1938, a povoação é elevada a categoria de Vila e, em 1959 , é criado o
município de Dois Irmãos.
De acordo com a estimativa da população residente de 2009 elaborada pelo DATASUS
(2010), a polução total do município de Dois Irmãos é de 26.423 habitantes, destes
aproximadamente 7% são idosos, conforme a Tabela 1.
Tabela 1. Distribuição da população idosa do município de Dois Irmãos – RS.
Dois Irmãos 60 a 69 anos 70 a 79 anos 80 anos e
mais
Total de
idosos
Homens 477 216 71 764
Mulheres 556 319 137 1012
População idosa 1.033 535 208 1.776
Fonte: DATASUS, 2010.
PROCEDIMENTO AMOSTRAL / RECRUTAMENTO
O delineamento da amostra foi planejado de acordo com a metodologia utilizada pelo
IBGE, que divide os municípios em setores censitários. Obteve-se, junto ao IBGE, a relação
dos 24 setores censitários urbanos e rurais do município de Dois Irmãos. Os mesmos serão
numerados de forma sequencial, em seguida, proceder-se-á a escolha de dez setores,
utilizando-se um sorteio de forma aleatória.
Os domicílios entrevistados serão selecionados de modo aleatório em cada um dos
setores censitários selecionados para a pesquisa. A obtenção da amostra será realizada da
seguinte forma: todos os quarteirões de cada setor censitário serão numerados, para posterior
sorteio. Com a identificação do quarteirão, o próximo passo será a escolha do domicílio que
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ocorrerá considerando como ponto de início a esquina inicial do quarteirão, em sentido
horário. A cada domicílio selecionado, será saltado um número de oito domicílios, de acordo
com cada setor censitário, e assim sucessivamente, a fim de obter-se melhor distribuição.
Serão realizadas 19 entrevistas por setor. A aleatoriedade será distinta para o sexo,
serão entrevistados oito homens e 11 mulheres, respeitando a relação percentual de 43% e
57% de homens e mulheres, respectivamente, no município de Dois Irmãos - RS, segundo
projeção intercensitária de 2009 do IBGE.
Os setores censitários constituídos por estabelecimentos coletivos como: hospitais,
clínicas, escolas, clubes, quartéis e similares; mesmo que destinados aos idosos, serão
excluídos do sorteio, por conseguinte, do estudo.
Caso não resida idoso na casa selecionada ou se o mesmo não aceitar ou não puder
participar do estudo, ou ainda, não coincida a casa escolhida com a presença do gênero
sorteado, ele será procurado no domicílio seguinte. Na existência de mais de um idoso no
domicílio, será feito o sorteio de um deles.
Nos casos em que se chegará ao final do setor sem atingir a cota de dezenove idosos,
retornar-se-á ao ponto inicial, reiniciando todo o processo a partir do segundo domicílio, até
que o número necessário se complete.
Nos casos em que residir idoso no domicílio, mas o mesmo estiver ausente, serão
realizadas até mais três visitas de retorno (em dias e horários diferentes).
CRITÉRIO DE SELEÇÃO
Critérios de inclusão
Os critérios de inclusão serão idosos com idade igual ou superior a 60 anos e que
sejam residentes em domicílios particulares da zona urbana da cidade de Dois Irmãos - RS.
Critérios de exclusão
E os critérios de exclusão serão os idosos que moram a menos de seis meses na
residência atual do dia em que foi realizada a entrevista.
COLETA DE DADOS
Serão coletados dados que objetivarão obter informações sócio-demográficas, situação
de saúde, e do grau de dificuldade e facilidade na execução de atividades diárias, desafios de
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mobilidade através da aplicação de um questionário específico. Além disso, será utilizado a
Escala de Depressão Geriátrica (GDS), a Avaliação Cognitiva Montreal (MOCA), será
realizado o Time Up & Go Test (TUG) e aplicado um Relatório do Espaço Urbano Físico.
Os dados serão coletados pela pesquisadora responsável por este estudo que esta sendo
devidamente treinada. Os instrumentos serão aplicados por meio de entrevista individual,
sendo pausadamente lida cada questão. No caso do questionário específico, para as questões
de múltipla escolha será feita a leitura de cada item para os idosos.
INSTRUMENTO
Serão utilizados cinco instrumentos para este estudo:
Escala de Depressão Geriátrica (GDS-Yesavage): se refere a um instrumento
de rastreio reconhecido como recursos rápidos, tem como objetivo identificar e
quantificar sintomas depressivos na população idosa, que foi desenvolvida por
Yesavage et al. (1983). O instrumento consiste em um questionário de 15
questões, com duas opções de respostas: sim e não. Os escores inferiores a 5
são considerados normais; de 5 a 10 indicam depressão leve à moderada; e,
acima de 10 indicam depressão grave.
Avaliação Cognitiva Montreal (MOCA): esta avaliação foi desenvolvida como
um instrumento breve de rastreio para deficiência cognitiva leve. O mesmo
acessa diferentes domínios cognitivos: atenção e concentração, funções