Dendrologia Prof. Iane Gomes Engenheira Florestal Universidade do Estado do Amazonas Centro de Estudos Superiores de Itacoatiara Engenharia Florestal
DendrologiaProf. Iane GomesEngenheira Florestal
Universidade do Estado do AmazonasCentro de Estudos Superiores de ItacoatiaraEngenharia Florestal
“Somente conhecendo a árvore é
que poderemos entender a floresta
e utilizá-la com inteligência.”
Antônio Lelis Pinheiro
1
Introdução à Dendrologia
• A Dendrologia no contexto profissional e científico
• Conceito de Dendrologia
• Conceito de árvore
• Terminologia e descrição dendrológica
• Coleções dendrológicas
A Dendrologia na Engenharia Florestal
• A Dendrologia oferece conhecimentos essenciais
para quem vai trabalhar com florestas
• A correta identificação das espécies é
imprescindível para:
• O Manejo Florestal (madeireiro e não madeireiro)
• Inventários florestais e florísticos
• Criação de Unidades de Conservação
A Dendrologia no Inventário Florestal
• Levantamento das espécies:
identificação no campo das espécies
que serão incluídas no manejo florestal
• Regeneração natural: levantamento
das espécies em fase de plântulas e
mudas que irão compor o estoque
futuro
Fonte: Ribeiro et al. 1999
A Dendrologia na Silvicultura
“Uma boa formação dendrológica é essencial para quem trabalha no
campo da Silvicultura. Especialmente no tratamento de florestas
naturais ou de povoamentos heterogêneos sob manejo, o silvicultor
não pode alcançar bom rendimento profissional se não for capaz de
identificar as espécies desejáveis e indesejáveis (árvores em pé), que
exigem eliminação no decurso dos tratamentos silviculturais.”¹
1 – Dubois apud Pinheiro (2014)
Os caminhos para a identificação de uma árvore segundo Roderjan (1983)ID
EN
TIFIC
AÇ
ÃO
BOTÂNICA SISTEMÁTICA
Recorre aos órgãos reprodutivos (flores e frutos)
Tarefa considerada complexa, exigindo prática e experiência
do identificador
ANATOMIA DA MADEIRA
Recorre às estruturas anatômicas do lenho
Exige experiência e muito conhecimento
DENDROLOGIARecorre aos órgãos
vegetativosExige treinamento de campo ,
mas é o meio mais prático
Conceito de Dendrologia
• A palavra Dendrologia é um termo de origem grega:
• Dendron = árvore
• Logia (logos) = estudo, ciência
• É um ramo da Botânica especificamente dentro da Engenharia Florestal
que se ocupa do estudo das árvores
• O termo foi criado originalmente por Ulisse Aldrovandi – um naturalista
italiano fundador do Jardim Botânico de Bolonha – em 1668.
Divisões da Dendrologia
• Klein (s.d.) subdivide a Dendrologia em geral e especial
• A geral trata dos caracteres macromorfológicos gerais utilizados na
caracterização dendrológica de qualquer árvore
• A especial faz o mesmo com árvores de uma determinada região ou
formação florestal
Existe diferença entre Taxonomia e Dendrologia?
• Sim!
• A Taxonomia Vegetal utiliza principalmente os caracteres
reprodutivos para fazer a identificação de uma espécie. Além de
estudos filogenéticos, anatômicos e palinológicos.
• A Taxonomia e a Sistemática identificam e ordenam todos os
grupos vegetais e não apenas as árvores
Existe diferença entre Taxonomia e Dendrologia?
• Os estudos dendrológicos se baseiam majoritariamente em
caracteres vegetativos, aqueles considerados de importância
secundária dentro da Taxonomia
• Caracteres vegetativos podem ser analisados o tempo todo, ao
contrário dos reprodutivos que surgem em épocas determinadas
Objetivos da Dendrologia
• Nomenclatura: identificar e nomear corretamente as árvores nos
inventários florestais e florísticos
• Identificação: reconhecer as espécies corretamente no campo,
sabendo usar os caracteres vegetativos disponíveis
• Classificação: conhecendo a espécies, saber classifica-la
corretamente seguindo o sistema vigente
DENDROLOGIA
IDENTIFICAÇÃO
Morfologia de caracteres vegetativos
Anatomia da madeira
NOMENCLATURA Taxonomia
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA
AUTOECOLOGIA
Fenologia
Interações ecológicas com outras espéciesIMPORTÂNCIA
ECONÔMICA
Do que trata a dendrologia?
Iane Gomes (2019)
Terminologia dendrológica
• O estabelecimento de uma terminologia visa facilitar o
reconhecimento das espécies arbóreas em campo e demais
estudos dendrológicos, a partir de uma padronização de conceitos
• A terminologia dendrológica diferencia-se da morfologia vegetal
aplicada na botânica tradicional, justamente porque valoriza a casca,
as folhas e outros aspectos gerais da árvore, reduzindo assim o
destaque dado às flores e frutos em obras desta natureza.
Terminologia dendrológica
• Árvore
• Folhas
• Tronco
• Casca
• Ramificação
• Copa
• Flor
• Fruto
O que é uma árvore?
• É toda espécie vegetal lenhosa, de altura
superior a 4 metros, com um só tronco
dominante e livre de ramificações na
porção inferior, suportando na parte
superior um conjunto de ramos que
constituem a copa¹
1 – Suaressig (2017)
TRONCO
COPA
O que é uma árvore?
• É toda planta lenhosa que produz um tronco principal encimado por
ramificações laterais que formam uma copa ou, simplesmente um
conjunto de grandes folhas. Distingue-se do arbusto por ter altura
normalmente superior a 5 metros e tronco único, não ramificado
desde a base¹.
1 – Marchiori (2013)
O que é uma árvore?
• Na definição do conceito de árvore, o
tronco é uma estrutura muito importante¹
• É o tronco que diferencia a árvore de
arbustos e cipós lenhosos¹
1 – Suaressig (2017)
ARBUSTO ÁRVORE
Características próprias das árvores
ÁRVORE
PORTE
Pequena<10m e 15cm Ø
MédiaEntre 10 e 20 m
<50cm Ø
Grande>20m e >50cm Ø
PROPORÇÃO DA COPA
Baixa
Alta
Classificação de Suaressig (2017)
Características próprias das árvores
• Porte: aspecto geral da árvore em relação à sua altura total e seu
DAP a 1,3 m do solo.
• Árvore pequena: até 10 m de altura e cerca de 15 cm de DAP
• Árvore média: entre 10 e 20 m de altura e até 50 cm de DAP
• Árvore grande: acima de 20 m de altura e de 50 cm de DAP
ÁRVORE PEQUENA – Até 10m de altura
• Cenostigma tocantinum Ducke
• FABACEAE
• Pau-pretinho
• Crescimento médio até 10m de
altura, mas pode alcançar alturas
maiores
• Potencial de uso na arborização
urbana
Fonte: Google Imagens
ÁRVORE MÉDIA – entre 10m e 20m
• Licania tomentosa (Benth.) Fritsch
• CHRYSOBALANACEAE
• Oiti, oitizeiro
• Crescimento entre 10 e 20 m
• Potencial de uso na arborização
urbana (desde que não seja sob
fiação)
Indivíduos de Licania tomentosa no Conj. Novo Horizonte, Itacoatiara, Am
Iane Gomes (2018)
ÁRVORE GRANDEMaior que 20m
• Ceiba pentandra (L.) Gaertn.
• MALVACEAE
• Sumaúma, samaúma, kapok
• Podem alcançar alturas gigantescas
Características próprias das árvores
• Hábito da copa: diz respeito ao aspecto geral da árvore em
vista da proporção da copa em relação à sua altura e o
solo (altura total)
• Copa baixa
• Copa alta
Copa baixa
• Quando a copa ocupa mais que
50% da altura total da árvore. A
copa tem porções iguais ou
maiores que o fuste em relação à
altura total da árvore.
Copa alta
• Quando a copa ocupa menos que
50% da altura total da árvore. O
fuste ocupa a maior proporção
em relação à altura e a copa fica
restrita à parte terminal da árvore.
As folhas
• A folha é um órgão vegetal que surge lateralmente nos ramos ou no
caule, especializado na elaboração de alimentos orgânicos sob a
ação da luz e trocas gasosas com a atmosfera
• A morfologia da folha é um elemento essencial na identificação da
espécies, pois é o caractere vegetativo mais acessível e está
presente na maior parte do tempo (exceto em espécies
caducifólias)
Revisão – Morfologia da Folha
• Todo profissional deve conhecer com maestria:
• As partes da folha
• Tipo de folha (simples ou composta)
• Filotaxia
• Forma do limbo, da margem, do ápice e da base
• Tipos de nervuras
• Consistência (cartáceas, coriáceas, membranosas, etc.)
Partes de uma folha
Ribeiro et al. (1999)
Tipos de folhas (configuração geral do limbo)
SIMPLES: limbo único
e contínuo, não
dividido em lâminas
menores
COMPOSTAS: possuem
o limbo dividido em
lâminas menores,
denominadas folíolos
FOLHAS SIMPLES: Forma do limbo
FOLHAS SIMPLES: Forma da margem
FOLHAS SIMPLES: Forma do ápice
FOLHAS SIMPLES: Forma da base
Tipos de nervuras
Consistência da folha
• Esta característica está relacionada à espessura da folha. Podendo
ser:
• Membranáceas: finas e flexíveis
• Cartáceas: finas, mas rígidas e quebradiças
• Coriáceas: lembram couro, espessas e consistentes
• Carnosas: espessas e suculentas, dificilmente ocorrem em
árvores
Filotaxia
• É o modo de inserção das folhas ao longo dos ramos, podem ser:
• Alternas
• Opostas
• Verticiladas
• Congestas
Ribeiro et al. (1999)
O TRONCO
• O tronco, fuste ou caule das árvores é a parte desprovida de ramos e
delimitada entre o solo e as ramificações principais, suportando a copa
• O tronco apresenta variados aspectos morfológicos importantes para a
identificação, tais como:
• Forma
• Tipos
• Base
Forma do tronco
• Quando analisado em seu comprimento, quatro padrões básicos
podem ser observados:
• Reto
• Tortuoso
• Inclinado
• Torcido
Forma do tronco - reto
• O tronco é reto quando o crescimento segue apenas a direção
vertical, quase que totalmente perpendicular ao solo.
Forma do tronco - tortuoso
• É o tronco que não segue reto, com curvas e sinuosidades ao longo
de sua extensão
Fonte: Jurandir Lima
Forma do tronco - inclinado
• Quando o tronco, tortuoso ou não, cresce numa direção oblíqua em
relação ao plano do solo
Forma do tronco - torcido
• Tem por padrão desenvolver-se helicoidalmente, com a aparência
de ter sido torcido
Tipos de tronco
• Análise feita em plano transversal. Normalmente a secção
transversal tende à cilíndrica, contudo a variação da atividade do
câmbio vascular em diferentes pontos do perímetro resultam em
sinuosidades, que acabam alterando o contorno do fuste.
• Cilíndrico
• Irregular
• Acanalado
Tipos de tronco - cilíndrico
• É aquele que no plano transversal tem a forma aproximada de um
círculo
Tipos de tronco - irregular
• É aquele que num plano transversal imaginário, apresenta
sinuosidades e não possui a forma perfeita de um círculo
Tipos de tronco - acanalado
• Diz-se do tronco com sulcos longitudinais que no plano transversal
forma lóbulos ou reentrâncias
Base do tronco
• É a aparência que apresenta a porção do tronco logo acima do solo.
Pode ser:
• Normal
• Digitada
• Reforçada
• Com sapopemas
Base do tronco – normal¹ ou reta²
• Quando o tronco se desenvolve normalmente, sem reforço ou
engrossamento ou proeminências
1- Suaressig (2017)
2 – Ribeiro et al. (1999)
Base do tronco - digitada
• Quando apresenta projeções em sua base, semelhantes a dedos.
Comumente associada ao tipo de tronco acanalado.
Base do tronco - reforçada
• Quando apresenta um reforço proeminente ou engrossamento na
sua base.
Base do tronco – com sapopemas
• Quando a base do tronco é formada por raízes tabulares muito
proeminentes ou rígidas, radialmente dispostas desde a base e que
podem atingir até vários metros acima do solo.
CASCA
• O termo casca compreende o conjunto de tecidos do tronco, galhos
e raízes, situados externamente ao câmbio vascular.
• Nas árvores mais velhas divide-se em casca externa e casca interna
• A casca externa, também chamada de ritidoma, é o revestimento
mais superficial dos vegetais lenhosos, formada pelo tecido cortical
morto
CASCA
• A casca interna ou casca viva, origina-se da atividade do câmbio
vascular e do câmbio cortical (câmbio suberoso ou câmbio
felogênico), sendo, portanto, a parte da periderme formada por
tecidos floemáticos e felogênicos vivos, não sofrendo influência do
meio ambiente, servindo portanto como elemento de caracterização
de espécies bastante útil no campo.
CASCA
• Podemos então observar padrões que ajudam na identificação da
espécie, tais como:
• Aparência da casca
• Deiscência da casca
• Textura da casca
• Cor interna
• Presença de caracteres eventuais
Casca - aparência
• Quando observada externamente, a casca externa ou ritidoma
apresenta grande variação, destacando-se os seguintes padrões:
• Lisa
• Áspera
• Rugosa
• Reticulada
• Fissurada
Casca – aparência - lisa
• Possui superfície suave ao tato, é muito comum na família
Myrtaceae
Casca – aparência - áspera
• Apresenta superfície com pequenas irregularidades, dando a
impressão que se tocarmos iremos sentir aspereza
Casca – aparência - rugosa
• Quando possui superfície irregular ou com protuberâncias.
Casca – aparência - reticulada
• Que se assemelha ao trançado de uma rede, normalmente
relacionada à deiscência escamosa.
Casca – aparência - fissurada
• Quando apresenta fendas longitudinais ocasionadas pelo
crescimento secundário, o qual exerce uma força centrífuga sobre
os tecidos situados externamente ao câmbio vascular, rompendo-
os.
RAMIFICAÇÃO
• A maioria das espécies florestais nativas apresenta ramificações do
tronco, exceto nas palmeiras, onde o tronco (estipe) não possui
nenhuma ramificação
• Existem dois tipos básicos de ramificação:
• Monopodial (ou racemosa)
• Simpodial (ou cimosa)
Ramificação - monopodial
• É quando o crescimento tem dominância permanente do meristema
apical, proporcionando ao tronco crescimento indefinido em altura.
Ramificação - simpodial
• A grande maioria das espécies arbóreas apresenta crescimento
tipicamente simpodial. Neste caso, o meristema apical do tronco
logo perde força para os ramos laterais, fazendo-os furcar de formas
distintas
• Em algumas espécies o crescimento na fase jovem é monopodial e
torna-se simpodial na fase adulta
RAMIFICAÇÃO SIMPODIAL
Coleções dendrológicas
• Arboretos e jardins botânicos
• Exsicatas
• Exsudatos
• Carpoteca
• Sementeca ou germoteca
• Xiloteca
• Laminário ou laminoteca
• Cascas
• Fototeca
Arboretos e jardins botânicos
• Arboreto é uma palavra de origem latina (Arboretum) que significa
arvoredo ou grupo de vegetais lenhosos
• Segundo Font-Quer (1979), arboretos são “plantações para fins
científicos, para o estudo de seu desenvolvimento e adaptação ao
clima e ao solo”
Arboretos e jardins botânicos
• Um arboreto pode ter ainda um objetivo específico:
• Para Rieger et al. (1968), um arbóreo para melhoramento
(breeding arboretum) é uma coleção de árvores selecionadas ou
espécies estabelecidas para fornecer material parental para
ensaios em genética florestal. Se a coleção for instalada
vegetativamente é denominada banco clonal.
Jardim clonal (banco clonal) Fazenda Aruanã
Arboretos e jardins botânicos
• Arboreto para fins dendrológicos:
• Pinheiro e Almeida (2000) informam que, como a dendrologia
manuseia diversos ramos da ciência, um “arboreto dendrológico pode
ser definido como uma coleção de árvores vivas, procedentes de
diversos ecossistemas florestais, e perfeitamente adaptadas,
arranjadas de forma planejada e mantidas de maneira que possam
principalmente servir como fonte de pesquisas científicas
dendrológicas.”
Finalidades de um arboreto dendrológico
• Acompanhar o crescimento das árvores
• Verificar as respostas adaptativas ao clima, solo, pragas e doenças
• Acompanhar os eventos fenológicos
• Avaliar parâmetros silviculturais como a forma do fuste, competição
inter e intraespecífica, produção de sementes e outros
Finalidades de um arboreto dendrológico
• Um arboreto bem planejado e bem cuidado pode promover o
desenvolvimento social, por meio da exposição de árvores de
importância histórica
• Também o desenvolvimento econômico, tendo árvores de valor
comercial (madeireiro e não madeireiro) e ornamental
• E ainda o desenvolvimento educacional, tendo como finalidade o
treinamento de estudantes e o corpo técnico de instituições
privadas e públicas
Jardins botânicos
• Para Radford et al. (1974), um jardim botânico é “uma instituição
organizada para manter coleções de plantas, geralmente
representando um grande número de gêneros e espécies para
servir a propósitos educacionais, estéticos, científicos ou
econômicos, além de oferecerem fontes de lazer.”
O que há em comum entre arboretos e jardins botânicos?
• Exposição de espécies vegetais para o público em geral
• Introdução de novas plantas para cultivo
• Investigações científicas
• Desenvolvimento e manutenção de um herbário
• Desenvolvimento e manutenção de uma biblioteca
• Avanços em estudos botânicos e em horticultura
• Manutenção de bancos de germoplasma e outros...
Como criar um arboreto?
• A organização, implantação e desenvolvimento de um arboreto
requer:
• Planejamento e uma área para a instalação (estrutura)
• Pessoal
• Mudas de árvores de espécies variadas vindas do máximo de
regiões diferentes possíveis
Exsicatas
• Nada mais são do que a coleção de plantas secas depositadas num
herbário, entretanto são consideradas o tipo de coleção mais
importante.
Exsudatos
• É uma coleção importante, porém uma das mais difíceis de fazer
• Normalmente uma exsudação ocorre quando se fere uma casca ou
os ramos de uma planta
• Pertencem a três grupos de produtos químicos: o látex, as resinas e
as gomas
Exsudatos
• Látex: é uma emulsão leitosa, geralmente com 60% ou mais de
água, caracterizada pela presença de hidrocarbonetos completos
como o amido
• Geralmente de cor branca, ocreácea, creme ou raramente
vermelha
Exsudatos
• Látex de valor comercial:
• Látex de seringueira (Hevea brasiliensis Muell. Arg.)
• Balata, proveniente de várias espécies das famílias Moraceae e
Sapotaceae
Exsudatos
• Resinas: são matérias amorfas, translúcidas e fluidas. Em contato
com o ar, as substâncias mais voláteis (essências) evaporam e
deixam um resíduo mais fixo, que se oxida e se polimeriza,
formando a resina semissólida.
• Resinas são insolúveis em água
• São condutoras de calor e eletricidade
• São fusíveis e combustíveis
Exsudatos
• Gomas: as gomas são substâncias translúcidas, colantes, que por
sua composição, aproximam-se dos hidratos de carbono e das
pectinas
• Certas substâncias têm caracteres intermediários entre goma e
resina
Carpoteca
• É a coleção de frutos
• Quando os frutos são secos o acondicionamento é relativamente
fácil e pode ser feito em vidros, caixas, estantes e gavetas
• Os frutos carnosos exigem conservação em meio líquido, uma
formulação comumente utilizada para este fim é o FAA (Formol 5%,
Ácido Acético 5% e Álcool 90%)
Carpoteca – CESIT/UEA
Carpoteca – CESIT/UEA
Sementeca ou germoteca
• São coleções de sementes
• As sementes devem ser desidratadas antes de serem anexadas às
coleções
• As sementes com arilos carnosos devem ser conservadas em meio
líquido assim como os frutos
Xiloteca
• Refere-se à coleção de madeiras
• Geralmente ocupam grandes espaços e, por isso, são organizadas
em uma sala ampla
• São amostras de troncos serrados, de maneira que seja possível
observar o cerne, o alburno e a casca, bem como a madeira em
corte radial e tangencial
• As amostras também podem ser discos de madeira
Laminários ou laminoteca
• São lâminas preparadas por meio de cortes histológicos na madeira,
utilizadas para seu estudo anatômico microscópico
• Requer técnicos treinados, equipamentos e reagentes específicos
• Sua importância está relacionada com o estabelecimento da posição
sistemática de alguns grupos e é de grande valor para a identificação de
espécies florestais quando não há caracteres vegetativos e reprodutivos
Cascas
• Amostras serradas de casca das espécies podem ser úteis nos
estudos morfológicos que visam ao reconhecimento das árvores no
campo
• Pode estar associada à xiloteca
Fototeca
• Pode-se colecionar fotos coloridas ou em preto e branco das plantas
coletadas
• É uma coleção importante, principalmente quando se tem plantas
com folhas muito grandes, impedindo a herborização como as
folhas das palmeiras e das Cycas
• A fototeca também auxilia muito nas coleções de frutos carnosos
O que é importante saber?
• Do que trata a disciplina Dendrologia e sua utilidade para as Ciências
Florestais
• Terminologia dendrológica
• Todo tipo de classificação de árvores
• Morfologia de caracteres vegetativos para identificação de árvores
• Tipos de coleções dendrológicas: implantação, manutenção e
utilização