8/16/2019 Defesa Não Específica e Específica http://slidepdf.com/reader/full/defesa-nao-especifica-e-especifica 1/18 1 Defesa não específica e específica O sistema imunitário divide-se em duas grandes defesas: Defesa não específica e a Defesa Específica. ImunidadeNão EspecíficaEspecíficaA resposta é independente de antígenoA resposta é dependente de antígenoA resposta é imediata e máxima Há período de latência entre a exposição e a resposta máxima Não é específica a um determinado antígenoEspecífica a antígenoExposição ao agente patológico não resulta em memória imunológicaExposição ao agente patológico resulta em memória imunológicaDefesa não específica – imunidade inataA defesa não especifica ou imunidade inata refere-se ao conjunto de processos em que o organismo previne a entrada de agentes estranhos, reconhece-os e destrói-os. A resposta do organismo é sempre a mesma, qualquer que seja o agente invasor e qualquer que seja o número de vezes que este contacte com o organismo.Processos mais importantes desta defesa: Barreiras anatómicas A pele, os pelos das narinas, as mucosas (forram as cavidades do corpo que abrem para o exterior e segregam muco que dificulta a fixação de microorganismos e a sua multiplicação), as secreções e enzimas (por exemplo, as glândulas sebáceas, sudoríparas e lacrimais). Saliva, lágrimas e enzimas As enzimas contidas na saliva e na lágrima possuem ação bactericida. Algumas enzimas possuem o pH muito ácido, que impede a proliferação de microrganismos na região, como é o caso do estômago e da vagina. No intestino e na vagina há numerosos microrganismos da flora normal que impedem a proliferação de microrganismos externos, competindo por comida e espaço. Resposta inflamatóriaÉ uma sequência complexa de acontecimentos que ocorre quando estes agentes patogénicos conseguem ultrapassar as barreiras anatómicas. No tecido atingido pelos agentes patogénicos, diversos tipos de células, como, por exemplo, mastócitos, produzem histamina e outros mediadores químicos que provocam a dilatação dos vasos sanguíneos e aumentam a sua permeabilidade, como consequência aumenta a quantidade de fluido intersticial.
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O sistema imunitário divide-se em duas grandes defesas: Defesa não específica e a Defesa Específica.
Imunidade Não Específica Específica
A resposta é independente de antígeno A resposta é dependente de antígeno
A resposta é imediata e máxima Há período de latência entre a exposição e aresposta máxima
Não é específica a um determinado antígeno Específica a antígeno
Exposição ao agente patológico não resultaem memória imunológica
Exposição ao agente patológico resulta emmemória imunológica
Defesa não específica – imunidade inata
A defesa não especifica ou imunidade inata refere-se ao conjunto de processos em que o organismoprevine a entrada de agentes estranhos, reconhece-os e destrói-os. A resposta do organismo ésempre a mesma, qualquer que seja o agente invasor e qualquer que seja o número de vezes queeste contacte com o organismo.
Processos mais importantes desta defesa:
Barreiras anatómicas
A pele, os pelos das narinas, as mucosas (forram as cavidades do corpo que abrem para o exterior esegregam muco que dificulta a fixação de microorganismos e a sua multiplicação), as secreções eenzimas (por exemplo, as glândulas sebáceas, sudoríparas e lacrimais).
Saliva, lágrimas e enzimas
As enzimas contidas na saliva e na lágrima possuem ação bactericida. Algumas enzimas possuem opH muito ácido, que impede a proliferação de microrganismos na região, como é o caso do estômagoe da vagina.
No intestino e na vagina há numerosos microrganismos da flora normal que impedem a proliferaçãode microrganismos externos, competindo por comida e espaço.
Resposta inflamatória
É uma sequência complexa de acontecimentos que ocorre quando estes agentes patogénicos
conseguem ultrapassar as barreiras anatómicas. No tecido atingido pelos agentes patogénicos,
diversos tipos de células, como, por exemplo, mastócitos, produzem histamina e outros mediadores
químicos que provocam a dilatação dos vasos sanguíneos e aumentam a sua permeabilidade, como
consequência aumenta a quantidade de fluido intersticial.
A função de reconhecer antigénios assim que se introduzem no organismo é realizada peloslinfócitos B, capazes de reconhecer uma enorme variedade de antigénios específicos. A imunidadehumoral é mediada por anticorpos que circulam no sangue e na linfa e que são produzidos após o
reconhecimento do antigénio por linfócitos B.
O antigénio ao introduzir-se no organismo atinge um órgão linfoide secundário e estimulaos linfócitos B que têm recetores específicos para esse antigénio, ficam ativados e dividem-se,transformando-se em plasmócitos. Estes irão produzir, então, os anticorpos para esse antigénio eas células memória. Estas células memória servirão para futuras invasões do antigénio.
Um anticorpo é uma proteína específica produzida por plasmócitos em resposta à presença de umantigénio, com o qual reage especificamente.
Os anticorpos são libertados no sangue e linfa e “dirigem-se” para o local infetado. Os anticorpos
identificam, não o antigénio como um todo, mas partes da superfície a que se dá o nome dedeterminantes antigénicos. Um antigénio pode estimular a produção de variados anticorpos, cadaum para um determinante antigénico.
Os anticorpos são glicoproteínas específicas com a designação geral de imunoglobulinas (Ig), que secombinam quimicamente com o antigénio específico que estimulou a sua produção. Têm umaestrutura em Y formada por quatro cadeias polipeptídicas.
Duas dessas cadeias são mais curtas, designam-se por cadeias leves, ou cadeias L (light), as maislongas designam-se por pesadas ou cadeias H (heavy).
Nas cadeias existem regiões que são constantes (C) e a sua função é controlar o modo como oanticorpo atua com outros elementos do sistema imunitário;
E outras que são variáveis (V) de anticorpo para anticorpo, o que significa que a sequência deaminoácidos que constitui estas cadeias é diferente de anticorpo para anticorpo, isto é, sãoespecíficas para cada anticorpo. Nestas cadeias V existem dois locais – sítios de ligação -onde se vailigar o determinante antigénico específico, que por sua vez, estabelece a ligação ao antigénio. Oelevado grau de especificidade destas regiões resulta de apresentarem uma estrutura complementar
da do antigénio, bem como do facto de toda a estrutura química do local de ligação favorecer oestabelecimento de forças electroestáticas e pontes hidrogénio anticorpo - antigénio.
Nas cadeias constantes a sequência de aminoácidos, entre anticorpos, é muito semelhante.
Retirada de: Amabis & Martho, Biologia dos organismos. Moderna, 2004.
Os anticorpos quando se ligam aos antigénios e formam o complexo anticorpo-antigénio, nãodestroem os antigénios, apenas os marcam como estranhos ao organismo.
Na formação deste complexo anticorpo-antigénio desencadeia-se uma série de acontecimentos queaumentam a resposta inflamatória, ou seja, há um aumento da vasodilatação e a fagocitose é maisdirigida o que leva a uma maior eficácia na defesa não específica que já decorria.
Assim, os anticorpos podem atuar de diversas maneiras na defesa imunitária, dependendo da classea que cada um pertence: por aglutinação, por intensificação direta da fagocitose, por neutralização
A resposta imunitária secundária é sempre mais rápida a proteger, mais duradora e mais intensa que
a primária.
Imunização
A imunização é a aquisição de proteção imunológica contra um agente patológico (antigénio) para
que quando o organismo entrar de novo em contacto com ele, o sistema imunológico responda de
forma imediata e o organismo não chegue a desenvolver a doença causada pelo
antigénio, imunidade adquirida. A imunidade adquirida pode perdurar largos anos (imunidade
ativa) ou temporária (imunidade passiva).
O estado de imunização em que o sistema responde de imediato pode ser induzido pelas vacinas. Em
vez de o organismo esperar pelo antigénio, uma primeira vez, e só no segundo contacto o corporesponder de forma imediata, a primeira vez pode ser induzida pelo fornecimento de
microrganismos inativos (mortos ou alterados), toxinas, vírus, todos eles modificados para que o
organismo não desenvolva a doença mas ganhe resistência – imunidade - aos agentes patogénicos
inseridos nas vacinas. O organismo responde à vacina através da produção de anticorpos específicos.
Esta é a imunidade ativa, em que a produção de anticorpos e de células memória pode levar
semanas, mas o corpo pode ficar protegido durante anos.
Há também a imunidade passiva, usada quando é urgente uma proteção rápida. Neste tipo deimunidade são administrados anticorpos ou antitoxinas, contra uma infeção particular. Os anticorpos
colhidos dos humanos são chamados imunoglobulina e os dos animais, soros. A imunidade passiva
dura apenas algumas semanas.
Um exemplo da imunidade passiva é o caso dos recém-nascidos que vêm com anticorpos (da classe
IgG) que conseguem atravessar a placenta da mãe e permanecem ativos durante cerca de 3 meses.
Se forem amamentados, há também anticorpos (da classe IgA) que vêm com o leite, dando ao bebé
mais resistências ao nível do aparelho digestivo.
Um outro exemplo são as injeções dadas a todos aqueles que pretendem viajar para locais cuja
As hemácias do corpo humano possuem na sua superfície diferentes antigénios (aglutinogénios) e oplasma pode conter anticorpos (aglutinas) para antigénios ausentes. Numa transfusão sanguínea se o
dador tiver anticorpos para o sangue do recetor, ocorre uma incompatibilidade sanguínea e dá-se a
lise celular. Um sangue que contem determinadas aglutinogénios, não pode receber plasma com as
aglutinas correspondentes. Uma incompatibilidade sanguínea produz uma reação
transfusional imediata, em que os anticorpos do recetor aglutinam as hemácias do dador. Esta
reação ocorre no sistema sanguíneo ABO.
Os anticorpos presentes no plasma são da classe IgM e podem ligar-se ao sistema complemento eprovocar a lise das hemácias. Os anticorpos são denominados naturais, pois estão presentes, mas
sem que tenha havido nenhum estímulo para a sua formação.
Para determinação do grupo sanguíneo, existe na espécie humana três genes alelos (A,B e i), com
graus diferentes de dominância, e quatro tipos diferentes de sangue (A, B, AB e O). Nos alelos A e B
não existe dominância, se estes genes se encontrarem o fenótipo é o grupo AB. O grupo O é
determinado pelo genótipo homozigótico recessivo (ii). Entre os alelos A e B não existe dominância e
Para que se possa fazer uma transfusão sanguínea é necessário que se conheça o tipo de sangue do
dador e do recetor. Tem de se determinar a que grupo do sistema ABO e podem ser A, B, O e AB e
determinar, um outro importante grupo de antigénios presente (positivo) ou ausente (negativo) nas
hemácias, o fator Rhesus (Rh+ ou Rh-).
Os tipos de sangue mais raros são B e AB, enquanto os tipos de sangue mais comuns incluem o A e O
ou 0.
Compatibilidade dos tipos de sangue
De preferência deve-se doar para o mesmo grupo sanguíneo do recetor, mas doadores de sanguetipo O podem doar para A, B e AB e doadores de sangue dos tipos A e B podem doar a AB.
Tipo A: pode doar somente para pessoas do tipo AB e A e pode receber de pessoas do tipo A e O.
Tipo B: pode doar para pessoas com tipo B a AB e recebe de pessoas com tipo B e O.
Tipo AB: pode doar para pessoas com tipo AB e pode receber de todos os tipos
sanguíneos, recetor universal.
Tipo O ou 0: pode doar para todos, e por isso é dador universal, mas só pode receber de
pessoas com o tipo O.
Na gravidez, quando a mãe é Rh negativo e o bebé é positivo existe probabilidade da mãe produzir
anticorpos para eliminar o feto. Por isso, as grávidas com este tipo de sangue devem fazer injeção de