Professora Cristina Cardoso 8º Ano- EDUCAÇÃO VISUAL Escola Básica e Secundária D. Martinho Vaz de Castelo Branco
Professora Cristina Cardoso 8º Ano- EDUCAÇÃO VISUAL Escola Básica e Secundária
D. Martinho Vaz de Castelo Branco
LUZ E COR
A
CO
R
A cor é um produto cultural; não existe se não
for percebida, isto é, se não for, não apenas
vista com os olhos, mas também e sobretudo
descodificada com o cérebro, a memória, os
conhecimentos, a imaginação.
(M. Pastoureau)
Cor é simultaneamente forma e motivo.
(R. Delaunay)
ISA
AC
NEW
TON
(1
64
2-1
72
6)
Os seus trabalhos foram o ponto de partida para o
conhecimento que temos, hoje em dia, sobre luz e
cor.
Demonstrou que a luz branca do Sol era uma
mistura aditiva de cores-luz através da experiência
com o prisma ótico.
Foi o primeiro a organizar as cores num círculo que possuía sete cores principais (vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, anil, violeta) que estavam relacionadas com os sete planetas e as sete notas musicais.
ISA
AC
NEW
TON
(1
64
2-1
72
6)
JOH
AN
N W
OLF
GA
N G
OET
HE
(17
49
-18
32
)
– Foi escritor e político no entanto foi como
poeta que ficou mais conhecido.
Foi o primeiro a confrontar as ideias de Newton
pois via as cores como um fenómeno puramente
físico.
– Considerava que para além da luz, a sombra
também tinha o seu papel como condicionante
das cores, e por isso, a sua teoria relevou-se de
fácil compreensão para o mundo da pintura cuja
matéria-prima é a tinta, o pigmento.
JOH
AN
N W
OLF
GA
N G
OET
HE
(17
49
-18
32
) – A sua Teoria das Cores (Zur Farbenlehre) foi
publicada originalmente em 1810 e aborda as
cores em 3 secções: cores fisiológicas, cores
físicas e cores químicas.
ALB
ERT
HEN
RY
MU
NSE
LL (
18
58
-19
19
)
– Pintor e professor americano.
– Implementou um sistema de classificação da cor que
era baseado em e qualidades distintas: Matiz (ou tom) que é a qualidade que distingue uma cor
da outra e depende do comprimento de onda dominante; Saturação (ou croma) que é correspondente ao grau de
intensidade ou de pureza da cor, as cores mais saturadas
são as que possuem pigmentos mais puros; Valor (ou brilho) que corresponde ao grau de claridade
ou obscuridade da cor.
ALB
ERT
HEN
RY
MU
NSE
LL (
18
58
-19
19
)
– 5G-5/8 representa um tom (matiz) de verde
(green), com um valor médio na escala de valor
(brilho) e com 8 graus distante do cinza neutro.
JOA
HA
NN
ES IT
TEN
(1
88
8-1
96
7)
– Artista plástico e professor na Bauhaus onde
desenvolveu e aplicou a sua teoria da cor. O seu círculo cromático é formado por 12 cores:
as 3 primárias, as 3 secundárias e 6 terciárias.
A partir dos modos de ação característicos das
cores estabeleceu sete contrastes diferentes: da
cor em si, claro-escuro, quente-frio, de
complementares, simultâneo, de quantidade, de
qualidade.
JOA
HA
NN
ES IT
TEN
(1
88
8-1
96
7)
Desenvolveu também uma estrela de cores onde,
num modelo bidimensional, representa a gradação
das 12 cores em direção ao preto e ao branco.
JOA
HA
NN
ES IT
TEN
(1
88
8-1
96
7)
WA
SSIL
Y K
AN
DIN
SKY
(1
86
6-1
94
4)
– Artista plástico, considerado o primeiro pintor
abstracionista, e professor na Bauhaus.
– Começa por estudar isoladamente as cores,
sobretudo os seus efeitos psíquicos.
– Privilegia os efeitos cromáticos quase sempre
numa analogia com o som (música), o movimento
e os estados de espírito.
Distingue quatro grandes contrastes: quente/frio,
claro/escuro, verde/vermelho e laranja/violeta.
Faz a associação entre cores e formas geométricas.
WA
SSIL
Y K
AN
DIN
SKY
(1
86
6-1
94
4)
PAU
L K
LEE
(18
70
-19
40
)
Músico, artista plástico e professor na Bauhaus. A sua teoria da cor resulta da planificação das suas
aulas. A sua teoria da cor tem por base o arco-íris e,
também, associa a cor à música. Os pares de cores complementares (vermelho-
verde, laranja-azul e amarelo-violeta) são
verdadeiros pares de cores e entre cada um desses
pares de cores encontra-se o cinza neutro.
Cada uma das três cores primárias influencia as
cores que estão à sua volta, estendendo-se a dois
terços do círculo cromático.
Apresenta-nos o seu círculo cromático de doze cores
hierarquizadas pela sua importância.
PAU
L K
LEE
(18
70
-19
40
)
JOSE
F A
LBER
S (1
88
8-1
97
6)
Artista plástico e professor na Bauhaus, onde começou a
desenvolver a sua teoria da cor que consolidou na
Universidade de Yale e publicou sob o título “Interação da
Cor”. Parte do princípio que a cor nos engana.
Interessa-lhe, principalmente, o que acontece entre as
cores, como se influenciam.
Levava os alunos a chegar às teorias da cor através da
experimentação.
Não usava tintas mas recortes de papéis coloridos.
JOSE
F A
LBER
S (1
88
8-1
97
6)
TEORIA DA COR
SIN
TESE
AD
ITIV
A
Cores primárias e secundárias
Cor-Luz
SIN
TESE
SU
BTR
ATI
VA
Cores primárias e secundárias
Cor-Pigmento
SIN
TESE
SU
BTR
ATI
VA
Círculo cromático
Cores primárias 1 – Amarelo 2 – Azul Ciano 3 – Magenta Cores secundárias 4 - Verde 5 – Violeta 6 – Laranja Cores terciárias 7 – Verde amarelado 8 – Verde azulado 9 – Violeta azulado 10 – Violeta avermelhado 11 – Laranja avermelhado 12 – Laranja amarelado
Cores quentes Cores frias
SIN
TESE
SU
BTR
ATI
VA
Contrastes cromáticos
Nesta tabela de cores podemos verificar quanto uma cor pode mudar conforme a cor do fundo em que se encontra.
SIN
TESE
SU
BTR
ATI
VA
Contrastes cromáticos
Contraste da cor em si – contraste de cores puras, vivas e saturadas.
Contrastes de cores quentes e frias – resulta da possibilidade de se obterem sensações de temperatura no domínio da impressão ótica das cores.
Contraste simultâneo – resulta da perceção provocada por cores que se justapõem.
SIN
TESE
SU
BTR
ATI
VA
Contrastes cromáticos
Contraste claro-escuro – explora a luminosidade e o valor tonal das cores.
Contraste de quantidade – associado às relações de luminosidade da cor e da dimensão da forma que ocupa.
Contraste de cores complementares – resulta da associação de duas cores que, em pigmentos e se misturadas, nos dão o cinza (anulam-se).
Contraste de qualidade – associado ao grau de pureza ou saturação da cor.
SIN
TESE
SU
BTR
ATI
VA
Cores como modificadores de ambiente
SIN
TESE
SU
BTR
ATI
VA
Contrastes de cores em produções plásticas
Franz Marc Os Pequenos Cavalos Azuis, 1911 Óleo sobre tela, 61x101 cm Hamburgo, Coleção particular
Franz Marc Cavalo numa Paisagem, 1910 Óleo sobre tela, 85 x 112 cm
Essen, Museum Folkwang
ALBERS, Josef – A interação da cor. S. Paulo: WMF Martins Fontes, 2009. ISBN 978-85-7827-045-2. AREAL, Zita; MOREIRA, Ágata - Visualmente 7/8/9. Porto: Areal Editores, 2012. ISBN 978-989-647-401-0. BARROS, Lilian Ried Miller – A Cor no processo criativo: Um estudo sobre a Bauhaus e a teoria de Goethe. 4ª ed. S. Paulo: Editora Senac, 2011. ISBN 978-85-7359-877-3. GOETHE, Joahann Wolfgang von – Traité des couleurs: accompagné de trois essais théoriques. 3º ed. Paris: Centre Triades, 1986. ISBN 2-85248-084-0. GRAÇA, Cristina Carrilho [et al.] - Ver, Desenhar e Criar. Lisboa: Raiz Editora, 2012. ISBN 978-972-680-906-7. ITTEN, Johannes – Art de la couleur. Paris: Dessain et Tolra, [1973]. ISBN 2-249-25014-6. KANDINSKY, Wassily – Do Espiritual na Arte. 9ª ed. Alfragide: Publicações Dom Quixote, 2013. ISBN 978-972-20-4003-7. KLEE, Paul – Notebooks, volume 1, The thinking eye. Londres: Lund Humphries Publishers Limited, 1973. MUNSELL, Albert H. – A Grammar of Color. New York: Van Nostrand Reinhold Company, 1969. NOGUEIRA, Ana; BRITO, José - Educação Visual: 3º ciclo. Santillana Constância, 2012. ISBN 978-989-708-163-7. RODRIGUES, Francisco Carlos; SOUSA, Isabel Susana; LOBO, Rui Castro - Visual: Educação Visual 3º ciclo. Lisboa: Texto Editores, 2012. ISBN 978-972-47-4735-4.
Bibliografia