PARA QUEM SABE VIVER DOS IRMÃOS CAMPANA REVISTA CYRELA • ANO I • N O 4 REVISTA CYRELA • ANO I • N O 4 . DISTRIBUIÇÃO GRATUITA IDÉIAS DA ARQUITETA SANDRA PICCIOTTO O UNIVERSO DE IVALD GRANATO DECORAÇÃO COM IMAGENS AVENTURA NO FIM DO MUNDO A ARTE NUNCA O DESIGN BRASILEIRO FOI TÃO LONGE
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Transcript
P A R A Q U E M S A B E V I V E R
DOS IRMÃOS CAMPANA
REVISTA CYRELA • ANO I • N O 4
REVISTA CYRELA• AN
O I • NO
4 . DISTRIBUIÇÃO GRATU
ITA
IDÉIAS DA ARQUITETA
SANDRA PICCIOTTO
O UNIVERSO DE
IVALD GRANATO
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COM IMAGENS
AVENTURA
NO FIM DO MUNDO
AARTE NUNCA O DESIGN BRASILEIRO FOI TÃO LONGE
capacampana.qxd 12/12/06 6:58 PM Page 1
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Restaurante e piscina da Aldeia Beijupirá: praia deserta, lotação
máxima de seis casais e banquetespreparados por chef tarimbada
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®
G a b r i e l : ( 1 1 ) 3 0 6 4 0 0 1 1 • D & D : ( 1 1 ) 3 0 4 3 9 4 8 0 / 8 1 • D a s l u : ( 1 1 ) 3 8 4 1 4 3 0 1 / 0 3
Acima, cômoda desenhada porAndré Groult em 1925, em madeira
de acaju e marfim. Ao lado, duasimagens do projeto do decorador
Armand Albert Rateau, realizado em1924 para a estilista Jeanne Lanvin:
o quarto de dormir e o magníficobanheiro art déco em mármore
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Ao lado do Louvre e parte de um dos mais belos conjuntos arquitetônicos de
Paris, o Museu de Artes Decorativas reabriu em setembro. Seu acervo, com
mais de 150 mil peças, é um deleite para quem aprecia a arte de bem viver.Tem
desde objetos em faiança da Idade Média,do Ateliê da Casa Pirota,até móveis de
designers contemporâneos como Philippe Starck e Ron Arad.Os objetos estão di-
vididos por épocas: Idade Média e Renascença, Séculos 17 e 18, Século 19, Art
Nouveau e Art Déco, Moderno e Contemporâneo. O requinte chega ao extremo
com a reconstituição do banheiro e do quarto do apartamento da estilista Jean-
ne Lanvin, realizado nos anos 20 pelo arquiteto e decorador Armand Albert Rate-
au. Jóias e brinquedos ganharam salas especiais. Na de brinquedos, com mais
de 12 mil peças, são 1.274 bonecas de todos os tipos e estilos, além de ro-
bôs, carrinhos...A seção dedicada à joalheria é um passeio por essa ar-
te tão antiga quanto luxuosa. As mais antigas são da Idade Média,
mas as melhores coleções representam a art nouveau, com cria-
ções de René Lalique,Georges Fouquet e Lucien Gaillard; e a
art déco e os anos 30, com obras de Raymond Templier,
Jean Després, Jean Fouquet e de grandes maisons co-
mo Boucheron e Cartier.Com 9 mil metros quadra-
dos,o museu tem nove andares e quatro criações
de brasileiros expostas: uma cadeira de Os-
car Niemeyer e três dos irmãos Humber-
to e Fernando Campana.
www.lesartsdecoratifs.fr
Entre muitos ambientes, o Museude Artes Decorativas reconstitui
um quarto da casa do barãoWilliam Hope, decorada em Paris
nos anos 1830: luxo traduzidoem madeira trabalhada e na
pouca economia da cor dourada
A ARTE DEvivergrandestilo.qxd 12/12/06 4:55 PM Page 13
Se depender da imaginação
de 14 decoradores e arqui-
tetos brasileiros,os aparadores
e seu entorno não vão mais ser
sinônimo de mesmice. Convi-
dados pela loja paulistana Gri-
fes e Design, eles criaram ins-
talações com objetos, móveis
e esculturas. Em estilos que
vão do étnico ao rococó, as
ambientações se espalharam
pelo chão e pela parede, in-
cluindo luminárias e tapetes.
Selecionamos algumas suges-
tões que podem servir de ins-
piração para quem quer in-
crementar a decoração da sa-
la com estilo.
CANTINHOSCOM ESTILO
GrandeestiloLUXOS , COMPORTAMENTO E ARTE
DE
CO
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VIVIANE MAGRI DIMARCO ESCOLHEU UM MODELO VERDE PARA DESTOAR DOS HABITUAIS E CRIAR UM AMBIENTE LÚDICO E JOVIAL
O APARADOR EM MADEIRA RÚSTICACONTRASTA COM OS OBJETOS LEVESE TRANSPARENTES NA CRIAÇÃO DE MARIA CÉLIA CURY E MARCIA NOGUEIRA
O LUXO INSPIROU O CONCEITO DO
CONJUNTO CRIADO POR LIONEL SASSON. CRISTAIS
SWAROVSKI E ILUMINAÇÃODÃO TOQUE ESPECIAL
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BONECAS POP
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As imagens intrigantes da fotógrafaPat Kurs estão expostas no Rio de Janeiro
GrandeestiloLUXOS, COMPORTAMENTO E ARTE
Depois de passar por Paris, onde ficou ex-
posta na Joyce Gallery,chega ao Rio a sé-
rie de fotos XX Rated Dolls, da nova-iorquina
Pat Kurs.Bailarina do Radio City Ballet e da Jo-
frey Ballet Company,ela começou no mundo
da moda,como stylist,e fazendo vitrines para
lojas como a Tiffany & Co. Trabalhou com gran-
des fotógrafos como Helmut Newton, Patrick
Demarchelier, Richard Avedon e pegou gosto
pelas lentes.Colecionadora de bonecas,co-
meçou a fotografá-las com polaróides e pu-
blicou algumas no livro SX-70s, coletânea
com vários autores, entre eles o mestre da
pop art, Andy Warhol. Os flagrantes de Pat,
em que os brinquedos ganham acessórios
fashion,intrigam e criam uma certa estranhe-
za. As fotos,que custam em média R$ 4 mil,
ficam até 31 de janeiro na Galeria Tempo
(tel.: 2227-2221,www.galeriatempo.com.br),
em Ipanema, Rio de Janeiro.
AR
TE
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ÁS
TI
CA
S
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GrandeestiloLUXOS , COMPORTAMENTO E ARTE
Acoleção da designer de jóias Ivete Cattani para a Galeria Melissa, cha-
mada Joya, é um buquê alegre e divertido. Ela criou braceletes, pulsei-
ras,gargantilhas,anéis e brincos com base no famoso PVC da marca.Os re-
cortes criativos e originais ganham leveza e elegância com enfeites em cris-
tais Swarovski, metais Tag e delicadas fitas. Ivete Cattani é finalista no iF Pro-
duct Design Award 2007,sediado em Hannover,na Alemanha,considerado o
Oscar do design industrial, com o bracelete DeLírios, confeccionado em pe-
le exótica com ouro colorido e topázio imperial,uma pedra preciosa que ho-
je só é encontrada em Minas Gerais.Em 2006,a designer ganhou o selo do iF
com o colar Tentáculos, feito em um silicone especialmente criado por uma
indústria de material hospitalar,prata e ágata.
Os braceletes e as gargantilhas em PVC de IveteCattani ganham o mundo e
conquistam prêmios
RECORTE ORIGINAL
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foto
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GrandeestiloLUXOS , COMPORTAMENTO E ARTE
Cinco hotéis de alto luxo passaram a integrar a
recém-criada marca Dorchester Collection. O
Plaza Athénée e o Le Meurice, de Paris, o Príncipe
di Savioa, de Milão, o Dorchester, de Londres, e o
Beverly Hills,na Califórnia, foram reunidos no con-
ceito “O Estilo da Individualidade”, que cultiva a
reputação e o caráter exclusivos de cada um e
preserva o nível de excelência de seus serviços. Os
escolhidos têm em comum o fato de unirem tradição
e modernidade, ocuparem edifícios únicos e dis-
tintos e terem decoração de interiores diferenci-
adas. Com essa chancela, os clientes terão a possi-
bilidade de conectar-se aos hotéis com mais facili-
dade,além de ter um nível de qualidade garantido.
SOFISTICAÇÃO EM CADEIAEndereços exclusivos em Paris, os hotéis Le Meurice e Plaza Athénée entram para
a marca Dorchester Collection
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w w w . s i e r r a . c o m . b r
AL Maceió (82) 3326.4459 BA Feira de Santana (75) 3221.9755 Salvador (71) 3359.4317 CE Fortaleza (85) 3278.6831 / 3278.6826 DF Brasília (61) 3362.0203 ES Vitória (27) 3227.6022 GO Goiânia (62) 3278.1700 MG Belo Horizonte (31) 3286.2913 / 3286.3551 Juiz de Fora (32) 3236.2555 Montes Claros (38) 3224.5541 Pouso Alegre (35) 3423.0039 Uberlândia (34) 3222.3100 MS Campo Grande (67) 3326.2606 MT Cuiabá (65) 3622.1040 PA Belém (91) 3230.4811 PB João Pessoa (83) 3244.2009 PE Petrolina (87) 3862.1438 PR Curitiba (41) 3324.6488 Londrina (43) 3356.2606 RJ Campos (22) 2722.5922 Rio de Janeiro (21) 3325.0094 Volta Redonda (24) 3343.2807 RO Porto Velho (69) 3221.4335 RS Gramado (54) 3286.1583 / 3286.1020 SC Florianópolis (48) 3225.0222 Itapema (47) 3368.2336 Joinville (47) 3433.6808 SE Aracaju (79) 3217.6750 SP Bragança Paulista (11) 4032.1298 Campinas (19) 3255.5778 Campos do Jordão (12) 3663.8000 Guaratinguetá (12) 3132.3466 Ribeirão Preto (16) 3911.5370 / 3911.5371 São José dos Campos (12) 3922.4747 São José do Rio Preto (17) 3216.4844 São Paulo/Alphaville (11) 4191.7066 São Paulo/Aricanduva (11) 6725.5921 / 6725.5919 São Paulo/Brooklin (D&D) (11) 5102.3222 São Paulo/Pinheiros (11) 3082.3231 Sorocaba (15) 3231.7791 Taubaté (12) 3622.7262
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Os rebites lembram as tradicionais poltronas inglesas, mas as linhas não têm nada de retrô. Flu, de Cláudio MattosFonseca, tem um design contemporâneo de grande impacto e conforto. A forração é em couro natural, estofamentoem multilaminado de espuma e pés em aço cromado. Largura: 1,17 m. Profundidade: 65 cm. Altura: 69 cm.
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CONTRASTESEm cristais transparente e negro, o vaso Morro Branco, de Elvira
Schuartz, faz parte da coleção Bahia. Nela, a designer cria peças que
lembram a pele negra sobre as areias brancas. Altura: 25 cm.
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PRETA, NÃO BÁSICA
muitosmimos_04.qxd 12/12/06 11:27 AM Page 22
SOBRIEDADECOM LEVEZACom tampo e vidro espelhado, na borda, e laqueado, amesa Elo, de Cláudio Mattos Fonseca, tem comodiferencial os pés, em tubos de aço cromado, que criamuma base elegante e leve. Altura: 76 cm. Diâmetro: 1,1 m.
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A designer paulista Baba Vacaro acaba de lançar o pendente Flowers,
com cúpula de flores de organza costuradas à mão que dão um efeito
de luz diáfano e romântico. Diâmetro: 46 cm. Altura: 28 cm.
A chaise Paulistana, da designer Flávia Pagotti, acaba de ganhar o prêmio iF Product Design, emHannover, na Alemanha, o mais importante do design industrial. Feita em madeira freijó com base emaço inox, reserva uma surpresa: suas perfeitas formas ergonômicas garantem um confortoinesperado numa peça sem forração. Comprimento: 1,75 m. Largura: 53 cm. Altura: 55 cm.
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GEOMETRIA EM TIRASA poltrona Pacman, de PedroUseche, é um bom exemplo da
importância da matéria-prima numprojeto de design. Em busca de
uma maior liberdade criativa, eleusa tiras de MDF, material
versátil e resistente. A repetiçãode elementos permite uma perfeita
adaptação ao corpo do usuário.Largura: 61 cm. Profundidade: 80
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muitosmimos_04.qxd 12/12/06 11:31 AM Page 24
SINTONIACOM A NATUREZAAs linhas geométricas da poltrona EcoX, de Marco Gouveia,aproveitam os nós e os veios das madeiras teca e eucalipto rosa,criando um efeito natural. O autor só usa material certificado, ecomplementa sua criação com cera ecológica de carnaúba e dobradiçapiano. A peça foi selecionada no concurso Brasil Faz Design 2004.Comprimento: 1,22 m. Profundidade: 78 cm. Altura: 37,1 cm.
A forma neoconstrutivista do banco Olivatto, de Pedro de Castro, provoca uma bem-vinda dúvida:descansar ou dar uns passos atrás para melhor observá-lo? Feito em compensado revestido com
lâminas de madeira, com base em aço, é um dos exemplos da série de móveis-esculturas do designer.Comprimento: 2 m. Profundidade: 45 cm. Altura: 36 cm.
PARA FLUTUARInspirado nos animais e na natureza, André Marx é um pioneiro no uso de material certificado. Sua Namoradeira,em sucupira e lona vermelha, segue uma das tendências de seu trabalho, a de criar peças que parecem flutuar,com curvas minuciosamente estudadas e três pés. Largura: 1,50 m. Profundidade: 80 cm. Altura: 80 cm.
BACANA É (TER e SER)P O R C R I S T I N A R A M A L H O | F O T O D E A B E R T U R A I A R A V E N A N Z I
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CAMPANAA rima pode ser pobre,mas a assinatura dos irmãos Fernando e Humberto,não.Eles extraem beleza do improvável,traduzem em formas geniais o quea maioria dos simples mortais não percebe.Estão no MoMA e no Museude Artes Decorativas de Paris,posicionados ao lado dos maiores nomes dodesign no mundo.Ter uma obra deles é pra lá de bacana,é chique à beça!
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um recente debate sobre
criação, os designers Fer-
nando e Humberto Campa-
na estavam tentando expli-
car para a platéia como brotam suas
idéias. E contaram que quando resol-
veram fazer seu site na internet, que-
riam algo que passasse sensações.“Nós
pedimos para a equipe que criaria o si-
te circular pelo bairro onde é o nosso
ateliê (Santa Cecília,em São Paulo),e
espiar as lojinhas,a mercearia,os men-
digos, os camelôs”, fala Fernando. A
equipe andou, olhou a paisagem hu-
mana ao redor,e não viu nada além do
que você ou eu enxergaríamos.Então
Fernando e Humberto passearam com
os webdesigners. Foram mostrando
peças aqui e ali,descrevendo o que po-
deriam ser, com certa justeza poética,
como se cada bugiganga na rua,cada
cena na esquina,fossem nuvens no céu,
esperando para alguém adivinhar seus
formatos gozados. É assim que os
irmãos Campana traduzem, do im-
provável, a beleza perto da gente que
quase ninguém nota.
Quer um exemplo? Uma das mais fa-
mosas criações da dupla,a cadeira Ver-
melha (que está no acervo do MoMA,
em Nova York,em várias revistas inter-
nacionais, em prédios luxuosos e no
hall do Hotel Emiliano),nasceu de um
rolo de cordas que Humberto viu nu-
ma loja de materiais de construção.
“Achei o material diferente,pensei que
poderia render algo, levei para o ate-
liê”,conta.Quando botou o rolo em ci-
ma da mesa, as cordas caíram – e ele
anteviu uma cadeira. Como quase to-
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Saladeestar
N
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Na página anterior e nesta,peças da linha utilitária Blow Up,
desenhada para a Alessi
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Saladeestar
das as peças que eles criam,a inspiração nasce meio do acaso,mas é necessária mui-
ta transpiração para dar realidade ao produto.É,de fato,uma criação em dupla:Hum-
berto,54 anos,o irmão do meio,o mais sonhador,tem as idéias.Fernando,46,o caçu-
la,arquiteto, traz a imaginação para a prática,pensa em como produzir a peça.
MUNDO AFORA
Tal metodologia deu na mais bem-sucedida dupla de designers do Brasil.Os irmãos
Campana são os únicos brasileiros com peças no acervo do MoMA.São aplaudidos
em Milão, a capital mundial do design, na famosa escola de arte Eindhoven, na Ho-
landa,em museus ingleses são elogiados por artistas de todo o globo.Em outubro,fo-
ram escolhidos para uma exposição no La Villette,em Paris,como alguns dos maio-
res artistas contemporâneos de design e arquitetura – os outros eram Frank Gehry,o
criador do Guggenheim,Frank Lloyd Wright,o gênio da arquitetura orgânica,e Ray e
Charles Eames, dupla que é símbolo de design sofisticado.Também representam o
Brasil no Museu das Artes Decorativas na capital francesa (ao lado de Niemeyer,são
os únicos brasileiros com peças no acervo).Agora mesmo os Campana acabam de
voltar de Boisbuchet,no sul da França,onde ministraram um workshop sobre como
reciclar materiais,num projeto do Vitra Design Museum da Alemanha.“Queremos mo-
Acima, cadeiraHarumaki, doEstúdio Campana.Ao lado, a peçaAster Papposus
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Somos fiéis à nossa raiz,construímos tudo sozinhos
A emblemática Cadeira Vermelha,de 1991, talvez a peça mais conhecida dos
Campana, faz parte do acervo do MoMA
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Saladeestar
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strar a relevância de materiais consi-
derados lixo, como garrafas vazias,
galões, cartões, e extrair beleza”, disse
a dupla para os alunos europeus.
Ah,é grande a fila de estudantes de
diversos idiomas para estudar com os
Campana. Querem conhecer a batu-
cada deles – e a brasilidade desses dois
irmãos de Brotas, interior de São Pau-
lo,não é óbvia,pode não ter pandeiros
ao fundo, mas transborda o frescor,
aquela irreverência de um bom sam-
binha.“A gente aprende com a escas-
sez”, diz Humberto. Nem sempre isso
foi compreendido, claro: quando mo-
straram suas primeiras criações em
Milão, peças feitas de papelão ou cor-
das, ou pedaços de compensado, co-
mo a cadeira Favela,ou de tiras de te-
cidos enrolados (caso da poltrona Su-
shi), muitos europeus minimalistas
acharam tudo isso uma grande boba-
gem.Riram.Humberto,encolhido,quis fechar a pastinha e sumir do mapa.Fernando
do clean,trabalham para uma empresa,não participam do processo”.A platéia ficou
muda.Afinal,Fernando tinha razão.Designers europeus criam maquetes e cabe à em-
presa (como a Edra,italiana que produz as peças dos Campana e de quase todo mun-
do que é bom) a feitura do produto.
MODERNIDADE BRASILEIRA
Irmãos que são,eles se defendem,se adoram,e brigam o tempo todo.Nos debates,nas
entrevistas,nos workshops mundo afora,os Campana dizem coisas opostas,discutem,
provocam risadas na audiência, só que no fim das contas não dá para imaginá-los se-
parados.Cada peça da dupla é uma mistura do jeito de ser do Humberto – tímido, in-
quieto,que na infância brincava sozinho e gostava de cinema – e do Fernando,que mon-
tava suas próprias locações na hora de brincar e queria ser astronauta.Humberto,o mais
comedido,mora num apartamento pequeno em Perdizes,com poucos móveis.Fernan-
do, mais cenográfico, vive num apartamento enorme em Higienópolis, decorado com
peças deles,iluminação que dá um clima,um quê de James Bond na arquitetura anos
60 – mas com o toque de Brotas no santuário do quarto,encontrado por acaso,com ima-
gem igual ao que a mãe deles tinha em casa.
Juntos,os rapazes estão trabalhando desde meados dos anos 80,quando Humberto,
em crise existencial,voltou de uma temporada na Bahia.“Eu entrei na faculdade de
Direito do Largo São Francisco,porque era fã da Lygia Fagundes Telles,que foi musa
Abaixo, a peça Kaiman Jacaré,lançada este ano em Milão.
Ao lado, a colorida poltrona Sushi
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lá. Mas não era minha praia, acabei largando tudo”, diz. Da Bahia, aterrissou em
São Paulo com a idéia de fazer algo artesanal. Foi criando espelhos de moldu-
ras com conchas,e chamou o irmão recém-formado em Arquitetura para ajudar.
Ainda não era bem isso.
Até que Humberto viajou um dia para a Califórnia, foi fazer um rafting e caiu do
bote. Girando num redemoinho, teve um clique: pensou nas espirais da água, lem-
brou de espirais pintadas nas pedras pelos índios americanos,e achou que dali fa-
ria uma cadeira.Nasciam As Desconfortáveis,cadeiras com encosto em espiral, fei-
tas em ferro – o material bruto trabalhado com poesia,transbordando humor e sen-
tido. Surgia um novo jeito de pensar.Totalmente brasileiro.Absolutamente moder-
no.Que pode ser conferido nos móveis originalíssimos,como a poltrona de ursinhos
de pelúcia ou o sofá Boa feito de espuma trançada. Mas também num sem-núme-
ro de peças, de fruteiras a luminárias, e até sandálias de plástico Melissa. O que é
bom para nós, simples mortais, já que uma poltrona Campana, confeccionada pe-
la Edra, acaba custando por baixo uns R$ 20 mil, porque é feita na Itália, num pro-
cesso quase artesanal, e só depois vem para cá.
Cadeiras Favela,produzidas pela Edra
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Saladeestar
SIMPLES SOFISTICAÇÃO
Taí a fama de chique dos meninos.É chiquérrimo ter uma peça Campana em casa.
É fino falar que viu o trabalho deles em algum museu francês, alemão, inglês. Revi-
stas de decoração internacionais,a Caras,os jornais,todos exibem peças deles.A em-
baixatriz da Itália no Brasil quis que eles decorassem a embaixada em Brasília e lhe
concedessem, em domicílio, uma palestra. O nome Campana é citado com a boca
cheia pelos bem-pensantes da moda e do design.E os irmãos,alheios a tudo isso,vão
trabalhando. Um dia fazem a cenografia do desfile da Forum no São Paulo Fashion
Week, no outro assinam a curadoria de uma linda exposição sobre luz na Faap, ou
participam de exposições individuais,coletivas,eventos,cada vez num canto do ma-
pa-múndi. Não se deslumbram – o que dá mais charme à coisa toda.“Eu me sinto
bem mesmo em Brotas,quieto no meu canto”,diz Humberto,no que Fernando con-
corda.“A gente gosta de se preservar.”
Eles não têm nem assessor de imprensa, tão avessos a burburinhos. Querem
criar. Ensinar.“A gente vê os alunos criando coisas a partir do que mostramos, é
muito bom fazer com que eles percebam a beleza”, diz Humberto. Os Campana
querem mostrar que o trabalho manual, quase artesanal, e os materiais mais sim-
ples revelam outros jeitos de ser e pensar desse mundo tão industrial e previsível.
Querem propor novas formas de morar – já projetaram casas do futuro,algo como
uma cabana na árvore – e de viver,com aquele olhar de menino de Brotas para o
que pintar por aí. Simples assim. Ou chique à beça.
Coleção de sinos Campanedi Campana, criada para a
Moss de Nova York e produzidaem Veneza pela Venini
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Pontodefuga
P O R B R U N O C H R I S T I A N S E N
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Um cruzeiro pelos glaciares da Patagônia leva o turista por
paisagens magníficas no extremodo planeta.Com conforto e gelocentenário puríssimo no copo…
FIM DO MUNDO
ON
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Parte do porto de Ushuaia sob asonipresentes montanhas, que nos
acompanham do começo ao fim da viagem
THE ROCKS
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Montanhas geladas com os cumes cobertos por neve serviam de fundo pa-
ra um painel deslumbrante: o céu azul de primavera repleto de nuvens,
através das quais irrompia um sol tenaz,em raios oblíquos.Era uma cena qua-
se onírica.Ali, aos pés dos montes polvilhados de açúcar, estava a cidade de
Ushuaia. À medida que o navio se afastava do porto, a cidade tornava-se um
aglomerado de caixinhas de fósforo serpenteando pelas encostas rumo ao céu.
Foi isso que deixei para trás no primeiro dia a bordo do navio Via Australis,pe-
lo Canal de Beagle,em um cruzeiro que atravessa a patagônia argentina e chi-
lena.A paisagem às nossas costas se somaria a um sem-fim de outras delas,
igualmente maravilhosas com ponto final em Punta Arenas,no Chile.
O Via Australis é o mais novo navio da empresa Australis.Os seus 72 metros de
comprimento e cinco andares são decorados de maneira despojada e confortá-
vel.Além das 64 cabines,há um refeitório no primeiro andar,uma sala de estar
no terceiro e o salão com discoteca no quarto,com o bar como coração e pon-
to de encontro dos viajantes.O sistema é all inclusive – ou seja,no pacote estão
incluídas todas as bebidas e refeições feitas a bordo.Quem estava lá,no entanto,
tinha a aventura da expedição às paisagens colossais do sul da América do Sul,
como sua grande motivação.Dizer que se esteve navegando pelas águas gélidas
e tumultuadas do Fim do Mundo,como se auto-intitula a região,é sempre envai-
decedor e assunto para animar qualquer roda de amigos.
Os passageiros são,em sua maioria,europeus.Média de idade: 40 anos.En-
tre os viajantes já viceja o charme da maturidade.Conversas tranqüilas rega-
das a uísque são a marca registrada entre os poucos períodos ociosos.Fumar
é proibido no interior do navio, o que compõe a política de criogenização
de fumantes – tragar um cigarro inteiro do lado de fora do navio é aventura
para autênticos caubóis Marlboro.
O roteiro promete e cumpre.Os dias começam cedo.Às 7h15,estão todos re-
unidos no salão de baile vestindo roupas antigelo,embora nesta época do ano,
entre novembro e abril, o frio seja absolutamente suportável. Ceroulas,calças
Pontodefuga
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jeans e um impermeável bastam para as per-
nas.Em cima,uma camisa de manga compri-
da,um agasalho e um casacão também imper-
meável. Luvas são fundamentais para os que
prezam a circulação sanguínea nas pontas dos
dedos.Quem não tiver sapatos de trekking cor-
re o risco de ser fotografado com as vistosas bo-
tas de borracha fornecidas pela expedição. O
uso obrigatório de salva-vidas deixa todos bem
alaranjados e com a mobilidade de lingüiças.
Então,a procissão de passageiros segue para a
popa (que,cedo ou tarde você aprende,é a par-
te de trás do navio) onde nos aguardam peque-
nos botes de borracha motorizados.
Esses botes,minha gente,nos carregariam pa-
ra uma série de cartões-postais.É isso que a Pa-
tagônia é.Cada centímetro,enquadrado devida-
mente, é um cenário fenomenal. Lembra das
montanhas polvilhadas de açúcar? Prepare-se
para viver mais paisagens inesquecíveis.Primei-
ra parada,o Cabo Horn,local de encontro entre
os oceanos Pacífico e Atlântico,que,no período
das navegações, foi o point de grandes naufrá-
gios.A Ilha de Horn,já em águas chilenas,cabe
inteira em um lance de visão.Anda-se por um
deck estreito de madeira para conhecer suas bal-
dias instalações.Ao norte,vê-se o monumento
El Albatroz,instalado em 1992,em homenagem
aos homens que pereceram cruzando o Cabo.
No lado oeste,um mastro agita o que restou de
uma bandeira chilena depois de desentendi-
mentos com os ventos de 120 km/h que assolam
Na Ilha de Horn, a procissão de turistassegue ao monumento El Albatroz
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a região. Perto do mastro está a capeli-
nha bucólica Stella Maris e um farol,on-
de,acreditem,vive um casal de chilenos
com um filho pequeno.Ele,da marinha
chilena,conseguiu arrastar a mulher e o
filho para aquele fim de mundo,mas por
pouco tempo.De ano em ano,a Marinha
troca os faroleiros.Do que vivem? Água
da chuva, mantimentos enviados men-
salmente e uma parabólica para assistir
televisão.Sozinhos,os três,numa casinha
anexada ao farol.
Senti pela primeira vez o impacto
dos fortíssimos ventos antárticos.É mui-
to interessante imaginar que estávamos
onde só voejam albatrozes,onde as tor-
mentas elevam ondas no mar a 30 me-
tros e ventos ultrapassam os 150 quilô-
metros por hora.Diante de nós,o fabu-
loso trecho de penosa passagem para
navegadores. O próprio Darwin já ha-
via sofrido as intempéries da região do
cabo, tendo escrito: “Porém, o Cabo
Horn cobrou seu preço,e antes da noi-
te nos enviou uma rajada de vento di-
retamente nos dentes (...) Grandes nu-
O passeio aos glaciares Pyloto e Nena permiteestar a poucos metros das montanhas de gelo, na
companhia de cormorões reais que se aninhamnas rochas e sobrevoam os pequenos botes
O roteiro promete e cumpre:cada centímetro enquadradoé um cenário fenomenal vens negras rolavam pelos céus,e rajadas de chuva,com granizo,nos varriam
com tamanha violência que o capitão determinou que fugiríamos para
Wingwaw Cove. É uma baía aconchegante, não longe do Cabo Horn”. Dar-
win teve sorte,o Cabo estava de bom humor.Aquele pedaço de mar era um
verdadeiro cemitério de marinheiros.E,embora sob garoa, frio e sopro gla-
e imaginando quão abençoado seria o retorno ao navio.
A volta ao barco era sempre muito boa porque era o momento para se aque-
cer.Fosse ao calor da calefação ou dos vinhos.Não espere refeições gourmet ou
grand cru;mas a tripulação bem-humorada e o espírito de equipe que paira no
ar tornam a embarcação acolhedora a qualquer hora.O navio fornece inúme-
ras possibilidades de admiração da paisagem.A cobertura do navio,o Deck Dar-
win,permite a visão panorâmica dos fiordes,contando com banquinhos como
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os de praça para os turistas intrépidos
ao frio.Nas cabinas,as janelas são enor-
mes para facilitar, ainda que deitado, a
visão dos monumentais blocos de gelo.
Nos salões,vidraças que vão do teto ao
chão dão acesso à paisagem o tempo
todo. Isso, como me explicaria uma se-
nhora argentina chegada numa dose de
pisco,era o diferencial da expedição.“O
contato com a natureza”,disse ela,ace-
nando ao barman brasileiro rumo ao
seu quinto drinque da noite.
No segundo dia nosso barquinho
de expedição saiu para a baía de Wu-
laia,um pedaço de terra onde um dia
Darwin pisou e vaticinou seu grande
potencial arqueológico. O que vimos
lá? Quase nada.Árvores,riachos,uma
casinha abandonada que costumava
ser uma estação militar de rádio,tocos
de árvores roídos por castores, o ar
mais puro da América, europeus tro-
peçando na trilha...No entanto,o legal
desta viagem é que não importa o local onde você desce,mas onde você percorre
para chegar lá. O meio é tão atraente quanto o fim. O mais importante é estar ali
navegando naquele espaço branco e inóspito.Do Canal Beagle cruzamos a Aveni-
da dos Glaciares, um trecho de canal estreito e rodeado por massivas formações
de gelo.À vontade no bar,os passageiros ostentavam copos de uísque com gelo na-
tural dos glaciares, um requinte extremo, enquanto desfrutavam a paisagem.
Mas nada disso,nem das demais saídas,chega a ser tão estarrecedor quanto a visita
aos glaciares Piloto e Nena.Glaciares são estruturas monumentais sobreviventes da úl-
tima Era do Gelo que vêm resistindo bravamente aos efeitos do aquecimento global.
Depois de vê-los em seu absoluto esplendor,estou certo de que aqueles paredões de ge-
lo são o próprio tempo solidificado.Os botes penetram num fiorde estreito e navegam
entre pedaços de gelo que flutuam sobre a água.Um guia vai à frente da embarcação,
dando as explicações geológicas,enquanto vê-se surgir,detrás de uma rocha,um gigan-
te azul.A aproximação permite estar a alguns metros da geleira,adjacente a um roche-
do repleto de cormorões reais, uma espécie animal que lembra a mistura de um pin-
güim com um albatroz.Enquanto se admira a geleira,com alguma sorte,pedaços do ge-
lo ruem e caem na água.Com bastante sorte,um pedação de gelo fará o espetáculo,tão
formidável quanto assustador,porque ondas enormes cascateiam sobre nós.
O tempo que não se ocupa em expedições é preenchido com palestras sobre a flora
e a fauna da região patagônica.Esse conteúdo educativo é complementado pelos rotei-
ros de viagem que havíamos recebido e pela boa disposição e informação dos guias.
Aprendi,por exemplo,que o primeiro encontro com os aborígines que viviam na por-
ção leste da Patagônia,próxima a Ushuaia,deu-se em 1520 pelo capitão luso Fernão de
PontodefugaAcima, paisagem glacial vista desde uma cabine do navio. À noite, é possível dormir coma janela aberta sem ser incomodado por qualquer luz mais forte que um punhado deestrelas. Abaixo, o deck superior do navio permite visão panorâmica. É habitadopredominantemente por turistas imunes ao frio e apreço às paisagens do fim do mundo
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SERVIÇOSQUEM LEVA
CHEGAR LÁ SEM PACOTENa realidade, a Patagônia só está acessível através decruzeiros ou veleiros pessoais muito bem equipados etripulados. Se você não tiver um perfil Pedro Álvares Ca-bral e Amyr Klink, recomendamos tomar um navio pro-fissional que pode partir de Punta Arenas, no Chile, ouUshuaia, na Argentina, dependendo do itinerário. Pa-ra chegar em Ushuaia ou Punta Arenas, as conexõespartem de Buenos Aires e Santiago.
PELO ARAerolineas Argentinas: faz São Paulo–Buenos Ai-res–Ushuaia, mas deve-se trocar de aeroporto na capi-tal argentina, o que é um incômodo.www.aerolineas.com.ar / 0800-7073313Lan: faz São Paulo–Santiago–Punta Arenas. O aeropor-to de Santiago é o mesmo, então não há necessidadede deslocamento. www.lan.com / 2121-9000 (São Pau-lo) / 0800-7074377 (resto)
PELO MAROs Cruzeiros Australis:há quatro rotas em dois navi-os, o Mare Australis e o Via Australis, para três ou quatronoites. O itinerário é Ushuaia-Punta Arenas ou Punta Are-nas–Ushuaia. Os navios são bem recentes, um de 2002(Mare Australis) e o outro de 2005 (Via Australis). www.aus-tralis.com / (54/11) 4325-8400 / Fax: (54/11) 4325-7200
ONDE FICAREm Buenos Aires:o Hotel Loi Suites Recoleta é de lon-ge o melhor e mais bem localizado da rede Loi Suites.Fica no centro do bairro mais agitado de Buenos Airese próximo das melhores atrações da cidade.www.loisuites.com.ar / (54/11) 5777-8950 (inglês ou espanhol)Em Ushuaia: para quem não abre mão do luxo, o hotelLas Hayas é o chique de Ushuaia. Por outro lado, exis-tem diversas pousadas mais acessíveis, como a Pousa-da Linares, pertíssima do porto.Las Hayas:www.lashayashotel.com / (54/2901) 430710Pousada Linares: www.interhabit.com
CHEGAR LÁ COM PACOTEAs empresas de turismo oferecem o pacote completo. Épegar e só se preocupar em chegar a tempo no aeroporto.
InterpointCruzeiro de cinco dias, nos navios Via Australis ou Ma-re Australis, saindo de Punta Arenas a Ushuaia. Refei-ções e bebidas a bordo inclusas, assim como parte aé-rea e traslado. A partir de U$ 2678 por pessoa, excetoem Réveillon.Na Interpoint: (11) 3087-9400 / www.interpoint.com.br
FenixturCruzeiro de cinco dias, no Via Australis, saindo de Us-huaia para Punta Arenas. O pacote inclui as passagensaéreas, traslados e estadas de uma noite em BuenosAires e Santiago. Em abril, os preços variam entre U$2118 e U$ 2468, por pessoa, em cabines duplas.Na Fenixtur: (11) 3255-4666 / www.fenixtur.com.br
Magalhães,que teria notado uma semelhança entre os nativos e uma criatura fictícia
de um romance espanhol,chamada Patagón.Assim foi batizada a Patagônia.As ativi-
dades do cruzeiro incluem aulas de nós de marinheiro,aulas de coquetéis,filmes,pa-
lestras e a noite de karaokê,cujo embalo foi literalmente sacudido pelos chacoalhões
do barco,em uma única noite de mar atormentado.Outra paisagem inesquecível:eu-
ropeus de meia-idade botando pra quebrar.
Não se chateie se as condições climáticas intervierem nos passeios.Alguma saída
pode ser suspensa se o vento estiver muito forte,ou as correntes não permitirem a
saída dos botes.No meu caso,a visita à Ilha Madalena foi suspensa,e os pingüins fi-
caram a ver navios.Ainda assim,não há como negar:os longos dias de expedição e
as noites tranqüilas,que balançam o navio como um berço,colocam o viajante em
contato com o espírito da Patagônia.A jornada cara a cara com a paisagem gelada
e deslumbrante que um dia talvez não exista mais como é hoje,ficará para sempre
em sua memória.E certamente será boa história para seus netos e bisnetos.
Ao lado, um grupo de pingüins-de-magalhães. Ao alto, um aspecto da salade estar do navio. O bar, acima, é o ponto de encontro dos turistas maissociáveis, sedentos por drinques preparados com gelo glacial. Abaixo,nosso grupo visita uma praia onde biquínis e sungas seriam impensáveis
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Espaçoeidéias
46 47 C Y R E L A
Com a técnica a serviço da
criatividade épossível aplicar
imagens onde asua imaginaçãopermitir – e até
um pouco maisIMPRESSÕESDIGITAIS
O quarto de Brunete Fraccaroli, comsua própria imagem ampliada: primeira
experiência da decoradora usando aimpressão de fotografias digitais
Acima, loft decorado por BruneteFraccaroli para um cineasta, comimagens impressas em vídeo.Abaixo, cadeira Pregos & Pelúciarevestida em fórmica, criadapor Gina Elimelek, da Tergoprint
Já imaginou ter em casa uma cortina com a foto de sua última viagem aos Alpes?
Ou um grande painel com a sua cara emoldurando a cabeceira? O amor ao seu
gatinho de estimação eternizado em almofadas? Tudo isso – e muito mais – é reali-
dade na era da fotografia e da impressão digitais.Em tecidos,no piso,em móveis,vi-
dro e uma série de outros materiais,é possível imprimir o que a criatividade ou o de-
sejo permitirem.As mesmas técnicas que ampliam imagens em campanhas publici-
tárias são usadas com cada vez mais freqüência em projetos de decoração.
A designer de interiores paulistana Brunete Fraccaroli é uma das pioneiras no uso da
impressão em seus projetos.Tudo começou quando ela recebeu a visita da empresária
Gina Elimelek,que a apresentou algumas possibilidades em panos e papéis.“Achei ma-
ravilhoso,e perguntei a Gina se era possível explodir as imagens,torná-las grandes,para
que invadissem as paredes,o chão,o teto”,conta Brunete.Diante da resposta afirmativa,
a decoradora fez sua primeira experiência: ambientar o próprio quarto com a própria
imagem,ampliada três vezes na parede de cabeceira.Deu tão certo que nascia uma par-
ceria de sucesso e idéias originais.“Brunete é minha madrinha”,diz Gina,sócia da Ter-
goprint com o marido Eduardo Oliveira,ambos incansáveis na busca de soluções e de-
senvolvimento de novas técnicas de impressão.A empresa,que nasceu como um labo-
ratório para atender o mercado publicitário,voltou o foco para a decoração e tornou-
se ponta de lança de tendências,técnicas e idéias.
TRADUÇÃO DA ALMA“Não há limite.Vamos até onde a criatividade permite,e isso não é pouco”,diz Gina
Acima, sala de almoço com morangosgigantes e, ao lado, quarto de casalcom imagem de olho, ambos projetosde Brunete Fraccaroli. Abaixo, pufecom HQ impressa em couro eacetato, iluminado por dentro: idéiade Fabrício Peres, da Signmaker
Acima, erva aromática impressa emvidro e fórmica, em projeto de PatríciaSerralha, que também assina o quartoao lado. Abaixo, sala de jantar eadega de Sandra Picciotto, compainel impresso em papel laminado
O ambiente monocromático recebeinterferências em tons vermelhos,com peças garimpadas em lojasde design e antiqüários ou criadasespecialmente para este projeto
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Quando a arquiteta Sandra Picciotto foi encarregada de decorar o apartamen-
to de cobertura recém comprado por um jovem casal no edifício Le Jardin,
empreendimento da Cyrela no Alto de Pinheiros (SP),precisava resolver uma equa-
ção. Os donos da casa queriam um ambiente claro, clean e contemporâneo. Ao
mesmo tempo, não abriam mão de ter, em seu canto, elementos tradicionais que
lembrassem o oriente, uma de suas paixões.“Minha filosofia é traduzir a persona-
lidade do cliente”, diz Sandra.“É importante que se sinta à vontade dentro do es-
paço desenhado para ele”. Depois de muita troca de idéias, a arquiteta partiu pa-
ra a execução do projeto, reunindo o melhor do design brasileiro a peças de esti-
mação do casal – como esculturas étnicas e objetos comprados em antiquários.
A “interferência” do orientalismo – ora nipônico, ora chinês – contrasta com o
branco, predominante em todo o projeto.A sala de estar, conjugada com a de jan-
tar, representa bem essa mistura de estilos.Nas duas extremidades do ambiente, fi-
guram a cor escura da madeira e o vermelho da laca, tons repetidos na mesa de
centro e nas poltronas.Há pouco uso de outras cores.Dominam as telas monocro-
máticas e objetos em branco – como o sofá e as luminárias Peixe,em papel de ar-
roz, desenhadas por Francisco de Almeida para a Firma Casa.
Esta linha de pensamento percorre todo o local. No quarto do casal, por exem-
plo, temos um ambiente quase todo branco,“quebrado”pela presença de uma be-
la cômoda chinesa ao lado da cama.A sala de almoço também é monocromática
(atenção para o lustre Ice, desenhado por Andreza Seabra e Andréa Posmik para
La Lampe), com detalhes vermelhos nas louças. Na parte superior do apartamen-
to, área de lazer onde foi instalado o home theater, Sandra continua trabalhando
com os mesmos tons sóbrios.Mas se dá ao luxo de apimentar o projeto com um to-
que de humor – que chega com os personagens da família Simpsons, imitando a
pose de astros do rock´n´roll na capa da revista Rolling Stone.
ORIENTALTOQUE
Em projeto de decoração de umapartamento paulistano,SandraPicciotto une o ultramoderno àtradição nipônica e chinesa
P O R S E R G I O C R U S C O
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Espaçoeidéias
54 55 C Y R E L A
Detalhes: aolado, o quarto
clean. Abaixo, asala de estar,os divertidos
quadrinhos dosSimpsons na área
de lazer e a salade almoço:
coerência nouso de cores
O projeto reúne o melhor do design brasileiro e objetos
Garfo e taçaO MELHOR DA GASTRONOMIA E DICAS PARA A COZINHA
P O R R I C A R D O C A S T I L H O *
ROCCHE DEI MANZONIBIG D`BIG 1999BAROLO, ITÁLIA Vinho completo, complexo e elegante. Seusvinhos provém de 40 hecatres de vinhedosplantados em Monforte d’Alba. Sua adega émoderna e a paixão do vinhateiro por suaterra e seus vinhos é expressa em cada gar-rafa. Chega ao Brasil em grande estilo. Im-portado pela Interfood.
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GOUVYAS 2003BAGO DE TOURIGAALENTEJO, PORTUGALVinhas velhas, com mais de 40 anos, dão origem a essetinto, elaborado com Touriga Nacional, Touriga Francae Tinta Roriz. A vinificação foi feita em lagares, o vin-ho não foi filtrado e estagiou em barricas de segun-do e terceiro uso. Com uma cor concentrada, tem aro-mas de frutas vermelhas confitadas e notas de vio-letas. Na boca, um vinho denso e com estrutura, com14% de álcool. Importado pela Adega Alentejana.
OURO CÔA TOURIGANACIONAL 2000DOURO, PORTUGALElaborado apenas com a Touriga Nacional, o tintodestacou-se pelos aromas frutados e notas de vi-oletas. Na boca, com uma sensação de acidez baixae taninos macios, deixou a impressão de um veludomacio como os melhores vinhos de Merlot ou oscharmosos Malbec argentinos, sem o álcool exces-sivo. Importado pela Vinhas do Douro.
10 vinhos para você fazer a festa em grande estilo
garfoetaca.qxd 12/12/06 6:53 PM Page 70
FOTO
: TAD
EUBR
UNEL
LI
MEERLUST RUBICON 2000STELLENBOSCH, ÁFRICA DO SULUm vinho de corte bordalês com 70% de Caber-net Sauvignon, 20% Merlot e 10% Cabernet Franc.Tem um rubi brilhante, bastante concentrado, tani-nos firmes, macios e complexos. Envelhecido emcarvalho francês por 24 meses, tem 13,5% de ál-cool. Importado pela Paralelo 35.
PORTO VISTA ALEGREVINTAGE 2003DOURO, PORTUGALRico em cor, retinto, espesso. No retrolfatodemonstrou que o álcool ainda não está bemcasado com o vinho, mas o tempo saberá cuidardesse detalhe. Os sabores de frutas vermelhasficaram leves e de ligeira percepção, devido aocasamento com a aguardente de vinho pronun-ciada. Nos supermercados.
PORTO QUINTA DOVENTOZELO VINTAGE 2003DOURO, PORTUGALDe cor menos intensa, com aromas sutis defrutas frescas, mostrou ser um vinho ele-gante e complexo. Pode ser degustado jovem,pois tem potência para tal. No retrogostomostrou-se persistente. Importado pelaCasa Aragão.
LA MASSA IGT 2002TOSCANA, ITÁLIADo mesmo produtor do ícone e premiadís-simo Chianti Clássico “Giorgio Primo”, essetinto tem uma cor rubi brilhante, amplagama aromática o que lhe confere umacomplexidade. Potente, equi l ibrado comuma ótima acidez, 13,5% de álcool . Im-portado pela World Wine.
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BOLINHO DE BACALHAUP a r a 3 0 b o l i n h o s
550000 gg ddee bbaaccaallhhaauu ((jjáá sseemm ssaall,, ccoozziiddoo ee ddeessffiiaaddoo))
11 Tire a pele das batatas e amasse-as em uma bacia.22 Junte os demais ingredientes e misture bem. Enrole os bolinhos e frite no óleo bem quente. 33 Deixe os bolinhos secarem bem e sirva.
Garfo e taça
72 73 C Y R E L A
O MELHOR DA GASTRONOMIA E DICAS PARA A COZINHA
Énesta época do ano que o bacalhau é mais consumido no Brasil. Nas
mesas festivas o peixe é quase que presença obrigatória. Para que seu
prato fique perfeito, vale a pena algumas dicas e, claro, damos uma receita
clássica de bolinho de bacalhau.
Deixe o peixe de molho na geladeira,por no mínimo 48 horas.Troque a água
várias vezes.Em todas as trocas guarde um pouco da água.Na hora da próxi-
ma troca, acrescente sempre um pouco dessa água. Dessa maneira, o bacal-
hau fica sem sal,mas mantém o sabor original.
Ao cortar o peixe,não se esqueça de retirar a sua espinha central.Já a pele
e as demais espinhas são retiradas depois que o bacalhau ficou de molho.Fi-
ca muito mais fácil de manuseá-lo.
Na hora do preparo,não deixe o bacalhau ressecar,use sempre muito azeite,
de preferência extravirgem.
Para desfiar, depois de fervido, coloque o bacalhau enrolado em um
guardanapo e bata-o na pia.
BACALHAUÉ HORA
DEFO
TO: A
NTÓN
IORO
DRIG
UES
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Em busca de refúgio da onda de
rodízio de sushi que tem invadi-
do a cidade? Farto de temakis de sal-
mão e gyosas à vontade? Pois existe
um número na rua Mário Ferraz, nos
Itaim Bibi, que combina iguarias da
mais refinada cozinha japonesa com
um ambiente moderno e um menu
degustação com inclinações france-
sas. Lula defumada com alevinos e
barbatana de tubarão,camarão ao mo-
lho de laranja,filhotes de enguia com
flor de cerejeira, hot roll de centolla
com aspargos e shimeji - esses são al-
guns dos pratos que aguardam pala-
dares refinados no Shundi & Tomoda-
chi, que completa em janeiro o seu
terceiro ano de vida sob a administra-
ção do cineasta Enzo Barone.
A casa acaba de inaugurar uma no-
va fase,com a saída de Shundi Kobayas-
hi e a ascensão de seus aprendizes Ko-
ji Yokomizo e Ronaldo Imae ao posto de
sushimen.Sob o comando dessas novas
mentes criativas e com a ajuda de Ele-
nildo Ramos Lima,que prepara os pratos quentes,os clientes podem se deliciar nos me-
nus degustação que incluem excêntricos frutos do mar,como o iidakô,um minipolvo
vermelho levemente temperado que se come inteiro, ou barbatanas de tubarão com
textura delicada.A comida faz o queixo de qualquer um cair no shoyu.
O que começou como um festival de iguarias exóticas, em novembro, acabou in-
corporado ao cardápio. Entre elas, destaque para a vieira com enguia e caviar, que
desmancham na boca num perfeito equilíbrio entre a acidez da enguia e o sabor su-
ave da vieira. As degustações saem em torno de R$ 100 por pessoa.Dica: procure re-
servar antecipadamente uma das mesas particulares no fundo do restaurante, com
tatame e almofadinhas (almofadas pequenas,que fique claro).Não se esqueça de ti-
rar os sapatos,antes de entrar,e o chapéu,depois que sair!
Bruno ChristiansenRestaurante Shundi & TomodachiRua Dr. Mário Ferraz, 402 – Itaim BibiTel. (11) 3078-6852
OPark Hyatt de Mendoza, na Argentina, um dos hotéis mais
aconchegantes da América do Sul, está organizando a
primeira edição do Master of Food & Wine.Trata-se de uma su-
perfeira de vinhos e alta gastronomia,com a participação de al-
guns dos melhores chefs da atualidade.A data marcada,entre 15
e 18 de fevereiro,é ideal para quem não gosta de sambar.Expli-
ca-se:é quando acontece o Carnaval.Além de visitar as melhores
vinícolas da Argentina, serão feitos diversos encontros gas-
tronômicos.Estarão presentes feras como o inglês Craig James;
o americano Todd English; os argentinos Francis Mallmann,Fer-
nando Trocca, Luis Acuña e Paola Carosella; o peruano Coque
Ossio,o mexicano Ernesto Ruiz e do australiano Andrew Orms-
by. Do Brasil estarão participando os franceses Emmanuel Bas-
soleil e Pascal Valero.A programação completa e os preços dos
pacotes você pode conferir em www.mfandw.com.ar
JAPONÊS DE TIRAR O CHAPÉU
VINHOSNO CARNAVAL
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SocialJá
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P O R S E R G I O C R U S C O | F O T O S T H I A G O B E R N A R D E S
Conheça a história de um sonho transformado em realidade: oferecer tratamentogratuito e de alto padrão a crianças e adolescentescom câncer
DOUT
ORES DA
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pequena Ingrid não perde a pose
e a vaidade.Fotografada por nossa
equipe na quimioteca do Grupo de
Apoio ao Adolescente e à Criança com Cân-
cer (Graac) pega emprestada uma mecha
de cabelos da voluntária Carolina Lopes,
para cobrir a cabeça nua,e posa sorriden-
te.No segundo seguinte,enfeza-se com a câ-
mera e desiste das fotos.É uma garota de 4
anos,e visita o Graacc,em São Paulo,para
mais uma sessão de quimioterapia,num es-
paço que,apesar do sofrimento de quem é
acometido pela doença,pode parecer um
salão de brincadeiras e diversão para o ob-
servador menos atento.
Garantir um tratamento de alto padrão,
digno e gratuito a crianças e adolescen-
tes de baixa renda é uma das metas do
Graacc.Salvar suas vidas é a principal.Nes-
se sentido,a instituição fundada em 1991,
e que sobrevive com donativos,está afina-
da com os números da Organização Mun-
dial de Saúde,que contabiliza as chances
de cura do câncer infantil em 70% – e ca-
minha lado a lado com a tecnologia de
ponta no combate à doença,no propósi-
to de ampliar essa porcentagem.Uma boa
equipe, recursos técnicos e dinheiro são
indispensáveis. Mas o que impressiona é
a vocação humanitária da instituição, a
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onde algumas cabecinhas nuas e alguns curativos nos fazem lembrar que aque-
le é um hospital.De trancinhas e roupa colorida,Fernanda aguarda para entrar em
uma consulta de acompanhamento.Aos 3 anos,teve uma leucemia diagnostica-
da.Hoje,aos 11,está curada (uma vez paciente do Graacc,a criança terá atendi-
mento assegurado ao longo da vida adulta).Fernanda tem sonhos de garota (“já
quis ser médica,mas passou; hoje quero ser cantora,mas minha avó diz que eu
não tenho voz”),é aluna aplicada (“a professora disse que sou a melhor da clas-
se”) e dona de um temperamento forte (“uma enfermeira daqui me apelidou de
´Fernandinha Pikachu´ – eu era muito invocada,hoje sou mais calminha”).
Em meio a brincadeiras e algazarra,no espaço colorido e muito bem apa-
relhado com brinquedos e livros,a avó de Fernanda,Joana Darc de Souza,con-
versa com mães e voluntárias em volta de uma bancada instalada na brinque-
doteca.Ali elas mexem com as mãos,aprendem artesanato e,principalmente,
dão apoio uma à outra.Áurea Carvalho Fernandes tem um semblante tranqüi-
lo,apesar de,mais uma vez,viver o drama de ver seu filho em novo tratamen-
to contra o câncer.Rafael,de 17 anos,desenvolveu leucemia aos 11.Curou-se
no Graacc.A doença ressurgiu,mas Áurea não se curva.“A notícia é um deses-
pero, mas a ajuda que recebemos aqui é infinita, não há como descrevê-la.
Além do tratamento excelente, eles dão todo o suporte psicológico e espiri-
tual.Nunca vi um hospital como esse,nem sei se existe um igual em outro lu-
gar do mundo.Por isso,temos fé”,diz a mãe de Rafael,garoto que planeja pres-
tar o vestibular para Fisioterapia.
Maria Tereza Vinhaes Cavalheiro,voluntária de plantão, interrompe o papo
com as mães – e o trabalho com um novelo de lã – para conversar conosco.
“Há sete anos,uma amiga me chamou aqui para contar moedas.Cheguei ‘no
susto’ e, quando me dei conta, já estava envolvida. Eu me perguntava: ´Será
que tenho algo para dar?´ Minha principal missão aqui é apoiar as mães,con-
fortá-las, mas hoje sei que recebo muito mais do que posso oferecer. Minha
vida mudou, não reclamo mais do que não tem importância. Elas, com um
problema tão sério na família, não reclamam, têm uma coragem impressio-
nante.Espero,com isso,me tornar uma pessoa melhor”,diz Maria Tereza,que,
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Acima, Fernanda Santos, de 11 anos, que foi curada de leucemiano Graacc. Na página ao lado, Lea Mingione, uma das
fundadoras da instituição, na brinquedoteca do hospital
força de quem se empenha na luta pa-
ra oferecer o melhor – física e espiri-
tualmente – a quem precisa.
“O câncer desestrutura uma família.
Por isso,todo apoio é necessário”,diz Lea
Della Casa Mingione, superintendente
do voluntariado do Graacc e personali-
dade comprometida no combate à do-
ença há mais de 30 anos,depois de en-
frentar três perdas: a mãe e duas irmãs,
todas jovens.“Eu tinha uma situação fi-
nanceira boa e tempo livre.Por que não
me dedicar a isso?”,diz Lea,que foi vo-
luntária do Hospital do Câncer,fundado
por Carmen Prudente nos anos 50.
No começo de sua trajetória,Lea de-
parou-se com cenas humilhantes e de-
sesperadoras:crianças em sessões de qui-
mioterapia nos corredores de um hospi-
tal,sentadas em banquinhos,e mães obri-
gadas a deixar seus filhos sozinhos no lei-
to de morte porque o horário de visita já
havia terminado.“Muitas voltavam no dia
seguinte e as crianças já não estavam lá”,
diz.Empenhada em mudar esse quadro
dantesco (hoje há leis que garantem a
presença da mãe em tempo integral no
acompanhamento das crianças interna-
das),Lea brigou por um tratamento mais
humano para pacientes e suas famílias.
Sonhava com um hospital.Mais do que
isso: um centro de excelência e referên-
cia no tratamento do câncer infantil.
HISTÓRIAS DE CORAGEM“Eu me divirto bastante quando venho
aqui.Tem uns andares que eu não gosto
de ir,mas conheço muitas pessoas e to-
das são legais comigo”,diz Fernanda de
Souza Batista Santos,de 11 anos.Estamos
na Brinquedoteca Senninha do Graacc,
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Nunca vi um hospital comoesse, nem sei se há outroigual no mundo
ÁUREA CARVALHO FERNANDES,MÃE DE UM PACIENTE DO GRAACC
além de trabalhar na oficina da brin-
quedoteca, coordena o grupo de vo-
luntárias que costura para o hospital e
faz a triagem das doações de objetos,
vendidos num bazar na casa ao lado.
NO MÍNIMO, O MÁXIMOLea Mingione,em conversas com o pe-
diatra Sergio Petrilli e com o engenhei-
ro Jacinto Guidolin,há 15 anos,colocou
a pedra fundamental do Graacc numa
casinha “caindo aos pedaços”,em fren-
te à Escola Paulista de Medicina,no bair-
ro de Vila Clementino.Mesmo reforma-
da,a casa ficou pequena e o imóvel ao
lado foi anexado.Logo o espaço não da-
va conta de atender a todos os pacien-
tes. Já havia a idéia de se construir no
terreno um hospital de três andares,al-
go modesto,com doações captadas por
Lea entre amigos e empresários.Quan-
do,no fim dos anos 90,um executivo do
McDonald´s, Gregory Ryan (ligado ao
Instituto Ronald McDonald),conheceu
o trabalho do Graacc,apaixonou-se por ele e reservou uma boa fatia da arrecadação do
McDia Feliz daquele ano para alavancar a construção do hospital.Já não se falava mais
em três andares,mas em 11, levantados em 1998,com o apoio de diversas empresas e
de profissionais liberais que ofereceram seu talento.
Hoje o Graacc faz cerca de 1.600 consultas médicas, 3.300 processos ambulatori-
ais e 80 cirurgias por mês.Seus serviços incluem quimioterapia,consultórios especia-
as, UTI,TMO (transplante de medula óssea), centro cirúrgico, centro de diagnóstico
por imagem e laboratórios,além da área de suporte (brinquedoteca,reabilitação,pró-
tese e controle da dor).Como se não bastasse,funciona no hospital uma unidade de
escola móvel,certificada pelo Ministério da Educação,para que os pacientes em pe-
ríodo escolar possam continuar seus estudos caso estejam longe de suas escolas.
O hospital tem capacidade para atender todos os pacientes gratuitamente, indepen-
dentemente de possuírem ou não convênio médico ou seguro-saúde.“Nesta porta nun-
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ca haverá uma catraca”, afirma Sergio
Petrilli, superintendente geral do hospi-
tal.E não estamos falando apenas da po-
pulação da Grande São Paulo.O hospital
tem capacidade de receber pacientes de
outras cidades,e acomodá-los conforta-
velmente na casa de apoio recém-inau-
gurada no bairro do Planalto Paulista,er-
guida em terreno doado pelo Governo
do Estado de São Paulo.São 31 suítes pa-
ra pacientes e acompanhantes.
“Esta casa é a menina dos meus olhos”,
diz Lea Mingione, sem disfarçar a emo-
ção.“Quando a projetamos,cheguei a ou-
vir opiniões do tipo ´vamos usar caqui-
nho de cerâmica no piso,que é mais ba-
ratinho´. Nada disso! Não queremos o
´mais ou menos´. Queremos o melhor
para nossas crianças.”Atitudes como es-
sa ajudam a manter vivo o sorriso da pe-
quena Ingrid,e de centenas de pacien-
tes atendidos e curados pelo Graacc.
Larissa Mayumi tem aulade Matemática com AmáliaCovic, coordenadora daEscola Móvel do Graacc
O Graacc em números
1.600 consultas médicas por mês
3.300 processos ambulatoriais por mês
80 cirurgias por mês
140 pacientes e acompanhantes atendidos por dia
320 voluntários trabalhando no hospital
100 voluntários em trabalhos externos
PARA COLABORAR COM O GRAACC
Ligue: (11) 5908-9100
Ou acesse o site: www.graacc.org.br
PARCEIROS DO BEM
Manter um hospital de excelência como o Graacc funcionando gratui-
tamente não exige que se mate um leão por dia, mas um bando deles.
Cerca de 40% da verba necessária vêm do Sistema Único de Saúde (SUS)
e de convênios. Os outros 60% vêm da sociedade e da iniciativa privada.
O Graacc precisa de R$ 28 milhões anuais para existir, e uma das estraté-
gias de captação de recursos é manter uma carteira de sócios mantene-
dores constantemente renovada, investindo em telemarketing e lançan-
do campanhas para motivar mais doações. Outra é buscar parcerias com
empresas e institutos em grandes ações de arrecadação. O McDia Feliz,
do Instituto Ronald McDonald, que beneficia diversas instituições de
apoio à criança com câncer Brasil afora, é uma das iniciativas mais popu-
lares. Em 2006, a equipe do Graacc vendeu 220 mil tíquetes de Big Mac
emitidos pela rede de lanchonetes, sem contar a colaboração de quem
foi até o McDonald´s espontaneamente comprar seu sanduíche.
Há várias outras empresas dedicadas à causa, como o Sindicato das Em-
presas de Garagens e Estacionamentos do Estado de São Paulo (Sinde-
park), que há seis anos, sempre num dia do mês de setembro, promove a
Manobra da Alegria, doando parte do faturamento para o Graacc. Marce-
lo Gait, vice-presidente jurídico do Sindepark, e diretor comercial da rede
de estacionamentos Ico, lançou a idéia entre a categoria, recebendo apoio
imediato. A Manobra da Alegria não se limita a buscar dinheiro, mas difun-
de, por meio de panfletos, a campanha pelo diagnóstico precoce (uma das
principais bandeiras de quem combate o câncer infantil) e incentiva a ade-
são de novos sócios mantenedores para a casa. “A manobra é um suces-
so, atinge cerca de 400 estacionamentos por ano, e com ela já consegui-
mos arrecadar R$ 500 mil. Os manobristas também se entusiasmam, e mui-
tos deles já se transformaram em sócios do Graacc, doando a quantia que
podem”, diz Marcelo. “Cada real que arrecadamos é importante, cada pes-
soa física ou jurídica que conquistamos como parceiro é uma vitória. E
quem doa pode ter certeza de que 100% desse dinheiro serão destinados
ao bem”, diz Tammy Allersdorfer, gerente institucional do Graacc.
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1 - Adriano Oliveira Cardoso recebe seu prêmio
no Central Park Mooca 2 - Andréa Asato e
Marcelo Issao, ganhadores de um apartamento
decorado no Central Park Mooca 3 - Eloá
Brunhani e Henry Serigatto conferem o
apartamento decorado que ganharam no Central
Park Mooca 4 - Garota participa do sorteio na
Mooca 5 - O casal Valeska e Marcos Assumpção
em frente ao Condomínio Atmosfera 6 - Lucila
Atticciati e Gabriel Atticciati Prata na festa do
Atmosfera 7 - As irmãs Livia, Liana e Liara
Montemor comemoram a entrega do Condomínio
Atmosfera, na Vila Olímpia 8 - Fachada
iluminada do Atmosfera 9 - Mirlane Machado
e Ivan Mattos visitam o estande da Cyrela no
Anhembi 10 - Tatiana Navajas e Ana Lívia B.,
recepcionistas da Cyrela no Salão Imobiliário 11 -
Estande da Cyrela no Salão Imobiliário São Paulo
Os clientes da Cyrela tiveram mui-
tas chances de festejar e fazer bons
negócios nos últimos meses.A tempo-
rada de eventos começou com a parti-
cipação da construtora no Salão Imo-
biliário São Paulo (Sisp),em agosto,no
Anhembi.O estande da Cyrela teve gran-
de visitação e chamou a atenção dos
visitantes da feira pelo bom gosto de
sua decoração e pelo atendimento pres-
tativo dos corretores de plantão.Em ou-
tubro,a festa ocorreu nos endereços dos
empreendimentos Cyrela em São Pau-
lo. No dia 22, compradores de aparta-
mentos do Central Park Mooca concor-
reram a unidades decoradas de 115,157
e 202 metros quadrados,numa tarde de
sorteios que premiou três famílias. Os
proprietários de apartamentos do Flo-
rae Aclimação comemoraram a escri-
turação de seus imóveis no dia 29.Em
seguida, foi a vez de estourar a cham-
panhe em grande estilo na entrega das
unidades aos condôminos do edifício
Atmosfera Vila Olímpia, brindando a
chegada ao novo lar.
BONS NEGÓCIOS
TEMPORADA DE
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12 - Os anões Dengoso e Zangado
receberam a garotada no Florae Aclimação
13 - As crianças foram recebidas com
brincadeiras no estande do Florae
Aclimação 14 - Andréa e Maurício Miyasaki
(sentados), Maria Beatriz Salcedo e Marcos
Zuck fazem um brinde no estande do Florae
Aclimação 15 - Celina Oliveira, Paulo
Rogério Oliveira e os filhos Victória e
Otávio no estande do Florae 16 - Clientes
conferem as maquetes do Florae Aclimação
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1 - Betty Fromer e Décio Tozzi, vencedor em três
categorias e em uma menção honrosa 2 - Luiz
Eduardo Índio da Costa, que ganhou em projetos
Especiais com o projeto Orla Rio, com Gianfranco
Vannucchi, menção honrosa 3 - Fábio Rossini
e Carlos Bratke, premiado em Edifícios
Institucionais 4 - Fernando Prata, a arquiteta
Márcia Lima, o presidente Ronaldo Rezende e
Fernando Pinheiro 5 - Alberto Botti e Betty
Birger, da AsBEA, com Roberto Aflalo, vencedor
na categoria Edifício de Serviços 6 - Márcio
Kogan, na foto com Clarissa Schneider, ganhou
em Residências, com o projeto Casa Pacaembu
AAssociação Brasileira do Escritóriosde Arquitetura (AsBEA) reuniu a
nata da arquitetura nacional no Buffet LaLuna para conceder a quarta edição deseu esperado prêmio aos melhores profis-sionais e escritórios de 2006. Décio Tozzifoi o grande vencedor pelo conjunto desua obra,levando ainda prêmios em maisduas categorias. Ronaldo Rezende, presi-dente da entidade,festejou a nacionaliza-ção do prêmio que se tornou uma das maisimportantes da área.“Essa edição foi mar-cada pela presença de escritórios de esta-dos que até então não participavam”,dis-se satisfeito com a consolidação do Prê-mio em todo país.
O MELHOR DA ARQUITETURA
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LIVRO
C a r a v e l aNAVEGUE PELA CULTURA: LIVROS, CINEMA, TEATRO, EXPOSIÇÕES...
85 86 C Y R E L A
ORio de Janeiro era a cidade mais efervescen-
te do país nos anos 1960. Entre os governos
de JK e Jânio Quadros, os cariocas se divertiam
em bailes de Carnaval, tardes de futebol e fes-
tas intermináveis. É nesse cenário que se desen-
rola a trama de Ao Som do Mar e à Luz do Céu
Profundo, terceiro livro de ficção do jornalis-
ta, compositor e produtor musical Nelson Mot-
ta. Como é de se esperar, esse é para ser lido
ouvindo música, quem sabe Maracangalha, de
Dorival Caymmi. “As músicas da época permei-
am a vida de todos da trama, os ricos e os po-
bres, os pretos e brancos, os americanos e bra-
sileiros”, diz o autor. O livro mostra a reviravol-
ta que a chegada de uma americana pode cau-
sar ao pacato bairro Peixoto, encravado na con-
E D I Ç Ã O : M A R T A B A R B O S A
NOVO LIVRO DE NELSON MOTTA É UMA VIAGEM AO RIO DE JANEIRO MUSICAL DOS ANOS 1960
tagiante Copacabana. Entre brotinhos e bal-
zacas, histórias de amor se desenrolam, com
suspense, erotismo e humor que já são carac-
terísticas do autor. A seguir, o próprio Nelson
Motta nos explica sua criação.
DO DOCUMENTAL NOITES TROPICIAIS AO FICCIONAL AO SOM
DO MAR E À LUZ DO CÉU PROFUNDO, PARECE QUE O BAÚ DE
RECORDAÇÕES AFETIVAS É O GRANDE PONTO DE PARTIDA DE
SEUS TEXTOS. A MEMÓRIA É MESMO SEU MAIS IMPORTANTE
INSTRUMENTO DE PRODUÇÃO LITERÁRIA?
Vivi Copacabana e o bairro Peixoto quando
tinha 16, 17 anos, num momento de vida de des-
cobertas e esperanças que marcaram a memó-
ria. Em Noites Tropicais, falo sobre a minha his-
tória na música. Isso foi a base, o resto foi o Go-
RioSOB O SOL
DO
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os objetivos desse gesto. A música está muito
presente na minha própria escrita, digo no rit-
mo, na sonoridade das palavras, nas cadên-
cias, isso tem grande importância para mim,
às vezes prefiro acrescentar um ou dois adje-
tivos (que sei perfeitamente desnecessários)
só para melhorar o ritmo e tentar levar o leitor
até o parágrafo seguinte. Na levada. García
Márquez diz que você tem de hipnotizar o lei-
tor, levá-lo numa cadência das palavras. Para
mim, mesmo que possa parecer excesso… é
swing. Minha prática como letrista de música
ajuda bastante. No novo livro, as músicas da
época permeiam a vida de todos da trama, os
ricos e os pobres, os pretos e brancos, os ame-
ricanos e brasileiros, cujas histórias de amor
se entrelaçam ao som de twist, bossa nova e
as últimas grandes marchinhas de Carnaval,
que seriam substituídas pelos sambas-enredo.
ogle. Se Balzac tivesse um Google, teria escri-
to uns 800 romances. No caso de Ao Som do Mar
e à Luz do Céu Profundo, o ponto de partida foi
o livro do Joaquim Ferreira dos Santos (1958 –
O Ano que Não Devia Terminar). Partindo da
época e do cenário fascinante, comecei a criar
os personagens e as tramas, usei fatos do co-
tidiano, das conversas com amigos e da leitu-
ra dos jornais (que também foram bastante
úteis nessa jornada). Gosto de aproveitar a fic-
ção para lidar com meus medos e minha igno-
rância. Nos processos de pesquisa e criação,
aprendemos sobre o passado e entendemos
melhor a época que vivemos.
SUAS HISTÓRIAS PARTEM DE OBJETOS CONCRETOS (FOTOS,
MÚSICA, ENCONTROS) OU SUA PARTICIPAÇÃO BIOGRÁFICA LI-
MITA-SE AO CONTEXTO DO ENREDO?
Minhas histórias surgem da minha vivência e
de aspectos da sociedade que considero inte-
ressantes para uma abordagem mais profunda.
Há muitos cenários da história em si que posso
considerar férteis para explorar cada tipo de es-
tilo literário. Nesse último livro que escrevi, es-
tava esperando a editora negociar alguns con-
tratos, mas muito tempo se passou e nada se re-
solvia, então decidi escrever outro romance. Des-
ta vez passado entre 1959/61 em Copacabana,
uma época rica de transição de JQ para Jango,
da capital do Rio para Brasília, da era do rádio
para a televisão, um momento de muitas trans-
formações na vida das pessoas que viviam no
bairro Peixoto, que não é um bairro, mas uma
pequena cidade do interior incrustada em Co-
pacabana. A música também me auxilia muito,
porque comporta em si o registro da época em
que foi criada, ainda que despida de letras.
COMO COMPOSITOR E PRODUTOR MUSICAL, VOCÊ ACREDITA
NO DIÁLOGO ENTRE MÚSICA E LITERATURA? CONSIDERA QUE
SEUS LIVROS SÃO UMA EXPERIÊNCIA NESSE SENTIDO?
Percebo, é claro, a distinção entre a linguagem
musical e literária, mas em linhas gerais, gosta-
ria de citar a necessidade que se tem de narrar
a música enquanto história linear e quais são
AO SOM DO MAR E À LUZ
DO CÉU PROFUNDO
NELSON MOTTA
EDITORA OBJETIVA R$ 30
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C a r a v e l aNAVEGUE PELA CULTURA: LIVROS, CINEMA, TEATRO, EXPOSIÇÕES...
88 C Y R E L A
No ano em que completa 70 anos, Mario Vargas Llosa nos presenteia com
um romance atordoado, desses que a gente devora com a insônia que
os escritores desejam para seus leitores. Travessuras da Menina Má é a his-
tória de um amor desencontrado (ou seria uma obsessão?) de um peruano
parisiense por uma mulher capaz de qualquer exagero perverso em nome
do seu sonho de liberdade, traduzido por um amante rico e uma vida sem
miséria. Travessura talvez seja uma palavra muito amena para o que de fa-
to a peruanita (que troca de identidade à medida que muda de marido e de
país) é capaz de fazer com o narrador, que nos confidencia os segredos de
uma relação sórdida. O texto de Llosa consegue a proeza de refazer nossas
interpretações (ora pena, ora raiva) com o talento de quem sabe que o fas-
cínio da literatura está em contar histórias. O bairro de Miraflores (em Lima),
Paris, Londres, Tóquio e Madri são o pano de fundo desse romance com gos-
to de viagem, que dificilmente ficará esquecido na prateleira.
MALDADES
FEMININAS
LIV
RO
S
Se você é do tipo que sempre espera o previsível e odeia quando não consegue
manter o controle sobre suas leituras, afaste-se desse livro. Agora, se abre os
olhos com desejo sempre que uma obra recebe a cunha de “estranha”, compre Sa-
yonara, Gangsters, o primeiro romance do japonês Genichiro Takahashi, um ex-dire-
tor de cinem a alternativo que figura entre os nomes da pós-moderna literatura do
Japão. Dá gosto o desprendimento literário de Takahashi, no alto dos seus 55 anos.
Não espere explicações muito precisas sobre esse texto. Como bem coloca Jonathan
Safran Foer (autor de Tudo se Ilumina) na contracapa, Sayonara, Gangsters é um
livro difícil de ser descrito. O máximo que se pode dizer é que trata da história de
um professor de poesia, que vive num futuro indeterminado onde as pessoas não
têm nomes, e que vê sua vida modificada de forma insana pela ação de um gru-
po terrorista conhecido como “Os Gangsters”. Numa narrativa fragmentada, aos
moldes da moderna literatura ocidental, Sayonara, Gangsters é engraçado e se-
dicioso. Deliciosamente moderno, para leitores em busca de surpresa.
LEITURA SEM CONTROLE
SAYONARA, GANGSTERS
GENICHIRO TAKAHASHI
TRADUÇÃO DE JEFFERSON
JOSÉ TEIXEIRA EDIOURO
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TRAVESSURAS DA MENINA MÁ
MARIO VARGAS LLOSA
TRADUÇÃO DE ARI ROITMAN E
PAULINA WACHT
ALFAGUARA
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PERUANO MARIO VARGAS LLOSA COMEMORA 70ANOS DE VIDA COM LIVRO INESQUECÍVEL
O INSTIGANTE E IMPREVISÍVEL TEXTO DO JAPONÊS GENICHIRO TAKAHASHI
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O Seguro Residencial Quality Protection oferece coberturas adequadas para que você possa contar commuitos benefícios em situações do seu dia-a-dia, tais como:
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C a r a v e l aNAVEGUE PELA CULTURA: LIVROS, CINEMA, TEATRO, EXPOSIÇÕES...
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Ocenário é Lisboa. A trilha é do grupo português Madredeus, cujos inte-
grantes até se arriscam como atores no elenco. A cantora Teresa Sal-
gueiro interpreta ela mesma e faz par romântico com Rüdiger Vogler, na tra-
ma em que o engenheiro de som Phillip Winter vai a Portugal para ajudar
seu velho amigo a concluir seu filme. Considerada a obra-prima de Wim Wen-
ders (mesmo diretor de Buena Vista Social Club, de 2000, e Asas do Desejo,
de 1987), O Céu de Lisboa é um filme de enquadramentos belíssimos e tra-
ma bem amarrada, o que resulta num convite a conhecer Lisboa por seus
sons. A trilha sonora, muito bem explorada no decorrer da história, combi-
na influências do fado com música erudita, e até bossa nova.
SONS DE LISBOA
O CÉU DE LISBOA
UNIVERSAL
R$ 40
FILME DE WIM WENDERS RECONSTRÓI A TRILHA MUSICAL DA CAPITAL PORTUGUESA
DV
D
DEIXE-SE LEVAR PELAS ONDAS MUSICAIS LATINAS COM JORGE DREXLER, ANDRÉS CALAMARO E GOTAN PROJECT
Quer mudar de ares, deixar um pouco de lado a
música do Hemisfério Norte e ouvir o que se tem
feito de bom por nossos vizinhos latino-americanos?
Uma deixa é começar pelo uruguaio Jorge Drexler, fa-
moso por ter ganhado o Oscar com a música-tema do
filme Diários de Motocicleta – interpretada, na sole-
nidade, por um exagerado Antonio Banderas (houve
quem o comparasse a Sidney Magal na ocasião). Drex-
ler é bem mais tranqüilo, nada tem do arrebatamen-
to latino. Se fosse brasileiro, diríamos que ele conti-
nua refazendo seu xodó com muito amor no novo ál-
bum, 12 Segundos de Obscuridad (Warner / R$ 36). De
Brasil, por sinal, há muito no CD: a reinterpretação
de uma música dos Titãs (Disneylândia) e a partici-
pação de Paulinho Moska, Maria Rita, Arnaldo Antu-
nes e instrumentistas verde-amarelos. É um som su-
ave, acústico, com toques de eletrônica e letras filo-
sóficas, perfeito para momentos de introspecção. Se
sua praia é a paixão, experimente Andrés Calamaro,
calejado ídolo do rock argentino, mas que, como bom
filho da beira do Prata, reverencia o tango no disco
Tinta Roja (Warner / R$ 35). Interpreta, com sua voz
rouca quase à Tom Waits, canções manjadíssimas: El
Dia que me Quieras, Mano a Mano, Por uma Cabeza...
Mas trata de relacionar o ritmo mais tradicional de
sua terra com estilos de outros países hispânicos, co-
mo o flamenco da Península Ibérica e o som de Cuba.
Tinta Roja serve de trilha sonora para momentos so-
litários e, não há como negar, tristes.
Agora, se seu espírito pede algo sofisticado e sen-
sual, não desista da latinidad e tente o novo CD do
grupo Gotan Project, Lunático (XL/Beggars / impor-
tado). A pegadinha aqui é a seguinte: os líderes do
Gotan de hermanos não têm nada, apesar de traba-
lharem basicamente com o tango e ritmos vizinhos,
misturando-os à eletrônica e criando um som irre-
sistível. Vivem na França e, antes de se fazerem pas-
sar por “argentinos expatriados em Paris”, já havi-
am lançado um trabalho como The Boys From Bra-
zil. A “brincadeira” com o tango gerou um dos gran-
des sucessos da música lounge no mundo. E os pró-
prios “pais da criança” aprovaram – tanto que esse
segundo álbum do Gotan inclui seções gravadas em
Buenos Aires, com músicos locais.
SERGIO CRUSCO
AO
SU
L D
O S
UL
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I ’m from Barcelona é a novidade da vez européia. Trata-se de uma
banda sueca (sim, ninguém do grupo é mesmo de Barcelona) com
nada menos que 29 integrantes, liderados por Emanuel Lundgren
(principal cantor e autor da maioria das letras). Essa turma faz um
som absolutamente fora das convenções, numa mistura de harmo-
nias, acordes e ritmos de dar gosto. Nada muito cabeça. O que Lund-
gren e sua galera apresentam no disco de estréia, Let Me Introduce
My Friends (importado), é um som festivo, alegre e pop, para ser ou-
vido enquanto dirige ou entre amigos.
SUECOPOP
LET ME INTRODUCE
MY FRIENDS
I’M FROM
BARCELONAEMI
(IMPORTADO)
UMA MISTURA FESTIVA DE HARMONIAS MARCAA ESTRÉIA DE I’M FROM BARCELONA
CDS
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C a r a v e l aNAVEGUE PELA CULTURA: LIVROS, CINEMA, TEATRO, EXPOSIÇÕES...
CD + DVD
Elis vive. Difícil resistir ao chavão, uma vez que,
quase 25 anos depois de sua morte (em 19 de ja-
neiro de 1982), a obra de Elis Regina ainda pulsa for-
temente. Está nas trilhas das novelas globais – As
Aparências Enganam, gravada em 1980 para o álbum
Saudade do Brasil, serviu de tema para as vilanias
de Bia Falcão em Belíssima; Alô Alô Marciano, do mes-
mo disco, foi usada na abertura de Cobras & Lagar-
tos. A voz da “Pimentinha” tampouco abandonou a
programação das rádios que se preocupam em to-
car música de boa qualidade. Continua no coração
dos fãs que nasceram e cresceram ao som de Upa Ne-
guinho ou Arrastão. Está nos iPods de uma geração
que nem havia nascido quando ela se foi, mas que a
cultua com paixão. No site de relacionamentos Orkut,
por exemplo, há dezenas de comunidades dedicadas
a Elis – a mais numerosa com exatos 176.017 mem-
bros, até o fechamento desta edição.
No que depender dos esforços de João Marcelo
Bôscoli, filho mais velho da cantora, esse número
crescerá substancialmente, à medida que os fãs já
podem ver e ouvir mais – e melhor – Elis Regina. Só
em dezembro, saem pelo selo Trama dois discos re-
mixados e remasterizados, mais um DVD restaura-
do. Vamos por partes... O primeiro lançamento é
uma caixa com o CD Elis (de 1980, o único trabalho
da diva gaúcha para a gravadora EMI), mais um
DVD com sua participação no programa Jogo da
Verdade, sua última entrevista para a televisão. O
outro projeto é a edição remixada de Falso Brilhan-
te, transportada para DVD áudio em sistema 5.1.
Se instaladas corretamente, as seis caixas de seu
home theater vão permitir que a obra seja ouvida
O RELANÇAMENTO EM DVD ÁUDIODE FALSO BRILHANTE, DE ELIS REGINA,REVIGORA SUA OBRA. MAS HÁ MUITOMAIS O QUE REDESCOBRIR PARA QUEM SEMPRE FOI FÃ DA ESTRELA, E PARA OSJOVENS QUE HOJE SE APAIXONAM POR ELA
Diam
ante
VER
DA
DEI
RO
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FALSO BRILHANTE – TRAMA – R$ 53
O grande “gancho” de Falso Brilhante, de 1976, é a
gravação de Como Nossos Pais, de Belchior, música
que revela a Elis roqueira e é amada até hoje pelos
jovens e nem tão jovens. Nesse repertório, ela tam-
bém se estende à canção latino-americana, muito
em voga na época, cantando os clássicos Los Herma-
nos (de Ataualpa Yupanqui) e Gracias a la Vida (de
Violeta Parra). Mas a grande jóia está justamente no
fim do disco: o dueto de Elis e seu então marido Cé-
sar Camargo Mariano, ao piano, em Tatuagem, de
Chico Buarque – faixa que dispensa qualquer
comentário. Curiosidade: o disco foi gravado
em apenas dois dias, em meio à temporada
do show de mesmo nome, sucesso absolu-
to – mais de um ano em cartaz no Teatro
Bandeirantes, em São Paulo. Elis o consi-
derava tecnicamente inferior. Coisas de
quem tinha a perfeição como meta.
ELIS – TRAMA – R$ 53
Mais um álbum intitulado apenas Elis, como vários
de sua discografia, ficou conhecido como “Trem Azul”
entre os fãs, por trazer a regravação da música lança-
da por Lô Borges no LP Clube da Esquina. Foi o último
disco gravado em estúdio por ela, em 1980, e dele ain-
da saiu o hit Aprendendo a Jogar, de Guilherme Aran-
tes. Os fãs mais dedicados preferem se lembrar desse
trabalho por causa da canção Rebento, de Gilberto
Gil. Originalmente um samba, Rebento virou um blu-
es inspiradíssimo nas mãos de César Mariano
e na garganta de Elis. Na nova edição, restau-
rada pela Trama, algumas faixas vêm com
preciosos segundos a mais, resgatados nas
fitas originais. E também arrepiantes ver-
sões a capela de O Trem Azul e Se Eu Qui-
ser Falar com Deus. Acompanha o DVD com
a entrevista da cantora no programa Jo-
go da Verdade, da Rede Cultura.
P O R S E R G I O C R U S C O
de maneira totalmente nova, com muito mais fres-
cor, profundidade e filigranas. No processo de res-
tauração de Falso Brilhante, partiu-se da fita ori-
ginal, e foram trabalhados canal por canal daque-
la gravação, liberando freqüências possíveis de se-
rem captadas nos estúdios de então, mas impossí-
veis de serem reproduzidas nos antigos toca-dis-
cos. “Os sons muito graves tinham de ser cortados
nas prensagens dos LPs, ou sua vibração faria a
agulha da pick-up pular”, explica João Marcelo.
O QUE VEM POR AÍA esses relançamentos somam-se o DVD áudio Elis
& Tom, restaurado pela Trama em 2004, e os DVDs
Ensaio (programa da TV Cultura) e Grandes Nomes
(da Rede Globo). Para um futuro que se espera pró-
ximo, João Marcelo quer colocar nas lojas, em DVD,
um documentário do encontro de Elis e Tom Jobim
realizado em Los Angeles em 1975, quando os dois
gravaram o disco que é um dos mais importantes
da música brasileira. Ainda há imagens do show
que a dupla fez no Brasil, logo após o lançamento
do álbum. Também está prevista uma caixa com
três DVDs, recheados com material que Elis gravou
para diversos especiais da Rede Bandeirantes de
Televisão (são imperdíveis seus encontros com Ado-
niran Barbosa e Rita Lee). E mais uma caixa come-
morativa com CDs, cujo repertório ainda não está
definido. Tudo isso sem falar no acordo entre a Tra-
ma (gravadora que João Marcelo preside) e a Uni-
versal (gravadora em que Elis atuou de 1965 a 1979),
prevendo a restauração de outros discos funda-
mentais da estrela. O que não é pouco.
“Elis gravou muito, era uma cantora que gostava
de trabalhar, para nossa sorte”, diz João. “E acredi-
to que sua música estará sempre viva – como a dos
Beatles, como a de Jimi Hendrix –, porque sempre ha-
verá gente interessada pela emoção humana. É uma
obra de valores eternos. Há os que não gostam. Mas
devemos perdoá-los por esse desvio de caráter.”
caravela.qxd 12/12/06 4:45 PM Page 93
DEVEDORES QUE SE OFENDEMVocês já repararam que as pessoas que devem dinheiro,favores ou até uma bobagem de um
convite para jantar fora,quando se vêem cobrados a retribuir,se ofendem? O sujeito que te-
ve a coragem e se sente íntimo o suficiente para pedir um favor ou dinheiro emprestado,na
hora de pagar fica com raiva daquele que na hora H mostrou-se prestativo e amigo de verda-
de.É com certeza um problema psicológico! Mas quem empresta não tem nada que ver com
isso.Está muito certo em cobrar.Antes pensar na relação de amizade de anos e anos do que
fingir que se ofende.
AMIZADESSe uma amiga sua,dessas que você considera mesmo,esquece de te convidar para o ani-
versário dela provavelmente por distração ou até intimidade demais,não vale a pena se abor-
recer.Amiga de verdade merece que você ligue de qualquer maneira,passe por lá,dê um
presente ou um abraço.Vale tudo,só não vale ficar ofendida.Afinal,você a tem como amiga
do coração,portanto,maior violência contra você mesma,seria ignorá-la.Se vivêssemos em
outro país,ainda vá.Na Europa não tem esse negócio de aparecer na casa da aniversarian-
te sem prévio aviso,pois todos têm de se organizar.Mas aqui,se você tem intimidade é só
combinar que está indo um dia antes e passar.Se remoer,jamais.
PRESENTES DE ANIVERSÁRIOVocês querem saber o que eu simplesmente detesto em aniversários? Esse sistema de “va-
quinha”.Trata-se de um costume que nem sei quem inventou,cujo objetivo era ser algo di-
vertido entre amigos,e se tornou um advento desagradável.Outro dia recebi um convite de
casamento em que os noivos sugeriam aos convidados o endereço de uma agência de tu-
rismo,onde comprariam a viagem de núpcias – queriam um cheque de presente,em bom
português.As vaquinhas à moda antiga eram mais sensíveis.Há sete anos,várias amigas se
juntaram e me deram um lindo jogo de copos,que eu mesma escolhi.No dia do almoço co-
memorativo,a pessoa organizadora da vaquinha mostrou para as amigas o presente com-
prado,e todas assistiram à entrega.Aí foi justo – quem pagou viu o que deu e quem ganhou,
recebeu um presente para se lembrar da data e das amigas queridas.
Acontece que a brincadeira se deteriorou. Imagine que as vaquinhas agora são em
dinheiro,e acontece que nem você que entrou com sua parte,nem a homenageada,sa-
be o que vai acontecer com o dinheiro.Não há um objeto comprado.O dinheiro é en-
tregue,assim,a seco.Provavelmente aca-
ba no Santa Luzia ou no Pão de Açúcar
e não resta uma lembrança do aniversá-
rio e das amigas empenhadas.
DISCURSOSTenho ido a muitos almoços de negóci-
os e ouvido vários discursos.Não é fácil
expor idéias.Mas noto diferença entre os
gêneros nessa tarefa.As mulheres discur-
sam pouco e quando fazem são rápidas
e objetivas.Não sei se por timidez ou por
percepção.Já os homens podem ser clas-
sificados em duas classes:ou são bárba-
ros – e poderia citar vários aqui – ou uma
tragédia.Não há meio-termo.Com os fan-
tásticos todo mundo se encanta.Com a
segunda classe,quando eles começam
a falar,você já sabe,pelo tom da voz,que
o suplício irá longe.O assunto inicia-se
lá na infância do cidadão,desde a che-
gada do avô ao Brasil,desembocando no
seu retumbante e atual sucesso.Esse tipo
não tem a menor objetividade,muito me-
nos semancol.E o pior,é que se acha tão
notável que crê estar hipnotizando a pla-
téia com tanto charme e graça.Se repe-
te,realçando suas próprias qualidades ou
entra num afã de cometer piadas sem pa-
rar.Peço a esse tipo de falastrões que se-
gurem sua vaidade e tenham compaixão
da platéia.Ninguém deve se julgar tão es-
petacular assim...
ALGUNS TEMASDELICADOS DO DIA-A-DIA
94 C Y R E L A
PontodevistaA A R T E D E C O N V I V E R
ALICE CARTAÉ PROMOTER E EMPRESÁRIA CULTURAL DAS
MAIS RESPEITADAS DO PAÍS E AUTORA DO LIVRONINGUÉM É PERFEITO, MAS PODE MELHORAR
Favores,amizade,vaquinhas entre amigos,discursos tediosos...Detalhes que podem pôr tudo a perder quando o assunto é elegância
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Ilustração mostraos seis prédios
do CondomínioMônaco com o mar
da Barra ao fundo
CyrelaAQUI VOCÊ ENCONTRA SEU IMÓVEL
Condomínios luxuosos com clubes próprios e serviçosexclusivos consolidam a expansão da construtora no Rio
96 97 C Y R E L A
de metros quadrados, oferece tantas
opções de lazer e diversão que seus
moradores dificilmente terão vonta-
de de sair de casa.E o melhor: se saí-
rem, têm tudo perto!
Morar na Cidade Maravilhosa, e ainda por cima num condomínio luxuoso e
em perfeita sintonia com a natureza exuberante do lugar, é o sonho de mui-
ta gente.A Cyrela escolheu regiões especiais da cidade para lançar seus novos em-
preendimentos. A Barra recebe os inéditos clubs résidences Saint Martin e Saint
Barth,uma verdadeira ilha de tranquilidade e opções de lazer na Península;e o Les
Résidences de Mônaco, em frente à praia e com facilidades como o beach servi-
ce, em que os moradores não precisam se preocupar em levar cadeiras e barracas
até a areia. Os três condomínios têm clubes: os dois primeiros dentro do terreno
de 780 mil metros quadrados, e o segundo com fácil acesso e grande proximida-
de. O empreendimento Paço Real, em frente à Quinta da Boa Vista, em São Cri-
stóvão, é outro bom exemplo de um feliz casamento entre a geografia e os mais
avançados conceitos de lazer e segurança em habitação.Os apartamentos têm vi-
sta para os 560 metros quadrados da rica natureza da quinta, lugar que a família
imperial portuguesa escolheu para morar quando chegou ao Brasil. O endereço
privilegiado também caracteriza o quarto lançamento da construtora no Rio,o Bel-
le Époque.Situado em Jacarepaguá,perto da Floresta da Tijuca,que tem 32 milhões
LES RÉSIDENCES DE MONACOAvenida Sernambetiba, 4350 – Barra da Tijuca - RJTel.: (21) 3311-1600
to,banho romano,ofurô,sauna e piscina semi-olímpica com três raias,
entre outras opções.
Na internet: www.ilesdelapeninsula.com.br
até ioga. Uma das novidades, a mini-
horta, promete cair nas graças de cri-
anças e adultos.A garotada,aliás,con-
tará com um completo complexo de
lazer que inclui playground, ateliê de
artes e de hobbies, cineminha, brin-
quedoteca, lan house, boliche e gara-
ge band.O conjunto arquitetônico tam-
bém terá espaços especiais assinados
por personalidades,marcas consagra-
das e profissionais.O spa foi criado pe-
la grife internacional Les Bains de L’Oc-
citane; o fitness center, pela Reebok;
espaço gourmet,por Flávia Quaresma;
adega,por Danio Braga; e home cine-
ma da Armazém Digital.Além das vá-
rias opções de lazer e da excelente lo-
calização, o Saint Martin oferece aos
moradores um serviço exclusivo Cyre-
Vista da piscina, sala de estar e sala de banhos do Condomínio Saint Barth
Perspectiva ilustrada de um dosedifícios do condomínio Saint Barth
Perspectivailustrada doedifício Grand Case,do condomínioSaint Martin
cadernocyrela_RIO.qxp 12/12/06 3:42 PM Page 99
CyrelaAQUI VOCÊ ENCONTRA SEU IMÓVEL
100 101 C Y R E L A
dos locais.Na capital do Rio Grande do
Sul,por exemplo,a parceira será a Gold-
sztein. O plano de expansão da Cyrela
também inclui novos empreendimentos
no Rio de Janeiro e duas novas praças
que em breve passarão a contar com
seus exclusivos condomíniosß.
CONTEMPORÂNEOAvenida Grécia, 1100– Porto Alegre
A região do Shopping Iguatemi é atual-mente uma das áreas mais valorizadas edesejadas de Porto Alegre,pois oferece de-sde lazer e gastronomia até natureza e paz,além de uma completa infra-estrutura deserviços. O contemporâneo ocupará umterreno de 7.600 metros quadrados a ape-nas 2 minutos do shopping.Uma alamedaarborizada separa o local reservado aoscarros e cria um caminho especial de aces-so às duas torres,que terão apartamentosde dois e três dormitórios com áreas pri-
Perspectiva ilustradada fachadada Torre B
do Contemporâneo
Construtora expande sua atuação para cinco novas cidades brasileiras por meio de joint ventures e parcerias
NOVOS SOTAQUES
Cada estado brasileiro tem sua pró-
pria identidade cultural, expres-
sa em vários hábitos,maneiras de ser,
pensar, agir e se comportar. Um dos
principais é a forma de morar,que re-
vela muito mais sobre a personalida-
de e as características de um povo do
que se pode imaginar. Foi privile-
giando essa forma de pensar e aten-
ta aos vários sotaques do nosso povo
que a Cyrela Brazil Realty planejou
seu plano de expansão pelo Brasil.A
empresa buscou parcerias e joint ven-
tures que permitissem um conheci-
mento profundo sobre os desejos e a
maneira de viver das cinco novas ci-
dades em que está lançando em-
preendimentos.Os moradores de Be-
lo Horizonte, Salvador, Porto Alegre,
Santos e Vitória agora contarão com
mais opções de moradia que aliam a
expertise da construtora a empresas
idôneas e já consagradas nos merca-
cadernocyrelaMG_RS.qxp 12/12/06 4:06 PM Page 100
vativas entre 66 e 81 metros quadrados.O design conceitual é de Marcio Curi &Azevedo Antunes Arquitetura; o projetoarquitetônico,de Elizabeth Pocztaruk Ar-quitetos; e o paisagismo de Evelise Von-tobel.Com fachadas em estilo contem-porâneo,o condomínio oferecerá pisci-nas para adultos e crianças,solarium,sa-la de jogos,quadra poliesportiva e doissalões de festas.Na internet:www.cyrela.com.brTel.: (51) 3341-3388
GRAND LIDER OLYMPUSFinal da Alamenda da Serra, junto ao Belvedere – Belo HorizonteO bairro Vila da Serra,em Belo Horizon-te, tem características que são o sonhode quem mora em grandes cidades:aces-so fácil às benesses urbanas e tranqüili-dade de interior.É lá que nasce o primeiroprivate condomínio de Minas, o Olym-pus, um projeto da Dávila Arquitetura.Nem terreno de 52 mil metros quadra-dos,o empreendimento terá,numa pri-meira fase,três torres distribuídas em doiscondomínios com suas próprias áreas delazer.No centro da construção,um lagocriado pelo projeto paisagístico de LuizCarlos Orsini,uma praça central de 4,5mil metros,campo de golfe e pista de coo-
per.O edifício Zeus terá apartamentos en-tre 517 e 1.127 metros quadrados,piscinasclimatizadas, piscina aquecida com raiade 25 metros e vista para a cidade,alémde outros espaços.Athena e Apolo, queocupam juntos um condomínio,abrigamunidades entre 244 e 559 metros quadra-dos.As áreas comuns incluem piscina aque-cida com raia de 20 metros com vista pa-norâmica para as montanhas, spa e qua-dra de tênis coberta,entre outros.Na internet:www.cyrela.com.brTel.: (31) 3264-9007
Vista panorâmica da sala de estar integrada à varadadas unidades exclusive double livings do edifício Zeus
Perspectiva ilustrada das fachadas das torres Athenae Apolo (acima) ; e a varandagourmet do Zeus
cadernocyrelaMG_RS.qxp 12/12/06 4:08 PM Page 101
VERDE
CyrelaAQUI VOCÊ ENCONTRA SEU IMÓVEL
O luxo de morar ao lado de um grande parque,como nas cidades mais charmosas do planeta
Quando algum poeta decidiu chamar os grandes centros urbanos de selvas de
pedra,o apelido pegou.Mas os que vivem em Nova York,perto do Central Park,
com certeza não compartilham da mesma opinião.Afinal,estão ao lado de um dos
parques mais belos e famosos do mundo – e orgulham-se dele.Os habitantes de Am-
sterdã que moram em torno do encantador Vondelpark também não precisam re-
clamar do visual hostil da metrópole (até porque não há nada de hostil na secular
arquitetura de Amsterdã).E o que dizer do magnífico Golden Gate Park,de São Fran-
cisco, onde se toma chá num autêntico jardim japonês ou se passeia por alamedas
em que foram plantadas todas as flores citadas na obra de Shakespeare?
Para sorte e luxo do paulistano,sua ci-
dade também está repleta desses oásis
verdes,tão charmosos quanto os das ou-
tras grandes cidades do planeta.Quem já
se acostumou a viver perto de um deles
dificilmente se adapta a outro lugar.Ter
uma área aprazível e bem cuidada a pou-
cos passos de casa é um privilégio do qual
não se costuma abrir mão.É o caso da de-
signer gráfica Marisa Corazza,sócia da em-
presa Marte Design e Criação.Ela nasceu
na Aclimação,chegou a morar durante al-
gum tempo em outro bairro, mas arre-
pendeu-se e voltou assim que pôde.De lá
para cá,mudou três vezes de endereço,
sem abandonar o reduto natal.Ao expli-
car sua paixão pelo pedaço,não hesita
em dizer a razão:“Ah,o parque!” É no Par-
que da Aclimação,de 118 mil metros qua-
drados,que ela caminha pelo menos três
vezes por semana,se livra do estresse e en-
O Parque da Aclimação é um dos mais charmosos e completosda cidade, para quem busca qualidade de vida e lazer
QUE TE QUERO PERTO
102 103 C Y R E L A
cadernocyrelaSPAV.qxp 12/12/06 3:58 PM Page 102
contra os amigos.“Além de lindo,é um lu-
gar completo para o lazer.Há espaço pa-
ra todos,para quem gosta de corrida,pa-
ra quem quer fazer aulas de tai chi chuan,
para as crianças”,diz a designer.
Outras qualidades da Aclimação são
citadas por Marisa:a proximidade ao cen-
tro da cidade e à Avenida Paulista,o comér-
cio variado,com bons serviços,e as feiras
livres,onde,adepta da alimentação saudá-
vel,compra frutas e legumes frescos.“Go-
sto do meu bairro porque ele mantém ca-
racterísticas tradicionais,é tranqüilo co-
mo uma cidade do interior,mas ao me-
smo tempo estou perto da moderninade.
Tenho o Shopping Paulista a poucos mi-
nutos de casa,e também o Shopping San-
ta Cruz,com ótimas salas de cinema,que
costumo freqüentar”,diz.Conheça os em-
preendimentos da Cyrela que estão sen-
do lançados próximos a áreas verdes co-
mo o Parque da Aclimação.
FLORAE ACLIMAÇÃORua Muniz de Sousa, 552Tel.: (11) 3275-0025
Localizado a 500 metros do Parque da
Aclimação, o novo empreendimento
da Cyrela e da Magik ocupa um terre-
no de 6.900 metros quadrados.O proje-
to inclui um exclusivo clube urbano
com praças das Águas, dos Aromas e
das Jabuticabas,três piscinas (incluin-
do uma coberta climatizada com raia
de 25 metros),pista de skate,fitness cen-
ter totalmente equipado, área para prá-
tica desportiva e quadra de tênis co-
berta, espaço gourmet integrado ao
salão de festas,spa e lounge juvenil,en-
tre outras opções.Nas noites de inver-
no, os moradores do Florae poderão
reunir-se ao redor de lareiras na Praça
do Fogo, local perfeito para conversas
ou para degustar um bom vinho. ParaPutting green
Perspectiva ilustradada fachada do Florae
quem precisa estudar ou trabalhar, foi
criado um recanto próprio, o Espaço
Cultural, onde é possível instalar seu
lap top,e onde os jovens poderão fazer
suas reuniões para trabalhos de esco-
la. O projeto arquitetônico foi realiza-
do por Marcio Curi & Azevedo Antu-
nes, a decoração por Gisela Bento
Gonçalves e o paisagismo por Benedi-
to Abbud.A fachada é em estilo neo-
clássico e os apartamentos tipo têm
quatro dormitórios de 193,28 metros
quadrados; as coberturas dúplex,
também com quatro quartos, contam
com 290,50 metros quadrados de área.
Conheça o decorado no local.
Na internet:
www.cyrela.com.br/florae
cadernocyrelaSPAV.qxp 12/12/06 4:00 PM Page 103
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AQUI VOCÊ ENCONTRA SEU IMÓVEL
Nada mais justo do que homenagear
Roberto Burle Marx (1909-1994),
um dos maiores paisagistas do mundo,
com um belo parque na cidade onde
nasceu,e em um bairro sofisticado co-
mo o Morumbi.A área de 138.270 me-
tros quadrados do Parque Burle Marx
foi inaugurada em 1995, e imediata-
mente tornou-se um dos redutos prefe-
ridos do paulistano que ama o verde.A
fauna de patos, cisnes, marrecos e pe-
quenos mamíferos do parque encanta
seus visitantes,bem como a flora natu-
ral do local e as espécies de plantas e
árvores introduzidas ali pelo próprio
Burle Marx, em mais um de seus gran-
des projetos paisagísticos. É um lugar
onde se respira ar puro e arte,já que al-
gumas esculturas do paisagista – que se
aventurava em diversas formas de ma-
nifestação plástica – estão expostas no
parque.É bem perto daqui que você vai
encontrar mais dois novos e exclusivos
empreendimentos Cyrela.
VENTANA PANAMBYRua Dona Helena Pereira de Moraes, 415Tel.: (011) 3776-7308A região do Panamby conta com 700 mil
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Valores em % realizadaS Ã O P A U L O
40 ATMOSFERA PENÍNSULA Península da Barra 4 100 75 5 Mar/08
41 FRONT LAKE Barra da Tijuca 2 e 3 100 Ago/08
42 GOLF VILLAGE São Conrado 4 100 90 40 Dez/07
43 GRAND LIFE BOTAFOGO Botafogo 4 100 100 45 25 7 15 1 Dez/07
44 LANAI Barra da Tijuca 2 90 25 Fev/08
45 LE MONDE HONG KONG Barra da Tijuca com 100 100 75 15 0 10 0 Dez/07
46 LE MONDE LONDRES Barra da Tijuca com 1 Ago/08
47 LE MONDE TORONTO Barra da Tijuca com 100 100 98 30 0 20 5 Ago/07
48 LE PARC - PLACE DE CONCORDE Barra da Tijuca 2,3 e 4 100 100 100 100 90 95 85 85 Fev/07
49 LE PARC - PLACE DES PYRAMIDES Barra da Tijuca 2,3 e 4 100 100 100 100 75 75 75 80 Fev/07
50 LE PARC - PLACE L´ ETOILE Barra da Tijuca 2,3 e 4 100 100 100 100 75 80 80 75 Fev/07
51 LE PARC - PLACE L´OPERA Barra da Tijuca 2 e 3 100 100 100 100 70 70 70 50 Fev/07
52 LE PARC - PLACE LA VILLETE Barra da Tijuca 2 ou 3 100 100 100 100 85 75 70 50 Mar/07
53 LE PARC - PLACE MONTMARTRE Barra da Tijuca 2 100 100 100 100 50 50 60 10 Abr/07
54 LE PARC - PLACE MONTPARNASSE Barra da Tijuca loft 100 100 100 100 65 60 70 40 Fev/07
55 LE PARC - PLACE ST. GERMAIN Barra da Tijuca 2 e 3 100 100 100 100 25 35 20 Abr/07
56 LE PARC - PLACE TUILLERIES Barra da Tijuca 2 e 3 100 100 100 100 70 80 70 40 Abr/07
57 MANDARIM PENÍNSULA BARRA Península da Barra 1, 2 e 3, loft e dúplex 100 100 100 100 70 85 40 Fev/07
58 RISERVA UNO Barra da Tijuca 4 e 5 50 Dez/08
59 BARRA FAMILY RESORT Barra da Tijuca 2 e 3 LANÇAMENTO Jul/08
60 BELLE EPOQUE Freguesia 2 ou 3 LANÇAMENTO Out/08
61 COSMOPOLITAN Barra da Tijuca com LANÇAMENTO Mai/08
62 LES RESIDENCES DE MONACO Barra da Tijuca 4 LANÇAMENTO Out/08
63 PAÇO REAL São Cristovão 2 e 3 LANÇAMENTO Out/08
64 SAINT MARTIN Península da Barra 2, 3 e 4 LANÇAMENTO Set/09
65 SAINT BARTH Península da Barra 4 LANÇAMENTO Set/09
R I O G R A N D E D O S U L66 CONTEMPORÂNEO Iguatemi 2 e 3 LANÇAMENTO Jan/09
R I O D E J A N E I R O
tabela4.qxd 12/12/06 6:22 PM Page 113
Meu marido trouxe um engenheiro norueguês para jantar em nossa casa.Ele se
chama Olaf, e chegou há uma semana para um estágio na empresa. Olaf estu-
dou português um ano e fala bastante bem,mas sente dificuldades de compreender
o que lhe dizem.Resolvi dar umas dicas:
As pessoas que querem exibir eficiência (ou apenas sair mais cedo) falam muito “já”.
-- Se o senhor quiser,eu já passo, já pego,e amanhã já devolvo consertado.
-- Eu já lavo, já descasco, já deixo tudo pronto pra fritar.
-- A gente já liga, já pergunta tudo direitinho e já deixa tudo em ordem.
As pessoas que querem sugerir a respeito de si mesmas alguns elogios a mais do
que elas estão dispostas a admitir, falam “enfim”.
“Minha avó era filha de fazendeiros de café,estudou na Europa,enfim...”
“Na minha casa se lia muito,meus pais adoravam arte,enfim...”
“Sempre fui magra,sou alta,nunca tive problema de pele,enfim...”
As pessoas que nunca querem ajudar,mas precisam fingir que são apenas escra-
vas da disciplina, dizem “quando for assim...”.Acontece uma emergência, e você
pergunta se o eletricista de plantão pode dar um pulinho no prédio.“Quando for
assim,tem de pedir até as 18 horas”,respondem.Ou seja,quando você souber que
vai acontecer uma emergência,você manda o requerimento,retira a guia e,aí sim,
pode contar com elas.
As pessoas que não querem te aborrecer não falam nada que te aborreça.
As pessoas que querem te aborrecer dizem “não querendo te aborrecer...”
As pessoas que duvidam do que você está dizendo,mas não podem confessar sua
incredulidade, falam “engraçado...”ou “estranho...”As pessoas que acreditam no que
você está dizendo falam:“não acredito!”
Pessoas que telefonam e dizem:“estou chegando”ainda vão demorar muito.
“Dez minutinhos”, diz o maître, quando ainda falta ele acomodar 30 pessoas que
chegaram antes de você.
“Pertim”, diz o mineiro indicando o endereço a uns 10 quilômetros de distância,
aonde você pretende chegar a pé.
“Não é feio,não”,diz outro mineiro,quando você pergunta o que ele acha de uma
paisagem mundialmente conhecida como deslumbrante.
“Acho que eu não me expressei
bem” quer dizer “você não entendeu
nada”. Outras vezes, significa “vou ter
de contar que eu não estou pergun-
tando,estou mandando”.
“Um pouquinho de paciência”, di-
zem o médico e o dentista quando sa-
bem que vai doer muuuito.
Bom dia e boa tarde sofreram um
processo de acentuada desvalorização.
É preciso agora dizer:“um ótimo dia pa-
ra o senhor”ou “uma ótima tarde”.E já
tem gente por aí desejando aos outros
“uma excelente tarde!”.
Olaf começou a ficar muito con-
fuso com minhas explicações, meu
marido me olhou feio, encerrei por
ali mesmo.
Outro dia perguntei por ele e fiquei
sabendo que se tornou personagem
de um case na empresa, porque pas-
sou pela secretária, disse que ia com-
prar fósforos e,ao voltar,10 minutos de-
pois,encontrou a seção inteira em vol-
ta da moça perguntando se tinha ha-
vido alguma gota d’água.Olaf quis sa-
ber o que estava acontecendo.Alguém,
com um ar divertido,disse-lhe que era
uma história muito comprida. E não
contou nada.
Olaf está cada dia mais confuso.
ENFIM, JÁ
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PontofinalMARTA GÓES
JORNALISTA E DRAMATURGA
pontofinal.qxd 12/12/06 4:34 PM Page 114
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