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Cultura negra

Jan 16, 2015

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Daniele Lino

 
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Cultura NegraCultura Negra

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Cultura NegraCultura Negra• Os africanos contribuíram para a

cultura brasileira em uma enormidade de aspectos: dança, música, religião, culinária e idioma. Essa influência se faz notar em grande parte do país; em certos Estados como Bahia, Maranhão, Pernambuco, Alagoas, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul a cultura afro-brasileira é particularmente destacada em virtude da migração dos escravos.

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ReligiosidadeReligiosidade• Os bantos, nagôs e jejes

no Brasil colonial criaram o candomblé, religião afro-brasileira baseada no culto aos orixás praticada atualmente em todo o território. Largamente distribuída também é a umbanda, uma religião sincrética que mistura elementos africanos com o catolicismo e o espiritismo, incluindo a associação de santos católicos com os orixás.

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ReligiosidadeReligiosidade• Os orixás são deuses africanos

que correspondem a pontos de força da Natureza e os seus arquétipos estão relacionados às manifestações dessas forças. As características de cada Orixá aproxima-os dos seres humanos, pois eles manifestam-se através de emoções como nós. Sentem raiva, ciúmes, amam em excesso, são passionais. Cada orixá tem ainda o seu sistema simbólico particular, composto de cores, comidas, cantigas, rezas, ambientes, espaços físicos e até horários.

O Orixás

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ReligiosidadeReligiosidade• Como resultado do

sincretismo que se deu durante o período da escravatura, cada orixá foi também associado a um santo católico, devido à imposição do catolicismo aos negros. Para manterem os seus deuses vivos, viram-se obrigados a disfarçá-los na roupagem dos santos católicos, aos quais cultuavam apenas aparentemente.

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CandombléCandomblé

• Candomblé é uma palavra africana que significa dança. Propriamente, é uma dança religiosa na qual se reza para os orixás. Esta dança é uma invocação feita em roda e praticada por mulheres chamadas de sambas, daí o nome tão comum em nosso Brasil a roda de samba.

• Todos os seguidores das religiões afro-brasileiras têm seu orixá. Acreditam que todos os seres humanos nascem da Natureza, em um determinado dia, lugar e hora sob o comando de um orixá que será seu protetor por toda a vida. No Candomblé, o orixá é uma força da criação divina, manifestação de Olorum, o criador de tudo (Deus).

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OxumOxum• Deusa das águas, do poder da mulher e do trabalho doméstico. • Oxum: Deusa do amor e da fertilidade, das águas doces e do

ouro. • Olorum, criador do Universo, enviou seus orixás até a terra. No

entanto, ele esqueceu de enviar Oxum. A terra se tornou seca, sem água e sem vida. Percebendo o engano, Oxum foi enviada à terra para trazer beleza e fertilidade.

• Metal: ouro • Comida: feijão fradinho com camarão seco, cebola e dendê. • Ferramenta: leque com espelhos (abebé) • Animal: pássaro • Local de culto: águas doce. • Animais de sacrifício: boi, cabra, galinha amarela. • Vestes: Amarelas com enfeites coloridos de azul, branco e rosa. • Dia: sábado.

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CulináriaCulinária• A influência da cultura africana é também

evidente na culinária regional, especialmente na Bahia, onde foi introduzido o dendezeiro, uma palmeira africana da qual se extrai o azeite-de-dendê. Este azeite é utilizado em vários pratos de influência africana como o vatapá, o caruru e o acarajé.

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MusicalidadeMusicalidade• Na música a cultura africana contribuiu com os

ritmos que são a base de boa parte da música popular brasileira. Gêneros musicais coloniais de influência africana, como o lundu, terminaram dando origem à base rítmica do maxixe, samba, choro, bossa-nova e outros gêneros musicais atuais.

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MusicalidadeMusicalidade• Também há alguns

instrumentos musicais brasileiros, como o berimbau, o afoxé e o agogô, que são de origem africana. O berimbau é o instrumento utilizado para criar o ritmo que acompanha os passos da capoeira, mistura de dança e arte marcial criada pelos escravos no Brasil colônial.

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CapoeiraCapoeira• Até o ano de 1930, a

prática da capoeira ficou proibida no Brasil, pois era vista como uma prática violenta e subversiva. A polícia recebia orientações para prender os capoeiristas que praticavam esta luta. Em 1930, um importante capoeirista brasileiro, mestre Bimba, apresentou a luta para o então presidente Getúlio Vargas.

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Desigualdade social Desigualdade social ee

DiscriminaçãoDiscriminação

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DESIGUALDADE ÉTNICO-RACIALDESIGUALDADE ÉTNICO-RACIAL

PESQUISA DO IPEA APONTA QUE BRASILEIROS MAIS POBRES SÃO NEGROS

O Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) noticia que nos últimos dez anos, a distância social dos negros em relação aos brancos aumentou. Entre os 10% mais pobres do país, 65% são negros; entre os 10% mais ricos, 86% são brancos.

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DESIGUALDADE ÉTNICO-RACIALDESIGUALDADE ÉTNICO-RACIALPARTICIPAÇÃO DO NEGRO NO MERCADO DE TRABALHO CRESCE, MAS RENDA AINDA É INFERIOR À DO BRANCO

A participação dos negros no mercado de trabalho brasileiro aumentou desde a segunda metade da década de 90. No entanto, as condições de trabalho e de renda ainda continuam muito aquém das registradas pela população branca.

De acordo com o Relatório Anual das Desigualdades Raciais no Brasil 2007-2008, elaborado pelo Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), 20,6 milhões de pessoas ingressaram no mercado de trabalho de 1995 a 2006. Desse número, apenas 7,7 milhões eram brancos. O restante, 12,6 milhões de pessoas, eram pardas e negras.

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DESIGUALDADE ÉTNICO-DESIGUALDADE ÉTNICO-

RACIALRACIAL

• As mulheres negras (pretas e pardas) estão em situação pior no mercado de trabalho que as brancas, revela pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), divulgada hoje (17), mostrando que elas são maioria entre as trabalhadoras informais.

• A pesquisa Síntese dos Indicadores Sociais 2009 destaca que enquanto metade das mulheres pretas (54,1%) e pardas (60%) trabalha sem carteira assinada, portanto, sem direito a benefícios como seguro desemprego e licença maternidade, o percentual de brancas na mesma situação é de 44%.

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DESIGUALDADE ÉTNICO-RACIALDESIGUALDADE ÉTNICO-RACIAL

Apesar de políticas afirmativas direcionadas para a população negra, esse público ainda é minoria nas universidades federais. Estudo que será lançado neste ano (2011) pela  Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) sobre o perfil dos estudantes de graduação mostra que 8,72% deles são negros. Os brancos são 53,9% , os pardos 32% e os indígenas menos de 1%.