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Sem demarcações, índios Guarani-Kaiowá voltam a se tornar alvo de pistoleiros e do lobby ruralista em MS
HuffPost Brasil | De Thiago de Araújo Publicado: 22/01/2016 12:02 BRST Atualizado: 22/01/2016 12:06 BRST
Há 13 anos, o cacique Marcos Veron foi morto a tiros por pistoleiros em Mato Grosso do Sul. Ele não conseguiu ver em vida a regularização das demarcações naTerra Indígena Taquara, que fica no município de Juti, a 306 km da capital Campo Grande. A morte, considerada simbólica na luta dos indígenas Guarani-Kaiowá, pouco mudou o quadro até hoje.
Desde o último dia 15, pistoleiros têm rondado a tribo – onde hoje há uma fazenda –, após índios terem entrado na área. É o mesmo movimento liderado por Veron em 1997. Assim como naquele ano, os indígenas aguardam a demarcação das terras por parte do governo federal. Em meio às promessas, isso nunca aconteceu. “Não aceitamos mais essa injustiça que está acontecendo”, afirmou Valdelice Veron, mulher do cacique assassinado em 2003.
“Os indígenas denunciam a presença de pistoleiros armados, durante a madrugada e à noite, ameaçando: atiram e assustam as pessoas”, afirmou o deputado federalPaulo Pimenta (PT-RS), presidente da Comissão de Direitos Humanos (CDH) na Câmara. Após as denúncias, o parlamentar visitou a região com representantes da Fundação Nacional do Índio (Funai) e do Ministério Público.