ANO VI, EDIÇÃO 36 - DEZEMBRO 2014 Boletim Informativo - Editorial - Reunião do Conselho Arlargado - Efemérides de 2014 - O Virus do Ébola acabou com a Malária? - Você tirou o curso de Enfermagem? Parabéns! - Os nossos votos de Boas Festas 2014 - Uso do Hífen - Cuidado com a Língua ÍNDICE 02 03 04 08 09 10 11 pág.
This document is posted to help you gain knowledge. Please leave a comment to let me know what you think about it! Share it to your friends and learn new things together.
Transcript
ANO VI, EDIÇÃO 36 - DEZEMBRO 2014Boletim Informativo
- Editorial - Reunião do Conselho Arlargado - Efemérides de 2014 - O Virus do Ébola acabou com a Malária? - Você tirou o curso de Enfermagem? Parabéns! - Os nossos votos de Boas Festas 2014 - Uso do Hífen - Cuidado com a Língua
ÍNDICE02030408091011
pág.
2
Como é tradicional em muitas instituições, os
últimos dias de cada ano são reservados à análise
serena do período que está a findar. É também o momento
adequado para se planificarem as actividades para o ano
seguinte, incluindo muitas actividades que não foi possível
alcançar ou realizar como previsto.
Na nossa Clínica, temos vindo a avaliar o desempenho
de cada um de nós, de cada serviço e de cada unidade
de trabalho e desenvolvimento. Poderemos afirmar
que, na maioria dos casos, o saldo pode ser considerado
como positivo. Porém, como todos também sabemos,
as necessidades em Saúde não têm limite e, por isso, é
imperioso alertar para aspectos fundamentais, - pois dizem
respeito somente às pessoas - que deverão ser concretizados no biénio de
2015 – 2016.
1 - Os ClientesOs nossos Clientes, em particular os doentes que nos procuram,
continuarão a ser a razão da existência da nossa instituição.
Assim:
1.1 A necessidade de, a cada momento e permanentemente, termos de
procurar surpreendê-los pela positiva, isto é, proporcionar-lhes mais do que
esperavam, ou seja, aquilo de que eles necessitam mas sem que tenham de
esperar, pedir, ou, em última instância, reivindicar, reclamar, como direito que
lhes assiste.
1.2 A obrigatoriedade de os doentes serem informados sobre o seu estado
de saúde, sempre que seja oportuno ou que tal seja solicitado, e sobre o que
julgamos adequado e necessário realizar para ultrapassar as dificuldades que
vivem. De uma forma especial, a obrigatoriedade legal e ética de obter o seu
consentimento informado, de modo que a responsabilidade dos cuidados
a prestar seja conscientemente partilhada entre o prestador, o doente e a
Instituição.
1.3 O imperativo de, realmente, resolver os problemas dos doentes,
obtendo os melhores resultados, em segurança, com qualidade, no menor
tempo possível e a custos aceitáveis.
1.4 A necessidade de não nos esquecermos de que, cada vez mais, os
nossos Clientes estão informados, pois apercebem-se dos seus problemas e
conhecem os seus direitos e as obrigações das instituições e dos prestadores
de cuidados.
2. Os Trabalhadores da ClínicaOs trabalhadores da Clinica são o potencial da Instituição e, por isso,
em todas as áreas e níveis de trabalho, continuaremos a melhorar os
seguintes aspectos:
2.1 Correcta selecção e contratação de novos
valores, respeitando os princípios há muito estabelecidos, em
especial os que se referem à obrigatoriedade de respeitar a
legalidade, à realização da avaliação do conhecimento, teórica e em
serviço, à necessidade de se fazer o enquadramento progressivo dos
novos elementos para que os mesmos, em pouco tempo, possam ou
não ser considerados, na realidade, uma mais-valia dentro das
equipas de trabalho.
2.2 Correcta avaliação de desempenho para que,
permanentemente e no local de serviço, possam ser
realizadas as pertinentes acções de formação e, assim, os
nossos prestadores mantenham um nível de conhecimentos e
de comportamentos acima da média exigida.
2.3 Correcta actividade de registo de todas as tarefas e actividades
desenvolvidas, assim como de todas as acções de monitorização,
avaliação e controlo, para que todos os desvios registados possam
ser corrigidos em tempo oportuno.
2.4 Correcta utilização das ferramentas existentes para
validação de desempenho, efectividade, pontualidade,
cumprimento de objectivos e metas, no sentido de premiar
e promover os melhores e ajudar a superar as dificuldades
daqueles que ainda demonstram debilidades.
2.5 Correcta organização de promoção interna na busca de
novos valores e criação de oportunidades para aqueles que, com maior
disponibilidade, conhecimento e atitude, demonstrem defender o doente,
proteger a imagem da Instituição e pugnar pelo prestígio dos colegas de
profissão e membros da equipa de trabalho.
2.6 Correcta articulação com organismos formadores, de modo a que o
enquadramento de potenciais valores seja feito de forma progressiva e na
base dos princípios e normas estabelecidas pela Instituição. A formação, a
todos os níveis e em todas as áreas da Clínica, deverá continuar a ser um dos
pilares fundamentais da estratégia de desenvolvimento da Instituição.
2.7 Correcta observância dos Princípios Deontológicos e de Ética da
Instituição, não apenas dos que estão referidos nos regulamentos, normas e
procedimentos da Instituição, como igualmente o respeito pelos códigos de
conduta previstos pelas distintas Ordens dos profissionais de saúde e, ainda,
o estabelecido nos documentos-base que regem a Sociedade Angolana em
geral.
2.8 Correcta e devida atenção deverá continuar a ser prestada, não
apenas aos mais jovens que a cada momento vêm reforçar e desenvolver
as nossas equipas de trabalho, mas também a todos aqueles que connosco
trabalharam durante estes anos e que agora, por terem cumprido a sua
missão, por razões de saúde ou por outras circunstâncias, passaram a estar
menos presentes no nosso dia-a-dia.
EDITORIAL
3
EDITORIAL
No passado dia 5 de
Dezembro, reuniu o Conselho
Alargado da CSE que teve como seu
ponto fundamental a Apresentação
do Balanço da Qualidade para 2014.
Esta apresentação contou com os
elementos responsáveis de cada uma das
áreas de serviços da CSE que fazem parte
do grupo da Qualidade.
Como sabemos, a adesão ao Sistema de
Gestão da Qualidade por parte da CSE tem
como meta principal atingir a Excelência.
Para a atingir é necessário o empenho de
todos ao longo de toda a organização,
partindo do Conselho de Gerência,
passando pelos grupos transversais,
Directores e Chefes, até aos grupos
operacionais. Aos chefes cabe colaborar
com o Grupo Dinamizador da Qualidade,
fazer a monitorização das metas, promover
medidas para satisfação dos clientes, fazer
a notificação de erros, falhas e incidentes,
realizar a sua discussão e análise com a
equipa das não conformidades e verificar
aplicação de Check-List de supervisão.
O Grupo de Auditoria Interna também
apresentou o seu balanço, referindo todo
o processo de auditorias ao longo do ano
de 2014, que decorreram nos serviços da
CSE.
Como habitualmente, a reunião foi
encerrada com as Considerações do
Presidente do Conselho de Gerência.
Devemos trabalhar no sentido da
disciplina e da auto-disciplina.
Temos que eliminar os desperdícios,
começando pelas perdas de tempo. Para
tal, devemos cumprir e fazer cumprir os
procedimentos e as normas.
Se prestarmos um serviço de Qualidade,
o retorno é imediato.
Estão a decorrer as reuniões de balanço
anual e algumas terão que ficar para
Janeiro de 2015.
Para tal todos os responsáveis
devem:
- Preparar os relatórios anuais para
entrega até à 2ª semana de Janeiro de
2015;
- Entregar os Planos de Actividades
para 2015;
- Garantir que as suas equipas
preenchem a ficha de disponibilidade;
- Concluir a documentação-base dos
seus serviços;
- Enviar a Proposta de Plano Anual de
Formação em Serviço;
- Concluir os Planos de Férias.
Foi ainda relembrado que ainda não
estão encerrados os recrutamentos
de lideranças para alguns serviços e
departamentos e que está a ser concluído
o Inventário.
REUNIÃO DO CONSELHO ALARGADO Dezembro 2014
3. AgradecimentosVoltamos a agradecer, em primeiro lugar, a confiança que os
nossos doentes e clientes depositaram em nós, a compreensão
que muitas vezes têm tido perante algumas insuficiências que
ainda se façam sentir e, em segundo lugar, voltamos a apresentar
o nosso pedido de perdão às famílias, a quem, o nosso saber,
desempenho ou conhecimento não tenha sido suficiente
para evitar dor ou sofrimento.
Temos, também, de voltar a agradecer a todos aqueles
que na qualidade de fornecedores, prestadores de serviços,
parceiros de projectos ou desafios, connosco trabalharam para
que os cuidados prestados tivessem melhor qualidade, os nossos
doentes tivessem mais conforto e menor sofrimento.
O nosso muito obrigado.
Aos Sócios da Instituição, os quais, com o seu saber e
compreensão, têm tornado possível o crescimento e
desenvolvimento da Clinica, reiteramos a nossa promessa
de tudo fazer para continuarmos a melhorar e a progredir e
sermos ética e socialmente úteis.
A terminar, o nosso muito obrigado a todos os
trabalhadores da família CSE, aos diversos colaboradores e
responsáveis, de Cabinda ao Cunene, do Mar ao Leste, o nosso
muito obrigado, votos de Boas Festas e um Bom Ano, extensivo
às respectivas famílias, colaboradores e amigos.
Podemos referir, uma vez mais, em termos de
conclusão:
A CSE é, essencialmente, uma organização de
pessoas que prestam cuidados a outras pessoas e, por
isso, só as pessoas, de uma ou outra forma devem ser o
centro e o foco da nossa organização.
A todos os que estão connosco, na condição de doentes,
clientes, prestadores de cuidados, fornecedores, consultores, accionistas ou
outros, aqui fica, uma vez mais, o desejo do Conselho de Gerência da CSE, no
sentido de que as Festas de Natal e Fim de Ano decorram em paz e com saúde,
e que o próximo Ano seja um sucesso pessoal e profissional.
Luanda, Dezembro de 2014
A Direcção da CSE
ANO VI, EDIÇÃO 36 - DEZEMBRO 2014
4
O ano de 2014 foi um período de tempo cheio de projectos concretizados e neste final de ano damos conta
de alguns, para que todos tomem deles conhecimento e sintam orgulho pelo trabalho realizado.
Assim, é com merecido gosto que informamos que alargámos a nossa acção a mais Províncias do
nosso País, aumentámos o número dos nossos colaboradores, preparámo-nos e estivemos atentos ao
enorme problema mundial de saúde representado pelo vírus do ébola, reforçámos significativamente o nosso
Plano de Formação.
PRÉMIO DE INVESTIGAÇÃO
Este ano o Prémio Clínica Sagrada Esperança para Melhor Trabalho
de Investigação Científica foi atribuído à Dra. Nádia Valdez, com o
trabalho “Risco de mortalidade em doentes com níveis elevados de
interleucina 6 na fase aguda da Sepsis Grave e Choque Séptico”.
PRÉMIO CSENo dia 27 de Fevereiro, no âmbito das XI Jornadas Científicas
e Estudantis da Faculdade de Medicina, deu-se cumprimento
e continuidade ao protocolo assinado entre a Clínica Sagrada
Esperança, a Faculdade de Medicina da UAN e a Associação dos
Estudantes da Faculdade de Medicina de Luanda (AEFML), fazendo-
se a entrega do Prémio Clínica Sagrada Esperança ao melhor aluno
da Faculdade de Medicina do ano académico de 2013.
Concorreram 4 estudantes, cada um com o seu
respectivo trabalho, tendo estudante António
Pinheiro Candjondjo recebido o primeiro prémio
com o trabalho “Morbimortalidade por doença
cardiovascular na UCI da CSE durante o 2o semestre de
2013”.
CURSO FOSECANo dia 23 de Janeiro teve lugar o encerramento do 1º Curso de
Secretariado Clínico Administrativo, resultante da Parceria entre a CSE
e a Escola Nacional de Saúde Pública Portuguesa. Estiveram presentes
o Director da ENSP, Dr. João Pereira e a Coordenadora Pedagógica do
Curso, Prof. Doutora Ana Escoval, Dra. Conceição Pitra (representando
CA da Endiama) e do Dr. Rui Pinto (PCG da CSE). Nesta sessão, além
da entrega de diplomas aos Formandos foram igualmente entregues
Prémios aos alunos com melhor aproveitamento.
EFEMÉRIDES DE 2014
5
UCIEm Março, realizaram-se as Primeiras Jornadas
Científicas da Unidade de Cuidados Intensivos, organizadas
pela UCI da CSE, sob o tema “Infecção, Malária e Sepsis”
A Comissão Organizadora pretendia, com este evento,
discutir os mais recentes avanços no conhecimento do
manuseamento do doente crítico, em particular no
campo da infecção, malária e sépsis grave/choque
séptico, assim como promover a troca de experiências
entre médicos das instituições de Saúde de Angola e
de Portugal, no sentido de transformar as experiências,
nos diferentes contextos, em ganhos para todo o doente
crítico.
Durante estas Jornadas foi entregue pelo Chefe desta
Unidade, Dr. Esmael Tomás, à Professora Doutora Maria Lina
Antunes uma Menção de Agradecimento e Reconhecimento por
todo o esforço desenvolvido, postura ética e profissional, dinamismo,
desenvolvimento e aposta na geração de médicos e enfermeiros
intensivistas, exemplo de perseverança, firmeza e empenhamento
no seu trabalho.
FORMAÇÃO DE FORMADORESEm Abril realizou-se o 1º Curso Interno de
Formação de Formadores, cujo objectivo pedagógico era
preparar grupo de enfermeiros para serem Formadores internos na
área de enfermagem em diferentes serviços da CSE.
ÉBOLAEm Maio tiveram lugar as acções destinadas à preparação para
enfrentar o surto de ébola, tendo-se a CSE organizado como um
elo de uma cadeia nacional com o objectivo de prevenir, enfrentar e
tratar esta ameaça à saúde pública.
EFEMÉRIDES DE 2014
ANO VI, EDIÇÃO 36 - DEZEMBRO 2014
6
REVISTA CSENo dia 13 de Maio de 2014 realizou-se uma reunião,
dirigida pelo Presidente do Conselho de Gerência (PCG)
da CSE, Dr. Rui Pinto, onde estiveram presentes a Vice-
Presidente do Conselho de Gerência da CSE para a área
clínica, Dra. Conceição Pitra, a Directora Clínica, Dra.
Georgina Van-Dúnem, assim como mais de 30
personalidades convidadas, entre funcionários
e colaboradores da CSE, com o objectivo de
revitalizar a Revista Científica da Clínica Sagrada
Esperança.
Foram apresentados os objectivos que se pretendem
atingir, assim como as condições e normas gerais para a apresentação
dos trabalhos a publicar.
FOGUS ITeve significado especial a cerimónia de Encerramento da parte
lectiva do Curso de Formação em Gestão de Unidades de Saúde
(FOGUS). A Clínica Sagrada Esperança (CSE), em parceria com a
Escola Nacional de Saúde Pública, da Universidade Nova de Lisboa
(ENSP/UNL) têm vindo, ao longo dos últimos três anos, a desenvolver
a realização de cursos nas áreas de Gestão, Medicina do Trabalho,
Secretariado Clínico e, neste âmbito, finalizou a parte lectiva do
Curso de Formação em Gestão de Unidades de Saúde (FOGUS).
Esta Formação tem como finalidade a capacitação de profissionais
para o exercício de actividades de gestão em diversas estruturas
organizativas da CSE, suas extensões e parcerias e,
eventualmente, noutras instituições do País, dotando-os
de conhecimentos e instrumentos gestionários, para um
trabalho mais efectivo, no sentido da prestação eficiente
de cuidados de elevada qualidade, disponibilizando o
acesso a melhor conhecimento nesta área.
A conferência de encerramento teve lugar no dia
17 de Maio de 2014, sobre o tema:
‘‘Cooperação Internacional em Saúde: Razões de
Insucesso’’, e foi proferida pelo senhor Professor Doutor
António Correia de Campos, Licenciado em Direito, Ex-Ministro
da Saúde de Portugal e Deputado Europeu.
NOVO REGULAMENTO DA CSENo dia 26 de Maio entrou em vigor o Novo Regulamento Interno e
Novo Organigrama da CSE, que tinha sido aprovado em Reunião de
Sócios no dia 5 de Março de 2014.
Setembro/ Outubro de 2013 Ano IV, Edição 26
Boletim Informativo
Conheça o Centro Médico do BNA Desde Maio de 2012, a exploração do Centro Médi-co dos trabalhadores do BNA foi cedida à CSE.. Pg.10
Biografia O Papa Francisco Conheça o Santo Padre Francisco, nascido no dia 17 de Dezembro de 1936, em Buenos Aires, filho de um casal de emigrantes italianos... Pg. 11
“OS HÁBITOS” NA CSE Lígia Carvalho, Psicóloga (formadora do programa de Acolhimento e Atendimento ao Cliente) fez uma apre-sentação no CD alargado da CSE… Pg. 4
A Entrevista do mês Dra. Anabela Vilhena
“...tenho uma missão pessoal em Angola: contribuir para a Formação em Medicina Geral e Familiar…” Pg. 8 e 9
Conselho de Direcção Alargado A CSE realizou, no passado dia 7 de Setembro, a reu-nião mensal do Conselho Alargado. Pg. 3
DIA DA SAÚDE MENTAL NA CSE A Área Social, juntamente com o serviço de psiquiatria da CSE, organizou um convívio (lanche) para come-morar… Pg. 5
A Dra. Maria de Belém realizou, na CSE, no dia 24 de Agosto, a Conferência ―Eficiência e Ética em Saúde‖. Pg. 6 e 7
7
WORKSHOP DA QUALIDADEEm Novembro realizou-se o IV Workshop Internacional
de Gestão, Qualidade e Segurança na Saúde, do qual
resultaram conclusões da maior valia para a promoção de boas
práticas.
SESSÃO DE ABERTURA DO CURSO FOGUS II
No dia 17 de Novembro, numa sessão Presidida pelo
Dr. Rui Pinto, Presidente do Conselho de Gerência,
a que se juntaram os Vice-Presidentes do Conselho
de Gerência, Dra. Conceição Pitra e Dr. João Martins, e
a Professora Celeste Gonçalves, em representação da ENSP
teve lugar a abertura do FOGUS II, segundo curso de Formação
em Gestão de Unidades de Saúde.
Durante a sessão, em que estiveram presentes os futuros
formandos, a Doutora Celeste Gonçalves, em nome do Professor João
Pereira, Director da ENSP, desejou as boas vindas aos formandos e
referiu que a ENSP tem prazer em manter a parceria com a CSE. Fez
uma breve resenha do que é a ENSP, criada em 1966, e desejou a todos
um bom trabalho.
Deram o seu depoimento sobre o curso três formandos
da 1ª Edição do Curso FOGUS que consideraram a sua
participação um privilégio, já que fora para eles uma fonte de
conhecimentos e de aquisição de ferramentas importantes de gestão.
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃOEM MEDICINA DO TRABALHO
Durante este ano de 2014 continuou a decorrer, na maior normalidade e
como previsto, este curso de especialização que teve início em Setembro de
2013 e decorrerá até 3 de Julho de 2015. É neste momento frequentado por
24 Formandos, tendo tido, inicialmente, 30 candidatos, dos quais desistiram
6, uns por razões pessoais, outros por falta de aproveitamento. Trata-se de
médicos que trabalham, na sua maior parte, no MINSA, a que se juntam 6
que trabalham na CSE, 7 no Sonangol, 2 na Chevron e em outras empresas.
A formação para este Curso de Especialização está a ser ministrada por
11 professores, da Escola Nacional de Saúde Pública e de outras instituições
de ensino superior de Portugal e ainda de 2 de instituições em Angola.
Estes professores não são apenas médicos. Têm participado também
economistas, engenheiros, licenciados e doutorados em diversas áreas da
Saúde Pública.
DATAS FESTIVASComo habitualmente, foi comemorado o dia do Enfermeiro.
Aliás e dando novamente seguimento a tradições já consolidadas,
comemorou-se igualmente o Dia do dador de Sangue, o Dia da Mulher
Angolana, o Dia da Mulher Africana e o Dia Mundial da Fisioterapia, assim
como não deixará de se comemorar o aniversário da CSE, se organizará a
Festa de Natal para as crianças e se distribuirá o Cabaz de Natal a todos os
colaboradores da CSE.
Promovida pela Dra. Júlia Viegas, foi prestada homenagem ao Técnico
de Estomatologia João Galanga, após de 20 anos de trabalho dedicado à
CSE.
Setembro/ Outubro de 2013 Ano IV, Edição 26
Boletim Informativo
Conheça o Centro Médico do BNA Desde Maio de 2012, a exploração do Centro Médi-co dos trabalhadores do BNA foi cedida à CSE.. Pg.10
Biografia O Papa Francisco Conheça o Santo Padre Francisco, nascido no dia 17 de Dezembro de 1936, em Buenos Aires, filho de um casal de emigrantes italianos... Pg. 11
“OS HÁBITOS” NA CSE Lígia Carvalho, Psicóloga (formadora do programa de Acolhimento e Atendimento ao Cliente) fez uma apre-sentação no CD alargado da CSE… Pg. 4
A Entrevista do mês Dra. Anabela Vilhena
“...tenho uma missão pessoal em Angola: contribuir para a Formação em Medicina Geral e Familiar…” Pg. 8 e 9
Conselho de Direcção Alargado A CSE realizou, no passado dia 7 de Setembro, a reu-nião mensal do Conselho Alargado. Pg. 3
DIA DA SAÚDE MENTAL NA CSE A Área Social, juntamente com o serviço de psiquiatria da CSE, organizou um convívio (lanche) para come-morar… Pg. 5
A Dra. Maria de Belém realizou, na CSE, no dia 24 de Agosto, a Conferência ―Eficiência e Ética em Saúde‖. Pg. 6 e 7
ANO VI, EDIÇÃO 36 - DEZEMBRO 2014
8
Infelizmente, a resposta
é NÃO. Mas, no meio da
preocupação geral que se
estabeleceu com o surto
de ébola em países da
África Ocidental, e
que atingiu picos de
extrema ansiedade,
(especialmente quando
ocorreram mortes em
Espanha e nos Estados
Unidos), pareceria que este
vírus é o único com que nos
devemos preocupar.
Felizmente, embora ainda muito altos,
os números de mortes por paludismo
baixou, em África, 54% durante os últimos
13 anos e há cada vez mais fundadas
esperanças de que não faltará muito para
se encontrar formas de prevenir e de
curar a malária mas até lá não podemos
baixar a guarda.
Porque esta redução da taxa de
mortalidade não se ficou apenas a dever
a novos fármacos mais eficazes mas à
implementação, de forma generalizada,
de medidas simples e pouco dispendiosas,
como a distribuição de mosquiteiros
impregnados com insecticida e a
pulverização do interior das habitações.
No entanto, não há dúvida de que há
vastas regiões africanas em que ainda não
são disponibilizadas redes mosquiteiras
às populações e de que, de uma maneira
geral, as pulverizações têm vindo a
diminuir.
E os mosquitos, está cientificamente
provado, desenvolvem resistência aos
insecticidas, que, por outro lado, sendo
tóxicos, são altamente prejudiciais para o
ambiente.
Os novos antipalúdicos produzidos
a partir da artemísia (do princípio
artemisinina), parecem ser realmente
eficazes mas ainda não são de uso
generalizado em África e nos locais onde
são utilizados (Sueste Asiático) já há
sinais de adaptação dos insectos à sua
acção. Parece, pois, que a guerra contra a
malária tem que começar a montante, na
prevenção do aparecimento do mosquito
que provoca a doença.
A malária é provocada pela picada
da fêmea de um mosquito cujo nome
científico é Anopheles e encontra o seu
habitat preferencial em zonas que reúnem
as seguintes condições:
• Temperaturaehumidadeelevadas
• Chuvasabundantes
• Locaisdeáguasestagnadas
Portanto, cabe-nos, a todos
nós, fazer a nossa parte: evitar
que haja perto das nossas casas
águas paradas, estagnadas,
insalubres. E se tivermos
depósitos ou tanques
com água, devemos ter
o cuidado de os manter
cobertos e, se possível,
renovar o seu conteúdo de
vez em quando.
A seguir, temos de dificultar
a acção do mosquito: dormir
protegido por mosqueteiro,
com as janelas e portas
fechadas, com a pele
protegida por vestuário
com mangas e pernas,
evitar banhos em poças ou
pequenas lagoas.
Em termos de governo, deverão
ser tomadas medidas para secar
pântanos, distribuir redes mosquiteiras,
promover fumigações e pulverizações,
entre outras acções.
Porque, afinal, os números não
mentem: em 2013 ocorreram 1,9 milhões
de casos de malária só em Angola, de que
resultaram 7300 mortos.
E sem querer retirar a devida atenção
a dar ao vírus do ébola, nos três países
mais afectados – Serra Leoa, Libéria e
Guiné-Conackri – foram infectadas 17 000
pessoas, entre as quais morreram cerca de
6500.
Fonte:
Jornal Expresso, 13 de Dezembro de 2014
O VIRUS DO ÉBOLA ACABOU COM A MALÁRIA?
Siga este exemplouse mosquiteiro.
9
O VIRUS DO ÉBOLA ACABOU COM A MALÁRIA? VOCÊ TIROU O CURSO DE ENFERMAGEM? Sim, estamos a dar-lhe os parabéns porque
você escolheu exercer uma profissão muitíssimo
importante!
Os enfermeiros e as enfermeiras estão sempre
na linha da frente dos cuidados do doente.
E que deve pensar cada um de nós?
Não se julgue que um enfermeiro é uma
pessoa que apenas não pôde seguir o
curso de Medicina: se o pensarmos e o
dissermos estaos a ofender os enfermeiros.
Eles são enfermeiros porque o querem ser,
porque estudam muitos anos para obter os
conhecimentos que depois utilizam na prática.
Precisam, além disso, de ter uma enorme
sensibilidade, porque, antes de mais, eles
tratam o doente, não propriamente a
doença.
Esta profissão começou a ser exercida por
mulheres e só conseguiu um certo estatuto –
ainda que muito pouco elevado – a partir da acção
de Florence Nightingale com os soldados na Guerra
da Crimeia, no séc. XIX.
Durante anos as enfermeiras estiveram sujeitas a
determinadas regras (como não poderem casar, por
se partir do princípio de que deveriam estar sempre
disponíveis para tratar quem precisasse delas) mas,
com o tempo, a importância das suas actividades tem
vindo a receber o merecido reconhecimento público.
E a entrada de homens na profissão também não
deixou de contribuir para essa nova maneira de ver a
enfermagem, o que não deixa de ser injusto para esses
milhares de mulheres que dedicaram a sua vida a cuidar
de doentes e feridos.
Médicos e enfermeiros trabalham juntos, mas
as profissões são completamente diferentes uma
da outra. E devemos ter a coragem de
reconhecer que uma não é superior à outra:
elas complementam-se, a enfermagem é uma
alavanca, uma mediadora, no processo da
cura.
Vejamos o que responder à pergunta
muitas vezes formulada: - O que faz um
enfermeiro? O que é um enfermeiro
hoje?
Um enfermeiro é um dos profissionais
com maior relevância no sector da Saúde.
A enfermagem é, simultaneamente, uma arte e uma
ciência: a arte de cuidar e a ciência específica para
cuidar do SER HUMANO, individualmente, na família ou
em comunidade, de modo holístico, isto é, total, visto
que promove, protege, previne, reabilita e recupera a
saúde do doente.
Ele presta cuidados, está ali sempre junto do doente,
faz a ponte entre o hospital ou clínica, o doente e a sua
família, cuida, ampara, ajuda, acompanha.
A recuperação de uma doença precisa da presença
de um enfermeiro, mesmo com o melhor médico e o
remédio mais poderoso, pois não há cuidados médicos
de excelência que não tenham por detrás enfermeiros
igualmente excelentes.
E agora, não se sente mais confiante e seguro da sua
saúde por poder dispor dos cuidados de um enfermeiro
licenciado?
Caro doente, respeite o seu enfermeiro porque o seu
respeito e confiança são estímulos imprescindíveis no
exercício desta profissão.
Caro enfermeiro ou enfermeira, tenha orgulho na
sua profissão, dignifique-a, exercendo-a com empenho,
capacidade, competência e sensibilidade.
ANO VI, EDIÇÃO 36 - DEZEMBRO 2014
10
As ruas enchem-se de cor, as cotoveladas dão-se e recebem-se enfeitadas de sorrisos, há no ar um cheiro a alegria e esperança. Não há dúvida: é Natal.
Que este Tempo em que nos sentimos mais próximos e Amigos se prolongue por um ano de paz e de sucesso, são os votos da equipa do
Boletim Informativo para todos os seus leitores e colaboradores da Clínica Sagrada Esperança.
Mas desejamos também que todos tenham a Força e a Vontade necessárias para ajudar a que as coisas aconteçam. Precisamos de ajudar
a Sorte a ajudar-nos. Precisamos de lhe dar oportunidades para agir em nosso favor, temos de fazer a nossa parte. É para isso que precisamos da
Força e da Vontade: cada dia do ano de 2015 vai trazer os seus desafios e temos que estar preparados.
Assim, fazemos votos para que todos: • Saibamos encarar o nosso Trabalho com honestidade, empenho e
competência. • Saibamos ser solidários com os outros: um pequeno favor feito de boa
vontade ajuda o outro e enche-nos de satisfação. • Saibamos tratar do nosso corpo com inteligência: evitar os excessos
na comida e na bebida. • ´Sejamos capazes de reconhecer que nem só de Pão vive o Homem:
mas também de cultura, seja ela física ou mental. Precisamos de ler, fazer desporto, dançar.
• Actuemos com o sentido de responsabilidade, seja a agir profissionalmente seja a conduzir a nossa viatura.
• Aprendamos a evitar o desperdício, no nosso lar ou no nosso local de trabalho. O que desperdiçamos fará falta a alguém.
• Sejamos capazes de sentir e promover a Alegria. Ela é um medicamento preventivo da maior importância.
Estes são, pois, os votos que a Bárbara, a Carmo, o Eduardo,
o Esmael, o Hipólito, a Marta e o Narciso desejam que se concretizem na Vossa vida.
Festas Felizes! Bom
Natal! Um Ano Novo
cheio de Saúde e Paz!Festas Felizes! Bom
Natal! Um Ano Novo
cheio de Saúde e Paz!
OS NOSSOS VOTOS DE
BOAS FESTAS!OS NOSSOS VOTOS DE
BOAS FESTAS!
11
Cheguei atrasada devido à chuva? OU
cheguei atrasada derivado à chuva?
É nos jornais, é em comunicados, são os locutores e
apresentadores, são as pessoas a falar, na rua, no táxi, ouve-se
muitas vezes as expressões “devido a” e “derivado a” usadas como
sinónimas. Ou antes, “derivado a” aparece muitas vezes, e mal,
usado em vez de “devido a”.
Ora estas duas expressões não se podem usar em
alternativa uma à outra! Porquê?
“Devido” está ligada a causa, razão.
“Derivado” significa que “provém de, tem a origem em”.
Portanto, devemos dizer:
Eu cheguei atrasada devido à chuva.
As estradas estavam intransitáveis devido à lama.
A janela bateu devido ao vento.
Já o adjectivo “derivado” pede a preposição “de”, precisamente
por causa de estar ligado a origem, proveniência.
Sabias que esse tecido é derivado do petróleo?
O queijo, a manteiga e o iogurte são derivados do leite.
Não só não podemos usar as duas expressões como se tivessem o
mesmo significado como temos que ter cuidado com a preposição
que cada uma das palavras pede: “devido a, derivado de”.
Note-se ainda que “devido” se mantém invariável, enquanto
“derivado” pode ter singular, plural, masculino e feminino.
CUIDADO COM A LÍNGUA!
Este pequenino traço, a que já se chamou “traço de união”, não tem um uso muito fácil. Mas para re-
solver as dúvidas mais comuns, aqui está um quadro interessante.
Vale a pena fixá-lo!
USO DO HÍFEN
VOGAISDIFERENTES
NÃO use hífen.infraestrutura, extraoficial,autoestrada, semiárido,ultraelevado.
VOGAISIGUAIS
USE hífen.anti-inflamatório, auto-observação, micro-ondas, contra-argumento.
CONSOANTESIGUAIS
USE hífen.sub-base, super-requintado, inter-racial, inter-relacionar, hiper-realista.
VOGAL + R e S NÃO use hífen, duplique as consoantes: RR E SS