créduspulo
créduspulo
2
Créduspulo Uma paródia de “Crepúsculo”
3
Uma paródia por
Jeferson Rodrigo
4
Aos fãs, por favor, não fiquem bravos. É apenas uma paródia e não queremos atingir ninguém.
A intenção dessa paródia é tirar de vocês boas risadas – e matar um pouco o tédio de cada um.
5
Créduspulo – Uma paródia de “Crepúsculo”
Primeira edição – 2014
Editora PerSe
Paródia escrita inspirada na obra de Stephenie Meyer,
“Crepúsculo”. Todos os direitos legais reservados à autora.
6
Capítulo 1
Oi, meu nome é Isabella Swan, mas pode me chamar de Bella,
ou de linda, ou de maravilhosa, ou de qualquer outro nome
que me deixe mais bela. Enfim, isso não importa. Hoje é meu
primeiro dia de aula na escolinha mixuruca de Forks. Vim
morar com meu pai depois que minha mãe se prostituiu por
vinte reais. Eu achei isso um absurdo, e desde então, resolvi
morar com meu pai – que é viciado em Teletubbies – mas
pelo menos Teletubbies não é tão ruim quanto se prostituir –
por vinte reais ainda.
Eu tenho uma péssima mania de falar mal dos outros – mania
popularmente conhecida como fofoca. Sim, sou uma
fofoqueira. Mas não sou a Gossip Girl, ao contrário, nem blog
eu tenho. Sou uma burra quando o assunto é internet. Esse é
um dos meus motivos para vir morar em Forks, aqui não
existe internet. Essa cidadezinha de poucos habitantes – cinco
7
mil se você não contar os vampiros – é calma e arejada. A
única coisa que me incomoda é o tempo, só chove. Ás vezes
chove mais dentro de casa do que fora, já falei para meu velho
consertar as goteiras, mas ele não tem tempo. Ele é policial, o
policial mais importante de Forks – apesar de que isso não é
desculpa para não contratar alguém para consertar essas
malditas goteiras.
— Senhorita Swan? Senhorita Swan?
Sou acordada de repente pelo meu professor, que joga o livro
na minha cara, fazendo com que eu volte a mim. Já estou na
sala de aula. Nossa como vim parar aqui? Tele-transporte?
Não, foram apenas minhas pernas que me trouxe para a sala.
— Desculpe professor Snape. Acho que estava boiando um
pouco.
O professor Severo Snape é assustador. Se ele não for um
vampiro eu posso jurar que ele é um bruxo. Só usa roupas
pretas e tem um cabelo longo – preto também. Assustador.
— Não boie mais senhorita Swan, se não serei obrigado a tirar
essa piscina da sala. – Respondeu ele, mostrando a piscina de
plástico onde tinha alguns alunos se refrescando.
— Tudo bem. – Falei.
Assim que saí da piscina, me sequei e voltei a sentar-se nas
mesas da sala. O tema da aula era Cinquenta tons de cinza.
Não gosto desse livro. Se eu quiser ver pornô eu posso alugar
alguns DVD’s – até mesmo porque o Blu-Ray ainda não
chegou em Forks. Peguei meu caderno e comecei a fazer
algumas anotações, quando de repente eu olho de relance para
8
a lousa e dou de cara com alguém: Edward Eduardo Cullen.
OMG!
9
Capítulo 2
Comecei a encará-lo nos olhos, parecia que o tempo tinha
parado – o que era mentira, já que é impossível o tempo parar.
Mas mesmo assim, a sensação que aqueles olhos me
causavam era diferente. Parecia que ele estava olhando para
outra pessoa do meu lado, talvez ele seja vesgo, não tenho
certeza.
— Com licença. Posso me sentar ao seu lado? – Falou ele, se
aproximando de mim.
— Oi, claro que pode, mas eu estou aqui. – Respondi
acenando, já que ele parecia estar falando com a cadeira vazia
ao meu lado.
É ele é vesgo.
Edward Eduardo Cullen é lindo. Nunca vi ninguém com esses
olhos – a não ser aqueles monstrinhos do Monstros S.A que
10
eu assistia quando era criança – mas tirando isso, ele é
perfeito. Tirando também a pele super branca, o cabelo super
arrepiado – parece que ele tomou um choque de 220V – e
tirando seus dentes caninos enormes.
— Você é nova aqui? – Perguntou ele, me fazendo voltar dos
meus pensamentos.
— Sim esse é meu primeiro dia de aula. – Respondi meio
receosa. – E você?
— Considerando que hoje é o primeiro dia de aula da escola,
também é meu primeiro dia de aula aqui. – Respondeu ele.
— E porque você veio vestido assim? – Perguntei de repente,
sem perceber.
— Assim como? – Perguntou o gostoso.
— Com roupas da moda. Digo, essa calça deve ter custado os
olhos da cara. – Falei.
Edward se virou e me encarou nos olhos.
— Sim custou. – Respondeu ele, tirando um de seus olhos. –
Tanto que eu uso um olho de brinquedo, é uma prótese.
Ah, está explicado então porque ele é vesgo.
11
Capítulo
3
O sinal tocou para a hora do almoço. Sempre almoçamos ao
meio-dia, mas aqui em Forks, por estar sempre chovendo,
parece que estou jantando no lugar de almoçar. Assim que o
sinal tocou, peguei os meus materiais e enfiei-os na minha
mochila do Ben 10 – sim eu sou fã do Ben 10 – e saí
rapidamente da sala, minha conversa com o Edward Eduardo
não foi como eu esperava.
O refeitório era enorme. Cada tribo tinha sua mesa: tribo dos
índios, tribo dos nerds, tribo dos vampiros, tribo dos viciados
em Glee, tribo dos viciados em The Walking Dead e a tribo
das vadias – a qual me identifiquei perfeitamente.
— Olá gente. Posso me sentar com vocês? – Falei, chegando
perto a mesa.
12
— Depende... Você é uma vadia? – Perguntou uma garota,
com a saia tão curta que talvez fosse melhor ela vir estudar
pelada.
Levantei minha camisa como resposta, mostrando meus seios.
— Ok, sente-se com a gente. – Respondeu a garota, encantada
com meus seios.
Eu adorei conversar com eles. Fiz amizade quase que
instantaneamente. O que um bom seio não faz né? Agora eu
era amiga da Jéssica, da Ângela e do Mike. Em meio à
conversa, eis que vejo o Edward Eduardo entrando no
refeitório com seus amigos brancos em câmera lenta.
— Quem são eles? – Perguntei meio receosa.
— São os Cullens Coalhados. – Respondeu Jéssica.
— Coalhados? – Perguntei. – Como assim?
— É, Coalhados. Porque eles sempre estão azedando o leite
de alguém.
Não entendi muito bem o que isso quer dizer, mas não insisti
na pergunta.
— E quem é aquela vadia? – Perguntei, olhando para a garota
de cabelos curtos.
— Aquela é a Hélice, dizem que ela é vidente. Tipo a Raven
de “As visões da Raven” já assistiu? – Respondeu Jéssica.
— Adoro essa série! – Falei, empolgada. – Você é fã?
13
Foi só eu perguntar que ela tirou seu celular do bolso e me
mostrou uma página fã-clube no facebook.
— Ok. Já entendi. – Disse, voltando os olhos ao grupo dos
Cullens. – Vou pegar sobremesa já volto.
Saí rapidamente da mesa das vadias e fui buscar uma
sobremesa. Assim que coloquei quase toda a sobremesa no
meu prato, eu me viro e dou de cara com Edward Eduardo –
literalmente.
— Desculpe. – Falei, meio sem graça.
— A culpa foi minha. Meus olhos não ajudam muito.
— Por isso eu devia me orientar melhor que você. – Falei.
— Você quer sair comigo hoje? – Perguntou ele, de repente.
— Não sei se devo...
— Então tudo bem. – Ele se virou para ir embora, sem mais
nem menos.
— Espera! – Eu segurei seu braço e senti o frio de sua pele.
— O que foi? – Ele se virou, esperançoso.
— Você deixou cair sua dentadura. – Respondi, lhe
entregando a dentadura que caiu na minha sobremesa.
14
Capítulo
4
Sobrevivi ao meu primeiro dia de aula na escolinha de Forks –
até mesmo porque é apenas uma escola – e assim que cheguei
em casa, vi meu pai parado ao lado de um lindo carro
vermelho do ano.
— Oi Bella querida, adivinha para quem é esse carro? – Falou
ele, vindo me abraçar.
— Pai, não precisava... – Respondi, negando o abraço dele e
correndo em direção ao carro.
Mal cheguei perto do carro quando alguém acelerou de
repente e saiu. Bom, acho que não era daquele carro que meu
pai estava falando.
— Bella? Está tudo bem? – Perguntou ele, se aproximando.
— Estou... – Me levantei. – Pensei que aquele carro era para
mim...
15
— Você acha que sou louco de dar um carro caro do ano para
você? – Falou ele. – Aquele era o carro da vizinha. Esse é o
seu carro.
Meu pai então apontou para o outro lado do quintal,
mostrando um carro que mais parecia uma cambiarra
ambulante.
— Pai... Não precisava. – Disse, com uma cara de desgosto.
— Para você minha querida. Comprei no ferro velho, para
você sair de rolê com suas amigas e com seu gatinho. – Ele
piscou.
Fiquei sem graça e corei.
— Pai, eu não tenho nenhum gatinho...
— Claro que tem. – Ele respondeu me entregando um gatinho
amarelo e branco. – Ele se chama Bob.
Entendi, era desse gatinho que ele estava falando. Não do
gatinho Edward Eduardo Cullen.