Treinamento de Atmosfera Ex
Pgina21CONTEDO
INTRODUO1. O qu uma Atmosfera Explosiva?2. Inflamabilidade.3.
Flash Point ou Ponto de Fugor.4. Temperatura de Ignio.5.
Inertizao.6. Eletricidade Esttica.7. Regulamentao de Zonas de
Risco.8. Sistemas de Aterramento9. Ato e Condio Insegura10. Tipos
de Proteo Ex.11. Trabalhos em rea Classificada12. Tcnicas de Anlise
de Riscos.13. Procedimento de Corte e Solda
IntroduoCorte e Solda em rea ClassificadaTrabalhos a quente tm
sido a causa de um nmero significativo de incndios e exploses em
instalaes industriais e comerciais; e correspondem a cerca de 5 a
10% desses eventos. Tais incndios frequentemente ocorrem durante
servios de manuteno ou reforma de planta.A presena de equipamentos
eltricos em reas com atmosferas explosivas constituem uma das
principais fontes de ignio dessas atmosferas, quer pelo
centelhamento normal como na abertura e fechamento de contatos,
como devido temperatura elevada atingida pelo mesmo em operao
normal ou em falhas.As operaes mais comuns so: Esmerilhamento;
Corte; Soldagem a arco ou oxi-solda; Utilizao de equipamentos
portteis.Os responsveis pela segurana industrial devem estar
cientes dos seguintes perigos de incndio inerentes aos trabalhos a
quente: Emisso de fagulhas e partculas quentes; Tcnicas de
cobertura apenas proporcionam proteo limitada a materiais
combustvel existentes na rea; Equipamentos danificados tais como:
vlvulas e tubulaes com vazamentos, cabos eltricos danificados;
entre outros, introduzem riscos adicionais operao; Conduo de calor
por corte ou solda; Gases ou vapores combustveis que possam
normalmente ou por falhas, se fazerem presentes.Resta-nos
estabelecer a equalizao das informaes a todos os envolvidos atravs
de treinamentos de capacitao, onde emitente e requisitante de
Permisso de Trabalho a Quente, possam alinhar de forma coerente e
aplicvel, as medidas de controle de riscos.Devemos identificar os
riscos e estabelecer as medidas de controle dos mesmos.OBJETIVOS DO
CURSO CAPACITAR O ALUNO A INTERPRETAR DESENHOS DE CLASSIFICAO DE
REAS; CAPACITAR O ALUNO A IDENTIFICAR E APLICAR CORRETAMENTE OS
EQUIPAMENTOS Ex; DESPERTAR NO ALUNO A PERCEPO DOS RISCOS INERENTES
AOS TRABALHOS EM REAS CLASSIFICADAS. CAPACITAR O ALUNO NA APLICAO
DE PROCEDIMENTOS PADRONIZADOS.
1. O QU UMA ATMOSFERA EXPLOSIVA?Uma atmosfera explosiva quando a
proporo de gs, vapor ou p no ar tal que uma fasca proveniente de um
circuito eltrico ou do aquecimento de um aparelho provoca a
exploso. Quais condies preciso reunir para que se produza uma
exploso? Para produzir uma exploso, trs elementos so
necessrios:
Observa-se que o oxignio do ar estando sempre presente, falta
reunir dois elementos para que se produza uma exploso. preciso
saber que uma fasca ou chama no indispensvel para que se produza
uma exploso. Um aparelho pode, por elevao de temperatura em sua
superfcie, atingir o ponto de inflamao do gs e provocar a exploso..
Que tipos de produtos podem produzir uma exploso? Os produtos de
risco so classificados pela ABNT (NBR-5363/98) em 4 grupos: I, IIA,
IIB, IIC: Gs de aquecimento. Hidrocarbonetos. Solvente de cola e de
adesivos. Solvente e diluentes para pinturas. Verniz e resinas.
Aditivos de fabricao dos produtos farmacuticos, dos colorantes, dos
sabores e perfumes artificiais. Agentes de fabricao dos materiais
plsticos, borracha, tecidos artificiais e produtos qumicos de
limpeza. Elementos de tratamento e fabricao dos lcools e derivados.
Aonde pode se formar uma atmosfera explosiva? Todos os locais onde
so fabricados, estocados e transformados os produtos acima citados,
esto pr- dispostos a conter uma atmosfera explosiva.
2. INFLAMABILIDADE: a relao volumtrica entre a substncia
inflamvel e o oxigenio, capaz de formar uma mistura explosiva.
Limite inferior de inflamabilidade LEL (LII) a concentrao mnima,
acima da qual a mistura explosiva pode inflamar. Limite superior de
inflamabilidade UEL (LSI) a concentrao mxima, abaixo da qual a
mistura explosiva pode inflamar. Toda mistura possui uma energia de
ignio (MIE Minimum Ignition Energy) que abaixo deste valor
impossvel se provocar a detonao; em funo da concentrao da mistura,
ou seja: da quantidade de combustvel em relao a quantidade de ar. A
figura abaixo compara a curva do Hidrognio com o Propano,
ilustrando a energia da fonte de ignio, que efetivamente provoca a
detonao em funo da concentrao de mistura, ou seja, da quantidade de
combustvel em relao a quantidade de ar. O ponto que requer menor
concentrao de energia para provocar a detonao chamado de MIE
(Minimum Ignition Energie), sendo tambm o ponto onde a exploso
desenvolve maior presso, ou seja a exploso maior. Fora do ponto de
menor energia MIE, a mistura necessita de maiores quantidades de
energia para provocar a ignio, ou seja: a energia de ignio funo da
concentrao da mistura. As concentraes abaixo do limite mnimo de
explosividade LEL (Lower Explosive Limit) no ocorre mais a exploso
pois a mistura esta muito pobre ou seja muito oxignio para pouco
combustvel. Analogamente quando a concentrao aumenta muito, acima
do limite mximo de explosividade UEL (Upper Explosive Limit), tambm
no ocorre mais a exploso devido ao excesso de combustvel, mistura
muito rica.
Dentro de princpio, a energia total que o circuito
intrinsecamente pode conter deve ser menor que a mnima energia de
ignio MIE
3. FLASH POINT OU PONTO DE FUGOR:Flash point ou ponto de fugor a
menor temperatura que um produto inflamvel (lquido), libera vapor
em quantidade suficiente para formar uma mistura explosiva.4.
TEMPERATURA DE IGNIO:Temperatura de auto inflamao ou temperatura de
ignio espontnea a menor temperatura, a partir da qual uma atmosfera
explosiva se inflama. Portanto, a elevao da temperatura dos
equipamentos eltricos, pode causar a ignio da mistura explosiva.5.
INERTIZAO:NR-33 no item 33.1.2 - Espao Confinado qualquer rea ou
ambiente no projetado para ocupao humana contnua, que possua meios
limitados de entrada e sada, cuja ventilao existente insuficiente
para remover contaminantes ou onde possa existir a deficincia ou
enriquecimento de oxignio.Espaos Confinados so reas fechadas ou
enclausuradas, com as seguintes caractersticas: O ambiente no prev
ocupao humana contnua; As aberturas para entrada e sada so
restritas, limitadas, parcialmente obstrudas ou providas de
obstculos que impeam a livre circulao dos trabalhadores; A
movimentao no seu interior muitas vezes difcil, podendo ocorrer o
aprisionamento do trabalhador devido complexidade da geometria,
como planos inclinados, paredes convergentes, pisos lisos, seo
reduzida e outras; A ventilao natural inexiste ou deficiente; A
ventilao existente insuficiente para remover contaminantes (gases,
vapores, poeiras, nvoas ou fumos); O percentual de oxignio pode ser
inferior ou superior aos limites legais; Poluentes txicos e
inflamveis e/ou explosivos podem ser encontrados no seu interior;
Fontes de energia potencialmente nocivas podem estar presentes; O
risco de ocorrncia de acidente de trabalho ou de intoxicao elevado.
A entrada de trabalhadores no interior dos espaos confinados pode
ocorrer para a realizao de servios de construo, instalao,
comissionamento, manuteno, reparao, inspeo, limpeza, pintura e
resgate. A ventilao um dos meios capazes de minimizar ou evitar a
formao de uma atmosfera explosiva. essencial que esse tipo de
proteo assegure que em qualquer ponto do ambiente, assim como em
qualquer tempo, no haver a formao de uma substncia inflamvel.
Observa-se que fundamental importncia uma boa avaliao das condies
locais de instalao, e da quantidade mxima de gs ou vapor inflamvel
que pode ser liberado.A ventilao uma das variveis mais difceis de
avaliar. Quando a instalao ao cu aberto, ou seja, no h obstculo,
diz-se que a ventilao adequada ou natural. Quando h barreiras
ventilao natural, diz-se que a ventilao inadequada ou limitada. H
ainda a ventilao artificial, que pode ser geral ou localizada.
Contudo, a ventilao artificial requer cuidados de segurana na
ininterruptibilidade de seu funcionamento, para que seja mantido o
controle de inflamabilidade do ambiente.6. ELETRICIDADE ESTTICA: A
eletricidade esttica constitui um risco de incndio e exploso
durante o manuseio de petrleo (leo cru e derivados lquidos).
Algumas operaes podem dar lugar acumulao de cargas eltricas, as
quais podem ser repentinamente liberadas em descargas
eletrostticas, com energia suficiente para inflamar uma mistura
inflamvel de gs de hidrocarbonetos com ar.6.1. Acumulao de
Eletricidade Esttica No caso do petrleo, os produtos claros so, em
geral, considerados como acumuladores de eletricidade esttica,
devido sua baixa condutividade. Os acumuladores estticos incluem:
Querosenes de aviao; leo diesel claro; leo lubrificante; Gasolinas
naturais; Querosenes; Solventes; Gasolina automotiva e de aviao;
Naftas; Gasleos pesados. 6.2. Descarga de Eletricidade Esttica Em
resumo, descargas eletrostticas podem ocorrer como conseqncia da
acumulao de cargas em lquidos ou slidos no condutores. A mais
importante precauo que deve ser tomada para evitar um risco de
descarga eletrosttica manter todos os objetos metlicos
interligados; a interligao elimina o risco de descargas entre
objetos de metal, que podem estar muito energizados e, portanto,
ser muito perigosos. 6.3. Contatos metlicos para descarga de
eletricidade esttica O risco de descarga devido ao acmulo da
eletricidade esttica em decorrncia do fluxo de fluidos pode ser
evitado se a resistncia eltrica entre tanques de armazenamento /
plantas de processo / tubulaes e a estrutura da unidade for menor
que 1 Mohm (106 ohm). Condutores para bonding so necessrios para
vasos, tubulaes, vlvulas e acessrios, dutos de ventilao/exausto que
no estejam permanentemente conectados estrutura da unidade, ou que
no tenha continuidade eltrica assegurada em emendas, para efeito de
proteo contra descargas devido eletricidade esttica, conforme
figura. Nota: O bonding pode ser dispensado quando os vasos,
tubulaes, vlvulas e acessrios estiverem conectados estrutura da
unidade, diretamente ou via seus suportes, soldados, aparafusados
ou conectados via estojos em flanges ou grampos tipo U, desde que a
resistncia mxima entre interligaes e de trechos de tubulaes para
terra seja menor que o valor de 1 Mohm, porm, para assegurar baixos
valores mesmo com a deteriorao de contato, recomendado o valor
abaixo de 10 Ohms, medido com multmetro DC (Prtica Recomendada).
(Ver Norma N-2222 17D).
7. REGULAMENTAO DE ZONA DE RISCO: 7.1. O que uma zona de
risco?As regulamentaes internacionais distinguem as seguintes
categorias de zonas perigosas: zona O", zona "1" e zona "2". Estas
zonas so geogrficas, mas os limites entre cada uma delas no so
nunca definidos. Uma zona pode se deslocar por diversos motivos:
aquecimento dos produtos, ventilao falha no local e (ou) erro de
manipulao. A atmosfera explosiva est sempre presente - Zona
"O".Zona na qual uma mistura explosiva de gs, vapor ou poeira est
permanentemente presente (o estado gasoso no interior de um
recipiente ou de um reservatrio constitui uma zona "O"). A
atmosfera explosiva est freqentemente presente - Zona "1".Zona na
qual uma mistura explosiva de gs, vapores e poeiras pode
eventualmente se formar em servio normal de instalao. A atmosfera
explosiva pode acidentalmente estar presente -Zona "2". Zona na
qual uma mistura explosiva pode aparecer s em caso de funcionamento
anormal da instalao (perda ou uso negligente).
CUIDADO!!!Esta lista no limitada a formas lquidas ou gasosas.
preciso lembrar que certos produtos utilizados em forma de p ou
poeira podem tambm se tornar em certas condies agentes ativos de
uma exploso. So poeiras ou p de: acar, alumnio, amido de trigo,
carvo, celulose, enxofre, leite, poliestirenos, resinas epxi, trigo
(farinhas), etc.
7.2. Como determinar as Zonas de Risco?A essa pergunta permitido
responder que no existe mtodo para definir as zonas, com efeito;
qualquer instalao um caso para estudo, no h casos clssicos.No
entanto, possvel pegar um desses casos e estud-lo.Trata-se de uma
oficina onde so misturados elementos que entram na fabricao de
verniz. Os produtos utilizados so classificados como produtos de
risco. A operao se faz em temperatura ambiente.Existem trs casos
que podem ser considerados: O recipiente de mistura est ao ar
livre, o local no ventilado mecanicamente. Os produtos esto sempre
presentes na oficina. Todas as operaes so manuais.
O recipiente coberto com chamin. O local ventilado, os produtos
estocados so separados do resto da oficina e uma parte das
manipulaes manual.
O recipiente fechado. O local ventilado mecanicamente, os
produtos so estocados fora, todas as operaes so comandadas por uma
mesa de comando colocada fora da zona. O nico risco a aberturado
recipiente para inspeo e manuteno.
7.3. reas Classificadas em Unidades de Produo de leo e Gs.
7.3.1. Zona 0 inclui, por exemplo: reas internas a equipamentos de
processo contendo gases ou vapores inflamveis; reas internas a
vasos de presso ou tanques de armazenamento; reas em torno de
respiros que liberem gases ou vapores continuamente ou por longos
perodos; reas acima e prximo de superfcies de lquidos inflamveis em
geral. 7.3.2. Zona 1 inclui, por exemplo, espaos em torno de: rea
de cabea de poo QCDC (linhas de leo e gs) Conector de riser de
produo, de exportao, de injeo de gs rvores de Natal secas
Equipamentos para armazenamentos e processamento de leo e gs:
Tanques de armazenamento de lquido imflamvel Tanque de
armazenamento de lquido combustvel (QAV, etc.) Vaso de presso de
hidrocarbonetos, em geral (Separadores de Alta e Baixa Presso,
Dessalgadora, Surge Drum) Distribuidor ou coletor Respiros, vents,
Vlvulas de alvio (PSVs, Diafragmas, etc.) e respectivas descargas
Lanador ou Recebedor de PIG Lanador ou Recebedor de esferas e
raspador Unidade de remoo de H2S Unidade de desidratao de gs
(Glicol) Sistema de Lanamento atravs de linha (TFL) Desidratador,
estabilizador e unidade de recuperao de hidrocarbonetos
Equipamentos de armazenamento de gua contaminada com gs imflamvel
(hidrociclones e caissons) Unidade de Injeo de Produtos Qumicos
(metanol, etc.) Bombas de Transferncia de leo Compressor de Gs,
compressor recuperador de vapor Rerspectivos respiros de tanques de
leo lubrificante, leo hidrulico (contaminveis atravs de selos em
mancais) Trocadores de calor, intercooler Motor a gs, Turbinas:
Vent das vlvulas de blow-down (BDV) de despressurizao das linhas de
gs combustvel; Vent de tanque de leo hidrulico, tanque de leo
lubrificante, quando contaminvel com gs atravs de selo dos mancais,
etc; Respiro do Carter de motor a gs; Filtros de Unidades de
tratamento de gs combustvel; Interior do hood, conforme a condio de
ventilao e protees existentes, pode ser considerado Zona 2. Drenos
fechados e abertos de vasos e skids Vlvulas e atuadores de vlvulas
de hidrocarbonetos; Espaos em torno de mangotes flexveis, com
hidrocarbonetos; Espaos em torno de ponto de tomada de amostras
(vlvulas, etc.); Espaos em torno de selo de bombas compressores e
similares, no caso de fonte de risco de grau primrio. Espaos em
torno dos cogumelos de exaustores de compartimentos classificados
como Zona 1, incluindo o espao interno de dutos; como exemplos:
Sala de Baterias; Paiol de Tintas; Sala de Bombas de Exportao de
leo Em reas externas, a rea de 1,5 m em torno de qualquer abertura
de acesso ou de ventilao de compartimentos classificados como Zona
1, incluindo p exemplo: Portas, janelas, escotilhas Abertura em
pisos, tetos ou anteparas para passagens de cabos eltricos, tubulao
Suspiro ou abertura para exausto e/ou ventilao natural Outros:
Qualquer rea confinada ou semi-confinada, sem ventilao, com acesso
direto a qualquer rea classificada como Zona 2; Qualquer rea
confinada ou semi-confinada, com ventilao adequada, contendo fonte
de risco de grau primrio; Qualquer rea confinada ou semi-confinada,
sem ventilao, contendo fonte de risco de grau secundrio; Salas de
Baterias; rea em torno dos Tanques de Armazenamento de Querozene de
Aviao, da Bomba de Abastecimento e carretel de mangueira. Paiol de
Tintas; rea de depsito de Cilindros de Acetileno.
7.3.3. Zona 2 inclui, por exemplo: reas de 1,5 m alm das reas
Zona 1 especificadas acima. Antecmara (air-lock) formando barreira
com duas portas, entre uma Zona 1 e rea no classificada. Espaos em
torno de fontes de risco secundrio como flanges, conexes, vlvulas,
queixo-duro, etc. Qualquer rea confinada ou semi-confinado,
adequadamente ventilado, que contenha fontes de risco de grau
secundrio. Qualquer rea confinada ou semi-confinada, adequadamente
ventilada, com acesso direto a qualquer Zona 1. reas externas num
raio de 1,5 m alm da fronteira de qualquer sada de ventilao ou
acesso a espao Zona 2, como por exemplo: Portas, janelas,
escotilhas Aberturas em pisos, tetos ou anteparas para passagem de
cabos eltricos, tubulao. Suspiros ou aberturas para exausto e/ou
ventilao natural Equipamento de armazenamento de gua contaminada
com gs inflamvel (hidrociclones e caissons) 7.3.4. Unidades tipo
FPSO / FSO Estes tipos de unidade tm requisitos adicionais,
conforme regras das classificadoras, superpondo / unindo as reas
classificadas tpicas, como abaixo: Embarcao para armazenamento
(navio petroleiro); Planta de Processamento de leo / gs, no convs
de produo; Torre do swivel; Poo do Turret para ancoragem e conexo
dos Risers de produo / exportao Utilidades, etc. As reas
classificadas tpicas de navios petroleiros, conforme definido na
IEC 60092-502 [11F], que tambm inclui as figuras de classificao de
reas correspondentes, so: Vent / suspiros de tanques de carga de
petrleo, atmosfrico ou com vlvula de vcuo-presso, tipicamente,
cilindro vertical com raio de classificao de 10 m (Zona 1 esfera e
cilindro raio 6 m + Zona 2 com cilindro raio 4 m); Boca de visita
de tanques de carga, boca de ulagem (medio), Zona 1; rea no convs
livre sobre e adjacentes ao teto dos tanques de carga; Espaos
confinados / cofferdam imediatamente adjacente (acima, abaixo ou
lateralmente) a tanques de carga, Zona 1; respiros desses espaos no
convs. Sala de bombas de carga / transferncia de leo, Zona 1
8. SISTEMA DE ATERRAMENTO 8.1. Aterramentos de equipamentos. A
alta salinidade presente em instalaes eltricas em atmosfera marinha
contribui para a falha no isolamento dos equipamentos eltricos, com
possibilidade de curto-circuito e fuga de corrente para a carcaa
metlica dos equipamentos. Tais falhas podem gerar centelhas
eltricas que podem constituir-se em fontes de ignio na presena de
gases e tambm, risco de choque eltrico para as pessoas em contato
com o equipamento. 8.2. Funes do aterramento: Desligamento
Automtico: Oferecer um percurso de baixa impedncia para a corrente
de fuga, permitindo a atuao do dispositivo de proteo. Controle de
Tenses: Permite um controle de tenses desenvolvidas no solo
(Descargas Atmosfricas) Transitrios: Estabiliza a tenso durante
transitrios provocados por falta para terra, chaveamento, etc.
Cargas Estticas: Escoar cargas estticas acumuladas em estruturas,
suportes e carcaas Segurana de pessoas e animais: Proteger a pessoa
e animais contra contatos indiretos.
Terra para efeito geral, a massa metlica da estrutura ou casco
da unidade martima.A estrutura contnua de mdulos que so montados e
soldados, tendo uma conexo permanente estrutura principal, jaqueta,
considerada terra. Mdulos de perfurao e outras partes que no sejam
soldadas estrutura metlica principal devem ser providos de ligao ao
anel de aterramento, para torn- los equipotencial terra.Aterramento
- significa ligar intencionalmente qualquer equipamento ou skid ao
casco da embarcao ou estrutura metlica da plataforma.Anel de
Aterramento - conjunto constitudo por barras de aterramento
interligadas atravs de condutores com o objetivo de manter a
Equipotencialidade das partes metlicas no condutoras dos
equipamentos e das estruturas, onde for o caso.Condutor de
Aterramento - Elemento que liga qualquer parte da instalao a ser
aterrada a um anel de aterramento ou a terra.Condutor de Proteo -
condutor adicional que interliga as partes metlicas no energizadas
dos equipamentos eltricos barra de aterramento do painel
alimentador (Ex.: quarto condutor de cabo trifsico).Nota: Terra
para efeito de descargas atmosfricas refere-se ao mar, para onde
escoa qualquer raio que atinja a estrutura metlica, que mantm
contato com a gua salgada.
8.3. O aterramento pode ser: Funcional: ligao atravs de um dos
condutores do sistema de neutro. Proteo: ligao terra das massas e
dos elementos condutores estranhos instalao. Temporrio: ligao
eltrica efetiva com baixa impedncia intencional terra, destinada a
garantir a Equipotencialidade e mantida continuamente durante a
interveno na instalao eltrica.
Um efetivo aterramento significa ligar diretamente
(galvanicamente) a carcaa dos equipamentos ao casco metlico da
plataforma, eliminando o risco de centelhamento e de choque
eltrico.
Para instalaes existentes, o cabo de aterramento pode ser
dispensado se houver contato metlico adequado entre a carcaa do
equipamento eltrico e a estrutura do casco, seja atravs de solda,
fixao por parafuso ou rebite, com raspagem da pintura, ou com uso
de arruela dentada para garantir proteo adequada em caso de
curto-circuito, exceto nos sistemas com neutro solidamente aterrado
e nas Unidades do tipo FPSO e FSO.Deve ser previsto um plano de
manuteno e inspeo peridica do sistema de aterramento de segurana. A
medio de resistncia de contacto entre a carcaa de um equipamento e
a estrutura, medindo de superfcies metlicas sem pintura, deve
fornecer leitura 0,0 (zero) para qualquer meghmetro 100/250 Volts e
menor ou igual que 1 (um ohm) com qualquer multmetro (ohmiter).
Aterramento de circuitos intrinsecamente seguros e respectivas
blindagens de cabo, deve ser menor que 1 .
Um anel de aterramento visvel, com cabo de cobre, isolado em PVC
verde, e protegida contra danos mecnicos, interligando todas as
principais estruturas metlicas, dever ser instalado em plataformas
que tenham sistemas solidamente aterrados, ou aterrados atravs de
baixa resistncia, conforme Norma PETROBRAS N-2222 [17D].
Recomendado tambm para skids com equipamentos eltricos, instalados
sobre tanques de carga em FPSO ou FSO
Para unidades fixas moduladas (plataformas fixas de jaqueta)
deve ser previsto um anel de aterramento para cada mdulo. Todos os
anis de aterramento de mdulos adjacentes devem ser interligados
entre si em pelo menos dois pontos a partir das barras de terra
integrantes do anel de aterramento de cada mdulo. O anel de
aterramento de cada mdulo deve ser conectado barra de aterramento
da estrutura metlica principal (jaqueta) em pelo menos dois
pontos.Deve ser adotado cabo de cobre com seo nominal de 95 mm2 nas
seguintes situaes:
a) anel de aterramento de cada mdulo;b) interligao entre os anis
de aterramento dos mdulos adjacentes;c) anel principal de
aterramento dos conveses;d) interligaes entre as barras de
aterramento dos painis e o anel de aterramento do mdulo;e)
interligaes entre os anis principais dos conveses e entre estes e
as barras de aterramento da jaqueta ou da perna.
Para unidades do tipo FPSO e FSO deve ser previsto um anel de
aterramento para todo o convs de produo, salas de painis e CCMs
eltricos, sala de bombas de exportao de leo, praa de mquinas e
turret. O anel de aterramento interno do turret dever ser conectado
estrutura metlica do turret e ao anel de aterramento principal no
convs de produo atravs de anel coletor com escovas (slip-ring)
montado na junta rotativa (swivel) dedicado para aterramento. Deve
ser adotado cabo com seo nominal de 95 mm2 nas seguintes
situaes:
a) anel de aterramento do convs da planta de produo;b)
interligao entre os anis de aterramento;c) interligao entre as
barras de aterramento dos painis/CCMs e o anel de aterramento.d)
Interligao entre o anel de aterramento e o casco metlico.
Todos os skids de processo formando uma unidade pacote (hood)
devem ter anel de aterramento interno individual, conectado ao anel
de aterramento principal.
ATERRAMENTO DE SISTEMA ELTRICO DE BAIXA TENSO
O sistema com neutro isolado deve ser utilizado
preferencialmente em FPSOs e FSOs visando evitar circulao de
corrente pelo casco, durante faltas terra, na regio dos tanques de
petrleo (Exigncia das Sociedades Classificadoras).O aterramento por
alta resistncia deve ser utilizado preferencialmente nas demais
Unidades Martimas de Produo, que no armazenem Petrleo....As sadas
do CDC de emergncia devem ter alarme na ECOS, sem desligamento em
caso de falta terra.
ATERRAMENTO DE SISTEMA ELTRICO DE MEDIA TENSO
Para Unidades Martimas de Produo que armazenem petrleo como
FPSOs e FSOs, deve ser utilizado preferencialmente o aterramento
por alta resistncia, restrito reas no classificadas. Dessa forma, o
aterramento da gerao e as eventuais cargas em mdia tenso devem
estar fisicamente localizados fora de qualquer rea classificada, de
modo a assegurar que no haver retorno de corrente pelo casco em
zonas perigosas. Essa exigncia s poder ser modificada com autorizao
explcita da Sociedade Classificadora.Alternativamente para os FPSOs
e FSOs poder ser utilizado o sistema com neutro isolado. O
aterramento por alta resistncia deve ser utilizado
preferencialmente nas demais Unidades Martimas de Produo, que no
armazenem Petrleo.Para ambos os sistemas, neutro isolado ou
aterrado por alta resistncia, deve ser garantido um desligamento
seletivo instantneo no caso de qualquer falha terra, bem como um
eficiente sistema de localizao e sinalizao do circuito com
defeito.
8.3.1. Isolao Galvnica
Conforme ilustra a figura abaixo, aumenta a eficincia da
barreira zener com aterramento dedicado (integro), mas na prtica
sabemos que difcil de construir e manter um aterramento com
impedncia menor que 1.
Visando eliminar este problema desenvolveu-se a tcnica de isolao
galvnica que possibilita dispensar-se a conexo do limitador de
energia ao sistema de aterramento seguro. A figura abaixo ilustra
um circuito seguro bsica de isolador galvnico, onde temos a rede de
corrente alternada conectada a um transformador redutor de tenso e
a seguir uma fonte de corrente contnua
A tenso em corrente contnua aplicada ao isolador galvnico, que
oscila o sinal em corrente contnua para envi-lo a um transformador
isolador, que separa os sinais de entrada e sada da unidade.Em
seguida o sinal reconstitudo atravs de um retificador com filtro, e
enviado ao elemento de campo, pois alm dos defeitos previstos pelas
normas de segurana intrnseca (defeitos 3 e 4) teramos que ter ainda
outros defeitos, para que a tenso atingisse o circuito limitador. O
transformador isolador normalizado de forma a garantir alta isolao,
e confiabilidade total de sua incapacidade de transferir sinais
elevados, por efeitos de saturao, tornando-o um componente
extremamente seguro. 8.4. Equipamentos Transportveis, Mquina de
Solda Containers e respectivos painis/equipamentos internos devem
ser efetivamente aterrados. Ferramentas manuais portteis devem ser
efetivamente aterradas atravs dos cabos de alimentao. Equipamentos
transportveis como mquinas de solda devem ser aterrados conforme
figura abaixo:
9. ATO E CONDIES INSEGURAS.Todo acidente CAUSADO, e no
simplesmente acontece, por isso que toda vez que ocorre um
acidente, por mais simples que possa parecer, ns o investigamos e
analisamos, com a finalidade de encontrarmos causas e, em
consequncia, encontrarmos as providncias ou recomendaes necessrias,
para evitarmos a repetio de acidentes semelhantes.Os acidentes
ocorrem por falta cometida pelo empregado contra as regras de
segurana ou por condio de insegurana que existem no ambiente de
trabalho.Podemos classificar basicamente as causa de um acidente de
trabalho em dois fatores: Atos ou Condio Insegura.Existe uma
terceira classificao de causas de acidentes que so as causas
naturais, responsvel por 1 a 2% dos acidentes.As causas naturais so
os fatores da natureza, tais como vulco, terremotos, maremotos,
tempestades, etc, onde a tecnologia no tem controle ou previses
mais confiveis.Atos e condies inseguras so fatores que, combinados
ou no, desencadeiam os acidentes do trabalho. So, portanto, as
causas diretas dos acidentes. Assim, pode-se entender que prevenir
acidente do trabalho, em sntese, corrigir condies inseguras
existentes nos locais de trabalho, no permitir que outras sejam
criadas e evitar a pratica de atos inseguros por parte das
pessoas.Tanto as condies como os atos inseguros tm origem mais
remota, em causas indiretas. Esses fatores indiretos, porm, podem
ser atenuados ou eliminados, de modo a evitar que os ltimos elos da
cadeia, atos e condies inseguras, venham a propiciar a ocorrncia de
acidentes ou pelo menos que essas ocorrncias se tornem cada vez
mais raros.Levantamentos realizados por diversos rgos e institutos
mostraram que a proporo das causas de acidentes de
aproximadamente:
ATOS INSEGUROS80%CONDIES INSEGURAS20%9.1. ATOS INSEGUROS a
maneira como as pessoas se expem, consciente ou inconscientemente,
a riscos de acidentes. So esses os atos responsveis por muitos dos
acidentes de trabalho e que esto presentes na maioria dos casos em
que h algum ferido. Nota-se que nas investigaes de acidentes, que
alguns atos inseguros se sobressaem entre os catalogados como os
frequentes, embora essa maior evidncia varie de empresa para
empresa. Cabe ressaltar que um funcionrio sem treinamento ou que no
saiba os riscos inerentes a uma determinada atividade, no deve ser
classificado como ato inseguro, mas sim como condio insegura.
Abaixo alguns exemplos de atos inseguros mais conhecidos:
Ficar junto ou sob cargas suspensas. Usar mquinas sem habilitao
ou permisso. Lubrificar, ajustar e limpar maquina em movimento.
Inutilizar dispositivos de segurana. Uso de roupa inadequada.
Transportar ou empilhar inseguramente. Tentar ganhar tempo Expor
partes do corpo, a partes mveis de maquinas ou equipamentos.
Imprimir excesso de velocidade. Improvisar ou fazer uso de
ferramenta inadequada a tarefa exigida. No utilizar EPI. Manipulao
inadequada de produtos qumicos. Fumar em lugar proibido. Consumir
drogas, ou bebidas alcolicas durante a jornada de trabalho.9.2.
CONDIES INSEGURA
Condies inseguras nos locais de servio so aquelas que
compreendem a segurana do trabalhador. So as falhas, os defeitos,
irregularidades tcnicas e carncia de dispositivos de segurana que
pem em risco a integridade fsica e/ou a sade das pessoas e a prpria
segurana das instalaes e equipamentos.
9.3. ERROS MAIS COMUNS EM EQUIPAMENTOS E CABOS.a) Falta de
parafuso ou parafusos frouxos em tampas de invlucros prova de
exploso;b) Dimenses dos intertcios acima do mximo permitido em
invlucros prova de exploso (do tipo flageado); superfcie retificada
do flange amassada,borracha de silicone no intertcio; e corroso
acentuada nas juntas flangeadas;c) Conexes de aterramento frouxas
ou inexistente;d) Unidade seladora faltando massa seladora;e) Falta
de unidades seladoras ou aplicadas de forma irregular;f)
Equipamento prova de exploso para grupo IIA (metano) aplicado em
rea de Grupo IIC (sala de baterias);g) Uso de prensa-cabo do tipo
prova de tempo (no do tipo Ex);h) Uso de prensa cabo de bitola
inadequada (cabo folgado permitindo passagem de ar);i) Vedao de
tampa ou conexo de eletrodutos, com menos de 5 fios rosqueados, e
furo para entrada roscada com comprimento axial menor que 8 mm.j)
Furo de entrada reserva sem bujo adequado para vedao;k) Modificaes
no autorizadas que podem comprometer a integridade do painel, como
por exemplo; furao de invlucro a prova de exploso pelo campo para:
Instalao de botoeira / piloto adcional; Furao adcional na parede
lateral ou no fundo da caixa, onde a parede tem espessura menor e
no comporta no mnimo 5 fios de rosca, para entrada de eletroduto,
por exemplo. Furao na tampa ou no corpo do painel para fixar
conector de aterramento ou similar.l) Luminria com lmpada diferente
do especificado e aprovado (lmpadas de maior potencia implica em
maior temperatura).m) Equipamento pressurizado / purgado por ar
comprimido, saturados de gua ou leo arrastado pela linha de ar.n)
Idem; sem pressurizao, desrregulado, sem placa de aviso para manter
pressurizado.o) Alarme de equipamento pressurizado desativado /
removido.p) Caixas do tipo Exd em alumnio, corrodos, perdendo a
integridade Ex da carcaa, juntas flangeadas ou roscas com
intertcios grandes;q) Painis / caixas do tipo plova de exploso, com
cabo removido e com furo do prensa - cabo aberto;r) Caixas do tipo
Exd, com juntas flangeadas pintadas;s) Caixas do tipo Exd, furadas
para instalao de cabo de aterramento.
10. TIPOS DE PROTEO Ex: Os tipos de proteo para equipamentos Ex,
conforme a IEC/ABNT, a simbologia associada, definio e Normas
aplicveis esto relacionadas na tabela a seguir: Os requerimentos
constantes nos livros de regras das Sociedades Classificadoras
(ABS, BV e DNV) e da IMO esto em conformidade com as prescries da
normas internacionais (IEC 60079).
11. TRABALHOS EM AREAS CLASSIFICADAS Neste captulo so indicadas
as precaues a serem tomadas para a execuo de trabalhos com
eletricidade e trabalhos a quente. Um resumo das precaues e
impedimentos quanto ao uso de equipamentos ou ferramentas portteis
que se constituem em fontes de ignio. 11.1. Trabalho a Frio.
Trabalho que no envolve o uso ou produo de chamas, calor ou
centelhas (17E). 11.2. Trabalho a Quente. Trabalho que envolva o
uso ou produo de chamas, calor ou centelhas (17E). Trabalho a
quente qualquer trabalho envolvendo soldagens ou fogo e outros
trabalhos incluindo certas furaes e operaes de Esmerilhamento,
trabalhos eltricos e uso de equipamentos eltricos no
intrinsecamente seguros, que podem produzir centelhamento. 11.3.
Anteparas de Tanques de Combustvel / Lubrificantes, Praa de
Mquinas. Nenhum trabalho a quente deve ser executado diretamente em
anteparas, tetos de tanques ou tubulao de combustvel, de leo
diesel, de leo lubrificante ou dentro de um raio de 1 m dessas
anteparas/pisos/tetos. Da mesma forma, num raio de 4,5 m de
qualquer sondagem, suspiro desses tanques. Trabalhos a quente, em
praa de mquinas de motores diesel, sala de compressores, etc., onde
normalmente se acumulam resduos oleosos no piso e drenos s podem
ser realizados com limpeza para remoo de todos esses resduos. 11.4.
Manuteno em Vasos. Um vaso aberto para manuteno, mesmo depois de
drenado e purgado, no pode ser considerado como uma rea segura (no
classificada). Para que seja atendida tal condio, necessrio que
todos os resduos, lquidos ou slidos sejam removidos, inclusive as
incrustaes nas paredes e desgaseificado ou inertizado. Como
normalmente faz-se necessria uma iluminao artificial para a
concluso deste procedimento de limpeza, a rea permanece
classificada at a total limpeza e desgaseificao do equipamento.
11.5. Trabalhos com Eletricidade. Nenhum equipamento eltrico ou
caixa prova de exploso ou de segurana aumentada poder ser aberto,
sem que tenha sido previamente desenergizado (Procedimento de
Desenergizao). A tenso do circuito no poder ser ligada at que o
trabalho tenha sido completado e as medidas de segurana tenham sido
restabelecidas inteiramente. Tais trabalhos, incluindo troca de
lmpadas, somente podero ser executados por eletricista autorizado.
tambm admissvel restaurar a alimentao para o equipamento, para fins
de testes durante um perodo de reparo ou de alteraes, sob as mesmas
condies de segurana. Para execuo de reparos ou ajustes, em havendo
risco de formao de atmosfera explosiva, recomendvel remover o
equipamento para a bancada, em local seguro. Em geral, somente os
equipamentos eltricos do tipo Intrinsecamente Seguro adequadamente
instalado, podero ser reparados, ou abertos para calibrao ou
ajuste, com a Unidade em operao normal. O equipamento ou circuito
do tipo intrinsecamente seguro identificado pelas marcas Ex-ia ou
Ex-ib. 11.6. Equipamentos Portteis. notrio que apenas uma parcela
dos equipamentos produzidos no pas possui o Certificado de
Conformidade. Apesar de obrigatoriedade da apresentao do mesmo para
se comercializar o equipamento eltrico e eletrnico destinado ao uso
em atmosferas explosivas, eles continuam sendo vendidos graas
desinformao dos usurios e sistemtica displicncia dos fabricantes
desinteressados em qualidade e segurana do usurio. 11.6.1.
Luminrias Portteis. Alguns fabricantes de luminrias portteis prova
de exploso geralmente adicionam um punho metlico revestido de
borracha nas luminrias de linha destinadas instalao fixa, e a
batizam de luminria porttil. Logo, a portabilidade fica
comprometida devido a no considerao do peso da mesma quanto
manejabilidade em campo. Os erros mais comuns dos usurios so a
utilizao do cabo como elemento de sustentao e maus tratos,
notadamente pelas quedas e impactos. As principais deficincias
devidas aos fabricantes so: a no utilizao de vidro com as
caractersticas fsico-qumicas exigidas e selagem inadequada entre
cmaras. Luminrias que no possua plaqueta de marcao Ex do
fabricante, com nmero do certificado de conformidade rastrevel,
jamais devem ser utilizadas em atmosfera explosiva, mesmo que tenha
toda a aparncia de ser do tipo prova de exploso. A luminria, de
tipo aprovado e certificado, devem conter lmpada de tipo e potncia
mxima indicada na plaqueta (temperatura mxima de superfcie est
condicionada potncia da lmpada para a qual a luminria foi
certificada) 11.6.2. Lanternas de mo. A respeito da utilizao de
lanternas portteis de at 3 pilhas de 1,5 V, o Manual de Instalaes
Eltricas em Industrias Qumicas, petroqumicas e de petrleo,
esclarece o seguinte: Em julho de 1983 o API AMERICAN PETROLEUM
INSTITUTE, atravs de sua publicao n 2212, admitiu, aps pesquisas e
ensaios em diversos laboratrios, que a utilizao de lanternas
comuns, com at 3 pilhas em srie (pilhas de zinco-carbono), no se
constitua num risco para aplicao em atmosfera explosiva de Grupo
IIA do IEC (Grupo D do NEC) e portanto, era desnecessria a aplicao
de lanternas do tipo prova de exploso, certificadas. Essa concluso
do API trouxe certa dvida relacionada com o seguinte fato: os
ensaios conduzidos pelos diversos laboratrios, conforme acima
mencionado, foram feitos com lanternas de fabricao americana. Ser
que as lanternas brasileiras teriam o mesmo comportamento quando
submetidas aos mesmos ensaios que foram feitos nos EUA? Imaginamos
que a utilizao de lanternas de fabricao domstica estaria sob
suspeita at que fossem feitos aqui no Brasil, ensaios similares
queles que fundamentaram os resultados obtidos pelo API. J existem
venda no Brasil lanternas do tipo segurana aumentada, certificadas
segundo INMETRO, adequadas para utilizao em Zona 1. 11.6.3.
Ferramentas Portteis ou Equipamentos Transportveis (Eltricas ou
Pneumticas) Ferramentas eltricas portteis que produzam fagulhas
tais como esmeril, lixadeira, furadeiras, no devem ser utilizadas
em reas Classificadas. Ferramentas pneumticas portteis que possam
produzir fagulhas ou altas temperaturas (>200C) durante sua
operao tais como lixadeira, rosqueiadeira, corte, agulheiro, etc.,
no devem ser utilizadas em reas Classificadas. 11.6.4. Ferro de
solda, Soprador trmico. Ferro de solda e sopradores trmicos e
outros de alta temperatura, no devem ser utilizados. 11.6.5.
Meghmetro (Megger), teste de alto potencial (Hi-pot). Meghmetro
(megger), teste de alto potencial (Hi-pot) e outros instrumentos de
alta tenso, no devem ser utilizados. Ateno especial deve ser dada
quando de medio de circuitos ou condutores a partir de painis
instalados em reas no classificadas, que podero ter a outra
extremidade do cabo terminando em reas Classificadas, podendo
inadvertidamente provocar centelhas ou descargas nestes locais.
11.6.6. Flash e Cmeras Fotogrficas com Flash. Estes equipamentos no
devem ser utilizados em reas Classificadas. Alm do centelhamento na
descarga para disparo do flash existe a possibilidade do prprio
claro do flash sensibilizar os detectores de incndio que monitoram
reas da planta, provocando parada de emergncia (ESD). Quando
necessrio, em locais monitorados por detectores UV, os mesmos devem
ter by-pass de sua funo, antes de tirar fotos com flash. 11.6.7.
Lava-jatos. Estes equipamentos devero permanecer afastados de reas
Classificadas, devido ao motor eltrico comum, tanque pressurizado
e, principalmente, caldeira de aquecimento com chama aberta. No
devem ser utilizados em reas Classificadas. Recomendvel instalar
tubulao rgida com engate rpido para mangueira, com mquina instalada
remotamente em local seguro. 11.6.8. Mquinas de solda. As tomadas
de solda no podero ser instaladas em reas Classificadas. Precauo
especial deve ser tomada quando do uso de equipamentos com arco
eltrico, assegurando que a conexo do aterramento esteja bem prxima
do local de trabalho (ponto de solda), com o cabo terra de retorno
conectado diretamente na pea a ser soldada e no ponto de retorno de
solda, de modo a evitar qualquer circulao de corrente de retorno
pelo casco ou qualquer outro caminho como, por exemplo, tubulao,
etc. Abaixo temos a figura de uma tomada de solda a prova de
exploso e sua forma correta de manuseio.
11.6.9. Telefone Celular. Sobre a utilizao de telefone celular
em reas Classificadas o Manual de Instalaes Eltricas em Indstrias
Qumicas, Petroqumicas e de Petrleo esclarece o seguinte:
Experincias j feitas demonstram que durante a operao desse tipo de
telefone, h um fluxo de energia que suficiente para causar a
inflamao de uma atmosfera potencialmente explosiva. Desse modo, em
diversas empresas que processam, manuseiam e ou armazenam produtos
inflamveis existe proibio de sua prtica. Tambm, o DIP susema
7008/95, de 24/02/95 determina que os telefones celulares para uso
em reas classificadas no mbito da Companhia devem ter Certificados
de Conformidade e possuir um tipo de proteo adequado aplicao em
atmosferas potencialmente explosiva, como por exemplo, ser do tipo
segurana intrnseca. Portanto, telefone celular do tipo comum no
poder ser utilizado em reas Classificadas.12. TCNICA DE ANLISE DE
RISCO:Os acidentes so materializaes dos riscos associados a
atividades, procedimentos, projetos e instalaes, mquinas e
equipamentos. Para reduzir a frequencia de acidentes, preciso
avaliar e controlar os riscos.- Que pode acontecer de errado?-
Quais so as causas bsicas dos eventos no desejados?- Quais so suas
consequencias?A anlise de riscos um conjunto de mtodos e tcnicas
que aplicado a uma atividade identifica e avalia qualitativa e
quantitativamente os riscos que essa atividade representa para a
populao exposta, para o meio ambiente e para a empresa. Os
principais resultados de uma anlise de riscos so a identificao de
cenrios de acidentes, suas frequncias esperadas de ocorrncia e a
magnitude das possveis consequncias. A anlise de riscos deve
incluir as medidas de preveno de acidentes e as medidas para
controle das consequncias de acidentes para os trabalhadores e para
as pessoas que vivem ou trabalham prximo instalao ou para o meio
ambiente. As metodologias representam os tipos de processos ou
tcnicas de execuo dessa anlise de riscos da instalao ou da
tarefa.12.1. Risco Definio: As noes de perigo e de risco so por
vezes confundidas. O perigo diz respeito a um acontecimento natural
que causa ameaa s pessoas e aos bens materiais, como por exemplo,
avalanches, cheias, deslizamentos ou terremotos. O risco j diz
respeito interao de um perigo, com um objeto ou pessoa que se
encontra exposto a esse perigo e a sua vulnerabilidade. 12.2.
Mtodos de Analise de risco:Antes de detalhar o que representa uma
Anlise de Risco, vamos sincronizar nossos termos. Por segurana
entende-se certeza. Garantir que as suas estratgias retornaro no
nvel desejado significa identificar e entender os riscos para ento
administr-los. Estar vivo, por exemplo, significa arriscar
diariamente. Atravessar a rua, ir ao jogo de futebol ou dirigir so
exemplos de situaes que envolvem fatores de risco; mas como j
estamos acostumados a enfrent-los, formamos um instinto natural
para o clculo de energia utilizada para minimizar e controlar os
riscos.Em regime off-shore no ambiente Petrobras, temos por
critrios estabelecidos pelo SMS (Segurana Meio Ambiente e Sade), a
PT (Permisso de Trabalho), como mtodo aplicativo na anlise
preliminar de risco Nivel 1 (APN1) elaborada junto com o
executante, a qual poder ocorrer em uma anlise preliminar de risco
de nvel 2 (APN2), caso haja alguma resposta positiva para o
questionrio ali estabelecido.Independente da anlise de risco ter
sido elaborada decorre agora no que chamamos de check list; o que
nada mais do que fazer uma lista de itens a serem observados antes
de iniciar um trabalho. Recomenda-se a leitura integral da PT e sua
reavaliao no local do trabalho, antes do inicio do mesmo. Fatores
fsicos podem ter mudado o ambiente de trabalho, assim como fatores
humanos (psicolgicos), uma simples troca do executante, entre
outros.13. PROCEDIMENTO DE CORTE E SOLDA:
CORTE E SOLDA EM REA CLASSIFICADA CSE Mecnica e Instrumentao
LTDA Filial Rio das Ostras