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Sntese do Livro
CORONELISMO EM GOIS Wilmar Borges Leal Junior
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UNIVERSO
UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA
SINTESE DO LIVRO:
CORONELISMO EM GOIS
GOINIA/GO
Maio / 2013
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ALUNO:
Wilmar Borges Leal Junior
SINTESE DO LIVRO: CORONELISMO EM GOIS, DO PROFESSOR
FRANCISCO
ITAMI CAMPOS, 1987, Ed. UFG
Trabalho apresentado a Universidade Salgado
de Oliveira, como avaliao suplementar.
GOINIA/GO
Maio / 2013
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Introduo
Vale Inicialmente ressaltar que a historia de Gois est inserido
na historia do
Brasil, o trabalho sobre o Coronelismo em Gois, sntese da obra
do professor Itami
Campos, porem, no faz mal fazer uma referncia a Historia do
Brasil a poca, para
entender melhor nossa historia, transcrevo uma pequena parte,
inicial, do livro de
Laurentino Gomes, mesmo no sendo uma obra de cunho cientifico
uma obra de
consultas e resgates bibliogrficas nos mesmos moldes que fora
escrito o Coronelismo
em Gois.
Para aquecer, O Brasil na Republica Velha1
No ano de sua independncia, o Brasil tinha, de fato, tudo para
dar
errado. De cada trs brasileiros, dois eram escravos, negros
forros, mulatos,
ndios ou mestios. Era uma populao pobre e carente de tudo, que
vivia
margem de qualquer oportunidade em uma economia agrria e
rudimentar,
dominada pelo latifndio e pelo trfico negreiro. O medo de uma
rebelio dos
cativos assombrava a minoria branca. O analfabetismo era geral.
De cada dez
pessoas, s uma sabia ler e escrever. Os ricos eram poucos e, com
raras
excees, ignorantes. O isolamento e as rivalidades entre as
provncias
prenunciavam uma guerra civil, que poderia resultar na diviso do
territrio, a
exemplo do que j ocorria nas vizinhas colnias espanholas. Para
piorar a
situao, ao voltar a Portugal, em 1821 depois de 13 anos de
permanncia no
Rio de Janeiro , o rei D. Joo VI havia raspado os cofres
nacionais. O novo
pas nascia falido.
Faltavam dinheiro, soldados, navios, armas e munio para
sustentar a
guerra contra os portugueses, que se prenunciava longa e
sangrenta. As
perspectivas de fracasso, portanto, pareciam bem maiores do que
as de
sucesso2.
1 Onde se L Brasil, troque por Gois, semelhana? Acho que no,
realidade.
2 Gomes, Laurentino, 1822, parte introdutria.
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1) - Autonomia Estadual e Periferismo
Iniciaremos uma anlise do livro, Coronelismo em Gois, nessa
primeira parte o
professor Itami fala sobre as transformaes econmicas advindas do
sec. XIX, e que
vo afetar profundamente a sociedade brasileira, novos interesses
surgem, novas
aspiraes e claro problemas e questes que iro provocar um numero
elevado de
conflitos, nas mudanas significativas da poca, nota-se uma
mudana significativa em
que o estado-membro passou a ter mais autonomia de poder
contrapondo a
centralizao imperial.
Essa passagem de centralizao do poder imperial para o
federalismo, ou
seja os estados independentes e autnomos fazendo com que os
estados pudessem
se apripriar de suas receitas advindas de emprstimos e
exportaes, oponde-se a
constituio de 1824 que dizia em seu Art. 1:
Do Imperio do Brazil, seu Territrio, Governo, Dynastia, e
Religio.
Art. 1. O IMPERIO do Brazil a associao Politica de todos os
Cidados
Brazileiros. Elles formam uma Nao livre, e independente, que no
admitte
com qualquer outra lao algum de unio, ou federao, que se
opponha
sua Independencia.
Art. 2. O seu territorio dividido em Provincias na frma em
que
actualmente se acha, as quaes podero ser subdivididas, como
pedir o bem do
Estado.
Art. 3. O seu Governo Monarchico Hereditario, Constitucional,
e
Representativo.
Art. 4. A Dynastia Imperante a do Senhor Dom Pedro I actual
Imperador, e Defensor Perpetuo do Brazil.
Art. 5. A Religio Catholica Apostolica Romana continuar a ser
a
Religio do Imperio. Todas as outras Religies sero permitidas com
seu culto
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domestico, ou particular em casas para isso destinadas, sem frma
alguma
exterior do Templo.3
Muito embora os estados passassem a ser unidades bsicas de
arrecadao
nem todos partilharam igualmente do ncleo de poder, uma vez o
arranjo poltico
reconhecia centros hegemnicos e periferias estaduais, aqui comea
a historia da
periferia de Gois.
Estado membro de periferia no muito importante politicamente
para o
Brazil4, entretanto o arranjo poltico oligrquico advindo dessa
descentralizao do
poder faz com que nasa a figura do coronel, que o Professor
Itami descreve sendo a
poltica dos governadores, a centralizao do poder nas mos de
poucos, que veio
trazer a o elemento estabilizador para o pais, essa estabilizao
refere-se ao no
retorno ao poder centralizador nico, e sim uma descentralizao de
poder em
grupos estaduais, estabelecendo-se assim um possvel apoio
mutuo.
A poca sendo o pais eminentemente rural, ( em que o diga Gois ),
e mesmo
com as mudanas ocorridas, poltica e economicamente, a maioria da
populao era
analfabeta, a at uma anedota muito difundida que dizia que:
Quando o eleitor chegava urna para votar, o voto j estava
preenchido pelo
coronel, e perguntando-o em quem tinha votado o mesmo dizia, o
voto secreto
no posso falar, mostrando o verdadeiro poder poltico da poca e
quem
realmente era os verdadeiros possuidores de voto, os
coronis5
O que o coronelismo ento? - Segundo Itami, coronelismo a juno
dos trs
elementos: Chefia poltica municipal + situacionismo estadual +
governo federal,
conhecido tambm como arranjo coronelstico.
3 Fonte ,Acessado em:
25/04/2013 4 Basil com ( Z ) para demonstrar que estou me
referindo a poca passada, ( republica velha )
5 Campos, F, Itami, Coronelismo em Gois, pg 18
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O coronelismo adveio de uma forma de descentralizao do poder
real para o
poder local, ou seja, destronou-se o rei para dar poder aos
coronis.
O desenrolar do livro o autor cita Gois como um Estado
perifrico, e o que
seria essa periferia ? Em pesquisas feitas em dicionrios e na
prpria rede6, periferia,
segundo o Dicionrio Aurlio : O que fica nos arredores, nas
circunjacncias de
algum lugar. Nesse sentido, Gois como periferia ficava 7
circunjacentes aos estados: (
ver mapa8 )
No contexto, centro periferia, aqui abordado o autor refere-se a
periferia devido a
fora que a unidade federativa possua, arrecadao de imposto,
importao etc, no
trabalho do Itami, foram divididos os estados de acordo com seu
poder, o centro
hegemnico do poder era, ( So Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do
Sul, e talvez
Bahia e Pernambuco ) j os estados mais pobres com pequena
arrecadao e com
6 Referencia a Rede Mundial de Computadores, Internet
7 o ficava est no passado propositalmente, tendo em vista a nova
diviso dos estados brasileiros apos a
constituio de 1988, onde dividiu-se o estado de Goias com
Tocantins, Gois no sendo mais periferia de alguns estados ao norte.
8 Fonte Acessado
em: 26/04/2013
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fora poltica insignificante (Gois9, Maranho, Piau, Par, Rio
Grande do Norte,
Paraba, Sergipe entre outros ).
1.2) Atividade de fora no Estado de Gois
A Pecuria realmente era a fora motriz da atividade econmica no
estado,
entretanto no era uma pecuria de exportao, por isso a
inexpressiva participao
de Gois no cenrio nacional, vivamos em extrema precariedade,
agricultura de
subsistncia, dificuldade de escoamento da produo, agropecuria e
agrcola devido a
centralizao do estado, falta de estradas e de infra-estrutura
fizeram com que Gois
ficasse isolado no cenrio nacional.
Na poltica goiana as foras existentes vo se moldando conforme
seus
recursos, pois quanto menos diversificado os interesses, numa
realidade social
menos complexa, tanto mais fcil concili-los e o contrario tambm
parece
ocorrer.
Os Estados mediam suas foras polticas pelos seu poderio militar,
vejamos
Gois10.
9 Objeto de estudo de nosso trabalho
10 Campos, F, Itami, Coronelismo em Gois, pg 25, Quadro 01,
transcrito em forma de grafico para
melhor entendimento e vizualio.
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QUADRO - 01 EFETIVIDADE POLICIAL ( ATIVOS )
Observamos nesse grfico, que Gois expressivamente perifrico
em
comparao os outros estados de maior potencial de arrecadao, ou
seja o grupo
poltico dominante, seu poderio militar era realmente
insignificante, mostrando sua
fragilidade em um cenrio nacional.
1.3) Dados demogrficos de Gois em 1920
Dados demogrficos de Gois em 1920, mostra que populao goiana
era
pouca e expressa num vasto territrio11, quadro retirado do site
do IBGE12
11
O mapa do IBGE mostra gois e tocantis dividido, lembrando que a
poca o estado era unificado. 12
http://www.censo2010.ibge.gov.br/sinopse/index.php?dados=4&uf=00
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Podemos extrair uma concluso analisando os grficos acima
expostos, o
seguinte, o estado de Gois tem inexpressiva populao, dispersa em
um vasto
territrio ( 660.193 km2) com uma grande maioria nela habitada no
campo e com uma
pequena parcela residindo em pequenas cidades ou em vilas, no se
podendo, ento,
falar em meio urbano em Gois, na poca, podendo afirmar que com a
populao
eminentemente rural, o anafalbetismo, facilita o controle e a
dominao da
populao goiana pelo coronelismo.
1.4) Consequncia do Periferismo
A fora da interveno executiva no judicirio, com todas as
intervenes
ocorridas na republica velha em todos os estados, Gois tem como
governo em 1926
mdico Brasil Ramos Caiado, nessa poca o poder juridiciario,
atravs do STJ,
considerou-se sem condies de funcionamento, dada a interferncia
do poder
executivo. Solicitou, ento, a Presidncia da Republica interveno
federal em Gois,
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no entanto a questo do juridiciario, como ficou conhecida, ficou
resolvida com a Lei
829 de 1927.
( Brasil Ramos Caiado)
13
Com a populao goiana, expressivamente perifrica, rural, vivendo
ainda de
agricultura de subsistncia, semi analfabeta e vivendo em
precrias condies
urbansticas, dar-se ai a margem a ditadura coronelstica.
nos dizeres de Palacin14
mentira da constituio a tal existncia dos quatro poderes. Ns
no
temos poder legislativo, porque 1 o povo no que faz a eleio, 2
o
imperador pode dissolver as cmaras sempre que for para o bem do
estado,
isto , de nos todos, mais elle quem decide do nosso bem, e no ns
( O
Publicador Goiano, 23/Junho/1882)
Fechando esse capitulo sobre as consequncias do periferismo
goiano, ressalto
que com todos os problemas do Estado na poca era de se esperar o
poder
centralizado nos coronis, pois os mesmos detiam o conhecimento e
o poder no
estado, a forma de dominao dominante foi e sempre ser a
ignorncia da populao.
13
Brasil Ramos Caiado, Retirado do site: Acesso em 27/04/2013
14
Palacin, Luiz 7ed Revisada,Editora UCG, 2008, Historia de Gois,
pg 132
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2 ) A poltica Coronelstica
Segundo o autor a primeira republica se diz da privatizao do
poder por parte
de determinados grupos em Gois o coronel, fazendeiro, figura
demonstrada abaixo
como um casmurro15 de chapu, botas, levando o seu eleitor a urna
para realizar o
sufrgio direto, secreto e universal.
16
15
Fao essa brincadeira, me remetendo a obra de Machado de Assis,
Dom Casmurro, com era conhecido Bentinho, nas palavras de Machado:
15
15Vi-lhe fazer um gesto para tir-los outra vez do bolso, mas no
passou do gesto;
15estava amuado. No dia seguinte entrou a dizer de mim nomes
feios, e acabou
15alcunhando-me Dom Casmurro. Os vizinhos, que no gostam dos
meus hbitos
15reclusos e calados, deram curso alcunha, que afinal pegou. Nem
por isso me
15zanguei. Contei a anedota aos amigos da cidade, e eles, por
graa, chamam-me
15assim, alguns em bilhetes: "Dom Casmurro, domingo vou jantar
com voc.
15"Vou para Petrpolis, Dom Casmurro; a casa a mesma da Rennia; v
se deixas
15essa caverna do Engenho Novo, e vai l passar uns quinze dias
comigo. "Meu
15caro Dom Casmurro, no cuide que o dispenso do teatro amanh;
venha e dormir
15aqui na cidade; dou-lhe camarote, dou-lhe ch, dou-lhe cama; s
no lhe dou
15moa.
15No consultes dicionrios. Casmurro no est aqui no sentido que
eles lhe do,
15mas no que lhe ps o vulgo de homem calado e metido
consigo.
15 16
Figura retirada do blog
-
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Fazendo uma comparao com os dias atuais, podemos afirmar que a
figura do
coronel que obrigava o eleitor ao voto, de cabresto, hoje se da
de uma forma menos
incisiva e direta uma obrigao sem fora persuasiva, uma obrigao
menos
obrigada, troca de favores, abaixo uma charge que ilustra bem
essa nova
modalidade de, obrigao, arrecadao de votos.
17
Tambm na poltica local os coronis tem um predomnio nas nomeaes
das
instituies de juiz-de-paz, juiz-de-direito, promotor,
sub-delegado, delegado e de
professores municipais e na convivncia de chefias locais,
ficando com toda a parte
poltica concentrada na deciso dos coronis.
2.1) Formas de Controle
No somente pela engrenagem poltica se percebe a imposio e o
controle
no Estado, Houve outras formas de manipulao de recursos de
importncia
fundamental, tais como:
Taxao de imposto
Oramento
Poltica
Justia 17
Figura retirada do blog 17
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Outros
2.1.1) Oramento como forma de controle
O Oramento era fortemente manipulado pelo grupo dominante, o
gado era a
principal fonte de arrecadao, devido as vastas terras em Gois,
com isso os postos
de arrecadao eram entregues ao controle dos fazendeiros, j que o
imposto sobre
a terra no seguia a lista dos mais importantes, era o sexto na
ordem de importncia,
mesmo tendo uma baixa arrecadao devido ao fato de no haver o que
se arrecadar
na poca, no havia preocupao com gastos em setores sociais,
educao ou sade
publica, o produto principal era o gado, contudo o no
investimento em estradas,
propositalmente, acarretaria na impossibilidade de
desenvolvimento da agricultura por
falta do escoamento da produo, Palacin, em Historia de Gois18,
faz um resumo da
geografia de Gois em 1927, retratando os problemas das vias de
comunicao.
Quase nada possui este estado. Em geral, os transportes so
feitos por
carros de bois em estradas de rodagem, geralmente mal construdas
e piores
conservadas. Estradas carroveis so muito poucas, mesmo assim,
este ano
no podero ser trafegadas, devido as fortes chuvas que assolam o
estado.
Atravessando quatro municpios goianos, v a Estrada de Ferro de
Gois, que
muito tem desenvolvido as zonas que atravessa. irrisrio, mas
poderia ser
pior. Nos grandes caudais a navegao feita na sua maioria em
barcos
antiquados. Existem poucos barcos a vapor, e estes so
particulares.
2.1.2) Manuteno do Atraso como forma de Controle
Nesse ponto, tem-se uma riqueza de fatos histricos que daria
para escrever um
novo tratado, entretanto, sendo breve nas pontuaes e realizando
um apanhando
18
Palacin, Luiz 7ed Revisada,Editora UCG, 2008, Historia de Gois,
pg 137 18
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exclusivamente do livro Coronelismo em Gois, podemos dizer que
quanto pior
melhor, lema esse de Jos Leopoldo de Bulhes, chefe poltico
goiano de
reconhecido prestigio no mbito federal, acusado de obstar o
progresso de Gois,
mantendo o atraso da populao, tem-se um maior controle e a
continuao da
dominao do Estado, entre o progresso de Gois e a hegemonia do
grupo, no
vacilava em optar pelo segundo, e essas criticas a ele dirigidas
referem-se,
especialmente a questo da via-ferrea.
Antonio Ramos (Tot) Caiado, tambm chefe poltico goiano com
prestigio
federal, acusado, de impedir o quanto pde o desenvolvimento de
Gois, tendo
substitudo Bulhes, que tanto o criticava19, por no fazer nada
para o progresso
estadual, continuou com a mesma ttica para manuteno do
poder.
(Toto Caiado)
20
E Assim, no somente pela natural falta de recursos para
financiar o
desenvolvimento, mas principalmente, pela consciente barreira ao
progresso que os
principais chefes polticos estaduais formaram que Gois se
manteve pobre,
19
Semelhanas na atualidade so meras conicidencias, ( ... Marconni
- Cidinho - Marconni ... ) 20
fonte , Acessado em 28/04/2013
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isolado, e atrasado durante o perodo imposto ao Estado e
sustentado graas ao
controle de toda a engrenagem poltica21.
Podemos ressaltar, que o quadro no se difere muito em seu
contexto na
atualidade, em se tratando de poltica para educao publica, o
estado est bem
atrasado, culpa ainda da falta de uma poltica de governo para
educao, o descaso
da educao pelos polticos goianos, notando nitidamente ainda um
tipo de forma de
controle a desinformao formal, os alunos esto sendo mau22
alfabetizados, falta
de estrutura publica, poltica e vontade governamental, a educao
ainda palco para
promessas de campanha de polticos coronis que querem se
perpetuar no poder ad
eternum 23 , mesmo estando na era da informao, boa parte dessa
populao
economicamente ativa ainda no usa a tecnologia da informao para
se informar, e
sim para atividades de lazer, um frase que costumo repetir
sempre em casa com meu
filho : na era da informao a ignorncia uma opo, entretanto a 100
anos no
se poderia dizer o mesmo, devido a falta de informao e o
impedimento por parte dos
polticos com o progresso, por isso, penso eu, que a educao foi,
e sempre ser a
arma contra a corrupo, ou como j dizia saudoso Paulo Freire, A
educao
libertadora, entretanto a realidade brasileira/goiana est um
pouco longe devido a
poltica de po e circo24 e a falta de interesse do prprio cidado
ainda adotada pelos
governos estatuais, federais e municipais.
3) Arranjos Polticos
No capitulo que fala especificamente os Arranjos Polticos, irei
ser breve, tendo
em vista que o cerne do trabalho posto acima, pois bem, arranjos
polticos existem para
melhor ( manuteno ) e maior ( temporal ) tempo no poder, o
arranjo poltico goiano
nos primeiros vinte anos de republica: 1889 a 1909, falarei
apenas do estado de Gois,
tendo em vista o foco do trabalho o coronelismo em Gois,
temos:
21
Engrenagem politica igual a Coronlismo 22
o Mau com (U) proposital, visto que o descaso com a educao uma
maudade para com o povo. 23
significa: Eternamente. 24
Fonte e outras leituras
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Sebastio Fleury Curado, deputado federal, esse no governo do
Marechal
Deodoro da Fonseca, com a renuncia do marechal Deodoro da
Fonseca e a ascenso
de Floriano Peixoto ao poder, houver uma significativa mudana no
poder goiano e
substancial alterao na chefia do executivo, Braz Abrantes, um
militar goiano ligado
aos Bulhes ( e ao Centro Republicano), tomou o governo em
fevereiro de 1892. O
Arranjo Bulhonista, com o general Braz Abrantes, Leopoldo de
Bulhes Chegou ao
Executivo. realizando assim a primeira eleio republicana do
estado, foi eleito
Leopoldo de Bulhes, pois alegando os encargos recorrentes do
mandato federal no
entrou em exerccio, assumindo ento o coronel, Antonio Jos
Caiado, primeiro vice-
presidente.
Perodos Legislativos da Primeira Repblica - 1921-192325
Antnio Ramos Caiado, Nascimento: 15/5/1874
Natural de: Gois Velho - GO, Filiao: Torquato Ramos Caiado e
Claudina Fagundes Caiado
Histrico Acadmico
Secundrio Lyceu de Goyaz
Direito Faculdade de Direito
Cargos Pblicos
Secretrio de Estado do Interior, Justia e Segurana Pblica.
Profisses
Jornalista, Advogado, Industrial, Proprietrio Rural
Mandatos
Vice-presidente de Provncia - 1892 a 1895
Deputado Estadual - 1897
Prefeito - 1899 a 1902
Deputado Federal - 1909 a 1911
Deputado Federal - 1912 a 1914
Deputado Federal - 1915 a 1920
Senador - 1921 a 1930
Senador - 1930 a 1930
25
Fonte Sitio do Senado Federal Acessado em 28/04/2013
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Mesmo nos prximos 20 ltimos anos da primeira republica, tem-se
uma
configurao poltica uniforme, passando de Bulhes ao Caiado,
impedindo assim o
progresso goiano, devido a poltica do quanto pior melhor,
Fechando o trabalho26
H ainda muito o que se falar sobre o coronelismo em Gois,
entretanto esse
pequeno escrito nosso trabalho vem mostrar uma sintaxe do livro
Corolelismo em
Gois, fonte primria da pesquisa, do professor Francisco Itami
Campos, edio de
1987, todavia, no poderia deixar de citar, e at mesmo
referenciar outros autores,
fazer referencia a outras obras como forma complementar, foram
leituras vestibulares e
complementares a obra do professor Itami Campos, na era da
informao rpida e
sinttica, tambm usamos como fonte de informao a internet,
buscando em varias
paginas oficiais e no oficiais em busca da melhor forma de para
concretizao do
trabalho proposto. tendo em vista ser um trabalho de
interdisciplinaridade entre as
diciplinas do curso posso concluir que a brevidade do trabalho
no diminui sua
importncia, tentamos nessas breves demonstraes realizar uma
sntese da
sntese27do trabalho do professor Itami, contextualizando com
nossa realidade ftica,
trazendo a tona a inrcia do estado em cumprir com as obrigaes
educacionais e
ainda usar o texto dentro de um contexto diferente, porem real,
quanto pior melhor,
a educao um caos, nossas estradas piores ainda, sem o devida
manuteno,
forando a populao a acreditar que a melhor forma de governo,
ainda ter um
governo permanente, 4 anos de mandato, poder, no se consegue
realizar poltica
de estado mostrando atravs da mdia ( campanha aps campanha) que
com o tempo
exguo, lembro, 4 anos, difcil, erguer o estado economicamente,
nos moldes de
governar da Grcia antiga, sempre trabalhando com a poltica do po
e circo para se
26
Coloquei, fechando o trabalho ao invs de concluso ou concluindo,
tendo em vista um tema que remete a vrias obras, e que tem um
riqussimo contexto social, Coronelismo, no da para concluir nesse
curto texto. Estou apenas finalizando essa sntese da sntese, ainda
h muito a se falar sobre o coronelismo em Gois. 27
Digo sntese da sntese, porque a obra do Itami j uma sntese.
Logo, fiz, uma sntese da sntese de sua obra.
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perpetuar no poder poltico, deixando de lado investimentos em
sade, educao,
segurana publica, entre outros, ou seja, deixando de trazer
benefcios para o estado,
faz-se apenas poltica de governo para arrecadar votos da populao
que ainda em
sua maioria dependente das polticas sociais, aprisionando e
desestimulando a
educao, rebaixando os professores a meros repetidores de
informao, sem
estimulo, sem fora poltica, sem voz publica, uma educao nos
moldes do
coronelismo, Quanto pior Melhor.