25/2/2010 1 ENSAIOS DE QUALIDADE Controle de Qualidade Físico-Químico de Produtos Farmacêuticos e Cosméticos Fevereiro 2010 ESPECIFICAÇÕES Controle Físico-Químico Especificações Documentos que descrevem os requisitos de matérias primas e produtos. As especificações servem como base da avaliação da qualidade, são estabelecidas pela Empresa atendendo à regulamentação-normas vigentes. -IMPORTÂNCIA: visam garantir o atendimento a requisitos qualitativos e quantitativos de qualidade na produção de medicamentos. -ENSAIOS: Identificação de materiais Teor Pureza Qualidade das matérias-primas Materiais de Embalagem Produtos Intermediários Produtos a granel Produtos Terminados
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ENSAIOS DE QUALIDADE
Controle de Qualidade Físico-Químico de Produtos Farmacêuticos e Cosméticos
Fevereiro 2010
ESPECIFICAÇÕES
�Controle Físico-QuímicoEspecificaçõesDocumentos que descrevem os requisitos de matérias primas eprodutos. As especificações servem como base da avaliação daqualidade, são estabelecidas pela Empresa atendendo àregulamentação-normas vigentes.
-IMPORTÂNCIA: visam garantir o atendimento a requisitosqualitativos e quantitativos de qualidade na produção demedicamentos.
-ENSAIOS:
� Identificação de materiais
� Teor
�Pureza
�Qualidade das matérias-primas
Materiais de Embalagem
Produtos Intermediários
Produtos a granel
Produtos Terminados
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�Controle Físico-Químico
Especificações
-Descritos na Farmacopéia Brasileira (atualizada) 4 ed (1988)
-Outros compêndios oficiais reconhecidos pela Anvisa (RDCn°79, de 11 de abril de 2003. Na ausência de monografia oficialde matéria-prima, formas farmacêuticas, correlatos e métodosgerais inscritos na Farmacopéia Brasileira, poderá ser adotadamonografia oficial, última edição, de um dos seguintescompêndios internacionais:
Eficácia terapêutica e prazo de validade de formas medicamentosas ou cosméticas
Tempo desintegração - Dissolução/absorçãoFriabilidade e dureza
Ensaios físicos
associados
Granulometria e reologia - sólidos
Monografia farmacopéica – oficialConforme interesse do fabricante – não oficial
Categorias dos ensaios de qualidade▪ Tipo ou princípio do método:
Ensaios de Qualidade Físico ou Físico-Químico
▪ Tipo de amostra:Ensaios de Qualidade Aplicados (medicamentos ou cosméticos) ou matérias-primas (ativos ou adjuvantes) –granulometria, determinação do ângulo de repouso, aspectos visuais de acondicionamento e embalagem
▪ Forma Farmacêutica:Ensaios de Qualidade Aplicados a formas sólidas, semi-sólidas ou líquidas
▪ Fonte: oficiais ou não-oficiais:Formas farmacêuticas sólidas – vários oficiais e complementares como :Propriedades mecânicas e reológicas de formas farmacêuticas sólidas, plásticas e líquidas e produtos cosméticos (não-oficiais)
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-ENSAIOS:
� Características Físicas e Físico-Químicas
MP: - Caracteres organolépticos
- Ponto de Fusão
- Densidade
- Viscosidade
- Índice de Refração
- Solubilidade
- Granulometria
- pH
7.3.10. As matérias-primas devem ser analisadas, no seu
recebimento, efetuando-se no mínimo os testes abaixo,
respeitando-se as suas características físicas e mantendo
os resultados por escrito:
a) caracteres organolépticos;
b) solubilidade;
c) pH;
d) peso;
e) volume;
f) ponto de fusão;
g) densidade;
h) avaliação do laudo de análise do
fabricante/fornecedor.
Ensaios - MP
(RDC 67/2007)
�Controle Físico-Químico
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ENSAIOS FÍSICOS APLICADOS A AMOSTRA S SÓLIDAS
Granulometria
Determinação do ângulo de repouso Matéria-prima
oficial
Não-oficial
Controle de processo ou desenvolvimento de produto
Tamanho, forma, uniformidade – eficiência de uma mistura, enchimento, compactaçãoSolubilidade, tempo de dissolução necessárioJogos de peneira manual ou aparelhoOrdem crescente de mesh – granulômetro
Medida do ângulo de repouso (pouco praticada na rotina do controle de qualidade) – avaliar as propriedades de fluxo de pós
�Controle Físico-Químico
Granulometria ou Tenuidade
Tamanho, forma e uniformidade das partículasSeparar as partículas de dimensões muito desiguais
- Propriedades de fluxo (eficiência
da mistura, enchimento,
compactação)
-Solubilidade e Tempo de Dissolução
-Aparência
Conjuntos de peneiras (tamises)Amostra: 20 minutos ±
Número do tamis indica a abertura da malha em micrometros
Peso final/peso inicial x 100 = %Ex: 100g (inicial)Reteve 11,8 g (final)11,8/100 x 100 = 11,8%
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•Pó grosso: Passa no tamis de malha 1,70mm, mas retém 40% na malha de0,355mm•Pó moderadamente grosso: 355 μm, 250 μm•Pó semifino: 710 μm, 180 μm•Pó fino: passa na malha 180 μm•Pó finíssimo: 125 μm
�Controle Físico-QuímicoSolubilidade (não é critério de pureza)
-Parâmetro baseado na constante físico-química de solubilidade KsSolvente = água; partes = 1 g ou 1 mL, água quente, fria, álcool etílico, absoluto, acetona
Termo descritivo
Solvente
(mg/mL)
Muito solúvel Menos de 1 parte
Livremente solúvel De 1-10 partes
Solúvel De 10-30 partes
Parcialmente Solúvel De 30-100 partes
Levemente Solúvel De 100-1.000 partes
Muito pouco Solúvel De 1.000-10.000 partes
Insolúvel Mais de 10.000 partes
-Método complementar de identificação de MPQuarentena, registra no próprio laudo
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pH
Determinação potenciométrica
pHmetro
-Farmacopéias: Faixas de pH para determinada matéria-prima em
Resistência Mecânica (esmagamento, desgaste)Avaliar ou estimar a estabilidade física de comprimidos
Biodisponibilidade in vitro
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Peso Médio�Balança Analítica
Farmacopéia Brasileira, IV, Parte I, 1988. V.1.1. Determinação do peso em formas farmacêuticas
Comprimidos: Pesar individualmente 20 comprimidos (2 unidades fora do limite) –dobro
Drágeas: 5 unidades
Cápsulas: Pesar individualmente 20 unidades. 1 ou mais unidades – pesa individualmente. Diferença entre cápsula cheia e vazia. +2 unidades. Repete teste com mais 40 unidades. CÁPSULA MOLE
Pós, granulados, cremes e pomadas: 10 embalagens (lavar, secar à TA)
Pós estéreis: 20 unidades (lavar, secar a 105°C em estufa por 1h ou até peso constante) Peso cheio-peso vazio
-Produtos com dose individual -Produtos com doses múltiplas
�Controle Físico-Químico
Peso Médio�Balança Analítica
Farmacopéia Brasileira, IV, Parte I, 1988. V.1.1. Determinação do peso em formas farmacêuticas
Forma Farmacêutica Teor declarado Limites de Variação
Comprimidos Até 80,0 mgEntre 80,0 e 250,0 mgAcima de 250,0 mg
±10,0%±7,5%±5,0%
�Controle Físico-Químico
Drágeas e comprimidos revestidos Até 25 mgEntre 25 e 150 mgEntre 150 e 300 mgAcima de 300 mg
±15,0%±10,0%±7,5%±5,0%
Cápsulas duras, moles Até 300 mgAcima de 300 mg
±10,0%±7,5%
Supositórios e óvulos Para todos os pesos ±5,0%
Cremes, pomadas, pós e granulados Até 60 gEntre 60 e 150 g
±10,0%±5,0%
Pós estéreis e liofilizados Acima de 40 mgAbaixo de 40 mg
±10,0%±15,0%
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�Controle Físico-QuímicoDureza- Resistência ao esmagamento- Estabilidade física obtidas por compressão- Importante para comprimidos que serão submetidos a processos de revestimento, testes de dissolução e desintegração-Durômetro: 10 unidades (cp ou drágea)
Mínimo: 30N – mola espiral ou 45 N para tipo bomba
Friabilidade (cp ñ revestido)- Resistência ao desgaste, atrito mecânico- Pesar 20 comprimidos; 5 minutos (100 rotações – repetidas quedas). Peso final – peso inicial = friabilidade (% pó perdido)- Importante para comprimidos que serão submetidos atransporte, acondicionamento, emblistagem-Friabilômetro:
Limite Aceitável: máximo de 1,5% de diferença de peso
Categorias dos ensaios de qualidadeExemplos de ensaios físicos oficiais e não-oficiais:
FORMAS FARMACÊUTICAS OFICIAIS NÃO-OFICIAIS
Comprimidos PesoDesagregaçãoDureza/friabilidade
DimensõesAspectoCor
Cápsulas PesoDesagregaçãoDissolução
AderênciaCorResistência ao choque
Suspensões e emulsões VolumeViscosidade
Taxa de sedimentaçãoGrau de subdivisãoComportamento reológico