Conto o Natal das Bruxas

 " O NATAL DAS BRUXAS "

História adaptada

 Num castelo tenebroso viviam 3 bruxas que não faziam outra coisa se não resmungar.

- Vivemos  aqui há séculos e o Pai Natal nunca se lembrou de nós !

Um dia começaram mais uma das suas discussões...

 Tu não tens um sapatinho, tens

um sapatão!

Levas um estalo !

Como querem presentes se não param de discutir ?

Um dia começaram mais uma das suas discussões...

 Tu não tens um sapatinho, tens

um sapatão!

Levas um estalo !

Como querem presentes se não param de discutir ?

Então, decidiram ir ao Pólo Norte falar com o Pai Natal.

 Assobiaram para chamar as vassouras, montaram e lá foram embora pela janela fora! 

O Pai Natal, coitado, quando as viu pela frente    assustou-se.

Que me querem  estas loucas ?

Viemos protestar!

Nós, também temos direito!

Não temos culpa de sermos bruxas!

Vocês sabem muito bem que não posso dar presentes a quem faz patifarias!

Nascemos assim, temos de fazer maldades. Por isso mesmo nos deram estes nomes começados por Mal: Maldosa, Maldita, Maldição!

Nós só fazemos pequenos disparates, somos bruxas, fazemos bruxarias, coisas sem importância!

Poções para tornar amargo qualquer doce, pozinhos para as crianças poderem arreliar os mais velhos, xaropes para as pessoas mais velhas obrigarem os mais novos a irem para a cama !

Calem-se! Se não se calarem imediatamente, garanto-vos que nunca na vida hão-de receber um presente.

A ameaça funcionou.

Finalmente chegou a noite de Natal.

À meia-noite em ponto ouviram um barulho sobre

as telhas.Da chaminé

desciam três embrulhos, tão lindos como nunca tinham

visto!

Ansiosas agarraram-se aos seus presentes.

Que querido !

Adoro o Pai Natal!

É o velho mais simpático do mundo!

A alegria tinha razão de ser. O Pai Natal, em vez de usar os nomes delas, escolhera outros mais a seu gosto:Rita Bonita, Rosa Cheirosa e Conceição Bom-

Coração.

Até lhes apeteceu deixar de serem bruxas.

Mas esta alegria durou pouco tempo.Ainda não tinha batido a uma hora, já andavam à

bulha com inveja dos presentes das irmãs.

Autoria: Branca Mateus            Rute Ramalho