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Custos para Avaliao de Estoques Parte I
Contedo
2 Custos para Avaliao de Estoques Parte I
............................................................. 2
2.1 Custeio Por Absoro
...................................................................................................
2
2.1.1 Esquema Bsico do Custeio por Absoro
.....................................................................
2 2.1.2 Apurao
.........................................................................................................................
4 2.1.3 Avaliao das Sadas para a Produo
............................................................................
8 2.1.4 Apropriao dos Custos
..................................................................................................
9 2.1.5 Importncia da Distino entre Custo e Despesa
.......................................................... 13 2.1.6
Vantagens e Desvantagens do Custeio por Absoro
................................................... 13 2.1.7
Encargos Financeiros
....................................................................................................
13
2.2 Custeio Varivel
...........................................................................................................
14
2.2.1 Custeio Varivel versus Custeio por Absoro
............................................................. 15
2.2.2 Vantagens e Desvantagens do Custeio Varivel
........................................................... 19
2.3 Hipteses de Comportamento
................................................................................
21
2.4 Princpios Contbeis Aplicados Contabilidade de Custos
......................... 23
2.5 Resumo
............................................................................................................................
29
2.6 Exerccios de Fixao
.................................................................................................
31
2.7 Gabarito
..........................................................................................................................
41
2.8 Resoluo dos Exerccios de Fixao
...................................................................
42
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2 Custos para Avaliao de Estoques Parte I 2.1 Custeio Por Absoro
O Custeio por Absoro (CA) ou Custeio Pleno, cuja noo foi
apresentada na aula anterior, consiste na apropriao de todos os
custos de produo (fixos ou variveis, diretos ou indiretos) produo
do perodo. Os gastos no fabris (despesas) so excludos. Este mtodo
de Custeio faz a distino entre custos e despesas. As despesas so
contabilizadas diretamente no resultado do perodo, ao passo que
somente os custos relativos aos produtos vendidos recebem
tratamento similar. Os custos relativos aos produtos em elaborao e
aos produtos acabados que no tenham sido vendidos estaro ativados
nos estoques destes produtos, como ilustrado pela Figura a
seguir.
O CA uma imposio do Regulamento do Imposto de Renda (IR), que
determina que os produtos em fabricao e os produtos acabados sejam
avaliados pelo custo de produo, e normalmente exigido pela
auditoria externa das companhias abertas. 2.1.1 Esquema Bsico do
Custeio por Absoro O CA utiliza o seguinte esquema bsico:
1. Separao entre Custos e Despesas;
CPV
Administrao
Gastos
Despesas
Resultado
Fbrica
Gastos
Custos
Estoques
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2. Apropriao dos Custos Diretos diretamente produo do
perodo;
3. Rateio dos Custos Indiretos produo realizada no perodo;
4. Inventrio dos estoques (*) e
5. Apurao do resultado.
(*) Lembre que CPA = CPP + EIPE EFPE e CPV = CPA + EIPA EFPA. O
esquema acima sugere que os custos incorridos em um perodo somente
iro integralmente para o Resultado desse mesmo perodo caso toda a
produo
Produto X
Custos
Indiretos
Rateio
Diretos
Produto Y
Produto Z
Despesas
Estoquesde
CPV
Resultado
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elaborada seja vendida, no havendo, portanto, estoques finais. J
as despesas de Administrao, de Vendas, Financeiras etc. sempre so
debitadas ao Resultado do perodo em que so incorridas. 2.1.2 Apurao
A apurao do CPV e do Resultado Industrial (RI) (ou Lucro Bruto (LB)
ou Lucro Operacional Bruto (*)) podem ser feitas conforme as
Tabelas 1 e 3, respectivamente (**). (*) Note que RI = V CPV = LB,
em que V representa Vendas Lquidas e CPV o Custo do Produto
Vendido. (**) Ressaltamos que importante memorizar para a prova
todos os esquemas (como aqueles das Tabelas 1, 2 e 3 desta aula) e
frmulas apresentados neste curso.
Tabela 1: APURAO DO CPV
01 Estoque inicial de Materiais Diretos (EIMD)
02 (+) Compras de Materiais Diretos
(vide Tabela 2)
03 (-) Estoque Final de Materiais Diretos (EFMD)
04 (=) Materiais Diretos Consumidos (MD)
05 (+) Mo-de-Obra Direta (MOD)
06 (+) Custos Indiretos de Fabricao (CIF)
07 (=) Custo de Produo do Perodo (CPP)
CPP = MD + MOD + CIF
08 (+) Estoque Inicial de Produtos em Elaborao (EIPE)
09 (-) Estoque Final de Produtos em Elaborao (EFPE)
10 (=) Custo da Produo Acabada (CPA) do perodo
11 (+) Estoque Inicial de Produtos Acabados (EIPA)
12 (-) Estoque Final de Produtos Acabados (EFPA)
13 (=) CPV
Tabela 2: Detalhamento do item Compras de materiais Diretos
da Tabela 1
01 Valor da Compra
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02 (-) Impostos Recuperveis (*)
03 (+) Valor do frete suportado pelo adquirente
(subtrado do ICMS recupervel incidente na operao)
04 (+) Seguros
05 (+) Carga, Descarga e Armazenagem
06 (+) Gastos com o Desembarao Aduaneiro (no caso de
importao)
07 (-) Descontos Incondicionais Obtidos (Descontos
Comerciais)
08 (=) Compras de Materiais Diretos
(*) O Imposto sobre a Circulao de Mercadorias e Servios (ICMS) e
o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) so exemplos de
impostos recuperveis. Um imposto recupervel quando a sua incidncia
for no cumulativa, isto , quando o valor pago de imposto na aquisio
pode ser abatido do valor devido quando da posterior venda da
mercadoria ou do produto acabado. necessrio que o adquirente da
mercadoria ou matria-prima seja contribuinte do imposto por ocasio
da venda da mercadoria ou do produto acabado.
Tabela 3: APURAO DO RESULTADO
01 Faturamento 02 (-) IPI 03 (=) Receita Operacional Bruta 04
(-) Dedues da Receita Bruta (*) 05 Vendas Lquidas 06 (-) CPV (*) 07
(=) LB 08 (-) Despesas Operacionais 09 (+) Receitas Operacionais 10
(-) Outras Despesas 11 (+) Outras Receitas 12 (=) Lucro Operacional
(LOP) 13 (-) Contribuio Social sobre o Lucro (CSSL) 14 (-) Imposto
de Renda Pessoa Jurdica (IRPJ) 15 (-) Participaes 16 (=) Lucro
Lquido do Exerccio
(*) Dedues (contas retificadoras da receita bruta):
- Devolues de Vendas;
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- Abatimentos sobre Vendas;
- Descontos Incondicionais Concedidos;
- Impostos sobre Vendas (ICMS, ISS e IE); e
- Contribuies Sociais sobre Vendas (PIS e Cofins).
Nota: com relao ao Custo Fixo Total, o CPV s absorve a parcela
relativa s unidades de produtos vendidas. H tambm o Custo Varivel.
A questo 8 dos exerccios de fixao trata exatamente deste importante
conceito. Exemplos de CIF:
- Materiais indiretos;
- Mo-de-obra indireta;
- Energia eltrica;
- Combustveis;
- Manuteno de mquinas;
- Conta de telefone da fbrica;
- Aluguel da fbrica;
- Aluguel de equipamentos;
- Depreciao;
- Seguros da fbrica e
- Imposto predial.
As contas Material Direto, Produtos em Elaborao, Mo-de-Obra,
Custos Indiretos de Fabricao e Produtos Acabados, dentre outras, so
contas da Contabilidade de Custos utilizadas na apurao do CPV.
Seguem-se exemplos de representaes em razonetes de Materiais
Diretos, Produtos em Elaborao e Produtos Acabados (*)
Materiais Diretos (MD) Estoque Inicial de MD (EIMD)
Compras MD (Sada para a produo)
Estoque Final de MD (EFMD)
Produtos em Elaborao (PE) EIPE MD MOD CIF
CPA
EFPE
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Produtos Acabados (PA)
EIPA CPA
CPV
EFPA
(*) Pelo que aprendemos na aula anterior, as seguintes frmulas
so vlidas:
EFMD = EIMD + C MD (razonete Materiais Diretos)
EFPE = EIPE + (MD + MOD + CIF) CPA (razonete Produtos em
Elaborao)
EFPA = EIPA + CPA CPV (razonete Produtos Acabados)
A frmula (1) EIPE + EIPA + CPP = EFPE + EFPA + CPV resume o que
foi exposto at este momento. A Eq. (1) mostra que todos os custos
incorridos no perodo, mais os custos incorridos no passado e
incorporados aos estoques iniciais de produtos (em elaborao e
acabados), tero duas destinaes: ou estaro contidos nos estoques
finais dos produtos ainda no acabados ou nos estoques de produtos
acabados e ainda no vendidos ou tero feito parte do CPV.
(+)
(-)
CPP
CPA
CPV
EIPA EFPA
EIPE EFPE
(+) (-)
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2.1.3 Avaliao das Sadas para a Produo Nesta Seo, para facilitar
a exposio, abstramos a existncia de tributos sobre as compras.
importante ressaltar que o custo de aquisio do Material Direto (MD)
deve estar lquido dos valores de impostos e contribuies a
recuperar. Se a matria-prima (material direto) foi adquirida para
uso numa determinada ordem de produo ou encomenda, a sua sada ser
avaliada pelo preo especfico de aquisio. Contudo, se diversos lotes
da mesma matria-prima forem comprados por preos diferentes, em
datas diversas, e forem intercambiveis entre si, temos que
considerar trs importantes critrios de avaliao dos materiais para a
produo:
1. PEPS (Primeiro que Entra o Primeiro que Sai) ou FIFO (First
In First Out): a sada do material ser avaliada pelo custo das
aquisies mais antigas e, portanto, o estoque final remanescente
estar avaliado pelo custo das aquisies mais recentes.
2. UEPS (ltimo que Entra o Primeiro que Sai) ou LIFO (Last In
First Out): a sada do material ser avaliada pelo custo das aquisies
mais recentes e, portanto, o estoque final remanescente estar
avaliado pelo custo das aquisies mais antigas.
3. Custo pela Mdia Ponderada Mvel ou simplesmente Custo Mdio:
avalia-se tanto a sada como os estoques finais de MD pelo custo
mdio ponderado de aquisio.
Exemplo. No incio do ms, havia no estoque de Materias Diretos da
Cia. ABLima 40 unidades da matria-prima X a $ 8,00 a unidade. Ao
longo do ms em considerao, ocorreram os seguintes fatos, por ordem
cronolgica:
- aquisio de 60 unidades de X a $ 9,00 cada;
- aquisio de 50 unidades de X a $ 10,00 cada;
- a produo requisitou 120 unidades de X para fabricar o produto
Y;
- aquisio de 50 unidades de X a $ 12,00 cada.
Como deveriam ser avaliados a sada e o estoque final
remanescente? 1. Avaliaes das sadas para a produo pelo mtodo UEPS:
Valor da Sada = (50 x 10) + (60 x 9) + (10 x 8) = 1.120:
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EF = (30 x 8) + (50 x 12) = 840 2. Avaliaes das sadas para a
produo pela mdia mvel: Valor da Sada = 120 x [(40 x 8) + (60 x 9) +
(50 x 10)]/150 = 120 x 9,0667 = 1.088 EF = (30 x 9,0667) + (50 x
12) = 872 3. Avaliaes das sadas para a produo pelo mtodo PEPS:
Valor da Sada = (40 x 8) + (60 x 9) + (20 x 10) = 1.060: EF = (30 x
10) + (50 x 12) = 900
___________________________________________________________
Note-se que, numa conjuntura econmica em que os preos de aquisio
so estritamente crescentes (regime inflacionrio), o Custo do
Material (valor de sada de MD para a produo) mais alto no UEPS do
que na Mdia Mvel, que tem, por sua vez, um custo maior do que o
PEPS (2) CustoUEPS > CustoMDIA MVEL > CustoPEPS e, dado que
LB = V CPV, tambm vale a desigualdade (3) LBUEPS < LBMDIA MVEL
< LBPEPS Por outro lado, se os preos caem no tempo, isto , se h
deflao, a desigualdade (3) deve ser invertida (deve-se trocar <
por >) (4) LBUEPS > LBMDIA MVEL > LBPEPS Notas: 1) As
desigualdades (3) e (4) so vlidas quando o estoque final do perodo
diferente de zero, ou seja, quando os estoques no forem totalmente
vendidos dentro de um mesmo perodo. 2) Os custos totais sempre sero
iguais, independente do critrio de avaliao utilizado, quando os
estoques forem totalmente vendidos dentro de um mesmo perodo. 2.1.4
Apropriao dos Custos
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Os Custos de Produo podem ser diretos ou indiretos. Os Custos
Diretos so alocados produo diretamente da conta em que esto
registrados para a conta da elaborao ou processamento. Exemplos:
custos de matria-prima, mo-de-obra direta, etc. Para uma apropriao
correta, basta uma mensurao precisa do consumo ou utilizao dos
recursos, ou seja, os custos diretos obedecem a condies objetivas.
Por outro lado, os CIF precisam ser rateados ou alocados entre
departamentos ou centros de custo, portanto, o custeio feito de
modo subjetivo. Os principais critrios de rateio dos CIF so:
horas-mquina;
consumo de materiais diretos;
mo-de-obra direta aplicada;
receita de vendas; e
quantidade produzida.
Departamentalizao Um dos objetivos da Departamentalizao (rateio
dos custos por Departamentos) tornar mais preciso o critrio de
rateio. O Departamento uma unidade mnima que concentra custos e
desenvolve atividades homogneas. A departamentalizao representa um
critrio eficaz para apropriao de custos indiretos, onde cada
departamento dividido em um ou mais centros de custos. muito
utilizada pelas empresas em que o processo produtivo passa por
fases de produo. Ex: Indstria de caf: as fases de produo so a seleo
de gros, torrefao, moagem e embalagem. O Centro de Custo a menor
frao de atividade ou rea de responsabilidade para a qual realizada
a acumulao de custos. Pode coincidir com o departamento ou no.
Exemplo. A empresa industrial J4M2 Ltda fabrica os produtos ALFA,
BRAVO e FOXTROT, que recebem a alocao dos seguintes custos
diretos:
Produto $ mil
ALFA 500 BRAVO 400 FOXTROT 300 Total 1.200 Alm disso, a indstria
apresenta os seguintes custos indiretos: Depreciao de Mquinas
200
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Manuteno 300 Energia Eltrica 400 Materiais Indiretos 100 Outros
Custos Indiretos 100 Total 1.100 Admita que a distribuio dos CIF
pelos produtos seja realizada com base nas horas-mquina necessrias
produo conforme a Tabela que se segue:
ALFA 300 horas-mquina (30%) BRAVO 500 horas-mquina (50%) FOXTROT
200 horas-mquina (20%) Total 1.000 horas-mquina
Logo os custos totais por produtos seriam: Custos Indiretos
Custos Diretos Custo Total ALFA 30% x 1.100 = 330 500 830 BRAVO 50%
x 1.100 = 550 400 950 FOXTROT 20% x 1.100 = 220 300 520 Total 1.100
1.200 2.300
Exemplo. Calculemos os custos do exemplo anterior utilizando o
conceito de Departamentalizao. Suponha, agora, que o produto ALFA
consome 300 horas-mquina, distribudas nos setores de seleo de gros,
moagem e torrefao; enquanto que o produto BRAVO s utiliza o setor
de seleo de gros e o produto FOXTROT somente utiliza o setor de
moagem e torrefao. Deste modo, a distribuio das horas-mquina pelos
departamentos ficaria da seguinte forma:
Seleo de Gros Moagem Torrefao Total ALFA 200 hm 50 hm 50 hm 300
hm BRAVO 500 hm 500 hm FOXTROT 100 hm 100 hm 200 hm Total 700 hm
150 hm 150 hm 1.000 hm
Alm disso, suponha que o gasto com os custos indiretos por
departamentos seja representado na tabela a seguir:
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Seleo de
Gros Moagem Torrefao Total
Depreciao de Mquinas
$ 100 $ 30 $ 70 $ 200
Manuteno $ 200 $ 70 $ 30 $ 300 Energia Eltrica $ 60 $ 140 $ 200
$ 400 Materiais Indiretos $ 50 $ 20 $ 30 $ 100 Outros Custos
Indiretos
$ 40 $ 30 $ 30 $ 100
Total $ 450 $ 290 $ 360 $ 1.100 Custo Mdio por Hora Mquina
450/700 = $0,643/hm
290/15= $1,933/hm
360/150 = $2,4/hm
Fazendo o clculo dos custos por produto: Seleo de
Gros Moagem Torrefao Total
ALFA 200 x 0,643 = 128,6
50 x 1,93 = 96,7
50 x 2,4 = 120
345,3
BRAVO 500 x 0,643 = 321,4
321,4
FOXTROT 100 x 1,93 = 193,3
100 x 2,4 = 240
433,3
Total 450 290 360 1.100
A Tabela que se segue mostra o quadro comparativo dos CIF com e
sem Departamentalizao. CIF sem
Departamentaliza-o (1)
CIF com Departamentalizao
(2)
Diferena(1) (2)
ALFA 330 345,3 (15,3) BRAVO 550 321,4 228,6 FOXTROT 220 433,3
(213,3) Total 1.100 1.100
Essa Tabela sugere que a Departamentalizao propicia uma
determinao mais precisa dos custos, uma vez que o critrio de rateio
dos CIF fica menos arbitrrio. Isto acontece porque:
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Alguns custos, embora sejam indiretos em relao aos produtos, so
diretamente atribuveis aos Departamentos. Exemplos:
- Depreciao das Mquinas do Departamento (custo indireto em relao
aos vrios tipos de produtos fabricados, mas direto em relao ao
Departamento);
- Material Indireto (como cola e verniz) usado no
Departamento;
- Mo-de-Obra Indireta usada no Departamento.
Nem todos os produtos passam por todos os Departamentos e, caso
passem, o fazem em propores diferentes.
2.1.5 Importncia da Distino entre Custo e Despesa Um custo
lanado como despesa ou uma despesa lanada como custo provoca
distores na apurao do resultado do exerccio e consequentemente na
avaliao dos estoques existentes na data do balano. 2.1.6 Vantagens
e Desvantagens do Custeio por Absoro
a) Vantagens: 1. incluso de todos os custos no resultado (custos
fixos, custos variveis, custos diretos e custos indiretos);
2. atende ao Princpio da Competncia.
b) Desvantagem: incluso de custos indiretos por meio de
rateio
arbitrrio de seus valores. 2.1.7 Encargos Financeiros O registro
dos encargos financeiros deve ser tratado como despesa e no como
custo. Se os juros, correes e outros encargos decorrentes de
emprstimos e financiamentos fossem adicionados ao custo do produto,
tambm deveriam s-lo os relativos ao capital prprio. Os encargos
financeiros no so itens operacionais, pois no so resultantes da
atividade da empresa; so, antes, passivos que representam a
remunerao de capital de terceiros, ao invs de custo. Os encargos
financeiros no so, portanto, custos de produo. So gastos
relacionados falta de capital prprio e no a gastos de produo, sendo
tratados diretamente como despesas.
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2.2 Custeio Varivel No Custeio Direto ou Varivel considera-se
que o CPP consiste somente nos custos variveis incorridos,
excluindo-se os Custos Fixos, que no so considerados como custos de
produo e sim como despesas, sendo encerrados diretamente contra o
resultado do perodo. Vimos que
EIPE + EIPA + CPP = EFPE + EFPA + CPV logo, o CPV e os Estoques
Finais s contero os custos variveis.
H que se ressaltar que este mtodo de custeio vedado pela
legislao do imposto de renda. Contudo, considerado o mtodo mais
adequado ao processo de tomada de deciso da administrao da empresa.
A apurao do CPV e do Resultado podem ser feitas conforme as Tabelas
4 e 5, respectivamente (*). (*) A Tabela 2 aplicvel ao caso do
Custeio Varivel.
Tabela 4: APURAO DO CPV
01 Estoque inicial de insumos 02 (+) Custo de Aquisio das
compras de insumos
(matria-prima, material secundrio e embalagens) 03 (-) Estoque
Final de insumos 04 (=) Insumos Consumidos 05 (+) Outros Custos
Variveis 06 (+) EIPE 07 (-) EFPE 08 (=) CPA 09 (+) EIPA 10 (-) EFPA
11 (=) CPV Tabela 5: APURAO DO RESULTADO
01 Faturamento 02 (-) IPI 03 (=) Receita Operacional Bruta
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04 (-) Dedues da Receita Bruta (*) 05 (=) Vendas Lquidas 06 (-)
Custo dos Produtos Vendidos 07 (-) Despesas Variveis de Administrao
e Vendas 08 (=) Margem de Contribuio 09 (-) Custos Fixos (**) 10
(-) Despesas Fixas 11 (=) LUCRO/PREJUZO LQUIDO DO EXERCCIO
(*) Dedues (contas retificadoras da receita bruta):
- Devolues de Vendas;
- Abatimentos sobre Vendas;
- Descontos Incondicionais Concedidos;
- Impostos sobre Vendas (ICMS, ISS e IE); e
- Contribuies Sociais sobre Vendas (PIS e Cofins).
(**) Aqui trata-se do Custo Fixo Total e no somente do Custo
Fixo relativo s unidades vendidas. A questo 8 trata deste aspecto,
bastante sutil da apurao do resultado pelo Custo Varivel. Observe,
na Tabela 5, que a Margem de Contribuio (MC) corresponde ao valor
que sobra para se fazer frente aos custos e despesas fixos.
Formalmente,
(5) MC = V (CPV + DV) em que V denota as Vendas Lquidas e DV
representa as Despesas Variveis de Administrao e Vendas. 2.2.1
Custeio Varivel versus Custeio por Absoro Faremos a comparao entre
os custeios por absoro e varivel por meio do exemplo a seguir.
Exemplo. A empresa Kaprisma apresentou os seguintes dados contbeis
para determinado exerccio:
Produo: 1.000 unidades totalmente acabadas
Custos Variveis = $ 20.000,00
Custos Fixos = $ 12.000,00
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Despesas Variveis = $ 4.000,00
Despesas Fixas = $ 6.000,00
No h estoques iniciais e finais de produtos em elaborao
No h estoques iniciais de produtos acabados
Vendas Lquidas: 800 unidades a $60,00 cada uma no total de
$48.000,00
(I) Custeio por Absoro:
Custos Fixos 12.000 Custos Variveis 20.000 Custo da Produo do
Perodo 32.000
Sabemos que
CPA = EIPE + CPP EFPE. Como no h estoques iniciais e finais de
produtos em elaborao,
temos que: Custo da Produo Acabada no Perodo = Custo da Produo
do Perodo Custo da Produo Acabada no Perodo = 32.000 Custo dos
Produtos Vendidos: Custo dos Produtos Vendidos = Unidades vendidas
x Custo unitrio de
produo Custo Unitrio de Produo = 32.000/1.000 unidades = 32
Custo dos Produtos Vendidos = 800 unidades x 32 = 25.600 Estoque
Final de produtos acabados: Estoque Final de Produtos Acabados =
200 unidades x 32 = 6.400 Conferncia do resultado obtido para EFPA
usando a frmula do CPV: CPV = EIPA + CPA EFPA 25.600 = 0 + 32.000
EFPA EFPA = 32.000 25.600 = 6.400. Demonstrao do Resultado do
Perodo: Vendas Lquidas 48.000
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(-) CPV (25.600) Resultado Industrial 22.400 (-) Despesas
Variveis (4.000) (-) Despesas Fixas (6.000) Lucro Lquido 12.400
(II) Custeio Varivel: Custos Variveis = Custos da Produo do Perodo
= 20.000 Custo da Produo Acabada no Perodo = Custo da Produo do
Perodo Custo da Produo Acabada no Perodo = 20.000 Custo dos
Produtos Vendidos: Custo Unitrio de Produo = 20.000/1.000 unidades
= 20 Custo dos Produtos Vendidos = Unidades vendidas x Custo
unitrio de
produo Custo dos Produtos Vendidos = 800 unidades x 20 = 16.000
Estoque Final de produtos acabados: Estoque Final de Produtos
Acabados = 200 x 20 = 4.000 Demonstrao do Resultado do Perodo:
Vendas Lquidas 48.000 (-) CPV (16.000) (-) Despesas Variveis
(4.000) Margem de Contribuio 28.000 (-) Custos Fixos (12.000) (-)
Despesas Fixas (6.000) Lucro Lquido 10.000
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Diferenas entre os dois mtodos de custeio: Custeio por
Absoro Custeio Varivel
Diferena
Custo de Produo do Perodo 32.000 20.000 12.000 Custo da Produo
Acabada no Perodo
32.000 20.000 12.000
Custo dos Produtos Vendidos 25.600 16.000 9.600 Estoque Final
dos Produtos Acabados
6.400 4.000 2.400
Lucro Lquido 12.400 10.000 2.400 Observe que o custo de produo
do perodo, no custeio por absoro, maior em R$ 12.000,00, que
corresponde ao valor dos custos fixos que, no custeio varivel no so
considerados custos e sim despesas do perodo.
O custo dos produtos vendidos, no custeio por absoro, maior em
R$ 9.600,00, diferena que corresponde ao valor dos custos fixos
apropriados nas unidades vendidas ([800 unidades/1.000 unidades] x
12.000 = 9.600). O estoque final dos produtos acabados, no custeio
por absoro, maior em R$ 2.400,00, diferena que corresponde ao valor
dos custos fixos apropriados no estoque final de produtos acabados
([200 unidades/1.000 unidades] x 12.000 = 2.400).
O estoque final do custeio varivel representado por:
Custo Varivel Unitrio = R$ 20.000,00/1.000 unidades Custo
Varivel Unitrio = R$ 20,00
Unidades em Estoque no Final do Perodo = 200 unidades
Valor do Estoque Final = 200 x R$ 20,00 = R$ 4.000,00
O estoque final do custeio por absoro representado por:
Custo Fixo Unitrio = R$ 12.000,00/1.000 unidades Custo Fixo
Unitrio = R$ 12,00
Custo Varivel Unitrio = R$ 20.000,00/1.000 unidades Custo
Varivel Unitrio = R$ 20,00
Custo Unitrio Total = Custos Fixos + Custos Variveis Custo
Unitrio Total = 12 + 20 = R$ 32,00
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Unidades em Estoque no Final do Perodo = 200 unidades
Valor do Estoque Final = 200 x R$ 32,00 = R$ 6.400,00
Como o estoque final de produtos acabados, no custeio por
absoro, maior em R$ 2.400,00, o lucro do perodo do custeio por
absoro, em relao ao custeio varivel, tambm ser maior em R$
2.400,00. 2.2.2 Vantagens e Desvantagens do Custeio Varivel
Vantagem 1: impede que eventuais aumentos de produo, que no
correspondam a aumentos de vendas, venham distorcer o resultado
apurado, visto que os custos e despesas fixas so apresentados aps a
margem de contribuio. Considerando o exemplo do item 2.2.1, suponha
que o dono da Kaprisma decida aumentar a sua produo para 2.000
unidades, mesmo sabendo que as unidades vendidas permaneceram em
800. (I) Custeio por Absoro:
Custos Fixos 12.000 (no sofrem alterao) Custos Variveis 40.000
(Custo Varivel Unitrio x 2.000 unid.) Custo da Produo do Perodo
52.000
Como no h estoques iniciais e finais de produtos em elaborao:
Custo da Produo Acabada no Perodo = Custo da Produo do Perodo Custo
da Produo Acabada no Perodo = 52.000 Custo dos Produtos Vendidos:
Custo Unitrio de Produo = 52.000/2.000 unidades = 26
Custo dos Produtos Vendidos = Unidades vendidas x Custo unitrio
de produo
Custo dos Produtos Vendidos = 800 unidades x 26 = 20.800 Estoque
Final de produtos acabados: Estoque Final de Produtos Acabados =
1.200 x 26 = 31.200 Demonstrao do Resultado do Perodo:
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Vendas Lquidas 48.000 (-) CPV (20.800) Resultado Industrial
27.200 (-) Despesas Variveis (4.000) (-) Despesas Fixas (6.000)
Lucro Lquido 17.200 Ou seja, apesar de no ter ocorrido um aumento
nas vendas, o aumento na produo do perodo aumentou o lucro lquido
em R$ 4.800,00 (R$ 17.200,00 R$ 12.400,00). Isto ocorreu porque o
aumento da produo diminuiu os custos fixos unitrios incorporados
aos produtos vendidos. Quando a produo era de 1.000 unidades, os
custos fixos unitrios eram de $ 12,00 ($ 12.000,00/1.000 unidades).
Entretanto, com a produo de 2.000 unidades, os custos fixos
unitrios passaram a $ 6,00 ($ 12.000,00/2.000 unidades). Enfim, o
aumento da produo, mesmo sem que ocorresse um aumento nas vendas,
reduziu os custos fixos unitrios e aumentou o lucro da empresa.
(II) Custeio Varivel:
Custos Variveis = Custos da Produo do Perodo = 40.000 (R$ 20,00
x 2.000 unidades)
Custo da Produo Acabada no Perodo = Custo da Produo do Perodo
Custo da Produo Acabada no Perodo = 40.000
Custo dos Produtos Vendidos:
Custo Unitrio de Produo = 40.000/2.000 unidades = 20
Custo dos Produtos Vendidos = Unidades vendidas x Custo unitrio
de produo
Custo dos Produtos Vendidos = 800 unidades x 20 = 16.000
Estoque Final de produtos acabados:
Estoque Final de Produtos Acabados = 1.200 x 20 = 24.000
Demonstrao do Resultado do Perodo: Vendas Lquidas 48.000
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(-) CPV (16.000) (-) Despesas Variveis (4.000)
Margem de Contribuio 28.000 (-) Custos Fixos (12.000) (-)
Despesas Fixas (6.000) Lucro Lquido 10.000
Como os custos fixos so apropriados diretamente no resultado do
perodo, o aumento da produo sem aumento das vendas no proporciona
qualquer alterao nos lucros da empresa. Vantagem 2: uma ferramenta
melhor para a tomada de deciso por parte dos administradores da
empresa em relao ao custeio por absoro, que pode induzir a decises
erradas sobre a produo. Desvantagens:
A apropriao dos custos fixos diretamente no resultado do
exerccio, sem passar pelos estoques produzidos, descumpre o
princpio da competncia.
O administrador pode vir a desprezar custos peridicos no
processo de estabelecimento dos preos de venda.
2.3 Hipteses de Comportamento Os Custos Variveis (CV) so
diretamente proporcionais quantidade (Q) produzida pela fbrica.
Portanto, o Custo Varivel Unitrio (CVu) fixo ou constante (6) CVu =
CV/Q = K em que K um valor constante. O Custo Fixo (CF) constante
qualquer que seja o volume de produo. Porm, o Custo Fixo Unitrio
(CFu) sempre decrescente (*), uma vez que (7) CFu = CF/Q. (*) A
frmula (7) indica que o CFu uma funo potncia, ou seja, do tipo y =
ax, em que a e so constantes reais. No caso do CFu, tem-se =-1,
a=CF e x=Q. Considere o caso da fabricao de um produto em que
CF=100 e CV=10Q. Como CT = CV + CF, tem-se que
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CT = 100 + 10Q. Os Custos Fixos e Variveis Unitrios so dados por
CFu = 100/Q CVu =10. Alm disso, seja o Custo Mdio seja definido por
(8) CMe = CT/Q ou (9) CMe = CFu + CVu . Ento CMe = 10 + 100/Q .
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O grfico da parte superior da figura acima mostra que CF uma
reta paralela ao eixo das quantidades Q. O CV zero se nada for
produzido (e teramos CT = CF neste caso) e aumenta linearmente com
a produo (o coeficiente angular da reta CV igual a 10). O CT tambm
uma reta de inclinao positiva, com o mesmo coeficiente angular da
reta CV (portanto paralela reta CV), s que deslocada verticalmente,
para cima, em $ 100,00. O grfico da parte inferior da figura mostra
que CVu uma reta paralela ao eixo das quantidades. As funes CFu e
CMe decrescem medida que Q aumenta, pois so funes do tipo potncia
(y=ax, com a e sendo constantes reais), definida somente para
Q>0. Alm disso, observe que a distncia entre as curvas CFu e CMe
sempre constante e igual ao valor de CVu. 2.4 Princpios Contbeis
Aplicados Contabilidade de Custos Existem regras gerais que
orientam os procedimentos e prticas do contabilista no exerccio de
sua atividade profissional. Essas regras ou princpios visam a um
tratamento contbil uniforme e servem como guia para a auditoria
examinar a qualidade dos relatrios contbeis. Os princpios
fundamentais da contabilidade norteiam os procedimentos contbeis,
seja qual for o ramo da contabilidade. Atualmente, o Brasil possui
duas estruturas conceituais que servem de alicerce e arcabouo
terico da contabilidade:
a) Estrutura Conceitual do Sistema CFC/CRCs (Conselho Federal de
Contabilidade/Conselhos Regionais de Contabilidade), inspirada na
escola europia, conforme as Resolues CFC no 1.282/2010 (princpios
contabilidade) (*); e
b) Estrutura Conceitual Baseada na Estrutura Conceitual do
International Accounting Standards Board (IASB) (**), conforme a
verso revisada do Pronunciamento Conceitual Bsico do CPC
(CPC-00-R1), que foi homologado pela Resoluo CFC no 1.374/11
Estrutura Conceitual para Elaborao e Divulgao de Relatrio
Contbil-Financeiro.
(*) Esta nova Resoluo alterou a Resoluo CFC n. 750/93 e revogou
a Resoluo CFC n. 774/94, que detalhava os princpios enunciados pela
Resoluo CFC n. 750/93. A principal inovao da CFC n. 1.282/2010 a
revogao do princpio da atualizao monetria.
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(**) O IASB um rgo independente, do setor privado, para o estudo
de padres contbeis, com sede em Londres. As Normas Internacionais
de Contabilidade so editadas desde 1975. Recebiam o nome de
International Accounting Standards (IAS). A partir de 2001,
passaram a receber a denominao de International Financial Reporting
Standards (IFRS). Apesar disso, ainda h varias IAS em vigor.
Atualmente, mais de 100 pases adotam as normas IFRS. (***) O CPC,
criado em 2005 pela Resoluo CFC no 1.055/05 e validado formalmente
pelo art. 50 da Lei no 11.638/07, o rgo encarregado pela emisso das
novas normas contbeis brasileiras, as quais so elaboradas em
consonncia com os padres internacionais de contabilidade. So
membros do CPC: CFC, Associao dos Analistas e Profissionais de
Investimento do Mercado de Capitais (APIMEC), Associao Brasileira
das Companhias Abertas (ABRASCA), Bolsa de Valores de So Paulo
(BOVESPA), Fundao Instituto de Pesquisas Contbeis, Atuariais e
Financeiras (FIPECAFI) e Instituto dos Auditores Independentes do
Brasil (IBRACON). O CPC prope normas, denominadas Pronunciamentos
Tcnicos, que podem ser aprovadas como deliberaes ou instrues
normativas por rgos do governo como CVM, Banco Central e
Superintendncia de Seguros Privados (SUSEP). Apresentaremos, a
seguir, os Princpios Contbeis Geralmente Aceitos aplicveis
Contabilidade de Custos. PRINCPIO DA REALIZAO DA RECEITA Este
princpio determina que o resultado (lucro ou prejuzo) deve ser
reconhecido apenas quando da realizao da receita. Em regra, a
receita realizada quando ocorre a transferncia do bem ou do servio
para terceiros. Sendo assim, as indstrias s reconhecem o resultado
obtido em sua atividade quando a receita realizada, ou seja, no
momento em que o bem produzido transferido para o cliente. Deste
modo, a Contabilidade de Custos, quando aplicada no contexto da
Contabilidade Financeira, tambm no pode apurar resultado antes
desse instante, podendo, servir, no mximo, como instrumento para
previso do lucro/prejuzo. Note que, do ponto de vista econmico, o
lucro j surge durante a fabricao do produto, pois h agregao de
valores nesta fase. Depreende-se do que foi dito acima que este
princpio o responsvel por uma das diferenas entre os conceitos de
lucro na Economia e na Contabilidade. Contabilmente, os valores
agregados de gastos, relativos a fatores utilizados na produo, vo
sendo acumulados na forma de estoques, uma vez que a receita s ser
reconhecida futuramente. Como este princpio estabelece que o
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resultado deve ser reconhecido apenas quando da realizao da
receita (e as receitas devem ser confrontadas com as despesas para
que o resultado seja apurado), tem-se que os gastos na produo s
sero considerados como despesas no futuro, aps o bem elaborado ter
sido transferido para terceiros. Resumindo, o princpio da realizao
define o momento do reconhecimento da receita. PRINCPIO DA
COMPETNCIA O reconhecimento das despesas feito de acordo com a
seguinte regra, conhecida como princpio da competncia ou da
confrontao entre despesas e receitas: aps o reconhecimento da
receita, deduzem-se dela todos os valores representativos dos
esforos necessrios para sua obteno (despesas). Esses esforos podem
ser subdivididos em dois grupos:
a) despesas especificamente incorridas para a consecuo daquelas
receitas que esto sendo reconhecidas (por exemplo, custo de produo
do bem ora vendido, despesa de comisso relativa venda do produto,
etc.) e
b) despesas incorridas para a obteno de receitas genricas e no
necessariamente daquelas que esto sendo contabilizadas (por
exemplo, despesas de administrao, propaganda e marketing,
etc.).
Com isso, tem-se a seguinte seqncia: primeiramente, deve-se
apropriar as receitas em funo da realizao; depois, deduz-se dessas
receitas todos os gastos que estejam diretamente relacionados ao
processo de obteno dessas mesmas receitas; e, finalmente, deduz-se
aquelas despesas que foram incorridas no perodo e dizem respeito a
esforos de gerao de receitas, mas cuja vinculao com elas
extremamente difcil ou ento impossvel de se verificar. por isso que
o gasto com o salrio do chefe da fbrica apropriado a um produto
estocado e s se torna despesa por ocasio da venda, enquanto que o
salrio do chefe de vendas vira, de imediato, despesa,
independentemente da existncia ou realizao de receitas. Em resumo,
este princpio diz respeito basicamente ao momento do reconhecimento
das despesas. PRINCPIO DO REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL Este
princpio estabelece que os registros contbeis so efetuados com base
no valor de aquisio do bem (valor original) ou pelo preo de
fabricao.
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Dessa forma, dois contadores, ao defrontarem-se com o mesmo
fato, no divergiriam na mensurao do mesmo. Ativos como
matrias-primas so registrados por seu valor original de entrada ou
custo histrico; tal valor permanecer intacto na escriturao contbil
at que o elemento seja baixado do patrimnio. Os estoques das
indstrias so avaliados em funo do custo histrico de sua obteno, sem
correo por inflao ou por valores de reposio. Alm disso, o sacrifcio
representado pelo que a empresa deixou de ganhar por ter aplicado
seus recursos na fabricao do bem, ao invs de aplicar em outra
atividade, ou simplesmente o juro calculado sobre o capital prprio,
no deve ser englobado ao custo de produo. Os estoques no podem ser
avaliados com a incluso desses itens. O exemplo a seguir ilustra o
que foi dito sobre este princpio. Exemplo. Suponha que o custo
histrico de fabricao do produto X seja $100.000,00 e que ele fique
estocado durante certo tempo, sendo vendido por $150.000,00. Admita
que a inflao nesse perodo seja de 10%. O lucro bruto apurado seria
de
Venda $150.000,00 (-) Custo do Produto Vendido ($100.000,00)
Lucro Bruto $ 50.000,00
na hiptese de valor puramente histrico e de
Venda $150.000,00 (-) Custo Histrico do Produto Vendido
Corrigido = $100.000 x 1,1 ($110.000,00) Lucro Bruto $
40.000,00
na hiptese de se tirar do lucro o efeito da inflao. Imaginemos
ainda que se quisesse levar em considerao o valor que representasse
o quanto custaria fazer o produto na data da venda e que esse valor
de reposio fosse de $120.000,00. Neste caso, teramos
Venda $150.000,00 (-) Custo do Produto Vendido $120.000,00 Lucro
Bruto $ 30.000,00
na hiptese de se adotar o valor de reposio. Qual o valor do
lucro admitido pela Contabilidade?
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A Contabilidade ir admitir como lucro o total de $50.000,00
porque os estoques das indstrias so avaliados em funo do custo
histrico de sua obteno, sem correo por inflao ou por valores de
reposio. PRINCPIO DA CONSISTNCIA OU UNIFORMIDADE Quando h diversas
alternativas para o registro contbil de um mesmo fato, todas vlidas
dentro dos princpios fundamentais de contabilidade, deve a entidade
adotar uma delas de forma consistente. Isto requer que a
alternativa adotada seja utilizada sempre, no podendo a entidade
ficar mudar o critrio a cada perodo. Deste modo, para a apropriao
dos vrios custos de produo, h a necessidade de se adotar critrios
escolhidos entre vrias alternativas. Por exemplo, a empresa pode
distribuir os custos de manuteno em funo de horas-mquina,
homem-hora, valor do equipamento, etc. Todos so vlidos a princpio,
mas no podem ser usados de forma indiscriminada em cada perodo. Aps
a adoo de um deles, deve haver consistncia ou uniformidade em seu
uso, j que a alterao de critrio pode provocar modificaes
substanciais nos valores dos estoques e, por conseguinte, na apurao
dos resultados. PRINCPIO DA PRUDNCIA OU CONSERVADORISMO A posio
conservadora (precauo) do contador ser evidenciada para antecipar
prejuzo e nunca antecipar lucro. Assim, ele no estar influenciando
os acionistas, por exemplo, a um otimismo que poder ser ilusrio.
Assim, se uma indstria possui um estoque de produtos acabados cujo
custo de fabricao seja de $ 20 milhes, e o valor de mercado (preo
que a empresa obteria se vendesse seu estoque hoje) fosse de $ 15
milhes, o contador deve antecipar o prejuzo de $ 5 milhes, mesmo
que os produtos ainda no tenham sido vendidos (Custo ou Mercado dos
dois o menor). Note que o prejuzo ainda no ocorreu; contudo, para
no esconder dos acionistas uma situao negativa que poder ocorrer
num futuro prximo, o prejuzo ser antecipado. Por outro lado, a
contabilidade da empresa dever registrar o maior valor dentre dois
montantes, igualmente vlidos de dvida da entidade com terceiros,
caso haja dvidas. Deste modo, se, no momento de quitao da dvida,
prevalecer o maior valor, ningum ser pego de surpresa. Mas claro
que a prudncia deve ser exercida com bom senso, sem exageros,
evitando-se uma subavaliao desmesurada da riqueza da empresa.
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Temos como conseqncias principais deste princpio no contexto da
Contabilidade de Custos a avaliao final dos estoques de produtos e
o tratamento de certos custos de produo. Para a avaliao dos
estoques, foge-se do Princpio do Custo Histrico como Base de Valor
no momento em que os produtos elaborados tiverem um valor lquido de
venda (preo de venda menos todas as despesas necessrias venda, tais
como comisses, transporte para entrega, impostos, etc.) inferior ao
custo de produo. No que tange relao de certos custos de produo e a
Prudncia, podemos mencionar certos gastos que provocam dvida quanto
a sua classificao, se custo ou despesa; na dvida, deve prevalecer a
hiptese mais pessimista, que no acarreta a ativao desse valor como
estoque, mas sim a sua converso imediata em despesa. PRINCPIO DA
MATERIALIDADE OU RELEVNCIA Materialidade sinnimo de relevncia.
Pode-se visualizar a materialidade pelo anlise do binmino Custo x
Benefcio. Por exemplo, alguns pequenos materiais de consumo
industrial precisariam ser tratados como custo na proporo de sua
efetiva utilizao; contudo, por representarem valores desprezveis,
so usualmente englobados e totalmente considerados como custo no
perodo de sua aquisio. Neste caso, o custo de contabilizao (tempo
do pessoal da contabilidade, material, computador) maior que o
benefcio que trar aos usurios (acionistas, administradores) dessas
informaes. Portanto, para valores irrisrios em relao ao todo, a
Materialidade desobriga a um tratamento mais rgido que os itens de
cifras relevantes. bom ressaltar, entretanto, que a soma de
diversos itens irrelevantes pode ser material, e, nesse caso, um
tratamento mais rigoroso deve ser aplicado.
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2.5 Resumo o CSP pelas empresas prestadoras de servios a outras
empresas poder ser composto pelos mesmos itens que compem o CPV em
uma empresa industrial, ou seja, materiais, mo de obra e gastos
gerais de fabricao. O Custeio por Absoro consiste na apropriao de
todos os custos de produo (fixos ou variveis, diretos ou indiretos)
produo do perodo. Os gastos no fabris (despesas) so excludos. CPA =
CPP + EIPE EFPE CPV = CPA + EIPA EFPA. LB = V CPV CPP = MD + MOD +
CIF EIPE + EIPA + CPP = EFPE + EFPA + CPV (estoques iniciais + CPP
= estoques finais + CPV)
Mtodos de avaliao de sadas de MD para a produo: PEPS, UEPS e
Mdia Ponderada Mvel ou Custo Mdio.
(+)
(-)
CPP
CPA
CPV
EIPA EFPA
EIPE EFPE
(+) (-)
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Encargos financeiros no so custos de produo. Os CIF precisam ser
rateados ou alocados entre departamentos ou centros de custo.
Principais critrios de rateio dos CIF: horas-mquina, consumo de
materiais diretos;, mo-de-obra direta aplicada, receita de vendas e
quantidade produzida. A Departamentalizao torna o critrio de rateio
mais preciso (ou justo). O Custeio Direto ou Varivel considera que
o CPP consiste somente nos custos variveis incorridos, excluindo-se
os Custos Fixos, que no so considerados como custos de produo e sim
como despesas, sendo encerrados diretamente contra o resultado do
perodo Custo Varivel Unitrio = Custo Varivel/Quantidade Produzida =
Constante Custo Fixo Unitrio = Custo Fixo/Quantidade Produzida
(decresce com aumento da Quantidade) Custo Total = Custo Varivel +
Custo Fixo
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2.6 Exerccios de Fixao (ANAC/CESPE-UnB/2012/Adaptada) Em relao
classificao e terminologia de custos, julgue o item a seguir. 1. O
custo varivel uniforme por unidade, mas varia em relao ao total, na
proporo direta das variaes da atividade ou do volume de produo
relacionado. (ANAC/CESPE-UnB/2012) Uma fbrica que adota o custeio
por absoro aplicou R$ 35.000,00 de matria-prima, R$ 15.000,00 de mo
de obra direta e R$ 55.000,00 de custos indiretos de fabricao em
sua produo do ms de setembro de 2012. O saldo inicial dos estoques
de produtos em elaborao do referido ms foi de R$ 8.000,00 e a
fbrica no possua estoque de produtos acabados no incio do ms.
Considerando que a fbrica vende seu nico produto por R$ 20,00 a
unidade e que foi vendida a produo total de 6.000 unidades, julgue
os itens que se seguem. 2. Se o lucro bruto for de R$ 20.000,00, o
estoque final de produtos em elaborao ser igual a R$ 13.000,00. 3.
O custo de produo do perodo foi igual a R$ 70.000,00.
(ANAC/CESPE-UnB/2012/Adaptada) Tendo em vista que a anlise de
custos um dos principais fatores para a tomada de decises em uma
empresa , julgue o item a seguir. 4. Para se obter a margem de
contribuio os custos fixos e variveis devem ser subtrados das
vendas. 5. (MDIC/ESAF/2012) A empresa Rio Branco S.A. comercializa
mercadorias com alto grau de tecnologia. O comportamento dos preos
dos produtos adquiridos para vender sempre decrescente. Dessa
forma, pode-se afirmar que:
(A) se a empresa aplicar o critrio de avaliao de estoques pelo
preo mdio, ter sempre maior resultado do que se aplicar o mtodo
PEPS.
(B) os custos totais sempre sero iguais, independente do critrio
de avaliao utilizado, quando os estoques forem totalmente vendidos
dentro do exerccio.
(C) pelo mtodo UEPS, a empresa sempre reconhecer em cada venda
mais custos do que se aplicar o mtodo do preo mdio ou PEPS.
(D) a empresa ter um maior lucro se aplicar o mtodo de valorizao
de estoques pelo PEPS e pelo preo mdio, do que se aplicar o mtodo
UEPS.
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(E) quando houver a venda de todo o estoque, o lucro ser menor
quando a empresa utilizar o mtodo UEPS, do que quando aplicado o
mtodo PEPS.
6. (ICMS-PR/UEL-Cops/2012/Adaptada) A empresa Limeira Ltda.
iniciou suas atividades em 1o de outubro de 2011. Aps seu primeiro
ms de funcionamento, a empresa apresentou a seguinte movimentao de
um de seus materiais diretos isento de impostos na aquisio e na
venda:
DATA DESCRIO VALOR TOTAL (R$)
07/10/2011 Entrada de 40 unidades 2.000,00 14/10/2011 Sada de 10
unidades 700,00 21/10/2011 Entrada de 30 unidades 2.100,00
31/10/2011 Sada de 15 unidades 1.200,00
Assinale a alternativa que apresenta, corretamente, o valor, em
reais, do estoque final de materiais diretos segundo o critrio
PEPS. (A) 2.200,00
(B) 2.350,00
(C) 2.650,00
(D) 2.700,00
(E) 2.850,00
7. (ICMS-PR/UEL-Cops/2012) Com relao s funes da contabilidade de
custos, financeira e gerencial, considere as afirmativas a seguir.
I. A contabilidade de custo tem um escopo mais amplo que a
contabilidade gerencial.
II. O uso da contabilidade de custos como instrumento gerencial
preocupao permanente dos contadores, auditores e fiscais.
III. O sistema de custos pode subsidiar a deciso gerencial de
administrao de preo de venda.
IV. Lucro bruto o resultado do confronto do custo das
mercadorias ou produtos vendidos ou dos servios prestados aos
clientes com a respectiva receita lquida.
Assinale a alternativa correta. (A) Somente as afirmativas I e
II so corretas.
(B) Somente as afirmativas I e IV so corretas.
(C) Somente as afirmativas III e IV so corretas.
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(D) Somente as afirmativas I, II e III so corretas.
(E) Somente as afirmativas II, III e IV so corretas.
8. (ICMS-PR/UEL-Cops/2012) Quanto s terminologias contbeis
bsicas da contabilidade de custos, relacione a coluna da esquerda
com a da direita.
(I) Comisso de vendedores. (A) Custos.
(II) Compra de material de escritrio (B) Desembolso.
(III) Depreciao do prdio fabril. (C) Despesas.
(IV) Mercadoria danificada por enchente. (D) Investimento.
(V) Pagamento de fornecedores. (E) Perdas.
Assinale a alternativa que contm a associao correta.
(A) I-A, II-B, III-C, IV-D, V-E.
(B) I-C, II-A, III-E, IV-D, V-B.
(C) I-C, II-D, III-A, IV-E, V-B.
(D) I-D, II-C, III-A, IV-B, V-E.
(E) I-E, II-A, III-D, IV-B, V-C.
9. (ICMS-SP/FCC/2009) A empresa Modelo possui os seguintes
saldos no perodo 2:
Itens Saldo Inicial em
unidades Saldo Final em
unidades Matria-prima 20.000 50.000 Produtos em processo 10.000
10.000 Produtos acabados 70.000 40.000
Para produzir uma unidade de produto acabado a empresa usa 3
unidades de matria-prima. A empresa planeja produzir 150.000
unidades no perodo 2. O nmero de unidades de matria-prima que a
empresa necessita adquirir (A) 350.000
(B) 420.000
(C) 450.000
(D) 480.000
(E) 530.000
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10. (ICMS-SP/FCC/2009) Uma empresa apura os custos da produo
vendida utilizando dois mtodos: mtodo do custeio por absoro e mtodo
do custeio varivel. No incio do perodo, no havia em estoque
unidades acabadas ou semiacabadas. No ms, foram iniciadas e
terminadas 6.000 unidades, das quais 4.000 unidades foram vendidas.
No final do perodo, a empresa apurou resultado lquido de R$
310.000,00, pelo custeio varivel, e R$ 340.000,00, pelo custeio por
absoro. Levando-se em considerao que os custos variveis representam
50% do preo de venda, os valores do preo unitrio de venda, custo
unitrio varivel e custo fixo total do ms so, respectivamente: (A)
R$ 200,00, R$ 100,00 e R$ 90.000,00
(B) R$ 180,00, R$ 90,00 e R$ 60.000,00
(C) R$ 160,00, R$ 80,00 e R$ 60.000,00
(D) R$ 120,00, R$ 60,00 e R$ 90.000,00
(E) R$ 100,00, R$ 50,00 e R$ 50.000,00
11. (ICMS-SP/FCC/2009) Considere as informaes apresentadas, no
quadro abaixo, referentes movimentao de estoques de materiais na
empresa Y.
Entradas em Unidades Sadas em Unidades
Valor das Compras
R$/unitrio Saldo Inicial 0 0 Janeiro X0 100 100,00 Fevereiro X0
50 Maro X0 200 50,00 Maio X0 100 Julho X0 100 80,00 Setembro X0 150
60,00 Dezembro X0 150
Considerando que a apurao do custo dos produtos vendidos feita
mensalmente, o critrio de avaliao dos Materiais Diretos (Preo Mdio,
PEPS e UEPS) que leva a empresa Y a alcanar melhor resultado no
perodo de X0 (A) PEPS.
(B) UEPS.
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(C) Mdio.
(D).PEPS e UEPS o mesmo resultado.
(E) Mdio e PEPS o mesmo resultado.
12. (ICMS-SP/FCC/2009) Custo de Produo do Perodo a soma dos
custos incorridos no perodo dentro da fbrica. Custo da Produo
Acabada a soma dos custos contidos na produo acabada no perodo.
Custo dos Produtos Vendidos a soma dos custos incorridos na produo
dos bens e servios que s agora esto sendo vendidos. Com relao
afirmao acima, e tomando-se como base para comparao o mesmo perodo,
correto afirmar que (A) o custo de Produo ser obrigatoriamente
maior que os demais.
(B) o custo da Produo Acabada ser obrigatoriamente menor que os
demais.
(C) o custo dos Produtos Vendidos ser obrigatoriamente maior do
que os outros dois acima mencionados.
(D) no existe correlao obrigatria de grandeza entre os trs
custos acima mencionados.
(E) o custo de Produo Acabada ser obrigatoriamente maior que os
demais, por ser a soma dos custos contidos na produo.
(ICMS-SP/FCC/2006) Instrues: Considere as informaes abaixo para
responder s questes de nmeros 13 e 14. A Cia. Atenas utiliza duas
unidades de matria-prima para cada unidade acabada. Ao fazer seu
planejamento, para o ano fiscal de 2006, estabelece como meta os
seguintes saldos:
Itens Saldo Inicial em
unidades
Saldo Final em
unidades
Matria-prima 30.000 40.000
Produtos em processo 10.000 10.000
Produtos acabados 70.000 40.000
13. Se a empresa planeja produzir 400.000 unidades, no perodo, o
nmero de unidades de matria-prima que dever adquirir ser: (A)
810.000
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(B) 990.000
(C) 1.000.000
(D) 1.010.000
(E) 1.020.000
14. Para que a empresa venda 480.000 unidades durante o ano
fiscal de 2006, a quantidade de unidades que dever produzir no
decorres desse perodo : (A) 520.000 (B) 480.000 (C) 460.000 (D)
450.000 (E) 440.000 15. (ICMS-SP/FCC/2006) Uma Empresa, inserida em
um contexto de economia inflacionria em que os preos so sempre
crescentes ao longo dos perodos, tem o movimento de seus estoques
conforme os dados abaixo.
Datas Operao Quantidade Saldo Valor Unitrio de
Compra 01.xx.06 Entrada 2.000 2.000 R$ 10.00 05.xx.06 Entrada
2.500 4.500 R$ 12.00 07.xx.06 Sada (3.000) 1.500 10.xx.06 Entrada
500 2.000 R$ 13.00 12.xx.06 Entrada 1.200 3.200 R$ 15.00 20.xx.06
Sada (1.800) 1.400 23.xx.06 Entrada 1.000 2.400 R$ 20.00 25.xx.06
Sada (1.200) 1.200 26.xx.06 Entrada 700 1.900 R$ 25.00 30.xx.06
Sada (1.300) 600
Com base nessas informaes, em qual dos critrios de avaliao dos
estoques o Resultado Bruto Operacional ser maior? (A) Mdia
ponderada mvel.
(B) ltimo que entra primeiro que sai.
(C) Primeiro que entra primeiro que sai.
(D) Mdia ponderada fixa.
(E) Mtodo de preo especfico.
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16. (ICMS-SP/FCC/2006/Adaptada) Considere que uma empresa aloca
custos departamentais aos produtos, utilizando-se do mtodo direto
(o smbolo k, de kilo, denota x1.000).
Departamento de
Servios
Departamentos
Produtivos
Total Controle
de
qualidade
Manuten-
o Maquinrio Montagem
Custos de
fabricao
alocados diretos
aos
departamentos
R$ 350 k R$ 200 k R$ 400 k R$ 300k R$ 1.250k
Horas mquinas
incorridas
50 k 50k
Horas mo-de-
obra direta
25 k 25k
Horas de
servios:
- de controle
qualidade
- manuteno
10 k
7 k
21 k
18 k
7 k
12 k
35 k
40 k
Produtos Unidades Produzidas
Consumo horas mquinas
Consumo horas MOD
A 5.000 6.0 3.0 B 4.000 5.0 2.5
Com base nos dados contidos no quadro acima, o custo unitrio, em
$, dos produtos A e B so, respectivamente: (A) 150,00 e 125,00
(B) 145,00 e 135,00
(C) 149,00 e 126,25
(D) 125,00 e 156,25
(E) 120,00 e 162,50
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17. (ICMS-SP/FCC/2006) A diferena entre o preo de venda e o
custo varivel constitui (A) a Anlise custo-volume-lucro.
(B) a Receita operacional bruta.
(C) a Receita lquida.
(D) o Ponto de equilbrio.
(E) a Margem de contribuio.
18. (Contador(a) Jnior Petrobrs/Cesgranrio/2011) Em uma aula de
contabilidade, na qual um professor discorria corretamente sobre
classificao de custos, houve a explicao de que somente representam
custos diretos os seguintes itens: (A) energia eltrica, mo de obra
direta e aluguel do prdio.
(B) matria-prima, mo de obra direta e embalagens.
(C) mo de obra direta, depreciao de equipamentos e material
consumido.
(D) manuteno, salrios de superviso e materiais diretos.
(E) salrios da fbrica, embalagens e seguros da fbrica.
19. (Contador(a) Jnior-Petrobrs/Cesgranrio/2010) A Cia.
Parthenon S.A. apresentou as seguintes previses para o 1o trimestre
de 2010:
Meses Vendas (Unidades)
Janeiro 30.000
Fevereiro 45.000
Maro 55.000 Informaes adicionais, com valores em reais. Preo de
venda unitrio 135,00 Custo e despesa varivel por unidade 75,00
Custo e despesa fixa 1.800.000,00/ms Considerando exclusivamente os
dados acima, o lucro operacional projetado para o primeiro
trimestre de 2010, em reais, (A) 900.000,00
(B) 1.500.000,00
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(C) 1.800.000,00
(D) 1.900.000,00
(E) 2.400.000,00
20. (Tc. Contab. Jnior-Petrobrs Biocombustvel/Cesgranrio/2010) A
Indstria Xingu Ltda. produziu 50.000 unidades do produto X em
setembro de 2009. No mesmo perodo, incorreu nos seguintes custos:
Matria-prima R$ 156.000,00 Mo de obra direta R$ 112.000,00 Outros
custos diretos R$ 50.000,00 Custos fixos do ms R$ 285.000,00
Sabendo-se que as vendas do ms montaram a 48.150 unidades do
produto X, o saldo da conta Produtos Acabados da Indstria Xingu,
pelo critrio do custeio varivel, em setembro de 2009, foi, em
reais, de (A) 22.311,00
(B) 18.000,00
(C) 11.868,00
(D) 11.766,00
(E) 10.545,00
21. (Contador(a) Jnior-Petrobrs/Cesgranrio/2010) Dados extrados
da contabilidade de custos da Indstria Plastitil Ltda., com valores
em reais. Aluguel da fbrica 23.000,00 Depreciao de mquinas
75.000,00 Mo de obra direta 215.000,00 Mo de obra indireta
389.000,00 Matria-prima 230.000,00 Materiais de consumo 10.000,00
Salrios de superviso 435.000,00 Com base apenas nos dados acima e
considerando a classificao dos custos em diretos e indiretos, o
total dos custos diretos, em reais, (A) 445.000,00
(B) 455.000,00
(C) 468.000,00
(D) 844.000,00
(E) 890.000,00
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Informaes impostos sobre o lucro 24% dedues da receita 30%
quantidade vendida 800 quantidade produzida 1.000
Custos (R$) mo-de-obra direta unitria 1,30 matria-prima unitria
1,10 outros custos diretos unitrios 3,40 custos indiretos de
fabricao fixos 2.400,00 despesas operacionais fixas 1.140,00 preo
de venda unitrio 17,00
(Serpro/Cespe-UnB/2008/Adaptada) As indstrias adotam diversas
metodologias para a tomada de decises e apurao do resultado de suas
operaes. Um exemplo a adoo do custeio varivel ou do custeio por
absoro. Acerca dessas metodologias e utilizando as informaes do
quadro acima, julgue os itens subseqentes (itens 22 a 25). 22. Sob
a tica do custeio varivel, a margem de contribuio apurada de R$
4.880. 23. Ao se elaborar a demonstrao do resultado do exerccio
(DRE) pelo custeio por absoro, a margem bruta obtida superior a
30%. 24. O custo unitrio do produto, segundo o custeio por absoro,
de R$ 5,80. 25. Caso a quantidade vendida seja igual quantidade
produzida, sob a tica do custeio por absoro, o resultado bruto ser
de R$ 3.700.
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2.7 Gabarito 1 C 2 C 3 E 4 E 5 B 6 E 7 C 8 C 9 D 10 A 11 B 12 D
13 A 14 D 15 C 16 A 17 E 18 B 19 E 20 D 21 A 22 C 23 C 24 E 25
C
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2.8 Resoluo dos Exerccios de Fixao
(ANAC/CESPE-UnB/2012/Adaptada) Em relao classificao e terminologia
de custos, julgue o item a seguir. 1. O custo varivel uniforme por
unidade, mas varia em relao ao total, na proporo direta das variaes
da atividade ou do volume de produo relacionado. Resoluo A
classificao dos custos em fixos e variveis leva em conta a unidade
de tempo, o valor total dos custos com um item nessa unidade de
tempo e o volume de atividade. A matria-prima consumida em um
perodo um custo varivel, porque tem relao direta e proporcional com
o volume de produo relacionado. A conta dos telefones da fbrica,
cujo valor pode variar de ms para ms, um custo fixo, pois seu valor
independe do volume produzido em cada perodo, ou, dito de outra
forma, porque seu montante no varia em funo do volume de produo de
cada perodo. O fato de os Custos Variveis (CV) serem diretamente
proporcionais Quantidade produzida (Q) equacionado pela frmula
CV = CVu x Q em que CVu denota o Custo Varivel Unitrio. O custo
varivel uniforme por unidade, pois a relao
CVu = CV/Q = K, em que K um valor constante, vlida para a
grandeza CVu, ou seja, o CVu fixo. Item correto. GABARITO: C
(ANAC/CESPE-UnB/2012) Uma fbrica que adota o custeio por absoro
aplicou R$ 35.000,00 de matria-prima, R$ 15.000,00 de mo de obra
direta e R$ 55.000,00 de custos indiretos de fabricao em sua produo
do ms de setembro de 2012. O saldo inicial dos estoques de produtos
em elaborao do referido ms foi de R$ 8.000,00 e a fbrica no possua
estoque de produtos acabados no incio do ms. Considerando que a
fbrica vende seu nico produto por R$ 20,00 a unidade e que foi
vendida a produo total de 6.000 unidades, julgue os itens que se
seguem.
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2. Se o lucro bruto for de R$ 20.000,00, o estoque final de
produtos em elaborao ser igual a R$ 13.000,00. Resoluo Dados: -
Matria-Prima (MD) = $ 35.000;
- Mo de Obra Direta (MOD) = $ 15.000;
- Custos Indiretos de Fabricao (CIF) = $ 55.000;
- Estoque Inicial de Produtos em Elaborao (EIPE) = $ 8.000;
- Estoque Inicial de Produtos Acabados (EIPA) = $ 0;
- Preo de Venda unitrio (PVu) = $ 20;
- A produo total de 6.000 un. foi vendida. Isto quer dizer que o
Estoque Final de Produtos Acabados (EFPA) nulo, ou seja, EFPA = $
0; e
- Lucro Bruto = $ 20.000.
Custos de Produo do Perodo (CPP) = MD + MOD + CIF CPP = $ 35.000
+ $ 15.000 + $ 55.000 = $ 105.000 Receita com Vendas (V) = PVu x Q
= $ 20/un x 6.000 un = $ 120.000 LB = V CPV CPV = V LB = 120.000
20.000 = 100.000 CPA = CPP + EIPE EFPE = $105.000 + $8.000 EFPE =
113.000 EFPE CPV = CPA + EIPA EFPA 100.000 = (113.000 EFPE) + 0 + 0
EFPE = $113.000 $100.000 = $13.000. EFPE = $13.000, item certo.
GABARITO: C 3. O custo de produo do perodo foi igual a R$
70.000,00. Resoluo O custo de produo do perodo foi calculado no
item anterior e vale $105.000. Item errado. GABARITO: E
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(ANAC/CESPE-UnB/2012/Adaptada) Tendo em vista que a anlise de
custos um dos principais fatores para a tomada de decises em uma
empresa , julgue o item a seguir. 4. Para se obter a margem de
contribuio os custos fixos e variveis devem ser subtrados das
vendas. Resoluo Esquema da Demonstrao do Resultado do Perodo pelo
Custeio Varivel: Vendas Lquidas (-) CPV (-) Despesas Variveis
Margem de Contribuio (-) Custos Fixos (-) Despesas Fixas Lucro
Lquido O esquema acima mostra que os custos fixos no devem ser
subtrados das vendas para se obter a margem de contribuio. Item
errado. GABARITO: E 5. (MDIC/ESAF/2012) A empresa Rio Branco S.A.
comercializa mercadorias com alto grau de tecnologia. O
comportamento dos preos dos produtos adquiridos para vender sempre
decrescente. Dessa forma, pode-se afirmar que:
(A) se a empresa aplicar o critrio de avaliao de estoques pelo
preo mdio, ter sempre maior resultado do que se aplicar o mtodo
PEPS.
(B) os custos totais sempre sero iguais, independente do critrio
de avaliao utilizado, quando os estoques forem totalmente vendidos
dentro do exerccio.
(C) pelo mtodo UEPS, a empresa sempre reconhecer em cada venda
mais custos do que se aplicar o mtodo do preo mdio ou PEPS.
(D) a empresa ter um maior lucro se aplicar o mtodo de valorizao
de estoques pelo PEPS e pelo preo mdio, do que se aplicar o mtodo
UEPS.
(E) quando houver a venda de todo o estoque, o lucro ser menor
quando a empresa utilizar o mtodo UEPS, do que quando aplicado o
mtodo PEPS.
Resoluo
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Numa conjuntura econmica em que os preos de aquisio so
estritamente crescentes (regime inflacionrio), o custo dos produtos
adquiridos para vender mais alto no UEPS do que no Custo Mdio, que
tem, por sua vez, um custo maior do que o PEPS, enquanto existirem
estoques de produtos:
CustoUEPS > CustoMDIA MVEL > CustoPEPS Como LB = V CPV,
ento
LBUEPS < LBMDIA MVEL < LBPEPS Por outro lado, se os preos
caem no tempo, isto , se h deflao, a ltima desigualdade deve ser
invertida (deve-se trocar < por >)
LBUEPS > LBMDIA MVEL > LBPEPS Note que as desigualdades do
lucro bruto sero vlidas quando o estoque final do perodo for
diferente de zero, ou seja, quando os estoques no forem totalmente
vendidos dentro de um mesmo perodo. Os custos totais sempre sero
iguais, independente do critrio de avaliao utilizado, quando os
estoques forem totalmente vendidos dentro de um mesmo perodo.
Anlise das alternativas: (A) Se a empresa aplicar o critrio de
avaliao de estoques pelo preo mdio, ter maior resultado do que se
aplicar o mtodo PEPS, desde que haja produtos em estoque no final
do exerccio. errado afirmar que ter sempre maior resultado do que
se aplicar o mtodo PEPS afirmativa errada. (B) Afirmativa correta,
conforme explicao dada anteriormente. (C) Pelo mtodo UEPS, a
empresa reconhecer em cada venda menos custos do que se aplicar o
mtodo do preo mdio ou PEPS, pois o regime de preos deflacionrio
afirmativa errada. (D) A empresa tende a ter um maior lucro se
aplicar o mtodo de valorizao de estoques pelo UEPS e pelo preo
mdio, do que se aplicar o mtodo PEPS afirmativa errada. (E) Os
custos totais sempre sero iguais, independente do critrio de
avaliao utilizado, quando os estoques forem totalmente vendidos
dentro de um mesmo perodo. Logo, o lucro no ser menor quando a
empresa utilizar o mtodo UEPS, do que quando aplicado o mtodo PEPS
afirmativa errada.
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GABARITO: B 6. (ICMS-PR/UEL-Cops/2012/Adaptada) A empresa
Limeira Ltda. iniciou suas atividades em 1o de outubro de 2011. Aps
seu primeiro ms de funcionamento, a empresa apresentou a seguinte
movimentao de um de seus materiais diretos isento de impostos na
aquisio e na venda:
DATA DESCRIO VALOR TOTAL (R$)
07/10/2011 Entrada de 40 unidades 2.000,00 14/10/2011 Sada de 10
unidades 700,00 21/10/2011 Entrada de 30 unidades 2.100,00
31/10/2011 Sada de 15 unidades 1.200,00
Assinale a alternativa que apresenta, corretamente, o valor, em
reais, do estoque final de materiais diretos segundo o critrio
PEPS. (A) 2.200,00
(B) 2.350,00
(C) 2.650,00
(D) 2.700,00
(E) 2.850,00
Resoluo Valor unitrio da entrada em 07/10 = R$ 2.000/40 un. = R$
50/un. Saem 10 unidades em 14/10 valor da sada = 10 un. x R$ 50 un.
= R$ 500 (critrio PEPS) restam 30 un. no estoque ao custo de 30 un.
x R$ 50/un. = R$ 1.500. Valor unitrio da entrada em 21/10 = R$
2.100/30 un. = R$ 70/un. Saem 15 unidades em 31/10 valor da sada =
15 un. x R$ 50 un. = R$ 750 (critrio PEPS). Restam 15 un. ao custo
unitrio de R$ 50 e 30 un. ao custo unitrio de R$ 70. Portanto, o
valor, em reais, do Estoque Final (EF)
EF = (15 un. x R$ 50/un.) + (30 un. x R$ 70/un.) = R$ 2.850
GABARITO: E 7. (ICMS-PR/UEL-Cops/2012) Com relao s funes da
contabilidade de custos, financeira e gerencial, considere as
afirmativas a seguir.
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I. A contabilidade de custo tem um escopo mais amplo que a
contabilidade gerencial.
II. O uso da contabilidade de custos como instrumento gerencial
preocupao permanente dos contadores, auditores e fiscais.
III. O sistema de custos pode subsidiar a deciso gerencial de
administrao de preo de venda.
IV. Lucro bruto o resultado do confronto do custo das
mercadorias ou produtos vendidos ou dos servios prestados aos
clientes com a respectiva receita lquida.
Assinale a alternativa correta. (A) Somente as afirmativas I e
II so corretas.
(B) Somente as afirmativas I e IV so corretas.
(C) Somente as afirmativas III e IV so corretas.
(D) Somente as afirmativas I, II e III so corretas.
(E) Somente as afirmativas II, III e IV so corretas.
Resoluo Anlise das afirmativas: I. Incorreta. A contabilidade de
custo tem um escopo menos amplo que a contabilidade gerencial II.
Incorreta. O uso da contabilidade de custos como instrumento
gerencial preocupao permanente dos contadores de custos,
administradores, gerentes e diretores da empresa. Contadores,
auditores e fiscais usam a Contabilidade de Custos como uma forma
de resolver seus problemas de mensurao monetria dos estoques e do
resultado. III. Correta. O sistema de custos pode subsidiar a
deciso gerencial de administrao de preo de venda. Mas a deciso
final sobre o preo de venda leva em conta outros fatores como o
mercado, estratgias de marketing etc. IV. Correta, pois LB = V CPV,
em que LB o Lucro Bruto, V denota a receita lquida e CPV o Custo do
Produto Vendido. GABARITO: C 8. (ICMS-PR/UEL-Cops/2012) Quanto s
terminologias contbeis bsicas da contabilidade de custos, relacione
a coluna da esquerda com a da direita.
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(I) Comisso de vendedores. (A) Custos.
(II) Compra de material de escritrio (B) Desembolso.
(III) Depreciao do prdio fabril. (C) Despesas.
(IV) Mercadoria danificada por enchente. (D) Investimento.
(V) Pagamento de fornecedores. (E) Perdas.
Assinale a alternativa que contm a associao correta.
(A) I-A, II-B, III-C, IV-D, V-E.
(B) I-C, II-A, III-E, IV-D, V-B.
(C) I-C, II-D, III-A, IV-E, V-B.
(D) I-D, II-C, III-A, IV-B, V-E.
(E) I-E, II-A, III-D, IV-B, V-C.
Resoluo O desembolso corresponde ao pagamento efetuado devido a
aquisio de um bem ou servio, podendo ocorrer concomitantemente com
o gasto, quando o pagamento a vista, ou posteriormente ao gasto,
quando o pagamento a prazo. Exemplo de desembolso: pagamento de
fornecedores. Os gastos podem ser divididos em: investimentos,
custos, despesas e perdas. Um investimento corresponde ao gasto com
um bem ou servio ativado em funo de vida til ou de benefcios
atribuveis a perodos futuros. Exemplos:
aquisio de mveis e utenslios;
aquisio de imveis;
despesas pr-operacionais;
aquisio de marcas e patentes;
aquisio de matrias-primas
aquisio de material de escritrio.
O custo corresponde ao gasto com bens ou servios que sero
utilizados na produo de outros bens ou servios, ou seja, so gastos
relacionados atividade de produo. Exemplos:
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Salrios e encargos sociais dos funcionrios que trabalham na
produo;
Matria-prima utilizada no processo produtivo;
Combustveis e lubrificantes utilizados nas mquinas da
fbrica;
Aluguis das instalaes da fbrica;
Seguro das instalaes da fbrica;
Seguros do maquinrio utilizado na produo;
Depreciao dos equipamentos utilizados na produo;
Depreciao do prdio da fbrica; e
Gastos com manuteno das mquinas utilizadas na produo.
As despesas so gastos com bens ou servios no utilizados nas
atividades produtivas e consumidos com a finalidade de obteno de
receitas. Ou seja, as despesas so itens que reduzem o Patrimnio
Lquido e que possuem a caracterstica de representar sacrifcios no
processo de obteno de receitas. Logo, pode-se concluir que as
empresas tm Despesas para gerar receitas e tm Custos para produzir
seus bens e servios. Entretanto, normalmente, nem sempre fcil
distinguir Custos e Despesas. Para facilitar a sua compreenso,
podemos adotar a seguinte regra: Custos so todos os gastos
realizados at que o produto fique pronto; a partir deste ponto,
todos os gastos passam a ser Despesas. Por exemplo, os gastos com a
embalagem de um determinado produto podem ser custos se realizados
no mbito do processo produtivo (o produto vendido embalado); e
podem ser despesas se realizados aps a produo (o produto pode ser
vendido com ou sem embalagem). A comisso do vendedor, por exemplo,
um gasto que se torna imediatamente uma Despesa. O computador de um
funcionrio administrativo de uma fbrica, que fora transformado em
investimento, tem uma parcela reconhecida como despesa de
depreciao, sem transitar pelo custo de produo. Por outro lado, a
mquina usada na linha de produo, que fora gasto transformado em
investimento, tem uma parcela reconhecida como custo de depreciao.
Todas as despesas so ou foram gastos, porm alguns gastos muitas
vezes no se transformam em despesas (por exemplo, terrenos, que no
so depreciados) ou somente se tranformam em despesas quando de sua
venda.
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Outros exemplos de Despesas:
Salrios e encargos sociais do pessoal de vendas;
Salrios e encargos sociais do pessoal da administrao da
indstria;
Energia eltrica consumida nas instalaes da administrao da
indstria;
Gastos com combustveis e refeies do pessoal de vendas;
Conta telefnica da administrao e do pessoal de vendas; e
Aluguis e seguros das instalaes da administrao da indstria.
Os encargos financeiros incorridos pela empresa,
independentemente de sua origem (por exemplo: decorrente da aquisio
de insumos para a produo), so sempre considerados despesas.
Define-se perda como bem ou servio consumidos de forma anormal e
involuntria. No devemos confundir perda com despesa ou custo,
porque a perda tem uma caracterstica de anormalidade e
involuntariedade. A perda no um sacrifcio feito com inteno de
obteno de receita. Exemplos: perdas com incndios, obsoletismo de
estoques, perdas com enchentes, etc. Assim como as despesas, as
perdas vo diretamente conta de Resultado. Portanto, a associao
correta
Comisso de vendedores Despesa I C;
Compra de material de escritrio Investimento II D;
Depreciao do prdio fabril custo III A;
Mercadoria danificada por enchente Perda IV E; e
Pagamento de fornecedores Desembolso V B.
GABARITO: C 9. (ICMS-SP/FCC/2009) A empresa Modelo possui os
seguintes saldos no perodo 2:
Itens Saldo Inicial em
unidades Saldo Final em
unidades Matria-prima 20.000 50.000 Produtos em processo 10.000
10.000 Produtos acabados 70.000 40.000
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Para produzir uma unidade de produto acabado a empresa usa 3
unidades de matria-prima. A empresa planeja produzir 150.000
unidades no perodo 2. O nmero de unidades de matria-prima que a
empresa necessita adquirir (A) 350.000
(B) 420.000
(C) 450.000
(D) 480.000
(E) 530.000
Resoluo Matria-prima = 3 x 150.000 = 450.000 EI = 20.000 +C - EF
= 50.000 = GP em que GP denota os Gastos na Produo. GP = EI + C EF
450.000 = 20.000 + C 50.000 C = 480.000 GABARITO: D 10.
(ICMS-SP/FCC/2009) Uma empresa apura os custos da produo vendida
utilizando dois mtodos: mtodo do custeio por absoro e mtodo do
custeio varivel. No incio do perodo, no havia em estoque unidades
acabadas ou semiacabadas. No ms, foram iniciadas e terminadas 6.000
unidades, das quais 4.000 unidades foram vendidas. No final do
perodo, a empresa apurou resultado lquido de R$ 310.000,00, pelo
custeio varivel, e R$ 340.000,00, pelo custeio por absoro.
Levando-se em considerao que os custos variveis representam 50% do
preo de venda, os valores do preo unitrio de venda, custo unitrio
varivel e custo fixo total do ms so, respectivamente: (A) R$
200,00, R$ 100,00 e R$ 90.000,00
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(B) R$ 180,00, R$ 90,00 e R$ 60.000,00
(C) R$ 160,00, R$ 80,00 e R$ 60.000,00
(D) R$ 120,00, R$ 60,00 e R$ 90.000,00
(E) R$ 100,00, R$ 50,00 e R$ 50.000,00
Resoluo Dados fornecidos: - 6.000 unidades acabadas;
- 4.000 unidades vendidas;
- Resultado Lquido (RL) pelo Custeio por Absoro: $ 340.000
- Resultado Lquido (RL) pelo Custeio Varivel: $ 310.000
O Custeio por Absoro consiste na apropriao de todos os Custos
Fixos (CF) e Variveis (CV) ao Custo de Produo do Perodo (CPP), ou
seja, CPP = CF + CV. Os custos fixos e variveis correspondentes aos
produtos em elaborao e aos produtos acabados que no tenham sido
vendidos estaro ativados nos estoques destes produtos, conforme
ilustrado pelo esquema a seguir.
O Custeio Varivel considera que o CPP consiste somente nos
custos variveis incorridos, excluindo-se os custos fixos totais
(CF), que no so considerados como custos de produo, e sim como
despesas, sendo encerrados diretamente contra o resultado do
perodo. O esquema dado acima tambm vale para o Custeio Varivel
(para tal, basta que voc considere CPP = CV). Somente uma frao do
CPP apropriada ao CPV em ambos os mtodos de custeio. No mtodo da
absoro, o Custo dos Produtos Vendidos dado por
CPVabs = CFv + CVv em que CFv (CVv) denota a parcela do custo
fixo total (custo varivel total) apropriada pelo CPV, enquanto que
no Custeio Varivel
CPVvar = CVv
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Apurao (simplificada) do Resultado
Custeio por Absoro Custeio Varivel
Vendas Lquidas (V) Vendas Lquidas (V)
(-) CFv + CVv = CPVabs (-) CVv = CPVvar
(=) RLabs (-) CF
(=) RLvar A tabela acima ilustra a apurao do resultado pelos
dois mtodos de custeio. Os resultados lquidos obtidos so:
RLabs = V CVv CFv
RLvar = V CVv CF = V CVv CFv CFest em que CFest representa a
frao do custo fixo total apropriada aos estoques de produtos em
elaborao e de produtos acabados no custeio por absoro (CF = CFv +
CFest). Ora, a comparao das duas equaes acima indica que
RLabs > RLvar pois o resultado lquido pelo custeio varivel
deduz a parcela adicional CFest correspondente aos custos fixos
apropriados aos estoques no custeio por absoro. A diferena de
tratamento dado aos custos fixos na apurao do resultado pelos dois
mtodos explica porque foram obtidos um resultado lquido de R$
310.000,00, pelo custeio varivel, e R$ 340.000,00, pelo custeio por
absoro nesta questo. Vamos resoluo? Passo 1: apurao do resultado
liquido no Custeio por Absoro (RLabs): RLabs = V CFv CVv = 340.000
(a) V = 4.000 Pv,
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em que Pv denota o Preo de Venda Unitrio e CFv = CF x (2/3) CVv
= 0,5 x 4.000 x Pv, temos que (a) pode ser reescrita como 4.000 Pv
(2/3)CF 0,5 x (4000)Pv = 340.000 ou 2.000 Pv (2/3)CF = 340.000 (I)
Passo 2: apurao do resultado no Custeio Varivel (RLvar): RLvar = V
CVv - CF = 310.000 (b) V 2.000 Pv CF = 310.000 2.000 Pv CF =
310.000 (II) Passo 3: resolver o sistema de equaes composto por (I)
e (II) 2 equaes a 2 incgnitas (sistema determinado): (I) - (II) CF
(2/3) CF = 30.000 CF = 90.000. Substituindo o valor de CF em (I)
obtemos Pv = 200. GABARITO: A
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11. (ICMS-SP/FCC/2009) Considere as informaes apresentadas, no
quadro abaixo, referentes movimentao de estoques de materiais na
empresa Y.
Entradas em Unidades Sadas em Unidades
Valor das Compras
R$/unitrio Saldo Inicial 0 0 Janeiro X0 100 100,00 Fevereiro X0
50 Maro X0 200 50,00 Maio X0 100 Julho X0 100 80,00 Setembro X0 150
60,00 Dezembro X0 150
Considerando que a apurao do custo dos produtos vendidos feita
mensalmente, o critrio de avaliao dos Materiais Diretos (Preo Mdio,
PEPS e UEPS) que leva a empresa Y a alcanar melhor resultado no
perodo de X0 (A) PEPS.
(B) UEPS.
(C) Mdio.
(D).PEPS e UEPS o mesmo resultado.
(E) Mdio e PEPS o mesmo resultado.
Resoluo Como os valores unitrios das compras no
crescem/descrescem monotonicamente com o tempo, necessrio calcular
o mtodo que leva ao menor CMV e, consequentemente, ao melhor
(maior) resultado no perodo de X0. UEPS: Valor da sada = (50 x
100,00) + (100 x 50,00) + (150 x 60,00) = $ 19.000,00. PEPS: Valor
da sada = (50 x 100,00) + (50 x 100,00) + (50 x 50,00) + (150 x
50,00) = $ 20.000,00.
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em que:
a parcela (50 x 100,00) corresponde 1 sada (sobram 50 unidades a
$ 100,00/unidade);
as parcelas (50 x 100,00) e (50 x 50,00) referem-se 2 sada
(ainda sobram 150 unidades a $50,00/unidade) e
a parcela (150 x 50,00) relativa 3 sada. Custo