O efetivo rebanho bovino brasileiro sofreu uma reduo de 3,0%
entre 2006 e 2007, passando de 205.886.244 para 199.752.014 cabeas
de gado( FONTE: IBGE).CONSRCIO DE FORRAGEIRAS DE INVERNOCLAUDINEI
ZUCCO. P. BELLI DIRCEU JUNIOR DA SILVA FRANCIELI BAIOCCO SALES IVAN
CESER BEHM SIMONI PALADINI
Os produtores buscam alternativas para reduzir custos e tornar a
bovinocultura uma atividade mais eficiente.
A produo de bovinos a pasto caracterizada por exigir menores
investimentos. As pastagens representam um item importante na busca
por sistemas mais sustentveis. A rea total de pastagens cultivadas
superior a 100 milhes de hectares (FONTE:SILVA & SBRISSA,
2000).
CONSRCIO o manejo de uma rea utilizando mais de uma espcie de
gramneas ou usando gramneas e leguminosas, espcies que fixam
nitrognio no solo(Daniel Montardo - EMBRAPA). Misturar espcies
significa gerar competio.
Para ASSMANN et al. (2004), o consrcio de gramneas e leguminosas
de inverno promove aumento do perodo de pastejo, melhorando o
rendimento animal no sistema integrao lavourapecuria.
A quantidade de sementes utilizada diferente do cultivo
singular. Uma vez conhecidas as caractersticas das forrageiras.
Pode-se optar por duas ou mais espcies.
CONSRCIO DE SOBRESSEMEADURAA espcie anual de inverno
sobressemeada na pastagem perene de vero. Esse manejo procura o
perodo de utilizao da pastagem, manter por + tempo valor nutritivo
adequado, fixar nitrognio e o vazio forrageiro de primavera. Os
exemplos mais usuais so azevm e ervilhaca sobre Tifton 85 ou Tifton
68 e ervilhaca sobre pioneiro ou cultivares de
CONSRCIO DE CONS SOBRESSEMEADURA
Panicum.
POR QUE CONSORCIAR GRAMNEAS GRAM COM LEGUMINOSAS?
Os exemplos mais usuais so azevm e Os exemplos mais usuais so
azevm e ervilhaca sobre Tifton 85 ou Tifton 68 e ervilhaca
ervilhaca sobre Tifton 85 ou Tifton 68 e ervilhaca sobre pioneiro
ou cultivares de Panicum. sobre pioneiro ou cultivares de
Panicum.
Nos estados do Sul do Brasil, a produo animal a campo no
consegue atingir alta produtividade durante todo o ano devido a
escassez de pastos de boa qualidade. No inverno: 1. Baixas
temperaturas. 2. Geadas. 3. E excessos de chuvas que prejudicam a
produo das pastagens.
Usar leguminosas??? leguminosas???
Aumento da produo de forragem, particularmente no perodo seco;
Maior valor nutritivo quando comparadas com as gramneas tropicais
geralmente utilizadas; Resultado: > ndices produtivos e
reprodutivos do rebanho, < custos pela substituio de
fertilizantes nitrogenados e pesticidas (VALENTIM, 2005a).
Levando a uma manuteno do valor nutritivo adequado por perodo
mais longo.
< riscos por adversidades climticas.
Diversificao do sistema, < riscos da ocorrncia de pragas e
doenas e de degradao das pastagens;
Capacidade de adicionar nitrognio da atmosfera, por meio da
simbiose com bactrias do gnero Rhizobium;
Benefcios ambientais em decorrncia da reduo da poluio ambiental
com resduos qumicos e aumento da biodiversidade acima e abaixo do
solo (PEREZ, 2004).
Melhor proteo do solo, evitando a eroso e lixiviao de
nutrientes, estimulando a ao microbiana;
As grandes vantagens de se misturar espcies forrageiras a melhor
distribuio da produo de forragem ao longo do tempo.
Adaptabilidade realidade local:
QUAIS FATORES DEVEMOS CONSIDERAR NA ESCOLHA DE ESPCIES???
Todas as plantas tm um potencial de produo prprio e adaptam-se a
determinadas condies.
Disponibilidade de sementes:
Produo de grandes volumes de massa:
Assegurar sementes em quantidade e qualidade para o plantio;
Qualidade nutricional:
Consorcio: dois mtodos: Sistema de manejo utilizado: Utilizar
forrageiras que suportem melhor o pisoteio animal. Uso de
sobressemeadura. Ou mesmo a semeadura de uma mistura de espcies
conscientemente eleitas para o consrcio.
COEXISTNCIA ENTRE GRAMNEAS E LEGUMINOSAS
Independente do mtodo de pastejo adotado, a pastagem deve ser
muito bem monitorada. Isto , deve-se conhecer a dinmica de
crescimento e o potencial produtivo. A partir disso, define-se o
momento certo da entrada e sada de animais.
Gramneas e leguminosas competem, nos sistemas produtivos por:
Fontes de gua. Fontes de nitrognio. E outros minerais do solo. Luz
(alta produo vegetal pode ser uma vantagem da competio).
A parte mais importante da planta composta pelas folhas. Pois
quanto mais folhas, maior a massa e maior a rea de captao de radiao
solar. O que resulta em melhor desempenho e maior produo.
Uma prtica errada presente em muitas propriedades a entrada
precoce dos animais para o pastejo.
A
B
fundamental adequar a lotao e a carga animal por rea. A definio
de carga animal e lotao estabelecida pela oferta de forragem
disponvel. Ou seja, deve-se permitir apenas o acesso a um nmero de
animais que o pasto suporta.
Altura de entrada de animais muito baixa em pastagem de azevm
(A) e altura de entrada correta de 25-30 cm para pastejo de azevm
(B), para qualquer sistema de pastejo.
Quanto > a intensidade de pastejo, ou quanto + rasteira
estiver a pastagem: < ser a captura de energia solar . < ser
a eficincia de converso da forragem consumida em produto animal.
> sero as perdas por pisoteio sobre o total que foi
produzido.Produtor manejando os animais em pastagem de trevo
vermelho.
CONSRCIOS RECOMENDADOS:
Ervilha forrageira + aveia. ervilha + aveia. Trevo Branco +
azevm. cornicho +azevm. Cornicho + aveia. Ervilha + azevm. Azevm +
aveia + ervilha. Azevm + trevo. Azevm + nabo forrageiro, ervilha,
ervilhaca. Trevo + aveia. Trevo vesculoso + aveia + azevm.
entre outros.....
AVEIA PRETA X ERVILHAAveia preta: apresenta teores de PB prximos
a 18% (fonte: S -1984). Ciclo curto.
Ervilha forrageira (Pisum arvense L.), : teor de PB at 22,4% da
MS(fonte: XAVIER et al. (1998) Ciclo + longo.
AVEIA (AVENA STRIGOSA SCHREB) + AZEVM + TREVO VESICULOSO.Aveia:
14% de PB e 64% de DIVMO (Digestibilidade In Vitro da Matria
Orgnica), ciclo curto.
b
a
Trevo vesiculoso: 19% de PB e 72% de DIVMO e seu teor de protena
bruta de 20%. leguminosa anual de ciclo longo, Obtendo a maior
parte do nitrognio de que precisa para seu desenvolvimento atravs
da fixao biolgica de nitrognio.
Consrcio de duas espcies: trevo + azevm (a) e aveia + ervilhaca
(b).
NABO FORRAGEIRO + ERVILHACA OU ERVILHA + AVEIA
Nabo: Ciclo Mdio. Aveia: ciclo curto. Proporciona uma forragem
enriquecida podendo aumentar em at mais de 20% na produo de leite,
alm de prolongar o perodo de pastagem.
TREVO BRANCO + AZVEMTrevo: palatvel e nutritivo, timo para
pastoreio direto; e chega a produzir at 6 t de MS/ha/ano em 3 a 4
cortes e seu teor de protena bruta de 20%. Azevm: rstica, agressiva
e perfilha em abundncia, palatvel, e com alto teor de protena.
CORNICHO + AZEVMCornicho: Produz forragem macia, muito palatvel
e um ciclo um pouco mais curto. Azevm: rstica, agressiva e perfilha
em abundncia, palatvel, e com alto teor de protena.
CORNICHO + AVEIACornicho: Produz forragem macia, muito palatvel
e um ciclo um pouco mais curto.
ERVILHA + AZEVMErvilha forrageira (Pisum arvense L.), : teor de
PB at 22,4% da MS(fonte: XAVIER et al. (1998) Ciclo + longo. Azevm:
rstica, agressiva e perfilha em abundncia, palatavel, e com alto
teor de proteina.
Aveia: 14% de PB e 64% de DIVMO (digestibilidade in vitro da
matria orgnica), ciclo curto.
AZEVM + AVEIA + ERVILHAAzevm: rstica, agressiva e perfilha em
abundncia, palatavel, e com alto teor de proteina. Aveia: 14% de PB
e 64% de DIVMO (digestibilidade in vitro da matria orgnica), ciclo
curto. Ervilha forrageira (Pisum arvense L.), : teor de PB at 22,4%
da MS(fonte: XAVIER et al. (1998) Ciclo + longo.
TREVO + AZEVMAzevm: rstica, agressiva e perfilha em abundncia,
palatavel, e com alto teor de proteina. Trevo: palatvel e
nutritivo, timo para pastoreio direto; e chega a produzir at 6 t de
MS/ha/ano em 3 a 4 cortes e seu teor de protena bruta de 20%.
TREVO + AVEIAAzevm: rstica, agressiva e perfilha em abundncia,
palatavel, e com alto teor de proteina e seu teor de protena bruta
de 20%. Aveia: 14% de PB e 64% de DIVMO (digestibilidade in vitro
da matria orgnica), ciclo curto.
Espcies Forrageiras de utilizao Outono Inverno (Hibernais)1.
Gramneas Anuais de Inverno Padro Mnimo Consorcia Densidade poca de
o Espci Varieda (CESM/RS) % Utilizao Kg/HA Semeadur Recomenda
Aptido es des a Consr da Germ. Pur. VC Singular cio Pastejo Aveia
UPF-16 80 98 - Mar - Jun 80-100 60-80 Azevm Direto/Cort Branca e/
Gro Azevm, Comum Pastejo Aveia Trevo Branco Direto/Cort CRA200 75
97 - Mar - Jun 60-80 50-60 Preta e Vesiculoso, e/ Gro 1 Ervilhaca
Aveia Branca Comum e Preta. Pastejo Azevm 70 95 - Mar - Jun 25-30
15-20 Trevo Branco Direto LE-284 e Vesiculoso, Cornicho Colonial,
Pastejo Centeio 75 97 - Mar - Jun 40-50 30-35 Azevm BR-1 Direto
Espci Varieda es des
Padro Mnimo (CESM/RS) % Germ. Pur. VC
poca de Semeadur a
Consorcia Densidade Utiliza o Kg/HA o Recomenda Aptido Consrci
da Singular o
Espci Varieda es des
Padro Mnimo (CESM/RS) % Germ. Pur. VC
poca de Semeadur a
Consorcia Utiliza Densidade o o Kg/HA Recomenda Aptido da
Singular Consrcio
2. Leguminosas Anuais de Inverno Ervilhaca Comum 70 97 Corte Mar
40-60 40 Aveia Preta Aduba Mai o Verde Mar Mai 8-10 6-8 Azevm,
Pastejo Centeio e Direto Aveia Preta Feno
4. Leguminosas Perenes de Inverno Crioula, Califrn ia 55 So
Gabriel Cornich e 65 o El Rincon Trevo Branco Alfafa 70 95 Mar Mai
Set Nov Mar Jun Feno Corte
10-15
-
-
Trevo Quiniquel 70 i Vermelho
97
-
97
-
8-10
6-8
Gramneas Perenes de Inverno
Azevm, Pastejo Festuca, Direto Trevos Branco Feno e Vermelho
Azevm, Festuca, Pastejo Trevo Direto Vermelho e Cornicho Azevm,
Pastejo Centeio e Direto A i P t
Festuca
K-31, Tacuabe
70
95
-
Cornicho, Mar Pastejo 10-15 10-12 Trevo Branco Mai Direto e
Subterrneo
Yi
80
97
-
Mar Jun
2-4
2
Trevo Vesiculos Yucchi
70
97
-
Mar Jun
6-8
4-6
A
B
Pouco alimento
C
Elevado intervalo entre Parto Atraso do primeiro parto das
novilhas: produtividade
Baixa remunerao para o produtor
a) azevm + ervilhaca; b) aveia + trevo branco; c) vacas
leiteiras pastejando plantas de trevo branco.
Ciclo de baixa remunerao do produtor resultante da reduzida
oferta de alimento aos animais.
CONCLUSOA adoo do consrcio entre gramneas e leguminosas no
Brasil uma opo vivel que concorre para melhorar a utilizao do solo,
para reverter os processos de degradao dos recursos produtivos,
para aumentar a disponibilidade e qualidade nutricional dos
alimentos para os animais, contribuindo para maior ganho de peso
vivo, aumento na produo do leite e com menor custo...
OBRIGADO(A) !!!!