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O primeiro semestre de 2010 foi de grandes articulações municipais com o poder público para que os objetivos e metas da Plataforma dos Centros Urbanos sejam alcançados. Diversas Secretarias Municipais abriram suas portas para o diálogo com a coordenação da Plataforma, em busca de avanços nas metas da cidade, e com as comunidades, de forma a promover uma ação mais colaborativa entre os serviços públicos locais e os Grupos Articuladores. O período também foi intenso nas comunidades participantes. O grande destaque foi a construção dos Planos de Ação, que traduzem em iniciativas concretas o que as comunidades se comprometem a fazer para melhorar as condições de vida de seus meninos e meninas. Os adolescentes também desenvolveram Planos de Comunicação, para dar visibilidade aos direitos da infância e adolescência e às atividades realizadas pelos Grupos Articuladores para o alcance das metas comunitárias, bem como mobilizar mais pessoas a participar desse intenso processo de transformação. Os parceiros técnicos da Plataforma tiveram papel decisivo, oferecendo o apoio necessário para a elaboração dos documentos e facilitando a conquista de autonomia dos Grupos Articuladores e dos Adolescentes Comunicadores. Confira os principais resultados da Plataforma dos Centros Urbanos no 1º semestre de 2010 Os sonhos já começam a sair do papel e ganhar as ruas. Os Grupos Articuladores descobrem melhores maneiras de dialogar com o poder público, buscam parcerias com organizações governamentais e privadas para viabilizar as ações que planejaram, organizam eventos, fazem mutirões e campanhas. Os próximos passos estão nas mãos de cada um dos que fazem a Plataforma acontecer: aliados, apoiadores, parceiros, comunidades, famílias, cidadãos, crianças, adolescentes. Que as páginas a seguir possam traduzir um pouco do orgulho de todos com os resultados já alcançados e trazer inspiração e ainda mais disposição para enfrentarmos os próximos desafios.
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Confira os principais resultados da Plataforma dos Centros ... · comunidades se comprometem a fazer para melhorar as condições de vida de seus ... tiveram oportunidade de estabelecer

Nov 11, 2018

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Page 1: Confira os principais resultados da Plataforma dos Centros ... · comunidades se comprometem a fazer para melhorar as condições de vida de seus ... tiveram oportunidade de estabelecer

O primeiro semestre de 2010 foi de grandes articulações municipais com o poder

público para que os objetivos e metas da Plataforma dos Centros Urbanos sejam

alcançados. Diversas Secretarias Municipais abriram suas portas para o diálogo com a

coordenação da Plataforma, em busca de avanços nas metas da cidade, e com as

comunidades, de forma a promover uma ação mais colaborativa entre os serviços

públicos locais e os Grupos Articuladores.

O período também foi intenso nas comunidades participantes. O grande destaque foi

a construção dos Planos de Ação, que traduzem em iniciativas concretas o que as

comunidades se comprometem a fazer para melhorar as condições de vida de seus

meninos e meninas. Os adolescentes também desenvolveram Planos de

Comunicação, para dar visibilidade aos direitos da infância e adolescência e às

atividades realizadas pelos Grupos Articuladores para o alcance das metas

comunitárias, bem como mobilizar mais pessoas a participar desse intenso processo

de transformação.

Os parceiros técnicos da Plataforma tiveram papel decisivo, oferecendo o apoio

necessário para a elaboração dos documentos e facilitando a conquista de

autonomia dos Grupos Articuladores e dos Adolescentes Comunicadores.

Confira os principais resultados da Plataforma dos Centros Urbanos no 1º semestre de 2010

Os sonhos já começam a sair do papel e ganhar as

ruas. Os Grupos Articuladores descobrem

melhores maneiras de dialogar com o poder

público, buscam parcerias com organizações

governamentais e privadas para viabilizar as

ações que planejaram, organizam eventos, fazem

mutirões e campanhas.

Os próximos passos estão nas mãos de cada um

dos que fazem a Plataforma acontecer: aliados,

apoiadores, parceiros, comunidades, famílias,

cidadãos, crianças, adolescentes. Que as páginas

a seguir possam traduzir um pouco do orgulho de

todos com os resultados já alcançados e trazer

inspiração e ainda mais disposição para

enfrentarmos os próximos desafios.

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Mobilização Social

O Secretário-Geral das Nações Unidas Ban Ki-Moon

esteve, dia 27 de maio, no morro da Babilônia, no

Chapéu Mangueira, para conhecer a realidade de

crianças e adolescentes que vivem nas comunidades

populares do Rio de Janeiro. Além de visitar projetos sociais desenvolvidos na

comunidade, Ban Ki-Moon teve a oportunidade de

conversar com os adolescentes da Plataforma dos

Centros Urbanos. Eles falaram sobre os desafios que

meninos e meninas enfrentam diariamente nas comunidades populares, incluindo questões

sobre meio-ambiente, preconceito e violência. O Adolescente Comunicador Gustavo Dantas

de 16 anos, apontou a desigualdade como um dos grandes problemas da cidade. “No mesmo

bairro temos mansões e favelas, uma do lado da outra”, comentou.

Ban Ki-Moon comprometeu-se a transmitir as inquietações dos adolescentes ao presidente

Lula e os encorajou a aproveitar sua “voz poderosa” como ferramenta social. A visita teve

grande repercussão no Brasil e no exterior.

Em março, 16 profissionais

de comunicação

participaram da I Oficina

com Comunicadores

promovida pela Plataforma

dos Centros Urbanos em São

Paulo, com o apoio da

Kimberly-Clark Brasil e da

MSC Cruzeiros. Durante a

Oficina, o UNICEF e o

Instituto Paulo Montenegro

apresentaram os principais

Secretário Geral da ONU visita

comunidade no Rio de Janeiro

Oficina promove

diálogo entre

comunicadores e

moradores das

comunidades

resultados da Consulta às

Crianças e aos Adolescentes e

Consulta às Lideranças das

Comunidades.

Tendo os dados como gancho,

os comunicadores tiveram a

oportunidade de dialogar

com representantes dos

Grupos Articuladores Locais e

Adolescentes Comunicadores

a respeito da cobertura da

imprensa sobre a realidade

das comunidades populares.

Os jornalistas mostraram-se

abertos a aperfeiçoar a

cobertura. “Precisamos de

personagens, de gente para

mostrar uma outra

realidade”, afirmou Reinaldo

Gottino, apresentador da TV

Record. Por outro lado, os

moradores estão dispostos a

colaborar: “Queremos ajudar

os jornalistas, abrindo as

portas das comunidades para

mostrar o que temos de

bom”, afirmou Alisson

Rodrigues, Adolescente

Comunicador.

Foram catalogadas 35

matérias publicadas pela

imprensa após a Oficina,

incluindo veículos como

Folha de São Paulo, O Estado

de São Paulo, Diário de São

Paulo e uma série especial na

rádio CBN.

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A Plataforma dos Centros Urbanos teve

destaque durante o Fórum Urbano Mundial,

promovido pela UN Habitat em março, no Rio

de Janeiro. Na abertura da Assembléia

Mundial da Juventude Urbana, que precedeu

o Fórum, o Adolescente Comunicador Renato

Gardel inspirou o público ao representar a

juventude: “Não somos apenas uma faixa

etária. Nós somos a ponte, a sinalização, o

convite, o desejo e a possibilidade de

Metodologia de diagnóstico da Plataforma é apresentada em fórum mundial

transformações que habitam a alma de todos nós”, discursou. Já no dia 23 de março, a metodologia da Plataforma foi

compartilhada em oficina com cerca de 50 pessoas de várias

nacionalidades, que tiveram a oportunidade de vivenciar todas

as etapas do Diagnóstico Participativo da Plataforma:

Mapeamento, Consultas e Fórum Comunitário. A oficina foi

facilitada por técnicos do UNICEF, CEDAPS e Instituto Paulo

Montenegro.

Articulação Política

Comunidades participam da construção

do Plano Municipal de Educação em

São Paulo

No dia 18 de maio aconteceu na sede da Ação

Educativa uma Plenária Livre voltada para a

formulação do Plano Municipal de Educação de São

Paulo para os próximos dez anos, com a participação

dos Grupos Articuladores. Uma das prioridades dos

participantes foi a redação de um texto que trouxesse

sugestões de integração entre os gestores das escolas

públicas e a comunidade. Acessibilidade, diversidade e

melhora da qualidade da educação também estiveram

presentes da discussão.

O Grupo Articulador Aracati, um dos mais envolvidos

com o processo de construção do Plano, realizou na

região de Cidade Ipava duas Plenárias Livres e duas

Plenárias Temáticas sobre o tema, mobilizando pais,

professores, crianças e adolescentes.

Adolescentes fazem suas propostas ao Plano

Além de participar da Plenária Livre na Ação

Educativa, os Adolescentes Comunicadores

fizeram sua própria reunião na Viração para

elaborar sugestões ao Plano Municipal de

Educação. Garantia de transporte gratuito

para alunos do ensino médio, bicicletários em

todas as escolas e utilização de metodologias

participativas dentro da sala de aula foram

algumas de suas propostas ao documento.

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São Paulo tem novo articulador municipal

A articulação com as prefeituras dos municípios que participam da Plataforma dos Centros

Urbanos tem avançado a cada dia. Em São Paulo, a Plataforma conta com um novo

articulador municipal, Giovani Palermo, da Secretaria de Governo. Palermo tem facilitado

o acompanhamento das metas municipais e a articulação com as Secretarias e as

Subprefeituras.

Ao longo do primeiro semestre, foram realizadas reuniões com as secretarias Municipal de

Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS), da Pessoa com Deficiência e Mobilidade

Reduzida, de Educação, de Participação e Parceria. Em todos os encontros foram

apresentados os resultados do Diagnóstico Participativo e estudadas possibilidades de

atuação conjunta. Com a Secretaria Municipal de Educação, por exemplo, será realizado,

no segundo semestre, um encontro entre os Grupos Articuladores Locais e os Dirigentes

Regionais de Ensino, para buscar um maior envolvimento das escolas nas ações realizadas

pelas comunidades no âmbito da Plataforma.

Diálogo com a Prefeitura gera

ações com as comunidades no

Rio de Janeiro

Diversas iniciativas conjuntas entre

Secretarias Municipais do Rio de Janeiro e os

Grupos Articuladores Locais foram

estabelecidas durante o primeiro semestre de

2010. Ao conversar com os Grupos sobre seus

Planos de Ação, o Secretário de Assistência

Social Fernando William, articulador

municipal, resumiu o espírito da parceria na

cidade: "O que estamos fazendo não é

nenhum favor, é uma grande colaboração que

as comunidades trazem à Secretaria”.

Em abril, 41 Grupos Articuladores debateram

com a Secretaria Municipal de Saúde e Defesa

Civil as metas de seus Planos de Ação

referentes à mudança “Proteger-se do

HIV/Aids”, buscando ampliar e aperfeiçoar o

trabalho de prevenção nas comunidades. Além

de receberem a Caderneta do Adolescente,

instrumento criado pelo governo para o

controle da saúde de meninos e meninas, os

Grupos tiveram da Secretaria o compromisso

de buscar formas de facilitar a chegada de

preservativos às comunidades e melhorar o

atendimento, ampliar atividades educativas

No mês seguinte, 42 Grupos Articuladores

reuniram-se com representantes de dez

Coordenado- rias de Assistência Social e

estabeleceram ações que deverão ajudar no

cumprimento das metas comunitárias da

Plataforma. Ainda em maio foram realizadas

reuniões da coordenação da Plataforma com

as dez Coordenadorias Regionais de

Educação do município. Foram apresentados

os Planos de Ação e promovida a

aproximação entre os Grupos Articuladores

e escolas que atuam no mesmo território.

Em diálogo com o Secretário Municipal de

Esportes e Lazer do Rio de Janeiro, Rogério

Pimenta, 44 Grupos Articuladores presentes

puderam tirar dúvidas sobre como proceder

à solicitação de projetos esportivos para a

comunidade, conheceram o trabalho e

tiveram oportunidade de estabelecer

futuras parcerias com as Vilas Olímpicas

presentes em suas regiões.

relacionadas à

prevenção e

chancelar a

produção de

materiais

informativos

feitos pelas

comunidades. Reunião com Sec. Mun. Assistência Social

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Grupos Articuladores reúnem-se com Subprefeituras

Como parte da estratégia de articulação política da Plataforma dos Centros Urbanos, os

Grupos Articuladores Locais estão realizando uma série de reuniões com os Subprefeitos

da cidade de São Paulo. Durante os encontros, organizados pelo UNICEF e o Cieds, os

Grupos têm a oportunidade de apresentar seus Planos de Ação, elaborados com base nos

resultados dos diagnósticos realizados em suas comunidades, bem como nas prioridades

por eles definidas para melhorar as condições de vida de crianças e adolescentes. Juntos,

os participantes iniciam um diálogo que deve se estender pelos próximos meses, definindo

e implementando estratégias conjuntas pelos direitos de meninos e meninas.

Em 2010 já foram realizadas reuniões com 11 Subprefeituras, com a participação de 114

lideranças comunitárias, adolescentes, gestores públicos, subprefeitos, assessores e

coordenadores de áreas temáticas. O diálogo gera resultados concretos. Na Sé, por

exemplo, foram encaminhadas questões como a revitalização de uma praça, a construção

de um Ecoponto e o replanejamento do uso de um Clube Escola.

Já o Grupo Articulador Núcleo Nova Aliança conseguiu iniciar com a Subprefeitura um

processo de regularização do terreno da Associação de Moradores, legalizando a

documentação e conseguindo uma pequena reforma e a limpeza da área que estava

abandonada. Na Vila Guacuri estão em processo a construção de uma praça e a

implementação dos cursos do Centro de Apoio ao Trabalhador.

Em 2010, aconteceram duas reuniões do Comitê

Municipal no Rio de Janeiro. Na primeira, em 31 de

março, as secretarias municipais de Saúde e Defesa

Civil, Educação e Assistência Social apresentaram as

metas quantificadas que deverão ser pactuadas com

o prefeito Eduardo Paes. Na segunda reunião, que

aconteceu em 20 de maio, foi apresentado ao

Comitê um resumo das iniciativas e dos apoios

previstos nos Planos de Ação dos Grupos

Articuladores Locais.

Em São Paulo, a quantificação das metas municipais

está sendo discutida pelo UNICEF com as diversas

Secretarias Municipais e será apresentada na

próxima reunião do Comitê Municipal, prevista para

acontecer no segundo semestre de 2010.

No município paulista de Itaquaquecetuba, o Comitê

Municipal reuniu-se em abril, para analisar os dados

do Diagnóstico Participativo e avaliar os avanços

alcançados desde o início da implementação da

Plataforma dos Centros Urbanos.

Fundação Bradesco e BT

instalam mais 3 CIDs em SP

As comunidades de Jardim São Luis,

Brasilândia e Parque Grajaú, em São

Paulo, já receberam mobiliário e

computadores para seus Centros de

Inclusão Digital (CIDs), instalados

pela Fundação Bradesco e a BT, em

parceria com os respectivos Grupos

Articuladores Locais.

Nos CIDs, os adolescentes serão

estimulados a refletir e debater

sobre as condições da infância e

adolescência, realizar pesquisas,

planejar e desenvolver estratégias

de comunicação para mobilizar a

população para melhorar as

condições de vida das crianças e dos

adolescentes. Os espaços também

deverão ser abertos à comunidade.

Comitês Municipais analisam

metas e Planos de Ação

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Participação de Crianças e Adolescentes

Além das atividades de formação previstas na Plataforma

dos Centros Urbanos – que inclui orientação e

acompanhamento para a construção de planos de

comunicação para implementar em suas comunidades –

os Adolescentes Comunicadores de São Paulo e Rio deCongresso HIV em Brasília

Janeiro aproveitaram outras oportunidades que tiveram ao longo do primeiro semestre.

“Percebi que nas atividades

de formação da Plataforma

eu aprendi mais do que usar

os meios de comunicação.

Elas me ajudaram a me

desenvolver, saber chegar nas

pessoas e conversar”. Alaíde

Castelani, 17 anos,

Adolescente Comunicadora ao

perceber o impacto que a

iniciativa teve em sua vida.

A adolescente Erika, da comunidade da Maré

do Rio de Janeiro, por exemplo, representou

a Plataforma no encontro internacional da

iniciativa Laço Sul Sul Jovem, onde

adolescentes da América Latina e África se

reuniram para trocar experiências com

relação à prevenção à aids e elaborar

projetos para serem implementados com

protagonismo juvenil. A adolescente terá um

recurso específico para promover parcerias

entre as escolas e as unidades de saúde de

sua comunidade. Para isso conta com o apoio

dos profissionais de saúde de sua região.

Oficina de poesia e oratória, elaboração do

Plano Municipal de Educação de São Paulo,

congresso mundial sobre HIV/aids, Fórum Urbano Mundial, visita ao Museu da Língua

Portuguesa, participação gratuita em concertos musicais oferecidos pela Orquestra Sinfônica

do Estado de São Paulo foram outras dessas oportunidades. Nos diversos eventos de que

participam, os meninos e meninas aproveitam para fazer a cobertura jornalística,

exercitando o que aprenderam nas atividades de capacitação em mídia coordenadas pela

Viração, em São Paulo, e a Bem TV, no Rio.

Adultos também aprendem educomunicação

Para apoiar a ação dos Adolescentes Comunicadores em suas comunidades em São Paulo,

a Viração também está capacitando adultos dessas localidades em educomunicação, em

encontros que acontecem a cada dois meses. Alguns adolescentes também participam

destas atividades, fortalecendo a formação e o diálogo intergeracional. Dessa maneira,

os adultos acompanham e orientam os adolescentes em suas iniciativas nas comunidades.

Adolescentes Comunicadores

aproveitam oportunidades

geradas pela Plataforma

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Plataforma alinha ações com RAP da Saúde

No Rio de Janeiro, os Adolescentes Comunicadores fazem

parte da Rede de Adolescentes Promotores de Saúde (RAP da

Saúde), iniciativa da Secretaria Municipal de Saúde e Defesa

Civil que oferece aos meninos e meninas oportunidade para

exercer sua cidadania e promover saúde em suas

comunidades.Para alinhar as ações com as de outros jovens

que participam do programa governamental, cerca de 90

adolescentes das duas iniciativas encontraram-se em maio.

Secretário do Trabalho ouve

propostas dos adolescentes

Cerca de 50 adolescentes

comunicadores da Plataforma foram

recebidos no Ministério Público do Rio

de Janeiro, para informar-se sobre as

modalidades de atuação das

Promotorias da Infância, mas também

para apresentar aos promotores

presentes denúncias relacionadas aos

problemas que enfrentam em suas

comunidades. Problemas estruturais

nas escolas, debilidade dos serviços de

saúde, diversas situações de violência,

falta de transporte público, muitos

foram os problemas abordados

durante a reunião que durou três

horas. Os promotores públicos

solicitaram aos adolescentes o

encaminhamento de informações

detalhadas sobre cada um dos

problemas mencionados e se

comprometeram a investigar cada um

deles. “Os adolescentes são

extremamente conscientes e

motivados e esse tipo de encontro nos

dá muito ânimo para continuar a atuar

na área da infância”, disse Rodrigo

Medina, Coordenador do Centro de

Apoio às Promotorias da Infância do

Estado do Rio de Janeiro.

Municipal do Desenvolvimento Econômico e do

Trabalho de São Paulo, Marcos Cintra, na sede da

Viração. Esta foi uma oportunidade dos

adolescentes resgatarem temas discutidos com o

prefeito Gilberto Kassab no ano anterior,

apresentarem propostas complementares para a

área de trabalho e relatarem suas atividades

como beneficiários do programa ProJovem, que

oferece bolsas para que estes meninos e

meninas possam seguir estudando e

desenvolvendo ações comunitárias.

Uma das sugestões que mais agradaram o

Secretário foi a inclusão de capacitações

diferenciadas por faixa etária no programa

ProJovem, para atender as demandas específicas

dos adolescentes de 16 anos, que enfrentam

dificuldades para ingressar no mercado de

trabalho.

Como resultado adicional deste encontro, a

adolescente Janaia Leonardi, da Zona Leste,

articulou com a Secretaria a realização de

cursos de capacitação profissional para os

moradores da sua comunidade.

Em fevereiro,

cerca de 20

Adolescentes

Comunicadores

reuniram-se

com o

Secretário

Ministério Público do Rio

de Janeiro busca diálogo

com os adolescentes

da Plataforma

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Desenvolvimento de Capacidades

Planos de Ação começam a ser implementados nas comunidades

O primeiro semestre de 2010 foi de grande dedicação

do Cieds e do Cedaps, parceiros técnicos da

Plataforma, para que os Grupos Articuladores Locais

pudessem concluir seus Planos de Ação e começassem

a colocá-los em prática.

Os adolescentes também tiveram papel fundamental

na construção dos Planos de Ação, ajudando a elaborar

os Planos de Comunicação. Para isso, receberam o

acompanhamento permanente da Bem TV e do Cieds.

“A construção do Plano de

Ação é uma etapa fundamental

para o alcance dos resultados

esperados pela Plataforma. É

através desta construção que

os Grupos Articuladores se

organizam, se fortalecem e

estabelecem relações na

comunidade, buscando sua

implementação”, observa

Claudia Frazão, do Cieds.

Grupos ajudam a aperfeiçoar

metodologia da Plataforma

Com o objetivo de potencializar a participação dos

Grupos Articuladores e tornar mais efetiva a

metodologia da Plataforma em cada comunidade,

foram criadas as Comissões de Comunicação,

Articulação Política, Metodologia e Adolescentes

Comunicadores em São Paulo e no Rio de Janeiro.

Nelas, representantes dos Grupos reúnem-se para

Para promover a construção coletiva de

conhecimentos entre os diversos Grupos

Articuladores que participam da Plataforma, foram

criados, em São Paulo, os Encontros de Pólo.

Neles, os Grupos reúnem-se de acordo com sua

localização geográfica na cidade. Em 2010, foram realizados nove encontros, dos quais

participaram cerca de 50 pessoas em cada. Neles, foram discutidos temas relacionados ao

Plano de Ação, às capacitações oferecidas pela Plataforma, ao plano de trabalho do

Adolescente Comunicador, entre outros.

No Rio de Janeiro, os Grupos Articuladores tiveram duas plenárias em 2010. Uma aconteceu

em maio e outra em março, com a presença de 36 e 27 grupos, respectivamente. Nestes

encontros, mediados por representantes dos Grupos, foram discutidas questões, dúvidas e

questionamentos sobre o processo da Plataforma.

fazer sugestões de aperfeiçoamento da

metodologia e construir respostas conjuntas para

determinadas demandas das comunidades.

No primeiro semestre de 2010 ocorreram 14

encontros das Comissões. Em São Paulo, houve a

mudança de quatro Comissões para uma única e

neste momento o Grupo está montando um blog

para socializar as discussões e ampliar a

participação para quem não pode estar

presencialmente nas reuniões.

Encontros intercomunitários

promovem fortalecimento

dos Grupos

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Formações temáticas

Durante o semestre foram promovidas

atividades de formação temáticas

complementares para os Grupos

Articuladores Locais e Adolescentes

Comunicadores em:

• Direitos Humanos e Saúde, pela

Fiocruz

• Direito, Saúde e Gênero, pela Fiocruz

• Direitos Sexuais e Direitos

Reprodutivos, pelo UNICEF

• Esporte, pelo Instituto Esporte

Educação (IEE)

• Estatuto da Criança e do Adolescente,

pela Fiocruz

• Lei Maria da Penha, pela Fiocruz

• Maleta Democracia, pelo Canal Futura

• Monteiro Lobato, pela Editora Globo

• Prevenção às DSTs e à Aids, pelo

Cedaps

Barclays visita projeto de

capacitação profissional

O Grupo Articulador do Jabaquara recebeu,

no final de maio, a visita de representantes

do banco inglês Barclays e do Comitê

Britânico para o UNICEF. Durante o encontro,

lideranças da comunidade tiveram a

oportunidade de contar sobre a realidade da

região e o trabalho que vêm desenvolvendo

no âmbito da Plataforma dos Centros

Urbanos.

Os visitantes vieram conhecer de perto o

projeto que apoiam dentro do contexto da

Plataforma, que busca fortalecer

organizações locais para promover a

formação e inserção de jovens no mundo do

trabalho. O projeto inclui articulações com

Superintendência Regional do Ministério do

Trabalho, Secretaria Municipal do Trabalho,

Atletas para a Cidadania, Conselho Municipal

dos Direitos da Criança e do Adolescente e

site Busca Jovem, para ampliar

oportunidades para aprendizes e jovens

empreendedores.

Destaques das Comunidades

Rio de Janeiro:

Emergência: Em abril, o Rio de Janeiro foi atingido por

fortes chuvas, que levaram a deslizamentos em algumas

encostas da cidade. Várias comunidades populares foram

seriamente afetadas Mais de 250 pessoas morreram e

10.837 perderam as suas casas. Através das articulações

Festival de Talentos: Em

junho, os grupos articuladores

Unindo Forças,Cidadão do

Futuro e Esperança Jovem,

todos de Guaratiba,

realizaram o Festival Mostre o

Seu Talento. Neste evento foi

lançada a Caderneta Saúde do

Adolescente. Os Adolescentes

Comunicadores e promotores

da saúde aproveitaram para

apresentar um vídeo

produzido por eles sobre

saúde.

políticas e de

mobilização social, a

Plataforma ajudou a

viabilizar doações de

produtos de higiene

e recursos

financeiros para

ajudar algumas

dessas famílias.

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Camelôs Educativos: O grupo Cidadão do Futuro realizou um

evento de mobilização comunitária para apresentar o Plano de

Ação realizado por eles aos moradores da comunidade Itapuca,

dia 26 de junho. Foram realizados camelôs educativos sobre

O Berço é Aqui: O grupo

articulador Berço dos Sonhos,

de Jardim Palmares, realizou

em julho a 1ª Assembléia de

Mobilização a favor dos

Direitos das Crianças e dos

Adolescentes. Além de ter o

objetivo de mobilizar a

comunidade e elaborar

abaixo-assinados, o evento

contou com atividades

referentes ao Aleitamento

Materno e Prevenção de

DST/aids.

Comunicação: Atuando de forma estreita com o Grupo

Articulador de Senador Camará, Zona Oeste do Rio, as

Adolescentes Comunicadoras Grasiela Araújo e Thamires

Ribeiro estão escrevendo o roteiro de um programa de

televisão, que será veiculado em canal comunitário. No

programa serão discutidas as seis áreas de mudanças

previstas na Plataforma: Sobreviver, Aprender, Proteger-se

do HIV, Crescer sem Violência, Participação do Adolescente

e Diversidade.

A comunidade de Senador Camará também se articulou

com a ONG Centro de Capacitação e Desenvolvimento

Social e conseguiu a implantação de um núcleo do

programa Projovem no Centro Cultural da região. Com

isso, cem adolescentes de 15 a 17 anos passaram a

participar de oficinas de estamparia, grafite e teatro.

Rio de Janeiro:

São Paulo:

DST/aids com informações e distribuição de preservativos,

tenda da Educação Jurídico Popular com orientações sobre o

Estatuto da Criança e do Adolescente, capoeira, apresentação do

Bumba Meu Boi e recital de poesia, além de brincadeiras

tradicionais, como corrida do saco e ovo na colher.

Atividades Temáticas no Centro: O Grupo Articulador Nossa Barra Funda realizou

sua atividade temática, prevista no Plano de Ação, objetivando a apropriação de uma

praça pública que estava sendo deteriorada. Cerca de 200 crianças passaram pelo evento e

puderam participar das atividades lúdicas odontológicas (com teatro de fantoches sobre

saúde bucal), apresentação musical, atividade de mosaico, apresentação de circo,

fantasias e jogos educativos. Também foi organizado um mutirão de saúde pelas equipes

do Centro de Saúde Escola Barra Funda e da UBS Boracea, que passaram o evento todo em

plantão de conscientização sobre DTS/AIDS, entregando preservativos, fazendo orientação

sobre saúde da mulher e planejamento familiar, além de exame de pressão arterial e

exame médico para o uso das atividades no Clube e campanha sobre H1N1 e Dengue.

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Profissionalização: Em negociação com a

Secretaria do Trabalho de São Paulo, o Grupo

Articulador Cidade Restaurada (Cires) levou até a

comunidade Fazenda da Juta (Vila Prudente, Zona

Leste), cinco cursos de formação do Programa

Jovens Paulistanos: Auxiliar de Departamento

Pessoal, Auxiliar de Almoxarifado, Auxiliar de

Débito e Cobrança, Operador de Caixa e

Organizador de Eventos, dos quais participaram 200

adolescentes e jovens. "Os cursos foram realizados

e concluídos com êxito e já encontramos uma nova

oportunidade com a Secretaria, agora com cursos

de Operador de Telemarketing, Auxiliar de

Escritório, Vendedor de Comércio Varejista e

Atendente de Lanchonete", conta Juliana Rodrigues

Caldas de Souza, do Grupo Articulador Cires.

Igualdade racial: O Grupo Articulador do Parque Residencial Marengo, promoveu,

em abril, um encontro para profissionais da rede de serviços local e para lideranças

comunitárias, para refletir sobre os direitos das crianças e dos adolescentes de

diferentes origens étnicas, raciais e culturais. Para isso, convidaram a professora

universitária Natalina Almeida de Jesus, estudiosa da questão racial e saúde da mulher

negra.

O tema também ganhou destaque em José Bonifácio, onde é desenvolvido projeto

para dar visibilidade à Lei 10.639, que prevê a inclusão da temática da história e

cultura afro-brasileira nos currículos escolares. Ao mesmo tempo, a Sociedade Fala

Negão/Fala Mulher promove oficinas gratuitas de percussão e dança afro, valorizando

a cultura negra.

Skate Solidário: O Grupo

Articulador de Paraisópolis aproveitou

o esporte como gancho para abordar

temas como preconceito, higiene e

saúde com sua população, realizando

evento em maio. Skate, frisbie,

capoeira, rugby, desenho e

brincadeiras aconteceram na parte

asfaltada de uma das ruas mais

isoladas da comunidade. Em espaços

públicos como quadras e salas de

escolas foram realizadas atividades

de futsal, vôlei, basquete, tênis,

karatê, filme e contação de histórias.

Entre uma atividade e outra, os temas

foram abordados de maneira criativa.

São Paulo:

Esporte: A alegria tomou conta das comunidades paulistanas de

Ermelino Matarazzo, em março, e do Capão Redondo, em junho.

Cerca de 6 mil crianças e adolescentes dessas localidades tiveram a

oportunidade de participar de atividades esportivas como futebol,

tênis, basquetes, vôlei, atletismo, judô e ginástica, promovidas pela

Caravana do Esporte, uma iniciativa da ESPN Brasil e do Instituto

Esporte e Educação (IEE), em parceria com o UNICEF.

“A Caravana procura mostrar a ação eficaz do esporte como elemento educacional e de

transformação social em cidades e comunidades de baixa renda do Brasil”, explica Fábio

D'Ângelo, do IEE.

Paralelamente, foram realizadas formações com 200 professores de 18 escolas públicas do

entorno das comunidades, estimulando-as a continuar utilizando o esporte como fator de

educação e incentivando iniciativas que nascem na escola e envolvem alunos, professores,

pais e comunidade.

Page 12: Confira os principais resultados da Plataforma dos Centros ... · comunidades se comprometem a fazer para melhorar as condições de vida de seus ... tiveram oportunidade de estabelecer

Monitoramento e Avaliação

Os Grupos Articuladores Locais do Jabaquara e do

Cantinho do Céu, em São Paulo, e do Borel e Cosmos,

no Rio de Janeiro, realizaram, no mês de junho, uma

nova consulta sobre as condições de vida de seus

meninos e meninas. Com base na experiência da

Consulta às Crianças e aos Adolescentes e Consulta às

Lideranças da Comunidade, feitas em 2009, os quatro

Grupos aplicaram um novo questionário, incluindo

prestadores de serviços e representantes do poder

público entre os entrevistados.

As respostas estão sendo analisadas pelo Instituto Paulo Montenegro, que também foi

responsável, com o CEDAPS e o Cieds pela capacitação dos adultos e adolescentes dos

Grupos Articuladores, para que eles mesmos realizassem a pesquisa

Dessa maneira, além de aprofundar os conhecimentos de sua realidade local, as

comunidades estão contribuindo com a iniciativa internacional Cidades Amigas das

Crianças (Child Friendly Cities), que visa melhorar as condições de vida de meninos e

meninas que vivem em ambientes urbanos, permitindo que comunidades e municípios

possam avaliar melhor o grau em que eles estão garantindo os direitos da infância e

adolescência. Além do Brasil, outros 11 países participam da iniciativa.

Grupos aprofundam

consulta às comunidades

Acessibilidade: O Grupo Articulador

Jardim Vera Cruz promoveu o Fórum de

Acessibilidade, que teve palestra com o

tema “Derrubando barreiras para uma

cidade melhor para todos”. O evento

teve a participação de 83 pessoas,

inclusive dos próprios adolescentes com

deficiência, para que fossem ouvidos

quanto às suas necessidades.

Escola nova: O Grupo Articulador Jardim

Aracati conseguiu a oficialização da Secretaria de

Educação para a construção de uma escola para a

região, por meio das articulações locais,

levantamentos de dados, ações estratégicas e

participação da comunidade. O grupo fez o

diagnóstico da região, mapeou as crianças sem

vagas, articulou fóruns e plenárias na comunidade

sobre o tema educação, apontou o terreno e fez a

solicitação da escola.

Iniciativa:

SAÚDE E DEFESA CIVIl

Parceiros Governamentais: Aliados:

Parceiros: Apoiadores:

Parceiros Técnicos: