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MENSURAÇÃO DE RESULTADOS NAS MÍDIAS SOCIAIS AULA 1 ANÁLISE DE REDES PROFESSOR: MSC. LUCAS REIS ([email protected])
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Conceitos fundamentais sobre Análise de Redes

Feb 16, 2017

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Data & Analytics

Lucas Reis
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Page 1: Conceitos fundamentais sobre Análise de Redes

M E N S U R A Ç Ã O D E R E S U L T A D O S N A S M Í D I A S S O C I A I S

A U L A 1 – A N Á L I S E D E R E D E S

PROFESSOR: MSC. LUCAS REIS ([email protected])

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As 7 pontes de Königsberg

É possível atravessar todas as pontes sem repetir a passagem por nenhuma delas?

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As 7 pontes de Königsberg

Euler, matemático, resolveu este problema usando um grafo. Pela primeira vez se resolveu um problema se inferindo uma característica inerente a um grafo.

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A teoria dos grafos

É um ramo da matemática que utiliza modelos (grafos) para estudar as relações entre os objetos de um determinado conjunto. (DANTAS, ONLINE)

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Teoria de Redes

A Teoria de Redes usa o recurso dos grafos para analisar sistemas reais.

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Aplicação da Teoria de Redes

Disseminação de epidemias.

https://youtu.be/dQziEXX8i

Pg?t=2m36s

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Aplicação da Teoria de Redes

Distribuição de poder num grupo social.

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Aplicação da Teoria de Redes

Detratores mais influentes numa determinada discussão.

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A N Á L I S E D E R E D E S

C O N C E I T O S F U N D A M E N T A I S

PROFESSOR: MSC. LUCAS REIS

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Conceitos fundamentais

Nós (vértices) são os objetos que compõem o conjunto analisado. Em diferentes tipos de redes, os nós poderão ser coisas distintas: as pessoas numa rede de amigos, os bancos numa rede financeira, as antenas numa rede de celular etc.

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Conceitos fundamentais

Laços (arestas) são a representação de uma relação entre os objetos de um conjunto. A depender da rede, essa representação pode ser um depósito, transmissão de vírus, envio de sinal etc.

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Conceitos fundamentais

Os laços podem ser direcionais, quando apontam o sentido da relação estabelecida entre dois objetos. Por exemplo, no Twitter os laços entre seguidores é direcional: um usuário pode seguir o outro sem que haja reciprocidade.

Rede do Poema “A Quadrilha”, de Drummond.

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Conceitos fundamentais

Os laços podem ser não-direcionais. Eles ocorrem em redes em que há reciprocidade obrigatória ao se estabelecer um laço, como numa rede familiar.

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Conceitos fundamentais

Daí deriva o conceito de grau de entrada de um nó: trata-se da quantidade de laços que este nó recebe.

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Conceitos fundamentais

Grau de saída: quantifica a quantidade de laços que um nó lança numa rede. Como por exemplo, os servidores spammers que disparam grande parte dos emails de toda a internet.

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A intensidade dos laços

Granovetter (1973) percebe que há laços com diferentes níveis de intensidade nas redes. Por exemplo, numa rede de amigos, há os 1) melhores amigos; 2) bons amigos; 3) colegas e 4)conhecidos

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A intensidade dos laços

O pesquisador queria responder uma pergunta simples: para se conseguir um emprego, é melhor ter muitos bons amigos ou muitos conhecidos?

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A intensidade dos laços

Dos seus colegas, indique: 1) Dois para quem você pediria um

emprego como gerente de redes sociais.

2) 2 para que você indicaria para uma vaga como gerente de redes sociais.

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A intensidade dos laços

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A intensidade dos laços

O pesquisador chegou à conclusão que a maior parte dos empregos é conseguida através dos laços fracos. Isso porque os laços fortes agrupam pequenos conjuntos de pessoas expostas às mesmas informações. Os laços fracos unem grupos diferentes, fazendo a informação circular.

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Teoria dos mundos pequenos

Watts e Strogatz afirmam que as redes sociais se desenvolvem formando pequenos aglomerados de pessoas em que todos se conhecem. Matematicamente, formam componentes com grande índice de clusterização.

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Conceitos fundamentais

Componente numa rede é um conjunto de nós cujos laços entre si permitam ir de uma ponta a outra. Ou seja, um aglomerado de vértices ligados entre si. Ao lado, temos uma rede composta por quatro componentes.

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Conceitos fundamentais

Índice de clusterização indica a proporção de laços existentes em relação a todos os laços possíveis num componente. Ou seja, num componente com 4 nós que apresente 4 laços, o índice de clusterização é de 0,66.

IC = LE / LP = 4/6 = 0,66

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Conceitos fundamentais

A transitividade é um outro conceito: ela busca mensurar a possibilidade de que estabelecer laços com um nó levará ao estabelecimento de nós aos quais este esteja ligado. Por exemplo, a chance de o melhor amigo do meu melhor amigo ser meu amigo.

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Conceitos fundamentais

Para se saber o diâmetro de uma rede, deveremos contar quantos nós separam os nós mais distante. Ou seja, o diâmetro é a indicação do caminho mais longo para se partir dos dois nós mais afastados.

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Conceitos fundamentais

Entretanto, boa parte dos estudos de redes busca otimizar processos, ou seja, fazer o menor caminho possível. Daí, surge o conceito de geodésica: o menor caminho para se ir de um nó a outro de um componente.

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Lacuna na teoria

Entretanto, pela teoria dos mundos pequenos, numa rede muito grande, a geodésica seria igualmente longa, o que não se aplica a estudos reais. A falha na teoria é que ela considera que todos os nós recebem quantidade semelhante de laços, visto que o critério para se estabelecer um laço é a proximidade.

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Sobre os hubs

Mas há nós com alto grau, ou seja, nós que recebem ou enviam grande volume de laços numa rede. A maior parte das redes apresenta esses nós especiais, que são chamados de hubs: nós com alto grau de entrada/saída e que conectam diferentes componentes numa rede.

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6 graus de separação

Experimento de Milgram (1967) fez um experimento para detectar a distância média entre duas pessoas na Terra e percebeu que em geral ela é bem pequena: cerca de 6. Ou seja, seis graus de separação separa, em média, quaisquer pessoas. Isso só é possível graças aos hubs.

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Conceitos básicos

Desta forma, os hubs apresentam alto grau de centralidade de intermediação, ou seja, grande parte das geodésica entre quaisquer pontos numa rede passam pelo hub.

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A regra de Pareto

A maior parte dos sistemas seguem uma regra 80/20 ou a regra de Pareto: 20% dos objetos respondem por 80% dos resultados. No caso das redes, 20% dos nós respondem por 80% dos laços, o que explica a existência dos hubs

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Como surgem os hubs?

Barabasi (2001) apresenta o conceito de conexão preferencial. Segundo este conceito, ao surgirem numa rede, novos nós tendem a se preferir se conectar a nós já bastante conectados. É a teoria de que “os ricos ficam mais ricos”.

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As redes sem escala

Daí, então, surge o conceito de rede sem escala: uma rede em que os nós mais conectados são aqueles que existem há mais tempo. Ou seja, os primeiros serão os maiores para sempre.

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O modelo de aptidão

As redes sem escala, entretanto, não explicam como em determinadas redes os novatos se tornam preponderantes. Por exemplo, o Google entre os buscadores, ou a Apple entre os tablets, ou ainda o Android entre os sistemas mobile.

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O modelo de aptidão

Assim, Barabasi propõe o modelo de aptidão, segundo o qual em sistemas complexos há disputa por links, de modo que os mais aptos tendem a conseguir mais laços chegando ao ponto em que o mais apto se torna vencedor e ganha tudo.

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