CONCEITOS DE “COMUNIDADE” “Populações de espécies que ocorrem juntas no espaço e no tempo” Begon et al (2007) “Grupos de espécies que interagem, ou têm potencial de interagir, com outras” (Strong et al 1984) “Grupos de populações de plantas e animais vivendo em um determinado lugar; unidade ecológica utilizada em um sentido amplo a fim de incluir grupos de vários tamanhos e vários graus de interação” (Krebs 1985) Destaque para interações! Define grupos taxonômicos! Destaque para local e período
47
Embed
CONCEITOS DE COMUNIDADE Populações de espécies que ocorrem juntas no espaço e no tempo Begon et al (2007) Grupos de espécies que interagem, ou têm potencial.
This document is posted to help you gain knowledge. Please leave a comment to let me know what you think about it! Share it to your friends and learn new things together.
Transcript
CONCEITOS DE “COMUNIDADE”
“Populações de espécies que ocorrem juntas no espaço e no tempo” Begon et al (2007)
“Grupos de espécies que interagem, ou têm potencial de interagir, com outras” (Strong et al 1984)
“Grupos de populações de plantas e animais vivendo em um determinado lugar; unidade ecológica utilizada em um sentido amplo a fim de incluir grupos de vários tamanhos e vários graus de interação” (Krebs 1985)
Destaque para interações!
Define grupos taxonômicos!
Destaque para local e período
O CONCEITO DE COMUNIDADES DEVERIA SE LIMITAR ÀS ESPÉCIES QUE INTERAGEM DE ALGUMA FORMA, OU
PIONEIRAS : 2 spp x 5 inds. = 10SECUNDÁRIAS : 3 spp x 10 inds. = 30 1 spp x 26 inds. = 26MADURAS : 4 spp x 8 inds. = 32
“PROPRIEDADES EMERGENTES” DAS COMUNIDADES
4 - ARRANJO ESPACIAL DE ESPÉCIES
(COMO AS ESPÉCIES SE DISTRIBUEM NO ESPAÇO?)
Distribuição espacial de duas espécies dominantes em uma parcela de 10,24 ha de Cerradão no estado de São Paulo (Capretz, 2005)
“PROPRIEDADES EMERGENTES” DAS COMUNIDADES
5 - ORGANIZAÇÃO DE TEIAS TRÓFICAS
(COMO AS INTERAÇÕES ESTÃO ESTRUTURADAS?)
Paine (1966)
OUTROS TÓPICOS IMPORTANTES RELACIONADOS A COMUNIDADES:
- RESISTÊNCIA
- RESILIÊNCIA
- ESTABILIDADE
RESILIÊNCIA E RESISTÊNCIA
Begon et al (2007)
ESTABILIDADE LOCAL X GLOBAL
Begon et al (2007)
ECOLOGIA DE COMUNIDADES:
“Estudo de padrões na estrutura e no comportamento de assembléias de espécies” Begon et al (2007)
“Procura entender a maneira como agrupamentos de espécies são distribuídos na natureza e as formas pelas quais tais agrupamentos podem ser influenciados pelo ambiente abiótico e pelas interações entre as populações” (Begon et al. 2007)
“Visa entender os padrões e processos envolvendo grupos de espécies que coexistem em um dado local” (Lawton 2000)
“Estudo de padrões na estrutura e no comportamento de assembléias de espécies” Begon et al (2007)
“Procura entender a maneira como agrupamentos de espécies são distribuídos na natureza e as formas pelas quais tais agrupamentos podem ser influenciados pelo ambiente abiótico e pelas interações entre as populações” (Begon et al. 2007)
“Visa entender os padrões e processos envolvendo grupos de espécies que coexistem em um dado local” (Lawton 2000)
ECOLOGIA DE COMUNIDADES:
COMO SE FAZ NA PRÁTICA...
Seria possível estudar TODOS os organismos existentes e TODAS as interações entre eles???
Exemplo: Espécies encontradas sobre e dentro dos corpos de ratos da madeira (Apodemus sylvaticus), na Inglaterra (Elton, 1940)
SOBRE O CORPO DENTRO DO CORPO 12 espécies de ácaros 3 platelmintos 11 espécies de pulgas 3 nematelmintos 1 besouro 2 tênias 1 carrapato 2 flagelados 1 piolho 2 coccídeos 2 ácaros 2 ciliados 1 ameba 1 tripanossomo 1 espiroqueta
É virtualmente impossível estudar a comunidade toda!
Embora a maioria dos pesquisadores idealizem a comunidade como uma mistura rica em espécies de variados táxons, frequentemente simplificamos o
problema
3 ABORDAGENS PRINCIPAIS:
TAXONÔMICA ou FISIONÔMICA
TEIAS DE INTERAÇÕES
GUILDAS
TAXONÔMICA ou FISIONÔMICA
Determina um grupo taxonômico (Aves, Mamíferos, Insetos, etc) ou um grupo fisionômico, por exemplo, no
caso de plantas (árvores, lianas, herbáceas)
Delimita uma ÁREA, e faz um censo ou amostras
Método difere muito a depender do grupo estudadoAlguns exemplos a seguir:
Método de parcelas para plantas (exemplo)
Dados do Projeto Parcelas Permanentes/Biota/FAPESP
30 m
100 mN
O E
S
Árvore mais próxima ao ponto central (> 5 cm dap)
Ponto central do quadrante
Distância da árvore ao ponto central
Método de ponto-quadrante para plantas (exemplo)
Medição, coleta, prensagem, identificação...
Fotos do Projeto São Luiz do Paraitinga/Biota/FAPESP
Método de armadilhas para insetos
Fotos do Projeto São Luiz do Paraitinga/Biota/FAPESP
Método de armadilhas para répteis e anfíbios
Martha C Lange
Martha C Lange
Fotos do Projeto São Luiz do Paraitinga/Biota/FAPESP
Método de “play back” para anfíbios
Foto retirada do CD Corredor Central da Mata Atlântica (Prado et al 2003)
“Play back” também é usado para Aves
Foto retirada do site:www.aultimaarcadenoe.com.br/observando3.jpg
Método de pegadas para mamíferos
Onça pintad
aTatu
Foto:Renata Pardini
“Idéia” no Livro do Lawton (2000) : As “comunidades” são tipicamente muitas ordens de magnitude menores que os limites de distribuição geográfica dos organismos considerados, mas não
tão pequenas que contenham apenas poucos indivíduos da espécie dominante.
Como definir o TAMANHO da área ou das amostras???
Uma das questões mais difíceis de responder!
Dificuldade ligada com o próprio problema da delimitação de
comunidades
TEIAS DE INTERAÇÕES
Delimita um local e tenta compreender as interações entre os organismos existentes
Predominantemente estudos envolvendo animais
Interações em uma floresta tropical em El Verde, Porto Rico
Conceito de “Módulo da comunidade”: o estudo de uma pequena parte da teia trófica de uma comunidade (Lawton & Holt 1997)
Nesse caso, um módulo com enfoque nos vertebrados da comunidade
GUILDAS
Delimita um RECURSO e analisa todas as espécies que utilizam aquele recurso no local
Exemplo clássico: Estudos de John Lawton com Pteridium aquilinum em diferentes locais do mundo
CONJUNTO DE ESPÉCIES RELACIONADAS
EXPLORANDO OS MESMOS RECURSOS
GUILDASCOMUNIDADE
TAXA
“ENSEMBLES”
“ASSEMBLAGE”
GUILDAS LOCAIS
A
B C
A = GRUPO TAXONÔMICOB = LOCAL E TEMPOC = RECURSOS
TENTATIVA DE “ORGANIZAR” A TERMINOLOGIA USADA EM ECOLOGIA DE COMUNIDADES (Fauth et al., 1996)
QUESTÕES AINDA IMPORTANTES
Como delimitar uma comunidade?
Qual o tamanho/número adequado de amostras no caso de impossibilidade de realizar um censo?
Quais fatores são mais importantes na definição das espécies que compõem uma comunidade?
As comunidades estão saturadas de espécies?
Porquê as comunidades diferem em número de espécies?
LEMBRAR QUE A COMUNIDADE MUDA AO LONGO DO TEMPO...
DINÂMICA DE COMUNIDADES
IACOMPANHAMENTO DE PARÂMETROS DA COMUNIDADE
(Mortalidade, Recrutamento, Biomassa, Riqueza de espécies, etc) AO LONGO DO TEMPO
Área Basal de árvores mortas a cada ano em parcelas de 4 ha. A seta
indica a data de passagem de um furacão
Recrutamento de indivíduos a cada ano em parcelas de 4 ha. A seta indica
a data de passagem de um furacão
Harcombe et al. (2002)
DINÂMICA DE COMUNIDADES
II
SUCESSÃO ECOLÓGICA
Modelo clássico de sucessão segundo Clements (1916)
DINÂMICA DE COMUNIDADES
III
PROCESSOS BIOGEOGRÁFICOS
Modificação da comunidade de mamíferos ungulados na América do Norte e do Sul após a união dos continentes
Ricklefs (2003)
PROCESSOS ATUANDO EM DIFERENTES ESCALAS
ALGUMAS QUESTÕES PARA AS PRÓXIMAS DÉCADAS (Lawton, 2000)
Como as comunidades responderão às mudanças climáticas globais?
A simplificação das comunidades locais, em função das extinções seletivas terão conseqüências para os processos dos ecossistemas (como armazenamento ou ciclagem de nutrientes)?
Como a fragmentação de hábitats e a extinção regional de espécies influenciam os padrões e processos de comunidades locais?