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CONGRESSO ALEF PARA PASTORES E LDERES 2014
A IGREJA E SUA MISSO TRANSFORMADORA 15-18 de Outubro, 2014
COMPNDIO DE REFLEXES SOBRE CONTEDO DO
CONGRESSO
Compilado e apresentado por: Arturo Meneses Villanueva
Natal, Rio Grande do Norte, Janeiro 2015
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SUMRIO
INTRODUO E PREMISSAS BSICAS 3
I. MARCO BIBLICO E CONCEITUAL DA MISSO TRANSFORMADORA 4 - 11
II. ALGUNS INDICADORES DA MISSO TRANSFORMADORA 12 - 13
III. ALGUNS DESAFIOS PARA VIABILIZAR A MISSO TRANSFORMADORA 13 -
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IV. CONCLUSES E SUGESTES PARA SEGUIMENTO DO PROCESSO 15 - 19
V. TEMAS DE CONTEDO PLENRIAS, PAINIS E TRILHAS 20
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INTRODUO E PREMISSAS BSICAS
Este documento, no um ensaio teolgico, nem um tratado acadmico
sobre o tema da Misso Transformadora que, todos sabemos, tem um
espao
importante na histria da Eclesiologia Missional na Amrica
Latina.
Na verdade, simplesmente uma tentativa para articular um
compndio dos temas abordados durante o Congresso ALEF 2014 que
aconteceu durante Outubro
15-18 em Natal, R.N. Acho que seu valor, uma mistura de esperana
e proatividade. Esperana, para que possa dar continuidade aos
importantes temas do
Congresso e facilitar que o evento, possa se tornar em um
processo. Proatividade, porque foi uma tarefa ousada e difcil para
tentar colocar num documento, o
pensamento de pessoas to diversas, que participaram como
facilitadores do Congresso. S foi possvel pela graa de Deus.
Esperana tambm que o nosso soberano Deus, o verdadeiro dono e
Criador da Misso Transformadora, possa guiar nosso caminho e nos
empoderar pelo
Esprito Santo para desenvolver uma misso transformadora,
conforme a vida de Jesus Cristo, o nico modelo supremo da misso
transformadora.
Premissas bsicas para estudar o tema
A articulao deste documento s foi possvel atravs do princpio de
integrao na diversidade. Isso explicado pela participao de
facilitadores de
vrias nacionalidades (Brasil, Estados Unidos, frica, Peru);
geraes teolgicas diversas (Incluindo protagonistas de Lausanne
1974, telogos de pensamento
reformado, ativistas sociais da igreja pentecostal e pensadores
da tendncia mais recente de Igreja Missional)
O Congresso, embora tenha um nome sofisticado A igreja e sua
misso transformadora, no necessariamente um evento para dar
respostas. mais
honesto dizer que este tipo de encontro, s levanta perguntas
para provocar nossa reflexo e estudo. Nenhum ser humano dono
absoluto da verdade.
Somente encontraremos a verdade absoluta cultivando nossa
espiritualidade para aprofundar nossa compreenso da misso de Deus e
o papel da igreja.
Pela mesma razo, natural que existam diferentes pontos de vista
sobre o tema da misso transformadora. Precisamos lembrar que a
verdade s vem da
Bblia e no da perspectiva teolgica de um palestrante. preciso o
discernimento do Esprito para construir nosso prprio paradigma de
misso
transformadora com alicerce bblico contextualizado
O Congresso no foi sistematizado como uma perspectiva integral e
integrada de conceitos e paradigmas sobre a misso transformadora. O
desafio nosso
examinar as coisas e reter o que bom. O que oferecemos neste
compndio so ideias para facilitar essa reflexo.
Em outras palavras, este documento no um fim em si mesmo. um
convite ao estudo dos temas do Congresso, reviso dos vdeos
disponveis sobre o
seu contedo e bibliografia de referncia que mencionada no
captulo de concluses e sugestes.
Finalmente, para tentar transcender o evento e fazer realidade
um processo de impacto da misso transformadora na igreja da nossa
cidade, nosso
estado e nosso pas, indispensvel reafirmar nossa f na graa
soberana de Deus (o dono da misso); avivar o fogo do poder do
Esprito Santo que mora
em ns (o empoderador da misso) e vivenciar a proposta
encarnacional de Jesus Cristo, o modelo por excelncia da misso
transformadora.
Que nossa orao seja como a orao de Jesus ao Pai:
Santifica-os na verdade; a tua palavra a verdade. Assim como me
enviaste ao mundo, eu os enviei ao mundo. Em favor deles eu me
santifico, para que
tambm eles sejam santificados pela verdade (Joo 17: 17-19)
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I. MARCO BIBLICO E CONCEITUAL DA MISSO TRANSFORMADORA
Dentro deste tema, vrios conhecidos telogos, praticantes e
ativistas sociais, compartilharam suas perspectivas sobre o
conceito da Misso (ver
lista de participantes . Algumas mais inspirativas baseadas na
Bblia e narrativas do modelo de Jesus; outras, mais teolgicas e bem
sistematizadas.
O compndio a continuao tenta resgatar os pontos de vista
diferentes, convidando aos leitores a repassar em orao para
procurar o esprito
de sabedoria e revelao de Deus. Examinando tudo, retendo o que
bom. Tudo seja somente para a glria de Deus!
1. PRIMEIRA PERSPECTIVA: MATEUS 16: 13-19 (Verso ARC) DESTRUIR
AS PORTAS DO INFERNO
E, chegando Jesus s partes de Cesaria de Filipe, interrogou os
seus discpulos, dizendo: Quem dizem os homens ser o Filho do Homem?
E eles disseram: Uns, Joo Batista; outros, Elias, e outros,
Jeremias ou um dos profetas. Disse-lhes ele: E vs, quem dizeis que
eu
sou? E Simo Pedro, respondendo, disse: Tu s o Cristo, o Filho do
Deus vivo. E Jesus, respondendo, disse-lhe: Bem-aventurado s tu,
Simo Barjonas, porque no foi carne e sangue quem te revelou, mas
meu Pai, que est nos cus. Pois tambm eu te digo que tu s
Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas
do inferno no prevalecero contra ela. E eu te darei as chaves do
Reino dos cus, e tudo o que ligares na terra ser ligado nos cus, e
tudo o que desligares na terra ser desligado nos cus.
Neste texto, a igreja mencionada na Bblia pela primeira vez com
uma funo especfica.
O texto tem uma verdade explcita a qual o resultado de uma
conversa de Jesus e seus discpulos.
O texto ilustra o que acontece at o dia de hoje. A percepo do
povo sobre Jesus nem sempre a verdade. Saber quem Jesus, uma
revelao que s pode vir do Pai.
A igreja, a congregao de todas as pessoas que sabem e confessam
quem Jesus : O Cristo, como Pedro falou. A base da igreja essa
convico mesmo.
A resposta de Pedro foi perfeita. Jesus o ungido, o Messias;
Aquele que Deus preparou para libertar Israel.
A misso da igreja s ser acabada quando todo joelho se ajoelhar e
toda lngua confessar que Jesus Cristo o Senhor
Segundo esse texto, a misso da igreja que homens e mulheres que
tem a convico dessa revelao profunda de que Jesus Deus, vo
atacar o inferno e ele no vai resistir a fora dessa unidade,
dessa comunidade.
A misso integral, porque vamos atacar o inferno por todas as
portas. A porta da misria, a porta da violncia, a porta da
indiferena
espiritual, a porta do analfabetismo, a porta da opresso e
outras.
Ns somos a garantia de que o inferno est derrotado. Isso
aconteceu desde a cruz.
A misso transformadora no sinnimo de ativismo. Ela precisa se
acompanhar de disciplinas espirituais. Por exemplo, atacamos o
inferno
com orao como instrumento missiolgico. Tambm praticamos outras
disciplinas espirituais.
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Perguntas para reflexo:
a. Que outras portas do inferno vamos derrubar com a misso
transformadora em nosso contexto?
b. Quais so outras disciplinas espirituais que acompanham a
misso transformadora para que ela seja mais eficaz?
2. SEGUNDA PERSPECTIVA: MARCOS 1: 14-22 (NVI) PESCADORES DE
PESSOAS
Depois que Joo foi preso, Jesus foi para a Galilia, proclamando
as boas novas de Deus. O tempo chegado", dizia ele. "O Reino
de Deus est prximo. Arrependam-se e creiam nas boas novas!
Andando beira do mar da Galilia, Jesus viu Simo e seu irmo
Andr lanando redes ao mar, pois eram pescadores. E disse Jesus:
"Sigam-me, e eu os farei pescadores de homens. No mesmo
instante eles deixaram as suas redes e o seguiram. Indo um pouco
mais adiante, viu num barco Tiago, filho de Zebedeu, e Joo, seu
irmo, preparando as suas redes. Logo os chamou, e eles o
seguiram, deixando Zebedeu, seu pai, com os empregados no
barco.
Eles foram para Cafarnaum e, assim que chegou o sbado, Jesus
entrou na sinagoga e comeou a ensinar. Todos ficavam
maravilhados com o seu ensino, porque lhes ensinava como algum
que tem autoridade e no como os mestres da lei
Marcos foi o primeiro Evangelho escrito na Bblia e o primeiro
livro onde usada a palavra Evangelho (as boas novas de Deus)
A passagem fala para ns hoje no sculo XXI, lembrando que o
ministrio de Jesus comeou num momento particular da histria e que
Ele,
continua sendo o modelo para a misso.
Parte central deste texto so as caratersticas do perfil de
Jesus, como modelo da misso transformadora em forma abrangente:
Caminhando, pregando, ensinando, orando, curando, Adorando.
Novamente, claro no ministrio de Jesus que sua misso acompanhada
da espiritualidade com disciplinas como orao, adorao,
servio e intimidade com o Pai. Ou seja, em contato com as
pessoas e em comunho intima com Deus o Pai.
Jesus veio para servir e no para ser servido. Tudo o que Ele
fez, foi em cumprimento da vontade de Deus e no poder do Esprito
Santo.
O Reino de Deus est prximo. Essa a boa notcia do Evangelho. O
Reino de Deus, no um lugar geogrfico. Jesus ensina a orar que
venha o teu reino. Seja feita a tua vontade. Que frase paralela.
O Reino de Deus est onde est a vontade de Deus
A igreja no deve ser um centro de entretenimento, onde pregado o
que as pessoas gostam de escutar. A igreja um grupo de pessoas
que esto dispostas a fazer a vontade de Deus
Jesus deu um mandamento e uma promessa. Sigam-me e vou fazer de
vocs pescadores de homens.
Os pescadores de peixes, pescam peixes vivos que logo morrem. Os
pescadores de homens, pescam homens mortos em pecado que
possam viver pelo poder do Evangelho do Reino.
Cristo nos chama para fazer de ns, algo que no somos e nem
podemos sonhar que vamos ser: Sigam-me e vo ser pescadores de
homens.
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A nossa misso ento, sermos pescadores de homens. Ganhar pessoas
o qual sinal de sabedoria que comea com o temor de Deus. Isso
baseado na proposta de Jesus: Arrependam-se e creiam no
Evangelho.
A converso um milagre de Deus. O que nos corresponde pregar e
ensinar. O Esprito Santo que traz a convico para a converso. A
Bblia um meio. O Salvador Jesus Cristo.
Perguntas para reflexo:
a. De que maneira o ministrio transformador da sua igreja
parecido ao modelo de Jesus? Como sua igreja est em contato com o
povo? Quais
disciplinas espirituais acompanham a misso?
b. Qual o significado do Reino de Deus para o ministrio
transformador da sua igreja?
3. TERCEIRA PERSPECTIVA: MATEUS 5: 13-16 (NVI) LUZ DO MUNDO E
SAL DA TERRA
Vocs so o sal da terra. Mas se o sal perder o seu sabor, como
restaur-lo? No servir para nada, exceto para ser jogado fora e
pisado pelos homens. Vocs so a luz do mundo. No se pode esconder
uma cidade construda sobre um monte. E, tambm, ningum acende uma
candeia e a coloca debaixo de uma vasilha. Pelo contrrio, coloca-a
no lugar
apropriado, e assim ilumina a todos os que esto na casa. Assim
brilhe a luz de vocs diante dos homens, para que vejam as suas boas
obras e glorifiquem ao Pai de vocs, que est nos cus".
O tema abordado a partir deste texto foi uma a misso da igreja
sem adjetivos. Isso quer dizer: misso e de Deus. No precisa
acrescentar adjetivos.
Nossa tarefa missionria sermos cooperadores de Deus, em
Cristo.
Neste texto de referncia Jesus faz declaraes sobre o que a
igreja : Sal e Luz. Se no presta, a verdade, no serve para
nada.
O sal um fator influenciador e preservador. A luz tem senso de
direo e orientao
Quando aplicarmos igreja estes fatores de: Influncia, Preservao,
Direo e orientao, j temos muita coisa a fazer como parte da
misso transformadora.
Ou seja: uma igreja que influencia, mas no influenciada; igreja
que marca pelo que ela ; igreja que preserva quando ela chega;
igreja
que brilha, no importa o contexto onde ela est, orientando e
indicando o caminho certo.
O texto demonstra que absolutamente impossvel desligar a obra
missionria da pessoa de Jesus Cristo. Ele o modelo da misso.
Uma misso transformadora biblicamente saudvel, precisa integrar
o trip: Jesus, a Igreja e a Palavra de Deus.
A igreja precisa lembrar que no existe a misso transformadora
sem a Palavra de Deus. E no existe obra social que transforme,
se
Cristo no est ai.
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Uma igreja comprometida com a misso transformadora, tem as
seguintes caratersticas:
i. Presena. A igreja notada pela sua presena. Se no percebida,
no presta para nada. No s presena geogrfica mas igreja
permeando
o mundo. Cristos so como pequenos Cristos Essa a expresso
original do nome cristo.
ii. Proclamao: No festa, ou show de rock. As pessoas ficam
quando a Palavra transforma o seu corao. A pregao da Palavra fiel,
estava
presente no ministrio de Jesus. As decises erradas so por no
conhecer a Bblia. S somos aptos para proclamar, pela Palavra.
iii. Persuaso: Talvez o aspecto em que somos mais fracos.
Precisamos como o Apostolo Pedro diz Aprender a dar razo da
esperana dentro
de ns
iv. Poder: Eu no me envergonho do Evangelho porque poder de
Deus. Deus d a seu povo poder para pregar esse PODER.
As nossas obras so consequncia de nosso relacionamento com Deus
e no se torna misso transformadora sem esse relacionamento
que consequente com uma espiritualidade bblica.
Perguntas para reflexo:
a. De que maneira, voc como cristo ou sua igreja como Comunidade
de f desenvolvem um ministrio que : Influncia, Preservao, Direo
e
orientao? Anote exemplos e desafios.
b. Realize uma auto avaliao de seu ministrio transformador,
considerando as caratersticas de: Presena, Proclamao, Persuaso e
Poder. Quais so
suas maiores fortalezas? Quais so seus desafios para integrar
estas caratersticas no seu ministrio?
4. QUARTA PERSPECTIVA: EFSIOS 3:10; SALMOS 33: 10-13; MATEUS 28:
19-20 (NVI) DISCIPULADO DAS NAES A inteno dessa graa era que agora,
mediante a igreja, a multiforme sabedoria de Deus se tornasse
conhecida dos poderes e
autoridades nas regies celestiais..... O Senhor desfaz os planos
das naes e frustra os propsitos dos povos. Mas os planos
do Senhor permanecem para sempre, os propsitos do seu corao, por
todas as geraes. Como feliz a nao que tem o
Senhor como Deus, o povo que ele escolheu para lhe pertencer!
Dos cus olha o Senhor e v toda a humanidade..... Portanto, vo e
faam discpulos de todas as naes, batizando-os em nome do Pai e do
Filho e do Esprito Santo. Ensinando-os a obedecer
a tudo o que eu lhes ordenei. E eu estarei sempre com vocs, at o
fim dos tempos
O tema central foi focado numa misso transformadora que tem a
ver com igrejas comprometidas com o discipulado de
comunidades e naes. Esse paradigma, encaixa melhor com a
proposta da igreja missional.
Na experincia da Angola, na frica, por exemplo, a igreja
trabalha atravs de 2400 grupos pequenos que se renem pela
cidade. Ao mesmo tempo, atendem na comunidade 300 crianas
rfs.
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A igreja tem um papel na transformao da sociedade. As pessoas so
enviadas como parte do plano de Deus para o mundo.
Que a sua multiforme sabedoria, se torne conhecida pelos poderes
existentes (Efsios 3:10)
Uma igreja transformadora, sabe que o alvo a grande comisso,
focada no discipulado das naes. Discipulado das naes,
significa substituir esses sistemas malignos sob os quais o
mundo est operando, obedecendo todas as cosas que Jesus tem
mandado para ns (Mateus 28:19)
A estratgia antiga de plantar igrejas em todas partes, foi
substituda pela viso de discipular naes. Isso consequente
com o mandato de Deus desde Genesis para sermos mordomos da
criao para fazer do mundo um lugar melhor.
O Salmo 33, fala com autoridade que Deus desfaz os planos das
naes e frustra os propsitos dos povos. S os planos do
Senhor permanecem para sempre. Feliz a nao que tem ao Senhor
como Deus. Esse texto reafirma a importncia de uma
igreja que impacta as naes; chamando a ateno delas para que a
cultura, a poltica e a nao toda, seja levada para as
intenes de Deus. No atravs do Governo, ONGs ou outros poderes. o
chamado do povo de Deus. O mundo est
perdido sem a igreja. Ela a esperana do mundo.
A cosmoviso evanglica tradicional (gnosticismo evanglico) uma
dicotomia que separa o sagrado e o secular. Uma
percepo que os temas das naes como poltica, artes,
desenvolvimento social e outros, no tem nada a ver com Deus.
Isso
foi um erro histrico do dualismo grego que criou um Deus dos
Domingos um contexto meramente religioso; embora, no
transformador
A cosmoviso bblica mais integral e abrangente. Ela no acredita
em dicotomias e integra o sagrado com o secular. Tem
um interesse nos temas espirituais, integrando-os aos temas da
realidade contextual comunitrio. Em forma grfica,
precisamos uma transio de gnosticismo evanglico a cosmoviso
bblica (Coram Deu, diante de Deus), que em forma
grfica se observa assim:
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Foi com essa viso que Jesus e os discpulos, mudaram o mundo.
essa perspectiva de compaixo que ajudar ao mundo a
acreditar que a Igreja do Deus vivo, coluna e fundamento da
verdade (1 Timteo 3:15)
Perguntas para reflexo:
a. Quais as marcas e sinais do dualismo grego sobre a Igreja
brasileira e suas consequncias sobre nossa missiologia?
b. Quais so os desafios da sua igreja ou ministrio para uma
proposta de discipulado baseada na cosmoviso bblica, que integra
os
desafios do contexto comunitrio, como parte da misso
transformadora?
5. QUINTA PERSPECTIVA: MARCOS 15: 1-18 (NVI) MISSO
TRANSFORMADORA, RELIGIO E SOCIEDADE
De manh bem cedo, os chefes dos sacerdotes com os lderes
religiosos, os mestres da lei e todo o Sindrio chegaram a uma
deciso.
Amarrando Jesus, levaram-no e o entregaram a Pilatos. Voc o rei
dos judeus? perguntou Pilatos. "Tu o dizes", respondeu Jesus.
Os
chefes dos sacerdotes o acusavam de muitas coisas. Ento Pilatos
lhe perguntou novamente: Voc no vai responder? Veja de quantas
coisas o esto acusando. Mas Jesus no respondeu nada, e Pilatos
ficou impressionado. Por ocasio da festa, era costume soltar um
prisioneiro que o povo pedisse. Um homem chamado Barrabs estava
na priso com os rebeldes que haviam cometido assassinato
durante uma rebelio. A multido chegou e pediu a Pilatos que lhe
fizesse o que costumava fazer. Vocs querem que eu lhes solte o
rei
dos judeus?, perguntou Pilatos, sabendo que fora por inveja que
os chefes dos sacerdotes lhe haviam entregado Jesus. Mas os
chefes
dos sacerdotes incitaram a multido a pedir que Pilatos, ao
contrrio, soltasse Barrabs. Ento, que farei com aquele a quem
vocs
chamam rei dos judeus? ", perguntou-lhes Pilatos. Crucifica-o,
gritaram eles. Por qu? Que crime ele cometeu?, perguntou Pilatos.
Mas
eles gritavam ainda mais: Crucifica-o! Desejando agradar a
multido, Pilatos soltou-lhes Barrabs, mandou aoitar Jesus e o
entregou
para ser crucificado. Os soldados levaram Jesus para dentro do
palcio, isto , ao Pretrio e reuniram toda a tropa. Vestiram-no
com
um manto de prpura, depois fizeram uma coroa de espinhos e a
colocaram nele. E comearam a saud-lo: "Salve, rei dos judeus! "
O tema tem a ver com a misso transformadora, no meio de um
contexto social ameaador, como se ilustra no texto bblico
quando os representantes do poder poltico e da religio, mataram
Jesus, o enviado de Deus para a redeno do mundo.
O texto bblico, ajuda a entender a misso da igreja luz do que a
Bblia fala sobre o funcionamento de toda e qualquer
sociedade.
Os desafios principais para a vida da igreja tem a ver com uma
realidade socialmente construda. Foras que se opem a vida e
que a tornam quase invivel. Tudo isso, ilustrado no texto bblico
em que Jesus entregado pela religio para a autoridade
pblica que, finalmente vai provocar sua morte.
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Com Jesus, eles tinham acusaes de natureza religiosa (tu s o rei
dos Judeus?) com questes de natureza poltica. Coisa muito
grave naquela poca.
O que essa passagem tem a ver com misso integral?
i. Observamos princpios que regem a vida em sociedade em que as
instituies que tem papel de viabilizar a vida em sociedade, se
tornam ameaantes e fazem todo o oposto.
ii. uma radiografia impressionante da vida do planeta. Uma
expresso extrema de batalha espiritual para a misso
transformadora
que vem de Deus.
iii. A passagem ensina que o maior inimigo do Evangelho no
aquele intelectual. O maior inimigo chama-se de religio que se
torna
cmplice de um sistema de justia criminal capaz de legitimar os
maiores absurdos. Neste caso bblico, condenar ao justo.
iv. Ento, falar de misso integral falar de uma igreja
comprometida que tem que salvar o mundo da religio
Isso vai significar uma igreja cheia do poder do Esprito Santo,
envolvida numa pregao expositiva bblica, acompanhada de uma
espiritualidade encarnacional; que vivencia o modelo de misso de
Jesus Cristo e constri credibilidade no meio dos desafios
sociais, polticos e religiosos do seu contexto.
Perguntas para reflexo:
a. Por que voc acha que a religio, pode ser o maior inimigo da
misso transformadora?
b. Qual pode ser o testemunho encarnacional mais poderoso da sua
igreja e ministrio para construir credibilidade no meio de seu
contexto social, como
cooperador da misso de Deus e no como religio?
6. OUTRAS PERSPECTIVAS DIVERSAS DO MARCO BBLICO E CONCEITUAL DA
MISSO TRANSFORMADORA
Para acrescentar ao que j foi mencionado, a base bblica teolgica
da misso transformadora pode ser resumida como: O povo de
Deus que chamado e enviado. Para sermos sal da terra, luz do
mundo, Embaixadores de Cristo para a Reconciliao (2 Corntios
5:20);
fazer discpulos, praticar a justia, sendo praticantes e no
somente ouvintes da Palavra de Deus(Tiago 1:22)
A misso de Deus; a igreja tem misses ou seja, iniciativas
vinculadas a reconciliar todas as coisas com Deus.
Um marco terico da misso, que no pode se ignorar o documento
conhecido como Pacto de Lausanne a partir do Congresso que
aconteceu 40 anos atrs em 1974. O telogo lder da articulao do
Pacto John Stott, popularizou a frase Evangelizao e Ao Social
so inseparveis como as duas asas de um avio Isso foi uma
resposta ao confronto histrico entre os fundamentalistas com a
proposta
de a misso somente ganhar almas com os do Evangelho social mais
focados no fato de que A f sem obras, morta
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Porm, importante lembrar que mandato bblico alm dos pactos ou
documentos histricos, que a igreja deve se envolver
completamente na misso de Deus. Fomos criados para glorificar a
Deus (Efsios 1:12)
Alguns autores posteriores ao Pacto de Lausanne e John Stott
como seu discpulo Chris Wright, acrescentaram outras perspectivas
ao
conceito de misso integral, no ficando somente com as dimenses
de Evangelizao e Ao Social (ver sugesto de livro de Chris
Wright no captulo final)
A frase resultando de Lausanne 1974: O Evangelho todo, para o
homem todo, para todos os homens ajudou a introduzir o conceito
de Misso Integral que se popularizou, principalmente na Amrica
Latina.
Durante o Congresso de Lausanne III no ano 2010 em Cidade do
Cabo, frica do Sul, 36 anos aps Lausanne I, aconteceram algumas
mudanas importantes como: Incorporar a frase Amamos a Misso de
Deus, no se focar mais em ao social (a frase no aparece
nenhuma vez no documento) e principalmente, um convite para
sermos todos missionrios O Evangelho todo, para todas as
pessoas,
por toda a igreja
Segundo outro dos facilitadores, o conceito de misso tem variado
atravs dos sculos. Existem pelo menos 6 paradigmas diferentes
segundo o telogo Sidney Roy.
Para responder a pergunta: Que o que Deus espera da sua igreja?
Foi sugerido pensar nas funes permanentes da igreja como povo
de Deus, desde Ado at a Comunidade trinitria no livro dos Atos
dos Apstolos. Algumas dessas funes so:
i. Adorao e louvor. Desde o tabernculo no livro de xodo at o
livro de Apocalipse.
ii. Comunho. A funo koinnica de amizade e fraternidade
iii. Proclamar o Evangelho de Jesus Cristo. Tanto na dimenso
soteriolgica (salvao) como no compromisso de fazer discpulos que vo
se
tornar missionrios.
iv. Servio. Conforme ao modelo de Jesus Cristo que veio para
servir e no para ser servido
v. Funo Proftica. Atravs de proclamar a justia e ser a portadora
de esperana.
vi. Funo de Mordomia. Administrar o que Deus tem nos
proporcionado, para que a obra realizada no cenrio do mundo, seja
para a sua glria.
vii. A funo ecumnica. Que permite destacar o elemento missionrio
e o elemento da unidade entre diferentes expresses da igreja,
como
indicado na orao de Jesus em Joo 17. Tudo, para a glria de
Deus!
Pergunta de reflexo: Que outras perspectivas bblicas,
conceituais e teolgicas acrescentaria a sua compreenso da Misso
Transformadora?
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II. ALGUNS INDICADORES DA MISSO TRANSFORMADORA
Alguns destes indicadores, foram intencionalmente apresentados
durante um dos paneis durante o Congresso. Outros, foram compilados
das
plenrias, trilhas e reflexes dos participantes. O leitor vai
notar que o uso da palavra indicadores no rigorosamente tcnico. As
vezes vai
ser mais uma boa prtica, um sinal que indica que alguma coisa
concreta pode ser identificada no campo da Misso Transformadora. O
resumo
destes indicadores o seguinte:
No podemos separar o tema da Misso Transformadora com o tema da
Espiritualidade e a liderana. A misso o mandato de Deus; a
Espiritualidade o empoderador e a liderana baseada no modelo de
Jesus, facilita a operacionalizao dessa misso. Como disse um
dos
facilitadores vemos a Jesus na Bblia pregando, curando,
consolando, servindo e orando ao Pai.
A misso transformadora precisa integrar a dimenso da Ortodoxia
(doutrina), com a Ortopraxia (prtica). Porque como diria John
Stott
Compromisso sem reflexo, fanatismo em ao; reflexo sem
compromisso, paralisia de toda ao
A misso transformadora operacionalizada por lderes fieis.
Dispostos para ir, pregar, demonstrar as boas novas do Reino de
Deus, numa
forma mais abrangente que a salvao individual
A misso transformadora totalmente trinitria: de Deus e pertence
a Deus. Ele nos convida para ser seus cooperadores (1 Corntios
3:9;
2 Corntios 6:1); O Esprito Santo nos empodera para sermos
testemunhas (Atos 1:8) e Jesus o modelo da misso. Nosso chamado
como
discpulos imitar ao nosso Mestre Jesus.
Numa pesquisa realizada por um dos facilitadores no Brasil,
foram identificados sete fatores essenciais para a misso
transformadora: 1) A
viso pastoral; 2) Orao; 3) o Esprito Santo; 4) Equipe de
mobilizadores de misso; 5) Treinamento de liderana; 6) Comunicao; e
7)
Conferencia Missionria. Novamente notamos a integrao da trade:
Misso, liderana e espiritualidade.
Tambm foram identificadas as sete melhores prticas nas
experincias de misso no Brasil: 1) Descobrir o DNA missional; 2)
Pesquisar a
Comunidade; 3) Visitar outras igrejas; 4) Comear com projeto
pequeno; 5) Dar tempo ao processo; 6) Manter transparncia
financeira e 7)
Formar uma associao.
preciso a prtica de uma teologia compromissada com a
Evangelizao, com a ao social e tambm com a espiritualidade
integral.
Sempre tendo uma viso holstica do ser humano, que o sujeito da
misso transformadora.
Uma igreja que foca sua misso no Modelo de Jesus, com todo o
carisma e amor do Evangelho. Que se identifica com o mundo, sem
perder
sua identidade crist. Que convive com as pessoas com quem Deus
se preocupa e tem uma compreenso integral focada na justia e a
paz,
conhecendo as necessidades das pessoas e comprometida com a
vontade de Deus.
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Uma igreja que assume identidade bblica integral. Ou seja, um
cristianismo encarnado. A sua maneira de agir, suas palavras,
carter e forma
de relacionamento consequente com o modelo de Jesus Cristo.
(Cristologia)
Uma cristologia prtica que integra a dimenso de Jesus como
Salvador e Jesus como Senhor.
Direcionar um crescimento integral, onde a qualidade da sua
espiritualidade e a integralidade e fidelidade da igreja na sua
misso de servio,
so consequentes com o propsito de Deus.
Uma espiritualidade que manifesta a presena do Esprito Santo
atravs de: Amar, servir, se preocupar pelas pessoas como Jesus
fez
(Pneumatologia)
Outros indicadores relevantes, baseados na experincia de outro
dos facilitadores so:
i. Uma igreja humanamente santa. Santidade do dia a dia, vivida
em nossa humanidade
ii. Igreja humildemente serva
iii. Igreja radicalmente simples
III. ALGUNS DESAFIOS PARA VIABILIZAR A MISSO TRANSFORMADORA
Alguns destes desafios, foram intencionalmente apresentados
durante um dos paneis durante o Congresso. Outros, foram compilados
das
plenrias, trilhas e reflexes dos participantes.
Foi identificado na pesquisa de um dos facilitadores, que os
pastores e lderes, no sabem como se engajar na Misso Integral. por
isso
que precisamos de recursos Cristocntricos e contextualizados
para ajudar a igreja a fazer uma transio prtica de um foco interno,
para
ser uma famlia de f, dedicada a servir como cooperadores de Deus
para a transformao.
tambm necessrio desenvolver um entendimento comum dos fatores e
prticas essenciais para se engajar na misso integral no
contexto brasileiro desde uma perspectiva inteiramente bblica.
Ainda acontece, como foi perguntado na reflexo de um Painel, que
seja
por ignorncia, m inteno ou superficialidade, que alguns setores
da igreja confundem a proposta da Misso Integral, com uma
ideologia
Marxista. Aparentemente, existe um vazio de um paradigma
claramente articulado, testado pelas boas prticas, centralidade
bblica e
trinitria, que vai alm de qualquer ideologia.
Um dos facilitadores foi radical ao afirmar que existe uma crise
de credibilidade da igreja frente a mdia e tambm com a
autoridade
pblica. Ele acredita que devido a que poucas pessoas da igreja,
se levantam para denunciar temas de direitos humanos, corrupo e
injustia.
Interessante a ilustrao deste facilitador Por que os que dizem
que participam nos protestos para ser voz dos que no tem voz
representam mais aos socilogos que aos pastores Ele acrescentou:
Acho que os ativistas da Misso Integral, esto indo muito
devagar.
No tenho visto nenhum deles nas protestas das ruas
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Os lderes da igreja precisam ser formados em gesto de influncia
nas polticas pblicas. O facilitador tambm citou frases da atual
presidente do Brasil: Os pastores s me procuram para a concesso
para rdio ou terrenos para igreja
Citando uma frase histrica de Getulio Vargas, este mesmo
facilitador falou: Ser possvel que existam lderes na igreja crist
que
procurem os presidentes para facilitar aes e polticas pblicas
para o bem do Brasil?
Cuidado com o Cristianismo introvertido ou secularizado. Existe
risco de substituir o verdadeiro cristianismo simplesmente com
aes
humanitrias. O certo, um foco na adorao e foco no servio.
O risco de fazer aes s para escapar da monotonia e ser
influenciados pelas tendncias. Por exemplo, adotar a misso integral
ou
transformadora como parte de um pacote. importante aprofundar o
estudo da igreja missional.
No procurar crescimento da igreja como um fim em si mesmo ou
produto da inteligncia humana. Focar-se nos desafios de essncia
da
misso transformadora e no os detalhes de forma.
Um foco no Reino de Deus a partir da Bblia pura. Um impacto
sobre a totalidade da vida. Isso vai alm do Pacto de Lausanne,
declarao
doutrinal de f ou outro documento. Isso a vontade de Deus
revelada na sua Palavra.
S podemos entender e praticar evangelizao se conseguimos
entender a realidade do Reino de Deus.
Tirar o foco de adentro, a igreja mesma (idios) para um foco
para fora o prximo, a comunidade, o mundo. Isso o que
facilitador
chamou de desidiotizao da igreja. Ou seja, tirar o idios da
igreja e abraar o foco comunitrio, o bem do prximo.
Resgatar o conceito de profecia. Denunciar o sistema que seja
contrrio ao Reino de Deus.
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IV. CONCLUSES E SUGESTES PARA SEGUIMENTO DO PROCESSO
1. A grande quantidade de perspectivas, ideias e paradigmas que
foram apresentadas no Congresso, como falamos nas premissas
iniciais, so
somente uma provocao para encorajar a cada lder de igreja ou
ministrio cristo, para definir seu prprio processo interno para
desenvolver uma proposta que seja vivel no contexto atual.
Sugerimos os passos seguintes:
Estudar o material do Congresso, respondendo s perguntas que
foram includas em cada seo
Acessar os vdeos do Congresso no canal da ALEF no
youtube.com
Orar pelo discernimento e direo de Deus e identificar aquelas
reas que so o desafio principal para desenvolvimento de uma
proposta de
misso transformadora
Construir uma equipe gestora de misso transformadora para
trabalhar a articulao e monitoramento da proposta.
Procurar recursos adicionais como os livros que so sugeridos ao
final deste captulo
Construir parcerias de cooperao mtuo com outros colegas de
ministrio que esto tambm considerando desenvolver propostas de
misso
transformadora
Estabelecer um processo continuo de aprendizagem e formao de
liderana.
2. claro nas diferentes reflexes apresentadas pelos
facilitadores nas plenrias, paneis, trilhas e seminrios durante o
Congresso, que o
desafio da Misso Transformadora, no isolado de outros temas e
processos que viabilizam a misso e que tambm tem alicerce
bblico.
Por essa razo, vamos apresentar sugestes especficas agrupadas em
categorias como: Planejamento Estratgico, Liderana e Igreja
Missional, Espiritualidade Integral, Pregao Expositiva,
Identidade integral e outras.
3. Planejamento Estratgico. Sugere que a igreja adote um
processo de planejamento estratgico, que facilita o desenvolvimento
de uma
proposta de misso transformadora. Os elementos a considerar, so
os seguintes:
Qual a nossa misso? Que viso temos do futuro? Quais so nossos
princpios
Quais so nossos valores? Qual a nossa abrangncia
Precisamos tambm lembrar que no existe dicotomia sobre o tema de
planejamento e espiritualidade. A Bblia tem muitas referncias
de sabedoria sobre planejamento. Por exemplo:
a) O processo de construir uma torre (Lucas 14:28); b) Pensar no
que fazer para que os planos deem certo (Provrbios 5:26 NTLH); c)
Planejar com cuidado
(Provrbios 21:5 NTLH); d) Planos que fracassam por falta de
conselho e planos bem sucedidos quando h muitos conselheiros
(Provrbios 15:22)
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4. Liderana e Misso Transformadora. necessrio integrar uma
proposta de desenvolvimento de liderana que transformissional
(transformadora e missional), com um paradigma das seguintes
caratersticas:
Liderana um estilo de vida, alicerado na compreenso e
envolvimento na Misso Divina (missio Dei) como revelada na
Escritura
Liderana empoderada pelos dons do Esprito Santo em ns. Ou seja,
integrada com espiritualidade.
Liderana significa influenciar eficazmente aos outros, para que
sejamos cooperadores de Deus e sujeitos de seu plano de redeno
integral a nvel
pessoal, comunitrio e ambiental
Liderana inspirada pelo modelo supremo de ministrio de Jesus
Cristo e est centrada nos valores do Reino de Deus.
A liderana transformissional, inclui pelo menos os seguintes
paradigmas:
Liderana integrada com misso e espiritualidade, fora de qualquer
reducionismo
Liderana no somente ortodoxia; principalmente, ortopraxia e
precisa definir prticas especficas e exemplares do lder
O principal desafio da liderana transformissional, no a
administrao do tempo. a Mordomia da Vida que significa: Administrao
responsvel
dos recursos internos e externos que temos recebido de Deus em
nosso entorno para um processo de transformao plena e a
participao
comprometida na construo conjunta de uma sociedade integralmente
sustentvel, com valores de qualidade de vida fsica, social,
mental,
ecolgica e espiritual para todos os habitantes do planeta,
conforme os propsitos soberanos de Deus para a sua criao
Liderana transformissional, focada no ser, crescer e
transcender. Ou seja, ela vai alm do mero ativismo relacionado a:
existir, controlar, ter,
fazer e lograr. Por isso, necessita um currculo de aprendizagem
continua, com temas como os seguintes:
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Em Atos 11: 19-30, encontramos fundamentos que podem desenvolver
e efetivar uma liderana missional eficaz e comprometida com o
que
Deus tem chamado a sua igreja para realizar. Eles so: a)
Intencionalidade na misso; b) Viso da graa; c) Carter espiritual;
d) Trabalho em
equipe: e) Compromisso com o ensino das Escrituras; f)
Compromisso glocal (palavra criada para agir localmente mas que tem
uma viso
global do reino de Deus) e integral. Ou seja, a igreja uma
expresso da vida de seus lderes. Por isso, ns lderes, temos que ter
uma vida que
seja a expresso da vida de Jesus Cristo.
5. Espiritualidade Integral: Sem os valores da espiritualidade
crist, seria ilusrio continuar falando do servio como qualidade
fundamental
da liderana. Este tipo de espiritualidade, significa: A prtica
de uma vida congruente com a vontade de Deus, empoderada pelo
Esprito Santo que mora em ns; inspirada pelo chamado de seguir
integralmente a Jesus Cristo, fieis a seu exemplo supremo de
misso
para a nossa transformao e do mundo em que vivemos Esta
espiritualidade implica um processo de formao espiritual que :
Um
processo permanente por meio do qual ficamos dispostos diante da
ao do Esprito Santo para que nosso carcter seja configurado ao
carcter de Jesus Cristo (Glatas 4:9); nossa maneira de viver no
se conforma com os padres do mundo (Romanos 12:2) e nossa ao,
possa ser exemplo de servio como agentes de transformao,
cooperadores da Misso de Deus, centrados nos valores do seu Reino
(1
Corntios 3:5-9).
A espiritualidade integral, se expressa na vida do lder, atravs
da prtica de trs tipos de disciplinas espirituais, resumidas na
tabela
seguinte:
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6. Integrar a pregao Expositiva e Misso Transformadora.
No podemos separar a pregao expositiva de uma espiritualidade
encarnacional. Isso significa, que a igreja vive o que prega e
prega o que vive. Somente assim podemos posicionar a misso com
credibilidade.
Precisamos de uma igreja com o poder do Esprito Santo,
comprometida para influenciar a sociedade. Que tenha a Bblia
numa
mo e o jornal na outra. Ou seja, ensinar as pessoas a ter
esprito pblico. Reavaliar nossa relao com a autoridade pblica
para
construir credibilidade. Pilatos, que representa o poder pblico,
no pode ficar sozinho, precisa ser vigiado pela igreja.
Integrar a pregao expositiva a misso transformadora, implica
pelo menos as seguintes caratersticas: i. No permitir que suas
preocupaes sociais o tornem um pregador monotemtico, no proclamando
todo o conselho de Deus. Pregar sobre
livros inteiros da Bblia
ii. difcil ouvir pregador que no est na rua. Com sapatos que no
tem a lama da favela. Pregador que no tem contato com o mundo
real.
iii. impossvel que a pregao expositiva no seja proftica.
Ressaltar aquele aspecto da verdade que a congregao est precisando
ouvir.
Seguindo o modelo ministerial de Jesus. Ele teve contato com
aqueles que gritam e no so ouvidos.
iv. Que as Escrituras sejam de absoluta relevncia para a
interpretao da histria
v. Ser ministro, ativista social sustentado pela igreja que no
depende de verba pblica para viver; ou seja, completa
independncia.
vi. Acompanhado de orao e disciplinas espirituais de intimidade
com Deus, de onde vem a viso. Somente assim vamos mostrar a
relevncia
de nossa f.
vii. Quando voc est no plpito anunciando a mensagem de um
Salvador preocupado pela vida do pobre. Que passou a maior parte do
seu
tempo dedicando-se a ele. E a congregao no tem contato com essa
realidade, voc perde autoridade.
7. Identidade Integral da Igreja. A igreja precisa reafirmar sua
identidade e papel na misso de Deus: Ela o agente da misso de Deus,
pelo
poder do Esprito Santo; Essa misso, muito mais do que um
departamento ou comisso. Toda a igreja e a igreja toda, serve com
as
mos, os ps, a boca e o corao de Deus no mundo, todo dia da
semana. por isso que a igreja precisa de uma equipe que
mobiliza
todos os seus membros para cumprir o propsito de Deus para
nossas vidas e para nossa igreja.
8. Outra sugesto importante para o seguimento e a proposta de
grupos pequenos. A importncia de quebrar alguns paradigmas que
existem na igreja, principalmente quanto a diferena entre
princpios e forma. Os princpios so eternos e imutveis, mas a forma
como os
trabalhos so realizados, sempre que necessrio, devem ser
renovados. Para a implantao de pequenos grupos, preciso tambm,
dentro de nossas igrejas construir uma viso celular na igreja,
para que a igreja trabalhe de maneira equilibrada tanto nos cultos
quanto
nos trabalhos nos lares. E por ltimo, trabalhar junto aos
pequenos grupos como devem ser implantados e como eles podem ser
agentes
de transformao nos locais e cidades onde eles se encontram."
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9. Finalmente, para integrar um processo de seguimento dos temas
estudados, tomar em conta alguns livros que foram mencionados
pelos
facilitadores ou que so conhecidos no contexto brasileiro e
internacional, para aprofundar o estudo dos temas. Alguns exemplos
so:
Sobre a Misso Transformadora Sobre Espiritualidade Integral
Sobre Liderana Missional Sobre Planejamento Estratgico
Misso Transformadora David Bosch.
Guia Prtico de Misso Integral. Jorge Henrique Barro.
Misso Integral. O Reino de Deus e a igreja. Ren Padilla.
A Misso do Povo de Deus. Uma teologia Bblica da misso da igreja.
Chris Wright. (Sequncia do primeiro livro A misso de Deus
A igreja missional na Bblia. Michael W. Goheen.
Celebrao da Disciplina. Richard Foster
Clssicos Devocionais. Richard Foster e James B. Smith
O maravilhoso e bom Deus; A maravilhosa e boa vida; A
Maravilhosa e boa Comunidade. Coleo de trs livros de James Bryant
Smith. Renovare Brasil.
Jornada de Formao Espiritual. Um guia prtico para os grupos de
Formao Espiritual. Eduardo Rosa Pedreira e James B. Smith
A Bblia da Liderana Crist. John Maxwell.
O Desafio da Liderana. James Kouzes e Barry Posner.
O homem em busca de Sentido. Viktor Frankl.
A Pedagogia de Jesus. J. M Price
Alm da Utopia. Harold Segura
O Estilo de liderana de Jesus. Michael Yussef.
Coaching Transformissional. Steve Ogne e Tim Roehl. (S disponvel
em Ingls)
Gesto Estratgica. Eliezer Arantes da Costa.
Mapas Estratgicos. Robert S. Kaplan e David P. Norton
Asceno e queda do Planejamento Estratgico. Henry Mintzberg
Instrumento de auto avaliao para ONGs. Fundao Peter Drucker (S
disponvel em Ingls)
Planejamento Estratgico para Igrejas. Josu Campanh.
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V. TEMAS DE CONTEDO PLENRIAS, PANEIS E TRILHAS
S como uma referncia para ter ideia do contedo global abordado
no Congresso, vamos transcrever a continuao os temas, facilitadores
e
diferentes momentos durante o perodo de 15 a 18 de Outubro 2014.
Se incluem somente, aqueles momentos de reflexo sobre os quais
tivemos acesso aos materiais apresentados, embora sabemos que
outros temas foram apresentados e no tivemos acesso ao contedo
nem
avaliao. Como antes foi dito, este compndio foi articulado a
partir dos vdeos gravados ou pelo material escrito fornecido por
alguns dos
facilitadores.
PLENRIAS:
1. Ariovaldo Ramos, Brasil : Igreja, Agente de Transformao
2. Pedro Arana, Peru: Igreja local, da teoria prtica da Misso
Integral
3. Stephen Langa, Uganda, frica: Igreja local, transformao
atravs do discipulado
4. Antnio Carlos Costa, Brasil: Igreja como voz proftica a favor
da Justia
5. Sergio Lyra, Brasil: A misso da Igreja a Misso de Deus. Luz
do Mundo, Sal da Terra.
PAINIS:
1. Pedro Arana, Sergio Lyra e Anne Borquist: Eclesiologia da
Misso Integral
2. Jos Marcos, Tiago Nogueira e Joo Costa: Desafios e
indicadores para a Misso Transformadora
TRILHAS E SEMINRIOS:
1. Anne e Bruce Borquist, Estados Unidos: Como mobilizar sua
igreja para uma identidade integral.
2. Wilson Costa, Brasil: Planejamento Estratgico para a Misso
Transformadora
3. Joo Costa, Brasil: Plantao de Igrejas Missionais. Como
igrejas missionais, contribuem para a misso transformadora.
4. Arturo Meneses, El Salvador: Paradigmas de liderana para a
Misso Transformadora
5. Tiago Nogueira, Brasil: Grupos pequenos para a misso
transformadora.
6. Antnio Carlos Costa, Brasil: Pregao expositiva desde a
perspectiva da misso transformadora