COMO FAZER COMO FAZER UM JORNAL UM JORNAL Pontos essenciais Pontos essenciais Rua Professor Veiga Simão | 3700 - 355 Fajões | Telefone: 256 850 450 | Fax: 256 850 452 | www.agrupamento- fajoes.pt | E-mail: [email protected]http://blogs.jovempan.uol.com.br/planeta/wp-content/uploads/2008/05/ jornais.jpg
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COMO FAZER UM JORNAL Pontos essenciais Rua Professor Veiga Simão | 3700 - 355 Fajões | Telefone: 256 850 450 | Fax: 256 850 452 | .
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• É necessário, em primeiro lugar, reunir várias pessoas que, em função dos seus particulares talentos, assegurarão de forma permanente as principais tarefas: jornalistas, desenhadores e fotógrafos, gráficos, responsáveis pela produção, vendedores e um ou dois directores. Se necessário, solicitam-se, depois, outras colaborações para tarefas pontuais.
• Para além de incluir informações úteis para a comunidade escolar (actividades e reuniões agendadas, recomendações práticas, etc.), o jornal pode querer preferencialmente: funcionar como um laboratório de criatividade; estimular debates sobre as grandes questões educativas; ou discutir os temas que afectam a vida da comunidade local. É útil, num momento inicial, decidir – num espectro que inclui o “fanzine”, o jornal “oficial” e o suplemento de um jornal da terra – qual o modelo de publicação que se considera mais pertinente.
Os leitores• É essencial definir quem se pretende que sejam
os principais leitores do jornal. Ao escolher os jovens em geral, os alunos do estabelecimento de ensino, a comunidade educativa ou os habitantes da localidade como o público a quem o jornal prioritariamente se vai destinar, está a ser feita uma opção que condicionará a forma e o conteúdo da publicação. Quando na localidade não há qualquer jornal, o jornal escolar é, muitas vezes, aproveitado para que algumas informações, sobre questões de saúde, por exemplo, cheguem a casa das famílias dos alunos.
O formato• Os tamanhos A4 e A3 são os mais comuns. Se o
jornal for produzido de forma mais artesanal, o formato A4 tem vantagens pois pode ser feita uma paginação interessante e sem grande dificuldade em páginas A3 que, em seguida, se dobram ao meio. Se se recorrer ao trabalho de uma tipografia, o formato A3 pode ser mais apelativo por permitir o desenvolvimento de um trabalho mais elaborado. Na tipografia, ainda assim, é importante perceber quais são as opções mais económicas.
• O número de páginas será um múltiplo de dois, quatro, oito ou dezasseis conforme as dobras que se pretendam fazer ou conforme as indicações da tipografia. As publicações escolares oscilam, normalmente, entre as oito e as trinta e duas páginas. O orçamento disponível para a produção do jornal influencia a opção pelo número de páginas.
• Muitos estabelecimentos de ensino optam por utilizar no título o nome do patrono. Outras vezes, o título faz referência à localidade onde se situa a escola. Deve-se colocar algum cuidado na escolha de um título que seja simples e eficaz, que tenha poucas palavras e seja fácil de decorar.
• A paginação serve para organizar os conteúdos nas páginas do jornal. Conjugando arte e técnica, a paginação articulará três elementos (a legibilidade, o equilíbrio e a unidade) que concorrem para transmitir ao leitor um todo ordenado e coerente. Há receituários de desenho gráfico que podem ser consultados para procurar inspiração.
O layout gráfico (a grelha, a estrutura da publicação)
• É a base do jornal, onde são definidos como e onde são colocados os textos as imagens, a definição das margens, dos rodapés e cabeçalhos, títulos e número de páginas, etc.
• Estas regras devem ser cumpridas ao longo de todas as edições pois identificam a própria publicação.
Layout realizado em grelha. Publicidade para uma edição de discos, uma parceria Twen/Philips. Aberto de página de Willy Fleckhaus, para a revista Twen de 04/1961
Que incluir no jornal?• O jornal não é um depósito onde se vai colocar uma composição
melhorzita, um texto vulgar sobre um cantor ou uma actriz, um comentário mais ou menos plagiado de um site, às vezes, ainda por cima, pouco credível, sobre um tema qualquer de uma ou outra disciplina ou, finalmente, mais um poema de amor fraquinho. Quando a falta de imaginação impera, os jornais publicam abundantes textos sobre o Halloween, o magusto do dia de S. Martinho, o dia dos namorados, o Carnaval e a Páscoa. Quando a imaginação abunda há assuntos que surpreendem abordados de um modo que torna evidente que o jornal não é uma imitação trivial de outras publicações.Importa, por isso, encontrar temas interessantes que sejam tratados de modo original. O resultado final deve mostrar a coerência de um projecto informativo.
Como editar• Editar é o contrário de aceitar tudo o que
aparece. Editar é hierarquizar os textos, destacando os que são importantes e, se necessário, prescindindo dos que acabaram por ficar aquém do pretendido. O editor ajusta os tamanhos dos textos (às vezes, pode, por exemplo, ser necessário ou útil cortar um texto, que, desse modo, ficará menos redundante), revê a linguagem (mesmo que possa ser algo pitoresco, não se deve, em caso algum, publicar qualquer texto com erros); ajusta os títulos; escolhe as ilustrações, etc.
• O jornal privilegiará, como é óbvio, o tratamento de temas que possam ter mais interesse para os leitores. Uma regra estabelece que as pessoas se interessam por aquilo que está mais próximo delas no plano temporal (o interesse manifesta-se, em primeiro lugar, pelo que se passará amanhã; em segundo, pelo que ocorreu hoje; e, em terceiro, pelo que sucedeu ontem); no plano geográfico (o acontecimento tem tanto mais interesse quanto mais perto ocorrer); nos planos psíquico e afectivo (a paixão, o amor, o destino são assuntos que suscitam a curiosidade de todos)
A primeira página• A primeira página permite ter uma primeira
impressão sobre a qualidade do jornal. Na parte superior, será colocado o título do jornal (tratado graficamente) e informações técnicas (data, número e mais um ou outro elemento). No resto da página, pode aparecer um título principal que chama a atenção para o tema que merece maior destaque – o título pode ser acompanhado de um texto breve e de uma fotografia ou de um desenho – e mais alguns títulos curtos para suscitar a vontade de ler os artigos sobre outros temas relevantes.
• O texto jornalístico inclui um título; um lead, que corresponde ao primeiro ou aos dois primeiros parágrafos do texto; e o corpo do texto, que desenvolve os elementos informativos referidos no lead.
• Um bom título é aquele que suscita de imediato o interesse pela leitura de um texto. O título, curto por regra, procura transmitir uma informação de forma atractiva e rigorosa. Deve também ser fiel ao texto a que corresponde.
• As legendas fotográficas servem para identificar com clareza as pessoas, os locais ou as situações retratadas. Quando a fotografia acompanha um texto, a legenda pode transmitir os principais elementos informativos do texto.
• Um bom domínio da língua portuguesa é imprescindível para fazer uma publicação de qualidade. Para um jornalista, é difícil trabalhar sem um dicionário e uma gramática por perto.