Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação 41º Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – Joinville - SC – 2 a 8/09/2018 1 Como compreender as transfigurações digitais da mídia literatura? Trilhando o caminho dos afetos 1 Bruno Guimarães MARTINS 2 Mickael Braga BARBIERI 3 Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, MG RESUMO Deslocar a centralidade do gesto interpretativo permite uma sensibilidade crítica capaz de compreender transformações na recepção e circulação da literatura no ambiente digital. Trata-se de olhar para a literatura como um meio de comunicação cujas particularidades desenvolvem-se em contexto historicamente e culturalmente específico, como demonstra a proliferação de comunidades em torno dos chamados booktubers. Diante dos desafios para apreender estas novas formas de mediação sugerimos como caminho metodológico a auto experimentação e a consideração dos afetos, o que nos permite identificar como novas formas de compartilhar a experiência literária podem estimular a leitura, especialmente a partir da análise do canal dedicado à literatura mais longevo em atividade no Brasil, Tiny Little Things de Tatiana Feltrin. PALAVRAS-CHAVE: Mídia literatura; Plataforma digital; Booktube; Recepção. 1. Introdução Em 2016, o cantor Bob Dylan, ainda que tendo publicado poucos e esparsos livros em sua carreira, foi laureado como o Prêmio Nobel de Literatura. A academia sueca justificou-se afirmando que Dylan criou “novos modos de expressão poética no quadro da tradição da música americana”. Tal acontecimento revela a erosão de uma forma específica de mídia, o livro, para a identificação do “literário”. Isso não passou despercebido pelo próprio músico, que invocou William Shakespeare em sua defesa: “a ideia de que estivesse escrevendo literatura não podia ter lhe passado pela cabeça. Suas palavras eram escritas para o palco. Destinadas a ser pronunciadas, e não lidas” (DYLAN, 2016). Este que é um ícone da contracultura segue afirmando no discurso, oportunamente lido por uma emissária na cerimônia de entrega do prêmio: “nem uma única vez (...) tive tempo de me perguntar, ‘Será que as minhas canções são literatura?’” (DYLAN, 2016). 1 Trabalho apresentado no GP Produção Editorial, XVIII Encontro dos Grupos de Pesquisas em Comunicação, evento componente do 41º Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação. 2 Professor do Departamento de Comunicação Social da UFMG, e-mail: [email protected]. 3 Mestrando do Programa de Pós-graduação em comunicação da UFMG, e-mail: [email protected]
15
Embed
Como compreender as transfigurações digitais da mídia ... · Em 2016, o cantor Bob Dylan, ainda que tendo publicado poucos e esparsos livros em sua carreira, foi laureado como
This document is posted to help you gain knowledge. Please leave a comment to let me know what you think about it! Share it to your friends and learn new things together.
Como compreender as transfigurações digitais da mídia literatura?
Trilhando o caminho dos afetos 1
Bruno Guimarães MARTINS2 Mickael Braga BARBIERI3
Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, MG
RESUMO Deslocar a centralidade do gesto interpretativo permite uma sensibilidade crítica capaz de compreender transformações na recepção e circulação da literatura no ambiente digital. Trata-se de olhar para a literatura como um meio de comunicação cujas particularidades desenvolvem-se em contexto historicamente e culturalmente específico, como demonstra a proliferação de comunidades em torno dos chamados booktubers. Diante dos desafios para apreender estas novas formas de mediação sugerimos como caminho metodológico a auto experimentação e a consideração dos afetos, o que nos permite identificar como novas formas de compartilhar a experiência literária podem estimular a leitura, especialmente a partir da análise do canal dedicado à literatura mais longevo em atividade no Brasil, Tiny Little Things de Tatiana Feltrin.
PALAVRAS-CHAVE: Mídia literatura; Plataforma digital; Booktube; Recepção. 1. Introdução
Em 2016, o cantor Bob Dylan, ainda que tendo publicado poucos e esparsos livros
em sua carreira, foi laureado como o Prêmio Nobel de Literatura. A academia sueca
justificou-se afirmando que Dylan criou “novos modos de expressão poética no quadro
da tradição da música americana”. Tal acontecimento revela a erosão de uma forma
específica de mídia, o livro, para a identificação do “literário”. Isso não passou
despercebido pelo próprio músico, que invocou William Shakespeare em sua defesa: “a
ideia de que estivesse escrevendo literatura não podia ter lhe passado pela cabeça. Suas
palavras eram escritas para o palco. Destinadas a ser pronunciadas, e não lidas” (DYLAN,
2016). Este que é um ícone da contracultura segue afirmando no discurso, oportunamente
lido por uma emissária na cerimônia de entrega do prêmio: “nem uma única vez (...) tive
tempo de me perguntar, ‘Será que as minhas canções são literatura?’” (DYLAN, 2016).
1 Trabalho apresentado no GP Produção Editorial, XVIII Encontro dos Grupos de Pesquisas em Comunicação, evento componente do 41º Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação. 2 Professor do Departamento de Comunicação Social da UFMG, e-mail: [email protected]. 3 Mestrando do Programa de Pós-graduação em comunicação da UFMG, e-mail: [email protected]
de dispositivos pré-cinematográficos (lanternas mágicas, cosmoramas, dioramas) tiveram
seus efeitos ilusórios reproduzidos pela literatura romântica. Diante do aparecimento do
filme, a literatura questionaria sua capacidade em produzir tais ilusões representativas,
caminhando em direção à iconoclastia que caracterizou grande parte das chamadas
vanguardas modernas. De forma similar, acreditamos que para analisar criticamente o
presente da literatura, não mais estabilizada em torno de sua principal mídia, o livro,
torna-se necessária considerar uma complexa ecologia midiática que não pode ser
separada de uma abordagem histórica, ou seja, “uma análise que procura identificar no
campo histórico as interseções e fronteiras entre a cultura da escrita e a técnica das
imagens é um preparo imprescindível para a pergunta insistente sobre o possível status
da escrita e da literatura nos dias de hoje” (KITTLER, 2016, p. 26). Neste sentido é
sintomático que vídeos auto gravados sejam a principal forma pela qual os chamados
booktubers iniciam sua relação com suas comunidades.
Cada um a seu modo, Zumthor e Kittler defrontam-se com distintas alteridades
históricas contribuindo para reconfigurar o conceito de Literatura e permitindo a
emergência de uma nova atenção às “materialidades da comunicação” assim como
formulado por Gumbrecht & Pfeiffer (1994). Como consequência do deslocamento da
“centralidade da hermenêutica”, questões relacionadas à presença dos leitores diante do
texto literário permitiram reflexões que resultaram, por exemplo, no produtivo conceito
de “mídia literatura” elaborado por Gumbrecht. Para tanto o autor define mídia como algo
“determinado pela convergência de um tipo (...) de ‘presença à distância’ com um feixe
sempre determinado de ‘relações de asseveração’” (...) em primeiro lugar, o que deve ser chamado de mídia torna presente, de modo sempre específico, objetos espacial e temporalmente ausentes, e (...), em segundo lugar, tais modos de tornar presente estão ligados a certas suposições (geralmente implícitas) sobre a confiabilidade e aplicabilidade do que assim foi tornado presente. (GUMBRECHT, 1998, p. 298)
Essa ampla definição de mídia permite circunscrever a mídia literatura na história
ocidental descrevendo-a como uma forma de comunicação que apresenta três
características principais: 1) leitores estabelecem uma proximidade específica com os
autores da literatura marcadamente desinteressada estabelecendo uma relação de
intimidade imaginada; 2) desviada de qualquer em compromisso pragmático cotidiano,
facilita-se por parte do leitor a aceitação da ficcionalidade ou a “suspensão da descrença”;
e, finalmente, 3) pressupõem-se uma espécie de mais valia da literatura em face aos outros
representativa dos textos, o que foi amplamente exercitado em movimentos artísticos
como o dadaísmo e o surrealismo, ou como é o caso de uma pintura “não figurativa”.
Dessa forma, a excentricidade social e o bloqueio da função representativa transformaram
a literatura no século XX em um “meio de comunicação esotérico”. Mesmo ao considerar
reações e variações, Gumbrecht especula sobre o fim da mídia literatura nos moldes como
se estabeleceu até hoje. Apesar dos notáveis sucessos do realismo mágico ou de determinados gêneros de discursos pós-modernos, não se deveria encobrir com um tabu a questão de saber se a mídia literatura (...), não se aproximou, nesse meio tempo, de seu fim histórico. Pois alguns dos componentes que, no transcorrer dos séculos, foram cunhadores de identidade e de função para a literatura, parecem ter perdido, na cultura de nossa época, seus pontos de referência extraliterários. As sociedades ocidentais de tal modo se dessensibilizaram diante de diversas formas de transgressão que a provocação efetiva só pode ser suscitada por ‘efeitos especiais’ com uma intensidade que um meio ligado à leitura solitária não pode produzir (...). Se é verdade, (...) que as imagens produzidas hoje pelo cinema e pela televisão são cada vez menos classificadas como ‘reais/irreais’ e ‘verdadeiras/falsas’ e que a percepção da diferença entre as imagens televisivas e a experiência visual primária desaparece cada vez mais, então é possível prever também a obsolescência da ficcionalidade enquanto dimensão pragmática. (GUMBRECHT, 1998, p. 318)
Trata-se então de compreender quais seriam as condições para a sobrevivência da
mídia literatura diante da mitigação dos pressupostos que a caracterizaram, especialmente
diante de novas mídias que, desde fins do século XIX, produzem formas de presença à
distância com as quais o livro impresso não pode concorrer. Gumbrecht sugere uma
guinada anti-iluminista como saída: “Poderia a literatura (...) num sentido intensificado e
concretizado em relação ao século XIX, se torna um substituto para a religião?” (1998, p.
319) Curiosamente, nas imagens audiovisuais em que os booktubers se apresentam, o
livro é sistematicamente ostentado para a câmera como uma espécie de objeto mágico.
Tantas vezes ameaçado pelos avanços tecnológicos, o livro impresso passa a ser também
o objeto de fetiche de uma comunidade que se formou no ambiente digital, cujos
membros, produzem e assistem vídeos no YouTube, algumas vezes, apenas para falar de
seus aspectos materiais como a capa, o papel, a textura etc., como demonstram os
populares vídeos de unboxing, quando livros são meticulosamente desempacotados em
frente à câmera.
3. Afetação e ressonância
Por mais que o livro físico esteja ocupando um papel central na comunidade
booktube, apenas o contato material com esse objeto não bastaria para incitar qualquer
Os apontamentos de Seilman sobre a ressonância pessoal encontram eco também
em pesquisas que se preocupam com o atual estado das teorias, pois não deixar de fora da
crítica os próprios leitores parece estar no cerne de um problema que toca diferentes faces
do recepção contemporâneo de Literatura, especialmente em sua capacidade de produzir
efeito estético. Em A economia das emoções na crítica e teoria da literatura, Heidrum
Krieger Olinto (2009) reivindica a inclusão da questão dos afetos, uma vez que também
compõem o complexo circuito comunicativo do fenômeno literário. Para a autora é
preciso considerar que os leitores são induzidos a convergir o modelo de mundo formado
pela sua experiência de vida e pelo mundo ficcional dos textos literários.
A partir da construção de molduras cognitivas e contextos abrangentes que orientam a apropriação dos mundos ficcionais de obras literárias (...). Esses quadros mistos – cognitivos e emotivos – que dependem, portanto, de conteúdos iniciais na leitura de textos, permitem compreender divergências culturais, sociais e pessoais na interpretação de conteúdos semânticos realizada por diferentes leitores. (OLINTO, 2009, p. 151)
Tzvetan Todorov (2009), em seu ensaio Literatura em Perigo aponta que a teoria
literária e os estudos sobre Literatura dedicam-se a ajuizar sobre a qualidade das obras,
deixando de lado a emoção vivida pelo leitor no encontro com os livros, sobrepondo-se
ao que seria, afinal, a tarefa do educador: disseminar o amor pelos textos literários. O
historiador búlgaro defende que um estudante, ou leitor iniciante, deva entrar em contato
com uma obra fora do meio disciplinar, dessa forma, a literatura poderia ser um meio para
a realização pessoal e não um fim em si mesma. Neste sentido, pouco interessa a um leitor
comum conhecer as obras literárias para dominar um método de ensino qualquer, o que
verdadeiramente lhe interessaria é encontrar um sentido que permita compreender melhor
o homem e o mundo que o rodeia, para, assim, descobrir formas que possam enriquecer
– ou questionar – a existência. Para tanto “devemos encorajar a leitura por todos os meios
– inclusive a dos livros que o crítico profissional considera com condescendência (...)”
(TODOROV, 2007, p. 82, grifos nossos). Dessa forma, aquele que ensina ou critica a
Literatura deveria considerar, antes de tudo, em converter o sentido de cada obra em uma
linguagem comum de seu tempo.
Contrariando a sobrevalorização de uma crítica que segue certos aspectos da
tradição romântica, muitas vezes no reduto acadêmico o discurso crítico autonomiza-se e
sobrepõe-se à obra, ou seja, a elaboração teórica torna-se mais relevante que a própria
literatura, reduzindo sua verdadeira potência de apresentar alteridades na experiência da
leitura. Neste sentido é necessário olhar com atenção para o florescimento dos canais,
blogs e conteúdos literários no ambiente digital, pois, a despeito dos já identificados
ímpetos estratégicos e autoritários identificados com a floresta de algoritmos da internet,
estes discursos podem mediar encontros potencialmente transformadores da obra com os
leitores justamente por favorecerem a formação de comunidades que tem como um dos
principais ingredientes o “senso comum”. Todos participam do que Kant, no famoso capítulo da Crítica Faculdade de Juízo, considerava como um passo obrigatório no caminho para o ‘senso comum’, ou seja, para nossa própria humanidade: ‘Pensar colocando-se no lugar de todo e qualquer ser humano’. Pensar e sentir adotando o ponto de vista dos outros, pessoas reais ou personagens literárias, é o único meio de tender à universalidade e nos permite cumprir nossa vocação. É por isso que devemos encorajar a leitura por todos os meios – inclusive a dos livros que o crítico professional considera com condescendência (...) (TODOROV, 2007, p. 82, grifos nossos).
Nem sempre considerados pela crítica literária mais convencional, ressonância
pessoal, afetos e emoções parecem formar a base da comunidade booktube que interessa-
se por compartilhar não só experiências de leitura, mas também discutir a intimidade do
leitor. Dentro da comunidade, não são raros os vídeos do tipo “Fatos sobre mim”, em que
o booktuber se dispõe a falar sobre sua vida pessoal ou apresentar detalhes do seu dia-a-
dia, estejam eles ligados à leituras ou não. Isso sinaliza que o trabalho dos booktubers
pode estar no vão entre a crítica e a ressonância pessoal, entre o afeto e a resenha literária.
4. Recortar a plataforma
A aglutinação booktube surge para definir as pessoas que postam vídeos tendo as
leituras literárias como assunto principal. Afinal, na internet, já existiam sites e blogs
especializados em moda, beleza, arquitetura, arte, música e também em livros. Essa forma
de classificar um determinado tipo de usuário da internet transparece uma estratégia de
segmentação de público, que existe desde que a web passou a se tornar mais participativa.
Em outras palavras, é o que Tim O’Reilly (2005) nomeou Web 2.0 ao exaltar a potência
desse ambiente midiático para o desenvolvimento de uma “inteligência coletiva”. Tal
concepção recebeu diversas críticas, especialmente por seu caráter mercadológico: “a
Web 2.0 tornou-se a lógica cultural para o comércio eletrônico, com uma série de práticas
empresariais que buscam captar e explorar a cultura participativa” (JENKINS, 2014, p.
79).
As origens do que já é chamado de comunidade booktube, designando um
Também faz parte das estratégias de divulgação do canal a criação de uma conta no
Instagram, tal como fazem outros membros da comunidade. A inserção e apreensão do
ethos da comunidade que se desenvolve no YouTube nos possibilita, assim, apreender
detalhes que passariam despercebidos por um olhar de fora. Mauriceau e Mendonça
(2016) destacam a importância em aproximar pesquisador e objeto para que a experiência
permita afetação mútua. Para saber algo da experiência devemos, antes de mais nada, vive-la, deixa-la agir em nós. Precisamos deixar a posição de observador distanciado, permitir que alguns de seus aspectos nos afetem, em ambos sentidos: transformar-nos e dar origem a certos efeitos. O afeto é um sinal de que alguma coisa nos chega e o efeito da experiência. Ele demonstra que estamos em contato com a experiência e o que isso nos ensina. (MAURICEAU & MENDONÇA, 2016, p. 85)
Para concretizar esta auto-experimentação, decidiu-se elaborar um diário semanal
com as impressões relacionadas às publicações do canal. Neste diário, constam detalhes
que chamaram a atenção e que mostram como o compartilhamento de experiências
pessoais através do YouTube tem se mostrado propulsor para leituras no cotidiano de
outras pessoas, tratam-se de comentários e confissões feitas pelo público do canal são
documentados, além de registros sobre os desafios e aprendizados advindo do que
significa ser um booktuber hoje no Brasil, desde o contato com a plataforma, passando
por questões de parcerias com editoras e um termômetro dos gostos de leitura do
brasileiro. Como exemplo do material colhido, citamos na íntegra um comentário
recebido no canal Sobre O Escrito em fevereiro/2018: Seguidor; Acabei de descobri seu canal e amei. Adoro a maneira como você descreve os livros e o fato de você ser gente como a gente kkk Pessoas que trabalham, estudam e nos tempos vagos se esforçar para ler mais. É um pouco chato no booktube de hoje em dia ver que um booktuber lê 200, 150 livros por mês e acaba por desestimular aqueles que pretendem enveredar pelo caminho literário. Surge uma competição de leitura e vejo que a quantidade muitas vezes sobrepõe a qualidade das leituras. Parabéns pelas escolhas e vou continuar acompanhando e trocando figurinhas
Mauriceau & Mendonça (2016) deixam claro que o pesquisador, após se deixar
levar pelas sensações provocadas pelo processo de abrir-se ao objeto subjetivamente, não
pode permanecer o mesmo e insistir em uma escrita dotada do que eles pontuam como
sendo “um jogo de conceitos frio e torpe” (p. 87), até porque a própria reflexão se torna
contaminada, no sentido explicitado anteriormente, pela experiência e vice-versa.
A saída para que os afetos não se percam no trabalho final da dissertação consiste
no pesquisador se abrir também para uma escrita performativa e sensível, que também
leitura. Porto Alegre, 2014. CANDIDO, Antonio. Formação da Literatura Brasileira. Momentos decisivos. Belo Horizonte, Ed Itatiaia; São Paulo, Ed. da Universidade de São Paulo, 1975, 2 v. DEWEY, John. Arte como experiência. São Paulo: Martins Fontes, 2012. DYLAN, Bob. Discurso de aceitação do Prêmio Nobel de Literatura 2016. Tradução de: Caetano Galindo. Disponível em: http://www.blogdacompanhia.com.br/conteudos/visualizar/O-discurso-de-Bob-Dylan Acesso em: 13/03/2018. FAILLA, Z (Org.). Retratos da leitura no Brasil 4. Rio de Janeiro: Sextante, 2016. FOUCAULT, M. As palavras e as coisas. Uma arqueologia das ciências humanas. São Paulo: Martins Fontes, 2002. GARRAMUÑO, F. & KIFFER, A. (Orgs.). Expansões contemporâneas. Literatura e outras formas. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2014. GUMBRECHT, H. U. A mídia literatura. In Modernização dos sentidos. São Paulo: Ed. 34, 1998. GUMBRECHT, H. U. & PFEIFFER, K. L. (Orgs.). Materialities of Communication. Translated by William Whobrey. Stanford: Stanford University Press, 1994. GUMBRECHT, Hans Ulrich. Produção de presença: o que o sentido não consegue transmitir. Rio de Janeiro: Contraponto, Ed. PUC-Rio, 2010. JEFFMAN, T.. Booktubers: performances e conversações em torno do livro e da leitura na comunidade booktube. São Leopoldo, 2017. JENKINS, H. Cultura da Conexão: criando valor e significado por meio da mídia propagável. São Paulo: Aleph, 2014. KITLLER, Friedrich A. Discourse Networks 1800 / 1900. Stanford: Stanford University Press, 1990. KITTLER, F. Gramophone, Film, Typewriter. Stanford: Stanford University Press, 1999. KITTLER, F. Mídias óticas. Curso em Berlim, 1999. Rio de Janeiro: Contraponto, 2016. LEAL, B. Do texto à textualidade na comunicação: contornos de uma linha de investigação. In: Textualidades midiáticas. ALZAMORA, G; CARVALHO, C. e LEAL, B. (Orgs.). Belo Horizonte: PPGCom/UFMG, 2018. MORICEAU, Jean-Luc & MENDONÇA, C. Afetos e experiência estética: Uma abordagem possível. In Mendonça, Duarte & Cardoso Filho (Orgs.). Comunicação e Sensibilidade: Pistas Metodológicas. Belo Horizonte:,PPGCOM / UFMG, pp. 78-98, 2016. PETIT, M. Os jovens e a leitura: uma nova perspectiva. São Paulo: Editora 34, 2009. SEILMANN, U; LARSEN, S. F. Personal Resonance to Literature: A Study of Remindings while Reading. North-Holland: Poetics, 1989. SILVA, Débora Damasceno. Booktube: o livro e a leitura na cultura da convergência. Débora Damasceno Brasília, 2016. SONTAG, Susan. Contra a interpretação. Porto Alegre: L&PM, 1987. STEWART, Kathleen. Ordinary Affects. Duke University Press. 2007. OLINTO, H. A economia das emoções na crítica e teoria da literatura. In: Literatura e crítica. OLINTO, H & SCHØLLHAMMER, K. Rio de Janeiro: 7Letras, 2009. OLINTO, H. & SCHØLLHAMMER, K. E. (Orgs.) Literatura e mídia. Rio de Janeiro: Ed. PUC-Rio, São Paulo, Loylola, 2002. OLINTO, H.; SCHØLLHAMMER, K. & SIMONI, F. (Orgs.). Literatura e artes na crítica contemporânea. Rio de Janeiro, Ed. PUC-RIO, 2016. TODOROV, T. A literatura em perigo. Rio de Janeiro: Difel, 2009. WELLBERRY, D. Post-hermeneutic criticism. In. KITTLER, F. Discourse Networks 1800/1900 Stanford: Stanford University Press, 1990, p. vii-xxxiii. ZUMTHOR, P. A letra e a voz. A “literatura” medieval. São Paulo: Companhia das Letras, 1993. ZUMTHOR, P. Performace recepção leitura. São Paulo: Educ, 2000.