JGNEWS 20/10 A 20/11/2013 Nido Pedrosa (Recife) Prezados leitores, nesta ediªo, abro a coluna MMN para falar a respeito do CD ’Maracatu Almirante do Forte - 81 Anos’, primeiro Ælbum deste Maracatu que Ø uma das mais importantes na- ıes da cultura pernambu- cana e brasileira. Mas antes de falar sobre este trabalho, vamos enveredar pela hist- ria do surgimento dessa ma- nifestaªo cultural secular!!! O Maracatu - uma manifes- taªo cultural da ’Mœsica Folclrica Pernambucana Afro-Brasileira que mistura as MARACATU ALMIRANTE DO FORTE, 81 ANOS culturas ’Africana, EuropØia, Indgena’, surgindo no sØculo XVIII. O "Maracatu de Baque Virado" ou "Maracatu Na- ªo" nasceu da ’Tra- diªo do Rei do Congo’, em Pernam- buco e tem seu registro datado de 1711, em Olinda. No livro "Maracatus do Recife" de "Cezar Guerra Peixe" publi- cado em 1955, diz: "A mais antiga not- cia certa do nosso conhecimento Ø a do Padre Lino do Monte Carmelo Lu- na, que aponta o Maracatu em 1867, segundo uma transcriªo de "RenØ Ribei- ro". Antes disso, nªo hÆ publi- caıes conhecidas a cerca do Maracatu, apenas os regis- tros sobre as ’Coroaıes dos Reis Congo’, cuja referŒncia mais antiga Ø datada de 1674. A origem e histria do Maracatu nªo Ø certa, porque vÆrios autores, ressaltam que esta manifestaªo popular nasceu nos ’Terreiros de Can- domblØ quando os escravos reconstituam a "Coroaªo dos Reis do Congo". Com a proclamaªo da ’Aboliªo da Escravatura’, este ritual ga- nhou as ruas se tornando um folguedo carnavalesco e folclrico de Pernambuco. Este ritmo genuinamente pernambucano se divide em duas modalidades: Maracatu de Baque Virado (Maracatu Naªo) e Maracatu de Baque Solto (Maracatu Rural). A Formaªo: O Maracatu de Baque Virado ou Naªo, tem como seguidores os devotos dos Cultos ’Afro-brasileiros da linha Nag’. A "Boneca" usada nos cortejos Ø denominada de "Calunga" que encarna a divindade dos orixÆs, rece- bendo em sua cabea os axØs e a veneraªo do grupo. A mœsica vocal Ø chamada de toada ou loas, inclui versos de procedŒncia africana e seu incio e fim sªo determi- nados pelo som de um apito. O tirador de loas Ø o cantador de toadas (o Mestre da Na- ªo) e os integrantes, respon- dem os versos ao seu coman- do. O instrumental, cuja exe- cuªo se denomina toque Ø constituido de tarol (caixa clara); caixa de guerra (espØ- cie de tarol com o corpo do instrumento mais largo); alfaias (espØcie de zabum- bas construdos de tronco de macaba, onde sªo usadas cordas para da afinaªo); gonguŒ (EspØcie de Agog); xequerŒ (uma cabaa corta- da em uma das extremida- des e envolta por uma rede de contas, tambØm chamado de AbŒ); ganzÆ e apito . Personagens do Maracatu: A naªo Ø formada pelo rei; rainha, dama-de-hora da rainha; dama-de-hora do rei; princesa; ministro; embai- xador; duque; duquesa; con- de; condessa; vassalos; da- mas-de-passo (que portam as calungas durante o desfile do Maracatu); porta-estandarte; escravo sustentando a um- brela ou pÆlio (chÆpeu-de-sol que protege o casal real); guada-coroa; secretÆrio; lanceiros; brasabundo (uma espØcie de guarda costas da naªo); batuqueiros (percus- sionistas); caboclos de pena e baianas. Em sntese, essa Ø a histria do surgimento do Maracatu que temos notcia. Mas como nªo estamos aqui para provar a origem dessa manifestaªo popular tªo importante, vamos ao que in- teressa, as gravaıes e o lan- amento do primeiro Ælbum do MARA MARA MARA MARA MARACA CA CA CA CATU NA˙ˆO TU NA˙ˆO TU NA˙ˆO TU NA˙ˆO TU NA˙ˆO ALMIRANTE DO FORTE, ALMIRANTE DO FORTE, ALMIRANTE DO FORTE, ALMIRANTE DO FORTE, ALMIRANTE DO FORTE, que foi fundado em 07 de Mestre Tete e Nido Pedrosa MERCADO MUSICAL NORDESTINO Luciano Ulisses Cristiano Toinho FÆbio Paiva