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CIRURGIA GERAL AVANÇADA
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03/Janeiro/2021
Nome do Candidato:
_________________________________________
_________________________________________ ASSINATURA
SALA: CARTEIRA:
RESIDÊNCIA MÉDICA - 2021
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USP
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QUESTÃO 01
Paciente de 49 anos com antecedente de doença do refluxo
gastroesofágico. Endoscopia digestiva alta demonstra esofagite Los
Angeles C e hérnia de hiato por deslizamento com 4cm de extensão.
Ao exame físico abdominal, sem dor à palpação ou visceromegalias
palpáveis. IMC: 24,9kg/m2. Após uso de omeprazol em dose otimizada,
apresenta importante melhora dos sintomas, apesar de alguns
episódios de disfagia. Com relação ao caso, assinale a melhor
alternativa:
(A) O tratamento cirúrgico do refluxo gastroesofágico pode ser
proposto após realizar estudo radiológico contrastado de esôfago,
estômago e duodeno.
(B) O tratamento cirúrgico do refluxo gastroesofágico pode ser
proposto após realizar estudo radiológico contrastado de esôfago,
estômago e duodeno e manometria esofágica.
(C) O tratamento cirúrgico do refluxo gastroesofágico pode ser
proposto sem necessidade de mais exames complementares.
(D) O tratamento cirúrgico está contraindicado, já que o
paciente teve melhora dos sintomas após tratamento
medicamentoso.
QUESTÃO 02
Paciente em investigação de megaesôfago chagásico apresenta
estudo radiológico contrastado de esôfago, estômago e duodeno com
ondas terciárias e diâmetro máximo do esôfago de 5cm. Manometria
mostra aperistalse esofágica. Qual o melhor tratamento nesse
momento?
(A) Esofagectomia em 3 campos.
(B) Tratamento medicamentoso.
(C) Cardiomiotomia com fundoplicatura.
(D) Esofagectomia transhiatal.
QUESTÃO 03
Paciente com doença de refluxo gastresofágico, em seguimento de
Esôfago de Barrett, apresenta disfagia rapidamente progressiva.
Realizada a endoscopia digestiva alta com visualização de lesão de
32cm a 38cm da arcada dentária superior (ADS), sendo a transição
esofagogástrica a 40 cm da ADS. Conforme a classificação
topográfica de Siewert, como classificar esta lesão?
(A) Tipo 1.
(B) Tipo 2.
(C) Tipo 3.
(D) Lesão não passível de classificação.
QUESTÃO 04
Homem, 60 anos, com diagnóstico de carcinoma espinocelular de
esôfago médio. Foi submetido a tratamento neoadjuvante com quimio e
radioterapia. Realizado re-estadiamento clínico com tomografia de
pescoço, tórax, abdome e pelve, negativo para metástases e
endoscopia demonstra retração cicatricial em topografia do tumor,
com biópsias negativas para neoplasia. Qual a melhor conduta para o
caso nesse momento?
(A) Novo estadiamento clínico em 6 meses.
(B) Ultrassom endoscópico com biópsias seriadas.
(C) Radioterapia complementar.
(D) Esofagectomia transtorácica com esôfago-gastro
anastomose.
QUESTÃO 05
Homem, 44 anos, com perda ponderal não quantificada há 6 meses e
sensação de empachamento progressivo com vômitos recorrentes.
Endoscopia digestiva alta mostra lesão subepitelial a 1cm de
piloro, em grande curvatura de antro gástrico. Ultrassom
endoscópico demonstra lesão subepitelial de 5cm de diâmetro
sugestiva de tumor gastrointestinal estromal (GIST). Tomografia de
tórax, abdome e pelve negativas para metástases. Sobre o caso, qual
a melhor conduta terapêutica?
(A) Gastrectomia subtotal com reconstrução em Y de Roux.
(B) Gastrectomia subtotal com linfadenectomia D2 e reconstrução
em Y de Roux.
(C) Gastrectomia em cunha.
(D) Gastrectomia total com linfadenectomia D2 e reconstrução em
Y-de-Roux.
QUESTÃO 06
Mulher, 77 anos, realizou durante consulta de rotina Endoscopia
Digestiva Alta que mostrou lesão elevada de 1cm em grande curvatura
gástrica. Biópsia de lesão demonstra adenocarcinoma gástrico bem
diferenciado. Quais exames devem ser solicitados nesse momento para
definir a melhor conduta terapêutica?
(A) Tomografia de tórax, abdome e pelve.
(B) Tomografia de tórax, abdome e pelve e ultrassom
endoscópico.
(C) PET-CT de corpo inteiro.
(D) Não há necessidade de exames adicionais, considerando que se
trata de paciente idosa e não será proposto tratamento invasivo
para a mesma.
QUESTÃO 07
Paciente de 58 anos, com antecedente de gastrectomia parcial por
úlcera perfurada há 5 anos. Vem ao ambulatório por quadro de
dispepsia e regurgitação intensa com resposta inadequada a
tratamento clínico com inibidor de bomba de prótons. Endoscopia
digestiva alta mostra: esofagite erosiva grave (Classe C de Los
Angeles), status pós gastrectomia parcial com reconstrução à
Billroth II, lago mucoso bilioso abundante e intenso edema e
enantema com erosões em mucosa gástrica principalmente próximo a
anastomose gastrojejunal. Sobre o caso, assinale a melhor
conduta:
(A) Totalização de gastrectomia com reconstrução em
Y-de-Roux.
(B) Otimizar tratamento clínico com dose dobrada de inibidor de
bomba de prótons.
(C) Solicitar pH-metria para comprovar o refluxo gastro
esofágico.
(D) Conversão da reconstrução à Billroth II em Y de Roux.
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QUESTÃO 08
Homem, 29 anos, com queixa de perda ponderal > 10% do peso
corpóreo nos últimos 6 meses, empachamento progressivo e anemia
sintomática. Endoscopia digestiva alta mostra lesão ulcerada, de
5cm de diâmetro, em grande curvatura de antro gástrico, friável ao
toque, ocupando cerca de 50% da circunferência do órgão, cujo exame
anatomopatológico da biópsia demonstra adenocarcinoma. Estadiamento
clínico demonstra 3 lesões hepáticas de 3cm cada em segmentos II e
VI do fígado. Sobre o caso, assinale a melhor alternativa
cirúrgica.
(A) Gastrectomia subtotal com reconstrução em Y de Roux com
linfadenectomia D2 e hepatectomia lateral esquerda.
(B) Gastrectomia subtotal com reconstrução em Y de Roux com
radioterapia intra-operatória.
(C) Gastrectomia subtotal com reconstrução em Y de Roux.
(D) Gastroenteroanastomose em Y de Roux.
QUESTÃO 09
Paciente de 68 anos com quadro de colúria e acolia fecal há 7
dias. Ultrassonografia de abdome superior demonstrava
colecistopatia crônica calculosa e dilatação de vias biliares intra
e extra-hepáticas, com cálculo de 1 cm em colédoco distal.
Realizada colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE) com
retirada do cálculo após infundibulotomia, cateterização da via
biliar principal e introdução de sonda tipo basket.
No 1º dia após procedimento, paciente evolui com dor em andar
superior do abdômen, irradiada para região lombar e vômitos. Ao
exame físico apresenta-se ictérico, ++/4+, frequência cardíaca de
120 bpm, temperatura 38oC, dor a palpação de andar superior do
abdômen e extenso enfisema de subcutâneo na região cervical. A
principal hipótese diagnóstica é:
(A) Perfuração duodenal.
(B) Pancreatite aguda.
(C) Colangite.
(D) Sangramento.
QUESTÃO 10
Paciente de 71 anos, em pós-operatório de duodenopancreatectomia
(há 2 anos) por adenocarcinoma de cabeça de pâncreas. Apresenta-se
em unidade de pronto atendimento com quadro de icterícia, colúria e
acolia fecal, associado a dor em hipocôndrio direito e febre de até
39oC. Ultrassom de abdome total demonstra lesão sólida em
topografia de pâncreas com dilatação de vias biliares intra e extra
hepáticas. Qual a melhor conduta para desobstrução das vias
biliares nesse momento?
(A) Colangiopancreatografia retrógrada endoscópica.
(B) Drenagem transparieto hepática.
(C) Laparotomia exploradora com coledocotomia e alocação de
dreno de Kehr.
(D) Anastomose biliodigestiva em Y-de-Roux.
QUESTÃO 11
Durante colecistecomia videolaparoscópica eletiva, foi realizada
colangiografia intraoperatória que mostra, após a injeção de
contraste, apenas a contrastação da via biliar principal distal ao
clipe, com bom esvaziamento de contraste para duodeno, sem
identificação de cálculos no interior da via biliar, porém sem
contrastar a via biliar intra-hepática ou vesícula biliar. Qual a
melhor conduta neste momento do ato operatório?
(A) Prosseguir com a colecistectomia, uma vez que via biliar
está sem cálculos.
(B) Prosseguir com a colecistectomia, uma vez que a via biliar
está com bom esvaziamento.
(C) Drenar a via biliar com dreno trans-cístico.
(D) Rever cuidadosamente as estruturas biliares no campo
operatório.
QUESTÃO 12
Mulher, 28 anos, com diagnóstico de lesão cística em cauda do
pâncreas de 5cm de diâmetro em ultrassonografia de abdome superior
de rotina. Solicitada ressonância magnética, com diagnóstico de
neoplasia cística mucinosa do pâncreas com diâmetro de 5cm. Qual a
melhor conduta?
(A) Repetir ressonância magnética em 12 meses.
(B) Enucleação.
(C) Pancreatectomia distal.
(D) Ultrassonografia endoscópica com punção.
QUESTÃO 13
Mulher, 48 anos, assintomática. Fez ultrassom de abdome total
que evidenciou lesão cística em lobo hepático direito medindo 9 x
10cm, com paredes finas, sem septos e com conteúdo homogêneo. Foi
solicitada ressonância magnética que confirmou lesão cística
ocupando o lobo direito, parcialmente exofítica, sem septos. Qual a
melhor conduta para essa paciente?
(A) Hepatectomia direita.
(B) Destelhamento (“unroofing”) por laparoscopia.
(C) Alcoolização do cisto.
(D) Acompanhamento clínico.
QUESTÃO 14
Mulher, 32 anos, em uso de anticoncepcional oral há 12 anos, com
empachamento pós-prandial, vômitos e perda de peso não aferida há 6
meses. Endoscopia digestiva alta mostrou compressão extrínseca na
parede anterior do estômago. Tomografia de abdome com contraste
mostrou lesão sugestiva de hemangioma no setor lateral esquerdo do
fígado, com diâmetro máximo de 12 cm e compressão da parede
gástrica anterior. Qual a melhor conduta para o caso?
(A) Solicitar ressonância magnética com contraste
hepatoespecífico.
(B) Ressecção da lesão hepática.
(C) Seguimento clínico e realizar ultrassom de abdome de
controle em 6 meses.
(D) Seguimento clínico e realizar ultrassom de abdome de
controle em 12 meses.
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QUESTÃO 15
Homem, 63 anos, com antecedente de cirrose hepática pelo vírus
da hepatite B, classificada como Child-Pugh A5, sem sinais de
hipertensão portal. Tomografia de abdome total com contraste
trifásico demonstrou nódulo único de 3,5 cm de diâmetro em
segmentos II/III do fígado, sugestivo de carcinoma hepatocelular.
Qual a melhor conduta para tratamento desta lesão?
(A) Ressecção do setor lateral esquerdo do fígado.
(B) Quimioembolização arterial.
(C) Ablação por radiofrequência.
(D) Tratamento sistêmico com sorafenibe.
QUESTÃO 16
Mulher, 36 anos, em uso de anticoncepcional oral há 8 anos, com
diagnóstico de nódulo hepático ao ultrassom. Realizada ressonância
nuclear magnética com contraste hepatoespecífico que evidenciou
lesão nodular hepática de 2,7 cm em segmento III do fígado,
sugestiva de adenoma hepático. O uso do anticoncepcional foi
prontamente interrompido sob orientação de seu ginecologista. Com
relação à lesão hepática, deve-se:
(A) Indicar ressecção cirúrgica (nodulectomia).
(B) Indicar ressecção cirúrgica (setorectomia lateral
esquerda).
(C) Manter seguimento clínico, com exame de imagem de controle
em 6 meses.
(D) Não há necessidade de seguimento, considerando que paciente
suspendeu o uso de anticoncepcional.
QUESTÃO 17
Paciente de 47 anos, com IMC de 35kg/m2, diabetes tipo 2 há 5
anos, com queixa de dispepsia importante, com melhora parcial após
uso de omeprazol em dose otimizada. Endoscopia digestiva alta
mostra mucosa esofágica em terço distal de aspecto colunar, com
biópsia comprovando metaplasia intestinal sem displasia. Com
relação ao tratamento cirúrgico para o caso em questão, assinale a
melhor alternativa:
(A) Gastrectomia vertical.
(B) Hiatoplastia com fundoplicatura total à Nissen.
(C) Hiatoplastia com fundoplicatura parcial à Toupet.
(D) Gastroplastia com derivação em Y de Roux (Bypass
gástrico).
QUESTÃO 18
Paciente de 43 anos em pós-operatório tardio de Gastroplastia
com derivação em Y de Roux (Bypass gástrico) para tratamento de
obesidade. Evoluiu com reganho de 70% do peso perdido no último
ano. Estudo radiológico contrastado demonstra gastro-jejuno
anastomose em bom aspecto, sem sinais de refluxo gastroesofágico e
estômago excluso contrastado. A melhor conduta em relação ao
reganho de peso é:
(A) Cirurgia revisional com correção de fístula
gastro-gástrica.
(B) Cirurgia revisional com alongamento de alça alimentar.
(C) Cirurgia revisional com conversão para cirurgia de
Scopinaro.
(D) Não há indicação cirúrgica nesse momento, devendo-se
intensificar o acompanhamento multiprofissional.
QUESTÃO 19
Paciente de 35 anos submetida à Gastroplastia com derivação em Y
de Roux (Bypass gástrico) por videolaparoscopia há 2 anos, com boa
evolução de perda de peso. Vem apresentando crises de dor abdominal
difusa, em cólica, mais intensa em epigástrio e com irradiação
dorsal, principalmente pós alimentar, com alguns episódios de
diarréia. No atendimento no pronto socorro, realizou exames de
radiografia simples do abdômen e ultrassonografia de abdome, os
quais não mostraram alterações.
Qual das alternativas representa o diagnóstico mais provável
para o caso clínico?
(A) Dor abdominal por úlcera gástrica.
(B) Claudicação intestinal.
(C) Hérnia interna recorrente.
(D) Colite bacteriana recorrente.
QUESTÃO 20
Paciente em programação de cirurgia bariátrica. Durante preparo
para cirurgia, teve perda de 20% de excesso de peso (calculado para
IMC ideal de 25km/m2), com IMC atual de 36kg/m2. Tem antecedente de
hipertensão arterial sistêmica e dislipidemia, ambos com tratamento
medicamentoso otimizado. Sobre o caso, assinale a melhor
conduta:
(A) A cirurgia bariátrica não deve mais ser realizada
considerando que o paciente teve perda de 20% do excesso de
peso.
(B) Deve-se manter conduta cirúrgica proposta inicialmente.
(C) A cirurgia bariátrica não deve mais ser realizada
considerando IMC atual menor que 40kg/m2.
(D) A cirurgia bariátrica deve ser proposta para o paciente em
questão apenas se houver reganho de peso a partir desse
momento.
QUESTÃO 21
Paciente de 48 anos admitido em Unidade de Pronto Atendimento
com quadro de dor abdominal de forte intensidade. Radiografia
simples de abdome demonstra pneumoperitônio. Durante laparotomia de
urgência, foi evidenciada obstrução em alça fechada com perfuração
de ceco e lesão neoplásica obstrutiva em reto baixo, a 4cm de borda
anal ao toque retal. Qual a melhor conduta a ser tomada durante a
cirurgia de urgência?
(A) Colectomia total com ressecção de lesão primária e
ileostomia terminal.
(B) Rafia de ceco com ileostomia em alça à montante da
lesão.
(C) Colectomia total com ressecção da lesão primária e íleo reto
anastomose.
(D) Colectomia direita com ileostomia à Mikulicz.
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QUESTÃO 22
Paciente com dor anal há 2 anos e sangramento frequente às
evacuações. Exame físico revela lesão ulcerada em canal anal com
3,0 cm de diâmetro, dolorosa e friável ao toque retal. Biopsia
realizada durante anuscopia confirma diagnóstico de carcinoma
espinocelular de canal anal. Estadiamento demonstra ausência de
lesões à distância e ressonância de pelve confirma lesão neoplásica
restrita ao canal anal. Qual a melhor conduta para o caso nesse
momento?
(A) Tratamento neoadjuvante com quimio e radioterapia de curta
duração seguido de amputação de canal anal com colostomia
terminal.
(B) Tratamento neoadjuvante com quimio e radioterapia seguido de
proctectomia com anastomose coloanal.
(C) Tratamento com quimio e radioterapia exclusivas.
(D) Imunoterapia exclusiva.
QUESTÃO 23
Homem, 56 anos, com dor em fossa ilíaca esquerda há 2 dias, sem
febre. Tem antecedente de doença diverticular (confirmada por
colonoscopia recente em exame de rotina). Durante atendimento na
unidade de pronto atendimento, tomografia de abdome total com
contraste endovenoso demonstra apendagite epiplóica em região de
fossa ilíaca esquerda, sem outros achados no exame de imagem no
contexto de urgência. Com relação ao diagnóstico, qual o melhor
tratamento a ser proposto nesse momento?
(A) Internação para antibioticoterapia parenteral.
(B) Analgesia e anti-inflamatório domiciliar.
(C) Antibioticoterapia oral domiciliar.
(D) Retossigmoidectomia de urgência.
QUESTÃO 24
Paciente gestante de 34 semanas com queixa de dor anal
importante. Exame físico demonstra hemorróida externa com trombose,
sem sinais de infecção secundária. Toque retal não realizado por
dor importante no momento do exame. Sobre o caso, assinale a melhor
alternativa:
(A) Deve-se propor tratamento clínico e contraindicar parto
vaginal.
(B) Deve-se propor tratamento cirúrgico e contraindicar parto
vaginal.
(C) Deve-se propor tratamento clínico e não contraindicar parto
vaginal.
(D) Deve-se propor tratamento cirúrgico e não contraindicar
parto vaginal.
QUESTÃO 25
Homem, 24 anos, com diagnóstico de Doença de Crohn. Apresenta
nos últimos 6 meses quadro de dor abdominal frequente com sensação
de distensão pós-prandial. Já internado por vômitos em outras
ocasiões e em acompanhamento clínico em uso de medicação biológica
em doses crescentes. Tomografia de abdome mostra espessamento
importante em íleo terminal, junto à válvula ileocecal. Qual a
melhor conduta para o caso?
(A) Ressecção ileocecal com anastomose íleo-cólica.
(B) Colectomia direita com ligadura dos vasos íleo-cólicos em
sua origem na a. mesentérica superior.
(C) Plastia de válvula ileocecal.
(D) Derivação interna com ileotransverso anastomose.
ATENÇÃO: O caso seguinte se refere às questões 26 e 27:
Homem de 67 anos procura o pronto-socorro com queixa de
hiperemia e dor ao redor de ileostomia e parada de eliminação de
secreções pela mesma, há 2 dias. Fez cirurgia para tratamento de
câncer de cólon há 3 anos, na urgência, quando foi feita a
ileostomia terminal. Está livre de doença neoplásica até este
momento, de acordo com a oncologia clínica (sic). O paciente diz
ainda que está em preparo para fazer a reconstrução do trânsito
intestinal. Ao exame físico, nota-se abaulamento doloroso e
hiperemia à volta da ileostomia. Esta apresenta coloração vinhosa e
está edemaciada. A bolsa está vazia, não tendo sequer gás. Ao
toque, que é muito doloroso, a ileostomia está pérvia, embora
pareça estreitada.
Esta é a foto do abdome do paciente na chegada ao
pronto-socorro.
QUESTÃO 26
Em relação ao problema deste paciente, é correto afirmar:
(A) Por se tratar de doença neoplásica, a reconstrução do
trânsito intestinal, com fechamento da ileostomia, está
contraindicada neste momento.
(B) O quadro de obstrução intestinal está descartado, visto que
a ileostomia está pérvia ao toque.
(C) A tomografia de abdome e pelve com contraste descarta com
segurança a hipótese de estrangulamento.
(D) Deve tratar-se de hérnia paraileostômica, com encarceramento
de intestino delgado e sofrimento vascular.
QUESTÃO 27
Em relação à condução deste caso, é correto:
(A) Deve ser feita cirurgia de urgência e confeccionada nova
ileostomia, devido ao quadro de obstrução intestinal.
(B) No fechamento de ostomias, o uso de tela de material
inabsorvível está contraindicado, pelo alto grau de contaminação do
campo cirúrgico.
(C) A reconstrução do trânsito intestinal não deve sequer ser
considerada em casos de suspeita de hérnia estrangulada.
(D) O paciente deve fazer enema opaco e avaliação endoscópica de
todo o cólon e da região da ileostomia, antes de se proceder ao
tratamento cirúrgico desta complicação.
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QUESTÃO 28
Uma mulher de 38 anos vem ao pronto-socorro com queixa de dor
abdominal em região epigástrica e hipocôndrio direito há 1 semana.
Diz que a dor é de forte intensidade e piora após a alimentação.
Nega alteração do hábito intestinal. Há dois dias, vem tendo
náuseas e vômitos. Nega cirurgias prévias, outras doenças, uso de
medicações, icterícia, colúria ou acolia fecal.
Está em bom estado geral, corada, desidratada e anictérica. Tem
dor à palpação abdominal profunda, na região do rebordo costal
direito, interrompendo a respiração profunda por causa da dor.
A ultrassonografia mostra vesícula biliar com parede de
espessura normal, com microcálculos e sem dilatação de vias
biliares.
Qual deve ser a sequência correta para o atendimento desta
paciente, além de administrar sintomáticos e fazer hidratação
venosa?
(A) Dosagem de eletrólitos e pesquisa de coledocolitíase, antes
da cirurgia de urgência.
(B) Encaminhamento para colecistectomia eletiva.
(C) Dosagem de eletrólitos e preparo para colecistectomia por
videolaparoscopia, na urgência.
(D) Colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE) antes
da colecistectomia, devido à presença de microcálculos.
ATENÇÃO: O caso seguinte se refere às questões 29 e 30:
Uma senhora de 54 anos está em seguimento pré-operatório por
hérnia incisional abdominal. Refere diabetes mellitus, apneia do
sono, esteatose hepática e dislipidemia. IMC: 37,5 kg/m2.
Tabagista. Foi realizada tomografia, onde se observa anel herniário
de 9,2 X 7,5 cm e relação volume herniário/cavidade abdominal de
15%. Exames laboratoriais: hemoglobima: 12,5 g/dL, HbA1c: 9,5%,
creatinina: 1,5 mg/dL e albumina: 3,1 g/dL.
QUESTÃO 29
Qual é a classificação da hérnia desta paciente e qual é o
preparo pré-operatório mais adequado, entre as opções
apresentadas?
(A) Hérnia moderada. Iniciar protocolo de pneumoperitônio
pré-operatório progressivo. Se a espirometria mostrar distúrbio
ventilatório, iniciar corticoide 5 dias antes da operação.
Suspender o tabagismo desde já.
(B) Hérnia grande. Iniciar programa de emagrecimento, ponderando
inclusive a oportunidade de fazer gastroplastia para obesidade
mórbida. Manter HbA1C < 8% e suspender o tabagismo ao menos 4
semanas antes da operação.
(C) Hérnia muito grande. Iniciar CPAP noturno ao menos quatro
semanas antes da operação. Fazer protocolo de pneumoperitônio
pré-operatório progressivo, além de suspender o tabagismo.
(D) Hérnia moderada. Manter HbA1C < 8% e suspender o
tabagismo ao menos duas semanas antes da operação. Fazer
gastroplastia no mesmo ato operatório da correção da hérnia
incisional.
QUESTÃO 30
Durante o seguimento pré-operatório, a paciente precisou ser
internada no pronto-socorro devido a dor abdominal intensa na
região da hérnia, febre e vômitos, havia 2 dias. Foi proposta
cirurgia de urgência, identificando-se necrose isquêmica (sem
perfuração) de 30 cm de jejuno. Foi feita enterectomia com
anastomose primária jejunojejunal. A paciente, apesar da necrose de
delgado, ficou estável hemodinamicamente durante toda a operação.
Qual é a consideração mais apropriada a respeito da conduta?
(A) Fechamento provisório do abdome à Barker, por causa da
contaminação e para prevenção da síndrome compartimental abdominal;
reoperação em 48 a 72 horas, para revisão (second look) e provável
fechamento definitivo do abdome, com tela.
(B) Hernioplastia com fechamento primário da parede abdominal,
borda a borda, com pontos separados de fio inabsorvível, reforçando
a parede com tela de polipropileno.
(C) Fechamento primário da parede abdominal, com incisão
relaxadora, reforço do fechamento da aponeurose com tela de
polipropileno e monitorização da PIA (pressão intra-abdominal)
durante a operação e nos primeiros dias de pós-operatório.
(D) Fechamento da parede abdominal com separação de componentes,
sem o uso de tela, por causa da necrose intestinal, e monitorização
da PIA (pressão intra-abdominal) durante toda a operação.
QUESTÃO 31
Um paciente de 57 anos, sem antecedentes mórbidos relevantes,
está no primeiro pós-operatório de retossigmoidectomia, por via
convencional, por tumor obstrutivo de cólon. Foi submetido à
operação de Hartmann. Recebeu antibioticoterapia profilática na
indução anestésica. Queixa-se de dor na incisão e tem desconforto
abdominal difuso. A incisão está com bom aspecto. Pulso: 100 bpm,
PA: 110 X 70 mmHg, T: 37,7 oC, frequência respiratória: 16 irpm,
saturação de O2: 96%, em ar ambiente. Diagnóstico mais provável e
melhor conduta:
(A) Tromboembolismo pulmonar (TEP). Anticoagulação, Doppler de
membros inferiores e tomografia de tórax com protocolo TEP.
(B) Pós-operatório dentro do esperado. Analgesia e
fisioterapia.
(C) Infecção de ferida operatória. Antibioticoterapia
empírica.
(D) Deiscência de coto retal. Tomografia de abdome.
QUESTÃO 32
Um homem de 54 anos está no primeiro pós-operatório de
hernioplastia à Lichtenstein. A cirurgia não teve intercorrências
intraoperatórias. Comorbidades: IMC: 40 kg/m2, hipertenso,
tabagista, diabético não insulino dependente. Pelas comorbidades,
recebeu uma dose de heparina (5.000 UI) logo ao chegar ao leito da
enfermaria. Queixa-se de abaulamento acentuado na região inguinal
operada, com sangramento persistente pela ferida operatória, sendo
necessárias várias trocas de curativo. Conduta mais apropriada:
(A) Revisão da hemostasia em centro cirúrgico.
(B) Ácido tranexâmico, protamina e curativo compressivo.
(C) Drenagem da ferida à beira leito, com dreno de Penrose e
curativo compressivo.
(D) Arteriografia, seguida de reabordagem em centro cirúrgico,
se o sangramento persistir.
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QUESTÃO 33
Um homem de 25 anos, sem comorbidades, está no segundo
pós-operatório de laparotomia exploradora por úlcera
pré-pilórica perfurada. Foi feita sutura da úlcera e drenagem da
cavidade, sem intercorrências. Queixa-se de dor abdominal difusa (5
em escala analógica de 0 a 10) e náuseas. Pulso: 100 bpm,
PA: 100 X 70 mmHg, T: 36,7 C. A ferida operatória está com bom
aspecto e o dreno abdominal teve débito de cerca de 210 mL de
secreção biliosa em 24 horas. Conduta mais adequada:
(A) Endoscopia digestiva e colocação de prótese.
(B) Tomografia de abdome com contraste oral.
(C) Sonda nasogástrica aberta e nutrição parenteral.
(D) Reoperação.
QUESTÃO 34
Um senhor de 69 anos, obeso, foi internado por descompensação
diabética, com necrose seca de hálux (pé diabético), completando
duas semanas de internação e antibioticoterapia com ciprofloxacina
e clindamicina, com boa resposta clínica. Faz uso de metformina,
omeprazol (por refluxo gastroesofágico) e codeína (pela dor no
hálux). Volta ao pronto-socorro alguns dias após a alta, por quadro
de pré-sincope e diarreia profusa. Está em regular estado geral,
mas bastante
desidratado. Temperatura: 37,4 C, pulso: 110 bpm, PA: 100 X 70
mmHg. O abdome está bastante distendido e doloroso, ficando dúvida
sobre sinais de irritação peritoneal. Não tem sinais de infecção na
lesão do hálux. Melhor conduta inicial, além de jejum oral e
hidratação venosa:
(A) Pesquisa de toxinas de Clostridioides difficile nas fezes.
Suspensão de omeprazol. Introdução de vancomicina ou metronidazole
oral.
(B) Coprocultura e introdução empírica de antibiótico
carbapenêmico.
(C) Tomografia computadorizada, antidiarreicos e
probióticos.
(D) Laparotomia exploradora, por provável megacólon tóxico.
QUESTÃO 35
Um senhor de 53 anos, etilista de uma garrafa de destilado por
dia, deu entrada no pronto-socorro com quadro compatível com
colecistite aguda. Foi submetido a colecistectomia de urgência, sem
intercorrências. Na unidade de terapia intensiva (UTI), no
pós-operatório, evoluiu inicialmente sem disfunções orgânicas.
Cerca de 36 horas após a chegada à UTI, apresentou agitação
psicomotora, sudorese e taquicardia. Pulso = frequência cardíaca:
145 bpm, ritmo sinusal, PA: 170 X 100 mmHg. Teve ainda um episódio
de crise convulsiva tônico-clônica generalizada, com reversão
espontânea em 1 minuto. Gasometria arterial: pH: 7,50, paO2: 80
mmHg, paCO2: 32 mmHg, bicarbonato: 21 mEq/L, BE: -1, SatO2: 96%.
Na+: 154 mEq/L, dextro: 90 mg/dL. Restante dos exames: normais.
Qual é o diagnóstico mais provável e a melhor conduta?
(A) Sepse. Antibioticoterapia de amplo espectro, inicialmente
empírica.
(B) Síndrome de abstinência. Diazepam.
(C) Peritonite. Nova abordagem cirúrgica.
(D) Delirium hiperativo. Neuroléptico.
QUESTÃO 36
Uma paciente de 57 anos, obesa, submetida a correção de hérnia
incisional gigante com colocação de tela, foi encaminhada à unidade
de terapia intensiva (UTI) para monitorização pós-operatória.
Durante o procedimento cirúrgico, a paciente recebeu cerca de 6.000
mL de soluções cristaloides. Nas primeiras horas após a cirurgia, a
paciente evoluiu com abdome tenso, piora do padrão respiratório e
da complacência pulmonar e anúria.
Qual é a hipótese diagnóstica mais provável e qual a conduta
imediata que deve ser tomada?
(A) Hemorragia pós-operatória. Coleta de hemoglobina e
coagulograma e fazer tromboelastograma e tomografia de abdome e
pelve.
(B) Síndrome compartimental abdominal. Mensuração da pressão
intravesical e solicitar imediatamente avaliação cirúrgica, para
fazer peritoniostomia.
(C) Síndrome compartimental abdominal. Mensuração da pressão
intravesical, sondagem nasogástrica descompressiva, aprofundamento
da sedação com bloqueio neuromuscular e evitar excesso de
fluidos.
(D) Infecção de sítio cirúrgico. Troca de sondas e cateteres,
coleta de culturas e administração de antibióticos de amplo
espectro.
QUESTÃO 37
Um paciente 22 anos, vítima de queda de moto após colisão com
anteparo fixo, encontrado na cena com Glasgow 6, foi submetido a
intubação orotraqueal pela equipe de atendimento pré-hospitalar.
Avaliado e reanimado na sala de emergência, foi transferido para a
unidade de terapia intensiva (UTI). A tomografia de crânio mostra
edema cerebral difuso. Não foram achadas outras alterações
relevantes.
Após 24 horas, o paciente está com Glasgow 3T, com pupilas
mediofixas, sem sedação. Saturação de O2, com fração inspirada de
O2 de 100%: 92%, PA: 70 X 30 mmHg, pulso: 145 bpm, diurese: 100 mL
nas últimas 6 horas, temperatura central:
34,2 C. Exames laboratoriais: Na+: 154 mEq/L, lactato: 39 mg/dL,
creatinina: 2,5 mg/dL.
Quais devem ser as condutas imediatas?
(A) Notificar a Organização de Procura de Órgãos (OPO) e
convocar a família para propor cuidados paliativos, visto que o
paciente não pode ser doador, pelas condições clínicas.
(B) Iniciar a primeira prova de morte encefálica com uso de
pressão positiva, para evitar hipóxia grave durante a prova.
(C) Passar sonda nasoenteral, aumentar o aporte de água livre,
coletar hemocultura, cultura de secreção traqueal e urocultura e
iniciar antibioticoterapia de amplo espectro.
(D) Expansão volêmica, passagem de cateter venoso central e uso
de vasopressores para manter pressão arterial média (PAM) > 65
mmHg.
QUESTÃO 38
Em qual das situações a seguir está contraindicada a abordagem
cirúrgica laparoscópica?
(A) Paciente com lesão cerebral traumática com abertura ocular
apenas ao estímulo de pressão e sem resposta verbal.
(B) Terceiro trimestre da gestação.
(C) Paciente cardiopata que já fez revascularização do
miocárdio.
(D) Abdome agudo com peritonite difusa.
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QUESTÃO 39
Um paciente 45 anos, sem comorbidades, foi vítima de queda de
moto, sofrendo fratura fechada da diáfise do fêmur direito. Na
avaliação inicial, não foram achadas outras lesões significativas.
Cerca de 24 horas após o trauma, enquanto aguardava o procedimento
cirúrgico ortopédico definitivo, evoluiu com rebaixamento do nível
de consciência, hipoxemia e petéquias em região torácica alta.
Qual é a principal hipótese diagnóstica e qual deve ser a
conduta, além de suporte ventilatório e clínico?
(A) Embolia gordurosa. Postergar a fixação da fratura até
normalização das condições clínicas.
(B) Lesão cerebral traumática grave e contusão pulmonar. Medidas
clínicas para hipertensão intracraniana e avaliação neurocirúrgica
de urgência.
(C) Embolia gordurosa. Fixação da fratura de fêmur logo que
possível.
(D) Lesão cerebral traumática grave e contusão pulmonar. “Pulso”
de corticosteroides.
QUESTÃO 40
Um homem de 33 anos, vítima de colisão automobilística, sofreu
traumatismo craniencefálico moderado e trauma de tórax e abdome.
Teve necessidade de esplenectomia, devido a lesão grave de baço.
Foi extubado no segundo pós-operatório, mantendo-se em Glasgow 12
desde então. No quinto dia pós-
trauma, passa a apresentar febre (38,2 C) e leucocitose. No dia
seguinte, encontra-se no seguinte estado: Glasgow: 9, frequência
respiratória: 40 incursões por minuto, com uso de musculatura
acessória, saturação de O2, com máscara de oxigênio não reinalante:
87%, pressão arterial: 60 x 40 mmHg, frequência cardíaca: 145
batimentos por minuto, tempo de enchimento capilar: 4 segundos. O
laboratório revela leucocitose, aumento acentuado do lactato sérico
e disfunção renal aguda (depuração de creatinina estimada: 20
mL/minuto).
Quais são as condutas imediatas mais apropriadas, além de
expansão volêmica?
(A) Intubação traqueal, dobutamina, se necessária para
estabilização hemodinâmica, angiotomografia com protocolo para
embolia pulmonar e início imediato de anticoagulação plena com
heparina de baixo peso molecular.
(B) Intubação traqueal, noradrenalina, se necessária para
estabilização hemodinâmica, coleta de culturas, radiografia de
tórax e início imediato de antibioticoterapia de amplo
espectro.
(C) Ventilação não invasiva, dobutamina, se necessária para
estabilização hemodinâmica, coleta de culturas, radiografia de
tórax e início imediato de antibioticoterapia de amplo
espectro.
(D) Ventilação não invasiva, noradrenalina, se necessária para
estabilização hemodinâmica, angiotomografia com protocolo para
embolia pulmonar e início imediato de anticoagulação plena com
heparina de baixo peso molecular.
QUESTÃO 41
Uma senhora de 59 anos foi operada eletivamente por neoplasia de
sigmoide. No sétimo pós-operatório, foi diagnosticada deiscência da
anastomose colorretal, pela saída de conteúdo entérico pelo dreno
abdominal. A paciente foi prontamente reoperada. Após a
reintervenção cirúrgica, a paciente teve infarto do miocárdio e
evoluiu de maneira crítica, estando agora em ventilação mecânica e
em uso de drogas vasoativas. Apesar da correta identificação e
tratamento da deiscência, a filha, que é a responsável pela
paciente, suspeita de erro médico, exigindo acesso pleno ao
prontuário de sua mãe e solicitando a cópia integral do mesmo. Qual
é a alternativa correta, a respeito desta solicitação?
(A) O prontuário deve ser enviado para revisão pelo comitê de
ética do hospital e, só depois, a filha poderá ter acesso a
ele.
(B) Deve ser permitido o acesso ao prontuário apenas mediante
procuração legal.
(C) Apenas após a recuperação ou o óbito da mãe é que a filha
poderá ter acesso ao prontuário dela, por causa do sigilo
médico.
(D) Deve ser providenciado prontamente o acesso integral ao
prontuário da paciente.
QUESTÃO 42
Durante o preparo pré-operatório para operação de gastroplastia,
um paciente de 45 anos com IMC = 42,5 kg/m2, informa que é
testemunha de Jeová e apresenta um parecer jurídico que o protege
contra transfusão sanguínea compulsória. Qual é a alternativa
correta, a respeito da condução do caso?
(A) O médico pode opor-se a operar este paciente, bastando
referenciá-lo para outro médico da rede de atendimento.
(B) Como o paciente já apresenta parecer jurídico, o médico é
obrigado a fazer a cirurgia sem utilizar transfusão sanguínea.
(C) O médico deve operar o paciente e fazer transfusão
sanguínea, se for pertinente, independentemente de qualquer parecer
jurídico.
(D) O caso deve ser encaminhado para o comitê de ética médica do
hospital, que decidirá sobre o que fazer.
QUESTÃO 43
Vítima de ferimento por arma de fogo em hipocôndrio direito, um
paciente de 30 anos deu entrada no pronto-socorro estável
hemodinamicamente. A tomografia de abdome mostrou ferimento
hepático, nos segmentos 6 e 7, com líquido ao redor do fígado.
Optou-se por realizar videolaparoscopia. Foi achado apenas sangue
ao redor do fígado. Os ferimentos foram visualizados, não havendo
sangramento nem saída de bile. Optou-se por aspirar todo o sangue.
No quinto dia pós-laparoscopia, o paciente, que aparentemente vinha
evoluído bem, embora com aceitação alimentar ainda ruim, apresentou
dor e distensão abdominal, além de febre e icterícia.
Qual é a melhor conduta, neste momento?
(A) Laparotomia exploradora.
(B) Nova videolaparoscopia.
(C) Pesquisa de foco infeccioso (culturas e radiografia) e
observação clínica.
(D) Tomografia de abdome e pelve.
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USP
QUESTÃO 44
Atropelada por ônibus, uma menina de 12 anos é transportada de
helicóptero para o pronto-socorro. Atendimento realizado na cena:
imobilização com colar cervical e prancha rígida, intubação
traqueal, ventilação mecânica, acesso venoso em membro superior
direito e administração de soro fisiológico. Saturação de O2: 85%,
frequência cardíaca: 140 bpm. Ao dar entrada na sala de emergência,
a criança continuava com saturação em torno de 83%, apesar de FiO2
de 100%, e com frequência cardíaca de 120 bpm. No exame clínico do
tórax, nota-se ausência de murmúrio vesicular do lado esquerdo.
Qual é a principal suspeita clínica e qual deve ser a primeira
medida terapêutica?
(A) Pneumotórax hipertensivo. Drenagem torácica no quinto espaço
intercostal esquerdo, na linha axilar média.
(B) Atelectasia por intubação seletiva. Reposicionamento do tubo
traqueal.
(C) Pneumotórax hipertensivo. Punção torácica no segundo espaço
intercostal esquerdo, na linha hemiclavicular.
(D) Pneumotórax simples. Radiografia de tórax na sala de
emergência, seguida de drenagem de tórax.
QUESTÃO 45
Uma senhora de 69 anos, tem quadro de dor localizada em
hipocôndrio direito, acompanhada de anorexia e náuseas. O exame de
ultrassonografia mostra vesícula biliar com cálculos. Foi submetida
a colecistectomia videolaparoscópica, que não teve intercorrências.
Saiu de alta após 48 horas. O exame anatomopatológico da vesícula
biliar mostrou adenocarcinoma localizado no fundo da vesícula, com
invasão até a lâmina própria (estadiamento: pT1a). Qual é a melhor
conduta, agora?
(A) Nova operação para ressecção do leito vesicular.
(B) Reoperação para ressecção hepática central, associada a
limpeza ganglionar (linfadenectomia).
(C) Acompanhamento ambulatorial, pois a colecistectomia é
considerada curativa em mais de 80% desses casos.
(D) Quimioterapia com 5-fluorouracil (5-FU), combinado a
doxorrubicina.
QUESTÃO 46
Um rapaz de 23 anos foi vítima de ferimento por projétil de arma
de fogo, com entrada no hemitórax esquerdo, na zona perigosa de
Ziedler. Chega à sala de emergência agitado, com hálito etílico,
taquipneico e descorado. Pressão arterial: 60 x 40 mmHg, pulso: 140
batimentos por minuto. Nota-se estase jugular bilateral e não há
desvio de traqueia. À ausculta pulmonar, o murmúrio vesicular está
diminuído à esquerda, embora sem hipertimpanismo, e normal à
direita. Não tem dor abdominal à palpação. Subitamente, o paciente
apresenta parada cardíaca e é intubado com sucesso. Qual o
diagnóstico mais provável e a próxima conduta?
(A) Tamponamento cardíaco. Toracotomia anterolateral
esquerda.
(B) Pneumotórax hipertensivo esquerdo. Drenagem torácica.
(C) Choque hipovolêmico. Sangue tipo O Rh negativo e massagem
cardíaca externa.
(D) Hemotórax maciço. Drenagem torácica.
QUESTÃO 47
Uma mulher de 69 anos, hipertensa e diabética, tem história de
dor abdominal localizada em região de flanco e fossa ilíaca
esquerda, associada a febre de 38 °C e calafrios, há 5 dias. Pulso:
110 bpm, rítmico; PA: 120 X 80 mmHg. O abdome é doloroso na região
da fossa ilíaca esquerda, com sinais de peritonismo no quadrante
inferior esquerdo. O exame tomográfico mostra diverticulite aguda,
tipo Hinchey II, com abscesso de 6,0 cm x 6,0 cm x 4,0 cm,
localizado na região do cólon sigmoide. Qual é a melhor conduta, em
condições ideais, além de cuidados dietéticos e
antibioticoterapia?
(A) Hidratação intravenosa e controle clínico, internada.
(B) Laparotomia exploradora com ressecção cólica, anastomose
primária em dois planos e drenagem da cavidade abdominal.
(C) Laparotomia exploradora, com ressecção do segmento cólico
acometido e cirurgia de Hartmann.
(D) Drenagem percutânea do abscesso, guiada por radiologia
intervencionista.
QUESTÃO 48
Uma criança de 8 anos, vítima de atropelamento, chega ao
pronto-socorro, trazida pelo Resgate, lúcida, orientada (Glasgow
15), taquipneica, com pressão arterial 90 X 50 mmHg e frequência
cardíaca de 120 bpm. Tem trauma grave no membro inferior direito,
com extensa lesão de partes moles. Tem torniquete na coxa, aplicado
pelo socorrista há 20 minutos. Queixa-se dor abdominal, tendo
descompressão brusca (DB) +. Os RHA estão +. O FAST é negativo.
Qual é a melhor conduta para o quadro abdominal desta criança?
(A) Angiotomografia de abdome.
(B) Laparotomia ou laparoscopia.
(C) Observação e repetição do FAST.
(D) Reavaliação após conduta ortopédica.
QUESTÃO 49
Você é chamado para avaliar um paciente de 30 anos internado na
UTI de Queimados com cerca de 60 % de área corpórea queimada
(predominantemente segundo grau). O trauma ocorreu há 48 horas e o
paciente já recebeu reposição de volume intensa. Está sedado e
curarizado, em ventilação mecânica. Chocado logo após o trauma,
chegou a apresentar melhora inicial, mas agora vem apresentando
piora na função renal e ventilatória. Está em anasarca. Diversas
medidas da pressão intravesical têm mostrado valores entre 30 e 35
cm de água.
Qual deve ser a conduta?
(A) Tomografia de abdome para avaliação de provável lesão
despercebida.
(B) Enteroclisma gota a gota, dieta enteral precoce e troca de
antibióticos.
(C) Laparotomia com peritoniostomia.
(D) Melhora da reposição volêmica, com albumina ou plasma fresco
congelado.
QUESTÃO 50
Qual das alterações a seguir é observada durante a
laparoscopia?
(A) Aumento da pressão endotraqueal.
(B) Aumento da complacência pulmonar.
(C) Aumento do fluxo sanguíneo portal.
(D) Aumento do fluxo sanguíneo renal.
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QUESTÃO 51
Uma paciente de 28 anos de idade foi vítima de ferimento por
arma branca na face medial da coxa esquerda há três horas. Ao exame
físico, apresenta frequência cardíaca de 96bpm, pressão arterial de
110x70mmHg, palidez, frialdade e cianose fixa do membro acometido,
pulso femoral palpável e ausência de pulsos poplíteo e distais. Em
relação a conduta para esse caso, assinale a alternativa
correta:
(A) Solicitação de ultrassonografia Doppler para confirmação de
lesão vascular.
(B) Anticoagulação sistêmica e aquecimento passivo do
membro.
(C) Solicitação de arteriografia para confirmar a presença de
lesão vascular.
(D) Tratamento cirúrgico definitivo imediato aberto ou
endovascular.
QUESTÃO 52
Um jovem de 26 anos de idade, vítima de ferimento por arma de
fogo em coxa direita há 40 minutos, é trazido ao atendimento de
emergência estável hemodinamicamente, com relato de pouco sangue na
cena do resgate. Ao exame físico admissional, o membro acometido
apresentava déficits motores e sensitivos na perna, boa perfusão
periférica, todos os pulsos palpáveis e ausência de sangramento
ativo pelos orifícios de entrada e saída do projétil,
respectivamente nas faces lateral e medial da coxa. Em relação a
melhor conduta vascular para o caso, assinale a alternativa
correta:
(A) Exploração cirúrgica dos orifícios ainda na sala de
emergência.
(B) Solicitar exame diagnóstico com objetivo de
confirmar/descartar lesão vascular concomitante.
(C) Aquecer o membro e reavaliar em 48h presença de sinais de
isquemia.
(D) Dar alta da especialidade e solicitar avaliação da cirurgia
plástica/ neurocirurgia para reparo de lesão de feixe nervoso.
QUESTÃO 53
Homem de 18 anos, fazia entregas com bicicleta, sem outras
doenças. Foi atendido no posto de saúde com parestesia, frialdade e
palidez do pé direito com início há 24 horas quando estava andando
de bicicleta. Referia cansaço na panturrilha direita há mais ou
menos dois anos e parestesia quando realizava maior esforço
muscular nas pedaladas. Os sintomas desapareciam com a interrupção
das pedaladas. Ao exame físico, apresentava, em membro inferior
direito, pulsos femoral e poplíteo e ausência de pulsos tibial
posterior e pedioso, sem sopros. Apresentava palidez, frialdade e
parestesia de pododáctilos, mas a motricidade estava mantida. No
membro inferior esquerdo, pulsos presentes sem sopros. À flexão
dorsal forçada ocorria diminuição acentuada dos pulsos tibial
posterior e pedioso no membro inferior esquerdo. Considerando os
dados de anamnese e exame físico apresentados, em relação ao
diagnóstico mais provável, assinale a alternativa correta:
(A) Síndrome do aprisionamento da artéria poplítea.
(B) Doença cística da artéria poplítea.
(C) Aneurisma de poplíteas bilateral com embolização distal a
direita.
(D) Tromboangeíte obliterante.
QUESTÃO 54
Homem de 72 anos de idade, em tratamento quimioterápico para um
câncer de pulmão metastático para ossos. Há 3 dias queixou-se de
dor no membro inferior esquerdo de moderada intensidade associada a
inchaço. Hoje, com discreta dor torácica à direita, procurou o
pronto atendimento do hospital de referência. Ao exame físico, o
paciente apresentava-se eupneico, acianótico. Frequência cardíaca
de 84bpm, frequência respiratória 18mpm, pressão arterial
140x80mmHg. A dor no membro inferior esquerdo era menor que no
início dos sintomas e apresentava edema desde a raiz da coxa até o
pé esquerdo, com cianose dos pododáctilos esquerdos que melhorava
com a elevação do membro. Sensibilidade e motricidade estavam
preservados em ambos os pés. Investigação com exames de imagem
mostrou trombose venosa profunda à esquerda em segmento
ilíaco-fêmoro-poplíteo e embolia pulmonar sub-segmentar em lobo
inferior direito. A contagem de plaquetas mostrou 217 mil/mm³ e o
clearence de creatinina foi estimado em 62 mL/min. O tratamento
mais adequado para este paciente é:
(A) Fibrinólise por cateter multiperfurado com monitoramento em
unidade de terapia intensiva seguida de anticogulação com heparina
não fracionada por 6 meses.
(B) Bloqueio de veia cava inferior com filtro endoluminal.
(C) Anticoagulação com heparina de baixo peso molecular por via
subcutânea ou com varfarina (tempo de protrombina com INR entre 2,0
e 3,0) por via oral durante 6 meses.
(D) Anticoagulação enquanto houver doença oncológica ativa com
heparina de baixo peso molecular por via subcutânea ou com inibidor
direto do fator Xa por via oral.
QUESTÃO 55
Paciente fará tratamento endovenoso com infusão de drogas
vesicantes por pelo menos seis meses, com intervalos de 21 dias. O
acesso vascular mais adequado é:
(A) Cateter semi-implantável de alto fluxo.
(B) Cateter de alto fluxo não tunelizado.
(C) Cateter totalmente implantável.
(D) Jelco número 16.
QUESTÃO 56
Homem de 72 anos, com hipertensão e diabetes há 40 anos, deu
entrada no Pronto-Socorro, com queda do estado geral e confusão
mental. Após admissão apresentou quadro de hematêmese em pequena
quantidade, sem repercussões hemodinâmicas. Ao exame apresentava
discreta desorientação e sonolência. Exames laboratoriais mostravam
ureia 240 mg/dL, creatinina 7 mg/dL e potássio 6,5 mEq/L.
Eletrocardiograma mostrava onda T apiculada. Com base no caso
acima, assinale a alternativa correta:
(A) Paciente apresenta quadro de uremia, com necessidade de
diálise imediata, indicadas medidas para controle da hipercalemia e
colocação de cateter para diálise, preferencialmente em veia
jugular interna.
(B) Indicada confecção de fístula arteriovenosa
braquio-cefálica, para diálise, logo após a maturação da fístula
arteriovenosa.
(C) Realização de estudo ultrassonográfico arterial e venoso dos
membros superiores, para confecção de fístula arteriovenosa,
preferencialmente radio-cefálica, no membro dominante.
(D) Sugerir transplante renal imediato, pois existem sinais de
insuficiência renal.
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USP
QUESTÃO 57
Homem de 55 anos, com úlcera ativa em região de maléolo medial
em perna esquerda e doença varicosa bilateral. Ao exame
ultrassonográfico com doppler colorido foi verificado refluxo de
safena interna em toda a extensão com diâmetro máximo de 9mm e
perfurante insuficiente próximo a ulceração. Sobre este caso, é
correto afirmar que:
(A) O tratamento com espuma é a melhor escolha com menores taxas
de recanalização.
(B) O tratamento da safena suprapoplítea pode ser feito por
extração ou ablação, tendo esta última um retorno mais precoce às
atividades habituais.
(C) O mais provável é haver doença valvar profunda, já que as
úlceras são raras com a doença superficial exclusiva.
(D) Qualquer procedimento invasivo deve ser realizado somente
após o fechamento da úlcera através de medidas compressivas.
QUESTÃO 58
Mulher de 65 anos, com insuficiência renal crônica dialítica há
1 ano, com fístula radio cefálica no membro superior esquerdo.
Encaminhada pela clínica de diálise com queixa de mal funcionamento
da fístula arteriovenosa há 2 semanas e parada do frêmito há 24
horas. Assinale a alternativa correta:
(A) Dificilmente as fístulas arteriovenosas entram em falência
por problemas venosos. Indicada anticoagulação imediata, pois
provavelmente essa paciente apresenta trombofilia.
(B) Os acessos venosos são inúmeros, dessa forma deve-se
abandonar essa fístula a realizar nova fístula arteriovenosa
braquio-cefálica.
(C) Colocar um cateter de longa permanência semi implantável,
pois as fístulas não apresentam boa evolução em mulheres.
(D) Indicada a trombectomia da fístula arteriovenosa +
venografia para avaliação de estenose e necessidade de angioplastia
venosa, pois em muitos casos a falência da fístula arteriovenosa
está associada com estenose venosa.
QUESTÃO 59
Homem de 73 anos com diabetes e hipertensão arterial e com
insuficiência renal crônica terminal. Procurou o Pronto-Socorro da
vascular no 1º pós operatório de confecção de fístula arterio
venosa braquio cefálica esquerda, com quadro de dor durante o
exercício e cianose leve na mão esquerda, associada a ausência de
pulso radial e ulnar. Assinale a alternativa correta:
(A) Pacientes idosos, diabéticos, com múltiplos procedimentos no
membro, com doença arterial obstrutiva periférica, prova de Allen
positiva e uso de prótese, não apresentam risco aumentado de
desenvolverem isquemia distal, após a confecção de fístulas
braquio-cefálicas.
(B) O Tratamento cirúrgico está indicado em todos os casos de
roubo – isquemia, gerados pelas fístulas proximais. Tais
procedimentos consistem em corrigir o fator causal: estenose
proximal - angioplastia ou revascularização convencional, aumento
da resistência periférica - ligadura da fístula arteriovenosa,
fistula arteriovenosa de grande calibre – revascularização
distal.
(C) O paciente apresenta sintomas de Roubo – isquemia distal,
causados pela fístula braquio cerfálica. Por apresentar sintomas
leves, a observação é o mais adequado, ficando a intervenção
reservada aos quadros severos, com dor em repouso, úlcera ou
necrose.
(D) Esse quadro não tem relação com a fístula arteriovenosa,
devendo a paciente ser submetida a uma avaliação reumatológica.
QUESTÃO 60
Homem de 60 anos, com queixa de dor em membro inferior direito,
que surge durante a caminhada, quando atinge aproximadamente 100
metros. Refere que a dor se inicia na panturrilha e progride para
coxa com a manutenção do exercício. Relata que tem de parar de
andar aos 150 metros. Após poucos minutos em repouso a dor cessa e
ele consegue retornar a caminhada. Como antecedentes pessoais ele
apresenta hipertensão, dislipidemia e Diabetes Mellitus. Tabagista
de 1 maço / dia há 40 anos. Ao exame físico o paciente não
apresenta pulso femoral, poplíteo e distais a direita. Assinale a
alternativa correta:
(A) A cirurgia para revascularização do membro inferior direito
é mandatória devido ao risco de perda do membro.
(B) O paciente apresenta quadro de claudicação intermitente em
membro inferior direito. Deverá ser tratado clinicamente com
controle dos fatores de risco, treinamento físico, antiagregação
plaquetária e estatina.
(C) Esse paciente não apresenta risco aumentado de doença
coronariana.
(D) A isquemia piora ao exercício devido ao aumento da demanda
de oxigênio pelos tecidos, portanto o repouso é uma recomendação
fundamental para evitar a progressão da doença.
QUESTÃO 61
Ainda com base no caso apresentado na questão anterior, assinale
a alternativa correta:
(A) O risco de amputação é extremamente elevado nos pacientes
claudicantes.
(B) O exercício físico supervisionado é superior ao não
supervisionado para o tratamento de claudicação intermitente.
(C) O exercício físico resistido (musculação), não traz
benefício aos pacientes portadores de claudicação intermitente de
membros inferiores.
(D) O mecanismo de melhora aguda da distância de caminhada livre
de dor e da distância total de claudicação de membros inferiores é
o desenvolvimento de circulação colateral, não se aplicando o
mecanismo de pré-condicionamento isquêmico, para esse tipo de
musculatura.
QUESTÃO 62
Paciente de 5 meses de vida é trazido pelos pais para avaliar
uma mancha na pele. Relatam que a lesão apareceu na segunda semana
de vida e vem crescendo desde então. Após o exame físico, é
realizado o diagnóstico de hemangioma infantil. Qual das seguintes
alternativas corresponde à melhor orientação a ser dada aos
pais?
(A) “Hemangioma infantil é um tumor de pele benigno. Apresenta
uma fase de crescimento progressivo e mantêm-se estável
permanentemente”.
(B) “Hemangioma infantil é uma malformação vascular presente ao
nascimento”.
(C) “Hemangioma infantil é uma malformação vascular. Seu
crescimento é proporcional ao desenvolvimento da criança”.
(D) “Hemangioma infantil é um tumor de pele benigno. Apresenta
uma fase de crescimento progressivo, seguido de involução
espontânea”.
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QUESTÃO 63
O estilo de vida moderno contribui para o aumento de obesidade
na população. O impacto na infância e adolescência têm sido cada
vez mais frequente, com aumento no número de casos de dislipidemia,
hipertensão arterial e diabetes mellitus. Sobre a ginecomastia,
pode-se afirmar:
(A) Deve ser diferenciada da pseudoginecomastia, que corresponde
a um aumento de gordura na topografia da mama, sem hipertrofia
glandular.
(B) O aumento do tecido adiposo gera uma redução na atividade da
enzima aromatase.
(C) Diferente do uso crônico do álcool, drogas como heroína e
Cannabis podem estar associados ao desenvolvimento de
ginecomastia.
(D) A investigação etiológica é necessária, pois não há casos
idiopáticos.
QUESTÃO 64
O Conselho Federal de Medicina, através das Resoluções nº
1.974/11 e nº 2.126/15, delineia claramente o uso correto das
mídias sociais para a categoria médica. Assinale a afirmativa
correta:
(A) É vedado ao médico fazer propaganda de método ou técnica
reconhecida ou não pelo Conselho Federal de Medicina.
(B) É permitida a publicação de imagens do tipo “antes e depois”
de procedimentos.
(C) É vedado ao médico participar de anúncios de empresas
comerciais ou de seus produtos, qualquer que seja sua natureza.
(D) É permitida a publicação nas mídias sociais de autorretrato
(selfie), imagens e/ou áudios, mesmo que tenham caráter
sensacionalista.
QUESTÃO 65
Conhecer a anatomia da face é fundamental para a execução de
procedimentos cirúrgicos. Sobre o sistema musculoaponeurótico
superficial (SMAS), assinale a alternativa correta:
(A) Está localizado profundamente à musculatura da mímica
facial.
(B) Pode ser utilizado na confecção de retalhos em cirurgias
reconstrutivas da face.
(C) Na região da parótida, encontra-se em contato direto com os
ramos bucais do nervo facial.
(D) É uma estrutura isolada e sem continuidade com outros
elementos fasciais da região cervical e craniana.
QUESTÃO 66
Sobre o uso de terapia por pressão negativa, assinale a
alternativa correta:
(A) Está associado à redução dos índices de infecção da
ferida.
(B) A vascularização no leito de uma ferida é reduzida com seu
uso.
(C) O uso sobre enxertos de pele causa instabilidade maior que
os curativos convencionais.
(D) Não é utilizado em regime ambulatorial.
QUESTÃO 67
O uso de anestésicos locais permite não só a realização de
cirurgias ambulatoriais, como uma redução na quantidade de drogas
administradas em uma anestesia geral. Sobre seu mecanismo de ação,
assinale a alternativa correta:
(A) O manejo da dor pós-operatória independe do uso de
anestésicos locais.
(B) O uso de vasoconstritores não está associado à dosagem
máxima de uso de anestésicos locais.
(C) Além do bloqueio nervoso químico, a compressão pela injeção
do anestésico colabora para o efeito analgésico.
(D) A espessura dos nervos não é uma variável determinante ao
efeito do anestésico local.
QUESTÃO 68
Com relação às plásticas em Z, assinale a alternativa
correta:
(A) Permite o encurtamento de uma cicatriz.
(B) Finaliza a cicatriz em uma linha reta.
(C) Corrige problemas de hipercromia cicatricial.
(D) Permite a transposição das linhas de tensão de uma
cicatriz.
QUESTÃO 69
Sobre a reconstrução de uma ferida com enxerto de pele parcial,
assinale a alternativa correta:
(A) A sensibilidade cutânea no enxerto depende das terminações
nervosas oriundas da pele enxertada.
(B) A quantidade de anexos transplantados depende da espessura
do enxerto de pele.
(C) A hidratação da área enxertada previne a retomada da
sudorese local.
(D) A retração da ferida é menor em comparação ao uso de
enxertos de pele total.
QUESTÃO 70
Sobre o manejo de queimaduras, assinale a alternativa
correta:
(A) A escaldadura é a causa de queimadura mais comum em
crianças, geralmente por água quente. As lesões costumam ser mais
profundas, necessitando de excisão tangencial e enxertia de pele
parcial.
(B) As queimaduras elétricas são frequentemente do tipo “flash
burn”, em que uma corrente de menor tensão passa pelo corpo,
acarretando em uma queimadura de menor gravidade.
(C) As queimaduras inalatórias aumentam a mortalidade do
paciente, independente da porcentagem de superfície corporal
queimada.
(D) O Ácido Sulfúrico é o agente químico mais comumente
envolvido em queimaduras. É recomendada a neutralização imediata
com uma base fraca, interrompendo o dano local no tecido.
https://sistemas.cfm.org.br/normas/visualizar/resolucoes/BR/2011/1974https://sistemas.cfm.org.br/normas/visualizar/resolucoes/BR/2015/2126
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USP
QUESTÃO 71
Paciente de 50 anos é encaminhado pelo mastologista com proposta
de quadrantectomia inferolateral direita. Sobre a reconstrução após
o procedimento oncológico, assinale a alternativa correta:
(A) Caso a paciente apresente mamas com grande volume e presença
de ptose, a reconstrução mamária será realizada apenas pela
mastoplastia redutora.
(B) Mesmo com mamas de grande volume, a paciente apresentará um
defeito lateral e deve ser tratada com um retalho torácico
lateral.
(C) Caso apresente mamas de pequeno volume, o melhor tratamento
reconstrutivo é a ampliação da ressecção glandular e reconstrução
com prótese.
(D) Como paciente provavelmente realizará radioterapia após o
procedimento, os aloplásticos não são indicados, dado seu maior
risco de complicações.
QUESTÃO 72
Mulher, 65 anos, recebendo tratamento paliativo para neoplasia
de mama estadio IV. Ex-tabagista e HAS controlada com medicamentos.
Apresentou há 4 semanas derrame pleural à direita associada a
dispneia. Submetida na ocasião a toracocentese diagnostica e de
alívio (retirado 900 mL de derrame). Resolução dos sintomas após
procedimento e expansão pulmonar completa em radiografia de
controle. Procura seu ambulatório com queixa de há 1 semana
recidiva da dispneia e tosse seca, nega dor torácica e febre.
Apresenta boa condição clínica com KPS (performance status de
Karnofsky) 90. Abaixo a radiografia de tórax atual. Análise do
líquido pleural na ocasião mostrou ser um exsudato com predomínio
linfocítico e citologia oncótica positiva.
Assinale a conduta recomendada para o caso.
(A) Toracocentese na borda inferior da costela superior.
(B) Drenagem com cateter pleural e manter até débito baixar.
(C) Toracotomia com pleurectomia parietal ampla.
(D) Drenagem com cateter pleural e pleurodese.
ATENÇÃO: O caso seguinte se refere às questões 73 e 74: Homem,
68 anos, tabagista 80 anos.maço, HAS controlada com medicamentos.
Sem outros antecedentes pessoais e familiares relevantes. Procurou
com pneumologista para cessação do tabagismo. Solicitada
radiografia de tórax que mostrou nódulo pulmonar. Prosseguiu
investigação com Tomografia de tórax. Abaixo imagem dessa
tomografia. Submetido a biópsia transtorácica que confirmou ser um
adenocarcinoma primário do pulmão. Completou Estadiamento clínico
que não lesões suspeitas para metástases linfonodais ou sistêmicas.
Apresenta baixo risco cirúrgico e prova de função pulmonar permite
ressecções maiores.
QUESTÃO 73
Assinale a principal hipótese diagnóstica para o caso.
(A) Neoplasia secundária no pulmão (metástase).
(B) Nódulo cicatricial secundário a infecção prévia.
(C) Neoplasia primária do pulmão.
(D) Atelectasia redonda.
QUESTÃO 74
Assinale a conduta recomendada para o caso.
(A) Ressecção em cunha com margem de 2 cm e linfadenectomia
hilar e mediastinal por videotoracoscopia.
(B) Lobectomia inferior esquerda com linfadenectomia hilar e
mediastinal por videotoracoscopia.
(C) Radioterapia na topografia do nódulo pulmonar.
(D) Radioterapia na topografia do lobo inferior esquerdo, hilo e
mediastino ipsilateral.
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ATENÇÃO: O caso seguinte se refere às questões 75 e 76: Mulher
de 68 anos, acompanha com cardiologista por insuficiência cardíaca
congestiva classe funcional II pós infarto agudo do miocárdio há 7
anos. Encontrava-se compensada com medicações. Radiografia de tórax
do mês anterior sem opacidades pulmonares ou pleurais. Procurou
serviço de emergência com quadro de tosse produtiva, febre e piora
da dispneia havia 5 dias. Diagnosticada pneumonia e iniciado
tratamento com antibioticoterapia. Retorna após 5 dias de
tratamento com persistência do quadro febril e piora da dispneia,
agora aos mínimos esforços. Ausculta pulmonar com murmúrios
abolidos em metade inferior do hemitórax direito. Submetida a
toracocentese diagnóstica e de alívio (retirado 1200 mL de derrame
pleural). Radiografia de tórax abaixo
QUESTÃO 75
Assinale a sua principal hipótese diagnostica e os resultados da
análise do líquido pleural esperados para ela.
(A) Derrame pleural parapneumônico e pH < 7,2, glicose <
40 mg/dL e DHL > 1000 U/L.
(B) Derrame pleural parapneumônico e pH > 7,2, glicose <
80 mg/dL e DHL < 1000 U/L.
(C) Transudato por descompensação cardíaca e pH > 7,2,
glicose > 80 mg/dL e DHL > 1000 U/L.
(D) Derrame pleural por pleurite crônica ph < 7,2, glicose
< 40 mg/dL e DHL > 1000 U/L.
QUESTÃO 76
Melhora clínica após procedimento, mas 6 dias após piora da
dispneia e novos picos febris. Investigação com Tomografia de
tórax. Abaixo imagem dessa tomografia.
Assinale a conduta recomendada para o caso.
(A) Drenagem pleural com dreno tubular.
(B) Toracostomia com drenagem pleural aberta.
(C) Drenagem com cateter pleural guiada por
ultrassonografia.
(D) Videotoracoscopia para desfazer as coleções pleurais.
QUESTÃO 77
Paciente de 35 anos após internação por COVID-19 evolui com
estenose traqueal de 1,3 cm de extensão em traqueia média. Já
submetido a tratamento por dilatação evolui com recidiva da
estenose. Considerando que o paciente não tem nenhuma outra
comorbidade, qual o tratamento ideal para esse caso?
(A) Colocação de tubo T de Montgomery.
(B) Dilatação com colocação de endoprótese auto expansível.
(C) Ressecção e anastomose de traqueia.
(D) Traqueostomia definitiva.
QUESTÃO 78
Homem de 17 anos com história prévia de pneumotórax espontâneo
primário, 1 episódio no ano passado tratado de forma conservadora
com resolução adequada. Nesta internação devido grande volume do
pneumotórax foi tratado com drenagem torácica fechada, que se
mantém há 7 dias com escape aéreo pelo dreno. Radiografia de tórax
com boa expansão pulmonar e exame do dreno torácico sem aparente
distócia. Assinale a conduta recomendada para o caso:
(A) Videotoracoscopia com tratamento da fístula e
pleurodese.
(B) Intensificar Fisioterapia.
(C) Repassar dreno de maior calibre.
(D) Aguardar mais 7 dias antes de propor outra conduta.
QUESTÃO 79
Mulher de 36 anos, com diagnóstico de miastenia gravis. Em
investigação do quadro fez tomografia de tórax com lesão em loja
tímica suspeita de tumor com 2,1 cm sem sinais de invasão de
estruturas adjacentes. Assinale a conduta recomendada para o
caso:
(A) Radioterapia.
(B) Resseção da lesão e do timo.
(C) Quimioterapia.
(D) Controle clínico da miastenia e acompanhamento radiológico
da lesão.
QUESTÃO 80
Mulher de 41 anos vem encaminhada para avaliação de cirurgia
torácica por história de hemoptise de pequena monta. Apresenta
imagem sugestiva de sequestro pulmonar em lobo inferior esquerdo.
Não tem outras comorbidades e apresenta uma avaliação de função
cardiopulmonar com boa reserva. Assinale a conduta recomendada para
o caso:
(A) Ressecção do lobo inferior esquerdo.
(B) Broncoscopias seriadas até a interrupção do sangramento.
(C) Embolização por angiografia.
(D) Tratamento endovascular do vaso anômalo com endoprótese.
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USP
QUESTÃO 81
Paciente de 21 anos previamente hígido, politraumatizado em
acidente automobilístico sem lesão de Sistema Nervoso Central. Foi
submetido a esplenectomia de emergência na chegada e a drenagem
torácica a esquerda devido a hemotórax. Evolui bem do quadro
abdominal, porém no quinto pós-operatório realiza tomografia que
revela com imagem sugestiva de coágulo retido a esquerda com volume
estimado em 700ml a despeito de dreno em posição adequada. Assinale
a conduta recomendada para o caso:
(A) Instilação de fibrinolítico pelo dreno torácico.
(B) Toracotomia de urgência.
(C) Pleurostomia aberta.
(D) Videotoracoscopia.
QUESTÃO 82
Neonato prematuro, apresenta ao nascer defeito da parede
abdominal à direita do cordão umbilical, através do qual existe
protrusão de alças intestinais, com serosite. Assinale a
alternativa correta associada com esta patologia.
(A) Esta malformação está associada a síndromes
cromossômicas.
(B) Associa-se com frequência a malformação cardíaca.
(C) Existe frequentemente prolongado íleo adinâmico seguindo-se
o reparo cirúrgico.
(D) Raramente associa-se a atresia intestinal.
QUESTÃO 83
Neonato síndrome de Down, história de polidrâmnio e vômitos
biliosos após o nascimento, sem distensão abdominal. Radiografia
simples abdômen com “dupla bolha”. Qual a alternativa correta para
o diagnóstico sindrômico?
(A) Estenose hipertrófica do piloro.
(B) Obstrução intestinal por atresia de íleo.
(C) Megacolo congênito.
(D) Obstrução intestinal alta, duodenal.
QUESTÃO 84
Criança sexo feminino, com 3 anos de idade com quadro clinico
recorrente sugestivo de invaginação intestinal diagnóstico
confirmado por exames de imagem. Nestes casos deve-se sempre
suspeitar da seguinte associação. Assinale a resposta correta.
(A) Linfoma ileal ou linfossarcoma.
(B) Volvo intestino médio.
(C) Neuroblastoma.
(D) Hepatoblastoma.
QUESTÃO 85
Neonato com história de polidrâmnio e ao nascer salivação
espumosa, tosse, não progressão sonda oro-gástrica, realizou
radiografia (fotografia). Qual as anomalias que constituem a
associação VACTERL que podem estar presentes nestes casos? Assinale
a alternativa correta.
(A) Viscerais, aórticas, cardíacas, entéricas, renais,
lombares.
(B) Vertebrais, ano-retais, cardíacas, esofagianas, renal,
membros.
(C) Vertebrais, aórtica, coronariana, esofagianas, retro
cardíacas.
(D) Vasculares, ano-retais, cardíacas, entéricas, renal,
membro.
QUESTÃO 86
Menino de 4 anos, previamente hígido, é admitido no
Pronto-Atendimento com história de dor abdominal periumbilical de
início há 48 horas, vômitos e febre baixa (37,8°C). Ao exame
físico, encontra-se prostrado, levemente desidratado e com dor à
palpação em andar inferior do abdome, principalmente à direita, com
sinais de irritação peritoneal. Foi avaliado pela equipe cirúrgica
e internado com hipótese diagnóstica de apendicite aguda. Durante a
cirurgia foram encontrados: moderado volume de secreção turva /
purulenta fluida na cavidade peritoneal e apêndice cecal sem sinais
inflamatórios. Diante desse achado intra-operatório, assinale a
alternativa que contém o diagnóstico mais provável deste
paciente:
(A) Volvo de intestino médio.
(B) Doença inflamatória pélvica.
(C) Diverticulite de Meckel.
(D) Doença inflamatória intestinal.
QUESTÃO 87
Neonato com 25 dias de vida, encontra-se ictérico em consulta de
rotina na Unidade Básica de Saúde. No prontuário, o médico que
havia realizado o primeiro atendimento duas semanas antes anotou
que o paciente estava ictérico e formulou a hipótese diagnóstica de
que o quadro seria de icterícia fisiológica do recém-nascido. No
atendimento atual, o médico discorda da hipótese de icterícia
fisiológica e suspeita de icterícia obstrutiva, baseado em um dado
identificado na anamnese / exame físico da criança. Assinale a
alternativa que descreve esse dado:
(A) Esplenomegalia.
(B) Urina com coloração normal.
(C) Incompatibilidade de tipo sanguíneo entre mãe e filho.
(D) Acolia fecal.
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QUESTÃO 88
Lactente com 7 meses de idade é admitido no Pronto-Atendimento
com história de crises de choro / irritabilidade há cerca de 12
horas. Há 1 hora, apresentou um episódio de vômito pós-alimentar e
evacuação com sangue misturado com fezes e muco. Ao exame físico,
encontra-se em bom estado geral, com abdome globoso e massa
palpável dolorosa em flanco direito. Assinale a alternativa que
descreve a principal hipótese diagnóstica para esse paciente:
(A) Intussuscepção intestinal.
(B) Neoplasia de cólon direito.
(C) Apendicite aguda retrocecal.
(D) Divertículo de Meckel com mucosa gástrica ectópica e
sangramento intra-luminal.
QUESTÃO 89
Menina de 5 anos, com diagnóstico de neoplasia hematológica,
está sendo submetida a instalação de cateter totalmente implantável
de longa permanência para administração de quimioterapia. A
radioscopia realizada durante o procedimento revela a imagem
apresentada a seguir. Analise a foto e assinale a alternativa
correta:
(A) O cateter está muito introduzido – extremidade no ventrículo
direito.
(B) O cateter está bem posicionado.
(C) O cateter foi inadvertidamente introduzido através da
artéria carótida interna direita.
(D) Há extravasamento de contraste no hemitórax direito.
QUESTÃO 90
Menino de 3 anos é admitido na sala de emergência do
Pronto-Socorro vítima de atropelamento por veículo automotor há 30
minutos. Com relação ao atendimento à criança politraumatizada,
assinale a alternativa correta:
(A) Pequenos volumes de perda sanguínea na criança (5 – 10%)
geram grandes repercussões hemodinâmicas e sinais evidentes de
choque hipovolêmico.
(B) Com relação à reanimação volêmica pós-trauma em crianças,
após a administração de solução cristaloide, se persistirem os
sinais de choque hipovolêmico, é necessária transfusão de
hemoderivados. O volume inicial de concentrado de hemácias
transfundido usualmente é de 50 ml/kg.
(C) Crianças apresentam maior repercussão ventilatória e
hemodinâmica decorrentes de pneumotórax hipertensivo que
adultos.
(D) A ausência de fraturas nas crianças sugere menor risco de
lesões de órgãos internos.
QUESTÃO 91
Lactente com 1 ano e 2 meses de idade apresentando aumento
intermitente de volume escrotal direito, indolor, notado nos
últimos 2 meses. A mãe relata que habitualmente no período da manhã
não há nenhuma alteração evidente e, no final do dia (horário do
banho), ela nota o volume aumentado da bolsa testicular direita. Ao
exame físico, não há espessamento do canal inguinal direito.
Assinale a alternativa que descreve a principal hipótese
diagnóstica e a conduta proposta nesse caso:
(A) Hidrocele não comunicante à direita / tratamento cirúrgico
eletivo.
(B) Hidrocele comunicante à direita / tratamento cirúrgico
eletivo.
(C) Hidrocele comunicante à direita / conduta expectante até 3
anos de idade.
(D) Hérnia ínguino-escrotal à direita / tratamento cirúrgico
eletivo o mais breve possível.
QUESTÃO 92
Lactente portador de atresia de vias biliares sem
portoenterostomia evolui rapidamente com disfunção hepática e
hipertensão portal. Aos 9 meses de idade, é submetido a transplante
hepático intervivos. No 1° PO, apresenta boa evolução, sendo
extubado, mantido sem drogas vasoativas e com níveis de AST / ALT
em torno de 900 U/L. No 2° PO, apresenta piora da evolução clínica,
caracterizada por rebaixamento do nível de consciência,
hipoglicemia, melena e instabilidade hemodinâmica, necessitando de
reintubação / ventilação mecânica. Dosagem de AST / ALT: em torno
de 2.000 U/L.
Assinale a alternativa que apresenta a principal hipótese
diagnóstica para essa situação pós transplante hepático:
(A) Trombose de veia porta ou artéria hepática.
(B) Rejeição aguda do enxerto.
(C) Infecção por Pseudomonas sp.
(D) Hepatite autoimune de novo.
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USP
QUESTÃO 93
Menina de 4 anos com apresentação clínica de grande massa
palpável em flanco esquerdo. Angiotomografia de abdome revelou
lesão ocupando loja renal esquerda, com imagem sugestiva de
nefroblastoma (tumor de Wilms), com extensão para a veia cava
retro-hepática. A criança foi exposta à quimioterapia (protocolo
SIOP) e encaminhada para avaliação cirúrgica. A imagem da
angiotomografia atual (pós-QT) revela redução da massa inicial e do
trombo tumoral, porém este ainda ocupa a luz da veia cava
retro-hepática até cerca de 2 cm inferiormente à confluência das
veias hepáticas, conforme imagem apresentada a seguir.
Com relação à próxima etapa do tratamento dessa paciente,
assinale a alternativa que contém a proposta mais adequada:
(A) Trombólise percutânea da veia cava retrohepática antes da
abordagem cirúrgica (nefrectomia esquerda).
(B) Nefrectomia esquerda e transplante hepático intervivos.
(C) Radioterapia – não há possibilidade de tratamento cirúrgico
com esse estadiamento da lesão.
(D) Nefrectomia esquerda com trombectomia de veia cava
retrohepática.
QUESTÃO 94
Criança de 3 anos de idade apresentando icterícia e massa
palpável em região epigástrica ao exame físico. Foram solicitados
exames de imagem, que confirmaram massa localizada em lobo hepático
esquerdo, com cerca de 8 cm, de provável origem biliar
intra-hepática, sugerindo fortemente a hipótese diagnóstica de
rabdomiossarcoma de vias biliares. Não há evidências de metástases
à distância.
Tomografia computadorizada
Colangiorressonância
Considerando as possibilidades terapêuticas, assinale a
alternativa que contém a proposta mais adequada para o paciente
nesta fase do tratamento:
(A) Transplante hepático intervivos.
(B) Embolização do ramo portal esquerdo.
(C) Hepatectomia esquerda e biópsia amostral de linfonodos
peri-hepáticos.
(D) Colangiografia transparieto hepática, drenagem biliar
externa e cuidados paliativos.
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QUESTÃO 95
Criança de 7 anos de idade apresenta dor testicular à esquerda
súbita, intensa, irradiada para região inguinal, edema e
vermelhidão na bolsa testicular (fotografia). Ausência de reflexo
cremastérico à esquerda. Sinal de Prehn não observado testículo
esquerdo. Realizou ultrassonografia com Doppler mostrando ausência
de fluxo no testículo esquerdo.
Considerando como provável diagnóstico torção testicular, em
relação a esta afecção podemos afirmar. Assinale a resposta
certa.
(A) Realizando a cirurgia antes das vinte horas de instalação da
sintomatologia é grande a chance do testículo estar viável.
(B) Realizando a cirurgia antes das seis horas de instalação da
sintomatologia é grande a chance do testículo estar viável.
(C) A torção testicular no pré-natal costuma ser
intravaginal.
(D) Após o tratamento cirúrgico do testículo com torção
testicular, não é necessária a fixação do testículo
contralateral.
QUESTÃO 96
A tomografia mostrada a seguir mostra um cálculo renal.
Com relação à sua constituição e fisiopatologia, assinale a
correta.
(A) Estruvita; forma-se em pH urinário alcalino, pela deposição
de sais de fosfato, magnésio e amônio.
(B) Brushita; forma-se em pH urinário ácido pela deposição de
sais de fosfato de amônio, magnésio e cálcio.
(C) Apatita; forma-se em pH urinário alcalino pela deposição de
sais de oxalato e cálcio.
(D) Estruvita; forma-se em pH urinário ácido, pela deposição de
sais de cálcio, fosfato e amônio.
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USP
QUESTÃO 97
Mulher de 39 anos hipertensa há 4 anos, vem apresentando piora
progressiva do nível pressórico e dificuldade para controlar a
pressão arterial mesmo usando três drogas hipotensoras. Ao exame
físico: apresenta sopro sistólico abdominal; restante do exame
normal. PA=185 X 130 mmHg, FC=84 bpm.
Exames: Creatinina: 1,7 mg /dl; Na: 137 mEq/l; K: 4,0 mEq/l.
Renina periférica: 37 (nl até 6 ng/ml/hora).
Cortisol sérico: 5,0 µg/dl (nl 2,4 a 24 µg/dl).
Ácido vanil-mandélico urinário: 7,0 mg/ 24 h (nl 2,0 a 7,0 mg/24
horas).
Qual a causa mais provável da hipertensão arterial desta
paciente e qual a melhor opção de tratamento?
(A) Pielonefrite crônica- nefrectomia do rim pielonefritico.
(B) Fibrodisplasia de artéria renal; angioplastia.
(C) Arteriosclerose de artéria renal; angioplastia.
(D) Arteriosclerose de artéria renal; nefrectomia do rim
afetado.
QUESTÃO 98
Paciente de 60 anos, feminina, internada com Covid 19 há 7 dias,
necessitando aporte de oxigênio com máscara de 10 l/min. Recebe
também heparina endovenosa 30 mil unidades/dia e azitromicina.
Apresenta dor de forte intensidade na fossa ilíaca esquerda, em
cólica, acompanhada de náuseas, não responsiva ao tratamento
medicamentoso. Temperatura 37,6 Graus Celsius. A urina tipo I
apresenta 100 mil hemácias/ml; 35 mil leucócitos/ml; urocultura
negativa.
Foi submetida ao exame mostrado a seguir.
A conduta terapêutica mais adequada é:
(A) Ureterolitotripsia trans ureteroscopica sob anestesia
local.
(B) Ureterolitotripsia trans ureteroscopica sob anestesia
geral.
(C) Passagem de cateter tipo duplo J ureteral sob anestesia
geral.
(D) Passagem de cateter ureteral tipo duplo J sob anestesia
local.
QUESTÃO 99
Homem, 50 anos. Refere a saída de sangue pelo meato uretral há 3
horas após queda de bicicleta. Refere ter urinado pequeno volume de
urina há cerca de 30 minutos, com disúria intensa, hematúria e jato
muito fraco.
AP: HAS- faz uso de nifedipina e captopril.
EF: BEG, decorado+, eupneico. PA=100X 60 mmHg.
Abdome: plano, flácido, doloroso em hipogástrio, com massa
palpável nessa região.
Pênis e testículos: edemaciados com hematoma escrotal e
perineal.
Toque retal: próstata 50g, sem nódulos, porém de difícil
realização.
Foi submetido ao exame mostrado a seguir:
O diagnóstico e tratamento mais adequados para este paciente
são:
(A) Lesão de uretra peniana; correção cirúrgica imediata.
(B) Lesão de uretra bulbar; realinhamento endoscópico
primário.
(C) Lesão de uretra bulbar; correção cirúrgica primária.
(D) Lesão de uretra membranosa; correção cirúrgica primária.
QUESTÃO 100
A terapia do refluxo vésico ureteral congênito (RVU) passou por
fases distintas e complementares ao longo do tempo. Tivemos a fase
operatória, com desenvolvimento de diversas técnicas cirúrgicas.
Depois a incorporação de conceitos de profilaxia antibiótica e
surgimento de técnicas de injeção endoscópica minimamente invasiva.
Cirurgia por via laparoscópica ou robótica também foram
incorporadas. Na atualidade, a análise de fator de risco associado
ao refluxo e consequente infecção urinária ganhou importância.
Assinale a alternativa que apresenta fatores de risco desfavoráveis
ou risco aumentado associado a RVU.
(A) Sexo feminino e função renal relativa maior que 40%.
(B) Sexo masculino e obstipação intestinal.
(C) Sexo masculino e Idade acima de 4 anos.
(D) Sexo feminino e idade abaixo de 1 ano.
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Residência Médica 2021 - Faculdade de Medicina da USP Página
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QUESTÃO 101
Um homem de 30 anos queixa-se de dor em região de fossa ilíaca
direita, acompanhada de náuseas e vômitos, há 2 dias. A tomografia
mostrou processo inflamatório com densificação da gordura na região
da fossa ilíaca direita, com bloqueio de alças envolvendo o cólon
direito, o ceco e o íleo terminal. O apêndice cecal foi visto e
estava normal. O paciente foi submetido inicialmente a
laparoscopia. Depois, foi feita pequena laparotomia, graças ao
achado ilustrado a seguir.
É correto afirmar:
(A) Todo o divertículo de delgado achado incidentalmente deve
ser ressecado.
(B) O diagnóstico pré-operatório poderia ser facilmente
confirmado por tomografia de abdome, se feita com contraste
intravenoso e oral.
(C) O melhor tratamento é a ressecção completa do divertículo
(ressecção em cunha), com sutura de sua base em dois planos; pode
ser feito também grampeamento da base, alternativamente.
(D) Trata-se de diverticulite de Meckel e o tratamento deve ser
enterectomia do segmento acometido, com anastomose primária.
QUESTÃO 102
Um homem de 35 anos caiu de 6 metros de altura, tendo sofrido
trauma craniencefálico grave, com edema cerebral difuso. Foi
submetido a monitorização invasiva de pressão intracraniana (PIC).
No quarto dia de internação na unidade de terapia intensiva (UTI),
apresenta as seguintes condições: intubado, sedado com fen