Prof. José Augusto Rocha & Maria Francisca Rodrigues do Nascimento - Reserva Juruá, Guajará - Amazonas Ciência e Tecnologia no Território do Alto Juruá-Amazonas. JUSTIFICATIVA A região do Alto rio Juruá, no Estado do Amazonas é uma das ultimas fronteiras da biodiversidade, onde ainda podemos encontrar populações tradicionais em condições de extrema necessidade de formação para apropriação de elementos da Ciência e Tecnologia para melhoria da qualidade de vida. Tendo como base os empregos dos órgãos governamentais e com baixo nível de industrialização, os municípios de Envira, Ipixuna, Guajará e Eirunepé, para analise neste trabalho, procuramos analisar ações já desenvolvidas na formação desta consciência nos habitantes e servidores da região. Os métodos utilizados foram: oficinas, palestras, cursos, e jogos didáticos como forma de fomento e incentivo aos participantes. OBJETIVO GERAL Promover e apoiar iniciativas que visem a formação de uma visão de utilização da ciência para melhorar a qualidade de vida das populações ribeirinhas do rio Juruá, no Amazonas. OBJETIVO ESPECÍFICOS • Apoiar agentes de saúde na divulgação de ciência básica; • Servir de referencia, em ações regionais de educação para saúde; • Dinamizar a economia, através da economia solidária; • Reduzir desigualdades sociais pela educação e tecnologia ambiental. INTRODUÇÃO A construção de uma cultura de analise sobre as condições sócio ambientais sobre a realidade da região do Alto rio Juruá. Ela faz parte do conjunto de estados do Amazonas divisa com o (Acre), Madre de Dios (Peru) e Pando (Bolivia), chamada de MAP. Com experiências adquirida em metodologias de transferência de informações científicas para comunidades tradicionais, iniciamos em 2006 uma série de atividades com os habitantes de Guajará, tomando como referencia ações dos trabalhos do Setor de Estudos do Uso da Terra e Mudanças Globais – SETEM, DO Parque Zoobotânico da Universidade Federal do Acre em Rio Branco. Utilizando a metodologia da Mochila do Educador do projeto Arboreto no mesmo Parque. O foco é voltado para jovens em formação secundarista e servidores públicos municipais, com atuação em comunidades tradicionais amazônicas. Estas ações fomentaram outras percepções sobre o saber saber, como pilar do ensino tecnológico amazônico. METODOLOGIA Com a experiência adquirida com pesquisadores do Parque Zoobotânico da UFAC, no desenvolvimento e articulação na região do MAP. Seminários, Congressos, curso e oficinas como forma de transferência de conhecimento tecnológico para comunidades tradicionais na região Amazônica. Com os servidores públicos passamos a oferecer oficinas de Saneamento Básico tomando como exemplos os elementos da biologia da floresta, para entender e combater os agentes de endemias que causam a malária, dengue e outras doenças. Para as comunidades tradicionais, foram utilizados elementos das agroindústrias de farinha. Para segurança alimentar trabalhamos a qualidade das águas na produção de alimentos. Já para os professores e alunos do ensino fundamental receberam palestras de construção de maquetes e informação sobre a biota regional utilizando jogos de cartas: árvores, pássaros e fontes energéticas. Na formação dos alunos dos cursos de Tecnologia em Floresta, foram aplicadas técnicos de apropriação recursos florestais na melhoria da qualidade de vida e das construções de ribeirinhos, principalmente. Já nos de formação em Meio Ambiente, foram reforçados as técnicas de ecoturismo e de saneamento básico. RESULTADOS Apresentaremos alguns dos resultados das atividades já desenvolvidas; 1025 habitantes sendo 438 homens e 587 mulheres; Cartilhas de Uso da Terra para o Projetos de Assentamento Terra Firme; Capacitação de gestores locais no uso de ferramentas para alcançar as Metas dos Objetivos do Milênio traçado pelo UNICEF Brasil; Fortalecimento das ações de implementação da Agenda para o século XXI; Elaboração de Maquetes Didáticos, sobre o território; Cartilhas de Sistema Agroflorestais para ribeirinhos e indígenas; REFERENCIA BIBLIOGRÁFICA AMAZONAS, Governo do Estado, Programa de Zona Franca Verde. SDS, Manaus-AM, 2005. BRASIL, Agenda 21 Brasileira – Nota técnica do IBAMA para a Amazônia; Brasília-DF, 2000. SDT/MDA. Série Documentos Técnicos N.º 3, Gestão Social de Territórios Rurais, MDA, Brasília-DF, 2005. SDT/MDA. Série Documentos Técnicos N.º 4, Guia para Controle Social de Territórios Rurais, MDA, Brasília-DF, 2005. SDT/MDA. Série Documentos Técnicos N.º 2, Guia para Planejamento de Territórios Rurais, MDA, Brasília-DF, 2005. O SEBRAE através do Programa de Agente de Desenvolvimento Local e valor a produção familiar. MINISTÉRIO DO CIÊNCIA, INOVAÇÃO E TECNOLOGIA Atividades de coleta de solo na RPDS Juruá Distribuição de sacolas de juta para pescadores Oficina de Saneamento para Agentes de Saúde Cartas de jogo didático sobre árvores da região O Programa RIOS é uma exposição de elementos baseado no tema hidrografia amazônica. O Programa Peixe boi da Amazônia em parceria com a AMPA o INPA de Manaus. CONCLUSÃO Com o uso de mecanismos de ações colaborativas e de forma transparente e democrática, fortalecemos o entendimento sobre a necessidade de aplicação da ciência básica no cotidiano da comunidade local. Assim sendo temos instalados mecanismos de publicações governamentais pelo portal da Transparência. Os cursos de inclusão social e produtiva movimenta a economia familiar gerando novos postos de trabalhos e empreendimentos individuais. A sociedade debate com mais facilidade temas sobre o futuro da gestão pública, fato que gerou uma nova percepção sobre direitos e deveres na construção da cidadania em Guajará. Artesanato feito com folhas de palmeira, que deram a idéia do estádio da Floresta, para a Copa do Mundo em 2012. Maquete construído sobre o território guajaraense, utilizado nas escolas pública de ensino fundamental. Sementes de açaí utilizadas para confecção de biojóias em terapia ocupacional com as famílias de baixa renda cadastradas no SUAS Mochila do Educador Ambiental Ações de Melhoria da qualidade de alimentos a base da mandioca, é o carro chefe.