Top Banner
CIÊNCIA, CRENÇA E PSEUDOCIÊNCIA Oficina de Ciências I - Aula 3 Prof. Simão Pedro P. Marinho
62

Ciência, crença e pseudociência

Jul 03, 2015

Download

Education

Aula na disciplina "Oficina de Ciências I: métodos de investigação em Biologia", do Curso de Ciências Biológicas da PUC Minas.
Welcome message from author
This document is posted to help you gain knowledge. Please leave a comment to let me know what you think about it! Share it to your friends and learn new things together.
Transcript
Page 1: Ciência, crença e pseudociência

CIÊNCIA, CRENÇA E PSEUDOCIÊNCIA

Oficina de Ciências I - Aula 3Prof. Simão Pedro P. Marinho

Page 2: Ciência, crença e pseudociência
Page 3: Ciência, crença e pseudociência
Page 4: Ciência, crença e pseudociência

Oficina de Ciências I: métodos de investigação em BiologiaProfessor Simão Pedro P. Marinho

Page 5: Ciência, crença e pseudociência

Oficina de Ciências I: métodos de investigação em BiologiaProfessor Simão Pedro P. Marinho

Page 6: Ciência, crença e pseudociência

Oficina de Ciências I: métodos de investigação em BiologiaProfessor Simão Pedro P. Marinho

Qualquer forma de conhecimento que não segue (...) regras, não é

ciência; é outra coisa.

Page 7: Ciência, crença e pseudociência

Oficina de Ciências I: métodos de investigação em BiologiaProfessor Simão Pedro P. Marinho

Pseudociência é tudo o que usa jargões científicos ou usa da

credibilidade da ciência para validar posições, mas que não seguem as

regras da ciência

Page 8: Ciência, crença e pseudociência

Oficina de Ciências I: métodos de investigação em BiologiaProfessor Simão Pedro P. Marinho

... existem aspectos do fazer científico que nos ajudam a fazer

uma avaliação mais eficiente:

Publicações científicas

Revisão dos pares

Flexibilidade

Humildade

Page 9: Ciência, crença e pseudociência
Page 10: Ciência, crença e pseudociência

Oficina de Ciências I: métodos de investigação em BiologiaProfessor Simão Pedro P. Marinho

Page 11: Ciência, crença e pseudociência

Oficina de Ciências I: métodos de investigação em BiologiaProfessor Simão Pedro P. Marinho

Page 12: Ciência, crença e pseudociência

Oficina de Ciências I: métodos de investigação em BiologiaProfessor Simão Pedro P. Marinho

É simplesmente jargão científico usado para fazer parecer ciência

uma coisa que nada tem de científico. Mas, para nos convencer mesmo que a coisa é mesmo séria,

até nem falta um gráfico com os resultados de um “teste”.

Page 13: Ciência, crença e pseudociência

Oficina de Ciências I: métodos de investigação em BiologiaProfessor Simão Pedro P. Marinho

E quando há provas, demonstrações de que um determinado método de

diagnóstico é valido, elas são publicadas em revistas científicas.

Page 14: Ciência, crença e pseudociência

Oficina de Ciências I: métodos de investigação em BiologiaProfessor Simão Pedro P. Marinho

O habitual da pseudociência: argumentos de autoridade.

Page 16: Ciência, crença e pseudociência

Oficina de Ciências I: métodos de investigação em BiologiaProfessor Simão Pedro P. Marinho

A ciência não assenta em figuras de autoridade. Assenta em provas.

Page 18: Ciência, crença e pseudociência

Oficina de Ciências I: métodos de investigação em BiologiaProfessor Simão Pedro P. Marinho

Do ponto de vista científico, para demonstrar a validade de um

tratamento ou de um método de diagnóstico, é necessário realizar

experiências em condições controladas e que elas sejam

confirmadas por grupos independentes.

Page 19: Ciência, crença e pseudociência
Page 20: Ciência, crença e pseudociência

Oficina de Ciências I: métodos de investigação em BiologiaProfessor Simão Pedro P. Marinho

Page 21: Ciência, crença e pseudociência

Oficina de Ciências I: métodos de investigação em BiologiaProfessor Simão Pedro P. Marinho

CRENÇA NA CIÊNCIA

Page 23: Ciência, crença e pseudociência

Oficina de Ciências I: métodos de investigação em BiologiaProfessor Simão Pedro P. Marinho

Page 25: Ciência, crença e pseudociência

Oficina de Ciências I: métodos de investigação em BiologiaProfessor Simão Pedro P. Marinho

A demarcação entre ciência e pseudociência não é um mero

problema de filosofia de salão: é de vital relevância social e política.

Page 26: Ciência, crença e pseudociência

Oficina de Ciências I: métodos de investigação em BiologiaProfessor Simão Pedro P. Marinho

Muitos filósofos tentaram solucionar o problema da

demarcação nos seguintes termos: uma afirmação constitui

conhecimento se um número suficiente de pessoas acreditar nele

com suficiente firmeza.

Page 27: Ciência, crença e pseudociência

Oficina de Ciências I: métodos de investigação em BiologiaProfessor Simão Pedro P. Marinho

.... não é o grau de adesão às crenças que as transforma em

conhecimento. De facto, o traço distintivo do comportamento

científico é um certo cepticismomesmo em relação às teorias mais

acalentadas.

Page 28: Ciência, crença e pseudociência

Oficina de Ciências I: métodos de investigação em BiologiaProfessor Simão Pedro P. Marinho

... uma afirmação pode ser pseudocientífica mesmo que seja

eminentemente "plausível" e todos acreditem nele, e pode ser de

grande valor científico mesmo que seja inverossímil e ninguém acredite

nele.

Page 29: Ciência, crença e pseudociência

Oficina de Ciências I: métodos de investigação em BiologiaProfessor Simão Pedro P. Marinho

A crença, a adesão e a compreensão são estados da mente humana. Mas o valor científico e objectivo de uma

teoria é independente da mente humana que a concebe ou

compreende.

Page 30: Ciência, crença e pseudociência

Oficina de Ciências I: métodos de investigação em BiologiaProfessor Simão Pedro P. Marinho

RACIOCÍNIO "EXPERIMENTAL”

Page 33: Ciência, crença e pseudociência

Oficina de Ciências I: métodos de investigação em BiologiaProfessor Simão Pedro P. Marinho

No raciocínio científico, as teoriassão confrontadas com os factos e

uma das condições centrais do raciocínio científico é que as teorias devem ser sustentadas pelos factos.

Page 34: Ciência, crença e pseudociência

Oficina de Ciências I: métodos de investigação em BiologiaProfessor Simão Pedro P. Marinho

... o conhecimento mais relevante no século XVII, quando nasceu a ciência, dizia respeito a Deus, ao

Diabo, ao céu e ao inferno. Se alguém interpretasse mal as conjecturas sobre assuntos de

teologia, a consequência do erro era a condenação eterna.

Page 35: Ciência, crença e pseudociência

Oficina de Ciências I: métodos de investigação em BiologiaProfessor Simão Pedro P. Marinho

O conhecimento teológico não pode ser falível: tem de estar para lá da

dúvida.

Page 36: Ciência, crença e pseudociência

Oficina de Ciências I: métodos de investigação em BiologiaProfessor Simão Pedro P. Marinho

O conhecimento teológico não pode ser falível: tem de estar para lá da

dúvida.

Page 37: Ciência, crença e pseudociência

FALÍVEIS E IGNORANTES

SOBRE QUESTÕES DE NATUREZA

TEOLÓGICA

Page 39: Ciência, crença e pseudociência

Oficina de Ciências I: métodos de investigação em BiologiaProfessor Simão Pedro P. Marinho

Só pode haver conhecimento sobre a Natureza, mas esta nova forma de conhecimento tinha de ser ajuizada

pelos padrões adoptados directamente da teologia: tinha de ser comprovada sem margem para

a dúvida.

Page 40: Ciência, crença e pseudociência

Oficina de Ciências I: métodos de investigação em BiologiaProfessor Simão Pedro P. Marinho

A ciência tinha de alcançar a certeza plena que havia escapado à

teologia. A um cientista digno desse nome não era permitido adivinhar: tinha de comprovar cada afirmação

recorrendo aos factos. Era este o critério de honestidade científica.

Page 41: Ciência, crença e pseudociência

Oficina de Ciências I: métodos de investigação em BiologiaProfessor Simão Pedro P. Marinho

As teorias que não fossem comprovadas pelos factos eram

consideradas pseudociênciapecaminosa, heresia na comunidade

científica.

Page 42: Ciência, crença e pseudociência

Oficina de Ciências I: métodos de investigação em BiologiaProfessor Simão Pedro P. Marinho

LÓGICA INDUTIVA

Page 43: Ciência, crença e pseudociência

Oficina de Ciências I: métodos de investigação em BiologiaProfessor Simão Pedro P. Marinho

o traço distintivo da honestidadecientífica seria jamais enunciar algo que não fosse pelo menos altamente

provável.

Page 44: Ciência, crença e pseudociência

FALSEABILIDADE

KARL POPPER

Page 45: Ciência, crença e pseudociência

Oficina de Ciências I: métodos de investigação em BiologiaProfessor Simão Pedro P. Marinho

Os cientistas não são muito influenciáveis. Não abandonam uma

teoria apenas porque os factos a contradizem. Normalmente, inventam

qualquer hipótese auxiliar para explicar o que chamam de mera anomalia ou, se

não conseguem explicar a anomalia, ignoram-na e dirigem a sua atenção

para outros problemas.

Page 46: Ciência, crença e pseudociência

Oficina de Ciências I: métodos de investigação em BiologiaProfessor Simão Pedro P. Marinho

Anomalias, casos rebeldes, não refutação

Page 48: Ciência, crença e pseudociência

Oficina de Ciências I: métodos de investigação em BiologiaProfessor Simão Pedro P. Marinho

Mas se Kuhn tem razão, então não há demarcação explícita entre ciência e

pseudociência, não há distinção entre progresso científico e decadência

intelectual, não há um padrão objectivode honestidade.

Page 50: Ciência, crença e pseudociência

Oficina de Ciências I: métodos de investigação em BiologiaProfessor Simão Pedro P. Marinho

Mas todos os programas de investigação que admiro têm uma característica em comum. Todos prevêem factos novos,

factos que os programas anteriores ou rivais não tinham sequer idealizado ou

tinham até contradito.

Page 51: Ciência, crença e pseudociência

Oficina de Ciências I: métodos de investigação em BiologiaProfessor Simão Pedro P. Marinho

Assim, num programa de investigação progressivo, a teoria conduz à

descoberta de factos novos (até então desconhecidos). Nos programas

degenerativos, contudo, as teorias são arquitectadas meramente para enquadrar factos conhecidos.

Page 53: Ciência, crença e pseudociência

Oficina de Ciências I: métodos de investigação em BiologiaProfessor Simão Pedro P. Marinho

A metodologia dos programas de investigação científica, em contraste com Popper, não oferece uma racionalidade imediata. É preciso tratar com brandura

os programas em embrião: os programas podem levar décadas até

darem os primeiros passos e se tornarem empiricamente progressivos.

Page 54: Ciência, crença e pseudociência

Oficina de Ciências I: métodos de investigação em BiologiaProfessor Simão Pedro P. Marinho

... os programas de investigação progressivos substituem os

degenerativos.

Page 55: Ciência, crença e pseudociência

Oficina de Ciências I: métodos de investigação em BiologiaProfessor Simão Pedro P. Marinho

Page 56: Ciência, crença e pseudociência
Page 57: Ciência, crença e pseudociência
Page 59: Ciência, crença e pseudociência
Page 60: Ciência, crença e pseudociência
Page 61: Ciência, crença e pseudociência
Page 62: Ciência, crença e pseudociência