CICLOS DE FORMAÇÃO HUMANA Analisando princípios, diferenças com a seriação e experiências de implantação. GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL Secretaria de Estado de Educação Subsecretaria de Educação Básica Coordenação Regional de Ensino – Brazlândia Gerência de Educação Básica
Material de estudo sobre os ciclos de aprendizagem no DF.
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CICLOS DE FORMAÇÃO
HUMANA
Analisando princípios, diferenças com a seriação e experiências de
implantação.
GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL Secretaria de Estado de Educação Subsecretaria de Educação Básica
Coordenação Regional de Ensino – Brazlândia Gerência de Educação Básica
SUMÁRIO 1. Conceito 2. Princípios básicos 3. Comparando com a seriação 4. Ciclos no Brasil – experiências 5. Academia: contrários e
favoráveis 6. Condições necessárias 7. O papel do governo 8. O papel da família 9. O papel do aluno 10.O papel dos gestores de escola 11.O papel do professor
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CICLOS DE FORMAÇÃO HUMANA
• Segundo Freitas (2003) a proposta de ciclos e a de progressão continuada são concepções diferenciadas e não podem ser tomadas como sinônimos. De acordo com o autor, a progressão continuada faz parte de uma concepção conservadora-liberal e os ciclos (de Aprendizagem ou de Formação) estão relacionadas às propostas mais progressistas e transformadoras.
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1. Conceito
CICLOS DE FORMAÇÃO HUMANA
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1. Conceito
Que sociedade e homem
desejo formar?
CICLOS DE FORMAÇÃO HUMANA
• Ciclos de Aprendizagem são espaços-tempos de formação que se configuram como uma alternativa à organização clássica da escolaridade em etapas de um ano. Os Ciclos de Aprendizagem configuram-se como ciclos plurianuais, com duração de 2, 3 ou 4 anos.
1. Conceito
CICLOS DE FORMAÇÃO HUMANA
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2. Princípios básicos
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2. Princípios básicos
• Educação como direito: Busca responder à problemática criada pela democratização do acesso à escola, atendendo à demanda de uma educação para todos.
• Ritmos de aprendizagem: Todos podem aprender se lhes forem dadas as condições adequadas, incluindo o aluno que “não quer”, “não tem acompanhamento dos pais” ou “tem dificuldades”.
• Qualidade: Sistema educacional mais democrático e menos seletivo porque oportuniza aos professores e comunidade escolar a engajar-se na criação de uma educação que se oponha às desigualdades sociais.
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2. Princípios básicos
• Escola sem obstáculos – organizar-se em função das diferentes necessidades dos estudantes.
• Direito não se garante por adesão
• Respeito a heterogeneidade e potencialidades de aprendizagens
• Todo pode aluno aprender
• Avaliação contínua e a serviço da promoção das aprendizagens.
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2. Princípios básicos
• A diferenciação passa a incidir sobre o modo
e a intensidade do acompanhamento
pedagógico, o que leva a uma diversificação
dos percursos de formação.
• Não se limita a tomar decisões em
momentos específicos ou ao final do ano
letivo, mas adequar permanentemente
os procedimentos com vistas a
atingir os objetivos.
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2. Princípios básicos
• Ensino heterogêneo e diferenciado: respeito às
potencialidades e ritmos de aprendizagem
• A motivação para estudar deve estar no desejo de
saber, na curiosidade de descobrir e aprender
coisas novas, contribuindo para a formação de
sujeitos autônomos (motivação intrínseca).
• Tem contribuído para trazer à tona
reflexões sobre a qualidade do ensino
a partir da permanência na escola
dos alunos que não aprendem.
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3. Comparando com a seriação - SÉRIE
Escola facultativa, acessória e antidemocrática
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3. Comparando com a seriação - SÉRIE
Escola obrigatória, fundamental e democrática
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4. Ciclos no Brasil – experiências
• Implantou-se os ciclos em Belo Horizonte, São Paulo (município), Ceará, Porto Alegre, Recife, Niterói, Paraná e, em fase de implantação, em Chapecó, Blumenau, Ipatinga, Cuiabá, Curitiba, Santo André, Santo Cristo, Caxias, Gravataí e outros.
• 21% dos alunos do ensino fundamental, ou seja, cerca de 7,3 milhões de alunos.
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5. Academia: contrários e favoráveis
• Implantou-se os ciclos em Belo Horizonte, São Paulo (município), Ceará, Porto Alegre, Recife, Niterói, Paraná, Maranhão e, em fase de implantação, em Chapecó, Blumenau, Ipatinga, Cuiabá, Curitiba, Santo André, Santo Cristo, Caxias, Gravataí e outros.
• 21% dos alunos do ensino fundamental, ou seja, cerca de 7,3 milhões de alunos.
Teóricos e sua defesas LIBANEO = Não aprova os ciclos
Ciclos: implantado na maior parte dos casos sem maiores cuidados com as práticas de ensino já em uso pelos professores, sem preparação das escolas e das condições físicas e materiais necessárias, sem rever profundamente as práticas de gestão escolar
determinação social e histórico-cultural da formação humana
preciso estabelecer níveis de chegada, é preciso um sistema de avaliação para confrontar o trabalho feito com os objetivos esperados, como diagnóstico e acompanhamento da qualidade do trabalho que se faz.
FREITAS = avanço dos ciclos
pautar a questão da “formação” e não só a da instrução (português e matemática);
introduzir o componente “desenvolvimento” (infância, pré-adolescência e adolescência) na organização da escola;
remeter à relação educação e vida não só como vivência de experiências sociais, mas também como estudo crítico da atualidade;
apostar no desenvolvimento da auto-organização do aluno, com sua participação em coletivos escolares como vivência real de poder e decisão nos assuntos da escola;
incorporar a progressão continuada
Teóricos e sua defesas LIBANEO = Não aprova os ciclos
afrouxamento da avaliação compromete as aprendizagens
os alunos que não estão acompanhando as aulas, devem ser beneficiados por programas específicos de aceleração escolar, de reforço
Não alcança o desenvolvimento das competências e habilidades cognitivas através do domínio dos conteúdos escolares, propiciando aos alunos meios para participação competente e crítica na vida social, profissional, cultural.
Continuidade da avaliação subjetiva
FREITAS = avanço dos ciclos
qualidade é uma construção permanente que avança compromisso a compromisso
projeto político pedagógico da escola é o caminho para o controle da avaliação informal predatória e para impedir a adoção de novas formas de exclusão
Sem os professores não se faz qualidade
Pais insatisfeitos podem levar os políticos a retirarem os ciclos de suas agendas políticas e a razão é simples: os pais votam
É fundamental que recuperemos as esperanças nos projetos históricos.
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6. Condições necessárias
Currículo integrado e flexível
Avaliação formativa
em seus três níveis
Metodologia
Pedagogia
diferenciada
Formação continuada
EAPE e escolas
Compreensão conceitual
Estratégias de apoio aos professores
Infraestrutura da escola
Gestão da escola
Discussão no projeto político-pedagógico
das escolas Continuidade das aprendizagens
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7. O papel do governo: EAPE/SUBEB/CRE/SUPLAV
• Definir um planejamento de implantação dos ciclos na rede pública, garantindo as condições para o debate, a troca e compartilhamento de experiências, envolvendo toda a comunidade escolar;
• Definir a formação continuada dos gestores e docentes para apropriação da compreensão e organização da escola ciclada;
• Garantir a infraestrutura básica nas unidades escolares onde será implantado o ciclo;
• Apoiar as unidades escolares nas suas demandas.
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8. O papel da família
• Conhecer a lógica da organização dos ciclos na escola;
• Acompanhar o desenvolvimento do aluno, verificando seu avanço e aprendizagem nessa organização ciclada;
• Participar das reuniões da escola durante todo o ano letivo;
• Acompanhar as decisões do Conselho Escolar.
CICLOS DE FORMAÇÃO HUMANA
• Compreender que nesse sistema ele estuda para aprender e não para fazer uma prova;
• Desenvolver uma rotina de estudo que permita a leitura do seu desenvolvimento escolar;
• Participar das reuniões escolares que definam sua participação em atividades, projetos e eventos pedagógicos;
• Ter clareza dos objetivos que deverá alcançar para demonstrar aprendizagem.
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9. O papel do aluno
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10. O papel dos gestores das escolas
• Apropriar-se do conceito e da forma de organização pedagógica da escola ciclada;
• Definir um planejamento de implantação do ciclo na UE, de forma coletiva;
• Reunir pais e responsáveis para orientá-los sobre a organização dos ciclos escolares;
• Acompanhar sistematicamente as ações estabelecidas no planejamento, procurando apoiar o grupo na solução de problemas evidenciados.
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11. O papel da professor
• Participar do planejamento da escola da implantação do ciclo;
• Participar dos processos de formação continuada promovidos pela escola, regional de ensino e EAPE;
• Propiciar situações que mobilizem conhecimentos outros do aluno, acompanhando-os na sua evolução e tendo a oportunidade de refletir sobre sua prática, repensando-a, numa dinâmica ação/reflexão/ação.
CICLOS DE FORMAÇÃO HUMANA
O ciclo de aprendizagem conduz a reflexões acerca das práticas educativas, no sentido de reorientação do fazer pedagógico, com base na utilização de dispositivos de ensino e aprendizagem diferenciados, na realização de um trabalho solidário e coletivo, no fortalecimento da articulação com pais, mães e familiares dos/as alunos/as, no acompanhamento sistemático e adequado dos/as professores/as, na sua formação continuada, enquanto busca persistente de construção de novas competências, para enfrentar com êxito os desafios dessa caminhada profissional.
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GERÊNCIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA DE BRAZLÂNDIA