Rio Ribeira Rio Turvo Rio Etá Rio J acu p i rang u inh a Ri o G ua r aú Rio Capivari Rio Santana R i o Cla ro Ri o d o s P il õ es Rio T ijuco R io T ac aniça R io C ar a tu v a R io Sã o Sebastião Rio Itapirapuã Ri o So c av ão R io d o Qu i lo m b o Rio Betari R i o do B a t a t al R i o T aquar i Rio dos Patos Rio C o n c e i ç ão Rio Cat as Altas Ribeirão Grande R io Guar itu ba R i o d o Mo qu é m R i b. d a F áb rica R io A çungu i R i b. da Barr a R i o S a n t a Q u i t é ri a R io P a r d i n h o Corr. Po n t e A lta R i o It a pira puã R i o Cl a r o Rio C a tas Al t a s Rio Turvo Rio Etá R io d a P i e d ad e R i be i r ã o d o C un ha Rio Ponta Grossa Ri o da Ribeir a do Ig u a p e Ri o Jacup ira ng uin ha Rio Bom Suce ss o Rio S ã o Mi g uel Rio Ube raba Ri b ei rão Gr an d e BR- 1 1 6 B R-476 SP-165 PR- 0 92 P R- 0 90 SP-139 PR-34 0 PR-090 SP-193 SP-250 BR-116 S P - 165 SP- 250 PR-092 SP-165 BR-116 SP -1 39 B R - 4 76 SP-165 S P - 1 9 3 SP- 250 Ì Ì Ì Ì Ì Ì Ì Ì Ì Ì APIAI REGISTRO ITAPERUÇU RIO BRANCO DO SUL CAJATI PARIQUERA-AÇU JACUPIRANGA BOCAIÚVA DO SUL SETE BARRAS IGUAPE TAPIRAÍ IPORANGA CERRO AZUL TUNAS DO PARANÁ ITARIRI CAMPINA GRANDE DO SUL ELDORADO PAULISTA MIRACATU PEDRO DE TOLEDO JUQUIÁ BARRA DO TURVO JUQUITIBA ITAOCA BARRA DO CHAPÉU ITAPIRAPUÃ PAULISTA ROCHA PERAU ITAMBÉ BUENOS FURNAS PANELAS PAQUEIRO LARANJAL MATO PRETO VOLTA GRANDE 184 175 189 196 195 194 198 197 193 190 192 191 187 188 199 185 186 183 176 177 178 180 181 182 114 072 068 032 017 009 040 092 091 083 071 059 168 169 171 166 165 164 167 163 160 161 162 149 136 135 123 124 125 131 134 133 132 140 130 142 143 141 148 159 151 152 147 154 155 157 156 153 146 145 126 127 144 128 129 120 119 118 117 085 086 062 064 065 112 116 115 087 113 111 110 084 089 088 109 108 107 122 090 106 105 104 103 102 101 093 094 096 095 100 099 098 097 078 076 077 080 081 082 058 073 079 075 074 057 056 055 054 053 052 050 051 049 048 047 031 030 029 027 028 026 025 021 020 018 019 063 061 044 043 042 041 039 038 037 033 036 022 024 023 016 015 014 012 013 011 003 002 001 010 008 004 006 005 179 182A 158 173 172 174 121 046 045 CHUMBO NOS SEDIMENTOS DOS LEITOS ATIVOS DAS DRENAGENS DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO RIBEIRA DE IGUAPE-SP - MAPEAMENTO GEOQUÍMICO DE BAIXA DENSIDADE IDIO LOPES JR. – SGB/CPRM – [email protected]; BERNARDINO R. FIGUEIREDO – IG/UNICAMP; JACINTA ENZWEILER – IG/UNICAMP; MARIA APARECIDA VENDEMIATTO – IG/UNICAMP. Mina de Panelas na margem direita do Rio Ribeira de Iguape. Aspecto interno da mina abandonada com empilhamento de escória. Empilhamento do rejeito junto a estrada que margeia o Rio Ribeira. Aspecto topográfico da região do médio Ribeira onde se localizam as principais minas de chumbo do Vale. Faixa Piririca - São Pedro Chumbo - Pb Fração < 180 micras ( 80 # ) Valor Médio = 25,5 ppm Bacias Empobrecidas ( < 14 ppm ) Bacias com Valôres de Background ( 14 a 36,9 ppm ) Bacias Enriquecidas ( 37 a 124 ppm ) Bacias Muito Enriquecidas ( > 124 ppm ) Foz do Rio Ribeira de Iguape. Cidade de Iguape no Estuário do Rio Ribeira. Apesar da dragagem de dezenas de tonelas/dia de areia para construção civil, no leito do Ribeira, 5 km a montante e 5 a juzante da cidade de Registro, os sedimentos do Ribeira continuam poluídos de chumbo em direção ao Estuário. ÁREA DA BACIA HIDROGRÁFICA - 28.000 km² Com mais de 2 milhões de hectares de floresta equivalente a aproximadamente 21% dos remanescentes de Mata Atlântica do País. EXTENSÃO DO RIO RIBEIRA DE IGUAPE 470 km Sendo 120 km em terras paranaenses e 350 km em território paulista Colaboração especial de Marina das Graças Perin e Lauro Gracindo Pizzatto Min istér io de Minas e Energia Secretari a de Geologia, Mineração e Tra nsformação Mineral Este trabalho faz parte de um projeto patrocinado pela FAPESP, de mapeamento geoquímico multielementar de baixa densidade, voltado a auxiliar na definição de áreas problemas, presentes e futuros, ao meio ambiente com enfoque na biota e na saúde humana. Foram coletadas 187 amostras dos sedimentos dos leitos ativos das drenagens, abrangendo toda a Bacia Hidrográfica do Rio Ribeira de Iguape com aproximadamente 28.000km2. Nos laboratórios do IG-UNICAMP foram secadas, peneiradas e analisadas por fluorescência de raios X, nas frações menores do que 180m (80#) e 63m (230#), para 10 óxidos (Si02, Ti02, Al203, Fe203, Mg0, Ca0, Na20, K20, P205) e 21 elementos traços (As, Ba, Co, Cr, Cu, Ga, Mo, Nb, Ni, Pb, Rb, S, Sb, Sn, Sr, Th, U, V, Y, Zn, Zr). A exploração de chumbo no Vale do Ribeira, até meados dos anos 90, ficou bem retratada no mapa geoquímico do chumbo. Os rejeitos do minério jogados dentro das drenagens e/ou estocados nas suas margens, associados a fortes desníveis topográficos e a freqüentes chuvas torrenciais, foram os responsáveis pelo enriquecimento dos sedimentos do Rio Ribeira desde a mina do Rocha no Paraná até sua foz no complexo estuarino de Iguape Cananéia, no litoral Sul Paulista. A mina de Panelas que pertencia a multinacional Plumbum, no município de Adrianópolis-PR, pode ser considerada como uma das principais responsáveis pelo chumbo no leito do Rio Ribeira. Esta posicionada junto a sua margem direita, beneficiava o minério (predominantemente galena) e além de jogar em seu leito, empilhava rejeito e escoria do refino junto à margem, algumas destas pilhas podem ser observadas ainda hoje. Esse material também foi utilizado em pavimentação de ruas e quintais das vilas operárias (Vila Mota e Capelinha) adjacentes a mina. Trabalho de tese de doutorado, da geoquímica Fernanda Cunha do SGB/CPRM, que incluíam crianças de 7 a 14 anos, dessa região, mostraram concentrações médias de 11,89 micro-gramas de Pb por decilitro de sangue (para os órgãos de controle de saúde o índice máximo para criança é de 10g/dl) chegando-se a registrar até 37,8g/dl em algumas delas. O chumbo é um elemento que possui baixa mobilidade em qualquer ambiente (oxidante, redutor, acido e alcalino) e co-precipita facilmente com óxidos de Fe-Mn, assim os sedimentos de corrente perdem conteúdo de Pb rapidamente a partir de uma ocorrência ou um deposito mineral. A CPRM desenvolveu durante muitos anos, pesquisa de ouro na chamada “Faixa Piririca-São Pedro” e acabou por descobrir um deposito de ouro associado a sulfetos de arsênio, chumbo, zinco e cobre. Este depósito fica localizado no divisor de águas do Rio São Pedro (no mapa é uma drenagem da margem esquerda do rio Pilões um pouco à montante do ponto de coleta 133, próximo a barra do Pilões com o Ribeira) e do Rio Ivaporunduva (no mapa, sub-bacia do ponto 132). Nesse local o chumbo no solo e em material de trincheira chegou a teores acima de 10.000 ppm e, no entanto, nos pontos de coleta dos sedimentos de corrente, não tão distantes, não se apresentaram anômalos (ponto 133) ou não passaram de 124 ppm . No mapa, esses valores (bacias enriquecidas, entre 37 e 124 ppm) constituem anomalias de 3ª ordem (valores acima da faixa de background e menores que o limiar). Nas bacias muito enriquecidas (na cor vermelha), acima de 124 ppm, acham-se as anomalias de 2ª e 1ª ordem. Destaca-se desta forma a diferença da dispersão iônica do chumbo, na faixa Piririca-São Pedro, da dispersão predominantemente clástica (particulado de minério e/ou escória) no leito do Rio Ribeira, única possibilidade de seus sedimentos ainda mostrarem valores anômalos a centenas de quilômetros à jusante da última fonte de chumbo.