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Christo, de Tharsiía Amaral

Apr 25, 2023

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Khang Minh
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Page 1: Christo, de Tharsiía Amaral

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ANNO XXXIVNUMERO 9818 - Abril - 1935

y Preço 1$200

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Christo, deTharsiía Amaral

r Paixão de Christo na sensibilidadeNortistas V chronica no texto)

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Page 2: Christo, de Tharsiía Amaral

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i mil» com n deromiiiiki"H$H por lia, nra «riNADA tem V. S. a fazer paraconcorrer a esses prêmios eQUASI NADA precisa fazerpara recebel-os, toda vez quefôr sorteado

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Page 3: Christo, de Tharsiía Amaral

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Travessa do Ouvidor, 34-C. Postal 880TelepKones» 23-4422 e 22-8073 - Rio

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O proximo numero d'0 MALHOEntre outros assumptos da próxima edição

destacamos:

O TEU NARIZ ARREBITADOChronica de BenjamimCostallat—lllustração deCorreia Dias

QUE CAMELLOIPoesia de Luiz Peixoto —lllustração de Théo

NAPOLEÃO E AS MULHERESChronica de Berilo Ne-ves - lllustração de Cor-reis Dias

O PROCESSO DUMASExcerpto de ' um relato

inédito de TurgueneifPONDERAÇÕES D'UM «BLASÉ>

Chronica humorística deCari Pacels

BAHIA DAS EMOÇÕESPor Leão Padilha

COISAS QUE NOS AGRADAMObservações de EmilioBen

SECÇÕES DO COSTUMESENHORA

Supplemento femininocom a orientação deSorcièie

ACREDITEM OU NAO ...Por Storni

DE CINEMAPor Mario Nunei

BROADCASTING EM REVISTAPor Oswaldo Santiago

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Page 4: Christo, de Tharsiía Amaral

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imd(q:

JANUAjRIO LIRA PANGO(?) — De facto, o seu conto"Mulher" é um tanto con-prido demais. Mas vou verse lhe consigo espaço. Issovae demorai, naturalmente,imas vale a pena, porque oconto é muito bom. Quantoao concurso, só li noticia dasua instituição. Não sei emque deu. Mas indagarei edir-lhe-ei qualquer coisa arespeito.

JOÃO BRASIL (São Se-bastião do Padaiso) —Gosei a sua chronica so-bre a formiga. Formida-vel! Já na outra, a pre-occupação de citar ver-sos absorve o sentido hu-moristico e tira a esponta-neidade da graça. Não pos-so publicar nenhuma dellas.Tudo que toque em política,mesmo de leve, seja pró, se-ja contra, até mesmo umaleve ironia, está fóra do nos-so programma. Um dos lem-mas desta casa é arrenegarda política e dos políticos,fazer como se uma e outrosnão existissem. Com pesarlhe digo isso, pois "O Brasilcontra a Formiga" é uin-aoptima pagina.

DIVALDO S A lN TANNA(Feira de SanfAnna) — Ossonetos estão bons e podemser publicados. Quando éque não sei. Previno-lheque estou com a gavetaabarrotada de poesias, e oescoamento se vae fazendo•aos poucos. Se demorar, nãosc queixe.

LOURDES (Rio) — Suapoesia humorística tem gra-ç>a, mesmo. E vale o que V.pede. O diabo é cavar umaillustração. Vou fazer opossível para que V. não ve-nha a ter motivos de quei-xa. Como vae com o seumagistério?

R. B. (Rio) — A chroni-ca pôde sahir. Permitta-mfea liberdade de fazefr-lhe uimoorte que não Lhe altera osentido e facilita 'muito a'nossa paginação. Para nãoperder a opportunidade, jáa entreguei ao secretario darevista

Dr. Deolindo CoutoDocente livre da Universi-dade. Medico effectivo do

Hospital Nacional.DOENÇAS INTERNAS E

NERVOSASConsultorio: Praça Floria-

no, 55 (5" andar).TVI. 22-»2!>.*l

Kcsiilnicia: Osorio de Al-«melda, 12 — T«'I.SO-:M»34.

DAMIÃO ROCHA (Rio) —Vae uma resposta para asduas cartas. Aproveitarei"Houve engano no Destino"."Cantigas de marujo" beimbons versos, como os doisúltimos da 3' quadra, e todaa primeira quadra, substitu-indo o adjectivo melindrosoque não tem cabimento. A2* quadra não está á alturadas outras duas. Os doisprimeiros versos da 3' nãose encaixam bem no festan-te. Na poesia popular, per-mitte-se essa falta de nexo.Na literatura, não ha razãopara tal.

LENIZ CAVA L CANTI(Rio) — A sua primeira ten-tativa foi bem succedida: ocontozinho pôde ser publi-cado. Isso é o melhor ap-plauso que lhe posso dar aoseu estylo simples e claro.Vá por nhi que vae beim.

JOTA (Pouso Alegre) —A sua reclamação sobre ademora na sahido do seuconto, teria razão se fosseescripta, por exemplo, a 20do mez passado. Porque a21, em nosso numero 94, pa-gina 29, sahiu o seu traba-lho, com 2 illustrações. "OEstrangeiro" também serápublicado. Mas não está tãobom, quanto o outro.

PHARAONIS (Barbacena)— Essa poesia ingênua quea onda modernista diffundiutanto no Brasil tem muitagraça, mas não t* tudo empoesia moderna onde exis-tem melhores padrões de ar-te. Não conheço o que y.escrevia a"R's de adherir aomovimento renovador. Porisso, não sei se terá valido!a pena mudar d? escola.Quanto ao valo»- dos doispoemas, acho que "Historiaidosa e negra" é um bommodelo daquella poesia aque me referi acima. "Poe-ma do medo" é ingênuo de-mais: não dá a mesma im-pressão de espontaneidade.

PEREIRA DA SILVA(Aracaju') — Se V. tentaruma prova .«cripta de por-tuguez, será reprovado, semduvida nenhuma. Nessas

18 — IV — 1935

0 bando ü lua

A gente do Rio ignoraQue, iacolá em Fortaleza,Existia até agoraUma impagável empresa

Que, por artes de um con-tracto,

Dito "Contracto da Lua",(Não é mentira, é exacto,E' verdade nua e crua)

Sômente luz forneciaQuaindo a Lua aJvinitenteA sua entrada faziaNo minguante ou no cres-

cente.

Mas, por conta própria sua,O magnata-mór do EstadoMjandou o Banda da LuaTocar a outro povoado...

Dabril

PARA ALOURAR OS CA-BELLOS

empregarFLUIDE--DORET

Não ressecaNas perfumarias e cabel-

leireiros.

URIACIDO

Essa dor forte, constante,Que perturba a todo instanteDe tua vida o céo plácido,Vae-se embora, caro amigo,Desapparece, eu te digo,Tomando já LRIACIDO.De Faria & Cia. —1{. S. Jo-

7í e H. A reli ias Cordei-ro, 127-A — ItJo

condições, entende que jápôde escrever paro r.-vistas?DR. CABUHY PITANGA NETO

j-' i ¦, ; ... .. :— I

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4

Dr. Deolindo Couto! Docente livre da Unlversi-: dade. Medico effectivo do ¦

Hospital Nacional.DOENQAS INTERNAS E

NERVOSASPoneiiltoHo: Praga Floria-

no, 55 (5* andar).TVI. 22-»2)NI

Kesidt'iu'iA: Osorio de Al->melda, 12 — Tt'l.KI-iWKM. i

Page 5: Christo, de Tharsiía Amaral

18 IV 1935 O MALHO

0 poder de uma eterna primaverasA belleza domina sempre em todas as formas, mas,

acima de tudo, predomina a belleza de um rosto demulher.

O ideal de um rosto bonito é a ausência de espinhas,cravos, rugas, manchas, poros abertos, emfim, uma pelleunida, branca e lisa debaixo da qual como se vê circulara vida.

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Uma cartinha veiutoda amávele carinhosa...

Uma outra partiuem resposta,toda jubuosae feliz...

O tempo voa...Silencio...Silencio...Silencio...(Oh! que carteiro insuportável!)Nova cartinha vaeansiosa,aprehensiva,e doloriaa...

Outra vemiria...indlf ierente..,lacônica...

(Pobre Amor ferido!)Nunca mais se deu então,A troca de cartinhas...(E... acabou assim o nesso Romance)

E. de Paiva Nasser

O Destino das mãosQuando tomo rias minhas mãos toscas e Rrosseiras

as delicadas mãozinhas de creanç<*, estremeço pela con-fusão de meus pensamento*:

EU PENSO NOS DESTINOS DAS MÃOS

Umas. louvando aos céus o dom da salvação,outras — frias, mlrradas. sutwlicando o pão;mãos apertando mãos na despedida,mãos apontando um rumo glorioso na vida:mãos conquistando honras e cansadqs de glcr*as.mãos que narram nrodigios e que encerram victorias;mãos ternas, carinhosas que só fazem o bem.que dizem ao mendigo e forasteiro: — Vem!...

Mas ha mãos que nos trazem horror, o oranto. o medo,mãos que derramam sangue e que guardam sescredo;mãos que produzem roubo, assassinio, vineança;mãos cravando minhal, mãos atirando lança;mãos cruéis, mãos manchadas, mãos trahidoras.mãos criminosas, vis. mãos peccadoras.

E, em vendo estas mãozinhas que desfolha— rosas,eu penso no destino destas mãos tão mimosas.

E diz meu coração:— Creança,

Quando forem grandes teus dedinhos, e tuas mãozi-nr»s forem já crescidas, oossam ser no futuro cheias debelleza, delicadas, puras, fazendo sempre o bem, e espa-Ihando a ventura.

José—na de 0_rv_rRA

Page 6: Christo, de Tharsiía Amaral

O MALHO 18 —IV 1935

A PEDIDO...Num dos últimos números da

revista radiophonica "Amena",de Buenos Aires, encontramosuma censura ao compositor, e di-rector de orchestra Francisco Ca-naro por haver irradiado duas ve-zes, numa só noite, o tango de suaauctoria "No te hagas mala san-gre".

Diz a publicação em apreço:"Por muy bueno que sea untango o qualquier otra pieza, noes lógico repetiria en nel trans-curso de poços minutos, pues elloacusa escasez de repertório o undeseo desmedido de imponer unspieza que de ser buena no es ne-cesario recurrir a esos procedi-miento para que se popularise".

Ahi está uma cousa que vai.pela melhor carapuça para os nos-sos compositores que dirigem outocam nas orchestras do radio na-cional.

Elles, bem como os cantoresinteressados na popularidade des-ta ou daquella partitura, desmo-ralisaram os clássicos "a

pedidos"tâo freqüentes nas nossas esta-ções, abusando da repetição dcsuas musicas em prejuízo do ou-vinte e dos demais auetores."Antena" termina o seu com-mentario dizendo:"El maestro Canaro no ignoraque en Ia variedad y en Ia escrupulosa seleccion dei repertório,estriba ei êxito y creemos que escerror no volverá a cometerlo".

E isto se diz a Canaro, cuionome, como compositor populare chefe de orchestra, já transpoznâo só as fronteiras da Argentinae da America, como também as deoutros continentes...

-___w^^ÍHÊL JL_-ií&vA**rJk_«âaãamwmwck. \ M^& __J_^^ . —M^m^mmA IM/UII Mri *> cK__L_,ft.,flS^PiwHE^^________________________________^._^ifi__L_, - ., . , ||,

^——<¦¦' '¦¦ .-¦¦¦¦ ——¦—___>

—u J9»¦ rf\f> J.w3KL . mr '•_

»¦'' ' ¦" jH_^_^H

-___-____—______________________

— Silvinha Mello, a boneca dosnossos studios já veiu de S. Paulo evae integar o "east" da "Radio Trans-missora". Ella prometteu uma entre-vista a "O Malho", com um retratorecente, novinho em folha...

OS BONS AUTORESEste rapaz de bigodinho chama-se

Acyr Pires Vermelho eéo auetor damusica de "A melhor das Tres". mar-cha que elle e Lamartine Babo lança-ram com êxito no ultimo Carnaval.

Dos arfetores novos é um dos qucapresentam maiores possibilidades d.firmar um nome.

Alcyr Pires Vermelho vem de aca-bar, agora, dois ou tres Sambas opti-mos que Carmen Miranda vae creorno radio e no disco."Fogo de Palha" e "O Tic-Tac domeu Coração", este com letra de Wal-frido Silva, e "Você nào é creança"confirmarão as nossas palavras. .

— Passou a actuar na "Radio Edu-cadora do Brasil" o speaker Renatode Andrade, quc pertencia á "Cajuti"

QUANDO VAE EBEOANDO 0 INVERNOQuando vae chegando a velhice — mal que acontece a todos que não

morrem moços — o coração começa a resentir-se da fadiga dos muitos

annos de trabalho continuo.Dahi as dispnéas, o cansaço ao menor

esforço, as palpitações, a tachycardia, sym-ptomas de má circulação do sangue, arterio-sclerose, aortite, emfim das doenças do co-ração.

O grande remédio para combatel-as é

CEREUS BRASILIENSIS

remédio homeopathico da flora brasileira,cujos effeitos têm sido simplesmente mira-culosos.

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O PROBLEMA NACIO-NAL DAS ONDAS

CURTASRegressando da sua recente via-

gem aos Estados Unidos e á Europa,o ministro da Fazenda, declarou aosjornaes que o Brasil, lá fora, era umgrande desconhecido.

E tratou dç alguns aspectos da ig-norancia em Oue vive o extrangeiroacerca da nos.» cultura, da nossa ci-vilisaçáo, das nossas possibilidades emtodos os ramos da actividade humana.

Ora, em vez de repetir em entre-vistas uma cousa que todos nós sabe-mos e que tem sido constatada por mi-lhares de brasileiros que viajam, o Sr.Arthur Costa deveria suggerir ao go-verno de que é figurante uma provi-dencia no sentido de fazer com que oBrasil sahisse do anonymato em quevive.

A culpa do desconhecimento donosso paiz, na realidade, não cabe aoscidadãos americanos, francezes ou in-glezes, desinteressados em descobrirterras que se dizem descobertas.

Somente a nós, e nesse caso só-mente ao nosso governo, é que elladeve ser consignada.

E qual o meio de combater esse es-tado de cousas.

A solução, nesta epocha em que oradio se transfigura em divindade, ófacilima de encontrar.

Ella esta na montagem de estaçõesde ondas curtas poderosíssimas, capa-zes de levar a todos os continentes atodos os recantos do planeta, e quemsabe si a outros planetas, as vozes ver-de e amarellas da nossa pátria igno-rada.

A ilha de Java, perdida nos confinsdo Oceano Indico, tem uma estação de80 killowatts, em Bendoeng; em Jo-hannesburg, na África do Sul, existeoutra; em Marrocos, no Japão, naChina, na Austrália, em Madagascar,por toda a parte ellas levantam nosares as suas antennas, acenando ásdistancias.

Na America do Sul, a Colômbia dáum exemplo notável com as suas cin-co estações de Tunja, Madellin, Bogn-tá, Barranquilla e Manizalles.

O Equador segue-lhe os passos comas de Quito Rio-bamba e Guayaquil.

No Brasil, além da "Radio Brás",que quasi só se oecupa do serviço dcradiogrammas particulares, encarre-gartdo-se apenas de transmittir "Pro-gramma Nacional" e as irradiações deum jornal falado do "Radio Club doBrasil", só ha o "Radio Club de Per-nambuco", que possue uma emissorade ondas curtas.

Verdadeiramente, pois, só a P. R.A.-8 faz transmissões dessa naturezacom apparelhagem própria, si bem queainda deficiente para o alcance de ai-gumas regiões menos favorecidas.

Ao nosso governo, portanto, cabe-ria auxiliar as iniciativas particularesou tomar uma iniciativa propira, mon-tando uma estação de 30 ou 40 killo-watts e procurando levar ao mundo onome do Brasil.

O Sr. Souza Costa, que esteve noextrangeiro e sentiu o problema como coração de brasileiro, deveria resol-

vel-o com o seu cérebro de financistae de ministro da Fazenda, convencer-do os seus pares da necessidade e daurgência dessa medida.

As linhas acima já estavam escrip-tas quando recebemos do Sr. AmilcarFreire dos Santos, residente á rua dosCoutinhos, 29, em Coimbra, Portugal,a seguinte carta datada de IS de Mar-ço próximo passado:

— "Sr. Redactor de "Radio" do OMALHO. — Saudações: — E' talvezencommodo para V. Exa. o que lhevou pedir mas, creia, o que me leva aaborrecer-vos é a grande nostalgia quesinto do nosso querido Brasil. Foi estamesma nostalgia que me levou a ad-quirir um apparelho de radio-telepho-nia para ondas médias, curtas e extra-curtas, marca "PILOT RADIO" e as-sim poder ouvir o meu saudoso Brasil.Acontece, porém, que dahi api-nas com-sigo captar com nitidez o posto emis-sor do "Programma nacional" dirigidopelo Dr. Salles Filho. Quanto a musi-ca, aquelle riquíssimo Falk-lorc bra-sileiro, nada comsigo ouvir do Rio dcJaneiro. Apanho quasi todas as esta-ções de ondas curtas dos Estados Uni-dos com uma nitidez assombrosa c fi-co cada vez mais pezaroso por não meacontecer o mesmo com as estaçõesbrasileiras. Pena é que as estações ca-riocas não tenham programmas emonda curta com a mesma potência da"RADIO INTERNACIONAL" doRio de Janeiro e que emitam musicabem brasileira. Ha dias que comsigocaptar a estação P. R. A.-8 (RadioClub de Pernambuco) em onda curtade 50 metros, mais ou menos, porémcom pouca nitidez e muitas vezes in-terrompida por outras estações eun>-peas que ficam juntas. Creio que seaugmentassem um pouco mais a po-tencia desta estação se ouviria em Por-tugal com nitidez. E' muito possível,porém, que não seja inteiramente cer-to o que lhe conto sobre as emissõesde onda curta do Rio por desconheceros programmas horários das emissões.

Peço pois a V. Exa. a fineza de meinformar do seguinte:

1 ¦" — Quaes as estações brasileiras,principalmente cariocas, que emitemem onda curta?

—2." — Qual o comprimento des-sas oadas, freqüência e horas de emis-são?3." — Existem no Brasil jornaes ourevistas que tratem somente de radio?No caso affirmativo, qual o preço econdições de assignaturas?Noto que estou já a massar dema-siadamente V. Ex. c, portanto, vou ter-minar, desejando-vos muitas felicidn-des. Um leitor do "O Malho" — (a^Amilcar Freire dos Santos.O artigo acima escripto respondecabalmente a missiva do nosso patr!-cio, que, por emquanto. deve conten-tar-se com o "Programma Nacional"e com as irradiações do "Radio Cluhde Pernambuco", sendo estas ultimasas mais preferíveis para quem desejaouvir um pouco de musica e da almabrasileira...

RADIOLETES

kl. A »«a,° Maced°. depois de sa-"afuti" r?:'nCk"',Sahiu ^ ^t-ajuti regressando a São Paulo Ahistoria do filho pródigo...

n,„~rAndar?-m dizc"do, por perfídia,que Cirene Fagundes ia entrar paraum convento. Sabe-se porém, que ella

Page 7: Christo, de Tharsiía Amaral

18 — IV — 1935vae para a "Radio Ipanema", que será,estação profana.

Uma divergencia com BaptistaJúnior deu em resultado a redrada deLuiz Peixoto d"'A Voz do Brasil",jornal falado e cantado do "Radio Clubde Pernambuco".

Affirma-se que o substituto doSr. Salles Filho no "Programma Na-cional ' será o Sr. Paulo Bevilacqua,que, ao que parece, gosta de pegar emcaixão de defunto...

A VOZ DO Do Sr. OscarMoreira Pinto di-

NORTE rector do "RadioClub de Pernambu-

PARA O co", recebemos at-tenciosa carta agra-

MUNDO decendo as transcri-pções que fizemosde cartas recebidas da Inglaterra poraquella transmissora, participando aaudição, em vários pontos da Grã-Bre-tanha, das suas irradiações em ondascurtas.

Nessa carta vem transcripta, tam-oem, uma nota publicada pelo "Eve-

qúe8diZUblÍC Led8er"' de Ph'ladelphia,

"A newcomer in Brasil is P. R,A-8 at Pernambuco. P. R. A.-S hasen reported by variors sources asai ria ti ng a test signa] on 6.04 megacy-.,es , ¦ This station might beentified by the singular anncunce-ment A Voz do Norte". The stationpd a o?. owned a"d operated the-8 Radio Club de Pernambuco,ve fans3"'23'00 comPose(* °f shortwa-

I »'rcCtor do "Evening Public¦ Sr. Carl H. Stenzler, segun-tcl,?scar Morei" Pinto,t- í-k f U d'recÇâo da emissora de quelhe* Hrf "d* j'tando 'nformes e deta-iara n &dio Club de Pernambuco"outra n,,Kr rí"Wave Radio Ncws".publicação americana.ficial r«' u°T0 se vê' scm auxi!io of"alminc . f apenas do esforço dePernamK "StaS| ° "Radi° Club d,Ponto* UC° Vae consignando novos"bmari em- Sua '°"la de serviços aobroadeasting" brasiWn V

IMPRENSA DO RADIO

Manoel Araújo,0 rei da embolada*'voltou a actuar naRadio Guanabara",de onde esteve affas-tado por motivo de en-fermidade.

O QUEVAE

PELOS

STUDIOS

A

mJMM. WHB

/ ^ fjp JBHBHl

kt renovado o contracto d en Gomes com a "Cruzeiro do• continuando, assim, essa jovemcantora na estação referida.

f, "^,?ep^.s de Prestar seu concursoDar/? »D Cajuti", desta capital, vaepara a Radio Farroupilha", de PortoOvM 'r? maugurar-se breve, o Sr.SSade ttera' eSpedaliSta em P"-

_ ~ 'ta,a Vera. interprete de tangos"RaHin°M Cr'?U'aS' estí cantando nadiurno e no Ptogrammadiurno da Mayrinck Veiga".

do nitrL°tta ^aia um dos realisadores"Ga7f>ta h W™» radiophonico dase em ai e ticias", foi tomar pos-Putado estadual.da "U" aMn de de"

Francisco GalvãoFrancisco Galvão, um dos mais bri-

lhantes collaboradores d'0 MALHO,é quem está redigindo, agora, a bemfeita secção de radio que apparece nomatutino "A Nação", uma das poucasque conseguem interessar, no jorna-lismo diário, ao publico e aos artistas.

Escriptor e advogado. FranciscoGalvão é mais um valor literário quese vae integrando no ambiente do"broadeasting" citadino. arejando-ocom a sua intelligencia e a sua sensi-bilidade.

O novo chronista radiophonico d'"O Globo", que assigna "Dial", éHoracio Cartier, poeta e jornalistaque todo o Rio conhece.

Horacio Cartier é. também, um"dos mentores da "Radio Philips doBrasil".

"SOU DO SYNDICATO"...

Abaixo transcrevemos o teor deuma carta dirigida ao Sr. Faulo Bevi-lacqua, ex-director da "Radio Cajuti",e principal organisador do "Baile dasVozes do Radio", realisado no "Thea-tro João Caetano", nas vesperas doultimo Carnaval: — "Srs. Organisa-dores da Festa das Vozes do Radio.Por ordem do Sr. Presidente do Syn-dicato Brasileiro dos Artistas do Ra-dio, levo ao conhecimento de V. V.SS. que este Syndicato, até o presen-te momento, nenhuma communicaçãorecebeu, com respeito á festa por VV.SS. organisada, e que explora para ef-feitos de propaganda os nomes dos ar-tistas do "broadeasting" carioca. Co-mo se trata de uma festividade com en-tradas pagas e sem finalidade defini-da, o S. A. R., extranha perante VV.SS., tal organisaçào de caracter e iní-ciativa inteiramente particulares, an-nunciada em nome de uma classe quejá possue o orgão representativo dedefesa dos seus interesses. Esta cartaserá dada á publicidade por interme-dio da imorensa, devendo constituiruma satisfação ao publico e aos nos-sos syndicalisados, satisfação que nosexhime de qualquer responsabilidadena referida festa! (a) EratostenesFrazão, secretario.

Transcrevemos a carta acima aindaopportuna, pedimos licença para extra-nhar duas cousas: por que a publici-dade da mesma não foi feita, tamben.,pelo radio? Será que as estações ca-riocas ainda não tomaram conheci-mento da existencia do Syndicato Bra-sileiro dos Artistas de Radio? E porque, em vez de dirigir-se aos organisa-

dores da festa, o Syndicato não se di-rigiu, si tinha direito de fazel-o, aoMinistério do Trabalho? Será que elleainda não foi reconhecido? Depoisdestas duas extranhezas, achamos queé o caso de se cantar a marchinha deLuiz Barbosa:

"Sou do Syndicatodo desacato,esfólo e matoum batalhão!"...

CARMEN MIRANDA E

A "VICTOR"

O affastamento de Carmen Miran-da da "Victor", de cujos discos ellaera exclusiva desde o inicio da suacarreira artística, era o facto maiscommentado no momento em que en-eferravamos a matéria desta pagina.

Attribue-se essa attitude da "es-trella" maxima do genero popular ápolítica perniciosa do chefe de grava-ção daquella fabrica, Mister RobertEvans, que se vem revelando um de-sastrado na escolha dos elementos queprestigia.

Assim è que, alliando-se a um can-tor que, depois de ser o inimigo n" 1da "Victor", passou, dentro delia, ater voz de commando, em detrimentodaquelles que fizeram o bom nome dacasa, Mr. Evans praticou varias desat-tençòes com Carmen Miranda.

Cita-se, por exemplo, a entrega decomposições que os auetores haviamreservado para ella e que foram gra-vadas por outros, por occasiào do pre-paro do repertorio carnavalesco.

Ao circularem os boatos da sua re-

O MALHO

HUMORISTAS DO

RADIO

BK&'

Jornalista militante na Bahia e emS. Paulo, de onde veiu ha pouco parao Rio, Aristóteles Belisario Couto éum dos humoristas do nosso radio,onde os humoristas são tão raros...Actúa no "Radio Club do Brasil",cujos ouvintes elle procura divertircom as aneedotas do "Coronel Beli-sario" e outras piadas em estylo ser-tanejo.

tirada da "Victor", telephonímos aCarmen Miranda que nos confirmou anoticia, dando-a como quasi certa, «informando-nos que pretendia gravarna "Odeon".

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Page 8: Christo, de Tharsiía Amaral

O MALHO

CONTEMPLADOSNO SORTEIO 34° PRO-BLEMA DE PALAVRAS

CRUZADAS

CAPITAL

Lavinia de Góes — rua Uru-guay, 251.

Yara-Mára — rua Dr. Jo-bim, 37 casa 7 — E. Novo.

Cogolino da Silva — rua Lu-cidio Lago. 54, Meyer.

S. PAULO

Condesginha —- rua BicudoLeme, 46-A — Pindamonhan-gaba.

Pedro Alves — Guararema.Alice Rocha — rua Santa

Clara, 105-A — Capütal.

MINAS GERAES

Nestor Dlaa Corria — Serra-ria (E. F. C B.).

E. DO RIO

Dulce Moreira — rua PortãoVermelho, 115 — Entre Rios.

MATTO GROSSO (

Albatroz — Rio Hotel -Campo Grande.

SERGIPE

Oscar Vianna — Caixa Pos-tal, 193 — Aracaju'.

3ÜI3 2 C3 EH33HD-? a aatiE

ei ncirjsnrjüiaaan naaa nnarj3Di3 ,,00o nna ? an aanar-rju cia ? EDDanaa .

üddki na ca *na ao a na aticiaBanci orjonoaa qq.^

a a unaa naci>

BOU GU'Jl una ?

LiUOU D

Solu.ç^

Soluçio exacta do 34° problemade palavras cruzadas

INCHAÇAO NASPERNAS !

JOÃO .MAR-QUÊS DA COS-TA, rcMdentt-cm Koitnlez»[Ceará), curou-kc de u in 11irriuidc Incha*i.iio nas (ternas.M«ulda de unia,-ruel BrtCP-

r-A'> iir. uui'ii;.\i HtvMU-'rir 4 com t> uso de menus deumn, dusla ds "BLIXIIH 01KOOCBIItA", J° t"n- chJoio dn .Sllvn Sllvelrn en-

ronlrundo-Hc M-^tó*»'jictitc r«*tttbtl»«M«. íJ-irmnreconhecida).

18 — IV — 1935

PALAVRAS CRUZADAS

/?" |/-y /5" "/6 ¦ '?

fe ^^1 I20 P'^¦¦22

^| |23 t^7" M

HORIZONTAES VERT1CAES

_ U. 1 — Annel.

— Nomt de Deus entre os hebreut. ____¦ 2 — Gênero de Palmeira.

— Ents. 3 _ QUe , do ar.

— Cimo. ___M * — Espécie de espa.

12 — Sóvs, pancadaria. <- © í — Uço apertado.

13 - Parte esmuds ds perna. ___ ^^1 6 — Constellaçào auatral.

do. snim.es 7 ~ Cheir0 <-«.gr.d«vel.

M — Arte de falar em publico. ^^^J| 8_ Batrachlo.

17 — Tácito Crui. I 2. 7 10 — ^ue tem u,ili<i"le-

18 — Rio de Matto Grosso II — Raparigas.

20 — Tempo de verbo. |20 13 — Instrumento.

,21 — Mario Alves Andrsde. | 15 ~ Indiciada.

. . 18 — Prefixo.22 — Interieicso.. 19 — Outra caLsa.¦23 — Cio de rtja. ¦_____

21 — Pedra de moinho24 — Maior.

25 — Ptnt.no.26 — Cidade ds Chaldés. B|^^^

loO 27 — Mandioca enterrada n. Iam. cata28— Filho de égua e burro. I *-"" I

amo (tecer.29 — Cincoenta. I^^^^M

OpVoblcma que hoje publi-

íamos é unia curiosa com-posição <!o nosso collaborarlnrJoão Sem Terra.

Como sempre, offerecemos 10optimos prêmios aos concurren-tes que acertarem e nos envia-rem as soluções até o dia 18de Maio.

Nesse dia se procederá aosorteio, e o resultado, com osnomes dos dez contemplados,apparecerá na edição de "0Malho" do dia 30 do mesma

mez. As soluções devem serenviadas, com o coupon anne-

xo. n« 37 para a Travessa doOuvidor, 34.

PALAVRAS CRUZADAS

Coupon n. 37

Nome ou paeudony-mo , aa • b

Residência .. ..... ...

ANNUARIO DAS SENHORAS"Annuario das Senhoras" é uma publicação' de luxodedicada ao bello sexo e contendo uma linda collecção decontos, poesias, chronicas, artigos, curiosidades, e especial-mente tudo o que interessa ao sexo feminino, desde as no"-vidades sobre moda e elegância até aos mais úteis ensina-mentos sobre o lar.E' um luxuoso volume repleto de lindas gravuras quefarão o encanto de senhoras e senhorias, nas suas horasde lazer. • ,Adquira hoje mesmo um exemplar do "Annuario

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Page 9: Christo, de Tharsiía Amaral

18 —IV— 1935 O MALHO

A CUTIS SERÁ SEMPRE DEFENDIDA;NÁÒ EVITE OS PRAZERES DA PRAIA

Di jocjoi dt praiajurUdtam, o corpo:Xútir óki Cotoniu/ríjuctania a cutci.

(otu.ut&u)^^^H jdft ^^^K Jflfl ^^^H X. \ ^4/Tl^ * vA^^A.? ^^^^ M^^^r^^^^^Êmmmw mmmm\ mmmmW^F Ar ^^*^_k

LIMPA,ALVEJA E AMACIA A PELLEMyfOUNI possue um ca*-tello: a "Rocca delle Ca-£míte •- Poi-lhe d''a"« P"mína7af° d°,Co«»»elho Com-munal da cidade de i-leldo-bro d"! ^^

2° de N»«-brann! I • COmo uma '«m-"•anca do Passado NaaTndl

aS' qUanUo ° "Duce"al^a erra pequeno, seu páe«•abalhou bastante para. pró-leTlrf lamMÍa ho»rada. O cai,-le"° é rodeado de uma his-

toria compli-cada. A Fa-milia dos Or-delaffi apo-derou-se dei-le, em 1380.

¦rcw Pouco tempodepois, tornaa seus pro-

?»„„„ prletarios an-vannY ^

Vfl°' em 1387' <"«»-tenta rS"bnnho de Sinibaldo,1395 °mar ° caSle"°- EmIhn a

"Jl novo 8e''hor. o H-

ta J(B^' O» Malates-1420 r'nl occl">am-no emma<w'dn «8!Rulr' passa asmao» do» Ordelaffl. novamen-"aut. irusvez' rnhor». / ,le«>rna aos Se-A Aba3raR',n,ni'ée^eguanarlo \m de Santo AP°Ü1-• a õs'n? "eKulda w« Pa-«o OrtS?rnBtI: em 1469 PI-«Itlvumpnf con«e«ue defl-Jnontame"t!ar,'ai""-". De*'°a-a UenU,mHt0":;ad0' P^enceu««Publica Venela, aos Ter-

Nem todos sabem que...dozzi, aos Carpl, aos Aido-brandinl, aos Patrtphili. Em1859. Cluseppe Bíiccarini içou.na torre do castello, a bandei-ra tricolor.

Q "Intermédiaire" de 30 deMarço de 1901 publicou

esta curiosa passagem dasmemórias ainda Inéditas de

jmstm. Bolssy d'Anglas:"E' verdade

que, quandoDanton foi pre-so, elle tinha oprojecto de as-saltar o Temple,soltar o filhodc Luiz XVI,

proclamai-o rei e aprcsental-oú cidade de Paris. Teriam re-unido um conselho de regen-cia, de que Danton seria ochefe... Fabre d'Eglantlne,H.érault, Danton, Delacroix eCamille Desmoullus eram osautores desse audacioso plano.Danton devia apresentar acreança ao Povo e ao exer-cito. O Comitê de SalvaçBoPublica foi Instruído porCambon da consptrata. Salnt-Just fala a respeito em seuUelatorlo, sem enirar, porém,em detalhes demasiados. Utngeneral, Dlllon, que estava átesta do complot, foi encar-

(V-r ]

cerado na mesma prisão ondese encontrava Danton, queelle tentou salvar. .."MA sede do Keren Kayemet

(Fundo nacional hebraico)se acham expostos, numa ve-doma de vidro, os tres volu-

mes que com-| põem o "Livro

de ouro" do mo-vimeutó íedem-ptor dos Sio-nistas. Os doisprimeiros tomossaturam de oi-ficinas européase o terceiro,

que se inicia com o anno de1928, é trabalho exclusivo deartistas Israelitas. A- capa,que é um primor no gênero,ó em madeira palestina etraz magníficos ornatos. a co-meçar pelas letras de fanta-sta, em metal dourado. De-ve-ee a um pintor búlgaro,Boris Schalz, fundador d aEscola de Artes Decorativas

|f?

de Jerusalém. Swm ei li antesobras-primas seriam inexe-quiveis na Terra Santa, an-tes de 1928.

A " Rainha do Theatro "americano deste anno é a

actriz Katharlne Cornell. E'uma interprete extraordlna-ria das peças de Shakespeare\o autor de sua eleição. O povofel-a seu ido-lo, depois queella regressoude uma "tour-née" áa peque-nas cidadesdos EstadosUnidos. Ultl-mamente, umempresário decinema fez-lheuma offerta vantajosa pari,leaderar uma fita ("The Cat-rett of Wlmpole Street•*).Ella recusou, allegando que asua "vida" era o theatro.

Para fumar um bom cigarro,é preciso que efie seja enro-lado numa folha de papel

ZIG-ZAG,a primeira marca mundial.

' CRIPPES'DORES DL CABFCA ?

?.

¦L-?TRAHSPIRQI

I U ¦- COMPRIMIDOS .— %|

i'- di fciui¦¦!¦!!liilIIIhaialim

Page 10: Christo, de Tharsiía Amaral

btihtes iJ^ii'. z''^•^H^S. , %*-/> ,<-*- i- Kkobf we< •-¦¦ ¦ '••-i HBIk «ctBRW-^ '>«*»* n M^-

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Page 11: Christo, de Tharsiía Amaral

iüiilh oA commemoraçâo do Calvário

Wkb.,

O mundo christão está em preces, ceie-brando, mais uma vez, a maior semana doanno, aquelles sete dias memoráveis em quea missão do Christo culminou na tragédiamáxima da Historia Universal: o Calvário.

Passam os tempos, desaparecem povos,muda-se, de fond en comble, o scenario domundo e a Cruz do Golgotha está semprebrilhando, dourada e immortal, Dahi, a for-mula eloqüente por ser a verdade inconcus-sa: "Stat

Crux, dum volvitur Orbs —" A'Cruz permanece immutavel, emquanto o uni-verso gira.

Nada mais verdadeiro.E' que o lenho sagrado, com o Sangue

Divino a lhe imprimir o sêllo eterno, possueo cunho da perpetuidade, como tudo quantovem do Alto. Quem passa, é o que contem amarca do humano, o signal ephemero do po-bre mortal, seja este um rei, ou um mendigo,um sábio ou um analphabeto.

Si a vida de Sócrates foi a de um sábio,a existência do Christo foi a de um Deuse a- sua morte a de um illuminado. A Semanaoanta, recordando todos os annos a agonia,a paixão suprema de uma entidade divina,feita homem, reveste-se sempre dessa emo-çao sagrada, desse sentimento profundo,porque a pregação do príncipe dos marty-res abalou o mundo inteiro), nos seus maisprofundos alicerces. Sim, o Christo trouxea terra a mais perfeita das doutrinas, o mais

sublime dos Credos. Foi o maior revolucio-nario de idéas, o mais notável transforma-dor de povos, que o mundo viu.

Renan, o insuspeito Renan, confes-sa mesmo que Jesus foi o único fundador deuma Religião. De feito, os outros innovadores valem, apenas, como simples vagalumes:o Christo é o fulgor irradiante do próprio sol.Si a sua vida não tivesse sido aquella fulgu-rante jornada astral de milagres e de bellezamoral, bastaria a sua paixão para o sagrarúnico, divino.

E' que a sua morte teve o stoicismo deSócrates, o lyrismo suave de São Franciscode Assis. Maior do que isto: a superiori-dade divina do indulto aos que o sacrifica-ram:

"Pae, perdoae-lhes! Elles não sabem o

que fazem!" Nessas palavras do Mestre, áhora extrema, cruciado de dores, atormenta-do de sof frimentos physicos e moraes, no altode um patibulo irifamante, não revelam umhomem, mas annunciam um deus.

E' por tudo isso que a Semana Santa éa maior semana do Anno. São os sete diasmemoráveis, sagrados, em que se commemo-ra o soffrimento mais profundo de um ho-mem, o maior da Historia, e se relembra &bondade de um deus, no mais sublime dosseus gestos: o Perdão.

ASSIS MEMÓRIA

Page 12: Christo, de Tharsiía Amaral

O MALHO 18 — IV— 1935oo o

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Elle:

SPEAKER:A scena pas$a-se no Morro do Pindurasaia E' noite Persona-gens: Francisco Telles de Alencar Farias: 42 annos, funcciona-rio publico, á espera do reajusta mento: Maria Guedes de Azeve-do Ramos, 18 annos, esperando um trouxa.

Serviremos de sandwich de lingüiça

De carniça

Aos urubus aqui das cercanias

Francisco Telles de Aler car Farias.

Que horas são?

Elle:

Não sei, não.

Maria Guedes de Azevedo Ramos.

Ella:Francisco Telles de Alencar Farias.

Elle:

Ha tanto tempo já nós nos amamos,

Maria Guedes de Azevedo Ramos.

Ella:

Ha mais de quinze dias,

Francisco Telles de Alencar Farias.

Elle:Por que razão então não nos matamos.

Maria Guedes de Azevedo Ramos.

Ella:

E não unimos nossas boceas frias

Num beijo permanente.

Quiçá incongruente,

Francisco Telles de Alencar Farias.

Elle:

Por que então neste cimo de colina

Não bebemos formol, com gazolina

E não estrebuchamos

E não nos arranhamos

Como dois gaturamos

Maria Guedes de Azevedo Ramos.

Ella:

E depois, nós dois juntos.

Já defuntos

ILLUSTRAÇAO DE THÉO

Ella:

E chegado o momento da separação.

Elle:

Sim. Dá-me a tua mão.

Vem, creatura taful.

Elle:

Deitemo-nos. Façamos desta grama

A merencorea e mortuaria cama

De quem ama.

Vamos para o céo. Lá, lá, lá, lá, no soi.

Além das mudas trevas frias.

Ella:

Onde é que está o vidro de lysol,

Francisco Telles de Alencar Farias?

E amanhã, quando o amor houver nos

[sepultado

Nossos nomes hão de passar como os dias,

Francisco Telles de Alencar Farias.

L

yy

^0-y

Ki__Ü^T\

v lf\ \

Elle:

E os séculos verão que tanto nos amamos

Que até prá morrer, juntos nos matamos.

Então? Vamos, hein? Vamos ou não

[vamos:Maria Guedes de Azevedo Ramos?

Ella:

Não convém esperarmos mais uns dias.

Francisco Telles de Alencar Farias?

Elle:

Oh, não. Não. Não transfiramos,

Maria Guedes de Azevedo Ramos.

Ella:

Mas por que é que tu não transferirias?

Francisco Telles de Alencar Farias?Elle:

Transferindo, depois não nos matamos.Maria Guedes dc Azevedo Ramos.Ella:

Si eu morresse sem ti, tu que farias,Francisco Telles de Alencar Farias?Elle:

Mas, assim, nunca mais nós acabamos.Maria Guedes de Azevedo Ramos.Ella:

E afinal lão passamosDe dois refinasdissrmos esfrias,Francisco Telles de Alencar Farias.

LUIS PEIXOITO~°~" o-.

Page 13: Christo, de Tharsiía Amaral

18 — VII — 1935 O MALHO

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cano / . ® COMBATI-: — Steve 11 amas, boxeur ameri-cotitr es<1-)' e Mltx Schmeling, campeão allemão en-f° ulti""1 Se "? r'"a do stadium de Hamburgo, em Mar-nono m<J' '* "'ctoria coube a Schmeling, por K. O., aoMax

r"".n^- Photo apresenta-nos o momento em queuviq um clireeto ao queixo do adversario. Actuoucomo arbitro o belga Valoni.

Antes de enfrentar oadversario Schmelingparece ouvir os con-selhos de sua esposa,a artista cinemato-graphica Anny On-(Ira. Que golpes de as-tucia e de espertezalhe ensinará ella,com esse geitinho in-teressante?

SCHMELING

X HAMAS

FIM 1>K LL'C.1 A Valoni acclajna u Schmeling véu-redor do match, emquanto Steve, que desmaiara du-rante a lucta. recebe os cuidados de seu "segundo",Us boxeurs, como de praxe, apertaram-se as mãos,

terminado o prelio.

DEPOIS DO TRIUMPHO — Joe Jacobs, o treinadorde 3/(7.r Schmeling, campeão allemão de box, que sevê á sua esquerda. Faz lima saudação hitlerista pela

ricluria obtida por Schmeling sobre Steve Haituts.

13

Page 14: Christo, de Tharsiía Amaral

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18 — VII — 1935Ha no Senhor Crucificado de Carritie um mixto- de dor e de

prazer. Prazer da resignação, do ideal realizado. Nos meios tonsda figura do Divino Crucificado, C^rrière soube dar á mascara doFilho de Deus a scentelha esmaecida de um sorriso bom, de resigna-ção que, longe de se apagar, se reaccendia, da momento a momento,como sa reavivada fosse por cada uma das lagrimas de Maria, porcada um dos soluços de Magdalena.

E' esse o sentido que se adivinha na tela do grande pintor mys-tico de Verlaine e onde a mascara da mulher que mais o amou,como mulher, espelha bem a consciência da redempoão, que se nãoprevaleceu na formação dos homens que se lho seguiram, deixouna figura das que o acompanharam ao Calvario a idéa do affectomais puro e do amor mais sincero — que é o amor do espiritopara o Espirito.

E esse-, amor de Espirito para Espirito encontrou em RodolphoBernardelli também o seu interprete.

"Cíiristo e a adultera" não é uma esculptura pagã. E' o mo-mento em que Jesus profere a phrase de que nos fala S. João —•"O que de vós outros es-tá sem peccado, atire a primeira pedra".

Ah! Não nos importa a figura de magestade do Rei dos Judeus.Mas, olhemos o vulto de Magdalena, repudiada pelo populacho eatirada aos pés de Christo sob o seu manto divino.

•Tudo naquella mulher é angustia, é submissão, é arrependi-mento. Mas, é também amor. Amor-adiniração. Amor pela belleza

physica; admira-ção pela gran-deza moral da-quelle espirito.

Que estnrApas s a n d o na-quelle minutoaixáo de

Christo, de «eorgesIk>svalli£rcs

SE outros ensinamentos nuo

nos deixou a tragadia dolo-rosa do Golgotha, o sacrifi-

cio supremo do Filho de Deusatüngiu a uma finalidade bemmais divina que a redempção es-perada: despertar a sensibilida-de dos artistas para as obras dador e de tormeuto.

Porque nem sempre o sorrisode uma pretensa felicidade é afonte inspiradora de uma baga-gem artística. E os proprios op-timistas reconhecem que um mo-mento de angustia é bem menosbanal que annos e annos de ale-gria desmedida o inconseqüente.

Os paroxysmos da dor tradu-zem por vezes sentimentos deque não nos aperceberíamos se osoffrimento não os desvendasse,numa exprobração ao Destino ounum movimento de resignaçãoante as leis sagradas de um in-visível Determinismo.

Saber soffrer. . .Poucos o sabem.. . Mais dif-

ficil, entretanto, saber sentir einterpretar um soffrimento, atra-vez uma obra d arte que exterio-rise um estado d'alma creadopela Dor.

De todas as grandes tragédiasdo Christianismo, a de Jesus foia que mais soube inspirar aosartistas notáveis paginas doArte.

E por que? Porque, se tantose tantos dos seus discípulos sedeixaram também sacrificar pelomesmo ideal, p«la mesn.a v°n~tade de salvar os homens do de-sastre imminente, pelo mesmo

sentimento de té que os animouás mais tristes vicissitudes dieta-das pelo desejo de restituir á hu-manidade a harmonia de queella tanto precisava?

E' que a tragédia de Christonão se perdeu na individualidu-de de um homem.

A idéa do sacrifício pela re-dempçâo do Mundo não foi noFilho de Maria uma determi-nante imposta pelo arrependi-mento ou pelas convicções dei-xadas por uma doutrina.

A crêr na lenda divina, es-quecendo-se todos os scfus gran-des historiadores, Papini. inclu-sivè, o Calvario encerraria noseu drama doloroso, até o mo-mento da Resurreição os desti-nos de todos os povos, se todosos povos tivessem querido com-prehepder a grandiosidade daresignação do Martyr.

Na verdade, não quiz a Humanidade ouvir os ensinamentosda Tragédia de Christo pelaterra e muito ipenos seguir-lhnos exemplos de' bondade e indul-g-encia. Talvez, por isso, só lhotivessem ficado as dôres terre-nas. E o cyclo da vida encerra-se, não muito raramente, comose inicia: por entre dores <e sof-frlmentos.

4- + +

Deixando & parte os clássicos,vamos encontrar nos mais mo-dernos pintores de Christo osverdadeiros interpretes da feli-cidade de soffrer.

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Page 15: Christo, de Tharsiía Amaral

18 —IV—1935Pelo cérebro da peccadora infeliz? Um mun-do de illusões, talvez... Mas, uma*só, masPossante realidade: — a estructura mentaldo Filho d.-* Deus, por quem ella veiu arenunciar, e de uma vez para sempre, a fu-gaz íelicidade das suas paixões eventuaes..."El Crocefisso", de Leonardo Bistoifi, amais forte individualidade artística dosnossos tempos, «encontra-se na tumba dafamilia Brayda em Villarbasse.

Perfeição anatômica, empolga pela impas-sibilidade da mascara divina.E' a plena consciência do tormento. E damissão que esse tormento representi, mais

Para os que? ficaram que para o soffredor.E' a estatua mais perfeita da Dor em sua

grande expressão, da Dor comprehendidacomo uma variante da ventura que nos dialento e uma possivel vida espiritual cheiada belleza e do conforto que não foi pos-sivel encontrar na terra...

+ •$• *

George Desvallières foi o pintor qu.mais torturou a figura de* Christo na su;,

uasensiMí-dade dosARTISTASPOR

TERRA DE SENNA

O MALHO

MhhmÍ% l h?'*-

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Christo, »1<* A. Van Dy»k (original no Museu da Escola Nacional ile Bellas Artes]

passagem pelo Calvário. Desappareco pa-ra esse artista, o senso da perfeição delinhas. Fica, porém, a imagem trágica,a fôrma quasi da dor.

Escrevendo sobre o artista e a suaobra de pintura sacra, disse o Dr. Fe*r-nand Vallon, possuir Desvallières um tem-peramento doentio, accrescentando, comuma firmeza de convicção nada com-mum, nos médicos principalmente, cons-tltulr a arte do afamado pintor parisien-se um "admirável caso clinico".

Não obstante, encontramos nas "es-

quisses" de George Desvallières a catadurafeia e má dos dramas vulgares, em nada.comparável ao do Filho de Maria.

E dos modernos pintores brasileiros,vamos encontrar em Tharsdla Amaral adivinisadora da alma âs Jesus, naquellaexpressão tocada de um mysticismo con-íortador e bom.

? ? 4""•Le ChHsi jauii,.", de Paul (..««ijiiiin Quanto aos futuristas...

"Le Christ jaune", um oleo

15de Paul

Gauçuin, é a affirmação do quanto pódeum mau pintor tornar ainda maia dolo-rosa a scena do Calvário.

Houve quem descobrisse no artistauma "originalíssima interpretação davida"...

Mas, a vida é, para muitos, f e i £e má.

E a figura de Christo encerra no seudivino sacrifício a belleza moral ua suamais forte expressão — que seria a ex-pressão da própria vida se os pobresmortaes, suppostos discípulos das dou-trinas de Christo, soubessem ou quizes-sem seguir-lhe o exemplo marcado' en-tre lagrimas e sangue no cimo do Cal-vario.

E é no perfil de Christo do pintor LuizAbreu que vamos encontrar o estigmada dor, com aquella doçura resignada quedeterminou, para os que lhe sobrevive-ram, a existência e o prestigio da FeChristã,- consolidada na semana daPaixão

Page 16: Christo, de Tharsiía Amaral

O MALHO

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18 VII — 1935

da Rhenania, Slesvig-Holstens, Brandenburgo e Alta Silesia, a paz de1918 extirpou, sem nenhuma consideração. ,

O Reichstag insiste, que somente esses territórios representamuma perda equivalente em extensão, á Bélgica e Hollanda. Como setantas riquezas não bastassem, os Aluados se apossaram do impériocolonial, que era 5 vezes e meio mais extenso, do que o próprio Im-perio Allemão, no continente europeu e continha mais de 12 milhõesde habitantes. Pesava ainda, a humilhação da perda da esquadra edo anniquilamento do exercito. Os peritos do Reichstag affirmam,(jue é impossível exprimir por cifras, as injustiças mateTiaes e moraesdo -TRATADO DE VERSAILLES.

O hitlerismo encanta as multidões nostálgicas da Germania, sau-dosas das glorias memoráveis de Blsmarck. Além do Hitler, vozc-saltivas fizeram ouvir o seu protesto. Richthojen advertiu: "Um povohumilhado é sempre forte para uma guerra, sobretudo contra aquelle

que o tem humilhado".Streseman exclamou: "Jamais um povo íoi tratado com tanta

injustiça, como em 1919! Não temos mesmo, mais o direito de pos-suir colônias' "

Porque a Allemanha denunciouo Tratado de V ers • Especial para "O MALHO"ailles '»¦Onéo-germanistno

inquieta o mundo inteiro, com o seumessianismo militar e a sua politica reivindicadora.A .Allemanha jamais se resignou e jamais se resignará

ás enormes mutilações, impostas pelos AHiados, na CONFE-

RENCIA DA PAZ. O sentimento de grandeza, que levou

a Prússia á guerra dc? 1870, moverá Hitler á recomquistados domínios perdidos e á restauração da bupremacia am-

bicionada. Como admittir, que os allemães renunciassem de

um momento para outro, aquelle sonho faustoso de pre-eminência, tão palpitante nas gerações do Império? No

principio deste século XX, exclamava o principe de Buelow,

que o rei deve estar á frente da Prússia, a Prússia á frente

da Allemanha e a Allemanha à frente do Mundo. O mesmo

principe de Buelow, chanceller do Império Teutonico, desdi?

1897 até 1909, assim definiu as tendências da nação: "A

politica mundial da Allemanha, está fundada sobre a sua

politica européa. Desde o momento em que vacille o solido

fundamento da potência européa, será insustentável o edi-

ficio da nossa politica mundial. Renunciar ã politica mun-

dial, será equivalente a, decomposição lenta, mas segura

das nossas forças vitaes". Obedecendo instinctivamente a

esse principio, Hitler desferiu o primeiro golpe no TRATA-

IX) DE VERSAILLES, com a proclamaçâo da renascença do

exercito.

O Reichstag faz graves e immensas accusações, contra

o espirito pacifico dos Aluados. O TRATADO DE VER-

SAILLES despojou os allemães de importantes bases de

producção. repartiu o território confederado por Bismarck,

desmembrou as possessões coloniaes, exigiu milhões de ouro

e feriu de morta a vida econômica da nacionalidade. Ella

freme de impaciência, çom a separação da Prússia Oriental

e da Prússia Occidental, pelo CORREDOR POLONEZ.

Outros territórios não menos preciosos, como os retalhos

De Mattos PintoHindenburg proferiu a sentença irrevogável da nação:

"Tudo quanto é allemão deve retornar á Allemanha"

E o Kronprinz soltou a phrase inolvidavel: "Ate o fim domundo, a espada será o factor supremo, o factor decisivo: "

Eis porque o néo-germanii-mo de Hitler denunciou o TRA-TADO DE VERSAILLEÍ»

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Page 17: Christo, de Tharsiía Amaral

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PorMAX FLEIUSS

/p tigura do Protomartyr da Incoufiden-J~y_ cia, em suas attitudes no movimc n-

to libertador de 1789. tem sido dasmais controvertidas e deformadas pelas ver-soes popular e histórica.A autoridade dos publicista? e documen-tos que versam o assumpto procurou, não olis-ante, restaDelecer a verdade dos facios e reerl-

8"' a culminância o vulto do Tiiadintcs.O arranco patriótico, que se synthetiza na fi-sUra desse lieróe. não foi apenas a chamuscada.Vi J;<',,a,,Il'<,,'i''«\ a que allude Sainte-Hilatre na sua "

'apcn, no |j,.asii Representa, antes, -'a aurora sangrentaliberdade e independência da nossa pátria", no con-ceito de Xavier da Veiga.t

con,lt'<'ido o retrato que do alferes-marlyr nos tra-Mi" ,

aq"im Noi'beito em sua popular Historia da ConjuraçãoOs B !*'

"E'a eIIe de estatura alla' de espaduas largas, comopatl"alUraeS de Minas- A sua pnysionomia nada tinha de sym-_ .. e~' e antes tornava-se notável pelo quer qus fosse de re-e"te. devido, em grande parte, ao seu olhar espantado",pant ri - retrato se ca'ca na referencia "um official feio e es-Rod ' fe'ta pel° inconfidente Alvarenga: mas jã o conego"0 XaV*

da Costa- outro conjurado. opinava em contrario :do se »r

6ra um raDaz sympathico"; e um terceiro, o coronel*yn,.fU .ReS'niento, Freire de Andrada. realça-lhe o calor da^^pressao

consci y"'a<1en,«'s não era absolutamente "um enthusiasta in-a core-6 ri

d° <,,,i,, revolucionaI'io". "não convencido para cingirnos fna , Protomartyr e merecer cultos a Guilherme Tell". quecalca João Brigido. Prcrurjsoros da Independência.ie

* etn muito menos se apresenta como "o mais inslgnlfican-RHato fremÍ° da socledade da sua província", na fôrma doto T uS? d" ''rovinria ReliKiosa do Brasil, Archivo de S. Ben-' Usbôa, 1792.r-onfideni '6 fact0, a verdadeira posição do Tiradentes na In-

Parsa

Vencia?* de protagonista.

o nol-o indica e prova irrefutavelmente.sem duvida. Jamais, de intimo com-

Emtembro dPr ° loKar. a Alçada por Sentença de 20 de Se-e a supr*

1792 lhp reconhece repetidas vezes a prioridadePronunciart"30'3 "° movimento insurreccional, entre os 29 réosRio e -™ ,.s. e 24 rondemnados no processo de devassa noem Minas.(reza

'a^it^ri*6 que *ntre os cnefes * cabeças da conjuração^Public 8entença) o prmelro que suscitou ns idéas da0 Tira.t..... ° reo J<,aquim José da Silva Xavier, por alcumia

ntença da Alçada, querendo infamal-o e feril o mais«ntcs, _ -primeiro cabeça g chefe da rebellião'

f»ndo naenca <la Alca"a 1sua sobranceria e coragem, assignala Xavier da

Quadro »le A. Delpino,existente 110 Palácio (1*Liberdade de Bello Ho-

rizontc.

Veiga — sagrou-o para o culto dev<do aos beneméritos e he-róes. O seu sonho de gloria não era o delírio de um paranóico,pois se realizou após o martvrio com a acclamaçáo da Inde-pendência da nossa pátria. Não CTa um vão anseio, pois con-vocou os espíritos mais cultos, civig e clero, altas autoridadesadministrativas e judiciarias e os commandante» de qnasi to-dos os corpos militares da Capitania.

Mas se ainda ha quem lhe negue, em nossos dias. o titulode grande martyr da Republica. Ruy Barbosa lh'o reivindica,nesta Invocação de fogo de um seu discurso:

"Da forca, onde padeceste a morte infamante reservadaaos malfeitores, rebaixou a tua pátria o sonho republicano, queoutras gerações tinham de ver consummado.

"Morto pela Republica ó Tiradentes. és a licção immortal dada á Republica, da aversão ao sangue e á intolerância;és, perante a Republica, o advogado geral contra a vingança ea oppressào.

"Victima d um terror passaste á posteridade como acondemnação de todos os terrores".

O Tiradentes estava, porém, predestinado á culminânciano esforço propugnador e no martyrologio pela causa da li-herdade nacional.

A Historia sagra-o como o primeiro a manifestar a idéada ousada revolta. A iniciativa pertence-lhe sem duvida comolhe pertence a parte mais heróica de todo o drama". (Xavier

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O MALHOda Veiga — Ephemerides ml-neiras).

O próprio Tiradentes, uo4o interrogatório, confessa:"com effeilo se tramara o 1©-vante"; e "foi elle quem tudoádeiou, sem que para tal fim,nenhuma pessoa o movesseou influenciasse em seu ani-mo"; e particulariza: "a prl-meira pessoa com quem faloupropondo-lhe o intento d asublevação, fora o inconíi-dente dr. José Alves Maciel".

Descreveu este ultimo emseu depoimento que, ao falarentão', da pátria, o Tiradenteschorava de emoção. Foi issoem 17S8, no Rio de Janeiro,durante uma excursão ao rioAndaraby.

O c o nego Rodrigues daCosta reconheceu que — "Aalma do movimento da incon-fidencia" em que também te-ve parte — "e quem prepa-rara esse gjrande cornnietti-mento, foi o alferes do corpomilitar da cavallaria mineiraJoaquim José da Silva Xa-vier, propagandista da idéa naCapitania e fora delia". No-tára-lht' "a temeridade, queelle, padre, tentou refrearponderando-lhe a$s perigosas,conseqüências". Ao que o he-róe predestinado lhe replica-va: "Nâo ha de Ber nada;Deus está coinnosco".

Já o padre Oliveira Rollim,outro conjurado. observavado Tiradentes ao incon "iden-te coronel Alvarenga: "Aqud-le rapaz é um heróe e nãose lhe dá morrer na accão,contanto que ella se faça".

O heróe da Inconfidênciaera dotado de intelligenciaprompta e vivaz, gênio acti-vo e emprehendedor, senti-mentos nobres e generosos,bons princípios moraes e re-ligiosos, ardente amor á pa-trla.

Filho de pães mineiros ede tronco avoengo bandelran-te, desde joven, reflectindosobre a situação ruinosa dasua Capitania, que sustentavaa Hetropole, na phrase de umhistoriador portuguez, Olivei-

ra Martins, e por ella eratratada como vil feitoria deescravos — sentia o ruborsubir-lhe as faces e choravaamargamente de indlgnaç/io.

Tiradentes não reveste,pois, esse typo vulgar de sol-dado matuto, ingênuo e fana-tico, que delle se tem buscadoestampar, sem mais exame.

Recebera dos seus pães —Domingos da Silva Santos eAntonia da Encarnação Xa-vier — certa cultura. Doisdos seus irmãos — Domingosda Silva Xavier e Antônio daSilva Santos, ordenaram - sepadres; e o Tiradentes, quefoi o 4° filho do casai, tinhaconhecimentos de mineralo-gia, hydraulica, de botânicamedicinal e prothese d e n-taria.

O governador Luiz daCunha Menezes confiou - lheuma commissão mineralogicana Serra da Mantiqueira esertões de leste, serviço esseque exigia preparo e coragem.O alferes Xavier se achavaentão a serviço da ronda doMalto (Officio de 21 de Abrilde 1784 ao coronel ManoelRodrigues da Costa, regista-do no Archivo Publico Minei,ro e expedido oito annos jus-tos antes do suppllcio).

Sabe-se ainda que elle1tentou mineração em suaslavras do Parahybuna, ondetinha quatro escravos a seuserviço.

Da sua profissão de dentls-ta ambulaiite, nos esclarecefrei Raymundo Penna Forte:

"Tirava, com effeito, den-tes com a mais subtil ligeire-za e ornava a bocea de novosdeutes feitos por elle mesmo,que pareciam naturaes".

O seu espirito de clarivl-dencla o fizera apóstolo dareforma completa d o nossoregimen colonial, assim comosentiu as necessidades mate-riaes que reclamava a capitaldo paiz. Dahi, os seus proje-ctos de abastecimento dáguapela canalização dos manan-ciaes do Andarahy e Mara-

cana; de construcção de tra-piches, moagens hydraulicas,etc

Falou dos seus planos emaudiência, ao vice-rei Luiz deVasconcellos, que os desde-nhou. Entretanto, a posteri-dade os approvou e realizou:

A partir de 1808, o princi-pe regente D. João entrou aexecutal-os no Rio de Janei-ro. A s"ua memória já come-çou a ser glorificada defini-tivamente. Na sessão de 20 deAbril de 1923 do InstitutoHistórico Brasileiro, consargrada a Tiradentes, deixouconstatados Affonso Celso, seupresidente, o desassombro, adignidade, a abnegação, a co-ragem e generosidade do Ti-radentes, "profllgando osabusos do governo colonial,afrontando sereno os mínis-tros da Metrópole, que ellesabia implacáveis e destitui-dos de escrúpulos, pois 70 an-nos antes um delles, em Mi-nas, sem Jurisdicção. confor-me confessou, mandara es-quartejar o revoltoso Philippedos Santos, atado á cauda dequatro cavallos selvagens".

Em outra sessão, de 20 deOutubro desse anno, tambémconsagrada ao Protomartyr,Affonso Celso propoz que emsua honra se faça, por inicia-tiva do Instituto, erguer uniarco triumphal contendo osnomes de os martyres da 11-berdade nacional, com os vul-tos de Tiradentes, de Domin-gos Vieira e o seu fiel escra-vo Nlcoláo e de soror JoannaAngélica, «ymbollzando estesúltimos o concurso prestadopela raça africana, pelas vir-tudes da mulher brasileira ea religião catholica á nossacivilização. No frontespiclodo monumento, a inscripção:"Gratidão da pátria aos mar-tyres heróes e precursores daIndependência, immorredourae Intangível, como a união ea integridade naclonocs".

A rebellião se propunha áinstituição da democracia, ácreação de um parlamento le-gislativo, e de uma unlversi-

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ITRADENTES —A confirmação da sentença — Por Kd. de Sá-lb97.

18

18 — IV — 1935dada.

Na sua bandeira, collaborouSilva Xavier com a imposiçãosymbolica do triângulo, re-presentativo da SantíssimaTrindade, em cujo dogV.iasempre falava, abrazado deamor divino.

Na correspondência dosnossos vice-reis Luiz de Vas-coucellos e conde de Kczen-de, como do visconde de Bar-bacena ao governo de Minas,figuram documentos elogiososdo Tiradentes, reconhecendo-lhe talento e aptidão.

Dos réos condemnados noprocesso, sujeitos á prisão aconfisco de todos os seusbens patrimpniaes, um mor-reu no patibulo, outro se sui-cidou mysteriosamente, doismorreram n o calabouço, emuitos se extinguiram no des-terro. Apenas dois civis e trêsecclesiasticos volveram á ter-ra natal e viram realizado osonho de gloria da Indepen-dencia.

De dois preciosos manus-crlptos existentes no archivodo Instituto Histórico Brasl-leiro — um offerecido aoInstituto por Varnhagem, ou-tro por Joaquim Norberto —Intitulados respectivamente"Memória do êxito que teve aConjuração de Minas e os fa-ctos relativos a ella aconte-cidos nesta cidade do Rio deJaneiro desde o dia 17 até 20de Abril de 17»2; e Últimosmomentos do inconfidente de1780 pelo frade qUP o assistiude confissão, attribuido a freiRaymundo Penna Forte extrahimos os seguintes in-formes:

Attestam os frades frnncls-canos, como testemunhasoculares de todos os factosdesenrolados no interior daCadeia Velha que o Tiradon-tes ge mostrava movido dedor verdadeira.

Foi um daquelles indivi-duos da espécie humana quepõem, em espanto, diz freiRaymundo, a propr]a nature.za. Enthusiasta com o aferrode um Rauqucr. emprehende-dor com o fogo de um dom,Qu chote, habilidoso com umdesinteresse philosophlco, afoi-to e destemido sem pruden-cias, á8 vezes. e outras teme_roso ao ruido da cahlda deuma folha. Mas o seu cora-Çao era bem formado"„*?cebe.u d<? animo sereno anotif.caçao da sentença demorte, sem mais recurso aelle. semente comminada.

Quando aos demais co-réos" deu conhecimento da car-£na l*'d\ Perdâo * K^ça dedona Maria I a tCK,08 £nce_ao t ,£m

exceP«ao delle só,ao se lhe tirarem os grilhõesQue os acorrentavam, felici-ou-os a todos por isso. ReJubilou-se de vêr-ee isento detTlTfonMb,»dade pela mor-te violenta de nenhum delles.w*o o tocou a inveja nem o

(Conclue no fim do numero)

Page 19: Christo, de Tharsiía Amaral

18-

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935

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7sr.

O MALHO

aulo acordou-se muito tarde aquelle dia.Teria sido um mau sonho? Não, de facto fclle tinha per-

dido em seis horas de jogo a enormidade de sessenta contos.I inha perdido e, o que era muito mais grave, tinha se compro-,mettido de um modo horrível, enchendo um cheque cuja im-portancia ultrapassava de muito o que ainda lhe restava nobanco. Maldito jogo!

*-> joven medico, já tão notável, mas absolutamente "des-controlado , começou a imaginar um meio de obter rápida-

ente aquella quantia, que representava o seu rendimento deuns seis mezes de árduo trabalho. Formulou varias hypothe-

' s P°rém completamente irrealisaveis: os amigos e col-egasjá o tinham na conta de inveterado jogador: o velho Uonaturalmente havia de querer saber onde tinha ido parar a*** c*° avô7 quanto a usar seu nome para fins illicitos de-moraria muito tempo, além de ser sobremodo arriscado.

sl(uação estava pois extremamente critica.¦ ensou então no suicídio. Mas isso seria infame — elle.or da edade, orgulho e esperança de seus pães. dar aosPobres velhos tal desgosto: elles viriam a saber de tudo e atéez morressem de dôr. Não, absolutamente não se mata-Descobriria um outro meio.

cas - 0f qUe d,a'x>''ca co'ncidencia teria, justamente nessa oc-medic°o?aPPareCÍCl0 ° Alberto* a °-uerer faIar com agencia ao

bafava"'" ^ ° am's° dissesse qualquer coisa, já Paulo desa-

Ãlb?eSta VCZ' Alb<rto' e3tou Pedido

do ent r ° P°rém se mantinha indeciso, como que não saben-

J** no assumpto que ali o trouxera. Por fim arriscou:

ta m, f. qUe fari£ você Para arranjar hoje mesmo uns oiten-ou cem contos?seria capaz de empenhar minha aíma ao diabo !

-Ora

pies ™=. "" e" venno lne propor um negocio muito mais simv es. mas se não lhe

- Poi¦ mas se

segredo, qucPault-T

convier, peço-lhe. além do mais absolutonao se zangue commigo.J^o

annuiu com a cabeça. Alberto então começou:é necess

"ta"Se de tratar de l,m vc,no multimillionario. porémPaul

°.<,Ue e"e nao melhore, ao contrario — morra.agarrado

*"¦ "m PU'° da cadeira* em outra oceasião teriaPorém .-„_OV'Sltante Pel° gasnete e posto pela porta afora.elasticida^3 ^ COnsciencia t,nna adquirido um certo grau de*o differ ^ Permittia ver a questão por um prisma mui-diondo ne"

°Z Um se9und° de relutância acceitou o he-a 'O. allegando á sua consciência que. se elle nãofize:sse isso. outro o faria.

CruzTratava-se apenas de fazer morrer o pobre Martinho

lue o outr "*

^C'°S daquella fabulosa empresa electrica. para

lesando ¦ mo* realizasse uma negociata fraudulenta.

Como n k-__!*5? de "aturas, mas ganhando milhões para si.Dom Martinho r-morte. se oppuzesse a isso. foi condemnado á

Si|veira tro^a ""^ h°ra 'Ud° EStaVa ultimado: ° Dr- paul°

Ção em ou 3Va P°r Um cl,e<iue de oitenta contos uma declara-

apre.<-r' ** con,Promettia a náo curar um homem, mas ap^oseufim.

eamente ™ ,nico como era Paulo, matar um homem techni-pies. •''¦gurava como uma coisa extremamente sim-

septicemi "0 traçado ioi ° seguinte: fazia-se o diagnostico de

boratorio" * qUando fo!,se «rar o sangue para o exame de la-ru,ento o

" am,nava a agulha com um germen bastante vi-AssimeStrePtOCOCC° hemo,yt'co por exemplo.

a Situação" Cpme,"OU ° medico sua obra infernal. Theatralisou

¦animadora p* Um maU Pro9nos,'co' citando estatísticas des-

bre oue ^ S' eparou uma tabeliã para traçar a curva da fc-

Nod°rcerteza iria abr"ar °docn,e-dePois iá /,,Se9Umte á Punc<_ão venosa c febre foi a 38.*; horasr " ia attingia W •«. i /-____. •luidado ' ! u Pobre Martinho estava mesmo li-

mente

o.APós doze hoi

imprevisto ras. porém, deu-se um phenomeno absoluta-voltava à"n" i

"0S annaes da pathologia ! A temperaturaluentes

ornial|dade permanecendo assim nos dias subse-

Vf iWMKX'* m

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Conto de CARLOS CAMPAG. — {Illustração de ALOYSIO)

mwL^.W&ÊÊIÊÊMêꧣ&¥^fí''''~ *-^KMMlHlilm

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Foi um successo! O Pr. Paulo era mesmoum medico milagroso, uma gloria da sciencia con-temporanea, orgulho do p*iz, etc.

Quem porém não entendia isso era Paulo; te-ria o veihote reagido á infecção? Estariam mortesos germens quando os inoculara?

Não faz mal, explicou elle ao6 seus com-parsas, matal-o-ei com arsenicaes.

E começou então um tratamento intempesti-vo com altíssimas doses de arsênico. Quinze diasdepois Martinho affirmava que havia remoçadovinte annos!

Operal-o-ei. affirmou Paulo, convicto deque apoz a extirpação da próstata, uma hemorrha-gia havia de lhe permittir encher o ambicionadoattestado de óbito.

Um mez depois dizia-lhe o doente, num am-pio sorriso:

Meu caro doutor, devo-lhe tanto que sin-to receio de nunca lhe poder pagar o que real-mente merece: fez de mim um outro homem, umverdadeiro joven !

Paulo já estava ficando desorientado. Ma-tar um homem com a Medicina, sem despertarsuspeitas, era coisa muito mais difficil do que pa-recia á primeira vista.

Vou desequilibrar-lhe o systema endo-crino. pensou o medico e acto continuo enviou odoente a um Gabinete de Radiotherapia para quese applicasse forte dose de Raios X na hypophysedo infeliz millionario.

Desta vez a reacção foi forte e Paulo chegoua pensar que tivesse conseguido o ieu desígnio.

Eis porém que um bello dia surge D. Mari-quinha. esposa do capitalista e depois de muitos

19

rodeios supplica ao milagroso'' Dr. Paulo quea submetta a um tratamento análogo, pois ella sesentia muito infeliz, velha assim, ao lado de ummarido que parece ter vinte annos menos queella!

Desta vez. Paulo ficou seriamente tentado aarmar-se de um revólver e liquidar o caso sem oauxilio da sciencia.

A sua situação financeira tinha ficado maisou menos solucionada: com tamanhas attribula-ções tinha se libertado do terrivel panno verde;seu nome andava de bocea em bocea, surgindo-Iheclientes de todos os pontos do paiz. Nessas condi-ções a sua consciência havia voltado á normalidade,mas quem não estava absolutamente pelos autos erao Anselmo, que se considerava victima de um chan-tagista. de um verdadeiro "escroc". Como se li-vrar disso?

Após varias noites de meditação achou final-mente uma formula perfeitamente conciliatória:usando de sua formidável autoridade de medicoassistente e "salvador ". exigiu que o velho Marti-nho abandonasse completamente os negócios, dan-do a mais completa liberdade ao seu s$cio Ansel-mo.

Não parou porém ahi a fortuna do grandemedico; elle já havia notado que tinha despertadouma verdadeira adoração por parte da deliciosaMarina, filha única do casal e herdeira dos seusinnumeros milhões. O casamento, como era "cine-

maticamente ' dc sc suppor, nâo demorou dois me-zes e hoje em dia Paulo, aquelle desesperado dehontem. nada em felicidade: possue tudo — fama,amor p muito dinheiro.

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O MALHO 18 — IV — 1935

O Tempo é o anesthe-sico do coração. Não hamelhor cocaína do queum anno de ausência . . .

Que seria do generohumano se a bocca dasserpentes soubesse bei-jar — como a das mu-lheres?

O amor é uma fôrmade governo que só é se-gura quando se manifes-ta pela tyramnia. Umamor democrático é,sempre, um amor quefracassa. . .

O sonho é o baile demascaras do pensamen-to. A fantasia é umarealidade que persisteem não tirar a masca-ra. . .

O melhor meio deagradar a uma mulherbonita não é, como sup-põem alguns, elogial-a e,sim, fazer restricções ábelleza das outras mu-lheres. . .

Pensamento de umadama intelligente: ocerebro é uma grandecousa mas. infelizmente,não se pôde exhibil-o naAvenida..."

Uma dama que vae álivraria, ou marcou umencontro amoroso, ouvae comprar papel paracartas. . .

Um homem nunca de-ve curvar-se deante deuma senhora, por mais

IHustração de THÉO

bonita que seja — a nãoser para lhe atar o cor-dão dos sapatos. . .

O banho de mar é umaespecie de jornal faladoda gente elegante: nelle,toda a gente faz propa-ganda do seu propriocorpo. , .

Nada mais parecidocom um poeta do queuma nuvem: ambos vi-vem no ar e não têm ne-nhuma realidade visi-vel. . .

Um marido que fingenão ver os calos de suamulher tem 50 probabi-lidades sobre I 00 de con-quistar a sua estima. . .

—»—Observae uma mulher

quando beija: nunca fe-cha os olhos. Não ha ne-nhuma emoção que rou-be ás mulheres o sensodas proporções . . .

O melhor abraço quepodemos receber éaquelle que menos nosmachuca o paletot. . .

O sujeito enganadoque procura amar a ou-tra mulher, por despei-

to, faz como um infelizque, tendo encapado* deum envenenamento, seatirasse do Pão de As-sucar abaixo. . .

Se o trabalho nobili-tasse, os burros e os ele-phantes já seriam Mi-nistros de Estado. . .

O melhor Paraiso é oque se reconquista de-pois de o perder. . .

"Por que será que o

genero humano foi o uni-co expulso do Parai-so?. . ." (pergunta na-tural de um animal pre-historico) .

A solidão só começa aser perigosa depois queapparece uma mulher...

Quando certas mulhe-res beijam, á hora damorte, o seu esposo,conseguem um record:podem gabar-se de o te-rem enganado até o fim.

Os homens de espiri-to sèriám mais felizes emamor se as damas acre-ditassem em espirito. . .

Um bife com bat&tasé uma realidade mais

palpavel do que um ra-ciocinio. . .

As damas resolveramo problema do estomagoda mesma forma porkque resolveram o do pen-samento: enfeitando ascousas que comem e asmentiras que dizem. . .

O amor é um passa-tempo que, ás vezes, nãopassa nem com o tem-po. . .

O Nada seria umacousa svmpathica se, ásvezes, não tomasse a for-ma humana. . .

Os conquistadores decorações são como os do-madores de feras: só do-mam as feras previa-mente domadas.

O noivo é um cava-lheiro p r ofundamenteaffectado, que transfor-ma á mentira em virtu-de. Os maus maridoscostumam ter sido osmelhores noivos.

Quando uma mulherengana a um homem éporque, de ha muito, jáse enganou a si própria...

—A bengala é, realmen-

te, a única cousa emque_ certos homens seapoiam. . .

A nudez é a verdadea Fôrma. Também em

alguma cousa as mulhe-res haveriam de tolerara Verdade. . ,

Por BERILO NEVES

20

Page 21: Christo, de Tharsiía Amaral

18 — VII _ 1935Conforme annunciámos, conti-

nuaremos a resumir, nesta paginaque é dedicada especialmente aosleitores do interior, os aconteci-mentos mais importantes, do paize do estrangeiro, occorridos na se-mana anterior.

^ Universidade de Radcliffe of-fereceu á Sra. Maria Luiza Bit-

tencourt, constituinte bahiana o 1*Prêmio de oratória nacional, ma-tricula gratuita em seus cursos deespecialização de direito constitu-cional e sociologia

SmlF Diaí....;..;..;.

flP^flk

Rr*. Maria Lui-*» Bittencourt

(ifn- Ludindotff

'IKaaaaaT

C""de de Affon-so Celso

aSr- Miais,. „Tt»balhó

ro Uo

17CT lançada, na Praça Paris, apedra fundamental do monu-

mento ao Marechal Deodoro, pro-clamador da Republica, acto quese revestiu de solemnidade, e aoqual compareceram altas autori-dades.

+ * *

(~\ governo do Estado de Per-nambuco dedicou á grande

subscripção nacional para a conã-trucçào do Pantheon dos Impera-dores, em Petropolis, a importan-cia de dez contos d'a réis.

•$• * +

DEALIZANDO uma do suas via-gens de Instrucção, fundeou ua

Guanabara a imponente fragata-escola argentina ^Presidente Sar-miento", com uma turma de 120guardas-marlnha.

+ •$• +

(~\ General Ludendorff, cabo deguerra allemão que creou fa-

m a universal na campanha de1914-1918, acaba de completar 70annos. Por ordem do "Fuehrer"as ruas de Berlim foram emban-deiradas, nessa data, havendo va-rias conimemorações de caracterof íictal.

+ + + *ACHAM-SE no Rio. af/m de to-

mar parte em torneios sporti-vos, varias delegações estrangei-ras. Entre ellas se destaca a âcnadadoras argentinas, compostade cinco recordistas, obedecendoá cheifla do "sportman" portenhoMario Negri.

+ + +Ç\ Centro Oswaldo Spengler pro-

moveu uma significativa no-menagem ao Sr. Conde de Affon-so Celso, presidente do InstitutoHjistorico e da Academia Brasilei-ra de Letras por motivo do reini-cio de suas actividades na cathe-dra universitária.

A Academia de Medicina daFrança concedeu ao Illustre

sclentlsta brasileiro Dr. MiguelOsório de Almeida o "Prêmio Sic-card".

m\\ Ámmmm

Barbosa LimaSobrinho

¦l ¦¦*,_ ¦

Xnpoleão

ls/ * I W

Poetisa AnuaAmélia

W

O MA L H O

Q Ministro do Trabalho despa-chou favoravelmente o pedido

da A. B. I., permittindo que se-jam considerados inscriptos no .Instituto de Aposentadoria e Pen-soes dos Commerciarios, com osmesmos direitos e deveres, os tra-balhadores em jornaes e empre-sas jornalísticas.

+ + - ¦ "?

COMPLETOU, a 9 do corrente,"44 annos de existência, deòi-cada aos interesses do povo e dacidade, o prestigioso e apreciado'Jornal do Brasil", que é dirigido;elo Dr. Barbosa Lima Sobrinho.

Jornalista Hei-tor Beltrão

poi realizado em Londres o leilãode objectos que pertenceram;

a Napoleão Bonaparte. Ao correrdo martello se venderam tambémas cartas que o cabo de guerra es-creveu á imperatriz Maria Luiza,uma das quaes attingiu a sommade 300 libras ou seja 23:700?000na nossa moeda.

4* + 4*

U"OI nomeada pelo Governo daRepublica para representar o

Brasil no Congresso Feminino arealizar-se em Stambul a poetisaAnua Amélia de Queiroz Carnei-ro de Mendonça, que levara comosupplentes as senhoras Dra. Car-men Portinoo Lutz e Edith Fra-enken.

aja •]• «!*

CTOI empossado na sua cadeirade vereador á Câmara Muni-

cipal da cidade o Dr. Heitor Bel-trão, brilhante jornalista e vice-presidente da Associação Brasilei-ra de Imprensa.

A apreciada bailarina MariaOleneva, direetora da Escola

de Dansas do -Theatro Municipal,que tantos louros tem colhido nasplatéas mais cultas do mundo,acaba de naturalizar-se brasileira.

+ +MOTICIOU-SE otficialmente o

noivado da Princeza MariaAdelaide, filha do rei Victor Ma-noel da Itália, com o príncipeArsoli e duque de Anticoli Cor-rado.

+ + +A Academia Brasileira de Le-

trás, em pleito que se realizoucercado do maior Interesse dasliversas correntes intellectuaes do?alz, vem de eleger para a vagale Augusto de Lima o jornalistae sociólogo senhor Victor Vlanna.

?. *fDEGRESSOU ao Brasil, depois

de ausência relativamente pe-quena, o embaixador argentinoSr. Ramon Cárcano. S. Er_ fedportador de uma mensagem doPresidente Justo ao Dr. GetulioVargas, tratando da próxima visi-ta deste á republica platina.

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Maria Oleneva

fcPrinceza Adc-

laidemVictor Vlanna

Sr. lí.imóii Car-cano

21

Page 22: Christo, de Tharsiía Amaral

^C*» ik B'-'^^HlHSte^M - • . A* Jt* Ji»' " ] f jffEn? ^^^p^9^^^^HfeiSaiflflflKK£^Hfe'*' ,-Jf2Sj|^D8fl&**

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f'vw ^P'yjT. V^Hy

18 — vai 1935

EXPOSI-

ção lie

GASTÃO

POR-

AGKTI

NÃO conheço o senhor José Américo.

Não o conheci quando, ao chegar doNòrte, duplamente aureolado, como ra-

rissimo romancista provinciano lido e discuti-do em todo o Brasil, e como um dos expoentesda heróica arrancada de Outubro, sobre elleescrevi no meu livro "Figuras da Revolução".

E continuo sem o conhecer agora, quan-do venho traduzir a minha despretenciosaImpressão sobre os seus últimos livros "Bo-

queirão" e "Coiteiros" este ultimo principal-mente.

A tão discutida "Bagaceira" nào me en-thusiasmou. — Nem sei por que. Talvez porqueantevi nelia, apenas os prenuncios das formi-daveis obras íuturas.

Obras, photographias nitidas, vividas esentidas, sem outras iguaes na literatura nà-cional, photographias da immensa tragédiado nordeste brasileiro.

Como retrato ambiental, sem favor ne-nhum feito ao senhor José Américo, podemser comparadas ao "Germinal" do Zola.

Em certos trechos quasi dantescos — ape-zar da differença dos ambientes — ha identi-dade impressionante na genialidade de sentire descrever esses ambientes.

Perante os olhos estarrecidos dos leitores,como no écran, perpassam a sêde, a fome, asecca, a innundação, a ignorancia, a supers-tlção.

E acima de tudo, a fé, a persistência doestoico e invencível sertanejo, immenso nasua desgraça, como é immenso este Brasil tão

deixar as agri-doces delicias do seu gabineteministerial.

E' que desejava ser julgado como escri-ptor apenas, embora bem certo que como mi-nistro teria mais lisonjeiros esses julgamentosE si o senhor José Américo ,não alcançou lau-reis como político e talvez não arrancou lou-vores como ministro, apezar dos seus esforçosimpoz-se sem duvida, como um grande escri-ptor brasileiro e sobretudo como escriptor re-gionalista.

As áridas paizagens das grandes regiõesflagelladas difficilmente terão um retratistatão perfeito. Ninguém melhor traduzirá atragédia da suas grandes dores e a profunde-za da sua resignação.

Dado que, a historia não leve o senhorJosé Américo a posteridade, alcançada aliáspor pouquíssimos ministros e raroT políticos6St? Sim' eri^"lhe-á ummonumento indestructivel de gloriaAcodem-me estas reflexões ao ler certoscommentarios de críticos de mau gosto, arau-tos fracassados de candidaturas fracsUsadasde certas mediocridades poéticas qü^T^Sto». â Academia .evado ÍÍ5.VS-ÜwS /

orreartaslra<> <*> «a poltronaff63.

n?esm°s arautos, certa-mente teriam sido sinao mais generosos pelomenos mais justiceira. si 0 senLr j^aS-s, íssn

a ú«suas obrag ainda como "Excellencia"

ERNESTA VON WEBER

"Cosme Velho, Laranjeiras", quadro de Gastão Formenti

GASTAO FORMENTI, o creador de tantas canções que al-

cançaram o maior successo em todo o Brasil, diffundi-das pelo radio e pelo disco, é também um pintor de méritoque allia á fina sensibilidade de um verdadeiro artista,~o do-

minio das cores."Rochedo - Avenida Elle inaugurou, a 15 do corrente,

fa^Gds^Vor- uma exposição em S. Paulo, destina-menti. da a um grande êxito artístico.

CWITGIKOK

Gastão Formenti

prodigo para muitos e tLoimpotente para uma par-te de seus filhos, matando-os de sêde — matan-do-os de fome.

Affirmou o valor desseslivros, mais que ninguémo seu próprio autor, pu-blicando-os só depois dc

José Américo

22

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Page 23: Christo, de Tharsiía Amaral

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Bslsi_ia_tm_Msl^^sfesiHs> —>a»»_W^ ^V ^M^Hslsl *^ *_•»" ^s^aa-^^M

Poços de Ca,_**• c°m asSuas magnifi-cas avenidas eas rB»s da-"*¦ ^ cimade wn aviãoa 2» -etrosac,m=> do solo.

O BRASIL VISTO DO CEU

Rec»'fe. ruc ! a r i d a ,1 ,da "Unha

^mba'ada nosbravos d.,vSeus dois rio,-SOrri á beira,nar. num***>**> de ei-^ moderna

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Page 24: Christo, de Tharsiía Amaral

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II E 1-1 M E Al A IMLAV AIÍIO XIIN E 8ponto adequado á locação, prehenchendo os requisitos essenciía um local desse genero _ fácil accesso a linhas de energia,fontes de agua potável, a centros de distribuição de carnes í*Vcas e legumes, e além disso apropriado ás exigências dramatudo argumento.

"Esta preparação do ponto adequado a uma locação, sóé todo um romance. E de grande vulto é o trabalho feito pàguardas avançadas ainda antes que os artistas e o pessoalchnico tenha posto de pé fora do studio.

"Um pequeno exercito de carpinteiros levanta as barracasalojamento com o systema de aquecimento indispensável, e Wdepois vem os electricistas que installam luz e força nas barrae em todo o acampamento. Mais tarde emerge do solo o hall *

W-HMDS

Kls

aqui um iilm de guerra em paizexótico, focalizando o heroísmo mi-li tar que consegue attingir a um altográo de emotividade dramática, de-

leitando. Novella primorosamente cons-truida com ella construiu a Paramountuma ubra prima de cinematographia.

Nelle actuam com alta eificiencia ar-tistica Gary Cooper. Franchot Tone, GuyStanding, c.Aubrey Smith/^stRichard Crom-well e umaúnica mulherKathleen Burke. Vimol-o em sessão es-pecial. E causou-nos a mais viva e maisforte emoção.

O scenario é a índia, a índia dos contrafortes do norteno limite Afghan, com a manhosa e cruel astucia de um povosemi-barbaro que combate o policiamento inglez tão neces-sarlo á estabilidade nacional e ás exigência da civilização. Avida no quartel colonial, a região e seus aspectos naturaes, omodo de guerrear dos nativos, o fausto oriental das suas cor-tes, tudo o film estampa avivando a curiosidade do especta-dor e o envolvendo estreitamente nas malhas apertadas daintriga. "Lanceiros da índia" será por isso um dos especta-culos clnematographicos de maior suecesso do anno.

Acerca da filmagem parece interessante reproduzir aquio depoimento de Gary Cooper:

"Uma companhia em locação, diz Cooper viaja mais oumenos á maneira de um exercito em marcha, com as suas

guardas avançadas que procuram as posições mais vantajo-sas com o pessoal sanitário, os seus armadores dt barracas,

planejadores de cidades, coslnhelros, etc."Ainda antes de partir a troupe do studio, foi escolhido o

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rages em que se alojam os cinco tru-cks que distribuem diariamente os40.000 litros de agua consumidos pe-los homens e pela cavalhada e osquatro automóveis que constantemen-te trafegam entre a locação e o stu-dio em Hollywood.

"Talvez cause extranheza que fos-sem precisos cinco cosinhas. Mas éfacil explicar. Trabalharam no film,°°mo figurantes, 150 filhos da índia.Ateuns, de alta casta, como os "sikhs",eram obrigados pela sua religião acomerem em separado de quaesquer ou-tros hindus; além disso, tínhamoscomnosco tambem um certo numero de "in-

giveis" que observam pratica idêntica. Aceira cosinha era então reservada a indivi-

duos <ie outras seitas.Quanto ás duas outras cosinhas, eram o

Numero indispensável para preparar alimenÇ&o para tanta gente com0 a filmagem

exigiu5 * - - um tal exercito de gentehou

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que

longa experiência, é um trabalho formidável a que exige, como bem seestá vendo, muitas e muitas semanas de preparativos prévios".

Mas como se ha de ver na tela, Lanceiros da índia compensoutodos esses sacrificios, "uma producção monumental,

ainda mais extraordinária que Beau Geste,como disse em sua resenha o cri-

! % „ **^^^^_^ tico do "Daily Mirror";1Ve que contractar o serviço com í

empresa de William Anderson, — a"aa Que assegura o serviço de ali-

tentações aos milhares de opera-tlos que trabalham nas obras doBoulder.

"Como vêem, o preparo de

Umal°cação_e falo com

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diversões, e logo de-pois um theatro, semfalar nas cosinhas erefeitórios.

"No valle de SanFernando, onde Lan-ceiros da índia foifilmado, os technicosda Paramount cons-truiram o maior

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FONTE DEEMOÇÕES

acampamento de lo-cação ae que ha memória em cinema. AU foram levantadosoitenta e cinco barracas, todas ellas COm alojamento para setehomens, dois refeitórios, cinco cozinhas, dois haUs de diver-soes, duas immensas cavallariças para 300 cavallos um theatropara a projecção do que se fumou no dia anterior,'uma peque-na mais poderosa usina electrica, um commlssariado e as 8»-

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SO' EXISTE UMAREVISTA CINEMATOGRA-PHICA NO BRASIL COM UM CORRESPONDENTE ES-PECIAL EM HOLLYWOOD :

CINEARTE

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Page 25: Christo, de Tharsiía Amaral

I i 18 — IV — 1935 O H J A M O

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K l^fc¦ ^r^" ^Pn .|^^H Aguardando o final da ceremonia para apj

|*audir o Prefeito cue a Camara Municipal elegeu

' desembargador Vicente Piragibe, que presidiu a installação da Camara Mu-nicípal. entre vereadores, após o acto solemne.

A mesa que presidiu a sessão de installação da Camara Municipal do Districto

Um aspecto do recinto quando se ias tal lava, solemnemente, aCamara Municipal.

18 —IV 193518 —IV— 1935

Aguardando o final da ceremonia para ap Waudir o Prefeito cue a Camara Municipal elegeu

O Dr. PedroErnesto, assi-gnando. naCamara Muni-cipal, o termo

de posse.

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Dois aspectos da assistência em freate i-«Ülmara Municipal, o povo aguardando a sahida do Dr. Pedro Ernesto, o primeiro Prefeito eleito pela Capital Federal

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Page 26: Christo, de Tharsiía Amaral

O MALHO VII — 1935

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—^ —.oononomiGaacoA INAUGURAÇÃO D' "ÚNICA"

CONSTITUIU mais que um acont-ici-mento commercial a inauguração,

quinta feita ultima, ás 16 horas, da

nova casa de musicas e rádios que se

denomina "A ÚNICA", situada na rua

Gonçalves Dias, 38, bem no coração da

nossa cidade maravilhosa.

Alais que um acontecimento commei-

ciai porque a nossa sociedade, no queella tem de mais representativo, acorreu

a realçar aquelle acto, de regra sem

significação uos meios mundanos.

Mas é que "A ÚNICA" apresenta to-dos os característicos dos estabelecimen»tos de arte.

A musica, seu principal ramo dc ne-goclos, nella se acha homenageada emvários magniXicos painéis, obras queapontam o grande mérito do seu autor.

o joven artista J. Guimarães Junior.

Nesses painéis são abordados assum-

ptos das operas de Wagner, Puconi.

Verdl e Carlos Gomes.

Uma nova casade musicas e

rádios que honraa capital

W ^r<) artista 3. Guimarães Jr., qu«-tn a decoração d*" A UX1CA",

sobre motivos de operas.

Mas não só a ornamentação d'" A UNI-CA" demonstra o bom gosto e o sensoartístico dos seus proprietários, que sáoos Srs. Iglesias & Cia.

Tambem a disposição dos excellente*refrigeradores electricos, dos optimoarádios, da secção de óptica e photogra-phia, bem como dos artigos para pre-sentes, forma um conjuneto admirável,equilibrado e elegante.

Ao acto inaugural da "A ÚNICA"de que damos alguns aspectos photo-graphicos, compareceram o presidenteda Associação Brasileira de Impreusa,representantes de autoridades e de Jor-naes, artistas de radio em grande nu-mero, pessoas e figuras de destaquosocial.

"A ÚNICA" é uma casa destinada amonopolizar a preferencia da fregueziaaristocrática desta capital, que nellaencontrará, doravante, tudo o que serelacione com a musica e o seu com-mercio.

28

Page 27: Christo, de Tharsiía Amaral

18 — IV— 1935 O MALHO

DlALOGOWu. «.ILUSÃO * a, fcEALIDADECi—^ HENRIQUETA LISBOA JB^^^^

¦^vT »w^ r-máW>*mm\.Af^\L /m^.^ámm\

I-rMm\ _^_____L\r -rrrI rrr\ W:I $_^l RRa;*\ _B_a :

Tu não comprehendes,"Cidade... Eu quiz ser doce por-çste

5.abla Que era ephemero o meuSah-610

nao-uelle coração experiente...tuad-q-Ue-l0g0 °S Seus olhos' habi"fra a"

^ distancia, desvendariam a teiatram sonho que as minhas palavrasnhoTdVam dentr° da sombra- como um ara"bia !

estr.ellas na escuridão nocturna... Sa-VentqU:,tu'.lmPlacavel, egual a uma lufada denhand

° lnverno- voltarias á lareira, empu-cham ° tCU reben<3ue frigido, para apagar ade , ?ue minhas mãos compassivas acabavamac«nder no solitaric— E

ano aposento. ..af?ora que elle soffre mai'i, que seus olhos

no chã0 am de laenmas raivosas, vendo esparsas

a6as'alh ^ .nas das árvores sob cuja rama se

p'a a s V Sentlndo mais densa a noite e mais am-

lhe !¦__,, ° ltUde' deverias ao menos ter remorso de«veres obliterado a visão!

°.Uanto d !?orso na°. Realidade... Dei-lhe tudonura, f0; \ ,do P°deria dar-lhe... E a minha ler-beu na v-j ° ma's delicado presente que rece-a?Ora, e

a'". Remorso, não. Olha-o bem: acordaSorria nuS<3UeCld° S0Dre os Joelhos o livro aberto,nuasse a *

e*tase longínquo, assim como se conti-°>Ue te

sonnar um sonho interrompido... Confessan!os' que"6'1-3

° meu DrestiEÍo a invadir teus domi-fazer cirand"30 perdoas a minha volatilidade a

__ t.n a sobre os teus lagos immotos...em ti TunHeanas"te- alusão! Aliás, tudo é enganobrilho d» , em t; « ficção, miragem,estei

— cm ii ea' lantejoulas,ra de musica de guisos,

flexos de ,e°ndolas <?ue se afastam, re-Que vales [C°"lns

"a tarde que morre...dade, Derf •' Cm rela?ao á minha ver-tua* de Ia e nit!da «mo asíiam a J^ore e bronze

_^ «ernidade?naÇa°. oi,»'Z" QUe és mulher! Que falta detudes! "Sensibilidade, que rudeza

— E'da seduCç^SHel qUC conheÇas melhor o segredoPor°.ue saL' • - elIe te prefira um momento

Idrí;ca illu:

comprehenderá que sou eu a esposa fie'que sou eu a velar pela tranquillidade do'seu somno e pela segurança do dia se-guinte.

Mas se o amas, por que não lhe acari-cias a cabeça fatigada de pensamentos, por quenao lhe povoas o ambiente com teu canto e nãote perfumas de alma para consolal-o? Vejo-tesempre magestosa e austera numa expressão deintransigência, á semelhança da morte queespreita a sua victima. ..

riH 7 ríSS° am°r é m3ÍS gfaVe d0 que Pensas- Nà° tem neces-sidade de gestos supérfluos e expressões passageiras. E' umpacto firmado no mais intimo dos nossos seres. Desde o diaem que elle se perdeu na estrada, pela primeira vez e otomei pela mão a dois passos do abysmo, elle me fez umjuramento. -Só tu serás o meu amor de hoje em deanteRealidade!Comtudo, quantas vezes elle se tem deixado levar

por mim?...E' que não tens consciência, nem fazes distineção entreo bem e o mal, perturbadora de corações!Tu o disseste: perturbadora de corações. Mas não sen-tes que e isto o que querem os homens, inquietude, tumultoclamor, pulsação, vida? Quando elles dizem: -Quero viver'

preciso viver emquanto é tempo", é como se dissessem'Quero evad,r-me da vida. crear o que nâo se percebe, pre-encher as lacunas da existência, illudir-me. libertar-me do

peso da realidade!"Como se tu, prisioneira das tuas próprias mentiras,

pudesses libertar quem quer que fosse...Infelizmente nâo posso, tens razão. Tens razão. Mascoração, quem o tem sou eu! E faria tão felizes os homens

se elles nao fossem mordidos pelo desejo de tudo apro-fundar, dissecar, destruir para conhecer...

to tj

esta- mm /que, desa- I

imagi- /de atti- /

o voo da mariposa contra /________________.B_fl __________k_mas ao cahir das horas elle y^^^U __ÉtW_

______________ ^^^^^ _________________________________________fl_H________________________________. ^"^V^ ^*"" _^_^_^_\ " ' -

29

"rtunada

Page 28: Christo, de Tharsiía Amaral

O MALHO 18 — IV 1935

$&»•

r-l

V EM ascendo oj«^-«ente.

Ve«^°e^e subiu ao c,od.s^e

sem saber po*^e, , -o alarido,

a acompan^-^ s a ventura

de \evar nos braço

faz-se a contusão:

^¦naíuta:ranS-^riniweitodosseauramna aumde «^^ut vez um balão-EalÍ oelde^da

fartap06 de pa^1Restam agor deslttusão.

E, para consolo da ^ ^^do

Todos se auram em a d.sputa

qUenoego.smo^ inaUaWtó..,{lcaemUangalhosn

a cada um. ° •«*0Resta, depo^ a em vâo:

da telicidade que t. rrapos

^' ' ALVES FB«"BRA

OARCIO M.

pCt ^NOdoeiracope^aP^'

M AGRO. <+*%£ deStino **»• ^saW..4 elle a cump"r .. pesani..•***"13 mover-se..- OsP"l"avP0 do este.

"" .**••-*•

aUSter°Sa espW- «* 3 ^T °ae

e a serra, « o -»»¦ ' "

camP°' Eo»ha o curro. ao longe, e

a9°n,sa u«^tentoescore

Move-se. Adeanta as -aos- ^

lsUaV^caabert-Baa^tiraaspatas...

{eteosrtenC.oavo

F . - livro de Ua*****r°ln oesP^Wa9'

que eu !>• ein ntada:

U"a 'TI -rta ve,^ Um duque. >-

^Lutando com a^eorni0saUda..-

Salvara a v.da

, estremecia.001 aclo da amada

E°Ctrir pedia.--Elle a •** P

EhOÍeaTcrtae'l*audade-"'"'_ Com que c'u

^^ WSt0madae°C^o que dizia^'^dresa^orialia^

Seoduqueíosseeu...

«¦•rTiSraS-' ..Uma coisa sômen« eu

M P U R A R E

Page 29: Christo, de Tharsiía Amaral

18— IV 1935

JTA • • •

INDIFERENÇAA actriz Plessis não supportava acollega Crolzette, porque esta lhe

erar^superior em renome, em belle-za e em esplendor.Uma tarde, no íoyer da Come-die Française, Mlle. Plessis deu umencontrão na outra e, para mos-«ar quanto a despresava escusou-se assim:

Perdão, cavalheiro...

UM FRACASSO DE ABELHERMANT

Annos faz, apresentava-se a exa-«te um sobrinho de Abel Hermant, ocelebre comedlographo francez. Orapaz era intclligente, mas pre-Suiçoso.Como, na prova grammatical, lhetocasse fazer uma composição, o«obrlnho de Hermant copiou mais

Que depressa um trecho de umaobra de Seu tio. Nem por isso obte-ve boa nota. Ao contrario. Escre-veram-lhe á margem da lauda doPapel: Desconhece a grammatica.Afflicto, o examinando correu á£asa do escriptor e contou-lhe ahistoria.

~- ST natural, disse Hermant. Re-Provaram-te porque copiaste."~ Não. E' que o que eu copieinao estava certo. tiüo.UMA PROPOSTA INACCETTAVEL

Um celebre pintor fez em dez mi-nutos um croquis a lápis no álbum& um nüllionario.

Quanto é isso? — perguntouricaço.Quinhentos mil réis.Não p«xie ser! protestou o do-0 do álbum. Quinhentos mil réisP°r um desenho feito em dez mi-nutos?

.~~ Poís eu lhe dou um conto deels se fizer um desenho igual.

O REI !"°s Cadetes da Rainha" eram re-

Presentados. aquella noite, numfeiuf10 de Parls' Luiz XI11' que era

J0 Pelo actor Thorsigny, deviantrar em scena precedido de doisPagens. Um annunciava-O Reü

* artista a 1uem cabia íazer a^esentação do monarcha não ap-

ecia- Thorsigny, então, empur-u Para a frente o segundo pa-Sem. dizendo:Entre você e annuncie-me!

Pagem, uma pequena estrean-¦ ae ã scena. mas não sabe comodesempenhar de sua V°nta. O*?**".. imp_clente:vamos, annuncie-me!balbupaeçm. alnda mais acanhado,

~~ ° *. Thorsigny!

Conheciam-noquasi todos os fre-quentadores do ca-bar et. onde ia in-variavelmente, tresvezes por semana.

Pouco se sabia dasua vida. Apenas,que era funeciona-rio publico, e morava só no

quarto de uma pensão da VillaMarianna. Fumava muito. To-mava muito Club Soda. Oratifi-cava generosamente os garçons.Fugia do álcool e de conversas,especialmente as confidenciaes.

Isto açulava a curiosidade demuitos, que viam nelle um pos-suido de um mal secreto a lhe

pungir acerbamente o coração.Com habilidosa dlscreção, res-

peitando as phases do seu mu-tismo, que escondia extraordina-rios conflictos mentaes, e con-f iando-lhe dolorosos se g r e des,dos que todos nós temos, captei-lhe a sympathia. E fez-me con-fidencias.

Casou-se, e foi Infeliz.Sempre...Expandindo se:— Sou um homem inutilizado.

E tenho, mais, a me amargurara existência, o facto de ter euconcebido como supremo idealda minha vida, um lar feliz. Nàotenho paixão por minha mulher.Se tivesse seria, talvez, menosinfeliz. Choro a perda do meular. Soffro apenas por se terdesmoronado o meu sonho, enão porque ella me desprezou eagora faça, acaso, isto ou aquil-Io. Revolta-me ver que me en-

O homem quedava á procura

uma paixãoganei e não soube escolher umamulher que fosse capaz de íazera minha felicidade.

Não bebe?...O álcool nos priva dos sen-

tidos, e eu gosto de frulr osmeus prazeres e supportar osmeus soffrimentos, em plenaconsciência, sem recorrer á co-bardia de um delirio. Se resol-vesse me suicidar, tratar-me-ia,primeiro, com um medico espe-clalista em moléstias nervosas ementaes, para praticar o actoiria e conscientemente.

Suicidio! E' cousa em que nãotenho pensado. Suicidar-me poruma mulher que não amo!Pelo desmoronamento do meusonho, sim. Mas, diriam que foipor causa delia. Gostaria de meapaixonar por uma mulher quetambém me tivesseamor. A imposslbi-lidade de uma bellarealização, no quejà íui mal suecedi-do, me daria animopara o que, aliás,não me falta cora-gem. Diriam que eulme suicidei por cau-sa delia, e eu, satis-feito, também o di-ria, ao me despedirdesta vida. Não fu-gíria, assim, aoúnico delirio a quenão fujo — o deli-rio a que nos leva

O

an-e

MALHOmulher amada, odelirio do amor!

Encontrou

a suapaixão.

F o 1 h e a n do, nobonde, os j o r naesda manhã, li que "o

seu Anesio Montei-ro. se apaixonando

fortemente por conhecida senho-rinha da nossa sociedade, e nãopodendo com ella se casar, porjá ser casado, embora desquitado.levou a termo a existência, cau-sando admiração a calma, a írie-za que demonstrara, na realiza-ção do seu tresloucado acto.

E não me deixou sem a sua ul-tima confidencia. Veio-me umacarta, lacônica:

"Meu amigo, encontrei a minhapaixão, apezar de não a ter pro-curado muito. Amei-a como sepode amar na vida, e levo a illu-são, ou melhor a certeza deque o meu amor foi correspon-dido.

Mato-me por uma mulher quevale multo bem um suicidio".

NIVALDO B. DE ANDRADE

gíria, assim, ao I 1 f§rt '

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Page 30: Christo, de Tharsiía Amaral

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I \) TOTITffiW / A 8rande aspira?3o do1/ VJU \ Quatru allemaes quasi sc perde- / P°br®. jornalista ou do /<\

III \ ram noproprioRiode Janeiro... / jornalista inval.do, vae*¦¦1,111,^ —— \ pica ram extraviados nas / ser uma reaildade: conce-

Fntao nao podemos mais usar cami- \ mattas do Corcovado, / "eu 0 Dr- Pedro Ernesto

\ onde passaram o diabo! / mais uma area de terreno yjjjl\ Depois digam que a / Para a A. B. I. construir a\ propaganda do tu- / 8Tande ca'sa para o abrigo\ rismo nao d$ / dos trabalhadores da Im-\ resultado!!! / Prensa. Agora, come^amos

fa acrediar32

O kilometro lançado foiO \y>> '>S'' i/ W <1 <' ,J,. 'um fracasso! "Lançaram" '

ás urtigas uma das mais bellas §automobilísticas do annol...

Acham-se ™yy^ Ri° vajornalistas ^portenhos. iconfrades do El Ho^ar e Jca têm encontrado, como A

pre, um franco —

% $: ^>>^ente cama1/ gçm e de /

CASA DOiQRNAUSTA

Quatro allemaes quasi sc perdram no proprio Rio de Janeiro.,Ficaram extraviados nas

\ mattas do Corcovado,\ onde passaram o diabo!\ Depois digam que a\ propaganda do tu-\ rismo não dá l

resultado!!! /

18 — IV — 1935

úil 71CU^..hhJM/

radaami-

entre nós

Então não podemos mais usar cami-sas de côr?

_ Quem foi que disse? Agora usam-seas camisas de "segurança"...

— Quaes são ellas?_ São as que têm uma mola e que quando

se puxa exclama-se: Mamãe vem ahi!

A grande aspiração dopobre jornalista ou do

jornalista invalido, vaeser uma reaildade: conce-

deu o Dr. Pedro Ernestomais uma area de terreno

para a A. B. I. construir agrande ca^a para o abrigodos trabalhadores da Im-

prensa. Agora, começamosa acrediar

A Allemanha reac-cendeu os fornos"Krupp" que desde1931 estavam apaga-dos... Bôa opportuni-dade para o Brasil

Page 31: Christo, de Tharsiía Amaral

1« £ VII — 1935 O MALHO

UM AUSPICIOSO NOIVADODE PRÍNCIPES

Por Henrique Paulo Bahiana

Como nos contos de Hans Andersen, um príncipe encon-r°u a princeza sonhada; com effeito telegrammas de Copen-a8ue e Stockholmo informam aue o príncipe Frederico, her-Dri1"0 da oar°a da Dinamanqa, casará breve coím a formosare.n^eza Ingrid, filha do príncipe herdeiro da Suécia, neta doOustavo quinto e descendente do Marechal Bennadotte.ri-K V noivado foi declarado officialmente no castello de Sto-^Knolnvo, em 15 de Março. .soa ^

n°iv°s têm recebido innumeras felicitações, de pes-Vo

s de todas as ¦classes sociaes dos dois paizes escandina-• Pois ambos gozam de grande e meVecida popularidade.A princeza ingrid, filha de ingle-gL* Wsneta da rainha Vidtoria tem"to freqüentes visitas a Londres,a»ospedando_se seja no castello de seupai'

° du<PJe de Connought, seja no•jj a«o ide Buckinghaim, residência de&at

Pareníes maternos, os reis da In-

nos AHp".IVceza. <B» tem agora 25 an-

^. dedica-se muito aos esportes:^"açao, automobilisímo, tennis, pati-diíe

"t S^° ** seus divertimentos pre-no MUik

p°ssue um pequeno aeropla-.,,„?*' de turismo, no qual faz ex-

tw na época estivah

denc- ada de a<xordo c°m » teu-dernnaS democraticas do® tempos mo-zinTi S" 3 princeza sabe costurar e co-Qar írreprehensivelmente.versõec CS?°r1es. as viagens, e as di-se nao constituem, como talvezPrin«>n&e'T ° Pr°8ramima de vida dao bem /n8r»d - Acima disto tudo haque a •*r da P0Pulacao^ E' Por istode Var-princeza participa activamenleVemos !as obras de caridade e que asolar mcansavel, no seu afan de con-°essitad af^otas< « de auxiliar os nc-

rnujto rí!lnCÍpe Frederico é tambémantos Y^"1*10 em seu paiz. Com 3fiO rei'^ - e. esbelto como o seu paecratico ISt-ano ^« ^rnples e demo-ciP<u*mè P1"31*00 vários esportes, prin-n,e a caça e o automobilismo.

aaaaaf^JaafJ salalsSBafl

m ^ xn

Por outro lado possue um tempt-ramento profu ndamente artistico.Apaixonado pela musica, é exceltentepianista e compositor.

Formado pela Universidade de

Copenhague, official de marinha, mem-bro do Conselho cie Estado e durantevários amnos regente da Dinamarca —por motivo de doença ou ausência dorei — conhecedor, como poucos, de to-das as questões sociaes, o príncipe Fre-derico tem uma cultura invejável e umapratica do governo que o indicam comoum seguro e digno continuador da obrado pae.

A princeza Ingrid e o príncipeFrederico merecem a nossa inteirasympathia.

E' com este sentimento que todosnós acompanharemos, dentre em bre-ve, o casamento que virá unir mais es-treitamente os laços existentes entreduas casas reaes européas, por tantostítulos dignas de estima e consideração.

^ ' I i" I¦ **£. *1 V ftsaaa. IR aaaaaaaf *ÊÊ BaBaHBaaaaalBaaaaafVaaBaaaVtaaf;JiBaal QaaaaãaaaaaVsaBaaaafVMaaaafaaaaaf¦ * S Sr*W I Y aaafl * f --'--.

WL V^sH ^sPr ¦*a*a*t9 ^f""*^,' n» JsaaaP^^Wlsisft. **""* «saCa1 •""*«

~y(mtaU* aV~ aSSaâiV i' * afl LaaaaaaaaW Mmm\- aSaaaV 2 ai'* Latt . aaaaC* *. *¦- ^K - 1F TSasaSSi m. ^ m> I ***f Mmm+- . J"a*>« p>*?aaaVA V % *. SBaTami aTaram .

*• • *^*t\ÀMj aasT* • ^K M *a"* .""" Ht-~ -4m matkax^ " afl i.aaaS

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Page 32: Christo, de Tharsiía Amaral

O MALHO

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18 — IV 1935

A ERO PLANO '

QUE BOIAM —Balões cheios de ar.adaptados aos flan-eos dos aeroplanos.permittem que* ei-les, eahindo á água.possam boiar. Ao ss a s conejusõr-;'.negou a "Penusyl-vania Airlines", o>-pois cio raid De-troit-Ck-veland re-"lizacio por Miss Lc-lia Baker (na gra-vura) num "aero"tianqueaUo de glo-bo.s inflados de ar.

«_______A \wP -^V ,|àá

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AjrOIjHER-ÍOI^nAP"— A. Sra. Flora San-ders. de origem in-

pleza, que, durante nguerra de 1914, feiz par-te do exercito servioCombateu com bravurano famoso 2° Resrinir-nto.ronseguindo o posto demajor. Tjizia-sc mesmoque era "o mais hravo dossoldados" daquelias i>ha-tanges, .'oi oondecorad.varias vezes. Ella serve,artuilmente, no exercito

•lavo na r«.

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0 MIUINIDÍD¦ «-...._- ....... _ .

QESCEXDEXTES DOS QUIXTU-PLET3 — O Sr. e a Sra. Oliva

Dionne são os únicos sobreviventesda família Quintuplets. Elles se en-coutram agora de passagem porChicago, e ali se deram a conhecer

ao publico num theatro.

A REVOLUÇÃO NA GRÉCIA

—. Forças do exercito hei-

leuico, fieis ao Governo, desfi-

lando pelas ruas do Athenas, a

caminho da fronteira macedo-

nia, onde os rebeldes estavam

concentrados.

y) .'iJQÜE.NO MARTYK — Acha-se em tratamento num hospi-

tal de Los Angeles um menino do6 annos, Wallace Roasall (na photographia). Tem o coração no ladodireito e os intestinos no logar gc-ralmente oecupado pelos pulmões.Vemol-o aqui no gabinete de raiosX submettido a uma experiência

pleuroscopica.

34L

Page 33: Christo, de Tharsiía Amaral

18 VII

i r1935 O MALHO

- 2r*«

Srpr>UciO DE TANTALO - - A sentença de oão UaUieus:"Porque eu tinha fome e vós me destes de comer" é revividan«ste quadro do Rev. Richard Olson, pastor de Milwaukce (E.•) ¦ Um pobre fam.iuo pára em frente á janella de um res-taurante no momento em que se preparam tentadores petiscos.E elle quer comer, mas a3o pódc!

JmfS**OVOTO-gora feminino — sóment,-se pensa, em Franri,cu-vp Qeflor a mulher o direif" :taçao nS SCUS ^"dWatos a ¦C»o fla í ,Consrrcsso. Antes dsi rota-*s senh concedendo esse privilegio,ttleaa ,i"ras írancezas pediu-se a geri-r(Sil|.,"6 expressar a sua opinião av0- Iara ísüo, foraci eoltoea-w»«Peciaes em —rios logares.

Üpí

f°Ulc S t

<tr& PRÓXIMOCASAMENTO — .•princeza Maric .Lu Mercedes de Doubon (i dlr.) coml^iriaa, passeando pelI ruas de Paris. Sua A

| tesa esta paracom o príncipe Jnr.rfilho de Afíor.so XI r

do Hespanha.

Q SEGURO MOR-REU DE VELHO

— Para evitar con-fusões, os pães dtDorothy (á esquer-da) e de Dolores, quesão gêmeas, mandaram tirar-lhes aa im-pressões digitaes. U(acto teve logar noGabinete de Identl-ficação de Joliet (11-linoi.-) onde residemas lindas meninas.

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Í-Y3.

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L13 r*t

yai navioDENTRO DE

OUTRO — Ins-tantaueo, tiradoá margem doTâmisa (Lon-dres) quando o'Belmoira" Iça-va para seubordo um navioFharol pesando120 toneladas.O navio-pharoldevia seguirviagem para ailha Bahrein.

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Page 34: Christo, de Tharsiía Amaral

O MALHO 18 _ VII — 1935

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7 _H

OS HIK VISITAM A A. B. I. — O so-cretarlo do importante vespertino "Noti-oias Gráficas" de Buenos Ayres, Sr. nr-

mando Casario, em visita â A. 11. I.

Ecos do Carnaval

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Esta é a graciosa Evinha, de 8 annos deedade, filha do Sr. Maximino Franco,director-gerente do "Laboratório Lister",de S. Paulo, que nos mandou sua photo-

graphia como recordação do carnavalpassado. ¦

Jllnstraçaofirasiltira

Reapparecerá em Maiopróximo, o mais luxuosorrvensario editado no Bra-sil. — Letr__ — Arte» —Sciencias — Economia —

——¦ Finanças. —

_¦__¦__§ --*—-' ^* y**-/- "^mtm^

_ * , '¦

2 íí*. I |H. .-k__j. 'joês, éf% _£p__* t—¦_?'¦¦'*

fXjL 'y i —jH - iw '; í <»v O 98_r _Vl^___r __* ^|»_.i___: * Kf^___r___ ra— \—________!""'r (""" "¦_& jT" ^^H

FESTA DE ANNIVERSARIO — Aspecto tomado, durante asua residência pelo Sr. João Lopes Macedo, commemorando o

natalicio.

festa offerecida emseu 50° anniversario

CASINOATLÂNTICOCl tnataviCria do (poòto 6

GRILL-ROOMATRAÇÕES INTERNACIONAIS

Sábado de AleluiaDeslumbrante baile a fantasia

Telefone: 27-6256, 27-5335 e 27-643336

Page 35: Christo, de Tharsiía Amaral

18 —IV— 1935 O MALHO

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JL *wfwrafr

SENHORITA...Ha, ainda, grande anciedade pelo que a moda decretarána official season".Os importadores de modelos de Paris trouxeram novida-«es para o outomno. E promertem "des mervcilles" em lunhovindouro.No emtanto, já nos vamos deshabituando dos vestidosclaros, dos que nos guarneceram na estação do sol e dns ba-"nos de mar.Preto, marinho, "marron", "beige" é que nos captivam.™ matéria de chapéos, então, a variedade é assombrosa.

Em ^oltaram-nos com as copas chatas — chapéos "secondorieP'rre ' chapéos bem calcados nos dos chinezes; turbantes( entaes... Uma série encantadora de modelos como os quebolfri C" exp0Z nas montras da Florida, na Cineiandiaindo, assim, com a faceirice aprimorada das faceiras crea-"Jnnhas do bello sexo.

Sordére.

Para jantar: á esquerda~~ vestido de crêpe de**J preto, blusa bor-aada a palhetas brancas,enfeite que se reproduzno cinto de vélludo cna Passe do "turbant"semeei do de aiçrettes.1 d'reit^ um modelosei t0u - cre>- de

1 pre.ro- «"rido colaa° P-qué branco.

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Page 36: Christo, de Tharsiía Amaral

O MALHO 18 —IV— 1935

DE TUDO UM POUCOCURIOSA ESTATÍSTICA

Num centimeiro cúbico de ar en-contra-se, em tempo secco, o seguintenumero approximativo de partículasde poeira:

Altura duma torre de m. ou m. 100m.: 10000 partículas; no 5.' andarduma casa, em m. ou m. 50 m. de altu-ra: 250000 partículas; no 3.° andarduma casa, em m. ou m. 25 m. de altu-ra: 500000 partículas; no 1.* andarduma casa, em m. ou m. 6 m. de altura;3 milhões partículas; na altura natu-ral de um homem (cabeça): 10 milhõespartículas; sobre o pavimento da rua:100 milhões partículas; em campo pia-no m. ou m.: 1000 partículas; em 1000m. de altitude nas montanhas m. oum.: 250 partículas; sobre a tona d'aguaem pleno oceano: nada.

Em tempo chuvoso reduzem-se asindicações supra a 25%.

Nas cidades muito movimentadasum centímetro cúbico de ar contémmuito mais de 10 milhões de partículasde poeira, emquanto que sobre o marnenhuma partícula é encontrada, e emcampo plano o metro cúbico sõ contémm. ou m. 1000 partículas de poeira.

Nas montanhas o conteúdo de arem partículas de poeira se reduz a m.ou m. 250 partículas por metro cúbico.Estes algarismos demonstram clara-mente a carga formidável a que estãoexpostos os pulmões do homem nascidades e a imperiosa necessidade deum repouso num ambiente provido dear mais puro durante o verão.

Consta que a boina fazia parte dosornamentos sacerdotaes de Cypriano,bispo de Carthago, em 258. E que, noséculo terceiro, era posta bem para anuca,

"como as moças a usaram ha doisou três annos passados. Algumas no-tas revelam que, na época do renasc!-mento, a boina apparece interpretadapelos grandes pincéis, nos retratos fia-mengos, britannicos, germânicos, ita-lianos, hespanhóes. Príncipes e outrasrealezas, — Felippe, o Formoso, Fran-cisco I, Henrique VIII da Inglaterra

, adornaram-na de plumas e de cor-does.

A boina vasca triumphou sobre asfrontes de Erasmo, de Luthero, deCalvino...

O exercito apropriou-se da boinaem uso pelos infantes francezes, em1515. Os caçadores vascos, que forma-ram na guarda de honra de Napoleão

I, usavam boinas azues, usando-as

também os dos regimentos escocezes,as tropas vascas, os caçadores alpinos;francezes, a infanteria hespanhola.Boinas históricas, vermelhas, as queusaram as hostes de D. Carlos deBourbon, denominadas "boinas car-listas".

A boina vasca, como o "fez" e a"checchia", tem um rabinho no cen-tro, um breve ãppendice como notachie e característica. Se fõr extirpado,ficará desvalorizada. Uma superstiçãomusulmana, tradicional, exige que so-bre a cabeça ornamentada appareçauma mecha de cabellos (mecha queservirá ao propheta no dia de juízopara reconhecer e arrancar do túmuloos seus crentes).

Os gorros marinheiros como osbonnets". aquelles com um pompom,são uma deformação da boina vasca.Todas as marinhas do mundo adopta-ram o uso dos vascos, que, na EdadeMedia, foram navegantes de fama.

Segundo Larousse, a boina é umaespécie de touca redonda e chata, usa-da pelos estudantes, creanças... Paraa Academia Hespanhola da Lingua, aboina tem outro raio de acçào: "gorrossem viseira, redondo e chato, geral-mente de uma peça de cores varias, deuso antigo nas províncias vasconças eNavarra".

Na verdade não ha classe socialque lhe tenha resistido, tanto que hojese acelimatou a todas as latitudes.

De boina estão bem homens e mu-lheres. Assenta nas silhuetas delgadacomo nas robustas. Serve para os pas-seios no campo, na cidade, para osesportes de inverno e os de verão. De-safia os elementos. Usam-na os des-portistas, os literatos, os políticos, osamigos do conforto.

A boina é posta de toda forma —muito inclinada para um lado, paratraz, deixando a testa a descoberto, so-bre os olhos.

A boina — diz um chronista es-trangeiro — além de barata pode met-ter-se no bolso sem que se estrague.Ella não dá somente um ar esportivo,auxilia o parecer joven.

Hoje em dia, pelo geito por que éusada, ajuda a descobrir um mundo deidéas na cabecita irrequieta das mu-lheres.

A boina também faz parte da arteda psychologia...

SAUDADE(Judas Isfforogota)

Mudos, olhando o rythmo das maretas,Os dois homens pararam; junto ao cães,Balouçantes, enormes silhuetas

De velhos barcos septentrionaesFaziam retinir como grilhetasOs elos das correntes colossaes...

Foi olhando essas naus, á Ave-Maria,Na hora em que tudo em solidão se vê,

Que aquelles homens rústicos, um dia.Choraram muito sem saber por qut...

PROVÉRBIODesdém — é próprio das pessoas de

espirito tacanho e coração insensível.

EMMAGRECER(Continuação)

OITAVO DIA

Almoço — Meio caranguejo as-sado (200 grammas) 180

Uma alface com limão 20Uma laranja 50

Café ou chá fraco.Jantar — Um ovo cozido com es-

pinafre 110Seis espargos 35Meio peixinho 50

Chá fraco.Total de calorias 445

NONO DIA

Almoço — Um ovo quente 80Chá fraco.

Jantar — 80 grammas de carne devacca cozida em molhopicante 200

Duas laranjas 100Uma alface 20Uma laranja 50

Chá fraco. —Total de calorias 450

\\\\W ppB

NOTA CINEMATICA

DÉCIMO DIA

Almoço — Dois cogumelos gran-des cortados em fatias 30

100 grammas de mariscos.«...... 70150 grammas de cerejas 105

Café fraco.Jantar — Um ovo mexido, cozido

em banho Maria 80150 grammas de ervilhas verdes.. 25150 grammas de morangos 65

Café fraco.Total de calorias 375

DÉCIMO PRIMEIRO DIA

Almoço — Duas laranjas 100Chá fraco.

Jantar — Uma fatia de perna decarneiro fervida, magra 200

Dois tomates no forno 20Um aipo com mostarda 10Chá.Total de calorias 3.30

m> à^Ê »»* iiJrV « ' Lemmr

Greta Garbo

O mais sensacional dos últimosacontecimentos em Hollywood foi apresença de Greta Garbo no "Troca-dero", um dos restaurantes na modana terra dos "astros".

A esquiva sueca acceitára o convi-te de amigos para uma noitada n o"Trocadero". E, próximo á sua mesa,a mesa de Marlene Dietrich acompa-nhada do director allemáo Fritz Lang.Um encontro sensacional. Porque, emHollywood, a mais importante rival:-dade na arte da tela está nas duas ar-tistas européas.

Já ás nove horas a sala repleta.Porém Greta Garbo chegou ás dez,acompanhada de Max Reinhardt, daescriptora Sullca Viertel, do príncipeFelix Rolo e da princesa Natalía Paley.Sorridente, airosa, surgiu vestida de"gris", ampla capa da mesma côr, sim-plicissima de aspecto, boina preta so-bre os cabellos dourados. Ambienteimpregnado de curiosidade, e figurasconhecidas como as de: Lupe Velez.em companhia de Johnny Weissmuller,Joe Brown, esposa e amigos, ErnstLubitsch, Peggy Fears, Lily Damitacom um mocinho de bella apparencia,Joan Bennett, Joan Haward.

E as chronicas commentaram osorriso com que se saudaram a suecae a allemâ: Rainha Christina e a Im-peratriz Galante...

DÉCIMO SEGUNDO DIA

Almoço — Meio caranguejo as-sado 180Salada de agrião com limão .'.'.'" 15Uma laranja rg

Chá ou café.Jantar - Um ovo cozido com um

pouco de purê de cebola ... 90ialada de pepino scom limão.... 25150 grammas de cerejas 105Café fraco. " Total de calorias 465DÉCIMO TERCEIRO DIA

n,m,?;?~ Seis azeitonas verdes. 60Um bife de lombo, assado 200tspmafres com limão 20Uma laranja c^Café ou chá.

nmtfr17Umovoiuentc 80Uma alface crua .... 25Um aipo com mostarda 10chTmâsdecerejas ••'••••'•'•I05Total de calorias 55Õ

(Continua)

38

Page 37: Christo, de Tharsiía Amaral

18 — IV — 1935 O MALHO| -.".."'

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39

Page 38: Christo, de Tharsiía Amaral

A M

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••A ^S^PARA GENTE MEÚDA

Graciosos vestidinhos para gentç pequena,talhados em crêpe flanéla ou crêpe de seda, etrês capotes bem confortáveis, destinados á es-tação fria.

CABELLOS ALOLRADOS!Se desejar alourar seus ca-

belos sem ressecarFlulde-Doret

Nas perfumarias e cabellei-reiros.

40

Page 39: Christo, de Tharsiía Amaral

18 — IV 1935 O MALHO

T^P^aJ^1>^'^LJ»J«^ "^ aaVC ÊA%\ ^ka\ \m\aaaTfAn Á&T ^¦^'*S**^**~^mt L»^ /ik II l^^ááaai Wk

BfcriríâV aV J"A''^»a>>^ ^/aHarc/Ta^ >W' ^^£*rrr ^BamSsT"""V. '

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JPv^TB,' k_*'*/'*''jar aP*** aaai aaaW a\W*\Wt* .i»»aaaWa^a»».aBl»WaBl»»»»»»«».|w,4lBaaai

E ^"~~=^m jjt, ifl ' «aV^BaaftíãBaav- 1/11/1/ também figura entre^— fVOO kaW aw-Aam /////// os m°delos novos:

# Z^" aaai 1// /W%// Barbara STANWYCK,fl TJ * T-V -p y^v r*1 / /li M ^^mÊ £à /////// aa Warner Bros.

MARION D AVIES recommen- /////// àm aaaaaaaaafl ¦ ^^^^f //////

da. desde já, lãs tricotadas. IIIIIII m\ \ ... ¦ iPm _ ' .. itn Am l / A figura especial e expressivatil-a com muito bonito //y/y *¦ aaaata«w-__aãv' / „„„„ „.,. „,~"rurbant". modelo para um LA \a\s\r / ^ DOLORES DEL RI°dos próximos "lilms" l/li/il m\ W\ ^^ y/ZfWarner Bros). O chapéo" a Warner Bros. /////// m\ ///f/i * ** ° aener0 russo.

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_J*W a r n e r B r o s ¦¦ elegante, próprio á mala estação. Ji |kv ¦ Lar^^^^=^ P' «li . ¦ tf41

Page 40: Christo, de Tharsiía Amaral

O MALHO 18 — IV — 1935

"LINGERIE"

FINA

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'*.%.¦ >"¦;-. .. . -S9ll!mmTTrillS2- " lv*S\ ••' * 'W?-

42

Camisas de dormir - Da esquerda para adireita: crêpe da China rosa. guarnição depregas: crêpe setim. épaulettes festonnadas derendas saut de iit de crêpe setim rosa chá d--bram azid; de m de ••marn)cafa„

bfanco;canisola de crêpe hra„c„. eniei.e, de renda côrde canéía: camisoía „„ modcloem crepe da China rosa brando.

Gfiflnüt ronicoÜfèestaurador

das '¦

)~òiF^?r°rça*~í rhysicas • Mentcws

Page 41: Christo, de Tharsiía Amaral

ia — IV— 1935 O MALHO

®««A MODADICTADA PELAS "ES-TRELLAS" DO CINEMA

VESTIDOS PARA JANTAR:

De crêpe preío esíriado de prata -Claudette Colbert, da Paramount.

Renda de seda - matéria deluxo e de grande elegância-Kitty Carlisle, da Paramount.

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43

Page 42: Christo, de Tharsiía Amaral

O MALHO 18 _ IV — 1935

^M_W Pinhas VivjWm Silvestres *xv/ i

X^_x Motivo para a decoração de um vaso de I <BB__-M-T

estanho. indicamos somente a metade do I I #1

nho de 3/10. L ^____^

HenriqueKahane

( iniiuíA" Dentista

Assistente da PollcllnicaGeral do Rio de JaneiroEDIFÍCIO CARIOCA,

s/410 — I_*iko «Ia Ca-rioca, 5

Consultas: 3.a», 5.as e,sabbs. — Tel. 22-6316.

Tratamento rapiJo e6ob controle radio-

graphico.

Motivo para a decoração de um vaso deflores em crystal branco, com applicação deestanho. indicamos somente a metade dodesenho, que será decalcado sobre o esta-nho de 3/10.

Traçam-se todos os contornos e faz-se umduplo traço ao redor das pequenas escamasdas pinhas assim como nas hastes, modelam-se elles em alto relevo fazendo-se dominaro permeio; as outras partes, serão destaca-das e recortadas como mostra o desenho.Enche-se o ornato de ma^tic fusível, e faz-seo patine.

Monta-se o estanho sobre o vaso dccrystal com a colia especial.

QUER ALOURAROS CABELLOS?

FLUIDE - DORET

É usado com successo

e não resseca os

cabellos.

Nas perfumariase cabeleireiros

44

Page 43: Christo, de Tharsiía Amaral

18 IV — 1935

PESTANASPOSTIÇAS|TXISTEM figaros que se de-

dicam á arte de embellezaros olhos. E, como não pôdehaver olhos bonitos sem pes-tanas bem proporcionadas, ha°s especialistas que se con-vencionou chamar "cabellei-'eiros dos olhos". Elles seencarregam de adaptar pesta-ias postiças ás palpebras cal-vas ou pobres em adorno ca-DMar. Umas" palpebras semPestanas largas e untuosas^o merecem as loas do ma-*>M1. E o s01hos têm in-l?* dos la-°los acarmina-a°s* das facesr°sadas, dasA "cabel leiraocul,r» des.Prende-se comns abluçôes eCon> «s lagii.

mas.

O MALHO

JÁ wr

^*;<tvv.

m\ ^r^ ÉÈmr h^h

Wma. W ¦

r V ^" -mm

l'm es.jam»m..doi»(ia Uln' ° flKaro yae Rrw-«e (

° os fios dc ra bello», que"•nsformam em larga apestana».

Escolher e preparar pesta-nas é tarefa delicadíssima.

Por essa razão, n>pestana» postiça-»

custam caro.

unhas coralinas, daàepidermes níveas ouqueimadas e das ca-ibelleiras douradas.Elles possuíam orimmel, mas chora-vam por algo me-lhor.. .

Ahi estilo as pes-tanas postiças. Quemas usar não deverá

chorar, porque... fal-as-iamdescollar-se. As pestanas ai-tificiaes são inimigas das iu-grimas e da água quente.Tambem, em troca, ellas em-prestam aos olhos femininosuma doçura acariciadora quesó se via em algumas mu-lheres de pestanas excepciu-naes.

O methddo de enxertar pes-tanas fracassou. Aquelle tra-balho de agulha foi substi-tuido pelo que apresentamosneste momento e que recor-da bem os quadrinhos feitossobre vidros com fios de ca-bellos.

Idéas êeraes sobre a ciruríia estheticaDR. PIRES

(Com pratica dos hospitaes de Berlim. Paris e Viennu)

A cirurgia esthetica é,sem duvida alguma, a es-pecialidade medica que temdespertado maior interesse,uma vez que seu íim éacabar com os males quemais atormentam a huma-nidade, corrigindo os defei-tos. melhorando, em umapalavra, as desgraças phy-sicas. E' um grande e im-perdoavel erro julgar-se queas operações de estheticasão assumptos de vaidade,pois hoje em dia ninguémmais duvida da necessidadeimperiosa das intervençõesde plástica. Muitas profis-soes requerem physiono-mias moças e agradáveis,inaccessiveis, portanto, áspessoas feias ou velhas, oque prova, mais uma vez.que a beileza não é umaquestão de futulidade, e simde absoluta necessidade.

Millionarios ou pobres,homens ou mulheres, todos,em uma palavra, devem be-neficiar-se com os resulta-dos surprehendentes dasoperações de esthetica. pel?.simples razão de que osdefeitos do rosto e corpoinfluem sobre a vida hu-mana prejudicando dc umamaneira extraordinária osmenos favorecidos pela

sorte.Evitar e combater a ve-

lhice ou a fealdade deve sera única obrigação das pes-soas de bom senso, sabidoque os narizes tortos, ros-tos envelhecidos, lábios dc-feituosos. s e i c s grandes,cahidos ou pouco desenvol-vidos, orelhas deformadas,etc, constituem verdadeirasmoléstias e nada mais justoque a medicina procurasseintervir nessas questões, domesmo modo que solucionauma appendicite ou umasinusite.

UMA INFORMAÇÃOGRÁTIS

As nossas gentis leitoraspodem solicitar qualquer in-formação sobre hygiene, ca-bellos e demais questões doembellezamento, ao medicoespecialista e redactor destasecção, Dr. Pires.

As perguntas devem serfeitas por escripto, acompa-nhadas do "ccüpon" abaixoe dirigidas ao Dr. Pires —Redacção d'0 MALHO —Trav. do Ouvidor. 34 — Rio

BELLEZA E MEDICINANome Rua Cidade

; Estado

¦*^- vd (SaJbyJ «mini

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A:

E/MALTE -CREME-ÁGUADECOLOMIÁ

<$dbyiv» n Uftk*thmíu*

Mal

45

Page 44: Christo, de Tharsiía Amaral

O MALHO

TIRADENTES

18 — IV — 1935

(CONCLUSÃO)

entristeceu, neste lance, a suadesgraça.Permaneceu algemado a

contric.to exercitando-se espi-ritualmente em muitos actosde virtude.

Vendo o carrasco (o negroCapitania) que entrava, (naalvorada de 21 de Abril), apôr-lhe a alva e as cordas, as-sim que o conheceu, lhe bel-íou os pés com tanta liumil-dade que o verdugo "chegoua commover-se e deixou esca-par uma lagrima"

Caminhou o padecente parao patibulo com os olhos pos->tos no crucifixo que traziaentre as mãos.

Apôs a execução, num sab-bado,. por volta do medo-dia,no Campo de São Domingo»,e feita a salga dos despojossangrentos pelo carrasco naCasa do Trem, seguiram, do-mingo 22, acondicionadoe emsurrôes de couro, escoltadospor tres officiaes de justiçacom guardas do Regimento doExtremos, no lombo de alima-rias, para Minas Geraes.

A sentença que declarouinfames a memória e descen-dencia do Protomartyr, man-dou arrazar-Ihe a casa e sal-gar-lhe os chãos, ordenouegualmente a exposição infa-mante dos seus restos mor-taes, esfaqueados, até que otempo os consumisse — umquarto no sitio de Cebolas,outro em VarRinlia, e os res-tantes em Borda do Campo eem Randeiriiiha; e a cabeçaespetada, num poste maisalto no meio do largo deVilla-Rica.

Mas tanto que se annunciouem Minas o novo regimenconstitucional, o povo, "deautoridade própria e sem amenor opposição da parte dogoverno", reza um chronista,demoliu esse espantalho.

E, em São José dei Hei, er-gueú-se na éra republicana, o

monumento ao Tiradentes.A 5 de Maio e 24 dc Ju-

nho de 1792, partiram donosso porto os dez seguintesoondemnados á, pena de de-sredo perpetuo erm África,commutada da de morte: —Tent--CeA. Freire de Andra-da para Pedras de Ancocho;Cel. Ignacio Alvarenga, paraDandô; Dr. Domingos VidalBarbosa, medico, para San-tiago; Cap. José de KezendéCosta, pae, para Bissáo; Joséde Rezende Costa, filho, paraCabo Verde; Sarg.-mór LuizVaz de Toledo, para Cambam-be; Cel. Francisco Antoniode Oliveira Lopes, para Bié;Dr. José Alves Maclerl, paraMucango; Cirurgião Salva-dor José de Almeida, paraCatalo; Tent. Cel. de ca valia-ria auxiliar de Minas-NovasDomingos de . Abreu Vieira,para Muximba.

For dez annos:Desembargador Tliomgz An-

tonio Gonzaga, para PedrasNegras; Col. José Ayres Go-mes, capitães Vicemte Vieirada Motta e João Dias da Mot-ta e o tenente Francisco JoséRibeiro, todos 4 para Angola.

Dos cinco ecclesiastleos, re-coibidos primeiro ao forte SãoJuLiâo da Barra e depois aoconvento de Lisbôa, morre-ram no efxilio os padres Car-los de Toledo e José LopesVieira. Finaram também emÁfrica: Thomaz Gonzaga. Al-varenga. Freire de Andrada,Oliveira Lopes, Domingos Vi-dal, Toledo Pisa, Dias da Mot-ta. Domingos de Abreu, e oseu fiel escravo, o preto Nieo-láò, exilado voluntário.

Nos cárceres de Villa-Ricae da Illia das Cobras no Riode Janeiro falleceram Fran-cisco José de Melli* e Manoeldo Rego Fortes.

A memória do Protomartyrde 1792 refulge cada vez maisviva ém nos»"R dias.

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Page 45: Christo, de Tharsiía Amaral

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